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3 estratégias para blindar seus dados após a Black Friday

O período pós-Black Friday costuma ser tratado como uma fase de descanso para o varejo, mas é exatamente quando os riscos cibernéticos aumentam. De acordo com o relatório Consumer Pulse, 73% dos consumidores afirmam temer fraudes digitais nas compras de fim de ano, e o país registrou um crescimento de 7,7% nas suspeitas de fraude digital entre a quinta-feira da Black Friday e a Cyber Monday, em comparação ao restante de 2024. 

Esses números mostram que o monitoramento pós-campanha é tão importante quanto as estratégias de segurança durante o pico de vendas. Para José Miguel, gerente de pré-vendas da Unentel, não basta respirar aliviado após o pico de vendas, pois é exatamente aí que começam os ataques mais silenciosos. “Nós vemos muitos casos em que os lojistas fecham o dia comemorando o resultado e, minutos depois, sistemas internos já estão sendo escaneados por invasores”, afirma.

Para transformar essa janela de risco em vantagem estratégica, recomendam-se três práticas fundamentais:

1. Manter o monitoramento contínuo, mesmo após o pico

Durante a Black Friday, as equipes costumam estar em alerta máximo, mas quando o volume de vendas cai, o mesmo não acontece com o nível de atenção. É nesse momento que hackers exploram acessos esquecidos, senhas temporárias e ambientes logados. Um sistema de monitoramento ativo 24 horas garante que nenhum movimento suspeito passe despercebido.

2. Revisar logs e identificar comportamentos fora do padrão

O alto volume de transações dificulta a análise de eventos suspeitos durante o pico. No pós-Black Friday, é hora de revisar logs detalhadamente e identificar padrões anômalos, como acessos fora de horário, autenticações em locais diferentes ou transferências indevidas de dados.

3. Encerrar acessos temporários e revisar integrações

Campanhas sazonais criam uma série de credenciais e integrações com parceiros, marketplaces e APIs externas. Deixar esses acessos ativos após o evento é um erro comum que amplia o risco de invasão. Uma auditoria imediata após o encerramento da campanha é indispensável para mitigar vulnerabilidades.

“Tratar o pós-campanha como um momento de relaxamento é um erro. A segurança digital precisa acompanhar o ritmo do negócio, inclusive nos dias em que as vendas diminuem”, conclui José.

Black Friday 2025: varejo cresce 0,8% no fim de semana, impulsionado por alta de 9,0% no e-commerce, aponta Cielo

O fim de semana da Black Friday 2025 consolidou mais uma vez o protagonismo do e-commerce no consumo do brasileiro e do PIX como forma de pagamento. Dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) mostram que o varejo total cresceu 0,8% em comparação com o mesmo período de 2024, impulsionado sobretudo pelo canal digital, que registrou avanço de 9,0%. O varejo físico apresentou retração de 1,4%.

Ao todo, foram feitas 90,34 milhões de transações: 8,6% delas foram feitas por meio de Pix. O desempenho do mercado digital também se refletiu no comportamento por macrossetores. Serviços avançou 3,7%, sustentado por segmentos ligados a experiência e mobilidade. Bens Duráveis e Semiduráveis recuaram 1,2%. No e-commerce todos os macrossetores cresceram: Bens Não Duráveis (11,1%), Bens Duráveis (8,8%) e Serviços (8,8%), o que consolida o canal como motor do desempenho do varejo.

Entre os setores, Turismo & Transporte liderou com alta de 8,4%, seguido por Drogarias (7,1%) e Cosméticos (6,3%), o que confirma a priorização do consumidor por bem-estar, saúde e experiências. Do ponto de vista regional, apenas o Sul registrou crescimento (0,8%). O destaque vai para Santa Catarina, com expansão de 2,8%. O Sudeste apresentou a maior retração (-2,3%).

“O fim de semana da Black Friday 2025 reforça a força do e-commerce no Brasil, com consumidores cada vez mais conectados e exigentes. O varejo precisa investir em tecnologia e integração de canais para acompanhar essa transformação. O destaque dos setores de Serviços, Turismo e Bem-estar mostra que o consumidor valoriza experiências e conveniência, abrindo novas oportunidades para o varejo inovar e diversificar sua oferta”, afirmou o vice-presidente de Negócios, Carlos Alves.

O e-commerce concentrou o pico de vendas do final de semana nas viradas das madrugadas e no fim das noites, entre os dias 28 e 30 de novembro. Enquanto o varejo físico registrou seu maior movimento próximo aos horários de almoço, no mesmo período, o que demonstra a ocorrência de dinâmicas distintas de consumo entre os canais.

O público masculino teve maior participação em vendas e faturamento, mas o tíquete médio feminino foi ligeiramente superior. O crédito parcelado manteve sua relevância, com tíquete muito acima dos demais meios de pagamento — especialmente no digital, onde apresenta-se dominante para as compras de maior valor agregado.

As classes baixa e média concentraram a maior parte das vendas e do faturamento, enquanto o segmento de altíssima renda se destacou pelo tíquete médio mais elevado, sobretudo no e-commerce. Já no e-commerce, o grupo de altíssima renda respondeu por quase a metade do faturamento do período, com o maior ticket médio observado (R$ 504,92). Entre as personas de consumo, o perfil “Supermercadista” liderou em vendas e faturamento, seguido por “Fashion” e “Gastronômico”.

SOBRE O ICVA

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do Varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.

O ICVA foi desenvolvido pela área de Business Analytics da Cielo com o objetivo de oferecer, mensalmente, uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.

COMO É CALCULADO

A unidade de Business Analytics da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do mercado de credenciamento — como variação de market share, substituição de cheque e dinheiro no consumo, bem como o surgimento do Pix. Dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.

Esse índice não é, de forma alguma, prévia de resultados da Cielo, que são impactados por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.

ENTENDA O ÍNDICE

ICVA Nominal – Indica o crescimento da receita nominal de vendas no Varejo Ampliado do período, comparado ao mesmo período do ano anterior. Reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas.

ICVA Deflacionado – ICVA Nominal descontado da inflação. Para isso, é utilizado um deflator calculado a partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, ajustado ao mix e aos pesos dos setores contidos no ICVA. Reflete o crescimento real do Varejo, sem a contribuição do aumento de preços.

ICVA Nominal/Deflacionado com ajuste de calendário – ICVA sem os efeitos de calendário que impactam determinado mês/período, quando comparado com o mesmo mês/período do ano anterior. Reflete como está o ritmo do crescimento, permitindo observar acelerações e desacelerações do índice.

ICVA E-commerce – Indicador do crescimento da receita nominal no canal de vendas online do Varejo, no período em comparação com o período equivalente do ano anterior.

Black Friday: e-commerce ultrapassa a marca de R$ 10,1 bilhões em faturamento

A Confi Neotrust, empresa de inteligência de mercado que monitora o e-commerce brasileiro, divulgou os resultados do acumulado de vendas online realizadas de quinta (27) a domingo (30). O faturamento ultrapassou a marca dos R$ 10,19 bilhões, resultado 7,8% superior ao registrado no período de 28 de novembro a 1º de dezembro de 2024, quinta a domingo da semana de Black Friday do ano passado, quando o total faturado foi de R$ 9,39 bilhões. Os dados foram extraídos da Plataforma Black Friday Hora Hora da Confi Neotrust.

Foram quase 56,9 milhões de itens vendidos, totalizando 21,5 milhões de pedidos, 16,5% maior que o número de pedidos finalizados no mesmo período do ano passado. O Top 3 de categorias que mais se destacaram no período foram as TVs (com faturamento de R$ 868,3 milhões), smartphones (R$ 791,2 milhões), e geladeiras/refrigeradores (R$ 556,8 milhões). Entre os produtos com maior faturamento, o ar condicionado Split da Samsung de 12 mil BTUs do modelo Inverter Windfree liderou o ranking, seguido da Smart TV de 70 polegadas 4K da Samsung, do modelo Crystal Gaming Hub e do iPhone 16 de 128 GB de cor preta.

Para o Head de Negócios da Confi Neotrust, Léo Homrich Bicalho, o balanço consolidado dos quatro dias principais marca o melhor desempenho do comércio eletrônico, ultrapassando o recorde histórico de 2021, quando o faturamento foi de R$ 9,91 bilhões. “A batalha da Black Friday 2025 foi ganha na intensidade das primeiras 48 horas do evento. A curva de 2025 descola agressivamente de 2024 na quinta e sexta-feira, construindo toda a vantagem financeira do período. No fim de semana, as curvas se tocam, indicando que a antecipação foi tão eficaz que ‘esvaziou’ a urgência de compra no sábado e domingo, confirmando a estratégia de concentrar o esforço de conversão nos dias úteis”, explica.

Para Bicalho, a análise dia a dia revela dois comportamentos distintos de consumo. “Na virada do evento, (quinta e sexta), a estratégia foi claramente de volume e desconto: o faturamento cresceu dois dígitos (+34% e +11%, respectivamente) impulsionado por uma queda agressiva no tíquete médio (-17% e -12%). Isso confirma que o consumidor aproveitou as ofertas para encher o carrinho com itens de menor valor e moda”, acrescenta o Head de Negócios.

No entanto, segundo o especialista, o cenário se inverteu no fim de semana. “O domingo (30/11) trouxe o insight mais interessante: mesmo com queda no faturamento total (-7,9%), o tíquete médio disparou +18%, indicando que as compras de impulso por itens de menor valor saíram de cena, dando lugar às compras mais analíticas. Esse perfil, do comprador analítico, usou o último dia para bater o martelo nos itens de maior valor agregado do ranking, garantindo a liderança absoluta de TVs (R$ 868M) e a força da linha Branca (geladeiras e lavadoras de roupa), antes que as ofertas expirassem”, conclui Bicalho.

Resultados dia a dia

Na quinta-feira (27), véspera da Black Friday, o e-commerce nacional atingiu faturamento de R$ 2,28 bilhões, alta de 34,1%, em relação ao ano passado. O número de pedidos finalizados, por sua vez, foi 63,2% superior, atingindo 5,9 milhões contra 3,6 milhões no ano passado. O tíquete médio foi de R$ 385,6, queda de 17,87%.

No dia da Black Friday (28), o faturamento foi de R$ 4,76 bilhões, meio bilhão de reais superior ao ano passado, um crescimento de 11,2%. O número de pedidos finalizados na data foi 28% superior, com 8,69 milhões contra 6,74 milhões no ano passado. O tíquete médio caiu 12,8%, registrando R$ 553,6.

No sábado (29), o faturamento foi de R$ 1,73 bilhões, queda de 10,7% em relação ao sábado de 2024, e o tíquete médio, R$ 459,9, 4,9% inferior. O número de pedidos finalizados no sábado cresceu atingiu 3,77 milhões, valor 6,22% menor que o dado de 2024, quando chegou a 4,02 milhões.

No domingo (30), o faturamento foi de 1,36 bilhões, queda de 7,9% em relação ao domingo pós-Black Friday do ano passado. No entanto, o tíquete médio bateu a marca de R$ 424,4, 18% a mais que em 2024. O número de pedidos finalizados, contudo, voltou a cair na comparação com o ano passado: foram 3,19 milhões em 2025 contra 4,09 em 2024, redução de 22%.

Confira no gráfico o faturamento dia a dia: link para acessar a figura em alta resolução

Whatsapp como vitrine: como usar o App para conquistar e fidelizar clientes no Natal

O WhatsApp deixou de ser apenas um aplicativo de troca de mensagens e consolidou-se como uma vitrine digital essencial para o varejo brasileiro. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o SPC Brasil, 67% das empresas dos setores de comércio e serviços já utilizam a ferramenta como principal canal de vendas. O recurso se tornou o ponto de contato mais direto entre marcas e consumidores, onde o cliente pesquisa, negocia e conclui a compra em poucos cliques. Com a aproximação das festas de fim de ano, período em que o consumo atinge seu pico por conta das vendas de Natal, quem ainda não estrutura suas estratégias de atendimento e conversão dentro do app corre sério risco de perder espaço para concorrentes mais digitais.

Neste período, a personalização resulta em mais conversões e em clientes que voltam a comprar depois das festas. Para Marcos Schütz, CEO da VendaComChat, licenciadora especializada em automação no WhatsApp, a combinação de catálogos integrados, mensagens automáticas e inteligência comercial transformou o aplicativo em uma ferramenta estratégica de vendas e fidelização. “Ao enxergar que esse canal de contato é uma vitrine ativa de relacionamento, os empreendedores sairão na frente de quem ainda não aderiu a automatização. O segredo é usar como uma estratégia que agrega valor e agilidade ao atendimento principal”, afirma o executivo.

Segundo Marcos, algumas estratégias são certeiras para o êxito nos resultados sazonais, como o Natal. Confira:

Campanhas segmentadas- personalize mensagens para públicos distintos, isso incluí clientes fiéis, novos contatos e, principalmente, carrinhos abandonados. Uma mensagem direcionada para cada grupo aumenta a taxa de abertura e o engajamento, além de criar conexão emocional com o público. No Natal, comunicações direcionadas transformam simples contatos em compradores ativos.

Catálogos e botões de compra- transforme o WhatsApp em uma vitrine digital viva, exibindo produtos, combos e ofertas com fotos atrativas e descrições curtas. Aposte em catálogos interativos para facilitar a navegação e inclua botões de compra que levem o cliente direto ao pagamento. Isso reduzirá o tempo entre o interesse e a conversão.

Automatização do atendimento inicial- use fluxos inteligentes para responder dúvidas frequentes e direcionar o cliente ao atendente certo. Isso reduz filas de espera, melhora a satisfação e libera a equipe para conversas de maior valor. Durante essa época, quando o volume de mensagens cresce, a automação garante maior conversão em vendas

Treinamento pós-venda – A regra é clara: relacionamento não termina na entrega,  é aí que começa a fidelização. Treine sua equipe para realizar um acompanhamento pós-venda estratégico, perguntando sobre a experiência, oferecendo cupons para futuras compras e incentivando avaliações positivas. O bom relacionamento após a compra é o que transforma compradores pontuais em clientes recorrentes.

CEOs lançam estúdio estratégico que aposta em modelo for equity para impulsionar startups

O Strategy Studio chega ao mercado com uma proposta inovadora que rompe com o modelo tradicional de agências e consultorias. Em vez de atuar apenas como fornecedor, o estúdio passa a ser parceiro direto do crescimento de startups, pequenas e médias e empresas por meio do modelo for equity, no qual aporta estratégia, branding e experiência executiva em troca de participação societária. O objetivo é simples e direto: apoiar negócios em expansão que precisam de posicionamento, diferenciação e estrutura para escalar, mas que nem sempre possuem recursos para contratar serviços seniores de alto valor.  A boutique de estratégia acaba de fechar um contrato para o lançamento de uma marca de cosméticos capilares que será lançada no primeiro trimestre de 2026 nesta modalidade. 

Criado por três executivos com ampla experiência nos mercados financeiro, de comunicação e inovação, o Strategy Studio tem como objetivo apoiar empreendedores e founders a transformar visão em valor, conectando estratégia de marca, fortalecimento digital e direcionamento de negócio em modelos desenvolvidos para empresas de pequeno e médio porte. O formato for equity é o ponto alto da atuação e aproxima o estúdio da realidade e dos resultados das empresas que atende. 

Fundado por Rodrigo Cerveira, CMO da Vórtx, Ricardo Reis, CEO da Ampliva, e Norberto Zaiet, ex-CEO do Banco Pine, o Strategy Studio reúne expertises complementares que respondem às principais dores de negócios em expansão, como profissionalização do branding, aumento de margem e ticket, escala com consistência, comunicação estruturada e fortalecimento da percepção de valor diante de investidores, franqueados ou novos mercados. 

Com o conceito “Alma para a sua Visão”, o estúdio parte da estratégia do negócio para construir marcas fortes, consistentes e escaláveis. Segundo Rodrigo Cerveira, “a expansão só é sustentável quando a marca sustenta o valor que o mercado enxerga. Negócios bem-posicionados ampliam visibilidade, aceleram tração e ganham força para crescer, especialmente no universo de startups, em que cada escolha pesa no próximo passo”. 

O Strategy Studio atua em dois formatos: consultoria estratégica para empresas já consolidadas que buscam reposicionamento e crescimento, e o modelo for equity, voltado a startups e negócios promissores em que o estúdio se torna parceiro direto de construção, participando da jornada e compartilhando riscos e resultados. Essa proposta reforça o diferencial do estúdio e o distancia das agências tradicionais, ao combinar branding, digital e visão executiva dentro de uma lógica de longo prazo.  

Entre as experiências dos sócios estão a construção da marca Vórtx, a transformação digital do Banco Pine com o Pine Online e a reestruturação da marca Hyundai no Brasil, projetos que evidenciam a capacidade do trio de integrar estratégia, posicionamento e execução para gerar valor real a negócios em crescimento. É essa exatamente essa visão adotada em estratégias de grandes empresas que estamos adotando com as startups, visando acelerar o crescimento a partir da solução das dores do negócio, passando por estratégia operacional, marketing e posicionamento efetivo no mercado”, conclui Rodrigo Cerveira. 

WideLabs aposta em soberania tecnológica e vê o Brasil avançar na corrida da inteligência artificial

A inteligência artificial deixou de ser apenas uma promessa e se tornou um fator determinante de competitividade entre nações e empresas. No Brasil, o avanço é evidente: um estudo da IBM indica que 78% das empresas planejam ampliar investimentos em IA até 2025, e 95% já registram progresso concreto em suas estratégias. O movimento reforça uma mudança estrutural e coloca a soberania digital no centro do debate nacional.

À frente desse processo, a WideLabs emerge como uma das protagonistas da transformação. Fundada durante a pandemia com o propósito de desenvolver tecnologia nacional independente, a empresa adotou um caminho distinto: em vez de depender de soluções estrangeiras, estruturou uma Fábrica de IA Soberana, capaz de entregar todo o ciclo de uma solução de inteligência artificial, desde hardware e infraestrutura até modelos proprietários e aplicações avançadas.

Soberania como estratégia, não como discurso

Para Beatriz Ferrareto, Partner & Chief of Business Development da WideLabs, o mercado brasileiro vive uma transição acelerada, mas assimétrica. “O interesse das empresas cresceu exponencialmente, mas ainda existe uma distância entre querer usar IA e ter condições reais de aplicá-la de forma estratégica, segura e soberana. É nesse vazio que a WideLabs atua”, afirma.

A Fábrica de IA desenvolvida pela companhia reúne um ecossistema completo:

  • Infraestrutura própria de GPUs e modelos soberanos;
  • Pipeline de treinamento, curadoria e alinhamento feito integralmente no país;
  • Soluções sob medida para governos e setores regulados;
  • Operação on-premises, garantindo privacidade e conformidade com leis e padrões locais.

Esse arranjo permite independência tecnológica e reduz a dependência de sistemas estrangeiros, uma preocupação crescente no setor público e em indústrias estratégicas.

Expansão internacional e impacto regional

A visão de soberania também orienta a expansão da WideLabs para fora do Brasil. Em parceria com NVIDIA, Oracle e centros de pesquisa da América Latina, a empresa tem exportado seu modelo de Fábrica de IA para países interessados em diminuir vulnerabilidades tecnológicas.

Um exemplo é o PatagonIA, iniciativa criada no Chile com o Instituto de Sistemas Complexos de Engenharia (ISCI). A solução nasceu a partir da experiência brasileira com o ecossistema Amazônia IA e representa um passo decisivo para consolidar uma IA com identidade latino-americana, treinada com dados e sotaques locais e operada em ambiente 100% soberano.

Tecnologia que reflete cultura, idioma e realidade local

Segundo Nelson Leoni, CEO da WideLabs, o futuro da IA na América Latina passa obrigatoriamente pela autonomia. “Investir em soberania não é um luxo, é uma necessidade estratégica. A região precisa de tecnologias treinadas localmente, alinhadas à nossa cultura, ao nosso idioma e à nossa legislação. Não podemos depender de sistemas que podem ser desligados, limitados ou alterados por interesses externos”, afirma.

Leoni destaca ainda que a Fábrica de IA não é apenas sobre tecnologia, mas sobre governança, transparência e responsabilidade. “A IA pode democratizar o acesso a serviços, reduzir gargalos e melhorar políticas públicas. Mas isso exige ética, supervisão e responsabilidade. Quem dominar esse equilíbrio, entre inovação e impacto social, definirá o futuro competitivo da região.”

Uma infraestrutura nacional para um novo ciclo tecnológico

Com atuação crescente em governos estaduais, federal e em segmentos como saúde, justiça e indústria, a WideLabs se consolidou como uma das principais empresas da nova economia de IA no Brasil. Seu modelo de Fábrica de IA Soberana já é adotado por instituições que representam dezenas de milhões de cidadãos.

A empresa acredita que o país está diante de uma oportunidade histórica: “Se o Brasil quiser liderar a era da inteligência artificial na América Latina, essa liderança passa por independência tecnológica. E é exatamente isso que estamos construindo”, conclui Leoni.

Atualização do Pix e novas regras de segurança ampliam proteção em transações digitais

O Banco Central anunciou na última terça-feira (25) uma atualização no sistema de devolução do Pix, permitindo rastreamento automático de transferências suspeitas e garantindo reembolso em até 11 dias após contestação. A medida, que entra em vigor em fevereiro de 2026, chega em um momento crítico, em que golpes digitais e fraudes financeiras têm se tornado cada vez mais sofisticados, atingindo consumidores e empresas de todos os portes. Especialistas apontam que a rapidez na devolução de valores e o monitoramento automático podem reduzir drasticamente os prejuízos causados por fraudes instantâneas.

Além disso, a transformação da ANPD em agência reguladora, consolidada pela Medida Provisória nº 1.317/2025, fortaleceu a fiscalização sobre empresas que tratam dados financeiros, enquanto novas leis e decretos, como o Estatuto Digital da Criança e do Adolescente (Lei nº 15.211/2025) e o Decreto nº 12.622/2025, passam a exigir práticas mínimas de segurança, documentação e governança em transações digitais. Para o e-commerce, isso significa que a proteção de dados não é mais apenas uma obrigação legal, mas um componente estratégico de negócios.

Matheus Macedo, COO da UnicoPag, gateway de pagamento, ressalta que “checkouts, gateways e sistemas de pagamento não são mais apenas componentes operacionais. Eles se tornaram pontos críticos de confiança. Cada transação envolve informações sensíveis que precisam ser protegidas por múltiplas camadas de segurança. A falha de um único elo pode comprometer tanto o faturamento quanto a reputação de uma marca”.

Para o especialista, o movimento vai além de regulamentação. “Empresas que se antecipam às novas regras demonstram ao mercado que a segurança digital não é apenas um requisito, mas um diferencial competitivo. Transparência e proteção de dados são agora fatores decisivos na relação com o consumidor”, afirma. Macedo reforça que, no ambiente digital, confiança se constrói em cliques, mas pode ser perdida em segundos, e empresas que não se adaptarem correm risco de perder relevância e clientes.

O RH em 2026 unirá o algoritmo à sensibilidade humana

Nos últimos anos, o RH deixou de ser uma área de suporte para se consolidar como um centro de estratégia dentro de algumas empresas que entenderam a sua função no negócio. Em 2026, essa mudança deve se intensificar e a gestão de pessoas passa a ocupar um papel de decisão e impacto direto nos resultados corporativos, com líderes cada vez mais orientados por dados, tecnologia e uma visão integrada do desempenho humano e organizacional.

As transformações que estão em curso se resumem, mas não se limitam, à forma como o RH se posiciona dentro da empresa. O foco não é mais apenas atrair, desenvolver e reter talentos, e sim aprimorar sistemas que antecipem comportamentos, ajustem processos e conectem  a gestão dos recursos ao objetivo do negócio. A área deve deixar de agir de maneira reativa para atuar como um radar estratégico, capaz de prever cenários, propor soluções e medir o impacto das decisões em tempo real.

A tecnologia como motor de uma nova gestão de pessoas

O relatório “O futuro do RH no Brasil”, produzido pela Dell, indica que mais de 70% dos RHs já automatizam processos e 89% pretendem automatizar dentro do futuro próximo. No entanto, 25% das empresas ainda seguem sem utilizar softwares de RH e apenas 42% adotaram IA em algum processo.

Isso só é possível porque a tecnologia abriu novas fronteiras para o RH. A inteligência artificial, por exemplo, já vem sendo utilizada como parceira na seleção, na leitura de dados e até nas conversas de performance, transformando análises que antes eram subjetivas em decisões baseadas em evidências. As ferramentas de people analytics também ganham força, permitindo que líderes entendam o que realmente motiva, retém e desenvolve seus times, sem depender apenas da intuição ou da percepção individual. 

Tecnologia com sensibilidade: o equilíbrio que define 2026

Outro movimento que deve se consolidar é a integração entre tecnologia e sensibilidade humana. Segundo um levantamento da Deloitte, 79% dos líderes de RH acreditam que a transformação digital é essencial para o futuro da gestão de pessoas. Entretanto, a tecnologia por si só não basta, pois é preciso humanizar processos. Nesse contexto, os líderes que se destacarem em 2026 serão aqueles capazes de usar dados para orientar decisões, mas sem abrir mão do olhar genuíno, e, assim, o RH estratégico se fortalece como ponte entre o racional e o emocional.

Modelos de trabalho 

Os modelos de trabalho também entram nessa equação. Os formatos híbrido e remoto vêm se consolidando nos últimos anos como modelos que permitem uma maior flexibilidade. Segundo uma pesquisa realizada pela Gartner em 2023, cerca de 75% dos líderes empresariais pretendem adotar o trabalho híbrido de forma permanente em suas organizações, devido ao aumento da satisfação dos colaboradores e à redução de custos operacionais. 

Apesar dos números favoráveis ao híbrido e ao remoto, é importante reconhecer que cada modelo apresenta vantagens e limitações e que a escolha ideal depende do momento e das necessidades estratégicas de cada empresa. Embora formatos flexíveis tragam benefícios relevantes, o trabalho presencial ainda se destaca como um dos modelos mais eficazes para muitos negócios. Entre suas principais garantias estão a construção mais rápida de vínculos, o estímulo à colaboração espontânea, o fortalecimento da cultura organizacional e a aceleração do aprendizado, especialmente para profissionais em início de carreira.

A geração Z e a pressão por novos modelos de gestão

A chegada da geração Z ao mercado de trabalho também vem acelerando transformações nas empresas. Mais conectados, informados e exigentes quanto a propósito e bem-estar, esses profissionais desafiam modelos tradicionais de liderança e gestão e trazem expectativas de flexibilidade e demandas por ambientes inovadores e tecnológicos. De acordo com o Relatório de Tendência de Gestão de Pessoas 2025, desenvolvido pelo Ecossistema GPTW e Great People, a geração Z foi apontada por 76% dos entrevistados como o maior desafio para a gestão de pessoas, muito à frente dos Baby Boomers (nascidos entre 1945 a 1964), com 8%. 

Do meu ponto de vista, muitas empresas têm se perdido nesse debate. Embora seja fundamental que gestores se comuniquem na mesma linguagem de suas equipes, não acredito que o caminho seja moldar as organizações exclusivamente ao que a Geração Z diz desejar. Existem jovens com perfis, ritmos e formas de trabalhar muito distintas, e o papel da empresa é ter (e dar) clareza sobre suas características e seus atrativos e sustentar isso de forma consistente. 

E essa clareza, aliás, é algo que a própria Geração Z valoriza profundamente. Assim como nas redes sociais, onde se destacam as pessoas que assumem posições, demonstram autenticidade e não têm medo de expor seus pontos de vista, ainda que isso desagrade parte da audiência, no ambiente corporativo acontece o mesmo. Quem se posiciona constrói confiança. Já quem vive “em cima do muro”, apenas seguindo tendências e evitando escolhas conscientes, perde força, relevância e capacidade de atrair os talentos certos. Quando a cultura é transparente, cada indivíduo consegue avaliar se aquele ambiente é compatível com quem é e com o que busca, independentemente da geração a que pertence.

Cultura mensurada, não apenas declarada

A cultura organizacional, por sua vez, deixa de ser um discurso e passa a ser mensurada. Ferramentas de monitoramento de clima, engajamento e comportamento permitirão que líderes compreendam, com precisão, as necessidades reais de suas equipes, criando ambientes cada vez mais propícios ao desenvolvimento humano e à evolução dos times.

O que antes dependia de percepções subjetivas passa a ser apoiado por dados que revelam padrões, desafios e oportunidades de crescimento. Integradas a plataformas que conectam propósito, performance e bem-estar, essas métricas tornam a cultura mais palpável e acionável. Assim, em vez de agir apenas para evitar crises, as empresas passam a usar informação qualificada para fortalecer vínculos, potencializar talentos e promover experiências de trabalho mais coerentes e saudáveis.

Em um cenário de mudanças rápidas e escassez de talentos qualificados, o papel do RH é garantir que a empresa aprenda e se adapte mais rápido do que o mercado. Isso exige líderes capazes de testar, medir, liderar e aprimorar continuamente suas práticas, como qualquer outra área estratégica do negócio. O RH que se destaca em 2026 não é o que adota todas as ferramentas novas, mas o que sabe usá-las de forma inteligente, a serviço de uma cultura viva, humana e de alta performance.

Por fim, o grande salto da área está em deixar de ser mediadora para se tornar catalisadora: impulsionando a inovação, fortalecendo a cultura e criando um ambiente onde o crescimento individual e o crescimento do negócio caminham lado a lado. Em 2026, o RH que fará diferença será aquele que entende que tecnologia não substitui a liderança, mas com certeza amplia o seu alcance.

Graduada em psicologia pela PUC-Campinas, com MBA em gerenciamento de projetos pela FGV, Giovanna Gregori Pinto é fundadora da People Leap e referência em estruturar áreas de RH em startups de tecnologia em crescimento. Com duas décadas de experiência em empresas de cultura acelerada, construiu uma trajetória sólida em gigantes como iFood e AB InBev (Ambev). No iFood, como Head de People – Tech, liderou a expansão do time de tecnologia de 150 para 1.000 pessoas em menos de quatro anos, acompanhando o salto de 10 para 50 milhões de pedidos mensais. Já na AB InBev, como Diretora Global de RH, triplicou o time antes do prazo, elevou o NPS de People em 670%, aumentou o engajamento em 21% e reduziu o turnover de tecnologia ao menor nível da história da companhia.

OLX reforça a segurança de seu marketplace com a SHIELD

A OLX, uma das maiores plataformas de compra e venda online no Brasil, é a mais nova parceira da SHIELD, plataforma de inteligência de fraude focada na identificação de dispositivos. O objetivo é reforçar a segurança no seu marketplace, detectando e bloqueando atividades fraudulentas em tempo real, para proteger ainda mais vendedores e compradores.

Agora, a OLX conta com a tecnologia de Device Intelligence da SHIELD para eliminar contas falsas e atividades fraudulentas pela raiz, prevenindo que golpes como anúncios e avaliações falsasroubo de contas e fraude de conluio sejam conduzidos por fraudadores e causem prejuízos a vendedores e compradores.

“A tecnologia da SHIELD tem nos ajudado a bloquear os fraudadores de acordo com os sinais detectados, garantindo uma experiência fluida para os usuários legítimos. Essa inteligência baseada em dispositivos bloqueia contas falsas com precisão incomparável, protege a privacidade dos usuários e nos dá a confiança para expandir a OLX de forma segura e sustentável”, afirma Camila Braga, gerente sênior de produto do Grupo OLX. 

No centro da solução está o SHIELD Device ID, o padrão global de identificação de dispositivos, com mais de 99,99% de precisão. Ele identifica dispositivos de forma persistente mesmo após resets, clonagem ou falsificação. Combinada com o Fraud Intelligence, cada sessão de dispositivo é continuamente analisada em tempo real para detectar ferramentas maliciosas, como bots e emuladores.

De acordo com a SHIELD, um dos diferenciais da sua ferramenta em relação a outras existentes no mercado é que ela não requer informações de identificação pessoal (PII) e não é baseada em localização, algo que levanta sérias preocupações sobre privacidade, uma vez que a coleta excessiva de dados pode revelar informações sensíveis, como onde os usuários moram ou trabalham. Com a tecnologia privacy by design da SHIELD, a OLX não tem esses problemas.

“Com a SHIELD, a OLX pode crescer com segurança, impedindo que contas falsas e atividades maliciosas afetem seus usuários. Temos orgulho de oferecer uma solução que protege compradores e vendedores enquanto mantém a privacidade e a conformidade no centro da plataforma”, acrescentou Justin Lie, CEO da SHIELD.

Brasil tem taxa de fraude digital acima da média da América Latina, revela TransUnion

O Brasil apresentou uma taxa de suspeita de fraude digital de 3,8%¹ no primeiro semestre de 2025, superando a taxa de 2,8% dos países da América Latina analisados². Segundo o mais recente Relatório de Tendências de Fraudes Digitais da TransUnion, empresa global de informações e insights que atua como DataTech, o país está entre os três mercados da região com taxas acima da média na América Latina, ao lado da República Dominicana (8,6%) e Nicarágua (2,9%).

Apesar da taxa elevada, o Brasil registrou uma queda significativa no percentual de consumidores que disseram ter sido alvo de fraude por e-mail, on-line, chamada telefônica ou mensagens de texto – de 40% quando pesquisados no segundo semestre de 2024 para 27% quando pesquisados no primeiro semestre de 2025. No entanto, 73% dos consumidores brasileiros no primeiro semestre de 2025 disseram que não conseguiram identificar se foram vítimas de tentativas de golpe/fraude, destacando uma lacuna preocupante na conscientização sobre fraudes.

“As taxas elevadas de fraude digital no Brasil evidenciam um desafio estratégico para empresas e consumidores. Não basta monitorar indicadores; é crucial compreender os padrões de comportamento que sustentam esses crimes. Os dados revelam que fraudadores evoluem rapidamente, explorando novas tecnologias e mudanças nos hábitos digitais. Nesse cenário, investir em soluções de inteligência preventiva e programas de educação digital torna-se indispensável para reduzir riscos, proteger a experiência do cliente e preservar a confiança nas transações on-line”, explica Wallace Massola, Head de Soluções de Prevenção a Fraudes da TransUnion Brasil.

vishing – golpe realizado por telefone, em que golpistas se passam por pessoas ou empresas confiáveis para enganar a vítima e extrair informações confidenciais, como dados bancários, senhas e documentos pessoais – continua sendo o tipo de fraude mais relatado entre os brasileiros que disseram ter sido alvo (38%), mas os golpes envolvendo PIX surgem como novidade, ocupando a segunda posição com 28%.

Embora o Brasil tenha uma taxa de suspeita de fraude digital acima da média regional, o cenário latino-americano mostra sinais positivos. De acordo com o relatório, o índice de tentativas suspeitas de fraude digital caiu em quase todos os países da América Latina.

No entanto, mesmo com os esforços das empresas, os consumidores continuam expostos a esquemas fraudulentos, com 34% dos entrevistados latino-americanos relatando já terem sido alvo por e-mail, on-line, chamadas telefônicas e mensagens de texto, entre fevereiro e maio deste ano. O vishing é o vetor de ataque mais relatado nos países da América Latina.

Perdas bilionárias

A edição da atualização do 2º semestre de 2025 da TransUnion para o Relatório de Principais Tendências de Fraude também aponta que os líderes corporativos no Canadá, Hong Kong, Índia, Filipinas, Reino Unido e os EUA afirmaram que suas empresas perderam o equivalente a 7,7% de suas receitas devido a fraudes no ano passado, um aumento significativo em relação aos 6,5% registrados em 2024. Esse percentual equivale a uma perda de D$ 534 bilhões, impactando na saúde financeira e na reputação das empresas.

“Os prejuízos globais com fraudes corporativas ultrapassam cifras bilionárias, comprometendo não apenas a saúde financeira das empresas, mas também o desenvolvimento econômico. Recursos que poderiam ser direcionados para inovação, pesquisa e expansão acabam sendo drenados por esquemas fraudulentos. Para ilustrar a magnitude dessas perdas globais, o montante estimado seria comparável a aproximadamente um quarto do PIB brasileiro. Essa comparação evidencia o impacto econômico expressivo das fraudes no cenário mundial”, destaca Massola.

Entre as fraudes relatadas, 24% da liderança corporativa mencionou o uso de golpes ou fraudes autorizadas (que se utilizam de engenharia social), como a causa mais comum de perda por fraude, ou seja, um esquema que visa enganar uma pessoa para ela forneça alguns dados valiosos, como acesso à conta, dinheiro ou forneça informações confidenciais.
 

Impacto nas relações de consumo

Quase metade, ou 48% dos consumidores globais entrevistados pela TransUnion em todo o mundo, afirmou ter sido alvo de esquemas de fraude por e-mail, online, chamadas telefônicas ou mensagens de texto entre fevereiro e maio de 2025.

Enquanto 1,8% de todos os tipos suspeitos de fraude digital relatados à TransUnion globalmente no primeiro semestre de 2025 estavam relacionados a golpes e fraudes, a invasão de contas (ou account takeover – ATO) teve um dos crescimentos mais rápidos em termos de volume (21%) durante o primeiro semestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024.

O novo estudo também mostra que as contas de consumidores continuam sendo o alvo preferido em ameaças de golpes, fazendo com que organizações reforcem suas estratégias de segurança e pessoas estejam mais atentas aos seus dados, integrando um segundo fator de autenticação como prática preventiva.

O relatório descobriu que a criação de contas é a etapa mais preocupante em toda a jornada do consumidor globalmente. É neste momento que golpistas usam dados roubados para abrir contas em diversos segmentos e cometer todo o tipo de fraude. Só no primeiro semestre desse ano, de todas as tentativas de transações globais de criação de contas digitais, a TransUnion descobriu que 8,3% eram suspeitas, representando um aumento de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O onboarding teve a maior taxa de transações com suspeita de fraude digital no ciclo de vida do consumidor em todos os segmentos analisados no primeiro semestre de 2025, exceto em serviços financeiros, seguros e governamental, para os quais o maior ponto de atenção é durante as transações financeiras. Para estes ramos de atividade, as transações como compras, saques e depósitos tiveram a maior taxa de transações suspeitas.

Fraudes em jogos

O novo Relatório de Tendências de Fraudes Digitais da TransUnion revela que o segmento de jogos eletrônicos/videogames, que inclui jogos on-line e para dispositivos móveis, teve o maior percentual – 13,5% – de suspeita de fraude digital globalmente no primeiro semestre de 2025. Esse número representa um aumento de 28% na taxa de suspeitas em comparação com o mesmo período de 2024. Os golpes e as solicitações foram os tipos de fraude mais relatados pelos clientes desse nicho.

O segmento que se destaca no estudo é o de jogos, como apostas esportivas online e pôquer. De acordo com a rede global de inteligência da TransUnion, 6,8% das transações de jogos digitais entre consumidores brasileiros no primeiro semestre de 2025 foram suspeitas de fraude, um aumento de 1,3% quando comparado o primeiro semestre de 2024 com 2025. O abuso de promoções foi o tipo de tentativa de fraude mais relatado globalmente.

“As estratégias utilizadas pelos fraudadores indicam uma busca por ganhos rápidos e de alto valor, explorando brechas digitais e dados pessoais comprometidos. Esse comportamento reforça a necessidade de mecanismos robustos de proteção de identidade e monitoramento contínuo, especialmente em segmentos como jogos online, onde o crescimento acelerado atrai criminosos em escala global”, ressalta Massola.

Metodologia

Todos os dados deste relatório combinam insights proprietários da rede de inteligência global da TransUnion, uma pesquisa corporativa especialmente encomendada no Canadá, em Hong Kong, na Índia, nas Filipinas, no Reino Unido e nos EUA, e uma pesquisa com pessoas consumidoras em 18 países e regiões ao redor do mundo. A pesquisa corporativa foi realizada de 29 de maio a 6 de junho de 2025. Já com pessoas consumidoras, foi realizada de 5 a 25 de maio de 2025. O estudo completo pode ser conferido neste link: Link


[1] A TransUnion usa inteligência de bilhões de transações originadas de mais de 40.000 sites e aplicativos. A taxa ou porcentagem de tentativas suspeitas de fraude digital reflete aquelas que os clientes da TransUnion determinaram que atenderam a uma das seguintes condições: 1) negação em tempo real devido a indicadores fraudulentos, 2) negação em tempo real por violações da política corporativa , 3) fraudulenta após investigação do cliente ou 4) uma violação da política corporativa após a investigação do cliente – em comparação com todas as transações avaliadas. As análises nacionais e regionais examinaram as transações em que o consumidor ou suspeito de fraude estava localizado em um país ou região selecionada ao realizar uma transação. As estatísticas globais representam todos os países do mundo e não apenas os países e regiões selecionados.

[2] Os dados latino-americanos combinam insights proprietários para fraude digital da rede global de inteligência da TransUnion no Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua e Porto Rico; e uma pesquisa com consumidores no Brasil, Chile, Colômbia, República Dominicana e Guatemala.

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