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Zenvia passa a oferecer RCS para dispositivos Apple

A Zenvia, que habilita companhias a criarem experiências pessoais, envolventes e fluidas ao longo da jornada dos consumidores, integrou em sua solução os disparos de RCS  para dispositivos Apple em todo o Brasil. A tecnologia permite que empresas enviem mensagens com áudio, vídeo, imagens, documentos e recursos interativos, como botões de ação e carrosséis.

“O RCS transforma a forma de se comunicar com os clientes, oferecendo uma experiência rica e interativa. Com a chegada do RCS aos iPhones no Brasil, ampliamos significativamente o alcance do canal, que já demonstra resultados expressivos em campanhas de Marketing e Vendas”afirma Gilsinei Hansen, VP de Marketing e Negócios da Zenvia.

O RCS para dispositivos Apple [incluindo iPhones] está disponível para clientes Vivo que atualizaram o sistema operacional para iOs 26. E deve estar disponível para demais consumidores e operadoras em 2026.

Vantagens do canal para as empresas

O RCS oferece recursos avançados sem exigir aplicativos adicionais dos usuários. As mensagens chegam diretamente no aplicativo nativo do smartphone – Google Mensagens para Android e Apple Mensagens para iOS – o que facilita a adoção e garante maior alcance.

A tecnologia permite o acompanhamento de resultados em tempo real, facilitando ajustes para melhor engajamento e conversão. As empresas que adotam o RCS também se beneficiam da verificação de marca, um recurso que fortalece a confiança do consumidor.

“O RCS já está disponível para mais de 135 milhões de celulares no Brasil, sem a necessidade de fazer download ou ativar nada, o que o torna um canal extremamente relevante no País”reforça Kaio Marin.

A adoção do RCS tem sido apontada como um diferencial competitivo para a captação e retenção de clientes. O uso de recursos visuais e interativos contribui para engajamento mais efetivo e experiências personalizadas, fatores que impactam diretamente no aumento da conversão.

“Empresas que buscam melhorar o contato com seus clientes e obter resultados superiores em suas campanhas devem conhecer o RCS. Seu potencial de transformar a comunicação empresarial no Brasil é significativo, especialmente em setores que dependem de interação direta e rápida com os consumidores”conclui Hansen.

Samsung Ads lança solução exclusiva Click to Linear e inova interaçãoentre TV digital e linear

Samsung Ads, braço de publicidade em Smart TVs da Samsung Electronics, anuncia o lançamento do Click to Linear, solução inédita no mercado brasileiro que traz mais uma possibilidade de direcionamento de clique para as campanhas das TVs conectadas da marca.

Com o novo Call to Action (CTA), anunciantes podem direcionar a audiência de suas campanhas, que são veiculadas nos formatos de primeira tela, diretamente para canais de TV linear abertos.

Antes os redirecionamentos já incluíam aplicativos de streaming, de música, canais do Samsung TV Plus e microsites, e agora o Click to Linear cria uma ponte inédita entre o digital e o linear, em que o anúncio ganha uma nova camada de interatividade, unindo tecnologia, audiência e alcance em uma mesma solução. Isso reforça o papel da Samsung Ads como parceira estratégica de marcas e players de mídia que buscam potencializar suas campanhas em CTV.

A nova funcionalidade deve ganhar destaque especialmente entre marcas que patrocinam grandes eventos ao vivo, como reality shows ou transmissões esportivas, e desejam expandir a audiência para suas ativações em canais de TV aberta. Também é uma solução valiosa para emissoras que buscam promover seus conteúdos de forma nativa e com alto engajamento dentro do ecossistema Samsung.

Com mais de 23,4 milhões de Smart TVs ativas e conectadas no Brasil, que somam mais de 2 bilhões de horas mensais de consumo de conteúdo, a Samsung Ads fortalece seu papel de liderança na convergência entre tecnologia, mídia e comportamento. Hoje 65% dos dispositivos consomem TV linear, reforçando o potencial da nova funcionalidade para impactar grandes audiências de forma integrada e mensurável.

A IA é a nova moeda de troca da Black Friday: da desconfiança à fidelidade do consumidor

Por Marcel Nobre – professor da USP, pesquisador, palestrante e especialista em inovação, tecnologia e educação

A lógica da Black Friday mudou. O consumidor não aceita mais truques ou meias verdades: ele quer confiança, legitimidade e experiência personalizada. Colocar o cliente no centro não significa criar grandes projetos de transformação digital ou gastar milhões em tecnologia, significa entender de fato quem ele é, o que valoriza e como se relaciona com a marca. A diferença entre um bom e um grande empreendedor está em ir além da obrigação. Se na Black Friday uma empresa mostra que ouviu, personalizou e entregou valor real — seja em preço justo, clareza na comunicação ou experiência confiável —, ela não só vende mais, como conquista fidelidade. A Inteligência Artificial é o que torna isso possível em escala: antecipar necessidades, detectar fraudes em segundos e ajustar ofertas em tempo real. Mas, no fundo, o que está em jogo não é a IA, mas sim a capacidade de usar a tecnologia para provar, em cada detalhe, que o cliente é realmente o centro da estratégia.

Em 2025, a Black Friday deixará de ser um espetáculo de descontos para se tornar um teste de confiança e maturidade digital. Uma pesquisa recente da  Abiacom mostra isso: o e-commerce nacional deve movimentar R$13,34 bilhões nesta edição, um crescimento de 14,7% sobre o ano passado, e ultrapassar 16 milhões de pedidos, com ticket médio acima de R$800. Mas o que sustenta esse avanço não é a guerra de preços: é a inteligência que conecta oferta, experiência e transparência em tempo real. Pesquisas da Conversion e do Mercado Livre mostram que 54,6% dos consumidores pretendem usar IA para comparar preços e encontrar as melhores oportunidades. É um sinal claro de que a tecnologia deixou de ser apenas uma aliada das empresas para se tornar também um instrumento de empoderamento do consumidor, que agora usa algoritmos para medir a honestidade das marcas.

Essa mudança de lógica já se reflete dentro das próprias empresas. As líderes do varejo digital já operam com base em três pilares: hiperpersonalização, para criar experiências únicas orientadas por IA; rentabilidade sustentável, para proteger margens mesmo no pico de demanda; e eficiência omnicanal, integrando loja física e digital de forma fluida e previsível. Não dá mais para oferecer tudo para todos. A IA permite entender o comportamento do cliente, ajustar preços conforme a demanda e prever entregas com precisão.

Essa inteligência já atua nas camadas mais críticas do e-commerce, desde a recomendação de produtos até a precificação dinâmica. Algoritmos cruzam estoque, histórico de compras e capacidade logística para sugerir ofertas sob medida, exibir o frete real e ajustar preços em segundos — num modelo semelhante ao das companhias aéreas. A personalização deixou de ser promessa e virou infraestrutura.

Reportagens recentes mostram como o uso estratégico da inteligência artificial vem se consolidando como um diferencial competitivo na Black Friday brasileira. Segundo a InfoMoney, a tecnologia tem sido aplicada em processos críticos do e-commerce, como detecção de anomalias, prevenção de fraudes e correção de erros de precificação, garantindo margens seguras e reforçando a reputação das marcas em um ambiente de alta volatilidade. Já a Carta Capital destacou que, na Black Friday de 2024, sistemas inteligentes processaram milhões de integrações e transações em tempo real, evidenciando o papel da automação e da IA como pilares da nova economia da confiança, em que cada segundo conta e cada falha pode comprometer resultados.

Esses exemplos mostram que a IA não é mais uma promessa futurista, mas uma ferramenta de sobrevivência num mercado em que o tempo de resposta define o valor da marca. A capacidade de ajustar preços, prever gargalos e corrigir falhas antes que afetem o cliente é o novo diferencial competitivo. Ainda assim, há um limite que a tecnologia sozinha não ultrapassa: a confiança. Segundo pesquisa da Locaweb, 86% dos consumidores brasileiros consideram a transparência sobre preços e condições o fator mais determinante na decisão de compra. Isso significa que, mesmo com algoritmos refinados e IA ajustando tudo em tempo real, o cliente só volta se acreditar na integridade da marca. A IA pode aprender padrões, mas não pode simular caráter.

A grande virada da Black Friday de 2025 é simbólica. A Inteligência Artificial deixou de ser o “bicho-papão” que ameaça empregos e passou a ser o elo de confiança entre marcas e consumidores. Ela não substitui o humano — amplifica a capacidade das empresas de entregar o que prometem. As companhias que compreenderem essa mudança sairão da Black Friday com algo mais valioso do que faturamento recorde: a fidelidade de um cliente que confia. Porque, no fim das contas, a IA é apenas o instrumento. O que realmente muda o jogo é a cultura de confiança, e as marcas que entenderem isso agora terão um ativo que nenhuma tecnologia substitui: a lealdade genuína do consumidor.

A Black Friday de 2025 será, portanto, o encontro entre dois tipos de inteligência: a artificial, das máquinas; e a emocional, do público, cada vez mais intolerante a promessas vazias.

5 dicas práticas como a Inteligência Artificial pode turbinar as vendas da sua loja

O varejo brasileiro vive um momento de transição: o interesse por inteligência artificial (IA) cresce, mas o uso ainda é tímido. Segundo levantamento da CNDL Brasil, 87% dos empresários já conhecem ferramentas de IA, porém apenas 14% afirmam utilizá-las efetivamente em seus negócios.

Para Renato Rodrigues, CEO da Softcom, empresa referência em softwares de gestão e IA, a chave está em começar de forma prática, acessível e gradual. “A IA não é um luxo, é uma ferramenta de eficiência. O segredo está em aplicá-la no dia a dia, com foco em resolver problemas reais do negócio”, afirma.

A seguir, Renato lista cinco dicas essenciais para que pequenos e médios empreendedores possam crescer com o apoio da tecnologia e transformar dados em resultados.

Comece automatizando tarefas repetitivas

Controle de estoque, reposição de produtos e atualização de preços podem ser feitos de forma automatizada com apoio da IA. Isso libera tempo para que o empreendedor se concentre em decisões estratégicas, como marketing e relacionamento com o cliente.

“A automação é o primeiro passo para ganhar eficiência. É onde a IA mostra seu valor logo de início”, destaca Renato.

Use a IA para conhecer melhor o seu cliente

Ferramentas inteligentes podem analisar o comportamento de compra, identificar padrões e sugerir produtos de acordo com o perfil de cada consumidor. Essa personalização aumenta as chances de recompra e fidelização.

“A personalização é o novo marketing de relacionamento. Entender o cliente em tempo real é o que faz a diferença”, explica.

Invista em atendimento inteligente

Chatbots e assistentes virtuais ajudam a atender com rapidez, reduzir filas e oferecer suporte 24 horas. No varejo digital, a IA se torna uma aliada na experiência do consumidor e ajuda a humanizar o contato mesmo em canais automatizados.

Decida com base em dados, não em achismos

A IA ajuda o lojista a entender o que vende mais, prever demandas e ajustar campanhas de marketing com base em dados reais. Essa leitura preditiva reduz desperdícios, melhora margens e antecipa tendências.

“Com a IA, o pequeno negócio passa a tomar decisões com a mesma precisão de grandes redes”, diz Renato.

Dê o primeiro passo, mesmo que pequeno

O maior obstáculo ainda é cultural: muitos empreendedores acreditam que a IA é complexa ou cara demais. Mas hoje, existem soluções acessíveis e escaláveis que permitem começar aos poucos.

“A transformação não acontece de um dia para o outro. Mas cada passo rumo à digitalização é um avanço em competitividade”, reforça.

O uso da inteligência artificial representa mais do que uma tendência, é um movimento de adaptação e sobrevivência. Em um mercado cada vez mais digital e exigente, a tecnologia se consolida como o motor da nova economia humana, conectada e inteligente.

Juntos Somos Mais prepara ação especial na Black Friday com foco em lojistas e profissionais do varejo da construção

A Juntos Somos Mais, joint venture formada por Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre, que atua na digitalização e no fortalecimento do varejo de materiais de construção (matcon), anuncia sua campanha de Black Friday, batizada de Black Juntos, com ações voltadas a lojistas, balconistas e profissionais do setor. A principal ativação acontecerá no dia 26 de novembro, às 15h, quando acontece uma live especial com sorteio de cupons e vantagens exclusivas, ao todo serão 23 prêmios sorteados e mais de 30 brindes.  

A estratégia começou antes do calendário tradicional. Desde outubro, a companhia vem promovendo o “esquenta da Black Friday”, com o objetivo de aquecer sua base de clientes e ampliar o acesso a benefícios, descontos e oportunidades comerciais dentro do marketplace. 

Durante a live do dia 26, serão sorteados cupons que chegam até 15% de desconto, além de vouchers e produtos selecionados. Para participar, os interessados deverão preencher um formulário que será disponibilizado ao vivo e estar previamente inscritos na plataforma da Juntos Somos Mais. 

Segundo a diretora comercial da Juntos Somos Mais, Yara Guerra, a ação reforça o papel da empresa no apoio ao varejo especializado. “Nosso compromisso é criar iniciativas que realmente façam diferença para quem está na ponta. A Black Friday é uma oportunidade para impulsionar vendas, girar estoque e ampliar a competitividade das lojas. A Black Juntos nasce para conectar o varejo, gerar vantagem direta para lojistas e balconistas e fortalecer toda a cadeia”, afirma. 

Com mais de 100 mil lojas cadastradas e presença nacional, a Juntos Somos Mais tem ampliado seu investimento em campanhas sazonais e iniciativas digitais para desenvolver o varejo da construção. A expectativa da companhia é que a Black Juntos se consolide como uma das principais datas comerciais do setor, estimulando o consumo e oferecendo benefícios tangíveis para os profissionais que movimentam o segmento. 

Black Friday sem prejuízo: 5 motivos para digitalizar a gestão e vender mais

Black Friday 2025 será em 28 de novembro, e o mercado deve movimentar R$13,6 bilhões, um crescimento de 16,5% em relação a 2024, segundo estudo da consultoria Gauge em parceria com a W3haus. Com as oportunidades em alta, o gerente comercial da GestãoClick, empresa especializada em soluções tecnológicas de gestão empresarial, Lucas Sousa, destaca que muitos varejistas erram em continuar usando planilhas manuais ao invés de agregar inovação aos negócios através de um sistema de planejamento de recursos empresariais (ERP).

“Muitas pequenas e médias empresas conseguem aumentar o volume de vendas na Black Friday, mas não conseguem equilibrar as contas, saindo no prejuízo. Isso acontece devido a um problema na gestão, principalmente quando esse processo está restrito a planilhas manuais que até funcionam bem em volumes baixos, mas quanto mais se vende, menos se aplicam. Sem os dados certos, é impossível criar uma estratégia efetiva de vendas para nenhuma data do comércio. Ao contrário disso, as empresas que investem em automação de processos conseguem reagir com mais agilidade e atender melhor aos clientes”, elabora o especialista. 

5 correções para vender mais na Black Friday

Pare de dificultar as vendas: As ofertas da Black Friday têm dia e hora para acabar, por isso, o consumidor busca informações rápidas, promoções claras e entregas sem atraso. Se a empresa demora para atualizar preços ou confirmar um pedido, o cliente compra do concorrente. É nesse sentido que Lucas Sousa alerta para o uso de planilhas manuais, pois elas não acompanham essa velocidade. “A Black Friday exige rapidez e escala. Quando você tenta gerir promoções, estoque e caixa em planilhas, ocorrem atrasos, erros humanos e perda de oportunidades. Por isso, eliminar planilhas deixa de ser opção e vira necessidade“. 

Invista em segurança de dados: Na Black Friday, a base de dados se torna um dos principais ativos da empresa e exige segurança total. Depender de planilhas locais é arriscado: um erro humano, falha no computador ou versão salva incorretamente pode apagar horas de trabalho e comprometer o histórico de vendas. A perda desses dados afeta diretamente a gestão do pós-venda, impede análises e reduz a produtividade. Para evitar isso, a solução é adotar um sistema ERP com armazenamento em nuvem e backups automáticos, garantindo versões seguras, restauração rápida e continuidade operacional mesmo nos períodos de maior demanda.

Não abandone os PDVs: Hoje, as lojas físicas concorrem com outras e com o e-commerce. Por isso, filas longas e confirmações tardias geram abandono de compra. E, nesse processo, cada cliente perdido representa perda de receita direta, além de feedbacks negativos. Nesse sentido, é importante que empreendedores não invistam em um sistema ERP que tenha uma boa ferramenta PDV e atualização do estoque em tempo real com integração entre canais para atualizar as vendas e o estoque instantaneamente. Dessa forma, a equipe atende mais rápido e o cliente sai satisfeito.

Automatize-se: A automação de processos é um dos maiores ganhos ao deixar de usar planilhas manuais. As tarefas repetitivas, como emissão de notas, lançamentos financeiros e controle de estoque, passam a acontecer de forma automática. Essa automação através de um sistema ERP reduz erros e economiza horas de trabalho. O empreendedor ganha mais tempo para pensar em estratégias e menos preocupações com tarefas manuais. Além disso, ajuda a cortar custos ocultos, como retrabalho e falhas humanas. 

Não espere a próxima Black Friday: Por fim, ainda há tempo para digitalizar a gestão e lucrar mais com essa Black Friday. Comece mapeando os processos manuais da sua empresa, como controle de estoque, emissão de notas e registro de vendas e identifique o que ainda depende de planilhas. Depois, escolha um sistema ERP completo, que integre e-commerce, automatize notas fiscais e gere relatórios em tempo real. Em seguida, treine sua equipe e migre os dados com atenção para garantir uma transição segura. Por fim, automatize relatórios e monitore resultados para tomar decisões rápidas e estratégicas. Com um ERP, sua empresa ganha produtividade, reduz erros e encara a Black Friday com eficiência e segurança.

Black Friday tem uma das menores taxas de ruptura do e-commerce e consolida novo padrão logístico, aponta estudo

A edição de 2024 da Black Friday consolidou um novo patamar de maturidade operacional no e-commerce brasileiro. Levantamento da Lett, empresa do ecossistema Neogrid, mostra que o evento registrou taxa média de ruptura de 30%, uma das menores entre todas as datas sazonais analisadas, ao passo que períodos como Carnaval e Páscoa chegaram a 50%. O resultado reflete o avanço tanto no planejamento de estoques quanto na integração entre varejo e indústria.

O estudo “Black Friday 2024 e Sazonalidades no E-Commerce Brasileiro” avaliou o comportamento das rupturas de outubro de 2024 a setembro de 2025 com base em dados diários coletados em grandes varejistas online, marketplaces e redes de diferentes segmentos. A análise aponta que, durante a chamada “Black November”, o estoque médio dos produtos durou 4,7 dias, enquanto o tempo médio de reposição foi de 3,8 dias – intervalo que indica um sistema em ritmo intenso, mas com resposta mais ágil e coordenada do que em anos anteriores.

Segundo Cynthia Prado Andrade de Menezes, gerente de Customer Success da Neogrid, o desempenho evidencia um processo contínuo de aprendizado do setor. “A Black Friday tornou-se referência em planejamento e execução no comércio eletrônico nacional. A antecipação de estoques, o uso de dados preditivos e a eficiência nas reposições revelam que o varejo está mais preparado para lidar com picos de demanda”, afirma.

A pesquisa também classificou as categorias de produtos em quatro perfis estratégicos de acordo com a relação entre duração do estoque e velocidade de reposição. Casa & cia (7,68 dias), bebidas (6,68 dias), e alimentos (5,85 dias) figuram entre as mais resilientes, com baixo risco de indisponibilidade. Já eletrônicos (3,45 dias), beleza (3,63 dias) e saúde sexual (3,03 dias) estão entre as mais críticas, exigindo maior atenção na reposição e no planejamento de inventário.

(Imagem: Divulgação/Reprodução)

Na opinião de Menezes, o avanço observado na Black Friday deve servir de modelo para outras datas de grande movimentação no comércio eletrônico. “O desafio agora é estender o mesmo nível de preparo e coordenação para outras sazonalidades, como Carnaval, Páscoa e Dia da Mulher. O equilíbrio entre disponibilidade e velocidade de reposição será determinante para sustentar o crescimento do setor”, destaca.

O estudo da Lett/Neogrid demonstra que o aprendizado operacional das últimas edições da Black Friday contribuiu para reduzir perdas, aumentar a eficiência das promoções e fortalecer a experiência do consumidor. “A próxima etapa de evolução do e-commerce brasileiro passa por replicar esse modelo de planejamento em todo o calendário promocional, aplicando métricas de performance, estoques de segurança e acordos logísticos mais precisos entre indústria e varejo”, acrescenta Menezes.

Na rota da Black Friday: aumento no volume de entregas amplia riscos de roubo de cargas

Com a chegada da Black Friday, o aumento expressivo nas vendas online e no volume de entregas exige atenção redobrada à segurança das operações logísticas. Entre novembro e dezembro, o número de entregas pode crescer até 30%, segundo a plataforma Eu Entrego. Esse crescimento acentuado pressiona centros de distribuição, transportadoras e marketplaces por agilidade e produtividade, muitas vezes em detrimento da segurança, resultando em um ambiente mais vulnerável a roubos e fraudes internas, cenário que exige planejamento redobrado. 

Além da tecnologia embarcada, o fator humano é determinante para a segurança logística. Processos estruturados de recrutamento, treinamento contínuo, verificação de antecedentes (background check) e engajamento dos motoristas e equipes de suporte são tão importantes quanto os sistemas de rastreamento e monitoramento. A atuação integrada entre pessoas e tecnologia é o que garante respostas mais ágeis e assertivas em situações críticas. 

O alerta se reforça diante dos números do Estudo de Roubo de Cargas, da ICTS Security, empresa especializada em consultoria e gestão de segurança, que revela um cenário paradoxal. Embora o número de ocorrências tenha caído 11% em relação a 2023, os prejuízos financeiros dispararam 21%, alcançando R$ 1,217 bilhão. O levantamento aponta que as quadrilhas têm priorizado cargas de maior valor agregado e fácil revenda, como alimentos, cigarros, eletroeletrônicos, medicamentos e cosméticos. 

A ICTS Security reforça que a prevenção, além de passar pelo processo de monitoração, deve criar redundância operacional. Isso inclui medidas como duplo motorista em rotas sensíveis, alteração dinâmica de trajetos em tempo real, rastreamento com tecnologia anti-jamming e o uso combinado de protocolos físicos e digitais. Essas práticas reduzem significativamente o impacto das tentativas de interceptação e tornam a operação menos previsível para o crime organizado.

“As empresas precisam tratar a Black Friday como uma operação de risco ampliado. A indicação é antecipar o planejamento e integrar áreas de segurança, logística e tecnologia em um modelo de prevenção contínua”, alerta Anderson Hoelbriegel, diretor de Negócios da ICTS Security. Segundo o especialista, essa integração deve envolver também times de analytics e inteligência preditiva, equipes de resposta rápida e cooperação com autoridades locais, ampliando a capacidade de dissuasão e reação a incidentes.

O Sudeste segue liderando as perdas, com 83,6% dos prejuízos nacionais, sendo São Paulo responsável por quase metade (47,2%), seguido por Rio de Janeiro (18,7%) e Minas Gerais (14,2%). Mas o estudo mostra uma migração do crime para novas rotas: o Nordeste aumentou sua participação para 11,7%, com destaque para os corredores logísticos de Pernambuco, Maranhão e Bahia, enquanto o Norte passou de 0,1% para 0,9%, impulsionado por ocorrências no Pará e Amazonas.

O levantamento também mostra como as quadrilhas se adaptam às contramedidas regionais. Em estados onde há maior integração com forças de segurança e legislações mais rigorosas, como Paraná e Espírito Santo, as ocorrências recuaram. Já em regiões com fiscalização mais limitada, especialmente em rotas interestaduais e zonas portuárias, observa-se o deslocamento estratégico das ações criminosas.

“O avanço das quadrilhas para rotas menos protegidas mostra uma rápida adaptação do crime organizado às vulnerabilidades regionais. Isso exige das empresas uma revisão constante de seus planos de gerenciamento de risco”, afirma Hoelbriegel. “Vale o alerta para o risco crescente de fraudes na integração entre armazenagem temporária e distribuição final. O uso indevido de espaços logísticos intermediários para manipulação ou desvio de cargas reforça a necessidade de uma gestão sistêmica, física, lógica e legal, de toda a cadeia de suprimentos”.

Para reduzir riscos durante o pico de vendas, a ICTS Security recomenda antecipar o diagnóstico de riscosmapear rotas e pontos vulneráveis, e reforçar o controle de acesso e monitoramento eletrônicoUm planejamento preventivo pode reduzir até 60% das ocorrências. Auditorias de parceiros logísticos, o uso de inteligência de dados e treinamento das equipes também são medidas fundamentais. A segurança logística deve ser encarada como um ciclo completo, prevenção, detecção, resposta e melhoria contínua, em que cada etapa é interligada e retroalimenta a outra. Esse modelo permite que as empresas se antecipem aos riscos e fortaleçam suas operações de forma sustentável.

A tecnologia também tem sido uma aliada estratégica na prevenção de roubos e na proteção das operações logísticas. Segundo Alvaro Loyola, country manager da Drivin Brasil, o uso de plataformas de gestão inteligente pode reduzir significativamente o tempo de resposta diante de incidentes. “Hoje, é possível identificar desvios de rota em tempo real e agir de forma imediata. Na Drivin, por exemplo, nossa solução emite alertas automáticos sempre que um veículo sai da rota planejada ou faz uma parada não programada, permitindo uma reação rápida e coordenada com a central de monitoramento. Esse tipo de tecnologia é fundamental para proteger motoristas, cargas e a reputação das empresas durante períodos críticos como a Black Friday”, destaca Loyola.

Na Olist, ecossistema de soluções voltado para pequenas e médias empresas, a solução logística Olist Envios conecta lojistas a uma rede com mais de dez transportadoras parceiras. Com o suporte de análise de dados e monitoramento em tempo real, a ferramenta permite identificar rapidamente qualquer anormalidade na entrega e acionar o último responsável pelo trajeto para garantir agilidade na resolução.

“Na Olist, redobramos os cuidados em períodos de grande movimento, como a Black Friday. Nesses momentos, cada detalhe da operação faz diferença, especialmente nas etapas em que o pacote muda de mãos. Um bom exemplo é o trajeto entre o centro de distribuição e a transportadora: se a movimentação fica parada por mais de um dia, um alerta é acionado imediatamente. Essa postura preventiva, aliando tecnologia e inteligência de dados, tem sido fundamental para reduzir perdas e roubos, além de reforçar a segurança e a confiança de toda a nossa rede, dos parceiros logísticos até o consumidor final”, afirma Glória Bolani Porteiro, head de Envios da Olist.

Segurança e eficiência no transporte de cargas

Enquanto as rodovias brasileiras sofrem cada vez mais com a sobrecarga e os riscos de circulação, a cabotagem desponta como uma alternativa altamente eficaz. Realizada pelo modal marítimo entre portos nacionais, a solução apresenta índices próximos de zero em ocorrências de roubo de carga, além de reduzir os riscos de avarias e o custo com seguros.

“Com a crescente demanda por eficiência e sustentabilidade no transporte de mercadorias, a navegação costeira tornou-se uma solução viável e estratégica, capaz de otimizar o fluxo de cargas. Ao aliviar gargalos como o desgaste acelerado das estradas, a alta incidência de acidentes e roubos, ela proporciona uma distribuição mais equilibrada da matriz logística, reduz os congestionamentos urbanos, melhora a fluidez do tráfego e diminui o tempo de transporte de mercadorias”, destaca Stephano Galvão, Diretor de Operações da Norcoast, empresa brasileira de navegação costeira.

Com mais de oito mil quilômetros de costa navegável, o Brasil está estrategicamente posicionado para ampliar o uso da cabotagem. “Esse modal promove inclusão territorial e reforça a governança logística no país, conectando regiões distantes com maior eficiência e estruturando uma cadeia de suprimentos mais integrada. Ao facilitar a distribuição de mercadorias e aumentar a competitividade das empresas, a navegação costeira também oferece mais segurança, já que a carga permanece por mais tempo em ambiente protegido, isto é, dentro do navio”, complementa Galvão.

IA e o futuro do trabalho: por que a inteligência emocional será o maior ativo

Automatizar operações, processar dados, mapear padrões e perfis, realizar atendimentos e melhorar a experiência do cliente. Essas são apenas algumas das infinitas maneiras em que a Inteligência Artificial (IA) vem sendo utilizada pelo universo corporativo. Uma pesquisa, realizada pela McKinsey, mostrou que o interesse das organizações pelo uso da IA vem crescendo ano a ano. Em 2024, cerca de 72% das empresas em todo o mundo já utilizavam a tecnologia de alguma forma, um salto em relação aos 55% registrados no ano anterior.

Nesse cenário, em que a inteligência artificial se torna cada vez mais presente no dia a dia das organizações, um questionamento é inevitável: o que resta de exclusivamente humano no futuro do trabalho? Para o professor da UniSociesc, Fernando Luiz Freitas Filho, doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento e especialista em Educação, o segredo não está em competir com as máquinas, mas em ser “mais humano do que nunca”. 

“A automação, os algoritmos e os robôs assumem tarefas antes realizadas por pessoas, mas há um conjunto de competências que permanecem insubstituíveis, e que serão, mais do que nunca, determinantes para quem quiser se manter relevante”, comenta o especialista. Ele defende que o profissional do futuro é aquele que alia a técnica à sensibilidade, alguém capaz de entender processos, mas também de compreender e inspirar pessoas.

O território humano inabalável 

As máquinas e os algoritmos já provaram sua eficiência em tarefas repetitivas e, mais recentemente, em funções cognitivas como a geração de relatórios e conteúdos. No entanto, sua atuação é fundamentalmente reativa e baseada em dados existentes. A verdadeira criação ainda é domínio exclusivo da mente humana.

“A criatividade genuína, que concebe ideias realmente novas e não apenas recombinações do que já foi feito, é uma fronteira que a IA ainda não cruzou. Da mesma forma, a capacidade de colaboração profunda, de construir relações de confiança e de engajar equipes através da motivação e da inspiração são características humanas insubstituíveis”, pontua o professor. 

Aprendizado contínuo, conexão e colaboração: o valor do humano

Um estudo realizado pela Dell Technologies em parceria com o Institute for the Future, estima que 85% dos empregos que existirão em 2030 ainda não foram criados. Diante desse dado, a capacidade de “aprender a aprender” – ou metacognição – se torna a âncora para a relevância profissional. “O foco deve migrar da acumulação estática de conhecimento para a agilidade em assimilar novos saberes e se adaptar a ferramentas emergentes, como a própria inteligência artificial generativa”, recomenda o professor.

Nesse contexto, a IA deve ser encarada não como uma rival, mas como uma aliada estratégica. “Utilizá-la para criar roteiros de estudo, explorar novos assuntos ou otimizar processos é um uso inteligente da tecnologia para liberar tempo e capacidade mental para as tarefas que demandam essencialmente humanidade”, comenta.

Paralelamente, em tempos de hiperconectividade digital, a conexão humana genuína se torna um ativo escasso. Para Fernando, o futuro do trabalho exigirá mais do que networking: pedirá colaboração real, troca de experiências e construção coletiva. “É fundamental criar laços que não sejam apenas de interesse comercial. Estar em grupos e associações para aprender, contribuir e cooperar é o que fortalece as relações e amplia a visão de mundo.”

Entre as competências que mais ganharão destaque, Fernando aponta duas: flexibilidade cognitiva e emocional. A primeira diz respeito à abertura para novas ideias, pontos de vista e conhecimentos. “É a capacidade de ouvir opiniões diferentes e buscar múltiplas fontes antes de formar sua própria conclusão.”

Já a flexibilidade emocional está ligada à empatia e à tolerância. “É saber conversar com quem pensa diferente sem hostilidade, compreender visões opostas e construir algo a partir do diálogo.”

Emoções e propósito: o lado humano da produtividade

Na visão do educador, a tecnologia deve ser usada para melhorar a qualidade de vida, e não apenas para aumentar a produtividade. “O que adianta termos um mundo automatizado, com robôs e IA fazendo tudo, se continuamos estressados, exaustos e sem propósito?”, questiona.

Ele cita os princípios da chamada “ciência da felicidade”, que incluem emoções positivas, engajamento, relacionamentos significativos, propósito e realizações. “Quando fazemos algo que gostamos, em um ambiente saudável, com colegas que se apoiam, o trabalho ganha sentido. Isso é impossível de programar em uma máquina”.

Mais do que eficiência, as empresas do futuro precisarão cultivar humanidade, criando espaços que valorizem o bem-estar e o equilíbrio. É o que diferencia um time basicamente produtivo de um time criativo e inovador.

O futuro é humano

A IA é uma ferramenta poderosa, mas ainda depende da direção humana para fazer sentido. Ela organiza dados, sugere caminhos, executa tarefas, mas quem define o propósito, quem decide o porquê, é sempre o ser humano.

Para o professor Fernando, o profissional do futuro será aquele que unir o melhor dos dois mundos: a precisão das máquinas e a sensibilidade das pessoas. “As máquinas foram feitas para facilitar a vida, não para substituí-la. O papel da tecnologia é nos ajudar a sermos mais produtivos e, principalmente, mais felizes. Em tempos de inteligência artificial, o diferencial será cada vez mais natural: a inteligência emocional”, conclui.

Comandado por megaempresários, evento aborda o poder nas mãos do consumidor

O consumidor nunca foi tão poderoso… e tão imprevisível. Ele compra por valores emocionais, navega por impulso, exige personalização e abandona marcas que não o representam. Se antes a competição se dava entre produtos, hoje ela acontece entre experiências. O consumo deixou de ser uma transação e passou a ser uma forma de expressão.

Pesquisas do Instituto Ipsos mostram que 78% dos brasileiros esperam que marcas se posicionem em temas sociais e ambientais. Já o estudo Deloitte 2025 Consumer Insight revela que 63% das decisões de compra são guiadas por valores pessoais e não apenas por preço. O que antes era um diferencial, agora é pré-requisito.

Para Marcos Koenigkan, fundador do Mercado & Opinião, o novo consumo é uma fronteira de comportamento, não de produto. “O consumidor de agora não quer apenas comprar. Ele quer pertencer, sentir-se ouvido e ver propósito nas escolhas que faz. Entender essa lógica é essencial para qualquer negócio que queira permanecer relevante nos próximos anos”, afirma.

Essa virada cultural é impulsionada pela hiperconectividade e pela inteligência artificial, que permitem mapear desejos e antecipar comportamentos. Mas, como alerta Koenigkan, tecnologia sozinha não basta. “O desafio está em combinar dados e sensibilidade. A empresa que olhar apenas para os números e não para as pessoas perde a alma da marca e, consequentemente, o cliente”.

Dentro dessa reflexão sobre consumo e pertencimento, o Mercado & Opinião, realiza em 25 de novembro de 2025, em São Paulo, o jantar “O futuro do consumo e o novo comportamento do consumidor”, que reunirá grandes lideranças para discutir o que vem a seguir nas relações entre marcas e pessoas.

Segundo Paulo Motta, coanfitrião do evento, vivemos uma revolução guiada pela emoção. “A jornada de compra deixou de ser linear. O cliente se informa, compara, testa, abandona o carrinho e volta três dias depois, mas só finaliza se sentir conexão. É um consumo cada vez mais emocional e menos racional. As empresas precisam aprender a dialogar com esse novo perfil”.

O jantar faz parte da agenda nacional do Mercado & Opinião, reconhecida por reunir grandes nomes do empresariado brasileiro em encontros que unem networking de alto nível e debates sobre tendências estratégicas. “Quem compreender o consumidor antes dos concorrentes liderará o mercado. É disso que tratamos: antecipar o amanhã”, conclui Koenigkan.

Evento: Jantar com Empresários – Mercado & Opinião

Tema: O futuro do consumo e o novo comportamento do consumidor

Data : 25 de novembro de 2025 – 18h30

Local: São Paulo

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