Início Site Página 6

Setor de transporte adota PIX e inteligência artificial para cortar custos e evitar fraudes

Rápido, gratuito e disponível 24 horas por dia, o PIX se consolidou como o principal meio de pagamento no Brasil, alcançando recentemente seu recorde histórico de uso. No dia 6 de junho de 2025, o sistema registrou 276,7 milhões de transações em apenas 24 horas, de acordo com dados do Banco Central. Ao fim de 2024, mais de 75% da população já utilizava o PIX com mais frequência do que dinheiro em espécie, cartões de débito ou crédito, mudança significativa no comportamento financeiro do brasileiro.

No setor de logística e transporte rodoviário, não poderia ser diferente. Motoristas e transportadoras estão adotando o pagamento digital para tornar o abastecimento mais rápido, seguro e principalmente mais barato. O processo que antes exigia cartões físicos, autenticações manuais e prazos de compensação agora é realizado em segundos por meio de um simples aplicativo com IA. A tecnologia garante trusted data nas transações, reduz custos, melhora a eficiência operacional e simplifica o pagamento nos postos de combustível. 

Ricardo Lerner, CEO da plataforma de gestão de abastecimento Gasola, destaca que a implementação da IA no setor de logística traz agilidade e confiabilidade para as operações das transportadoras. “A leitura automática das informações tornará desnecessário, em breve, qualquer preenchimento manual. Com o cruzamento automático das informações, conseguimos identificar erros de digitação e abastecimentos em veículos não autorizados, além de gerar relatórios mais consistentes para apoiar a tomada de decisão das transportadoras”.

A transformação promovida pela inteligência artificial já se reflete em ganhos concretos nas operações logísticas. Empresas que adotaram IA em suas operações relatam processos mais ágeis, maior controle e redução de custos operacionais. Um estudo da consultoria McKinsey & Company aponta que o uso de inteligência artificial pode gerar até 15% de economia em custos logísticos, especialmente por meio da otimização de gestão e análise de dados em tempo real. Além disso, o Relatório do Estado do Transporte Comercial de 2024 identificou uma queda de 40% no número de acidentes nas estradas entre as empresas que incorporaram tecnologias baseadas em IA, demonstrando também impactos positivos na segurança viária.

O CEO reforça que, além da logística, esse avanço permite a oferta de preços mais competitivos e maior controle para o gestor da frota. “Por meio de valores negociados previamente e pagamentos realizados à vista ao abastecer, o sistema oferece preços abaixo dos praticados, eliminando os juros gerados pelos cartões de frota, que tradicionalmente pagam os postos em prazos de 30 a 35 dias”, explica o executivo.

A IA, inclusive, também se demonstra útil na proteção contra fraudes como adulteração de hodômetro, abastecimento de veículos não autorizados ou cobranças indevidas. “Utilizamos a IA para cruzar, em tempo real, os dados fornecidos no abastecimento com imagens registradas no momento da operação. O sistema exige que o motorista envie fotos da bomba, do caminhão, da placa e da própria quilometragem, além de uma imagem sua. Esse conjunto de informações é processado automaticamente, reduzindo drasticamente a possibilidade de fraudes “, diz Ricardo Lerner.

A expectativa é de que os ganhos de eficiência se tornem ainda maiores com a chegada de novas funcionalidades ao ecossistema do PIX e a adaptação às ferramentas de IA. “Nossa plataforma evoluiu muito com o investimento em IA. Aos poucos, o sistema tem se mostrado cada vez mais eficiente e recebido feedbacks positivos dos usuários”, conclui o CEO.

Tendência para o segundo semestre: Tecnologia ganha relevância entre desafios de gestão, aponta Robert Half

A tecnologia avançou da 7ª para a 4ª colocação entre as principais preocupações dos gestores no segundo semestre de 2025, de acordo com o Índice de Confiança Robert Half (ICRH). O movimento mostra que a capacidade de compreender as evoluções tecnológicas e aplicá-las de forma estratégica é vista como motor de competitividade. Ao lado de lucratividade (42%), retenção de talentos (41%) e produtividade (41%), o uso inteligente da tecnologia tende a estar no centro das decisões das lideranças empresariais para os próximos meses.

O levantamento, que ouviu tomadores de decisão de empresas de diferentes portes e setores em todo o Brasil, mostra uma reorganização das prioridades no segundo semestre, sem perda de atenção aos temas estruturantes da gestão de pessoas. A atração de profissionais, por exemplo, segue entre os top 10 desafios, o que reafirma sua relevância, ainda que temporariamente redimensionado diante de outras pressões no ambiente de negócios.

“Gestores que conseguem engajar as equipes e priorizar as frentes certas tornam-se peças-chave no sucesso das companhias. A combinação entre foco em resultados, valorização de talentos e uso inteligente da tecnologia é decisiva para alcançar metas com consistência”, avalia Maria Sartori, diretora de mercado da Robert Half.

A valorização crescente da tecnologia entre líderes empresariais reforça a necessidade de se manterem atualizados frente a transformações constantes, como a automação de processos, o uso de inteligência artificial e as novas ferramentas de produtividade. A tendência aponta para um mercado no qual tecnologia e talento humano caminham juntos, com impacto direto na performance das organizações.

As 10 maiores preocupações dos gestores para o segundo semestre de 2025, de acordo com o ICRH:

  1. Lucratividade: gerar mais valor, gastando menos (42%)
  2. Retenção: não perder bons profissionais para o mercado (41%)
  3. Produtividade: cumprir obrigações de maneira mais eficiente (41%)
  4. Tecnologia: compreender as evoluções e usá-las a seu favor (30%)
  5. Remuneração: ter salários e benefícios competitivos (29%)
  6. Bem-estar: promover saúde mental e qualidade de vida (26%)
  7. Carreira: desenvolver e oferecer oportunidades de crescimento (24%)
  8. Atração: atrair profissionais adequados para a empresa (20%)
  9. Informações de mercado: impactos da política e economia nos negócios (13%)
  10. Modelos de trabalho: adaptar-se e evoluir no modelo adotado (11%)

Pix 2.0: parcelado, automático e inclusivo para um Brasil com mais crédito 

O Pix, sistema de pagamento instantâneo, não apenas revolucionou a forma como os brasileiros realizam transações financeiras, mas também segue em rápida expansão. Após bater a impressionante marca de 227 milhões de transações em um único dia, em setembro de 2024, segundo dados do Banco Central, o sistema avança desde então com novas funcionalidades que devem impactar diretamente o varejo, o crédito e o acesso a serviços digitais.

Neste ano, duas novidades começaram a ser liberadas: o Pix Automático, ideal para pagamentos recorrentes como assinaturas e mensalidades; e o Pix por Aproximação, que elimina a necessidade de abrir o aplicativo bancário para fazer pagamentos. A partir de setembro, o Pix Parcelado começará a ser implementado, seguido pelo Pix Garantido, previsto para 2026/2027. 

A nova era do pagamento recorrente

A função de Pix Automático promete ser uma alternativa prática e inclusiva, especialmente para consumidores que não possuem cartão de crédito. Com ela, será possível agendar pagamentos mensais para serviços como academias, TV por assinatura, plataformas de streaming, escolas e convênios, com débito automático direto na conta. 

Para os lojistas, a função promete não apenas ampliar o público atendido, mas também reduzir a inadimplência, já que os pagamentos serão debitados diretamente da conta do cliente, de forma automática e programada.

Parcelamento sem cartão

Já o Pix Parcelado, uma das funcionalidades mais aguardadas, permitirá que consumidores comprem a prazo mesmo sem possuir cartão de crédito. A operação será feita a partir de um limite pré-aprovado pelo banco, com o valor total sendo repassado de forma imediata ao lojista e o pagamento dividido em parcelas com juros. Na prática, funciona como uma alternativa ao parcelamento tradicional, com a vantagem de ocorrer diretamente dentro do ambiente bancário. Para que o recurso esteja disponível, os comerciantes precisam estar integrados a um ambiente de pagamentos habilitado, como a SaqPay, plataforma de soluções em meios de pagamento digitais. 

Pix no crédito e a inclusão digital

Fintechs e bancos digitais tendem a adotar rapidamente essas soluções, impulsionando vendas no varejo e oferecendo alternativas mais acessíveis aos consumidores. Embora o cartão de crédito ainda domine, o Pix deve ganhar espaço com menor custo para lojistas e maior praticidade para o público. O principal desafio será a integração tecnológica, mas o setor já está preparado para essa nova fase de consolidação do Pix no ecossistema financeiro.

Desafios para internacionalização

A expansão do Pix para transações internacionais ainda enfrenta obstáculos regulatórios e técnicos. O primeiro desafio é que cada país precisa avaliar sua política de pagamentos para permitir a adoção de novas tecnologias como o Pix por parte das instituições financeiras locais. Somente após essa etapa é que bancos estrangeiros poderão acessar as APIs disponibilizadas pelo Banco Central do Brasil. Além disso, será necessário resolver questões de conversão de moeda, já que ainda não está definido se as transações serão processadas em reais com posterior conversão ou diretamente na moeda local. A padronização cambial e a interoperabilidade entre sistemas serão pontos-chave para a viabilização do Pix internacional.

Um novo comportamento de consumo

Com a chegada de funções como Pix recorrente, parcelado e por aproximação, especialistas apontam para uma mudança importante no comportamento de consumo. O brasileiro é rápido para adotar soluções práticas. Com essas atualizações, o Pix se fortalece como um sistema completo, que vai além da transferência, e se consolida como protagonista no ecossistema financeiro do país.

LGPD completa sete anos e transforma cenário do tratamento de dados pessoais no Brasil

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) completa sete anos no Brasil em um contexto em que a proteção de dados já impacta em vários aspectos os setores da economia, transformando a forma como dados pessoais são tratados. Ao mesmo tempo, o marco estabeleceu uma nova era de governança, segurança e transparência no tratamento de informações pessoais. 

“Mais do que um instrumento normativo, a LGPD consolidou no Brasil um novo patamar de proteção à privacidade, influenciando diretamente as estratégias corporativas e a consciência da sociedade sobre o uso de dados pessoais”, afirma Carla do Couto Hellu Battilana, sócia na área de Cybersecurity & Data Privacy de TozziniFreire Advogados.  

Desde que a LGPD foi publicada, tivemos diversas mudanças na forma como o tema da proteção de dados é visto no Brasil. Dentre os marcos mais significativos nesses últimos 7 anos, está a Emenda Constitucional nº 115/2022, que reconheceu a proteção de dados pessoais como direito fundamental, ao lado de garantias como a liberdade de expressão e a dignidade humana. “Esse reconhecimento trouxe mais segurança jurídica para cidadãos e empresas, além de blindar a legislação contra retrocessos”, explica Battilana. 

Outro avanço foi o amadurecimento na aplicação do legítimo interesse como base legal para o tratamento de dados, que passou a contar com esclarecimentos adicionais no Guia publicado pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). “Ao estabelecer parâmetros mais claros, a ANPD contribuiu para equilibrar a necessidade das empresas com a preservação dos direitos dos titulares”, disse Battilana. 

A regulação da transferência internacional de dados marcou outro passo importante. A Resolução CD/ANPD nº 19/2024 estabeleceu regras específicas para cláusulas contratuais padrão e medidas técnicas de segurança. “Hoje, as empresas contam com uma série de regras para garantir que os dados permaneçam protegidos, independentemente do país de destino”, enfatiza Battilana. 

Segundo Battilana, a fiscalização e aplicação de sanções pela ANPD se tornaram mais frequentes e estruturadas, sobretudo após a Resolução CD/ANPD nº 4/2023, que definiu critérios para dosimetria das penalidades. “A presença mais ativa da autoridade está elevando a maturidade das organizações e a efetividade da lei.” 

A publicação do Enunciado CD/ANPD nº 1/2023  flexibilizou a exigência de consentimento como base legal para o tratamento de dados de crianças e adolescentes, desde que respeitado o princípio do melhor interesse do menor. “A mudança não reduz a proteção, mas oferece alternativas legítimas para casos em que o consentimento não seja o caminho mais adequado”, diz Battilana.  

No campo da tecnologia, a ANPD tem ganhado protagonismo nas discussões sobre inteligência artificial, ao lançar um sandbox regulatório e participar ativamente dos debates do Projeto de Lei nº 2.338/2023, que pode torná-la a coordenadora nacional de governança de IA. “A interseção entre IA e proteção de dados é inevitável e exige atenção redobrada para que a inovação caminhe lado a lado com a segurança e a privacidade”, avalia Battilana. 

Com os avanços na proteção de dados, aumenta no país a conscientização sobre riscos cibernéticos e a importância do reporte de incidentes, medida fundamental para mitigar danos. A Resolução CD/ANPD nº 1/2024 também ajudou ao estabelecer os protocolos claros para que as empresas possam comunicar ocorrências à autoridade e aos titulares dos dados.  

“Olhar para o futuro da LGPD significa acompanhar tendências como o avanço da inteligência artificial, a integração de padrões internacionais de proteção de dados e a sofisticação das ameaças cibernéticas. Um cenário em constante evolução que exige atualização e comprometimento de todos os agentes envolvidos”, enfatiza Battilana.

TAKAO lança loja oficial na Shopee e amplia presença no comércio digital de autopeças

A TAKAO, marca de componentes para motor comercializada com exclusividade pela Goop Distribuidora e referência no mercado de reparação automotiva, reforça sua presença no comércio eletrônico com o lançamento de sua loja oficial na Shopee, market place que conecta vendedores e consumidores. A parceria amplia o acesso dos clientes aos mais de 8 mil itens do catálogo da empresa, com comodidade, eficiência e segurança. Ao mesmo tempo, fortalece a presença dos distribuidores da marca no ambiente digital, por meio da expertise e das soluções de uma das principais companhias do setor, contribuindo para ampliar a cobertura e a rentabilidade operacional em todo o território nacional. 

Ciente da importância estratégica das vendas online para o sucesso comercial, a TAKAO vem investindo na ampliação de sua presença nas plataformas de comércio eletrônico, como explica a diretora de marketing, Clarissa Pinelli: “As plataformas de comércio eletrônico vêm ganhando cada vez mais popularidade entre os reparadores, devido à praticidade oferecida na aquisição de componentes para reposição. Por isso, é fundamental contar com uma estrutura online robusta, que ofereça a garantia de uma compra rápida, fácil e segura.”

Acessada mensalmente por um terço da população brasileira, a Shopee é também, segundo o Sensor Tower, o aplicativo de compras com o maior tempo médio de navegação por usuário. “Esses dados comprovam a importância do canal para o segmento”, comenta a executiva. “Entendemos que ter uma loja oficial na plataforma é essencial para os nossos objetivos de negócio, especialmente diante da relevância crescente do canal junto aos consumidores.”

Segundo dados da Shopee, as vendas de autopeças na plataforma aumentaram em mais de 80% entre 2023 e 2024. “O mercado online de autopeças cresce constantemente e a chegada da TAKAO à Shopee amplia ainda mais a oferta de autopeças, atendendo a um público amante de carros cada vez mais conectado e exigente. Com essa novidade, reforçamos nosso compromisso em oferecer uma experiência de compra simples e segura”, afirma Felipe Lima, head de desenvolvimento de negócios da Shopee.

Como loja oficial da Shopee, a TAKAO tem acesso às soluções de social commerce, que incluem a Shopee Live, ferramenta de lives, e Shopee Videos, recurso de vídeos curtos da plataforma, além do Shopee Ads e soluções de Retail Media. A marca também pode se beneficiar das campanhas de datas duplas – como 08/08, 09/09 e 10/10 – que reúnem ainda mais benefícios para os consumidores e ajudam a alavancar as vendas e o engajamento na plataforma.

Ao acessar o endereço shopee.com.br/m/takao, o usuário encontra o catálogo completo de componentes disponibilizados pelos distribuidores da marca. Ao criar sua loja, o parceiro recebe o selo de “Revendedor autorizado TAKAO”, o que assegura mais confiança e segurança ao consumidor no momento da compra.

US$ 642 milhões: Airbnb é usado para Auto Quitação de Imóveis

O lucro líquido de US$ 642 milhões e a alta de 13% na receita da Airbnb no segundo trimestre de 2025, mesmo em um cenário global de juros altos e instabilidade geopolítica, consolidam uma tendência já percebida por quem acompanha o setor: o mercado de locação por temporada segue forte e resiliente. Só em 2024, o Brasil movimentou cerca de R$ 14,5 bilhões em hospedagens de curto prazo, segundo dados do setor, com alta anual média de 12,3% na procura por imóveis via plataformas como Airbnb. Esse desempenho, aliado à valorização de até 27% ao ano em regiões estratégicas, como São Paulo, Balneário Camboriú e João Pessoa, reforça o potencial do modelo de auto quitação, em que a receita gerada pelo aluguel de temporada é usada para pagar parcelas de imóveis adquiridos com crédito estruturado.

O crescimento do mercado de aluguel por temporada tem atraído atenção de empresas do setor imobiliário e investidores institucionais que já reconhecem o potencial dessa modalidade. Muitas dessas empresas estão cada vez mais atentas ao modelo que combina alta rentabilidade e geração de caixa, transformando o aluguel em uma ferramenta de autofinanciamento. Nesse contexto, a Referência Capital se destaca ao estruturar operações que viabilizam a compra de imóveis no Brasil, com foco em rentabilidade e proteção patrimonial para brasileiros de alta renda que vivem no exterior. “Esses números do Airbnb reforçam a tendência crescente que observamos no mercado. Com imóveis bem localizados, boa curadoria e gestão eficiente, é possível gerar uma receita recorrente capaz de quitar o patrimônio, sem depender de capital próprio mensalmente”, afirma Pedro Ros, CEO da empresa.

A demanda por esse tipo de solução vem crescendo. Somente em2024 a procura por aluguel de residências por temporada aumentou 43% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior, superando o crescimento de 13,5% do aluguel residencial tradicional. O aluguel por temporada se mostra uma alternativa mais rentável e estratégica. O modelo de auto quitação, além de viável financeiramente, permite uma gestão eficiente do risco patrimonial. O retorno mensal pode variar entre 0,8% e 1,4%, superando com folga os aluguéis tradicionais, que giram em torno de 0,4% ao mês. Quando combinados à valorização dos imóveis, que pode chegar a 12% ao ano, o retorno total do investimento ultrapassa os 20% anuais, tornando-se uma das alternativas mais atrativas do mercado imobiliário atual. Para o CEO, o bom desempenho do Airbnb serve como um sinal claro para investidores: “Mesmo com juros altos e volatilidade nos mercados, o aluguel por temporada segue crescendo, porque responde diretamente ao novo comportamento do consumidor. Isso gera oportunidade real, especialmente para quem está fora do país e quer rentabilizar capital com ativos sólidos no Brasil”.

Stripe passa a oferecer Pix no Brasil em parceria com o EBANX

EBANX, empresa global de tecnologia especializada em serviços de pagamento para mercados emergentes, ampliou a parceria de quatro anos com a Stripe, empresa de serviços financeiros programáveis, para expandir a oferta de métodos de pagamento no Brasil. As empresas que usam a Stripe para processar pagamentos internacionais podem agora aceitar pagamentos de clientes brasileiros via Pix e processar as transações em Real, com liquidação disponível na moeda local delas.

“Nossa parceria com o EBANX é importante para ampliar o alcance dos usuários da Stripe no Brasil, o maior mercado da América Latina. No comércio global atual, oferecer as opções de pagamento mais eficazes muitas vezes é tão importante quanto o que está sendo vendido. Os clientes preferem métodos de pagamento que conhecem e confiam, o que impacta diretamente os resultados financeiros. Nossa pesquisa mostrou que empresas que utilizam a Stripe e oferecem pelo menos um método de pagamento relevante além dos cartões aumentaram a receita em 12% e melhoraram a conversão em 7% em média”, afirmou Krishnan Rajagopalan, diretor global de Expansão, Estratégia e Parcerias de Incubação da Stripe.

Uma análise do EBANX baseada em dados da instituição de pesquisa Payments and Commerce Market Intelligence (PCMI), do Banco Mundial e do Banco Central do Brasil, revelou conclusões semelhantes: ao oferecer métodos de pagamento locais em transações internacionais, empresas globais de e-commerce conseguem alcançar duas vezes mais consumidores no Brasil do que exclusivamente com adquirentes internacionais. Dados internos do EBANX também mostram que empresas globais que passaram a aceitar Pix tiveram um aumento de 16% na receita e crescimento de 25% no número de consumidores em apenas seis meses.

“Trabalhar com a Stripe para oferecer Pix foi o caminho natural. São 60 milhões de pessoas no Brasil que não possuem cartão de crédito. Enquanto isso, 93% dos adultos brasileiros usam Pix e, até o final deste ano, a utilização desse método deve superar os cartões de crédito nas compras online, segundo projeções da PCMI publicadas no estudo do EBANX Beyond Borders 2025. Em suma, nossa parceria com a Stripe fortalece a participação dos consumidores e empresas brasileiras na economia global”, afirmou João Del Valle, CEO e Cofundador do EBANX.

Tanto as empresas integradas diretamente com a Stripe quanto aquelas que utilizam plataformas globais de gestão de e-commerce que operam com a infraestrutura da Stripe agora podem oferecer Pix para transações internacionais.

As empresas B2B (business-to-business), que vendem para outras empresas, também se beneficiam ao realizar transações via Pix. O sistema oferece segurança e facilita pagamentos de alto valor. Segundo o estudo Beyond Borders 2025, o Pix já representa 51% do valor das vendas online entre empresas, mais que o dobro das transações de e-commerce para consumidores, que correspondem a 20%. O Boleto Bancário ocupa a segunda posição, respondendo por 25% do valor das transações B2B online no Brasil.

ÚLTIMOS DIAS. Programa gratuito que busca transformar pesquisas em negócios inovadores está com inscrições abertas até 13 de agosto

Encerram nesta quarta-feira, 13 de agosto, as inscrições para a quarta edição do Programa Hangar, iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS (Propesq), em parceria com o Tecnopuc. O programa vai selecionar ideias de projetos, conduzidas por mestrandos e doutorandos dos Programas de Pós-Graduação de instituições de Ensino Superior, e conectá-las ao ecossistema de inovação da PUCRS, buscando explorar oportunidades de negócios a partir da pesquisa. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site do programa.   

A iniciativa visa despertar o olhar empreendedor de mestrandos e doutorandos, oportunizando o contato semanal, durante três meses, com palestras e workshops com profissionais do mercado, networking com empreendedores, atividades práticas e mentorias com acompanhamento individual para cada projeto.  

O programa está dividido em trilhas para auxiliar o pesquisador na trajetória de exploração da oportunidade de negócio da sua pesquisa. As trilhas de desenvolvimento empreendedor são oferecidas como etapas necessárias do programa, consistindo em diferentes métodos utilizados para a compreensão e integração do projeto de pesquisa no contexto da inovação mercadológica. 

O programa terá atividades presenciais e online, com certificado para quem participar de 75% das atividades e apresentar o pitch final. Entre os conteúdos que serão trabalhados no programa estão: Ecossistema de Inovação, Propriedade Intelectual, Acesso à Capital e Modelo de Negócios. 

Para participar da seleção para o Hangar, o participante deverá fazer uma breve descrição da sua ideia de projeto, explicar seu objetivo e avaliar qual seu potencial de aplicação no mercado.  

Premiação  

O mestrando e o doutorando que obtiverem a maior pontuação na apresentação final de seus projetos ganharão inscrição e passagens para participação em evento de empreendedorismo e inovação, participação em programa de desenvolvimento de startups do Tecnopuc e um espaço coworking do Tecnopuc. 

Serviço 

O quê: inscrições no Programa Hangar 2025 

Até quando: 13 de agosto 

Onde se inscrever: site do programa

Poliglota e fluente em gírias: chatbot para delivery aumenta em 76% as vendas do foodservice

A Natural Bot, startup brasileira especializada em inteligência artificial para o setor de foodservice, está revolucionando o atendimento de deliveries com o CoPiloto, um assistente de vendas baseado em IA Generativa que automatiza pedidos, interações e pagamentos via WhatsApp.

Diferentemente dos chatbots tradicionais, o CoPiloto compreende textos, áudios, gírias regionais, abreviações e idiomas estrangeiros tão variados quanto o polonês, por exemplo. “Se alguém pede uma ‘breja’, ele entende como ‘cerveja’ e prossegue com o atendimento”, exemplifica Rafael Coffani, fundador e CEO da Natural Bot.

Dessa forma, o CoPiloto reduz filas virtuais, otimiza o atendimento e torna a jornada de compra mais acessível e fluida. Para o consumidor, isso significa menos espera e mais praticidade. Para os restaurantes, mais vendas com previsibilidade financeira e eficiência operacional, uma vez que a tecnologia também processa pagamentos e emite automaticamente a ordem de serviço.

Com mais de R$2 milhões investidos, a solução já tem mostrado resultados expressivos: os restaurantes que utilizam o CoPiloto registram aumento de até 76% na taxa de conversão, em comparação a sistemas de atendimento convencionais. Segundo Coffani, o CoPiloto resolve um dos maiores gargalos do delivery via WhatsApp: a limitação do atendimento humano. “Sem automação, é difícil manter um padrão de qualidade, escalar vendas e oferecer uma experiência ágil. Mudamos esse cenário com um atendimento humanizado e eficiente”, afirma.

Os aplicativos de delivery dominaram o setor de foodservice nos últimos anos, mas a dependência dessas plataformas vem gerando insatisfação entre empreendedores e donos de restaurantes. As taxas de intermediação, que podem ultrapassar 30% por pedido, somadas à perda de controle sobre a base de clientes têm levado restaurantes a repensar suas estratégias de venda. Nesse cenário, o uso do WhatsApp com inteligência artificial como canal direto e automatizado de atendimento e vendas ganha força.

“Estamos oferecendo uma nova experiência de compra para os consumidores e uma solução escalável para os restaurantes. Nosso foco é impulsionar negócios de forma sustentável. O CoPiloto tem tudo para se tornar o novo padrão no delivery brasileiro”, conclui Coffani.

A meta da Natural Bot é alcançar 1.700 contas ativas até o final de 2025 e ultrapassar 15 mil até o fim de 2026, consolidando a IA conversacional como novo padrão de atendimento e vendas no foodservice.

Como as empresas estão se preparando para combater fraudes e proteger consumidores na Black Friday?

Em 2025, o e-commerce brasileiro deve bater mais um recorde. Mas o que vem junto com essa avalanche de pedidos e cliques também preocupa. Estamos falando sobre o aumento das fraudes digitais.

A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta um faturamento de R$ 224,7 bilhões para o setor este ano, 10% a mais do que em 2024. Serão cerca de 435 milhões de pedidos e 94 milhões de consumidores navegando, comprando e (às vezes) se arriscando nas vitrines virtuais. Tudo isso em um mercado que já cresce ininterruptamente há oito anos.

Datas como Cyber Monday, Dia dos Pais, Natal e até períodos de liquidação contínua exigem, mais do que nunca, plataformas preparadas e seguras. As chamadas “temporadas quentes” do varejo tornam a reta final do ano não só um esquenta estratégico para promoções, como também para tentativas de fraude.

A Black Friday está marcada: 28 de novembro. E se, por um lado, as promoções movimentam a economia digital, por outro, também escancaram as portas para golpistas. Mas o crescimento vem com um custo. E não é só financeiro.

A edição de 2024 já deu sinais do que esperar. Segundo a ConfiNeotrust e a ClearSale, só até o meio-dia do sábado seguinte à Black Friday foram registradas 17,8 mil tentativas de fraude. Valor estimado das tentativas barradas? R$ 27,6 milhões. O ticket médio dos golpes impressiona: R$ 1.550,66, mais que o triplo do valor médio de uma compra legítima.

E os alvos preferidos? Games, informática e instrumentos musicais.

Mesmo com uma queda de 22% no valor total das fraudes em relação ao ano anterior, os especialistas são categóricos: os criminosos digitais continuam ativos, e mais sofisticados.

Enquanto isso, o PIX dispara. Na última Black Friday, as transações com o sistema instantâneo saltaram 120,7% em um único dia. Foram movimentados R$ 130 bilhões, segundo o Banco Central. Um feito histórico. Mas que também preocupa.

Mais velocidade, mais acessos, mais instantaneidade, mais vulnerabilidades. E nem todas as plataformas estão preparadas para isso. Lentidão, instabilidade e brechas de segurança viram a porta de entrada perfeita para quem está do outro lado, fraudadores atentos e oportunistas.

Essas falhas afetam diretamente a experiência do usuário e a reputação das marcas. Um estudo da PwC revela que 55% dos consumidores evitariam comprar de uma empresa após uma experiência negativa, e 8% desistiriam de uma compra após um único incidente desfavorável.

“Segurança digital não é uma etapa final. É um processo contínuo que começa antes da primeira linha de código”, resume Wagner Elias, CEO da Conviso, especialista em segurança de aplicações (AppSec).

Para proteger os softwares de e-commerce, o setor de segurança de aplicações (AppSec) — que deve movimentar US$ 25 bilhões até 2029, segundo a Mordor Intelligence — trabalha para encontrar vulnerabilidades antes que elas virem problemas reais.

O objetivo da AppSec é mapear brechas de segurança antes que elas sejam exploradas por invasores. Elias compara com a construção de uma casa: “É como construir uma casa já pensando nos pontos de acesso: você não espera que alguém tente invadir para depois instalar fechaduras ou câmeras. A ideia é antever os riscos e fortalecer as defesas desde o início”, explica Elias.

E o CEO alerta que o ideal seria as empresas revisarem constantemente suas plataformas para identificar e corrigir possíveis brechas de segurança, criando uma cultura contínua de proteção. “O fundamental é oferecer uma garantia real tanto para o produto quanto para o consumidor, fortalecendo a confiança na plataforma e em todo o processo de compra. E isso só é possível com um preparo que começa meses antes da data”. 

Uma das soluções que podem apoiar os e-commerces nesse processo é o Site Blindado, agora parte da Conviso, empresa de segurança de aplicações e referência em AppSec. O selo de confiança atua em diferentes níveis, atendendo desde lojas virtuais que precisam de proteção básica até aquelas que demandam maior prova de autenticidade, ou mesmo certificações mais rigorosas, como a PCI-DSS, exigida para quem lida com dados de cartão de crédito.

Quem leva segurança a sério colhe resultados. A Visa, por exemplo, bloqueou 270% mais fraudes em 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso só foi possível graças a um investimento robusto: mais de US$ 11 bilhões em tecnologia e segurança nos últimos cinco anos.

A chave? Inteligência artificial, machine learning e análise de comportamento em tempo real. Tudo em milissegundos. Sem atrapalhar o consumidor de verdade, que quer apenas garantir o desconto no checkout.

Prevenção começa na base. Mas como se proteger? As recomendações são claras e envolvem tanto empresas quanto consumidores”, reforça o CEO da Conviso.

Dicas para as empresas:

  • Inclua segurança já na fase de desenvolvimento dos sistemas;
  • Faça testes de penetração (pentests) com frequência;
  • Integre ferramentas de proteção ao seu DevOps sem perder agilidade;
  • Treine times de tecnologia com foco em boas práticas de segurança;
  • Crie uma cultura onde segurança é rotina, e não exceção.

E para o consumidor que vai às compras digitais:

  • Fuja de promoções boas demais para serem verdade;
  • Verifique se o site é confiável (https, selos de segurança, CNPJ, etc.);
  • Dê preferência a plataformas e apps já conhecidos;
  • Evite links recebidos por e-mail ou redes sociais — principalmente de desconhecidos;
  • Ative a autenticação em dois fatores sempre que possível.

“Enquanto o consumidor precisa aprender a reconhecer sinais de risco, as empresas têm o dever de oferecer ambientes blindados. É a combinação dos dois que sustenta a confiança nas plataformas e mantém o mercado saudável”, conclui Elias.

[elfsight_cookie_consent id="1"]