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O marketing na era da dispersão: como conectar-se aos clientes sem ter controle do caminho

Fragmentada e imprevisível; essa é a atual jornada de compra online. Em questão de minutos, consumidores transitam entre redes sociais, mecanismos de busca, marketplaces, aplicativos e lojas físicas, cruzando plataformas e estímulos de forma não linear. É o fim da lógica do funil como guia de estratégia de marketing e a imersão em uma era de caos dinâmico.

Diante de trajetos tão descentralizados, o controle da jornada deixa de ser viável, mas o compromisso com uma boa experiência permanece. Para os e-commerces, é necessário compreender os sinais que o consumidor emite em tempo real e criar pontos de contato relevantes, fluidos e consistentes. “Não dá para esperar que o cliente caminhe por um trilho. A conexão precisa acontecer onde ele estiver, quando fizer sentido para ele”, afirma Gabriel Carlini Vieira, especialista em marketing digital e CEO da Agência FG.

Com esse novo cenário, a personalização deixou de ser diferencial e se tornou ponto de partida. Comportamentos, interesses e padrões de navegação passaram a ter mais peso que perfis demográficos. “Em vez de criar jornadas previsíveis, as marcas precisam mapear oportunidades de interação e remover atritos em qualquer ponto do caminho”, destaca Vieira.

A inteligência artificial tem um papel considerável nesse contexto. Segundo a consultoria Menlo Ventures, 1,8 bilhão de pessoas já utilizaram ferramentas de IA, e cerca de 600 milhões interagem com elas diariamente. Tecnologias como motores de busca generativos e agentes autônomos influenciam diretamente as decisões de compra, muitas vezes antes mesmo que o consumidor perceba. E isso precisa ser levado em conta e usado de forma estratégica.

Em 2025, a IA avança para além da automação básica e passa a operar como cérebro estratégico das marcas que atuam no e-commerce. Modelos generativos estão sendo integrados diretamente a CRMs, plataformas de mídia e sistemas de recomendação de produtos, permitindo ações hiperpersonalizadas em tempo real ao longo de toda a jornada de compra. Ferramentas como search generativo, assistentes virtuais de vendas e agentes autônomos de mídia, capazes de tomar decisões, testar e ajustar campanhas sem intervenção humana, já começam a ser implementadas em larga escala nas operações digitais. 

Além disso, a criação de vídeos personalizados com IA e a análise emocional aplicada ao atendimento e à experiência do usuário inauguram uma nova fase no relacionamento com o consumidor, onde cada ponto de contato é moldado não apenas por dados, mas por contexto, intenção e potencial de conversão.

Ainda assim, a tecnologia sozinha não resolve. Eficiência também se tornou atributo essencial. Um levantamento da Verint mostra que 86% dos consumidores valorizam interações rápidas e 73% preferem resolver tudo por canais digitais. Isso exige não apenas plataformas otimizadas, mas também inteligência de dados, UX funcional e times capacitados para adaptar a operação com agilidade.

“Estamos vivendo um marketing que opera no ritmo da cultura e da tecnologia. É preciso observar, ajustar e entregar valor continuamente. O foco não está em prever todos os passos do consumidor, mas em estar presente, com relevância, no momento em que ele decide agir. Crescer hoje significa operar com mais consciência, estratégia e inteligência, entendendo que não há mais o controle da jornada”, conclui Gabriel.

Buscas por elétricos usados crescem 57% no primeiro semestre de 2025 no Brasil, aponta Webmotors

As buscas por carros 100% elétricos usados cresceram 57% no primeiro semestre de 2025. É isso o que apontam os dados de um levantamento do Webmotors Autoinsights, ferramenta que fornece dados e informações sobre o mercado automotivo brasileiro, com base no número de visitas de usuários da plataforma entre janeiro e junho de 2025 na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Entre os eletrificados, este foi o segmento que mais cresceu no período. Na sequência, estão os Híbridos Usados (41%), Híbridos 0KM (24%) e Elétricos 0KM (17%). “Os dados mostram que o interesse dos brasileiros nos eletrificados como um todo segue crescendo, com maior força principalmente nos usados. É um indicativo que o preço desses veículos ainda é uma barreira, que pode ser superada com o Usado, que se torna uma porta de entrada ao brasileiro no mundo dos eletrificados”, analisa Eduardo Jurcevic, CEO da Webmotors.

Entre os modelos 100% elétricos mais buscados no período, o BYD Dolphin Mini encabeça a lista dos 0KM, enquanto o BYD Seal lidera entre os usados. Do lado dos híbridos 0KM, o BYD King é o que mais recebeu visitas, e entre os usados o Toyota Corolla lidera. 

ELÉTRICOS 0KM MAIS VISITADOS DO BRASIL (JAN A JUN DE 2025)ELÉTRICOS USADOS MAIS VISITADOS DO BRASIL (JAN A JUN DE 2025)
BYD Dolphin MiniBYD Seal
BYD DolphinBYD Dolphin
BYD SealBYD Dolphin Mini
BYD Yuan ProPorsche Taycan
Volvo EX30Volvo XC40
Chevrolet Blazer EVAudi E-tron
Renault MeganeVolvo EX30
BMW i7GWM Ora 03
Hyundai Ioniq 5Volvo C40
GWM Ora 03BYD Yuan Plus
HÍBRIDOS 0KM MAIS VISITADOS DO BRASIL (JAN A JUN DE 2025)HÍBRIDOS USADOS MAIS VISITADOS DO BRASIL (JAN A JUN DE 2025)
BYD KingToyota Corolla
BYD Song ProVolvo XC60
Honda CRVPorsche Cayenne
Audi RS6Toyota Corolla Cross
Honda CivicBYD Song Plus
Honda AccordGWM Haval H6
Toyota Corolla CrossToyota RAV4
Toyota CorollaPorsche Panamera
BYD Song PlusAudi A3
Audi A5Mercedes-Benz C200

A&EIGHT capacita jovens em tecnologia para o e-commerce

A&EIGHT, ecossistema de soluções digitais end-to-end anunciou um apoio de cunho educacional aos jovens atendidos pela ONG A Liga Digital. O foco será ensinar jovens de comunidades e favelas a usar a plataforma de comércio eletrônico VTEX. A parceria visa preencher uma lacuna no acesso à tecnologia, capacitando talentos com acesso a poucos recursos para atuar no crescente mercado digital e, consequentemente, gerar oportunidades de inclusão e desenvolvimento profissional.

A Liga Digital já formou mais de 8 mil jovens em todo o Brasil em áreas como inteligência artificial, marketing digital, comércio eletrônico e programação. A organização sem fins lucrativos oferece, gratuitamente, cursos voltados para estudantes da rede pública que vivem em comunidades em situação de vulnerabilidade social, unindo capacitação técnica à orientação de carreira.

“Sou de origem humilde e estudei durante a vida inteira em escolas públicas. Porém consegui mudar minha vida empreendendo no universo digital e, junto a sócios com um background similar, fundamos a A&EIGHT, hoje um dos principais parceiros globais da VTEX”, declara Renato Avelar, sócio e co-CEO da A&EIGHT. A companhia é liderada ainda por Vinícius Sanches e Hugo Alvarenga. O executivo reforça que por conhecer tão profundamente o potencial transformador da educação é que passou a apoiar A Liga Digital com mentorias, “queremos impulsionar trajetórias e gerar oportunidades reais para os jovens das periferias”, finaliza ele. 

Sócios da A&EIGHT e alunos da ONG A Liga Digital no Vtex Day

Alunos da ONG A Liga Digital no Vtex Day junto a professores e voluntários

Visão empreendedora

Atualmente no Brasil, cerca de 10,1% dos jovens entre 18 e 24 anos estão desempregados, dados da Pnad Contínua do IBGE, divulgados em abril de 2025. O número é mais do que o dobro do grupo entre 30 e 59 anos, o que indica a necessidade de qualificação profissional entre jovens. Sendo assim, além de capacitar os estudantes para o mercado de trabalho, a Liga Digital incentiva o empreendedorismo. “Os alunos impactados pela A Liga Digital aprendem na prática a criar lojas virtuais, desenvolver estratégias de vendas, conectar seus negócios a marketplaces e utilizam as plataformas mais inovadoras de inteligência artificial. O conhecimento prático nestas novas tecnologias gera chances reais de mudança de vida, emprego e renda”, destaca Helenice Moura, co-fundadora da ONG.

A instituição ainda conta com uma equipe de mentores formada por profissionais de RH, pedagogos e psicólogos, que orienta os jovens em suas jornadas profissionais, desde a busca pelo primeiro estágio até o desenvolvimento de suas carreiras.

Maior vazamento de senhas da história escancara fragilidades de cibersegurança e põe LGPD em foco

O vazamento de mais de 10 bilhões de senhas, expostas em fóruns da dark web no final de junho, acendeu um sinal de alerta global sobre os riscos de cibersegurança e a necessidade urgente de adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Denominado “RockYou2024.txt”, o arquivo, divulgado por um hacker conhecido como “ObamaCare”, reúne dados de plataformas como Apple, Google e Facebook, incluindo combinações inéditas de e-mails e senhas.

O impacto é considerado um dos maiores da história em volume e alcance. O episódio exige resposta imediata de empresas e profissionais de tecnologia da informação, especialmente diante das exigências legais em vigor desde 2020. Para Edgard Dolata, advogado especialista em LGPD e sócio das empresas Legal Comply e Dopp Dolata Advogados, o caso escancara a vulnerabilidade das estruturas digitais. “A fragilidade dos sistemas de segurança digital expõe não só o consumidor, mas também a reputação e a responsabilidade jurídica das empresas. Não basta ter política de privacidade no site. É preciso comprovar que há governança ativa na proteção desses dados”, afirma Dolata.

O especialista destaca que muitas organizações ainda tratam o tema como algo burocrático e negligenciam a criação de processos internos eficientes. Segundo ele, a exposição de credenciais em larga escala amplia os riscos de engenharia social, golpes de phishing, invasões corporativas e sanções da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). “A proteção de dados precisa deixar de ser uma ação reativa. A LGPD exige registro, rastreabilidade e resposta rápida em caso de incidentes. E isso vale tanto para grandes plataformas quanto para pequenas empresas, que muitas vezes operam com estruturas vulneráveis”, diz.

Em julho, período que costuma registrar aumento nos acessos remotos por conta das férias escolares e do trabalho híbrido, cresce também a incidência de ataques silenciosos. Dolata orienta que empresas adotem medidas como autenticação em múltiplos fatores, backups regulares e revisão contínua de acessos. “O recesso de inverno, além de reduzir a vigilância digital, muitas vezes paralisa as equipes de resposta a incidentes. Isso cria o cenário ideal para ataques cibernéticos. O planejamento de segurança precisa considerar esse comportamento sazonal”, alerta.

Para o advogado, a recorrência de mega vazamentos e a ausência de punições exemplares ainda alimentam a impunidade digital. “Enquanto o Brasil não tiver uma cultura forte de responsabilização e prevenção, continuaremos reagindo tarde demais. Conformidade com a LGPD não é apenas proteção jurídica, é uma necessidade operacional”, conclui.

Empresas que desejam avaliar sua exposição ou iniciar um plano de conformidade podem buscar diagnóstico jurídico especializado e ferramentas de análise de risco em plataformas como a Legal Comply, que monitora vulnerabilidades e orienta planos de resposta baseados na LGPD.

Porque o pix biometria é o futuro dos pagamentos no Brasil

O cenário de pagamentos no Brasil passou por uma grande transformação nos últimos anos, em grande parte graças ao Pix. Lançado em 2020 pelo Banco Central do Brasil, esse sistema de transferência sem taxas é usado diariamente por milhões de pessoas para enviar e receber dinheiro instantaneamente. Agora, uma nova evolução lançada e aprovada pelo BC em fevereiro está em cena, como parte da agenda de Open Finance: o Pix biométrico. Essa experiência de pagamento de nova geração elimina ainda mais atritos no momento do checkout, utilizando autenticação facial ou por impressão digital para confirmar as transações.

Embora simples em sua experiência de usuário, o Pix biométrico foi desenvolvido com base em um processo seguro que garante facilidade e segurança.

Aqui está um guia de como o Pix biométrico funciona do ponto de vista do usuário:

– Selecionar Pix biométrico: No momento da compra, o usuário escolhe o Pix biométrico como método de pagamento.

– Iniciar o registro/pagamento: O sistema envia as informações de pagamento necessárias. Se for a primeira vez que a pessoa usa o Pix com aquele banco, o sistema também inicia um processo de cadastro único.

– Redirecionar para a instituição bancária (para registro): O usuário é redirecionado com segurança para a interface do aplicativo do seu banco.

– Registro biométrico único: A instituição bancária solicita a validação biométrica (digitalização do rosto ou da impressão digital) para confirmação. Depois de validados, a instituição armazena com segurança esses dados para todos os pagamentos futuros com esse banco específico.

– Retornar ao aplicativo e concluir o pagamento: Após esse registro único (se aplicável), ou imediatamente para pagamentos subsequentes, o usuário é redirecionado de volta ao aplicativo do comerciante. O pagamento é então autenticado por meio de sua biometria, e a transação é concluída instantaneamente.

Oferecendo segurança inigualável, conveniência instantânea e fácil escalabilidade, o Pix biométrico está perfeitamente posicionado para redefinir a forma como os pagamentos são feitos em todo o Brasil. 

Aqui estão quatro razões principais para isso:

1) É tão fácil quanto desbloquear o telefone

Com o Pix biométrico, fazer um pagamento parece tão natural quanto desbloquear seu dispositivo. Em vez de fazer malabarismos com vários aplicativos ou copiar códigos complicados, toda a transação é concluída com uma simples leitura do rosto ou da impressão digital. A experiência é semelhante à do Apple Pay ou do Google Wallet, mas com uma diferença fundamental: não há redirecionamento. Os usuários simplesmente escaneiam e pagam, tudo na mesma interface.

Como explica César Garcia, CEO da OneKey Payments: “Os pagamentos biométricos têm o potencial de superar o Pix como o principal método de pagamento no Brasil em todos os setores, desde apostas até comércio eletrônico. Estamos falando de um clique para escanear seu rosto ou impressão digital, sem abrir seu aplicativo bancário ou copiar códigos. Isso reduz o processo de pagamento de 2 minutos para menos de 10 segundos, aumenta a conversão e elimina o atrito para os usuários que querem aproveitar a experiência, e não preencher formulários.”

2) Segurança mais forte onde é mais importante

As preocupações com a segurança são compreensíveis, especialmente em um país onde a fraude é um perigo sempre presente. Em 2024, mais da metade dos brasileiros relatou ter sido vítima de golpes financeiros. Quase metade desses casos envolveu fraude de cartão de crédito, enquanto os códigos QR Pix fraudulentos foram responsáveis por um terço.

Esse é um dos principais motivos pelos quais o Pix biométrico oferece uma alternativa mais inteligente. Em vez de depender de informações estáticas, como números de cartão ou chaves Pix, ele usa autenticação biométrica. Esses dados são exclusivos de cada indivíduo e são incrivelmente difíceis de replicar. O mais importante é que as informações biométricas nunca são compartilhadas como dados brutos ou imagens. Em vez disso, elas são criptografadas e processadas com segurança usando protocolos avançados que protegem a privacidade do usuário e impedem a entrada de fraudadores.

Na prática, isso significa que o Pix biométrico não apenas iguala a segurança dos métodos mais antigos, mas também os aprimora. Sem cópia, sem falsificação, sem códigos de interceptação. Apenas uma digitalização de rosto ou impressão digital, verificada instantaneamente e protegida de ponta a ponta.

3) Menos etapas, melhores resultados

O atrito nos pagamentos é o assassino silencioso das conversões, e os dados comprovam isso. A pesquisa “Disruptive Payments” da OneKey Payments, lançada recentemente, mostra que 63% dos consumidores latino-americanos abandonaram compras simplesmente porque lhes foi solicitado que inserissem muitos dados pessoais. Enquanto isso, mais de dois terços (68%) desistiram quando foram redirecionados para uma segunda tela para validar o pagamento. No Brasil, onde a média de abandono de carrinho ultrapassa 80%, essas pequenas interrupções têm um grande impacto nos negócios.

O Pix biométrico elimina esses obstáculos ao vincular os dados biométricos diretamente à conta bancária do usuário, permitindo que os pagamentos sejam confirmados instantaneamente em uma única interface. Isso significa que não há formulários nem redirecionamentos. Como resultado, as taxas de conversão com o Pix biométrico podem chegar a 90%, em comparação com apenas 38% com os fluxos tradicionais de QR code. É claro que essas taxas de conversão variam significativamente, dependendo do modelo de negócios e do comportamento do cliente, mas os processos que exigem transações rápidas, como jogos de azar e comércio eletrônico, apresentam o potencial de crescimento mais promissor para a biometria.

4) Projetado para rápida adoção em todos os setores

O Pix Biométrico ainda está ganhando força. No entanto, sua tecnologia central foi desenvolvida para escalar em ambientes de e-commerce e em qualquer setor que lide com pagamentos. Como se integra diretamente à infraestrutura já existente do Pix (utilizada por milhões de pessoas) e aproveita a autenticação biométrica que os usuários já conhecem por meio de seus smartphones, não exige novos hábitos nem equipamentos adicionais.

De varejo e transporte a delivery, entretenimento e outros segmentos, qualquer plataforma que aceite Pix pode adotar o Pix Biométrico sem dificuldades. Isso representa um potencial enorme e uma ameaça significativa aos modelos tradicionais de cartão, levando até mesmo grandes players como Visa e Mastercard a considerarem reinvenções. A Visa, por exemplo, já anunciou sua entrada no mercado de open finance com sua própria instituição de pagamento voltada à Iniciação de Pagamentos via Pix.

Embora ainda esteja em fase inicial de adoção, a entrada de players tão relevantes no mercado de open finance e Jornada Sem Redirecionamento (Pix Biométrico) tende a impulsionar significativamente essa solução, tornando sua disseminação uma questão de “quando” — e não mais de “se”.

IAB Brasil: julho é mês de atualização profissional para profissionais de marketing e publicidade

Profissionais de marketing e publicidade podem aproveitar o mês de julho para ficar atualizados sobre as principais tendências do mercado digital. O IAB Brasil preparou uma agenda de cursos livres voltada para quem quer aproveitar o período para investir em formação estratégica e aplicada. 

Com aulas online e ao vivo, os cursos abordam três temas em ascensão no mercado: DOOH (Digital Out Of Home), retail media e marketing de influência.  

Os cursos livres oferecem abordagens práticas e conexão com as tendências que estão moldando o ecossistema da publicidade digital no Brasil e no mundo.

Conheça a agenda de julho:  

Estratégias para campanhas em DOOH (15 e 16 de julho) 

O curso visa apresentar o potencial completo das mídias digitais fora do lar. Os participantes serão guiados desde os conceitos fundamentais até as estratégias de planejamento, criação e execução de campanhas em ambientes DOOH. 

Compra e operação de retail media (22 e 23 de julho) 

Com abordagem prática, o curso explora todas as etapas da jornada de mídia no varejo. Da estratégia e composição do mix de canais, passando pela escolha de formatos, até a mensuração de resultados e otimização. Também serão discutidas as transformações recentes no ecossistema e os principais cases de adoção de retail media, com insights de especialistas atuantes no mercado. 

Creator Economy: estratégias e tendências para o marketing de influência (29, 30 e 31 de julho) 

Voltado a profissionais que atuam ou desejam atuar com influenciadores digitais, o curso aborda a cadeia de valor da Creator Economy e seu papel na publicidade online. Serão compartilhadas boas práticas para agências, anunciantes, publishers e gestores de redes sociais, com foco em estratégia e mensuração. 

As inscrições estão abertas no site do IAB Brasil e contam com descontos especiais para associados. 

Para mais informações e inscrições: iabbrasil.com.br/cursos 

Consumidores confiam mais em publicidade tradicional do que em marketing de influência, aponta estudo

Apesar do marketing de influência ser uma das estratégias mais utilizadas pelas marcas nos Estados Unidos, um novo estudo mostra que a confiança dos consumidores nesse modelo caiu em relação à publicidade tradicional. O levantamento “Influencer Trust Index”, realizado pelo BBB National Programs, aponta que enquanto 87% dos consumidores expressam confiança em anúncios veiculados em canais tradicionais de mídia — como TV, rádio e revistas —, apenas 74% confiam nas recomendações feitas por influenciadores. O estudo mostra também que 26% dos consumidores não confiam em influenciadores, mais que o dobro dos 11,3% que desconfiam da publicidade em geral.

A pesquisa revela ainda que, para 71% dos consumidores, transparência e honestidade sobre a associação à marca são os fatores mais cruciais para estabelecer confiança, ao passo que 79% valorizam avaliações honestas, mesmo que não sejam positivas sobre o produto/serviço anunciado. No entanto, a percepção de que muitos influenciadores promovem produtos nos quais não acreditam ou omitem que se trata de publicidade tem gerado desconfiança, dificultando a conversão e o engajamento do público. 80% dos respondentes perdem a confiança quando os influenciadores não são genuínos, honestos ou transparentes. A não divulgação dos relacionamentos com as marcas também gera desconfiança para 64% dos entrevistados.

Para Fabio Gonçalves, diretor de talentos brasileiros e norte-americanos da Viral Nation e especialista no mercado de marketing de influência há mais de dez anos, essa queda na confiança é um reflexo direto da saturação e da falta de profissionalismo de parte do mercado. “A banalização das publis sem contexto ou conexão real com o influenciador enfraqueceu a credibilidade de muita gente. Hoje, o público está mais exigente, percebe quando a recomendação é forçada e cobra coerência entre o discurso e a prática”, avalia.

Ele reforça que a confiança é o principal ativo de um criador de conteúdo: “Diferente da publicidade tradicional, que se apoia na autoridade de um veículo, o marketing de influência depende da relação construída com a audiência. Quando essa relação é quebrada — seja por excesso de publicidade, falta de posicionamento ou escolha equivocada de campanhas —, a consequência vem em forma de desengajamento e perda de valor comercial.”

Na avaliação de Fabio, o caminho para reconquistar a confiança está na coerência entre conteúdo e produto, transparência nos acordos comerciais e foco em experiências reais. “As marcas precisam investir em influenciadores que conhecem de verdade seu público e que só promovem aquilo que faz sentido dentro de sua narrativa. A era da publi pela publi está chegando ao fim — e isso é positivo, porque abre espaço para um marketing mais maduro, ético e sustentável.”

Ele finaliza destacando como as agências precisam se adaptar a esse novo momento. “Na Viral Nation, temos trabalhado com nossos talentos para fortalecer a confiança com a audiência, posicionando-os como marcas pessoais com valores bem definidos. Incentivamos que digam ‘não’ a campanhas que não têm fit e que cultivem parcerias de longo prazo com as empresas. Nosso foco é ajudar os criadores a entregarem resultados reais sem comprometer a relação com quem mais importa: sua comunidade.”

METODOLOGIA

O estudo Influencer Trust Index foi conduzido pelo BBB National Programs, em parceria com a University of Georgia e o McLean Hospital. A pesquisa analisou as percepções dos consumidores norte-americanos sobre autenticidade, transparência e confiança no marketing de influência, comparando os resultados com o desempenho da publicidade tradicional. O relatório completo está disponível em: https://bbbprograms.org/media/insights/blog/influencer-trust-index

Como um ERP brasileiro transformou o atendimento em motor de crescimento

No ecossistema de tecnologia B2B, a corrida por diferenciação vai além do produto. Em um cenário no qual boa parte das plataformas SaaS oferece recursos semelhantes, o atendimento ao cliente tem ganhado protagonismo como um dos principais ativos estratégicos de retenção e fidelização.

De acordo com o Zendesk CX Trends 2024, 81% dos consumidores afirmam que uma experiência positiva de atendimento aumenta as chances de recompra. A brasileira GestãoClick, por exemplo, tem comprovado esse movimento com resultados acima da média do setor.

Com um índice de 94% de CSAT (Customer Satisfaction Score) — métrica que mede o grau de satisfação do cliente após uma interação ou etapa da jornada —, a GestãoClick ilustra como colocar o cliente no centro pode gerar vantagens competitivas reais. O número supera com folga a média do setor, que gira entre 75% e 85% para empresas de software como serviço, segundo benchmarks da HubSpot e da CX Network.

“O CSAT é mais do que uma métrica. Ele nos mostra, em tempo real, o que precisa ser ajustado e onde estamos acertando. Isso nos permite agir com agilidade, mas também com profundidade, sempre ouvindo quem mais importa: o cliente”, explica Lucas Tomyo Oliveira Mitsuichi, Gerente de Atendimento da GestãoClick.

Do atendimento funcional à experiência de relacionamento

Enquanto muitos ERPs seguem a lógica de eficiência técnica, há uma mudança silenciosa em curso: o atendimento, tradicionalmente tratado como área de suporte, vem sendo redesenhado para atuar como extensão da estratégia de marca e da proposta de valor.

Em operações de atendimento maduras, como a da GestãoClick, o processo começa com múltiplos canais integrados (chat, WhatsApp, telefone e e-mail) e passa por uma cultura operacional de empatia e resolução rápida. Indicadores como TME (Tempo Médio de Espera) abaixo da média, capacitação em soft skills e auditorias constantes completam o cenário.

“O cliente quer agilidade, sim, mas quer também ser compreendido. No nosso setor, isso tem mais valor do que qualquer buzzword do momento”, diz Mitsuichi.

Cultura e tecnologia: uma aliança possível

Os bastidores da operação revelam uma combinação de fatores: além de processos e tecnologia, há uma forte ênfase na cultura. Treinamentos contínuos, base de conhecimento atualizada e programas de reconhecimento interno garantem que a experiência do cliente seja, de fato, sustentável.

Para os próximos ciclos, a empresa projeta investimentos em Inteligência Artificial e automação inteligente para permitir que os times foquem em atendimentos mais estratégicos e menos operacionais. A personalização com base em dados de uso também deve ganhar força.

Satisfação como driver de retenção e crescimento

No contexto de SaaS, em que o modelo de receita depende de recorrência, clientes satisfeitos permanecem por mais tempo, geram menor churn e ainda se tornam promotores ativos da marca. O CSAT, nesse sentido, deixa de ser apenas um indicador tático para se tornar um vetor de crescimento.

“Fidelização, hoje, nasce na primeira conversa e se consolida no pós-venda. Quem negligencia isso está, literalmente, perdendo receita todos os dias”, conclui o executivo.

Inteligência Artificial revoluciona os hábitos de consumo e plataformas acompanham essa transformação

A Inteligência Artificial (IA) deixou de ser um conceito distante e já faz parte da rotina de milhões de pessoas, inclusive no momento de comprar produtos e contratar serviços. De olho nesse novo cenário plataformas de serviços, que conectam clientes a prestadores de serviços especializados, vem apostando na IA para aprimorar a experiência de usuários e profissionais.

Segundo o Retail Report 2025, da plataforma global de tecnologia financeira Adyen, 35% dos consumidores já utilizam ferramentas de IA para fazer compras, um salto de 45% em relação ao ano anterior. A tendência é clara: consumidores querem agilidade, personalização e praticidade.

Desafios e oportunidades para pequenos negócios

Os profissionais que decidem empreender e abrir seus próprios negócios, em vez de buscar um emprego formal, enfrentam diversas dificuldades. O investimento inicial e a captação de clientes são dois dos desafios mais comuns, apesar de hoje existirem plataformas de serviços e marketplaces que ajudam nesse processo.

Com o crescimento do comércio eletrônico após a pandemia, a digitalização dos negócios se tornou praticamente obrigatória para a maioria dos empreendedores. Conquistar visibilidade e presença na internet passou a ser um novo desafio e uma prioridade para muitos autônomos, pequenas e médias empresas.

Agora, além da digitalização dos canais de comunicação e venda, surge a necessidade de adaptação a outras tecnologias novas, como a IA.

O bom uso das ferramentas de Inteligência Artificial disponíveis atualmente pode ajudar empreendedores e donos de comércios a melhorar a eficiência interna de seus negócios, aproveitando melhor o tempo e reduzindo ao máximo os possíveis erros.

De maneira geral, a integração de soluções de IA nos processos dos negócios parece estar relacionada a uma melhor experiência do cliente e maior fidelização, principalmente quando há coerência entre o canal físico e o digital.

Atualmente, existem ferramentas de IA acessíveis e disponíveis para qualquer pessoa, que podem ser muito úteis em diversas tarefas: recomendação de produtos, agendamento de compromissos, gestão de estoque… Há até soluções para automatizar o atendimento ao cliente e agilizar tarefas ligadas à contabilidade do negócio.

Além disso, muitas ferramentas voltadas ao uso profissional já entenderam a necessidade de se adaptar aos novos tempos para oferecer as melhores soluções aos empreendedores que querem conquistar seu espaço no mercado. É o caso da Cronoshare, uma plataforma de serviços especializada em conectar clientes a profissionais especializados.

A plataforma permite que os profissionais se cadastrem gratuitamente para receber solicitações de clientes interessados em seus serviços. Depois, cada profissional pode escolher quais solicitações deseja atender: para desbloquear os dados da pessoa que pediu o serviço, é necessário usar a moeda virtual da plataforma, os cronos, e cabe ao profissional fechar o negócio com o cliente.

Os profissionais controlam a todo momento o investimento que estão fazendo e, além disso, a plataforma oferece uma garantia que permite recuperar parte dos cronos investidos em contatos que não resultarem na realização do serviço. Agora, a Cronoshare busca novas formas de continuar aprimorando o produto com ajuda da IA.

Carlos Alcarria, sócio cofundador e CMO da Cronoshare, explica: “Há algum tempo estamos trabalhando em um indicador, que já está em fase de testes, para ajudar os profissionais a filtrarem melhor as solicitações recebidas, oferecendo a maior transparência possível nesse aspecto”.

Trata-se do Índice CS: um indicador que permitirá classificar as solicitações em uma escala de 1 a 10, de acordo com o nível de interesse dos clientes. As notas mais baixas serão atribuídas a clientes que talvez precisem de mais tempo para decidir, enquanto as notas mais altas indicarão clientes aparentemente mais decididos a contratar o serviço solicitado.

Para realizar esse filtro, estão sendo usados algoritmos de IA, baseados em diversos critérios (meio de contato escolhido pelo cliente, urgência do serviço, origem da solicitação, etc.). O objetivo é que os profissionais possam saber antecipadamente qual a probabilidade de serem contratados, para tomarem uma decisão com base nesse dado.

Mudanças recentes nos hábitos de consumo dos clientes espanhóis

Cada vez mais, os consumidores aproveitam as vantagens de ferramentas como o ChatGPT para se inspirarem, receberem recomendações personalizadas de compra ou compararem preços antes de adquirir um produto ou serviço. De fato, cresce o número de clientes dispostos a comprar produtos quando recebem uma recomendação personalizada vinda da IA.

Voltando aos dados do relatório da Adyen, a Geração Z (pessoas entre 16 e 27 anos) é o grupo demográfico que mais utiliza a IA no momento das compras. Especificamente, até 66% desse grupo confia na Inteligência Artificial para esse fim.

Essa tendência também é seguida por 47% dos Millennials (entre 28 e 43 anos) e vem despertando interesse crescente em gerações anteriores. Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 64% no uso da IA por parte dos Baby Boomers, e de 48% entre a Geração X.

Em resumo, os dados apontam para uma mudança significativa nos hábitos de consumo da maior parte da população, o que justifica os esforços dos empreendedores e pequenos negócios para se adaptarem a essa nova realidade.

Fidelidade no varejo enfrenta encruzilhada à medida que expectativas dos clientes avançam mais rápido que os programas

A fidelidade continua sendo uma prioridade estratégica para os varejistas, mas as abordagens tradicionais já não são mais suficientes. É o que apontam os resultados de “A arte de fidelizar”, novo estudo global lançado hoje pela dunnhumby, líder mundial em ciência de dados do cliente e inteligência artificial.

Baseado em insights de executivos do varejo na Europa e América do Norte, entrevistas aprofundadas com Ashwin Prasad (CEO da Tesco, maior varejista alimentar do Reino Unido), Bryan Roberts (IGD) e Marek Świderski (Synerise, empresa de Big Data polonesa, que oferece tecnologia de modelagem comportamental por Inteligência Artificial), além de percepções coletadas junto a milhares de consumidores de supermercados, o estudo revela um setor em plena transformação. Com consumidores exigindo relevância e reconhecimento, os varejistas estão repensando as próprias bases da fidelidade, seu significado atual e como os programas precisam evoluir para atender às expectativas nos próximos anos.

Algumas das principais conclusões do estudo incluem:

  • A retenção de clientes continua sendo a maior preocupação. Para muitos varejistas, a sensibilidade a preços e a falta de dados sobre consumidores “menos fiéis” aparecem como alguns dos principais desafios.
  • Abordagens tradicionais estão perdendo eficácia. Diante da possibilidade de cortes orçamentários, os varejistas priorizariam preservar investimentos em personalização, optando por reduzir descontos genéricos e cupons.
  • Consumidores concordam que a fidelidade precisa evoluir. Descontos básicos já não bastam. O consumidor de hoje quer ofertas exclusivas e recompensas alinhadas às suas necessidades e valores. Relevância é inegociável.
  • Programas de fidelidade eficazes impulsionam o desempenho dos negócios. Varejistas que se destacam nesse aspecto conquistam conexões emocionais mais profundas com os clientes, apresentam melhores resultados comerciais e tendem a exibir um crescimento anual composto (CAGR) superior ao de seus concorrentes.
  • Varejistas buscam inspiração além do setor alimentar. Marcas de beleza e lifestyle são frequentemente citadas como referências em inovação.

Três prioridades estratégicas para os varejistas

Além de explorar as práticas atuais de fidelidade, o relatório “A arte de fidelizar” identifica três áreas-chave que devem orientar o futuro dos varejistas. Desde o desafio de evitar a homogeneização dos programas de fidelidade até o desenvolvimento das capacidades necessárias para alcançar uma personalização significativa, o estudo reúne diversas recomendações para quem deseja se posicionar de forma competitiva na próxima fase da fidelidade e da personalização.

Ben Snowman, Diretor Global de Fidelidade e Personalização da dunnhumby, afirma:

“A fidelidade não está em crise, mas precisa evoluir. Os consumidores esperam cada vez mais relevância e personalização, e isso exige que os varejistas se façam perguntas difíceis sobre suas próprias estratégias. À medida que a tecnologia facilita a entrega de uma personalização verdadeiramente 1:1, os varejistas precisarão trabalhar de forma ainda mais inteligente para se destacar.”

O relatório traz ainda a visão de diversos líderes do setor, como Ashwin Prasad, CEO da Tesco no Reino Unido, que destaca:

“Fidelidade é sobre todas as pequenas coisas, todos os dias, em cada interação, mostrando aos clientes que estamos ouvindo, que nos importamos e que somos confiáveis. No Tesco, trazemos a fidelidade de volta ao que realmente importa: servir melhor nossos clientes. Fidelidade e personalização não são conceitos abstratos — significam conquistar respeito sendo útil, relevante e justo.

Os varejistas já podem baixar o relatório para avaliar sua estratégia de fidelidade e acessar orientações práticas: [página para download]

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