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E-commerce: desafios logísticos nas entregas de produtos volumosos

O comércio eletrônico brasileiro continua em expansão. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a previsão é que o setor alcance um faturamento de R$ 234,9 bilhões em 2025, representando um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é impulsionado por diversos fatores, incluindo a digitalização acelerada e mudanças no comportamento do consumidor.

Com o aumento das vendas online, a logística de entrega torna-se um ponto crítico, especialmente para produtos de grande porte, como móveis, eletrodomésticos e equipamentos industriais. A complexidade na movimentação e entrega desses itens exige soluções logísticas específicas e eficientes.

Desafios na entrega de produtos volumosos

A entrega de produtos de grande porte apresenta desafios distintos em comparação com itens menores. Um dos principais entraves é a infraestrutura inadequada em muitas regiões do país, o que torna o transporte mais lento, arriscado e caro. 

Outro ponto de atenção são os altos custos envolvidos, já que transportar itens grandes geralmente requer veículos especializados, rotas personalizadas e mão de obra treinada.

Além disso, produtos pesados e volumosos estão mais suscetíveis a danos durante o transporte. Isso exige atenção redobrada à embalagem e ao manuseio. A gestão de trocas ou devoluções também é mais complexa nesse tipo de operação e pode afetar diretamente a satisfação do consumidor.

Estratégias para superar os desafios logísticos

Para lidar com essas dificuldades, muitas empresas de e-commerce estão firmando parcerias com transportadoras especializadas. Ter parceiros que conhecem os cuidados exigidos por esse tipo de mercadoria aumenta as chances de sucesso nas entregas. 

O investimento em sistemas de gerenciamento de transporte (TMS) também vem crescendo, pois permite rastrear entregas em tempo real, identificar gargalos e propor melhorias operacionais.

Outra medida adotada por empresas é o treinamento específico de equipes de manuseio e transporte. Com isso, reduzem-se os riscos de avarias, atrasos e perdas. Segundo Márcio Schapke, Gerente Nacional de Logística da Frigelar, a importância das parcerias é o que dita o sucesso das entregas: “a seleção minuciosa da transportadora e a compreensão do conhecimento que ela possui é o que deve ser levado em conta na contratação. A Frigelar, em seu Sistema de Gerenciamento de Transporte, possui um direcionamento para cada linha de produto, seja geladeira, frigobar ou adega climatizada. Realizamos encontros semestrais com as transportadoras para treinamento em manuseio, armazenagem e movimentação, visando a redução de avarias e defeitos.”

Importância da gestão eficiente nas entregas

A gestão de entregas, especialmente para itens volumosos, requer atenção constante. Monitorar indicadores como prazo, índice de avarias e satisfação do consumidor é essencial para identificar pontos de melhoria. Ter controle sobre cada etapa da entrega evita prejuízos e mantém a reputação da empresa.

“Todo processo de entrega deve ser acompanhado de perto, independente se é feito pela própria empresa ou com transportadoras parceiras. Por isso, a rotina de gestão para avaliar prazo prometido ao cliente, índice de avarias e extravios são feitos com frequência. Dentro do ambiente concorrido que é o e-commerce, manter um desenvolvimento contínuo nas entregas gera valor para a marca.” menciona Márcio Schapke. 

Empresas que monitoram sua operação logística com regularidade conseguem se adaptar mais rapidamente e oferecer uma experiência mais satisfatória para o consumidor final.

Oportunidades no e-commerce

A entrega de produtos volumosos no e-commerce brasileiro é desafiadora, mas não impossível. Com planejamento, uso de tecnologia e parcerias estratégicas, é possível superar os obstáculos logísticos e garantir que o cliente receba o produto no prazo, em perfeitas condições.

Produtos volumosos exigem cuidados específicos na embalagem, transporte e entrega final. Adaptar-se às particularidades de cada tipo de mercadoria é indispensável para garantir o sucesso do negócio e a fidelidade do consumidor.

Proteção sob medida para pequenos empreendedores

Com o avanço da formalização dos modelos de negócio, cresce entre os pequenos e médios empreendedores a percepção de que proteger o patrimônio vai além de manter produtos ou equipamentos seguros: passa também por blindar a reputação e as finanças contra possíveis falhas profissionais. Nesse cenário, o seguro de Responsabilidade Civil Profissional (RC Profissional) ganha espaço como uma solução estratégica.

Criado para resguardar empresas e profissionais de prejuízos decorrentes de falhas no exercício da atividade, esse tipo de seguro cobre prejuízos bem como despesas em gerais. Antes restrito a grandes corporações, atualmente vem ganhando espaço entre negócios de menor porte.

“O pequeno empresário entende hoje que um simples erro pode gerar prejuízos significativos, tanto financeiros quanto de imagem. A busca por seguros como o RC Profissional mostra um amadurecimento do empreendedor brasileiro”, afirma Reinaldo Zanon, CEO da Seguralta Franchising, maior rede de franquias de seguros do país.

Segundo ele, a procura por esse tipo de cobertura entre os clientes da rede cresceu mais de 30% nos últimos dois anos, puxada principalmente por profissionais liberais e microempresas de serviços. “A judicialização das relações de consumo, o crescimento da prestação de serviços digitais e o aumento da exigência por parte dos clientes impulsionam essa mudança de comportamento”, explica.

Além de proteger financeiramente o negócio, o RC Profissional também reforça a credibilidade junto aos clientes, demonstrando responsabilidade e preparo em caso de imprevistos. Em segmentos como contabilidade, TI, marketing, saúde e arquitetura, ele já é considerado um diferencial competitivo.

Para os especialistas do setor, o movimento ainda deve se intensificar nos próximos anos, impulsionado pela digitalização dos serviços, pela ampliação do acesso ao seguro e pela conscientização dos empreendedores sobre gestão de riscos. “A mentalidade de que seguro é custo está sendo substituída pela noção de que é um investimento necessário para a longevidade e a solidez do negócio”, conclui Zanon.

PMEs descentralizam o e-commerce no Brasil, aponta Mapa da Logística

O comércio eletrônico brasileiro tem crescido nacionalmente e está se tornando cada vez mais descentralizado, alavancado pelas vendas e entregas de pacotes de pequenas e médias empresas (PMEs). Segundo o novo levantamento do Mapa da Logística, realizado pela Loggi com dados do segundo trimestre deste ano, os empreendedores de PMEs estão presentes em diferentes regiões e fazem seus envios de forma mais pulverizada em todo o país, refletindo uma maior diversificação de origem de pacotes, por exemplo, com apenas 40% do volume vindo de São Paulo, já 65% do volume das grandes empresas são originadas do estado paulista.

Entre as regiões de maior destaque no envio de pacotes por PMEs estão estados como Santa Catarina, sendo que 16% dos pacotes deste segmento partem da região, número maior comparado a de grandes empresas (6,5%). Na sequência, está Minas Gerais, com 10% das remessas de pequenos e médios negócios, frente a 5% dos grandes e-commerces, e no Paraná, 9% dos pacotes das PMEs partindo do estado, enquanto grandes empresas possuem apenas 3% do volume.

A pesquisa revela ainda que existe um movimento e tendência de vendas e envios de mercadorias das PMEs para a região Sul do Brasil, com 18% do volume para esta região, quando comparado a grandes empresas (14%), indicando um perfil de consumo e oportunidades para empreendedores digitais em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Além disso, os pequenos negócios se destacaram neste período por comercializarem produtos com maior valor médio por pedido, atingindo R$ 217,00 por transação — 21% acima do registrado por grandes marcas, 51% maior do que os grandes marketplaces. Esse comportamento evidencia um posicionamento diferenciado desses empreendedores, com foco em itens de maior valor agregado e potencial de margem.

Modelos de envios de PMEs

Em busca de mais praticidade e economia, o Mapa da Logística aponta que as PMEs têm adotado um modelo mais flexível para envios nacionais, e costumam optar por diferentes soluções logísticas, levando em consideração a necessidade e a demanda. Atualmente, 30% dos envios são feitos por grade fixa, ou seja, com periodicidade definida para coleta de pacotes, enquanto 40% utilizam coleta pulverizada com variação de dia e hora, enquanto 30% operam via pontos de recebimento de pacotes (do conceito de Pick up and Drop off points — PUDOs), onde é possível levar até um lugar credenciado, ter mais autonomia e obter preços reduzidos.

Principais regiões do e-commerce no Brasil

O levantamento do Mapa da Logística traz também um amplo balanço de envios nacionais, considerando pequenos, médios e grandes negócios. Neste segundo trimestre do ano, há um destaque para o eixo Sul-Sudeste e o Nordeste como as regiões que mais enviaram e receberam pacotes, além da forte presença no Centro-Oeste, principalmente em Goiás. Vale destacar os estados que tiveram maior crescimento no envio de pacotes durante o período: Santa Catarina (275%), Rio Grande do Sul (175%), Goiás (167%), Espírito Santo (124%) e Minas Gerais (45%).

Para entregas nacionais, aproximadamente metade de todo o volume transportado no Brasil chega ao destino em até 2 dias — índice fundamental para sustentar a competitividade do e-commerce nacional — e 60% em 3 dias, mostrando avanço constante de eficiência do setor de logística no país.

Categorias mais consumidas pelos brasileiros

De modo geral, em todos os segmentos de negócios (pequenos, médios e grandes empresas) a categoria de maior destaque foi a de vestuário e moda, que liderou o consumo em três regiões (Centro-Oeste, Sudeste e Sul). Esse resultado teve forte impacto pelas datas comemorativas que impulsionam o varejo entre maio e junho deste ano — entre elas Dia das Mães e Dia dos Namorados. Outro segmento que cresceu neste período foi o de serviços financeiros (exemplos: cartões, máquinas de pagamento etc), que liderou nas regiões Nordeste e Norte, que podem estar atrelados ao crescimento de bancos digitais e microempreendedorismo.

Também tiveram outros tipos de produtos que demonstram o comportamento e os hábitos de consumo dos brasileiros que mais cresceram no 2°trimestre do ano, comparado com o mesmo período do ano passado, como óticas (302%), farmácias (204%), artigos esportivos (196%), jóias e bijuterias (144%), jogos e brinquedos (126%), entre outros.

Datas comemorativas

As datas comemorativas foram importantes períodos que impulsionaram o e-commerce no país. Durante a Semana do Dia das Mães, em maio, os envios nacionais cresceram em comparação ao mesmo período de 2024, para pequenos negócios (143%). Entre os produtos comercializados estão vestuário e moda, com crescimento expressivo de 214% comparado ao ano anterior, seguido por jóias e bijuterias com 198%, e depois cosméticos e perfumaria com 103%.

Já na Semana do Dia dos Namorados, também se manteve a tendência de crescimento, em relação ao mesmo momento do ano anterior, para os pequenos negócios (121%). Sendo um resultado bastante positivo, inclusive quando comparado com as grandes marcas (6%).

Sobre o Mapa da Logística

O Mapa da Logística é um levantamento da Loggi lançado em 2025 que apresenta a cada trimestre os dados locais e nacionais de envios e entregas, destaca categorias de produtos em expansão, além de trazer insights e ser referência para empresas de todos os tamanhos, em especial pequenos e médios empreendedores que vendem online para se conectarem com novos mercados em expansão e ampliarem suas vendas. Os dados são coletados com base em envios realizados — entre pequenos, médios e grandes negócios, desde quem envia dezenas de pacotes até milhares diariamente — em todas as regiões do Brasil.

Nesta segunda edição, foi analisado o movimento logístico do Brasil no 2º trimestre deste ano, considerando mais de 16 milhões de pacotes enviados em mais de 5 mil municípios conectados nas cinco regiões do país, por uma base de 21 mil empresas de diferentes segmentos e regiões.

Para acessar o material completo, acesse a página oficial da Loggi no link para baixar o PDF de cada trimestre

O “Employee Experience” virou apenas um discurso?

Empresas brasileiras têm investido cada vez mais em iniciativas voltadas ao bem-estar dos colaboradores. No entanto, um levantamento da Diversitera – especializada em pesquisas para gestão, com ênfase em Diversidade e Inclusão – revela um desalinhamento preocupante entre o discurso institucional e a estrutura de poder nas organizações.

Realizada entre junho de 2022 e março de 2025, o estudo analisou mais de 70 empresas de 17 segmentos . O recorte mostra que a alta liderança no mercado formal de trabalho segue homogênea e ainda distante da pluralidade brasileira, muitas vezes divergindo da proporcionalidade esperada quanto à demografia do país, como demonstram os dados abaixo:

  • Apenas 1,5% dos cargos de diretoria e gerência executiva são ocupados por pessoas com deficiência (IBGE: 8,9% de PcD no Brasil) ;
  • Mulheres ocupam 35% desses cargos (IBGE: 51,5% de mulheres no Brasil);
  • Pessoas negras representam 9,7% das lideranças de topo (IBGE: 55,5% de negros no Brasil).

Segundo especialistas, esses dados não são apenas um alerta sobre representação e representatividade, mas também um indício de risco estrutural que pode comprometer a própria capacidade das empresas de escutar, inovar e reter talentos.

“Não há experiência do colaborador sem representatividade real na tomada de decisão”, afirma Jaime Almeida, diretor de DEI da ABRH-SP. “Lideranças homogêneas podem não compreender a dimensão das dores e desafios enfrentados por grupos minorizados. Isso afeta diretamente o clima organizacional, os índices de saúde mental e, por consequência, a performance do negócio”.

Saúde mental preocupa

A constatação vem num momento em que o esgotamento emocional e o burnout se tornaram fenômenos comuns no ambiente corporativo, especialmente entre profissionais sub-representados. Outros estudos apontam que a exclusão estrutural está diretamente relacionada à perda de engajamento, rotatividade elevada e à dificuldade em desenvolver ambientes psicologicamente seguros.

Apesar do aumento dos investimentos em programas de saúde mental, os especialistas reforçam que não há bem-estar sustentável sem uma transformação profunda nas estruturas de liderança.

“A Employee Experience precisa ser redesenhada com lentes de diversidade, equidade e inclusão. Do contrário, ela continuará sendo um privilégio de poucos”, complementa Jaime Almeida“Se as pessoas que estão na liderança não desenvolvem repertório através da escuta, não representam e não reconhecem diferentes trajetórias, dificilmente conseguirão construir uma cultura de pertencimento real”.

Para a Diversitera, Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) não podem ser iniciativas periféricas e cosméticas à estratégia de negócio, quando na realidade são valores que contaminam ferramentas de gestão aplicadas no dia a dia. Em um mercado cada vez mais exigente – com consumidores, investidores, fornecedores e talentos cobrando coerência e compromisso – empresas que não repensarem suas lideranças correm o risco de se tornarem irrelevantes.

Bitybank lança “Bity Creators” e amplia oportunidades para influenciadores digitais monetizarem sua audiência

O Bitybank acaba de lançar a página Bity Creators, um novo hub dedicado a influenciadores digitais que desejam monetizar sua audiência enquanto promovem o universo das criptomoedas e serviços financeiros digitais. A iniciativa faz parte da estratégia do Bity para fortalecer sua comunidade de afiliados e escalar, de forma autêntica e orgânica, a aquisição de novos clientes.

O programa é estruturado com base em um modelo de remuneração por performance e atende criadores de todos os tamanhos, de Nano a Mega Creators, com faixas de comissão que variam de R$25 a R$100 por cadastro efetivado, além de benefícios progressivos para os indicados.

Diferente de modelos tradicionais, o influenciador define seus ganhos conforme suas entregas e resultados, sem exigência de pagamento prévio, o que garante autonomia, transparência e escalabilidade. A proposta é clara: quanto mais conversões, maior o retorno.

A página Bity Creators foi desenhada para facilitar o processo de adesão, com uma interface simples, linguagem acessível e todas as informações necessárias sobre critérios, categorias e vantagens do programa. Os influenciadores podem se cadastrar diretamente pela landing page e começar a divulgar imediatamente.

Entre os nomes que já fazem parte do time de criadores estão Thiago Nigro, Bruno Perini, Rafaela Ferrari e Iara Thamires, reforçando a credibilidade do programa. Além de gerar renda para os influenciadores, a iniciativa contribui para a educação financeira da audiência, propagando o acesso às criptomoedas de maneira segura, didática e confiável.

Com a Bity Creators, o Bitybank convida influenciadores de todos os nichos: finanças, tecnologia, lifestyle, educação, games, e mais interessados a participarem de um programa sólido, com recompensas reais e impacto mensurável.

Mais informações e inscrições em: Bity Creators 

“Pulo o anúncio”: 78% dos brasileiros evitam propagandas sempre que podem, revela pesquisa

Uma nova pesquisa da Hibou, instituto especializado em monitoramento e insights de consumo, mostra que o brasileiro está cada vez mais impaciente com a publicidade. Realizado nos dias 20 e 21 de junho com 1.304 entrevistados em todo o país, o levantamento traça um panorama sobre o comportamento do consumidor diante da comunicação publicitária nos mais diversos canais, como streamings, TV, marketplaces e aplicativos.

Anúncios em vídeo: rejeição imediata

A maioria dos respondentes, 78%, afirmou que pula os anúncios assim que possível ao assistir vídeos no YouTube ou em plataformas com publicidade. Apenas 8% disseram deixar a propaganda passar até o fim, desde que não seja muito longa, enquanto 2% assistem até o final, independentemente da duração. Além disso, 4% usam bloqueadores de anúncios.

Mesmo com a opção de pagar para evitar propaganda, a resistência ainda é forte: 35% não pagam nenhum streaming, 23% pagam apenas um, 19% arcam com a maioria dos que utilizam e apenas 10% pagam por todos.

Atenção é rara, mas possível

A atenção a anúncios longos (com mais de 30 segundos) do interesse do impactado só acontece sempre para 5% dos entrevistados. Outros 9% afirmaram prestar atenção frequentemente, enquanto a maioria assiste esporadicamente (23%)raramente (39%) ou nunca (24%).

Quando um anúncio chama a atenção, as reações variam: 24% buscam o site ou marketplace da marca para conferir a veracidade, 21% visitam as redes sociais da empresa, 19% clicam diretamente para saber mais e 19% pesquisam em plataformas como o Reclame Aqui. Outros 10% apenas memorizam a informação, 7% comentam com amigos e 15% dizem que isso não acontece com eles.

“Estamos diante de um consumidor cansado que está cada vez mais exigente e seletivo. Não há mais espaço para comunicação genérica ou invasiva. O que funciona hoje são mensagens que entregam valor real, com criatividade, utilidade e clareza”, afirma Ligia Mello , CSO da Hibou.

Propagandas repetidas irritam mais que interrupções

O que mais incomoda o consumidor na publicidade? Segundo o estudo, 74% se irritam com propagandas repetidas, 63% com apelo emocional exagerado, 58% com interrupções de conteúdo e 45% com mensagens sem clareza. Além disso, 34% não gostam de piadas forçadas ou comunicações que tentam impor um ponto de vista.

Na TV, o comportamento também mostra desatenção: 42% pegam o celular para fazer outra coisa durante o intervalo, 34% assistem esperando o programa voltar, 15% mudam de canal, 14% saem da sala e 6% colocam a TV no mudo. Já 14% disseram não assistir à TV aberta ou a cabo.

Apesar do ceticismo, 59% dos consumidores consideram eficaz a publicidade direcionada, principalmente quando veiculada por marcas conhecidas ou dentro de canais de vendas. A aceitação cresce quando o anúncio não interfere no que estão fazendo, algo valorizado por 78% dos entrevistados.

61% preferem receber recomendações baseadas em histórico de compras e 40% acreditam que um anúncio criativo é mais eficiente. Ainda assim, apenas 28% reconhecem que anúncios em canais de venda influenciam suas compras esporadicamente, e 39% sentem que esse tipo de publicidade vem melhorando suas experiências de consumo.

“A propaganda precisa respeitar o tempo e o momento do público. Interromper para tentar convencer já não funciona. O novo caminho é integrar, sugerir e gerar identificação sem forçar a barra”, complementa Ligia Mello.

Propaganda nos marketplaces ainda faz diferença

Durante compras em marketplaces como Amazon ou Mercado Livre, 34% dos consumidores consideram que os anúncios ajudam a descobrir novos produtos. Outros 10% já mudaram de ideia por conta de promoções e 5% seguiram recomendações da plataforma. Por outro lado, 41% buscam apenas o que desejam comprar e 30% só notam anúncios quando há vantagens claras. Apenas 4% afirmaram não comprar em marketplaces.

Super apps dividem opiniões

O estudo investigou também a aceitação de aplicativos multifuncionais, como apps de transporte que oferecem empréstimos ou serviços financeiros em plataformas de e-commerce. 25% dos brasileiros não se incomodam, 16% acham bom ter mais opções e 9% consideram ótimo resolver tudo em um só lugar. Em contrapartida, 22% acreditam que esses apps perdem o foco e 28% não gostam da grande quantidade de ofertas não relacionadas.

Durante corridas por aplicativos como Uber ou 99, 52% observam o trânsito e a rua, 44% conversam com o motorista ou acompanhantes, 41% monitoram o caminho pelo app, 32% usam o celular para outras atividades e 6% leem, trabalham ou fazem outras tarefas fora do celular. 11% não utilizam esse tipo de serviço.

Mensagem certa no momento certo

Por fim, quando perguntados sobre o quanto anúncios em canais de venda e aplicativos influenciam suas decisões de compra, 9% disseram ser sempre impactados, 23% frequentemente, 48% esporadicamente, 8% raramente e 12% nunca. Ou seja, mesmo diante de certa resistência, 71% ainda se sentem impactados de alguma forma.

“A propaganda eficaz precisa se tornar parte da experiência, e não um obstáculo. O consumidor brasileiro está cada vez mais consciente do que consome e por quê. E a comunicação que o respeita e o compreende será, naturalmente, mais valorizada”, finaliza Ligia Mello, da Hibou.

Comportamento de consumo em datas comemorativas: como impulsionar o varejo?

O comportamento de consumo em datas comemorativas vem se transformando com o avanço da tecnologia, a digitalização do varejo e as mudanças nos hábitos dos consumidores. Segundo levantamento recente da NielsenIQ, cerca de 67% dos brasileiros afirmam se planejar financeiramente para adquirir presentes em ocasiões especiais como Dia das Mães, Natal e Dia dos Namorados. Isso revela não apenas a relevância desses períodos para o comércio, mas também a necessidade de estratégias bem estruturadas para atrair e fidelizar os clientes. O desempenho do comércio, seja físico ou digital, tem sido impulsionado pela combinação de promoções, personalização e uma experiência de compra cada vez mais ágil e integrada.

Entre os principais fatores que influenciam a decisão dos clientes estão a entrega rápida, a qualidade dos produtos e a experiência. Com a aceleração do e-commerce, a conveniência ganhou protagonismo: consumidores esperam prazos curtos, opções de agendamento e processos simplificados. Outro ponto que vem ganhando força é a personalização. Presentes que podem ser customizados com itens adicionais como chocolates, pelúcias, bebidas ou velas aromáticas se destacam por transmitir mais cuidado e atenção. Esse tipo de diferencial tem maior presença em categorias como flores, cestas, cosméticos e artigos de decoração, principalmente nos canais digitais, que permitem ajustes no momento da compra com mais facilidade.

Promoções e descontos continuam sendo elementos centrais na decisão de comprar um produto. Eles não apenas impulsionam as vendas no curto prazo, como também contribuem para a fidelização do cliente, desde que sejam oferecidos de forma planejada. Outro recurso poderoso é oferecer sugestões de presentes. Muitos consumidores têm dúvidas sobre o que adquirir, e as marcas que conseguem orientá-los com curadoria, listas temáticas e kits prontos acabam facilitando a jornada de compra e fortalecendo o relacionamento com o cliente. Essas dicas podem ser divulgadas em pontos de venda, redes sociais, e-mails e anúncios digitais.

No contexto das comemorações sazonais, o planejamento é determinante para o sucesso das vendas. Não basta apenas acompanhar o calendário: é preciso preparar o estoque, treinar a equipe e alinhar todas as ações de marketing e operação para oferecer uma experiência sem falhas. A antecipação também faz a diferença. Marcar presença antes dos concorrentes com teasers, descontos exclusivos para clientes cadastrados e campanhas segmentadas ajuda a capturar a atenção do público.

O comércio varejista vem colhendo resultados expressivos em 2025, impulsionado justamente pelas estratégias bem executadas em datas comemorativas. No Dia dos Namorados, por exemplo, houve crescimento de 11,3% nas vendas em relação a 2024, de acordo com dados de pesquisa do Itaú Unibanco. A Páscoa também teve desempenho positivo, com alta de 6,4% nos pedidos segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), revertendo a queda registrada no ano anterior. O Dia das Mães se destacou ainda mais: estima-se que mais da metade da população brasileira tenha comprado presentes na data, com gasto médio entre R$ 250 e R$ 450 por pessoa, conforme informações do levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil.

Essas movimentações reforçam o papel das datas sazonais como importantes impulsionadoras do consumo e evidenciam a necessidade de um planejamento estratégico que contemple tanto o comércio físico quanto o digital. Em um mercado cada vez mais dinâmico e exigente, estar atento às novas demandas do consumidor não é apenas um diferencial, é essencial para garantir relevância, competitividade e sustentabilidade nos negócios.

5 estratégias para tornar a logística do e-commerce mais confiável


No cenário cada vez mais competitivo do comércio online, a logística deixou de ser apenas um fator operacional para se tornar um elemento estratégico na construção da reputação das marcas. A velocidade permanece importante, mas a confiança, traduzida em previsibilidade, transparência e capacidade de resolução de problemas, é o que realmente fideliza o cliente e diferencia as empresas no mercado. Entregas fora do prazo, informações imprecisas e processos de devolução burocráticos podem comprometer toda a experiência de compra e, em última instância, prejudicar as vendas.

Para Alvaro Loyola, country manager da Drivin no Brasil, uma logística confiável deve ser construída com base em cinco pilares fundamentais: visibilidade em tempo real, automação inteligente, escalabilidade operacional, gestão proativa de devoluções e integração tecnológica. “No cenário atual, o consumidor até aceita esperar um pouco mais. O que ele não tolera é não saber onde está seu pedido ou não conseguir resolver uma devolução com facilidade”, afirma Loyola.

Confira abaixo cinco estratégias essenciais para tornar a logística do e-commerce mais confiável:

Visibilidade em tempo real

A base de uma operação logística eficiente é a visibilidade completa de cada etapa do processo, desde o recebimento do pedido até a entrega final. Com acesso a dados atualizados em tempo real, é possível antecipar atrasos, corrigir desvios e manter o cliente informado com precisão. “Um painel de controle centralizado reduz incertezas e permite que a equipe atue de forma proativa, melhorando a experiência do consumidor”, explica Loyola.

Automação inteligente de processos

Tecnologias que automatizam tarefas como a roteirização de pedidos, a comunicação com transportadoras e a geração de documentos ajudam a eliminar gargalos e reduzir a margem de erro humano. A automação também garante mais agilidade e controle operacional, mesmo em momentos de alta demanda. “A automação traz consistência e eficiência, o que é essencial em um ambiente tão dinâmico como o e-commerce”, reforça o executivo.

Antecipação da demanda e escalabilidade operacional
Datas sazonais, como Black Friday e Natal, impõem desafios logísticos adicionais. A operação deve ser escalável e preparada para absorver picos de volume sem perder qualidade. Planejamento prévio, análise de dados e reforço de recursos são indispensáveis. “Simular cenários de alta demanda permite ajustes estratégicos que evitam colapsos operacionais em momentos críticos”, destaca Loyola.

Gestão proativa de devoluções

Devoluções fazem parte da rotina do comércio online e precisam ser tratadas como uma extensão da experiência de compra. Roteiros logísticos reversos, pontos de coleta e comunicação clara com o cliente tornam o processo mais simples e transparente. “Uma boa experiência pós-venda pode ser mais impactante que a própria compra. É um momento decisivo para ganhar – ou perder – a confiança do consumidor”, aponta o especialista.

Integração de sistemas e plataformas

A operação logística envolve múltiplos atores e tecnologias. A integração entre sistemas de gestão, plataformas de e-commerce, transportadoras e centros de distribuição é essencial para garantir a fluidez das informações e reduzir falhas. “Empresas que investem nesse modelo oferecem mais previsibilidade e reduzem ocorrências, a exemplo de pedidos incorretos ou promessas de entrega não cumpridas”, afirma Loyola.

Construir uma logística confiável é um processo contínuo, que exige investimento em tecnologia, inteligência de dados e foco na experiência do cliente. “Mais do que entregar produtos, as marcas precisam oferecer confiança. Isso se constrói com processos bem estruturados e soluções que conectam todos os elos da cadeia logística”, finaliza Alvaro Loyola.

MEI e o nanoempreendedor: vale a pena migrar para a nova categoria em 2026?

A Reforma Tributária sancionada neste ano criou a figura do nanoempreendedor, uma nova categoria pensada para abranger profissionais de baixa renda que trabalham por conta própria e possuem faturamento bruto anual abaixo de R$ 40,5 mil reais – ou seja, até 50%  do teto em vigência para os microempreendedores individuais (MEI), atualmente em R$ 81 mil. A proposta traz a possibilidade de redução de impostos e obrigações mais simplificadas, sem a necessidade de um CNPJ, mas como só passa a valer a partir de janeiro de 2026, o cenário ainda é cercado de dúvidas como, por exemplo, a quais benefícios esses trabalhadores terão acesso. Mas para quem já é MEI e, eventualmente, possui um faturamento inferior ao proposto para a nova categoria, vale a pena migrar para nanoempreendedor para pagar menos impostos?

Kályta Caetano, head de Contabilidade da MaisMei, que auxilia a gestão de negócios de microempreendedores individuais por meio de um SuperApp, avalia que essa questão depende de aspectos como a atividade exercida pelo MEI e as pretensões de expansão do negócio. “Considerando que um profissional autônomo com um padrão de faturamento anual abaixo de R$40,5 mil esteja registrado como MEI apenas para se formalizar e garantir benefícios previdenciários, e esses benefícios sejam mantidos para o nanoempreendedor, pode, sim, valer a pena. Porém, o MEI não apenas já traz uma carga tributária pequena e simplificada, como dá margem para que o empreendedor invista em seu negócio e adote práticas de gestão que possibilitem ganhos maiores. Ou seja, mesmo que em determinado ano ele tenha uma receita bruta abaixo de R$40,5 mil, caso almeje elevar o seu potencial de faturamento no próximo ciclo o ideal é que se mantenha como MEI”, afirma. 

Atualmente, o valor da contribuição mensal (DAS-MEI) para os microempreendedores individuais varia de R$75,90 a R$81,90, dependendo da atividade exercida pelo empreendedor. Entre outros benefícios importantes garantidos ao MEI ativo, estão o salário-maternidade, auxílio-reclusão, auxílio por incapacidade temporária (antes conhecido como auxílio-doença), pensão por morte e o direito à aposentadoria.

Já o nanoempreendedor, a princípio, terá isenção do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que integram a proposta do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) dual da reforma tributária. Isso não significa, porém, que a categoria não terá que pagar impostos a partir do próximo ano. Há expectativa pela definição, por exemplo, de quais contribuições previdenciárias esses trabalhadores terão que pagar para acessar benefícios previdenciários.

Entre as profissões que podem aderir ao novo regime estão artesãos, vendedores, ambulantes, diaristas, entre outros prestadores de serviços. Trabalhadores informais como os mototaxistas também poderão aderir. 

Kályta Caetano ressalta que os motoristas de aplicativos e entregadores terão um regime especial dentro da categoria “nanoempreendedor”, o que, neste caso, pode ser mais vantajoso. “Como essas atividades têm custos operacionais muito altos, a nova legislação irá permitir que apenas 25% do faturamento bruto seja considerado para fins de enquadramento. Isso significa que esses profissionais poderão faturar até R$ 162 mil por ano, desde que esse percentual equivalente não ultrapasse R$ 40,5 mil”, explica a especialista da MaisMei. 

Ausência de CNPJ

Outro ponto que vale a pena ser considerado é que os nanoempreendedores poderão atuar como Pessoa Física, sem a necessidade do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica para regularizar suas atividades. Nesse caso, Kályta Caetano reforça que as pretensões de crescimento dos negócios devem ser levadas em conta. “Além de passar maior credibilidade ao negociar com terceiros, ter um CNPJ traz vantagens como emitir notas fiscais, comprar veículos com descontos, a possibilidade participação em licitações e o acesso a serviços financeiros e planos de saúde com melhores condições. Portanto o MEI é uma excelente ferramenta para quem deseja economizar com esses gastos e, ao mesmo tempo, garantir que seus negócios sejam ampliados de forma sustentável”, diz. 

Sem o CNPJ há, ainda, o risco de tributação maior no Imposto de Renda. “Como Pessoa Física, o nanoempreendedor não tem acesso à tributação simplificada do MEI (valor fixo mensal). Portanto, pode ser tributado com base na tabela progressiva do IR, o que leva a alíquotas de até 27,5%, pois o valor que ele pode faturar e receber enquanto Pessoa Física é superior ao teto da isenção do IRPF (R$33.888,00) em 2025”, explica Kályta Caetano.

Como a IA pode ajudar pequenos varejistas a competir com gigantes do e-commerce

Oferecer uma experiência personalizada e eficiente deixou de ser um diferencial exclusivo das gigantes do e-commerce. Com o avanço e a democratização das ferramentas de Inteligência Artificial, pequenos e médios varejistas já conseguem competir com as grandes plataformas, entregando jornadas de compra mais inteligentes, aumentando a conversão e fidelizando clientes. 

De acordo com levantamento da McKinsey & Company, empresas que adotam soluções de personalização com base em IA observam, em média, um aumento de até 40% na receita proveniente de ações personalizadas. Além disso, 71% dos consumidores esperam experiências mais personalizadas das marcas com as quais interagem, segundo relatório da Salesforce. Esses dados evidenciam um movimento claro: entender e antecipar as necessidades do consumidor é hoje fator decisivo para quem quer se manter competitivo, especialmente no ambiente digital. 

Se, no passado, investir em tecnologia de ponta parecia privilégio das grandes marcas, hoje startups especializadas têm tornado o acesso mais democrático. Um exemplo é a ShopNext.AI, plataforma voltada para o varejo, que desenvolve soluções de Inteligência Artificial Generativa personalizadas para pequenos e médios e-commerces. Segundo dados da empresa, negócios que adotaram suas soluções registraram, em média, um aumento de 25% nas taxas de conversão e 30% mais retenção de clientes. 

“A Inteligência Artificial está permitindo que pequenos lojistas entreguem experiências altamente personalizadas, criem conteúdos sob medida e entendam melhor o comportamento de seus consumidores. Isso era algo que antes parecia distante da realidade das PMEs. Hoje, com as ferramentas certas, é possível competir com grandes marketplaces em termos de experiência e eficiência”, afirma Pedro Duarte, CEO da ShopNext.AI. 

Tendência de Mercado 

Estudos apontam que a IA será ainda mais estratégica para pequenos varejistas nos próximos anos. De acordo com a consultoria Gartner, até 2027, cerca de 70% das interações de clientes no e-commerce serão mediadas por tecnologias de IA, incluindo chatbots, assistentes virtuais e ferramentas de personalização. 

Exemplo disso é que, entre as aplicações mais comuns da IA para pequenos e médios varejistas, estão chatbots de atendimento, geração automática de descrições de produtos, sistemas de recomendação personalizada e ferramentas preditivas para gestão de estoque e campanhas de marketing. A automação desses processos permite não apenas ganhos de eficiência, mas também mais tempo para que empreendedores foquem no crescimento do negócio. 

Dicas para varejistas 

O especialista Pedro Duarte reuniu dicas práticas para pequenos varejistas que querem começar a usar IA no dia a dia: 

  • Comece pelo básico: invista primeiro em ferramentas simples, como chatbots e assistentes virtuais para atendimento, que já oferecem ganhos rápidos em eficiência. 
  • Personalize seu e-commerce: utilize IA para criar recomendações personalizadas de produtos e melhorar a experiência do cliente em cada etapa da jornada de compra. 
  • Otimize seu tempo: automatize tarefas repetitivas, como geração de descrições de produtos e gestão de estoque, para se dedicar mais à estratégia e ao crescimento. 
  • Use dados a seu favor: implemente soluções que ajudem a entender melhor o comportamento do consumidor e prever demandas futuras. 
  • Teste e ajuste: comece com projetos menores, meça resultados e faça ajustes constantes para garantir que a tecnologia esteja, de fato, gerando valor para o seu negócio.
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