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Empresa brasileira na China cria projetos sob medida para marcas que buscam escala com controle total

A operação de marcas brasileiras diretamente no parque industrial chinês já é uma realidade consolidada. À frente desse movimento, uma empresa com sede em Ningbo — um dos principais polos logísticos da Ásia — funciona como braço industrial de empresas nacionais que desejam produzir na China com controle técnico, custos otimizados e estrutura legal local. 

Fundada pelo brasileiro Felipe Teixeira, especialista em comércio exterior e com mais de 15 anos de experiência no setor, a Ningbo BR Goods oferece desenvolvimento, fabricação e gestão completa de projetos industriais personalizados para o mercado brasileiro. “Não se trata apenas de terceirizar. Atuamos como uma extensão da indústria do cliente, com controle de qualidade, engenharia própria e presença nas fábricas”, afirma Teixeira, que atualmente cursa mestrado em Negócios com a China e Ásia-Pacífico.

Estratégia de verticalização com agilidade e escala

A proposta da empresa ganha força num contexto em que negócios brasileiros de diferentes portes buscam aumentar a competitividade por meio da terceirização industrial internacional. Com mais de 30 unidades fabris em regiões estratégicas da China, a companhia desenvolve soluções sob medida para setores como automotivo, médico-hospitalar, agro, construção civil, eletroeletrônicos e consumo.

“O diferencial está em combinar engenharia de produto com a capacidade fabril chinesa. Produzimos com escala, mas também com personalização e agilidade, o que permite atender tanto multinacionais quanto microempreendedores que desejam criar suas marcas próprias”, explica o CEO.

A empresa acompanha todo o ciclo de desenvolvimento industrial: planejamento técnico, design, testes de qualidade, personalização visual, embalagem, manual do produto e logística internacional. Todos os processos seguem padrões internacionais, com certificação ISO 9001.

Aliada da reindustrialização brasileira

Com crescimento de 137% em 2023 e 146% em janeiro de 2024, a empresa se prepara para ampliar sua base de clientes na América Latina ao longo de 2025. A atuação ganha ainda mais relevância diante da reaproximação comercial entre Brasil e China. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam que as exportações brasileiras para o país asiático somaram US$ 104 bilhões em 2024 — alta de 10% sobre o ano anterior.

Além disso, os acordos bilaterais firmados recentemente entre os dois países ampliam oportunidades para pequenas e médias empresas, promovendo acesso a plataformas digitais e incentivo à produção com valor agregado.

“O Brasil tem talento técnico, mas enfrenta entraves para escalar produção com previsibilidade. Nosso papel é eliminar essas barreiras com uma estrutura industrial completa, que oferece segurança jurídica, gestão de projeto e preços que fazem sentido no longo prazo”, ressalta Teixeira.

Produção sob medida como diferencial estratégico

Para empresas que desejam crescer sem abrir mão do controle sobre seus produtos, o modelo de produção sob medida proposto representa uma alternativa eficiente à importação genérica. “Há uma demanda clara por soluções que não sejam padronizadas em excesso. Nós entregamos exatamente o que o cliente projeta — nada além, nada aquém. Isso só é possível porque estamos dentro das fábricas, falando a língua local e com estrutura própria”, conclui Felipe Teixeira.

A operação transforma o desafio da distância em uma vantagem competitiva. Com equipe bilíngue, certificações internacionais e know-how técnico sobre o mercado brasileiro, a empresa se consolida como parceira estratégica para marcas que querem internacionalizar sua produção com agilidade, segurança e diferencial de mercado.

10 tendências que estão revolucionando o e-commerce brasileiro

Nos últimos anos, o e-commerce no Brasil passou por uma transformação significativa, impulsionada pelo avanço tecnológico, mudanças nos hábitos de consumo e inovações logísticas. O país se tornou um dos mercados mais promissores para o comércio eletrônico, com crescimento expressivo em diversos segmentos.

O relatório E-Commerce Trends 2025, promovido pela Octadesk em parceria com a Opinion Box, revela que 56% dos consumidores compram mais pela internet do que em lojas físicas. Além disso, 88% compram online pelo menos uma vez por mês. Dados da Nasdaq indicam que 95% das compras serão online até 2040.

Em 2024, o e-commerce brasileiro registrou 395 milhões de pedidos e o faturamento pode ultrapassar R$ 250 bilhões até 2027, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). 

“O crescimento do e-commerce brasileiro reflete uma mudança estrutural no comportamento do consumidor. A conveniência aliada a novas tecnologias, como a Inteligência Artificial e métodos de pagamento instantâneos, fortalece a experiência de compra digital. Além disso, vemos um aumento significativo na confiança do consumidor em compras online, o que impulsiona esse crescimento de forma sustentável”, explica o CEO da IDK, consultoria com foco em tecnologia, design e comunicação, Eduardo Augusto.  

O impacto da digitalização no consumo

A digitalização acelerada dos últimos anos modificou profundamente a relação entre consumidores e marcas. Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua sobre o módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC realizada pelo IBGE, indicou que em 2023, 92,5% dos domicílios brasileiros possuíam acesso à internet, totalizando 72,5 milhões de residências conectadas. Nas áreas urbanas, esse percentual foi de 94,1%, enquanto nas áreas rurais alcançou 81,0%.

Adicionalmente, a facilidade de acesso a plataformas de compra, a personalização das ofertas e a agilidade nos pagamentos tornaram as compras online parte do cotidiano dos brasileiros. “A conectividade permitiu que pequenos e médios empreendedores também entrassem no jogo, ampliando a diversidade de produtos e serviços disponíveis na internet em conjunto com o uso das redes sociais”, completa Eduardo.   

O papel da inovação na evolução do e-commerce

A evolução do e-commerce no Brasil não aconteceu apenas por conta da maior adesão dos consumidores, mas também devido a investimentos massivos em inovação. 

“Estratégias como IA, social commerce e o fortalecimento da logística ajudaram a consolidar o setor como um dos mais dinâmicos da economia digital”, afirma Eduardo Augusto.

Como esse mercado evoluirá?

Segundo o E-Commerce Trends 2025, os consumidores percebem que aumentaram a sua frequência de compras quando comparada ao ano anterior e não dão indícios de que querem diminuir a quantidade de vezes que compram pela internet. 

Para 50% dos entrevistados, eles continuarão comprando mais do que já compram atualmente pelos próximos 12 meses. Diante desses números, vale destacar alguns marcos do e-commerce que moldaram o cenário atual e podem inspirar novas estratégias para fidelizar clientes no futuro. O CEO da IDK, comentou algumas, confira: 

1) Boom do mobile commerce

De acordo com o estudo, 73% dos consumidores preferem realizar suas compras via celular ou smartphone, enquanto apenas 25% optam por computadores ou notebooks, e 2% usam tablets.

“A crescente preferência pelos celulares não é uma tendência casual, mas sim uma alteração estrutural nos hábitos de consumo, impulsionada pela conveniência e conectividade instantânea que esses dispositivos oferecem. Com isso, as compras feitas por dispositivos móveis já representam mais de 60% das transações no e-commerce brasileiro”, destaca o profissional.

2) PIX e novas formas de pagamento

O PIX revolucionou os meios de pagamento no Brasil, tornando-se uma das opções preferidas dos consumidores devido à sua praticidade e ausência de taxas. Conforme a  pesquisa, publicada pelo Banco Central, esta ferramenta já se tornou o meio de pagamento mais difundido entre os brasileiros, utilizado por 76,4% da população. Além disso, carteiras digitais e o buy now, pay later (BNPL) vêm ganhando força.

3) Frete como diferencial competitivo

Conforme o E-commerce Trends 2025, para 72% dos brasileiros o frete grátis é o que mais influencia na hora de escolher onde comprar. As taxas extras podem acabar com a compra.

Diante desse cenário, muitas empresas estão investindo fortemente em logística para reduzir prazos de entrega. 

“O conceito de same-day delivery, pedidos feitos até determinado horário tenham o frete no mesmo dia e no dia útil seguinte quando concluído após esse horário limite, já é uma realidade em grandes centros urbanos. Os  marketplaces, por sua vez, ampliam suas redes de distribuição para alcançar consumidores em regiões mais remotas”, ressalta o especialista. 

4) Influência do social commerce 

Dados da “Retrospectiva Digital 2024 – Definindo o rumo para 2025”, promovido pela Comscore, apontou que em 2024, os brasileiros passaram, em média, 103,9 horas por mês utilizando aplicativos móveis, contrastando com apenas 5,5 horas mensais em navegadores. 

Além disso, as redes sociais como Instagram, TikTok e WhatsApp desempenham um papel fundamental no comércio eletrônico. Segundo o estudo, 14% das compras são feitas pelas redes sociais. “As vendas diretas por meio dessas plataformas cresceram significativamente, e o live commerce (transmissões ao vivo para vendas) tem ganhado popularidade”, acrescenta.

5) Expansão do e-commerce de nicho

Setores como moda sustentável, produtos para pets e itens personalizados cresceram consideravelmente. 65% dos consumidores compram produtos que até algum tempo atrás não imaginavam que comprariam em lojas virtuais. Dentre esses, 34% são medicamentos, 32% viagens e 18% artigos de petshop, segundo o levantamento. Ou seja, o consumidor busca cada vez mais experiências exclusivas e produtos diferenciados. 

6) A ascensão dos marketplaces

Plataformas como Mercado Livre, Shopee e Amazon Brasil dominam o cenário do e-commerce, oferecendo variedade de produtos, preços competitivos e soluções logísticas eficientes.

“A Amazon, por exemplo, mudou o jogo no varejo e na tecnologia criando novas regras para o mercado e transformando a forma como consumimos. O Amazon Prime, com entrega rápida e fidelização dos clientes por serviços de assinatura – com mais de 200 milhões de membros no mundo -, à AWS, que domina a computação em nuvem. A empresa não só inovou, ela reinventou setores inteiros. O Marketplace abriu portas para milhões de vendedores, enquanto a Alexa colocou a inteligência artificial na rotina de milhões de pessoas”, relembra Eduardo. 

7) Uso da inteligência artificial

IA e machine learning estão revolucionando o atendimento ao cliente e a personalização das compras. Segundo a Nielsen, 75% das lojas virtuais no Brasil já utilizavam algum tipo de IA para otimizar vendas. “Chatbots, recomendações inteligentes e análise de comportamento do consumidor são algumas das tendências que vieram para ficar”, comenta.

8) Sustentabilidade no e-commerce

O consumidor está mais atento ao impacto ambiental das suas compras. Empresas estão adotando embalagens sustentáveis, logística reversa e iniciativas de compensação de carbono para atrair consumidores preocupados com o meio ambiente.

Conforme a McKinsey & Company, 60% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis, evidenciando a importância de integrar a técnica aos modelos de negócios.

9) Black Friday e datas sazonais como impulsionadores

Promoções sazonais, como a Black Friday e o Dia do Consumidor, continuam a ser grandes propulsores do e-commerce. Estratégias como cashback, descontos progressivos e cupons exclusivos mantêm a alta demanda nessas datas.

De acordo com a MindMiners, 60% dos consumidores se sentem motivados a adquirir produtos ou serviços ao receber cupons, ou códigos de desconto. Além disso, 49% dos entrevistados preferem esperar por promoções e ofertas expressivas, enquanto outro grupo de 49% escolhe lojas que oferecem cashback ou programas de pontuação.

10) O impacto do metaverso e da realidade aumentada

Com a evolução do metaverso e o avanço das tecnologias de realidade aumentada (RA), a experiência de compra online está prestes a mudar drasticamente. Empresas já testam ambientes imersivos para que os consumidores possam experimentar produtos virtualmente antes da compra. “O futuro do e-commerce será marcado pela fusão entre o digital e o físico, permitindo que os consumidores tenham experiências mais interativas e personalizadas”, destaca o CEO da IDK.  

O futuro do e-commerce no Brasil

O comércio eletrônico brasileiro continua em plena expansão, impulsionado por inovações tecnológicas e mudanças nos hábitos de consumo. A ascensão do metaverso, a consolidação da inteligência artificial e a personalização avançada da experiência do usuário prometem transformar ainda mais o setor nos próximos anos.  

Além disso, a personalização proporcionada pela IA pode aumentar as taxas de conversão em até 30%, conforme estudo da McKinsey, evidenciando o impacto positivo dessa tecnologia na decisão de compra dos consumidores

“Empresas que investirem nessas tendências estarão à frente da concorrência, oferecendo experiências de compra cada vez mais imersivas e personalizadas. O futuro do e-commerce no Brasil não é apenas promissor — ele já está em construção”, finaliza Eduardo Augusto.

Plataforma Flowbiz ganha força com Sankhya e acelera entrega de automação inteligente para empresas

Reconhecida como uma das soluções mais completas de automação e CRM para e-commerces no Brasil, a Flowbiz inicia uma nova etapa de crescimento ao ser adquirida pela Sankhya — referência nacional em tecnologia de gestão empresarial. A união fortalece o posicionamento da plataforma como aliada estratégica de empresas que buscam escalar performance com dados, inteligência artificial e jornadas de recompra personalizadas.

Voltada a médias e grandes operações do varejo digital, a Flowbiz se destaca pela capacidade de transformar dados de comportamento e navegação em ações automatizadas de relacionamento, recompra e fidelização. Agora, integrando o ecossistema Sankhya, a empresa acelera sua capacidade de inovação tecnológica e integração com outras soluções de gestão empresarial.

“A Flowbiz nasce com o propósito de refletir melhor tudo o que nos tornamos: uma plataforma que vai além do e-mail marketing, ajudando e-commerces a criarem estratégias personalizadas, rentáveis e sustentáveis. Com a entrada da Sankhya, ganhamos força para escalar os negócios dos nossos clientes e acelerar a construção de soluções que realmente gerem impacto”, reforça Lucas Brum, sócio e Head Comercial da Flowbiz.

Com recursos que vão além do e-mail marketing tradicional, a Flowbiz oferece uma infraestrutura moderna para criação de fluxos automatizados, segmentações comportamentais, campanhas de reengajamento e análises aprofundadas de comportamento do consumidor. Essa base será ainda mais robusta com o lançamento da Customer Data Platform (CDP), projetada para integrar dados de múltiplas fontes e potencializar as automações com IA.

“A Flowbiz está construindo um ecossistema de dados 360º (Customer Data Platform), com infraestrutura moderna e escalável, preparada para o uso de IA. E, com a Sankhya, vamos potencializar essa entrega para todo o mercado”, explica Thiago Pitta, CTO da Flowbiz.

A aquisição está alinhada à estratégia da Sankhya de ampliar sua atuação além do ERP, integrando tecnologias que impulsionem crescimento com eficiência e inteligência. Com isso, a Flowbiz se posiciona como peça-chave no portfólio, contribuindo diretamente para a jornada do cliente, a fidelização e a diferenciação das empresas atendidas.

“O que enxergamos como diferencial é o produto em si — muito maduro, completo e com alta capacidade de atendimento — e vem contribuir para que a Sankhya atenda ainda melhor a jornada do cliente, trazendo grande capacidade de engajar tanto novos potenciais clientes quanto parceiros da carteira”, afirma André Britto, CFO da Sankhya.

Mesmo com a nova estrutura, a Flowbiz mantém seu time, cultura e excelência no atendimento. A diferença está na escala e na velocidade com que poderá evoluir seus recursos — especialmente em áreas como inteligência de CRM, personalização de jornadas e automações orientadas por dados.

“Queremos ser vistos como referência em automação de marketing com inteligência de CRM e IA, com o que há de mais avançado em tecnologia nesse sentido. Nossos clientes podem ter certeza que agora poderemos inovar ainda mais, tanto em tecnologia como em atendimento. Seguiremos com a excelência no atendimento que sempre nos caracterizou, e vamos acelerar na evolução tecnológica em um novo ritmo a partir de agora”, finaliza Vinícius Correa.

A integração Flowbiz + Sankhya simboliza um novo capítulo na transformação digital do varejo: um em que automação inteligente, personalização e estratégia de dados se tornam indispensáveis para competir — e fidelizar — em alto nível.

Das cleptogirls no varejo físico, aos abusos de devolução no e-commerce: ma-fé normalizada que gera prejuízos

Desde o ano passado a normalização de furtos em lojas físicas tomou conta da Internet. Nas redes sociais, hashtags como #mirtilar #cleptogirls ou #cleptotwt apontam conteúdos baseados em furtos dos mais variados, os quais os internautas publicam com orgulho. A ideia de transgredir o sistema com pequenos furtos e ainda postar na web gerou uma incômoda romantização de uma prática criminosa.

E, se essa tendência ganhou espaço na internet, seria um engano pensar que o e-commerce estaria livre de práticas similares. Não é de hoje que se vê consumidores tirando vantagem do varejo online por meio do abuso das políticas comerciais das lojas. Entretanto, segundo a Signifyd, empresa global de tecnologia antifraude no e-commerce, os abusos do consumidor vêm crescendo. 

Um exemplo frequente de abuso do consumidor acontece nas devoluções. Este tipo de abuso consiste em se aproveitar das políticas de devolução de produtos, de uma comodidade justa, criada pelos canais de e-commerce com grande investimento em logística e automação para facilitar a experiência de compra. 

Há uma linha tênue entre os abusos de devolução e as fraudes de devolução, mas ambos prejudicam o e-commerce à medida que consumidores e fraudadores exploram brechas para obter produtos gratuitamente ou recuperar dinheiro de forma indevida. Confira algumas manobras:

  • Wardrobing: comum no setor de moda, o cliente compra um produto, usa e depois devolve como se fosse novo.
  • Bracketing: o cliente compra várias versões do mesmo produto, prova e devolve as que não quer, deixando o lojista com os custos de envio e processamento. 
  • Troca fraudulenta: devolução de um item falsificado ou danificado no lugar do original.
  • Chargeback de devolução: o cliente solicita o estorno do pagamento alegando que devolveu o produto, mas o lojista não recebe o item.
  • Devolução vazia: envio de uma caixa sem o produto ou contendo um objeto irrelevante, como um tijolo ou uma batata, para burlar o sistema de reembolsos.

“Os varejistas online investem em tecnologia e logística para sanar os problemas de devolução e assim fidelizar os clientes com melhores experiências de compra. Segundo pesquisa da Signifyd, em 2025, 7 em cada 10 brasileiros já precisaram devolver um produto. Este é um movimento que faz parte do e-commerce. No entanto, essa operação, que já custa caro para o comércio eletrônico, se torna um problema grave quando consumidores se aproveitam para praticar abusos, sem imaginar o tamanho do prejuízo que vem se acumulando”, analisa Laís Lima, diretora de marketing Latam da Signifyd. 

O impacto para o varejo é significativo: em 2023, os varejistas globais arcaram com custos de devoluções de aproximadamente US$700 bilhões; somente nos EUA o prejuízo foi de US$103 bilhões. A previsão global é que esse número aumente para US$1 trilhão até 2030, segundo estimativas da National Retail Federation e da Appriss Retail, que analisam o impacto financeiro das devoluções no e-commerce. 

Nem toda devolução é maliciosa e, às vezes, pode vir de hábitos considerados lícitos pelos consumidores, como o já citado bracketing. “É difícil para lojas online rastrearem abuso de devolução pois eles vêm de clientes legítimos”, explica Laís. 

Segundo pesquisa Signifyd no Brasil, 9% dos brasileiros já compraram um produto mesmo sabendo que iriam devolvê-lo, e 89% deles acham esse movimento normal. 

“É difícil para lojas online rastrearem abuso de devolução pois eles vêm de clientes legítimos”, explica Laís. “Além disso, o e-commerce ainda deve lidar com fraudadores que parecem compradores legítimos pelos métodos sofisticados que usam, a falta de dados unificados e de inteligência dos sistemas, e o medo de prejudicar a experiência do cliente. Uma somatória de fatores que torna muito complexo evitar prejuízos com as devoluções online”, completa.   

Essas tendências apontam para um novo desafio para as marcas que vendem online: para descomprimir as margens de seus negócios e melhorar oportunidades de crescimento, elas  precisam equilibrar inovação e proteção contra fraudes sem prejudicar a experiência dos bons clientes, que esperam trocas e devoluções rápidas e sem burocracia.

Práticas como: política de devolução clara e estruturada; autenticação das devoluções; e taxas de reabastecimento para produtos de alto valor podem ajudar a reduzir os golpes. No entanto, somente um monitoramento de padrões de devolução que identifica consumidores com histórico suspeito de devoluções abusivas ou fraudulentas torna o e-commerce capaz de detectar padrões anômalos e prevenir abusos.

Este monitoramento é possível por meio de soluções baseadas em IA e tecnologia de dados, que entregam inteligência sobre devoluções e ações proativas de prevenção de perdas. “Uma política de devolução eficiente não significa apenas aceitar devoluções sem critérios. O uso da tecnologia é hoje o maior aliado neste grande desafio que é diferenciar consumidores legítimos de fraudadores e garantir a proteção do e-commerce sem prejudicar a experiência do cliente, não só durante a compra, mas também no pós-compra”, reforça Laís.

Além do Digital-First: Como a IA transforma o ecossistema bancário brasileiro em AI-Centric

O setor bancário brasileiro vive uma inflexão histórica, guiada por um salto expressivo em investimentos em tecnologia que, nos últimos cinco anos, cresceram 58,4%, atingindo R$ 47,8 bilhões previstos para 2025, segundo pesquisa da Febraban. Esse ritmo intenso de alocação de recursos não apenas consolida os bancos como protagonistas da transformação digital, mas também ancora e acelera o desenvolvimento de todo o ecossistema de tecnologia da informação no país. No centro dessa revolução está a Inteligência Artificial (IA), que, junto à computação em nuvem, transforma radicalmente a estrutura, os produtos e a operação das instituições financeiras.

Vivemos um momento em que ser “digital-first” já não é suficiente e essa movimentação não ocorre ao acaso. Ela sustenta, de forma direta, a evolução de companhias de tecnologia – especialmente aquelas com atuação “AI-Centric” – que veem no setor financeiro um cliente cada vez mais sofisticado, exigente e disposto a investir em soluções de ponta.

O impulso por IA, IA Generativa e Analytics tem gerado um ciclo virtuoso: quanto mais os bancos avançam em maturidade tecnológica, mais demandam soluções inovadoras, abrindo espaço para parcerias, novos modelos de negócio e desenvolvimento de talentos especializados. No nosso caso, o setor financeiro é mais que um vertical de negócios – é um verdadeiro laboratório vivo para aplicações de IA em escala.

A consolidação da IA como um dos pilares da arquitetura bancária vai além do discurso. O estudo da Febraban mostra que 61% de aumento no investimento em IA e dados será destinado a aplicações com foco em eficiência operacional, segurança, personalização e predição. Os resultados são claros:

·      38% dos bancos que já implementaram IA registram ganhos superiores.

·      20% de crescimento em eficiência.

·      80% já incorporam IA Generativa em suas operações com aumentos mensuráveis de produtividade.

No entanto, o dado mais revelador talvez seja outro: menos da metade dessas instituições possui governança estruturada para IA, o que abre oportunidades para empresas de tecnologia atuarem também na maturidade e segurança dessa transformação. Essa corrida pela inteligência traz efeitos multiplicadores.

Em um país com desafios estruturais e gaps de infraestrutura, ver o setor financeiro migrar todos os seus domínios de negócios para a nuvem e ampliar os investimentos em cloud em 89% das instituições cria um padrão de exigência e competitividade. O impacto é imediato: infraestrutura mais flexível e escalável, maior capacidade de processar dados em tempo real e um ambiente mais propício à inovação contínua. Trata-se de uma base tecnológica que, ao se consolidar nos bancos, beneficia toda a cadeia – de fintechs a provedores de software corporativo.

A tecnologia, quando aliada à estratégia, transforma não só o que fazemos, mas como pensamos. A personalização em tempo real, habilitada por IA e dados, já se tornou uma exigência dos clientes bancários e, com isso, molda todo o desenho de jornada e relacionamento das instituições. Segundo projeções internacionais, o mercado global de hiperpersonalização no setor financeiro pode alcançar US$ 21,79 bilhões até 2031. Para as empresas de tecnologia que fornecem esse tipo de solução, há uma janela rara de oportunidades para escalar inovação com impacto direto e mensurável nos negócios de seus clientes.

O avanço da IA nos bancos também tem efeitos internos importantes: R$ 1,4 bilhão serão investidos para melhorar a experiência de trabalho dos colaboradores, incluindo estratégias de reskilling e novas contratações em TI. Hoje, 11% do quadro dos bancos já está concentrado em tecnologia, com demanda crescente por desenvolvedores, cientistas de dados e especialistas em cibersegurança. Isso reforça um ponto crucial: inovação tecnológica no setor bancário é também uma política ativa de desenvolvimento de talentos e geração de empregos qualificados.

Em um cenário global onde 81% dos CEOs do setor bancário consideram o investimento em IA Generativa uma prioridade máxima, o Brasil se destaca não apenas pelo volume, porém pela velocidade de adoção. A tecnologia é, hoje, o maior diferencial competitivo dos bancos, e as empresas “AI-Centric” que atuam nesse ecossistema têm papel-chave em ajudar essas instituições a transformarem dados em decisões, processos em plataformas inteligentes e clientes como protagonistas de jornadas digitais transformadoras. Tudo isso posiciona o país como um centro de excelência em tecnologia bancária e contribui para o fortalecimento da imagem de polo de inovação tecnológica.

O futuro promete desafios e oportunidades ainda maiores, com tendências como tokenização de ativos, revolução nos pagamentos internacionais e transformação da engenharia de software através da IA. Mais do que uma reação à disrupção, o setor financeiro está pavimentando a trilha da próxima era da economia digital. O investimento contínuo em tecnologia por parte dos bancos não apenas sustenta, mas desafia o setor de TI brasileiro a inovar constantemente, com agilidade, responsabilidade e visão de futuro.

Em tempos de incerteza, esse movimento é um sinal claro: a transformação digital não é mais uma escolha – é o caminho para a relevância e a resiliência. O crescimento dos investimentos bancários em tecnologia não apenas sustenta, mas acelera o desenvolvimento do setor tecnológico brasileiro, criando um círculo virtuoso de inovação que beneficia toda a economia e reforça a posição do Brasil como protagonista na transformação digital global.

A simulação de cenários logísticos como estratégia para conversão de vendas

O Brasil registrou mais de 90 milhões de compradores virtuais em 2024, e a expectativa é de que esse número cresça ao menos 10% em 2025, segundo a ABComm. Em meio a esse cenário promissor, entender os perfis de consumo torna-se essencial para conquistar uma fatia maior do mercado. No entanto, a logística ainda representa um dos principais gargalos: dados do E-commerce Radar indicam que mais de 82% dos carrinhos de compras são abandonados, sendo o valor do frete uma das principais causas. O prazo de entrega também pesa na decisão: um levantamento da Yampi mostra que 36,5% dos consumidores desistem da compra por conta da demora na entrega ou na produção.

Diante desse panorama, as empresas buscam alternativas para se destacar justamente na etapa final da jornada de compra. Três fatores são decisivos para a construção de uma estratégia logística eficiente: prazo de entrega, custo do frete e qualidade ou nível de serviço prestado. Assim como em outros setores da economia, a simulação de cenários surge como uma ferramenta poderosa para embasar decisões e agregar valor às operações. No campo logístico, esse recurso também vem ganhando cada vez mais relevância.

Com base na análise de dados, varejistas e e-commerces podem testar diferentes combinações de modais, prazos e parceiros antes mesmo de iniciar uma operação. Por exemplo, se uma transportadora A realiza entregas em 3 dias, mas uma transportadora B entrega em 4 dias por um valor R$ 1,50 mais barato por pedido, a escolha mais estratégica dependerá dos objetivos da empresa.

Para apoiar esse tipo de decisão, a Intelipost, líder em gestão de fretes e entregas, lançou recentemente o Módulo de Simulação do Optimize — uma ferramenta que permite comparar, de forma rápida e precisa, diversos cenários logísticos. Utilizando dados históricos e variáveis personalizadas, o módulo projeta custos e prazos de entrega, ajudando os gestores logísticos e das áreas de negócio a tomarem decisões mais assertivas e a reduzirem ineficiências nas operações.

Ross Saario, CEO da Intelipost, resume a importância do módulo com uma metáfora prática: “Prazo, custo e nível de serviço funcionam como alavancas interligadas. Quando uma delas é ajustada, as outras inevitavelmente se movimentam também.” Para ele, compreender essa dinâmica é fundamental para as escolhas estratégicas. “No setor de transportes, prazos maiores geralmente significam fretes mais baratos. Mas nem todo público exige rapidez. Se a empresa sabe que seus clientes estão dispostos a esperar um pouco mais, optar por uma transportadora mais econômica pode ser a melhor saída. E isso só é possível com base em simulações alimentadas por dados reais”, completa o executivo.

A capacidade de simular diferentes cenários logísticos com base em dados concretos e projeções confiáveis se consolida como um diferencial competitivo. Mais do que uma tendência, trata-se de uma prática essencial para estruturar operações eficientes e tomar decisões estratégicas com segurança.

86% das empresas de atendimento ao cliente priorizam investimentos em IA no Brasil

No ano passado, cerca de 86% das empresas do setor de atendimento ao cliente passaram a priorizar investimentos em IA como solução para potencializar eficiência de trabalho e 88% já utilizavam ou testavam tecnologias para automatizar parte de seus atendimentos. É o que apontam os dados da sexta edição do estudo State Service da Sales Force, de 2024.  Essa realidade também tem demonstrado aumento da satisfação dos clientes, como aponta um levantamento da JobHome, empresa especializada em soluções de atendimento remoto, que contabiliza 75% de redução em reclamações com os clientes e utilizam atendimento prévio com chatbot.

Os resultados expressivos foram apurados, após a companhia integrar inteligência artificial generativa às suas operações de relacionamento com o cliente. A iniciativa, alinhada a um movimento cada vez mais consolidado no setor de customer experience, posiciona a tecnologia como elemento central na construção de jornadas mais eficientes, fluidas e personalizadas, sem abrir mão da empatia humana. Diante da sobrecarga das equipes e da demanda por atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana, a decisão de investir em IA surgiu em resposta a uma mudança concreta no mercado brasileiro.

A pesquisa da SalesForce aponta, ainda, que 88% já utilizavam ou testavam tecnologias para automatizar parte de seus atendimentos. Nesse cenário, a JobHome optou por um modelo híbrido, no qual a IA atua como ponto de partida da jornada, automatizando tarefas repetitivas como emissão de boletos, atualizações cadastrais e rastreamento de pedidos, enquanto os atendentes humanos assumem casos mais complexos, que exigem escuta ativa e análise contextual.

Com a nova estrutura, o tempo médio de atendimento em interações simples caiu de 3 a 10 minutos para cerca de 20 a 60 segundos. A taxa de resolução no primeiro contato aumentou 25% e a taxa de sucesso das jornadas iniciadas pela IA subiu 38%. Além disso, houve redução de 42% na necessidade de um novo contato e queda significativa nos índices de abandono de chamadas, que em alguns setores como telecomunicações, bancos e e-commerce, foram reduzidos pela metade. Os impactos também se refletiram diretamente na percepção do consumidor: os índices de CSAT (satisfação) subiram até 20% e o Net Promoter Score, NPS, registrou crescimento de até 15% nas interações mediadas por IA integrada a atendimento humano.

A IA empregada pela JobHome é baseada em tecnologias de processamento de linguagem natural, aliada a modelos generativos capazes de compreender contexto, intenção e até o tom emocional do cliente. Essa capacidade permite conduzir a jornada de forma mais lógica e fluida, com transbordo automático e contextualizado para atendentes humanos sempre que necessário. Quando isso ocorre, os operadores já recebem o histórico completo da interação, o que acelera a resolução e evita retrabalho.

Segundo o CEO da empresa, Geraldo Brasil, esse tipo de orquestração inteligente da jornada reduziu drasticamente reclamações relacionadas a demora, transferências erradas e falta de resolutividade. A implantação da IA também trouxe resultados concretos em termos operacionais. “Registramos queda de 73% nas reclamações relacionadas ao tempo de espera, redução de 75% nas queixas por erro de processo e diminuição de 40% nas reclamações sobre mau atendimento. Ao automatizar com precisão tarefas sensíveis a erro e acompanhar interações em tempo real, passamos a detectar sinais de insatisfação ainda durante a conversa, permitindo uma atuação proativa e corretiva antes que o cliente formalize uma reclamação”, conta Brasil.

Apesar do alto nível de automação, a companhia reforça que a tecnologia foi desenvolvida para ser uma aliada da humanização, e não uma substituta. A integração entre IA e atendimento humano é pensada em cada etapa da jornada. A IA filtra, qualifica e direciona, mas nunca bloqueia o acesso ao operador. Os atendentes, por sua vez, são recrutados com foco em perfil empático e treinados para atuar em sintonia com a tecnologia. A própria IA aprende continuamente com os dados operacionais e feedbacks dos agentes, o que contribui para uma evolução constante do sistema.

A relação entre clientes e IA também mudou ao longo da jornada da JobHome. Inicialmente, havia resistência ao uso de bots, vistos como barreiras. Hoje, os usuários interagem com linguagem natural, demonstram confiança nas respostas e permanecem engajados até a conclusão da solicitação. A tendência, segundo a empresa, é de que a IA se torne cada vez mais conversacional, proativa e personalizada, interagindo com os clientes de forma integrada por canais diversos como chat, WhatsApp e aplicativos móveis, mantendo o contexto em todas as etapas.

Para o CMO da JobHome, Ricardo Galdino, o futuro do atendimento está na convergência entre tecnologia de ponta e relacionamento humanizado. “Enxergamos a IA como um componente essencial na entrega de experiências consistentes, eficientes e, sobretudo, centradas no cliente. Ao integrar automação com inteligência emocional, a companhia pretende não apenas melhorar indicadores de performance, mas transformar o atendimento em um diferencial competitivo real”, completa Galdino.

Setor de serviços cresce pelo quarto ano seguido e acelera digitalização com foco em eficiência

O setor de serviços brasileiro manteve sua trajetória de expansão em 2024, com alta de 3,1% no ano, segundo dados do IBGE divulgados em fevereiro de 2025. É o quarto ano consecutivo de crescimento, com um avanço acumulado de 27,4% desde 2021 — a maior sequência positiva desde o início da série histórica, em 2012.

O desempenho consistente ocorre apesar de desafios como a elevação dos juros e a desaceleração do consumo no último trimestre do ano passado. Para sustentar a competitividade e aumentar a eficiência operacional, empresas do setor vêm acelerando a digitalização dos processos, com destaque para o uso de aplicativos de ordem de serviço.

Ferramentas para eficiência

Esses aplicativos permitem o gerenciamento em tempo real de equipes, registro digital, das ordens de serviço e comprovação das tarefas executadas. Ao substituir processos manuais, contribuem para reduzir erros, agilizar fluxos de trabalho e melhorar a comunicação interna.

Segundo Alexandre Trevisan, CEO da uMov.me, empresa de tecnologia especializada em soluções para gestão de equipes de campo, “a digitalização por meio de aplicativos de ordem de serviço tem sido fundamental para aumentar a produtividade, eficiência e a rastreabilidade das operações, além de integrar diferentes sistemas dentro das empresas”.

Setores à frente na adoção

A digitalização tem avançado de forma mais intensa em segmentos como serviços de informação e comunicação, que cresceram 6,2% em 2024, e os serviços profissionais, administrativos e complementares, que registraram o mesmo percentual. As empresas desses ramos têm ampliado investimentos em tecnologia para melhorar a qualidade dos serviços prestados e reduzir custos operacionais.

Pequenas e médias empresas também têm recorrido aos aplicativos de ordem de serviço como forma de se manterem competitivas. Com soluções digitais, essas companhias conseguem controlar melhor suas operações, aumentar a produtividade e oferecer atendimento mais ágil ao cliente final.

Impacto direto no consumidor

A transformação digital tem reflexos diretos na experiência dos clientes. Processos mais ágeis e transparentes permitem que consumidores acompanhem o andamento de serviços em tempo real e recebam respostas mais rápidas às suas demandas.

Um exemplo é a Lojas Lebes, uma das maiores redes varejistas do Sul do país, que adotou o aplicativo da uMov.me para gerenciar suas ordens de serviço. Com a digitalização, os consumidores passaram a ser informados, em tempo real, sobre o status de suas solicitações, o que ampliou a percepção de transparência e eficiência.

Tendência de longo prazo

A expectativa é que o movimento de digitalização continue a se intensificar no setor. “A integração de aplicativos de ordem de serviço com outras plataformas e sistemas corporativos será cada vez mais comum, permitindo uma gestão mais completa e eficiente dos processos empresariais”, afirma Trevisan.

No atual cenário econômico, caracterizado por incertezas e necessidade de contenção de gastos, soluções que promovam ganho de produtividade e melhoria na experiência do cliente tendem a ganhar protagonismo. Para especialistas, a digitalização deixa de ser uma vantagem competitiva para se tornar uma condição essencial de sobrevivência.

Crescer com poucos recursos é possível: 10 dicas para estruturar um pequeno negócio

O Brasil segue avançando no cenário do empreendedorismo. Segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2024), levantamento realizado pelo Sebrae em parceria com a Anegepe (Associação Nacional de Estudos e Pesquisas em Empreendedorismo), a taxa de empreendedorismo no país atingiu seu maior patamar em quatro anos e saltou de 31,6% para 33,4% em 2024.

Esse crescimento é impulsionado, em grande parte, por pequenos negócios e microempreendimentos que movimentam a economia local e criam oportunidades em diversas regiões do país. No entanto, saber como estruturar e gerir essas empresas de forma sustentável é essencial para garantir sua permanência e evolução no mercado.

Empreender com recursos limitados ainda é a realidade de muitos brasileiros. Quando o investimento é próprio e o empreendedor assume várias funções, o crescimento pode ser mais lento, mas também mais alinhado com os valores e propósitos do negócio.

Para Andrea Rios, CEO da Orcas e especialista em vendas e estratégias omnichannel, mesmo diante de restrições de budget, pequenos negócios têm potencial para inovação, consolidação e crescimento a médio e longo prazo. “O empreendedor tem maior controle sobre o negócio e pode focar no principal ator da empresa: o cliente, que é também o financiador do seu negócio. Além disso, ele próprio tem a oportunidade de evoluir, adquirindo competências únicas diante do mercado”, destaca.

Antes de buscar conversões em vendas, Andrea reforça a importância de construir um plano de negócios bem estruturado e adaptável. “Entender o mercado, mapear concorrentes e projetar financeiramente o negócio é crucial para tomar decisões mais assertivas e para saber alocar os recursos disponíveis”, explica.

A especialista da Orcas, consultoria martech, reuniu 10 passos que funcionam como um guia para quem quer tirar um negócio do papel ou torná-lo mais sólido, mesmo sem grandes investimentos:

  1. Validar a ideia: converse com pessoas próximas ou com potenciais clientes. Compartilhe sua proposta e peça feedback.
  2. Mantenha os custos iniciais baixos: evite grandes investimentos logo de início. Priorize o trabalho remoto e, se necessário, contrate freelancers em vez de montar uma equipe fixa.
  3. Utilize ferramentas abertas e gratuitas: existem plataformas sem custo para contabilidade, criação de conteúdo, organização financeira e gestão de projetos. Explore essas opções antes de contratar serviços pagos.
  4. Foco na geração de receita: desde o começo, direcione seus esforços para gerar lucro. Estratégias simples podem aumentar a conversão de vendas e melhorar o caixa da empresa. Algumas ideias de como fazer isso:
  • Aposte na recorrência: transforme o seu produto em uma assinatura com valores mensais baixos, mas que gerem um valor agregado a médio e longo prazo.
  • Explore ações de antecipação de vendas: ações de pré-lançamento ajudam a gerar expectativa e engajamento. Você também pode oferecer acesso antecipado a grupos VIP, como clientes já fidelizados, criando um senso de exclusividade e valorizando quem já consome sua marca.
  • Invista em social media: mesmo com um orçamento enxuto, é possível ampliar a presença digital. O empreendedor pode contratar um profissional da área ou investir em mídia paga de forma estratégica para aumentar o alcance da marca e atrair novos clientes.
  • Trabalhe os leads para melhor conversão de vendas: se você já possui uma base de contatos, invista na qualificação desses leads para aumentar as chances de conversão em vendas. Atualmente, há ferramentas com inteligência artificial, acessíveis mesmo para pequenos negócios, que ajudam a analisar e segmentar melhor esses dados.
  1. Faça uma gestão eficiente das finanças: tenha visibilidade total sobre entradas e saídas. Um orçamento bem definido é fundamental para controlar o negócio e tomar boas decisões.
  2. Separe suas finanças pessoais das finanças da empresa: misturar os dois perfis financeiros é um erro comum. Ter contas separadas ajuda a entender melhor a saúde financeira da empresa.
  3. Reinvista os lucros: quando começar a lucrar, aposte no reinvestimento dos recursos para aceleração do negócio. Você pode fazer isso através de novos produtos, aumentando os esforços de marketing ou por meio da contratação de pessoal.
  4. Construa uma rede sólida de relacionamentos: parcerias estratégicas, mentorias e até novos clientes podem surgir a partir de uma rede bem construída. O networking é um ativo importante para quem está começando.
  5. Peça feedback continuamente: abrace o feedback e seja maduro para aplicar melhorias, se for necessário.
  6. Tenha uma visão de longo prazo: empreender com poucos recursos exige resiliência. Manter o foco em um modelo sustentável ajuda a superar desafios e continuar crescendo com consistência.

“É muito importante manter sua visão para além dos primeiros meses ou o primeiro ano de negócio, pois empreender com poucos recursos requer muita paciência e foco em um modelo sustentável. Ter esse olhar a longo prazo ajudará a não desanimar diante dos contratempos que surgem no curto prazo”, finaliza a CEO.

Ingram Micro Brasil passa a distribuir soluções da SentinelOne e amplia portfólio de cibersegurança em todo o território nacional

A Ingram Micro Brasil, subsidiária de uma das maiores distribuidoras mundiais de soluções e serviços de TI, acaba de firmar uma parceria com a SentinelOne®, empresa americana de cibersegurança especializada em proteção automatizada para endpoints, cloud e identidades. Com o acordo, a Ingram Micro fortalece seu portfólio de segurança cibernética e disponibiliza ao mercado brasileiro novas soluções de ponta para detectar, prevenir e neutralizar ameaças virtuais sofisticadas por meio de inteligência artificial e automação.

A partir da nova colaboração, parceiros e clientes de todo o Brasil terão acesso a tecnológicas inovadoras que atendem às crescentes demandas do mercado segurança digital. “A parceria tem como objetivo capacitar as empresas a protegerem seus dados e ativos com a máxima eficiência, além de consolidar nossa presença no setor de segurança cibernética com um portfólio robusto e alinhado às tendências globais”, afirma Alexandre Nakano, diretor de Desenvolvimento de Negócios em Cibersegurança e Redes da Ingram Micro.

Com o acordo, a Ingram Micro passa a distribuir todas as soluções da SentinelOne, com ênfase na Plataforma Singularity™, que integra proteção de endpoints, detecção e resposta estendida (XDR) e inteligência artificial aplicada. “A plataforma se diferencia pela capacidade de identificar e mitigar ameaças de forma autônoma, sem necessidade de intervenção manual. Esse conjunto de recursos proporciona mais eficiência operacional e reduz significativamente o tempo de resposta a incidentes”, explica.

Para a SentinelOne, a parceria representa um avanço estratégico para fortalecer a sua presença no mercado brasileiro. “Escolhemos a Ingram Micro como parceira no Brasil devido à sua capilaridade e presença consolidada, além da capacidade de atender diferentes segmentos de mercado. Além disso, sua estrutura especializada, com um centro de excelência e uma equipe dedicada à gestão de produtos, permitirá que nossas soluções sejam distribuídas de forma ainda mais estruturada”, destaca André Tristão e Mello, diretor de Vendas da SentinelOne LATAM & Caribe.

“A aliança também agilizará as operações ao otimizar a gestão dos canais de distribuição, permitindo que a SentinelOne se concentre nos parceiros de melhor desempenho, enquanto a Ingram Micro administra um conjunto mais amplo de canais. Essa abordagem busca aumentar a relevância da SentinelOne entre os revendedores, visando melhorar o relacionamento dentro da cadeia de valor e, consequentemente, consolidar a presença no mercado brasileiro”, acrescenta Marlon Palma, diretor de Canais e Negócios da SentinelOne LATAM.

Mais informações sobre a Ingram Micro podem ser obtidas no site oficial da distribuidora.

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