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Maturidade digital: como sair da informatização pontual para uma transformação estruturada

Apesar de tantos avanços, a transformação digital no Brasil ainda está em seus estágios iniciais. Segundo o Mapa de Maturidade Digital 2024, elaborado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Sebrae, o índice médio de maturidade digital das micro e pequenas empresas brasileiras é de apenas 35 pontos em uma escala de 0 a 80. Nesse contexto, apenas 27% dessas empresas têm sistemas de gestão integrados, e 34% implementaram políticas de cibersegurança e proteção de dados. 

O dado é preocupante, sobretudo quando se observa que a digitalização, no Brasil, ainda é comumente tratada como um esforço pontual de informatização, que geralmente está atrelado à implantação de um novo sistema, migração de arquivos para a nuvem ou abertura de um canal online de atendimento. A transformação digital, por outro lado, trata de algo mais estrutural, como revisar modelos de negócio, ressignificar jornadas e criar valor por meio da tecnologia.

No ano passado, uma pesquisa realizada pela Deloitte apontou que 67% das organizações brasileiras afirmaram que aumentar os investimentos em tecnologia está entre suas três prioridades estratégicas. O estudo mostrou, ainda, que 56% pretendiam ampliar gastos com automação, Inteligência Artificial (IA) e análise de dados nos 12 meses seguintes. Uma sinalização clara de que a maturidade digital está em pauta, mas exige orçamento e visão estratégica.

Dessa forma, é fundamental entender que empresas já nascidas com esse DNA digital, como fintechs, healthtechs e grandes plataformas de e-commerce, possuem o diferencial de ter a tecnologia no centro da operação. Em paralelo, as organizações mais tradicionais que entenderam esse movimento e utilizaram a transformação digital como alavanca também conseguiram se reinventar, adaptando seus serviços, otimizando processos e criando novas fontes de receita. Vale ressaltar, porém, que esse processo não ocorre de forma automática nem sem riscos.

Um dos grandes desafios é, sem dúvida alguma, a segurança cibernética. Com o aumento de ataques direcionados e regulamentações mais exigentes, como a LGPD, a confiança digital tornou-se essencial. Por isso, proteger sistemas, dados e usuários é tão relevante quanto entregar valor. E isso só é possível quando há um comprometimento claro da liderança, integração entre áreas de tecnologia, negócio e governança, além de uma cultura de segurança bem estabelecida.

Appmax lança primeiro banco digital do país 100% IA

Um banco que opera por comando de voz, texto ou imagem e movido por inteligência artificial. Essa é a proposta do Max, nova instituição de pagamento brasileira que chega ao mercado com a ambição de mudar a forma como as pessoas se relacionam com o dinheiro. O banco digital é 100% operado por IA generativa, desde o primeiro contato com o cliente, até as decisões de atendimento, suporte e gestão da conta.

Desenvolvido pelos fundadores da Appmax, fintech especializada em soluções de pagamento para e-commerces e negócios digitais, o Max nasce com identidade e proposta próprias. Conforme a cofundadora e vice-presidente de Novos Negócios da empresa, Betina Wecker, projeto é mais do que uma expansão. “Estamos indo além da lógica tradicional dos bancos digitais, para romper com o modelo que estamos acostumados. O Max não é só um banco com uma melhoria incremental de IA, é uma experiência bancária construída a partir da IA, com fluidez e personalização”, afirma Betina.

O Max permite abrir contas, realizar pagamentos e transferências e acessar suporte no aplicativo do banco que funciona em um formato inédito, sem nenhum botão. Além disso, o banco também terá integração com o WhatsApp e assistentes de voz, como a Siri. “Todas as operações podem ser feitas por meio de mensagens, áudios ou imagens. A inteligência artificial do sistema compreende a linguagem natural e aprende com o comportamento do cliente para antecipar demandas, sugerir ações e otimizar a rotina”, explica Betina.

A vice-presidente de Appmax ressalta que o app vai eliminar as múltiplas etapas e menus dos bancos tradicionais. “A tecnologia deixou de ser um diferencial. O que importa agora é como ela é usada para servir as pessoas. Em vez de oferecer uma vitrine de produtos genéricos, o Max vai funcionar de forma conversacional, fazendo recomendações de investimentos e até compras com base no perfil de cada um”, destaca.

Estrutura robusta

O Max nasce operando como uma instituição de pagamento autorizada pelo Banco Central, com estrutura regulatória própria e infraestrutura robusta. Na primeira fase, o banco estará disponível exclusivamente para a base de clientes da Appmax, com forte foco nos empreendedores digitais, e convidados.

Com integração nativa com a plataforma de pagamentos, o Max vai facilitar a gestão financeira de sellers e empreendedores. Segundo Betina, o objetivo é oferecer uma experiência unificada, permitindo que o empreendedor gerencie, em um mesmo ambiente, tanto o processamento de pagamentos quanto suas finanças e movimentações de caixa.

Além disso, os sites dos parceiros da Appmax serão integrados automaticamente ao aplicativo do banco. Com isso, usuários do Max poderão fazer compras nesses e-commerces, usando o app ou por meio do WhatsApp. “Posso pedir para o Max realizar uma compra para mim. Por exemplo: Max, compra essa calça. Assim, esse projeto consolida a Appmax como uma empresa que atua em toda a cadeia de pagamentos, com soluções que vão do checkout e antifraude à conta digital, com foco em eficiência, controle e performance para negócios digitais”, acrescenta.

A segunda fase prevê abertura gradual ao público geral, por meio de uma lista de espera.

Apesar da origem compartilhada, o Max tem marca, domínio próprio (max.com.br) e uma lógica de funcionamento que o posiciona como um novo player no mercado financeiro.

Solução proprietária da Seal Sistemas que democratiza sistema por voz no supply chain ganha nova versão

A Seal Sistemas anuncia uma versão aprimorada do Speak2Go, solução proprietária da companhia brasileira que facilita o acesso à tecnologia de coleta de dados por comando de voz para varejistas e operadores logísticos. A novidade visa permitir que mais players nacionais de todos os portes avancem na automação de processos, com ganho médio de 30% em produtividade e 99,9% em acuracidade na movimentação de materiais e separação de itens em galpões e centros de distribuição.

Esse movimento fortalece ainda mais o objetivo da Seal Sistemas de democratizar a oferta da solução, também conhecida como voice picking, para todo o mercado brasileiro. Isso porque o Speak2Go inclui um software que habilita a funcionalidade de voz a qualquer coletor de dados equipado com sistema operacional Android, que está presente em 9 a cada 10 dispositivos móveis utilizados no Brasil, segundo a consultoria Bain & Company.

Além desse permitir upgrade facilitado em diversos tipos de coletores de dados, sem a obrigação de adquirir um dispositivo específico indicado pelo fabricante, o Speak2Go também é uma alternativa mais acessível e democrática para qualquer player que deseja investir diretamente na adoção da coleta de dados por comando de voz. A solução ainda pode operar de forma integrada a diversas plataforma WMS (Warehouse Management System) disponíveis no mercado.

O Speak2Go é fruto da ampla experiência no segmento de voice picking da Seal Sistemas, que foi pioneira ao trazer a tecnologia para o Brasil há mais de 20 anos (em 2004) e que hoje detêm 80% de market share local em coleta de dados por comando de voz. Somente com sua solução proprietária, a companhia já acumula dezenas de projetos executados no País. A implementação inclui consultoria, revisão de processos, integração e sustentação.

“O Speak2Go é uma forma mais eficiente de aplicar a coleta de dados por comando de voz inclusive em operações de pequenos e médios varejistas e operadores logísticos. Trata-se de uma solução 100% desenvolvida dentro da companhia e que busca levar para todo o mercado vantagens que combinam boa relação custo-benefício, alto desempenho e ganho significativo de performance”, diz Wagner Bernardes, CEO da Seal Sistemas.

“Há uma demanda reprimida pela solução por voz em segmentos que já fazem bom uso dos coletores de dados convencionais, mas que buscam alternativas mais avançadas para automatizar processos e ampliar a eficiência operacional. O Speak2Go mira em sanar essa dor do mercado”, afirma Ricardo Alves, diretor de tecnologia e inovação da Seal Sistemas.

Maior escalabilidade

O Speak2Go aprofunda os diferenciais das soluções de voice picking ao proporcionar ganho de escalabilidade, pois sua adoção permite acompanhar o crescimento dos players da cadeia de supply chain conforme ampliam suas operações. Também é possível implementar a tecnologia dentro da loja e não apenas no estoque, visando aumentar os ganhos em performance em diversas etapas do ciclo de vendas.

Ao enrobustecer o portfólio da Seal Sistemas, o Speak2Go fortalece o posicionamento da companhia como integradora de soluções de tecnologia para toda a cadeia de distribuição, abrangendo segmentos como varejo, logística e indústria. A nova versão de seu voice picking proprietário também intensifica a atuação da companhia ao indicar soluções de alto desempenho que tragam o maior benefício possível para cada cliente.

O perigo do feudalismo digital

Diariamente, o mundo gera cerca de 2,5 quintilhões de dados (2,5 Exabyte), segundo a IBM. Mas, o acesso a esses ativos não é tão equilibrado assim. Grandes players do mercado centralizam a maioria deste volume de informações, gerando uma economia completamente dependente do fluxo que roda dentro destes que podemos denominar feudos digitais. A monopolização destes senhores feudais na sociedade é extremamente perigosa, o que pode prejudicar não apenas uma maior competitividade do mercado, como sua capacidade de destaque e inovação perante um crescimento contínuo.

Este termo, já cunhado há um bom tempo, se refere aos antigos donos das terras que direcionavam pessoas para trabalharem em suas cadeias de plantio. Hoje, a premissa se mantém, alterando as terras para o ambiente digital, sendo seus donos representados por grandes empresas detentoras dos dados dos usuários, incluindo Google, Meta, Amazon e muitas outras.

Nestes modelos de negócios, os ativos colhidos dos usuários são estrategicamente explorados visando alguma fonte de renda – criando uma dinâmica de lucro pautada no domínio deste acesso contínuo e acesso às fontes geradoras de informação frente aos serviços digitais, mesmo problema preocupante que também ocorria no antigo feudalismo.

São poucos os senhores feudais digitais que centralizam a maioria desses ativos, gerando uma inevitável dependência deles. Afinal, sem esses acessos digitais, não conseguiríamos nos comunicar nas mais diversas redes sociais, realizar pesquisas aprofundadas nos buscadores globais, e ter acesso a informações em tempo real sobre tudo o que acontece mundialmente.

Somos monopolizados pela economia exclusiva que roda dentro desses feudos digitais e, diante de eventuais mudanças que ocorrerem internamente, nos resta nos adaptar a essas alterações, para que continuemos tendo acesso ao que ocorre nestes ambientes. Uma dependência inevitável aos “servos” (usuários) que não se veem diante de outra possibilidade de escolha diante de um universo constantemente conectado.

Ao resto do mercado, os prejuízos dessa monopolização são ainda maiores. Isso porque, para que tenham acesso a um pedaço deste feudo digital, os custos acabam sendo bem maiores devido a essa centralização nas mãos de poucos, exigindo um maior investimento financeiros em prol de uma maior visibilidade online. Porém, não são todas as empresas que conseguem ter uma gestão econômica eficaz que permita este tipo de direcionamento financeiro.

Os investimentos em marketing digital, segundo estimativas da WebFX, apresentam uma enorme variação, podendo ir de US$ 50,00 à US$ 6.000,00 por mês. Para empresas de pequeno e médio porte, é muito difícil conseguir direcionar tamanhas quantias constantemente, o que faz com que percam espaço para concorrentes que tenham uma melhor gestão e estruturação nesse sentido e, consequentemente, que percam sua capacidade inovadora para se destacarem. 

A segurança dessas informações também não é tão garantida assim, outro ponto negativo que precisa ser destacado. Em 2024, como exemplo, cerca de 2.500 documentos do Google foram vazados, dos quais se encontravam detalhes sobre como a empresa coleta, armazena e utiliza informações dos usuários, incluindo cliques e bases de navegação do Chrome. Mesmo diante de tantas leis direcionadas a assegurar a implementação de sistemas de segurança, o que se vê, na prática, ainda é bastante falho.

Quem compreende a regra do jogo, consegue se beneficiar dessa dinâmica e conduzir as partidas a seu favor. Contudo, nem todos terão a mesma igualdade de acesso e oportunidades de investimento nesses recursos, para que consigam um maior pedaço de terra nesses ambientes. Algo, de fato, bastante difícil para aqueles que não conseguem uma melhor oportunidade neste conglomerado.

Cada plataforma, com seu respectivo senhor feudal, estabelece suas próprias normas aos interessados em usufruir de suas terras, uma diversidade que precisa ser melhor regulamentada para que seu acesso não seja tão restrito aos que tiverem maiores recursos financeiros para isso. Junto a isso, algo ainda mais primordial é a educação e capacitação dos profissionais para que compreendam, com profundidade, como funciona essa dinâmica, e como se proteger para evitar riscos de vazamentos ou roubos que, infelizmente, são frequentes ao redor do mundo.

É necessário adotar medidas de conscientização que evitem que esses senhores feudais ganhem poderes cada vez maiores. Quanto mais os jogadores compreenderem essas regras e souberem utilizá-las a seu favor, maiores serão as chances de usufruírem destes benefícios que a conectividade traz para o potencial competitivo do mercado.

Alexandre Pierro é mestre em gestão e engenharia da inovação, bacharel em engenharia mecânica, física nuclear e especialista de gestão da PALAS, consultoria pioneira na ISO de inovação na América Latina.

Líderes da indústria que ignoram o LinkedIn estão abrindo mão de negócios

O LinkedIn é hoje o maior megafone da liderança industrial. Imagine um diretor que, além de manter sua presença concentrada na assinatura de relatórios e participação em reuniões, está no LinkedIn explicando como sua fábrica reduziu o desperdício em 40% com tecnologias sustentáveis. Ou um CEO do setor metalúrgico que compartilha aprendizados sobre inovação organizacional após testar novos modelos de gestão. Na era de influência, essa atitude não é exceção. É exigência.

Atualmente, a transformação digital é o ar que a indústria respira. E, nesse cenário, líder que não se comunica perde espaço e, principalmente, deixa de fazer negócios. Isso porque, em um mercado onde propósito e inovação são os novos combustíveis da competitividade, manter-se calado é assumir o risco de se tornar irrelevante. Mas o que isso tem a ver com o LinkedIn?

Segundo dados da própria rede, a plataforma já ultrapassa 75 milhões de usuários no Brasil, com destaque para o crescimento da Geração Z, que valoriza conexões reais com líderes acessíveis, inovadores e que se posicionam com consistência. Isso não vale apenas para o gestor de RH ou para o time de marketing, trata-se do papel da alta liderança.

Afinal, quando o líder se cala o mercado fala por ele. A ausência de uma liderança ativa na plataforma abre espaço para os concorrentes serem lembrados. Falta de posicionamento pode sugerir desatualização, distanciamento ou até falta de visão de negócio. Líderes industriais que permanecem no anonimato digital deixam de inspirar suas equipes, atrair talentos e estabelecer parcerias estratégicas com outros líderes. Mais grave ainda, deixam de ser referência em seu próprio mercado. Como cobrar inovação e protagonismo de colaboradores se a liderança se mantém invisível?

Por outro lado, quando um líder usa o LinkedIn com estratégia, constrói reputação, reforça cultura e acelera transformação. Ele inspira pelo exemplo, humaniza sua marca pessoal e se torna um porta-voz ativo da inovação dentro e fora da empresa. Estar presente nas redes não é sobre autopromoção, mas tornar visível aquilo que já está sendo feito, mas que, sem narrativa, passa despercebido.

Quando falamos em inovação, muitas vezes olhamos para processos, produtos e tecnologias. Mas a maior inovação começa na postura da liderança. Um líder industrial que se posiciona, conta sua história e assume seu papel público de embaixador. Ele pavimenta um novo caminho para sua organização, influencia clientes, fornecedores, talentos e o próprio setor. Ele deixa de ser apenas mais um gestor para se tornar uma referência.

Nos bastidores de grandes marcas inovadoras, uma função silenciosa tem ganhado destaque: o Chief Storytelling Officer, um profissional responsável por narrar, com clareza e propósito, a jornada do executivo, tanto para dentro quanto para fora. Mas o ponto mais importante é que todo líder pode e deve adotar essa mentalidade. Especialmente no BtoB, onde comunicar de forma estratégica ainda é uma vantagem competitiva pouco explorada.

Em 2025, o silêncio digital não será neutro. Será lido como desconexão, desinteresse ou atraso. A liderança industrial que quiser atrair, influenciar e transformar precisa aparecer. E aparecer com propósito. Porque quem não conta sua própria história, arrisca ser esquecido pelos outros.

*Silvana Piñeiro Nogueira é jornalista, pós-graduada em Marketing, mestre em Estudos Políticos pela Sorbonne (França) e diretora da Smartcom Inteligência em Comunicação. E também contribui para livros distribuídos na Europa e Estados Unidos sobre empreendedorismo internacional e comunicação jurídica como autora de artigos sobre comunicação e os efeitos fake news.

O inimigo está online: empresas brasileiras viram alvo de ciberataques

Ainda tem gente que acredita que ciberataques são coisa distante ou exclusividade de grandes corporações. Mas a realidade é outra: o crime digital virou rotina. Golpes silenciosos, vazamento de dados, fraudes e invasões de sistemas têm paralisado operações, destruindo reputações e causando prejuízos que vão muito além do financeiro.

Só em 2024, o número de crimes digitais no Brasil cresceu 95% em relação ao ano anterior, segundo a Check Point Software. E a tendência continua crescendo em 2025. A inteligência artificial, usada por empresas para detectar riscos, também está sendo aproveitada por criminosos para criar golpes cada vez mais articulados. Um levantamento recente da Cisco mostrou que 93% das organizações já usam IA para se proteger, mas 77% foram atacadas com ajuda dessa mesma tecnologia. Com o avanço, criminosos conseguem criar comunicações falsas extremamente realistas, que enganam até os mais atentos e induzem ao erro.

Para Allan Costa, CEO da ISH Tecnologia, a ameaça cibernética já não é uma possibilidade futura, é uma realidade constante. “Segurança digital virou conversa de todo mundo. Todo mundo diz que faz. Mas, na prática, quando a gente analisa o nível de maturidade das empresas, a maioria ainda está engatinhando. Falam muito, fazem pouco.

Na visão de Allan, a segurança digital vai muito além da tecnologia, ela envolve risco, confiança e reputação, e precisa estar na pauta do conselho, não apenas nas mãos da área de TI. “Nada em segurança digital é 100% seguro. Não existe bala de prata”, alerta.

Ele defende que toda empresa precisa assumir que incidentes vão acontecer e, por isso, o foco deve ser na capacidade de detecção rápida e resposta imediata. Isso significa ter estruturas de monitoramento como SOCs (Security Operation Centers) e MDRs (Monitoramento, Detecção e Resposta) operando 24 horas por dia. “O hacker não tem horário comercial. A sua defesa precisa acompanhar esse ritmo”, reforça.

Na visão do CEO, uma estratégia eficiente combina tecnologia, processos e pessoas, com investimento contínuo mesmo que o sucesso pareça invisível, quando “nada acontece”. Além disso, ele alerta que muitos ataques começam em falhas humanas, como cliques em links maliciosos, uso de senhas fracas ou comportamento descuidado em redes sociais.

Como exemplo, ele explica que em todas as provas de conceito realizadas pela ISH com novos clientes, sempre há dados vazados já disponíveis na deep ou dark web. Isso mostra que muitas vezes as empresas nem sabem que já estão expostas.

Allan ainda compartilha recomendações pessoais: usar senhas fortes e trocá-las regularmente, evitar redes Wi-Fi públicas e, se possível, separar dispositivos bancários dos usados para navegação comum.

Marcos Koenigkan, empresário e presidente do grupo Mercado & Opinião, vem promovendo encontros com grandes líderes do país. O tema do mês foi justamente o ciberataque.

Estamos vivendo um momento em que a continuidade dos negócios depende diretamente da capacidade de proteger dados, processos e reputação. Não é mais uma questão de se proteger de um ataque, mas de como sua empresa vai resistir e reagir quando ele acontecer”, afirma.

Para Marcos, o papel da liderança nunca foi tão determinante. “A segurança digital precisa partir do topo. É uma escolha estratégica, que impacta valor de marca, relação com clientes e sustentabilidade do negócio.”

Ele destaca ainda que o desafio atual não está apenas em investir em ferramentas, mas em criar uma mentalidade organizacional voltada à prevenção, preparo e resposta inteligente. “Segurança é rotina, é cultura, é decisão de liderança. E isso precisa estar presente na estratégia da empresa”, conclui.

Paulo Motta, sócio de Marcos Koenigkan no Mercado & Opinião, reforça: “É preciso entender que segurança não se faz com uma única ação, é rotina, processo e consciência em todos os níveis da empresa.”

Com os ciberataques cada vez mais presentes, a prevenção continua sendo a melhor defesa para os negócios, e ela começa com liderança engajada, decisões estratégicas e uma mudança real na forma como as empresas encaram a segurança digital: não como custo, mas como prioridade para garantir confiança, continuidade e crescimento.

Plataforma lança buscador gratuito que melhora a experiência do usuário e conecta alunos a personal trainers em todo Brasil

Com o crescimento da busca por treinos personalizados e o fortalecimento da consultoria online, a Tecnofit, plataforma líder em software de gestão para o mercado fitness no Brasil, acaba de lançar uma nova funcionalidade do app Tecnofit Personal: um buscador de personal trainers que conecta alunos a profissionais em todos os estados do país, de forma prática, eficiente e personalizada.

Com início da operação em abril, a nova funcionalidade do Tecnofit Personal já tem mais de 5 mil profissionais cadastrados e cobertura em mais de 900 cidades dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. A ferramenta já registrou mais de 100 mil cadastros de alunos interessados em contratar um personal trainer. O buscador permite aplicar filtros como localização, especialidade, preço e tipo de atendimento (online ou presencial), otimizando a conexão entre demanda e oferta. Além disso, ela oferece o serviço através de acesso web ou mobile, o que facilita bastante a acessibilidade para os alunos.

“A ideia surgiu de forma orgânica quando percebemos que cerca de 50% dos downloads do app vinham de alunos em busca de um personal. Com isso, vimos a oportunidade de conectar essa demanda à nossa base de profissionais. Agora, com o buscador, conseguimos facilitar essa conexão de forma simples e personalizada”, explica Antonio Maganhotte Júnior, CEO da Tecnofit.

Segundo levantamento interno com a base de clientes da empresa, 40% dos personal trainers apontam a conquista de novos alunos como um dos maiores desafios da profissão, e a nova funcionalidade do Tecnofit Personal busca resolver exatamente esse ponto.

A novidade acompanha o crescimento do mercado fitness no Brasil e no mundo. De acordo com o Global Wellness Institute, a economia global do bem-estar deve atingir 8,5 trilhões de dólares até 2027. Além disso, o Brasil já é o segundo país com maior número de academias no mundo, com cerca de 35 mil unidades. Estima-se que entre 10% e 20% dos frequentadores contratam um personal trainer em algum momento da jornada.

“Queremos ir além de uma solução de gestão de treino. Nosso papel é ajudar o personal trainer a crescer como negócio e oferecer ao aluno uma experiência acessível, eficaz e conectada com seus objetivos de saúde. Essa solução é mais um passo para democratizar o acesso a treinos personalizados e profissionais qualificados”, complementa o CEO.

Outro diferencial da ferramenta é o custo zero. Além disso, profissionais que assinam o plano pago da plataforma ganham destaque nos resultados da busca, o que aumenta significativamente as chances de conversão de novos alunos. Com uma base consolidada de mais de 650 mil profissionais de educação física registrados no Brasil e uma crescente digitalização do setor, a Tecnofit segue expandindo sua atuação com soluções práticas, inovadoras e acessíveis.

Você sabe o que é split payment e quando ele vai valer pra sua empresa?

O instrumento do “split payment” (pagamento fracionado) previsto para 2027, para combater sonegação e garantir arrecadação mais eficiente, é um dos pilares da reforma tributária, regulamentada neste ano. Esse mecanismo vai impactar diretamente o fluxo de caixa das empresas, o que exige, desde já, preparação para lidar com a nova realidade.

De forma simplificada, o “split payment” é um sistema em que os tributos são segregados no momento do pagamento, indo diretamente para os cofres públicos sem passar pela conta da empresa. Significa o fim de atrasos no recolhimento e da complexidade das guias de impostos. “É um sonho para o governo e um pesadelo logístico para quem gerencia o fluxo de caixa”, afirma o tributarista Lucas Ribeiro, fundador e CEO da ROIT, empresa líder em soluções para a Reforma Tributária.

Na avaliação de Ribeiro, o “split payment” coloca o Fisco “na posição de coproprietário do caixa das empresas”. Ele compara a mudança representada pelo novo instrumento com a provocada quando do surgimento do “Sped” (Sistema Público de Escrituração Digital). “É uma mudança tão drástica quanto aquela. A diferença é que agora o impacto é direto e diário.”

Os impactos no fluxo de caixa

De acordo com Ribeiro, as empresas que já enfrentam desafios para equilibrar entradas e saídas o “split payment” pode acender um sinal de alerta. A segregação automática dos impostos reduz o valor líquido que fica disponível na conta da empresa. E isso não é apenas uma mudança técnica – é uma mudança estratégica.

“Imagine que, antes, o imposto ficava ‘estacionado’ no caixa por algumas semanas até o vencimento da guia. Agora, ele será deduzido instantaneamente. Resultado? Menos capital de giro e maior dependência de crédito”, detalha Ribeiro.

Uma pergunta crucial: como sobreviver?

Empresas que já trabalham com margens apertadas precisam repensar estratégias agora, recomenda o tributarista. Renegociação de prazos com fornecedores, aumento da eficiência operacional e otimização de custos serão indispensáveis para enfrentar essa nova realidade. Além disso, o uso de tecnologias avançadas para gestão financeira e tributária se tornará obrigatório.

Se a empresa não dominar os dados da sua operação, o ‘split payment’ pode se transformar em um fardo insustentável. Ferramentas de Invoice-To-Pay e simuladores de fluxo de caixa integrados com o ‘split’ são soluções que ajudarão as empresas a enxergar o futuro antes que ele vire problema”, orienta Lucas Ribeiro.

Benefícios e desafios

Embora a promessa de acabar com a sonegação fiscal seja atraente – e positiva para o equilíbrio econômico do país -, os desafios não podem ser ignorados. Ribeiro lista alguns deles:

Benefícios

  • Redução da sonegação fiscal e da concorrência desleal.
  • Simplificação do recolhimento de tributos.
  • Maior previsibilidade tributária para governos e empresas.

Desafios

  • Redução da liquidez imediata.
  • Dependência de sistemas robustos para gestão em tempo real.
  • Necessidade de maior capital de giro para empresas com alto volume de tributos.
  • Conciliação complexa entre as operações na competência versus caixa.

Se o “split payment’ é inevitável, a preparação será o grande divisor de águas. As empresas que dominarem os números, ajustarem seus processos e investirem em tecnologia avançada sairão na frente, ressalta o CEO da ROIT. “Na guerra de gestão que está por vir, quem tiver os dados nas mãos ditará as regras do jogo. O “split payment” não é o fim, mas o começo de uma nova era na gestão empresarial.”

Ribeiro acrescenta: “Então, a pergunta final permanece: sua empresa terá caixa para o “split payment” ou ficará refém de empréstimos e juros? A hora de agir é agora. Quem espera pela tempestade não se prepara para navegar.”

ArrowXL otimiza a entrega no last mile e amplia sua capacidade com a Descartes

A Descartes Systems Group, líder global em conectar empresas com operações logísticas intensivas ao comércio, anunciou que a ArrowXL, a principal e mais antiga especialista do Reino Unido em entregas domiciliares com dupla de entregadores e soluções de armazenagem, está utilizando a solução de planejamento e execução de rotas da Descartes para automatizar e otimizar o planejamento de entregas do last mile. Isso permite que a equipe da ArrowXL planeje e otimize as rotas de forma dinâmica e eficiente, aumentando a capacidade de transporte da empresa.

“Na ArrowXL, nosso foco está em serviços personalizados com uma abordagem centrada no cliente”, disse Rachel Hopkins, Diretora de Tecnologia da Informação da ArrowXL. “Com mais de 40 anos de experiência em entregas para os principais varejistas, e-commerces e fabricantes do Reino Unido, gerenciamos mais de 2,6 milhões de entregas por ano e continuamos em expansão. Cobrimos 100% do território britânico — com 98% atendidos seis dias por semana e os 2% restantes em dias programados — a partir de sete centros principais e oito bases operacionais, com uma frota de 250 veículos. Oferecemos entregas no dia seguinte, em datas escolhidas e por agendamento, além de serviços como instalação de eletrodomésticos, montagem de móveis, reciclagem de eletrônicos e remoção de embalagens. Gerenciar e executar esses serviços em larga escala exige planejamento e execução de alta precisão. Com a solução da Descartes, nossa equipe automatizou processos antes manuais, otimizando o uso da frota e reduzindo emissões de CO₂. Essa abordagem aumenta dinamicamente nossa capacidade operacional em tempo real. Como a solução da Descartes se integra ao nosso sistema e aos sistemas dos nossos clientes, conseguimos oferecer uma visão real da capacidade de entrega disponível em toda a cadeia de valor, aumentando a eficiência operacional para todos”, finaliza Rachel Hopkins.

A solução de last mile da Descartes, baseada na nuvem, ajuda empresas com operações intensivas em distribuição a melhorar sua eficiência e a experiência do cliente. A plataforma suporta requisitos dinâmicos, incluindo entregas no mesmo dia. Utilizando tecnologia avançada de otimização, a solução reduz a distância percorrida por entrega, o que aumenta a capacidade, reduz custos e melhora a sustentabilidade. No caso da ArrowXL, a Descartes permite o gerenciamento eficiente mesmo em áreas onde os limites entre regiões de entrega e equipes não são claros, aumentando a produtividade das rotas.

“Estamos satisfeitos por nossa solução desempenhar um papel importante na otimização do planejamento de rotas da ArrowXL, mantendo um alto nível de experiência para o cliente”, afirmou Gary Taylor, Vice-presidente de Vendas para a EMEA na Descartes. “A ArrowXL realiza entregas diárias no Reino Unido para algumas das marcas mais conhecidas do varejo físico e online. A automação do planejamento e a execução dinâmica das rotas continuarão permitindo que a empresa expanda sua capacidade, aumente a receita e ajude seus clientes a oferecer mais opções de entrega aos consumidores — tudo isso contribuindo para uma experiência superior e melhores níveis de serviço”, aponta Gary Taylor.

Dia dos Namorados 2025: Giuliana Flores prevê aumento de 14% nas vendas

O Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho, é uma das datas mais esperada por casais em todo o Brasil, marcada por gestos de afeto e trocas de presentes. Diferente de outros países, onde a celebração acontece em fevereiro, no Brasil a data foi posicionada estrategicamente na véspera do Dia de Santo Antônio, celebrado em 13 de junho é conhecido popularmente como o “santo casamenteiro”. A Giuliana Flores projeta um crescimento de 14% no número de pedidos em relação a 2024. Considerada uma das datas mais importantes do segundo trimestre para o comércio, a ocasião reforça o otimismo da marca, que espera um tíquete médio de R$ 220.

Para a data, a empresa aposta na diversificação para atender aos mais variados estilos de consumidores. Além dos vasos, arranjos florais e buquês, que devem liderar as vendas com 70% da preferência, o portfólio da marca inclui chocolates, bichos de pelúcia, livros e outras opções que podem ser combinadas em kits personalizados. Os combos com presentes representam 20% da expectativa de pedidos, enquanto as tradicionais cestas de café da manhã devem alcançar 10%, reforçando a variedade e o apelo afetivo das escolhas.

Romance impulsiona o e-commerce na data

O Dia dos Namorados figura entre as datas mais importantes para o varejo nacional, com destaque para o comércio eletrônico, que segue em ritmo de expansão. O clima no e-commerce é de romance e otimismo. De acordo com o Portal E-commerce Brasil, as vendas na data especial em 2024 cresceram 11,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando um faturamento de R$ 5,8 bilhões, por isso não se espera nada diferente para 2025.

Além da proximidade com o dia do santo casamenteiro, a data guarda uma curiosidade. No Brasil a escolha do dia foi estratégica: foi criada pelo publicitário João Doria, pai do ex-governador de São Paulo, em 1949, a pedido de lojistas paulistas que buscavam impulsionar o comércio em um mês historicamente fraco. Desde então, o dia ganhou força no calendário afetivo e econômico do país, tornando-se um momento de celebração do amor e, claro, de troca de presentes simbólicos.

Foco em datas comemorativas

O fortalecimento das vendas em datas comemorativas, como o Dia dos Namorados, tem sido fundamental para a estratégia de crescimento da companhia. Em 2025, a empresa projeta alcançar a marca de 800 mil entregas, apostando nessas ocasiões especiais como motor para alavancar seus resultados. Esse desempenho positivo vai além dos números e evidencia o compromisso da marca com um portfólio robusto de mais de 10 mil produtos, atendimento de qualidade e logística eficiente. Atuando em todo o território nacional, a Giuliana Flores oferece entregas expressas que, em algumas localidades, podem ser realizadas em até 3 horas.

“O Dia dos Namorados é uma data especial para nós, marcada pelo romance no ar e pelo desejo de celebrar o amor em suas mais diversas formas. As flores, especialmente as rosas, têm um simbolismo poderoso nesse contexto — representam paixão, afeto e conexão. Nosso propósito vai além de vender presentes: queremos entregar emoções. É uma ocasião perfeita para reforçar os laços afetivos e expressar sentimentos que, muitas vezes, as palavras não conseguem traduzir,” destaca Clóvis Souza, fundador e CEO da Giuliana Flores.

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