Início Site Página 4

Fraudes transacionais e vazamentos de dados são as principais ocorrências em empresas brasileiras, aponta pesquisa da Serasa Experian

As fraudes que mais atingiram as empresas brasileiras no último ano envolvem pagamentos transacionais (28,4%), vazamentos de dados (26,8%) e fraudes financeiras, (por exemplo, quando fraudadores solicitam um pagamento para uma conta bancária fraudulenta) (26,5%), segundo o recorte corporativo do Relatório de Identidade e Fraude 2025, produzido pela Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil. Esse cenário aumenta o senso de urgência das companhias, fazendo com que 58,5% delas estejam mais preocupadas com fraudes do que antes, reflexo de um ambiente onde cada transação pode se tornar alvo e cada clique pode ser uma porta de entrada para ataques. 

Apenas no primeiro semestre de 2025, o Brasil registrou 6,9 milhões de tentativas de golpes, segundo o Indicador de Tentativas de Fraude da datatech. Para responder a esse ambiente de risco, as organizações têm priorizado a prevenção em camadas. Ainda de acordo com o relatório, 8 em cada 10 empresas já confiam em mais de um mecanismo de autenticação, índice que chega a 87,5% entre grandes corporações.

Os métodos mais tradicionais seguem predominando nas estratégias de defesa: verificação de documentos (51,6%) e análise cadastral (47,1%) ainda são os mais utilizados. Contudo, outras soluções vêm ganhando espaço, como biometria facial (29,1%) e análise de dispositivos (25%). O setor industrial, por exemplo, lidera a adoção da biometria, com 42,3%. A consistência na escolha de mecanismos de segurança entre diferentes segmentos reforça um movimento coletivo de adaptação, ainda que em velocidades distintas.

Segundo o Diretor de Autenticação e Prevenção a Fraude, Rodrigo Sanchez, “a biometria tem se destacado nas regulamentações mais recentes e, por já fazer parte da rotina do consumidor brasileiro, tende a ser cada vez mais adotada pelas empresas como elemento central nas estratégias de verificação de identidade e combate às fraudes”. Veja abaixo um gráfico que detalha a média nacional e a visão por segmento:

Image

“Há uma clara evolução no entendimento de que prevenir fraudes não é uma ação pontual, e sim uma estratégia integrada que combina tecnologia, dados e experiência do cliente. O que observamos hoje é um movimento crescente em direção ao uso de múltiplos recursos de proteção, aplicados de forma inteligente e adaptados à realidade de cada negócio. Essas camadas são orquestradas estrategicamente para garantir o melhor equilíbrio entre segurança e fluidez na jornada digital”, comenta Sanchez. “Sabemos que as tentativas de fraude vão acontecer, e o nosso papel, como líderes em soluções de prevenção, é proteger os negócios para que elas continuem sendo apenas isso: tentativas”, completa o executivo da datatech.

Consumidor Algoritmizado: o impacto das recomendações de IA na decisão de compra

O avanço das tecnologias de recomendação baseadas em inteligência artificial transformou a jornada de consumo, consolidando a figura do consumidor algoritmizado, um indivíduo cuja atenção, preferências e decisões de compra são moldadas por sistemas capazes de aprender padrões e antecipar desejos antes mesmo que eles sejam verbalizados. Essa dinâmica, que antes parecia restrita às grandes plataformas digitais, hoje permeia praticamente todos os setores: do varejo à cultura, dos serviços financeiros ao entretenimento, da mobilidade às experiências personalizadas que definem o cotidiano. Entender como essa engrenagem opera é essencial para compreender as implicações éticas, comportamentais e econômicas que emergem desse novo regime de influência invisível.

A recomendação algorítmica é construída sobre uma arquitetura que combina dados comportamentais, modelos preditivos e sistemas de ranqueamento capazes de identificar padrões microscópicos de interesse. Cada clique, deslize de tela, permanência em uma página, pesquisa, compra anterior ou interação mínima é processado como parte de um mosaico continuamente atualizado. Esse mosaico define um perfil dinâmico do consumidor. Diferentemente das pesquisas de mercado tradicionais, os algoritmos trabalham em tempo real e em uma escala que nenhum ser humano poderia acompanhar, simulando cenários para prever a probabilidade de compra e oferecendo sugestões personalizadas no momento mais oportuno. O resultado é uma experiência suave e aparentemente natural, na qual o usuário sente que encontrou exatamente o que procurava, quando na verdade foi conduzido até ali por uma série de decisões matemáticas tomadas à sua revelia.

Esse processo redefine a noção de descoberta, substituindo a busca ativa por uma lógica de entrega automatizada que reduz a exposição a opções diversas. Em vez de explorar um catálogo amplo, o consumidor é continuamente estreitado para um recorte específico que reforça seus hábitos, seus gostos e suas limitações, criando um ciclo de retroalimentação. A promessa de personalização, embora eficiente, pode restringir repertórios e limitar a pluralidade de escolhas, fazendo com que produtos menos populares ou fora dos padrões preditivos recebam menos visibilidade. Nesse sentido, a recomendação de IA ajuda a moldá-las, criando uma espécie de economia da previsibilidade. A decisão de compra deixa de ser resultado exclusivo do desejo espontâneo e passa a refletir também aquilo que o algoritmo considerou mais provável, conveniente ou rentável.

Ao mesmo tempo, esse cenário inaugura novas oportunidades para marcas e varejistas, que encontram na IA uma ponte direta para consumidores cada vez mais dispersos e saturados de estímulos. Com a escalada dos custos de mídia tradicional e o declínio da eficácia dos anúncios genéricos, a capacidade de entregar mensagens hipercontextualizadas se torna uma vantagem competitiva crucial. 

Algoritmos permitem ajustar preços em tempo real, prever demanda com maior precisão, reduzir desperdícios e criar experiências personalizadas que aumentam a conversão. Porém, essa sofisticação traz um desafio ético: quanto da autonomia do consumidor permanece intacta quando suas escolhas são guiadas por modelos que conhecem suas vulnerabilidades emocionais e comportamentais melhor do que ele próprio? A discussão sobre transparência, explicabilidade e responsabilidade corporativa ganha força, exigindo práticas mais claras sobre como dados são coletados, utilizados e transformados em recomendações.

O impacto psicológico dessa dinâmica também merece atenção. Ao reduzir o atrito nas compras e incentivar decisões instantâneas, os sistemas de recomendação amplificam impulsos e diminuem a reflexão. A sensação de que tudo está ao alcance de um clique cria uma relação quase automática com o consumo, encurtando o caminho entre desejo e ação. É um ambiente onde o consumidor se vê diante de uma vitrine infinita e, ao mesmo tempo, cuidadosamente filtrada, que parece espontânea, mas é altamente orquestrada. A fronteira entre descoberta genuína e indução algorítmica torna-se difusa, o que reconfigura a própria percepção de valor: compramos porque queremos ou porque fomos levados a querer?

Nesse contexto, cresce também a discussão sobre vieses incorporados nas recomendações. Sistemas treinados com dados históricos tendem a reproduzir desigualdades preexistentes, privilegiando certos perfis de consumo e marginalizando outros. Produtos de nicho, criadores independentes e marcas emergentes muitas vezes enfrentam barreiras invisíveis para alcançar visibilidade, enquanto grandes players se beneficiam da força de seus próprios volumes de dados. A promessa de um mercado mais democrático, impulsionado por tecnologia, pode se inverter na prática, consolidando a concentração de atenção em poucas plataformas.

O consumidor algoritmizado, portanto, não é apenas um usuário mais bem atendido, mas também um sujeito mais exposto às dinâmicas de poder que estruturam o ecossistema digital. Sua autonomia coexiste com uma série de influências sutis que operam no subterrâneo da experiência. A responsabilidade das empresas, nesse cenário, está em desenvolver estratégias que conciliem eficiência comercial com práticas éticas, priorizando transparência e equilibrando personalização com diversidade de repertórios. Ao mesmo tempo, a educação digital se torna indispensável para que as pessoas compreendam como decisões aparentemente espontâneas podem ser moldadas por sistemas invisíveis.

Thiago Hortolan é CEO da Tech Rocket, spin-off da Sales Rocket dedicada à criação de soluções em Revenue Tech, unindo Inteligência Artificial, automação e inteligência de dados para escalar toda a jornada de vendas da prospecção à fidelização. Seus agentes de IA, modelos preditivos e integrações automatizadas transformam a operação comercial em um motor de crescimento contínuo, inteligente e mensurável.

99 e PneuStore firmam parceria para oferecer pneus com condições exclusivas a motoristas e motociclistas parceiros

A 99, empresa de tecnologia líder em cobertura nacional, firmou acordo com a PneuStore, maior loja online de pneus do Brasil, para oferecer pneus de grandes marcas, para carros e motos, com descontos de até 10% via Pix ou Boleto. A novidade está disponível dentro do Classificados99, que evolui para além do comércio de veículos e passa a ser um marketplace voltado a produtos automotivos. Inicialmente disponível em Brasília, Goiânia e Curitiba, a novidade marca o crescimento da plataforma como ecossistema de mobilidade e conveniência, ampliando os serviços oferecidos.

Com o lançamento, o Classificados99 segue na direção para se tornar um hub de soluções automotivas, engajando motoristas e motociclistas com benefícios tangíveis, como preço competitivo, praticidade e facilidade de compra no ambiente digital. O acesso é realizado  nesta página, levando a ofertas personalizadas com experiência de navegação e compra simples e segura.

“A 99 tem os motoristas e motociclistas no centro de tudo o que faz. Essa parceria com a PneuStore amplia as opções dentro do Classificados99 e reforça o compromisso da empresa em apoiar quem está nas ruas todos os dias, oferecendo soluções que facilitem o trabalho de cada um e tragam mais conveniência e economia”, afirma Thiago Hipolito, Diretor de Inovação da 99..

Para a PneuStore, o acordo reforça o propósito da marca de estar próxima de quem mais depende da estrada. “Nosso lema é ser o guia em direção ao pneu certo, e essa parceria com a 99 reflete exatamente isso: ajudar motoristas a escolher com segurança, com as melhores condições e confiança no processo de compra”, destaca Fernando Soares, Diretor de E-commerce da PneuStore.

Novembro supera o “dia D” da Black Friday no e-commerce

A temporada de Black Friday 2025 consolidou um novo padrão no e-commerce brasileiro: as vendas seguem fortes no pico, mas o desempenho mais relevante passa a acontecer ao longo de novembro. O e-commerce brasileiro alcançou mais de R$ 10 bilhões em vendas online na Black Friday 2025 (entre 28 de novembro e 1º de dezembro), segundo dados da Confi Neotrust. A Abiacom (Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce) projetava um crescimento de 14,74% sobre 2024, com um faturamento maior que R$ 13 bilhões, porém as vendas não se consolidarem apenas no último fim de semana do mês.

“A Black Friday evoluiu para um marco estratégico do calendário do varejo digital. Os consumidores estão mais intencionais, informados e preparados para comprar — e os varejistas responderam com experiências mais robustas, melhor personalização e comunicação omnichannel”, afirma Fernando Mansano, presidente da ABIACOM.

Black November movimentou mais de R$ 30 bilhões entre 1º e 23 de novembro, comprovando a força das campanhas estendidas. Os clientes da edrone no Brasil que apostaram em promoções antecipadas geraram R$ 187.592.385 — crescimento de 61% comparado com 2024 — enquanto o volume de pedidos avançou 60%. A Black Week, por sua vez, manteve o protagonismo e registrou resultados 128% superiores a uma semana média de 2025, com destaque para o segmento de Saúde & Beleza, que performou quatro vezes acima do volume habitual. Em novembro, as vendas por automação e newsletter impactaram 11% nas vendas do e-commerce, impulsionando cerca de R$ 21 milhões em receita adicional no mês, sendo 8% via SMS e 6% via WhatsApp. 

O avanço da comunicação multicanal é uma tendência para maiores conversões. O e-mail segue como pilar por alcance e escala, mas SMS e WhatsApp ganharam relevância como “boost” nos momentos críticos, quando urgência e retomada de intenção fazem diferença. Um exemplo dessa combinação é a Muzazen, e-commerce de semi-joias, que estruturou uma estratégia automatizada com e-mail, SMS e WhatsApp para recuperar carrinhos, reengajar a base e sustentar comunicação durante o pico. No período, a marca gerou mais de R$ 34 mil em receita com automações, além de mais de R$ 9 mil via newsletter, com maior tração nos canais instantâneos: R$ 15.199,55 em SMS e R$ 14.204,22 em WhatsApp.

“A edrone ajudou muito! Conseguimos recuperar várias clientes que estavam paradas e isso refletiu direto no nosso faturamento, principalmente na Black Friday, quando tivemos um aumento bem significativo”, afirma Isabel Albach, sócia-fundadora da Muzazen.

Os dados apontam que, para 2026, ganhar novembro deve depender menos de “uma ação no dia” e mais de execução contínua: calendário estendido, automação e comunicação integrada — com e-mail sustentando volume e SMS e WhatsApp acelerando conversões quando o cliente está mais propenso a decidir.

Black Friday 2025: faturamento cresce 12% e uso do Pix dispara 56%, aponta levantamento da TOTVS

A Black Friday continua a provar sua relevância para o varejo nacional, e em 2025 não foi diferente. Um levantamento realizado pela TOTVS por meio da plataforma VarejOnline by TOTVS aponta um crescimento de 12% no faturamento dos lojistas durante a sexta-feira, em comparação com 2024. Os dados, que analisaram a performance de milhares de clientes do sistema em todo o Brasil, demonstram não apenas a confiança do consumidor, mas também um amadurecimento estratégico por parte dos varejistas.

O protagonista desta data em 2025 foram as vendas via Pix, que apresentaram um aumento expressivo de 56% em comparação a 2024. O cartão de crédito segue como um pilar forte, apresentando também um crescimento sólido de 27%. Em contrapartida, o uso de dinheiro em espécie sofreu uma queda de 12%, sinalizando uma transição clara e definitiva para o digital.

O levantamento da plataforma VarejOnline by TOTVS detalha que o volume de vendas e o ticket médio cresceram 5%, enquanto o desconto oferecido pelos lojistas aumentou em 14%. Essa combinação indica um comportamento mais cauteloso dos consumidores, que já sabem identificar as promoções da temporada, mas ainda assim evitam excessos nas compras.

A data, que já foi vista como uma simples oportunidade para queima de estoque, hoje é um dos momentos mais aguardados e planejados do ano. “Os números deste ano não mostram apenas que a Black Friday caiu de vez no gosto do brasileiro, mas que os varejistas têm aprendido a se preparar de forma estratégica”, analisa Elói Assis, diretor-executivo para Varejo da TOTVS.

Intelipost supera 92 milhões de cotações de frete na Black Friday e cresce 114% em relação a 2024

A Intelipost, especializada em inteligência logística, registrou um crescimento explosivo de 114% no volume de cotações de frete durante a Black Friday de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Somente na sexta-feira (28/11), foram realizadas 92.296.214 cotações, o equivalente a 64.095 cotações por minuto, consolidando a data como o maior pico de demanda logística do ano.

No mesmo dia, O GMV (Volume Bruto de Mercadorias) transacionando a partir das operações monitoradas pela plataforma somou R$ 541.509.657,47, reforçando o peso da data para o varejo digital brasileiro. 

“O volume de 2025 mostra como a logística se consolidou como fator decisivo para a conversão no e-commerce. A Black Friday já é, na prática, o maior teste de estresse da infraestrutura logística do país”, afirma Ross Saario, CEO da Intelipost.

O frete grátis se consolidou como principal arma competitiva em categorias de alto giro, com destaque para o Comércio (91%)Livros & Revistas (76%) e Automotivo (66%). Já o Nordeste concentrou as rotas mais baratas do país, com frete médio de R$ 5,52 no trajeto para o Sudeste, enquanto o maior custo foi registrado entre Norte e Centro-Oeste (R$ 42,50).

Entre os maiores tickets médios da data, lideraram Indústria (R$ 3.335)Eletroeletrônicos (R$ 1.841) e Construção e Ferramentas (R$ 1.594)Brinquedos e Games também se destacaram, impulsionados pela proximidade do Natal.

Porsche 911 lidera em vendas dentre carros acima de R$1 milhão por meio da OLX

Levantamento do Data OLX Autos, fonte de inteligência automotiva do Grupo OLX, mostra que o Porsche 911 é o mais vendido por meio da plataforma, na categoria de automóveis de luxo com valor superior a R$ 1 milhão. O estudo avaliou o desempenho dos modelos premium nos últimos doze meses, até setembro. O Porsche Cayenne ocupa a segunda posição, seguido pelo Chevrolet Corvette.

O 911 também é líder dentre os mais procurados a partir de R$ 1 milhão. O Corvette ocupa o segundo lugar, e o Nissan GT-R, o terceiro.

A Porsche é a marca automotiva que possui mais carros anunciados na plataforma a partir de R$ 1 milhão. A Chevrolet vem na segunda posição, seguida pela Mercedes-Benz.

Carros a partir de R$ 250 mil

O levantamento do Data OLX Autos mostra que o Toyota Hilux lidera o pódio dos mais vendidos a partir de R$ 250 mil nos últimos doze meses, até setembro. O Ford Ranger é o vice-líder e o BMW 320iA vem na sequência.

O Hilux também é o primeiro em procura, seguido pelo Ranger, na segunda posição, e o Range Rover, na terceira.

“É interessante observar que o Porsche 911, um ícone atemporal, mantém sua liderança tanto em vendas quanto em procura no segmento ultra-premium. Já na faixa de R$ 250 mil, vemos o domínio das picapes com o Hilux e Ranger ocupando as duas primeiras posições, refletindo a preferência brasileira por veículos versáteis e robustos”, afirma Flávio Passos, VP de Autos do Grupo OLX. “Com um portfólio de mais de 800 mil veículos, a OLX reúne opções para todos os estilos, desde quem sonha com o primeiro modelo premium até quem já tem paixão por alto desempenho”, complementa.

Toyota lidera dentre as marcas mais anunciadas a partir de 250 mil, seguida pela BMW e Porsche, respectivamente.

Como comprar e vender um veículo online com segurança

  • Se for comprar, negocie diretamente com o proprietário do veículo ou vendedor autorizado; se for vender, faça a negociação com o próprio comprador. Evite negociar com terceiros, como parentes, amigos ou conhecidos, e desconfie de intermediários;
  • Sempre marque uma visita para ver o veículo presencialmente antes de fechar o negócio e prefira locais movimentados, como estacionamentos de shoppings e supermercados. Vá, de preferência, acompanhado e durante o dia;
  • Antes de concluir o negócio, peça uma Vistoria Cautelar em uma empresa credenciada pelo Detran e vá junto com o dono do automóvel realizar a vistoria;
  • Se a proposta vier de lojas de seminovos, não se esqueça de checar o CNPJ e a legalidade do funcionamento do estabelecimento;
  • Faça o pagamento apenas em uma conta em nome do proprietário do veículo e, antes de depositar, verifique os dados direto com o proprietário;
  • Confirme os dados bancários da conta em que o valor do veículo deve ser depositado;
  • Vendedor e comprador devem ir juntos ao cartório fazer a transferência, e o pagamento só deve ser feito quando a transação for concluída no cartório;
  • Só entregue o veículo depois que os documentos forem transferidos e o pagamento for confirmado.

Prejuízo de até R$ 23 bilhões dos Correios coloca orçamento federal de 2026 sob alerta, afirma especialista

Os Correios enfrentam uma das maiores crises financeiras de sua história, marcada por queda de receitas, aumento de custos e perda de participação no mercado de encomendas, cuja fatia recuou de 51% para 25% nos últimos anos, resultando em um rombo estimado de R$ 10 bilhões em 2025. A estatal pode comprometer o orçamento federal em 2026, com prejuízo projetado de até R$ 23 bilhões caso seu plano de reestruturação não avance conforme esperado. A necessidade de fechar as contas já havia levado a empresa a buscar empréstimos em bancos públicos e privados ainda neste ano.

Recentemente, a instituição suspendeu a contratação de um empréstimo de R$ 20 bilhões junto a cinco empresas financeiras devido ao custo elevado da operação. O Tesouro Nacional informou que não concederia garantia soberana para uma linha de crédito cujo juro superasse o teto definido pelo órgão. A proposta, aprovada pelo conselho de administração da empresa em 29 de novembro, seria contratada com um sindicato formado por Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra. 

Para Paulo Bittencourtestrategista-chefe da MZM Wealthconsultoria financeira especializada em planejamento financeiro e investimentos, a situação dos Correios reflete desafios estruturais recorrentes em estatais brasileiras. “A empresa vem acumulando déficits há anos, e a necessidade de empréstimos já indica que o desequilíbrio financeiro é profundo. O rombo afeta diretamente o orçamento federal, gerando contingenciamentos e pressionando outras áreas prioritárias do governo”, afirma.

De acordo com o plano de recuperação dos Correios, a reestruturação poderia reduzir o déficit já em 2026 e permitir um retorno à lucratividade em 2027. A empresa estima que serão necessários cerca de R$ 20 bilhões para sustentar medidas estratégicas e recuperar o equilíbrio financeiro, incluindo ajustes operacionais, racionalização de gastos e revisão profunda de processos internos.

O impacto da situação não se restringe aos números da estatal. Segundo o especialista, déficits elevados em empresas públicas podem comprometer a execução de políticas públicas, aumentar o endividamento do governo e criar riscos para investidores e fornecedores que mantêm contratos com a estatal, a redução da participação de mercado e a necessidade de capital de giro adicional também evidenciam a urgência em revisar a gestão e os modelos de operação dos Correios.

Segundo Paulo Bittencourt, mesmo com a implementação completa do plano de reestruturação, a retomada da lucratividade depende de disciplina fiscal e acompanhamento contínuo das medidas adotadas. “A evolução das receitas, a eficiência operacional e a capacidade de reduzir custos serão fatores determinantes para evitar que o déficit continue pressionando o orçamento federal em 2026”, conclui.

Compras com desconto cresceram 30% na Giuliana Flores

A adoção de descontos estratégicos tem se mostrado um motor relevante para o crescimento da Giuliana Flores, sem comprometer o posicionamento premium da marca. Uma pesquisa conduzida pela empresa indica que, entre março e novembro de 2025, as compras com desconto cresceram 30% em relação ao ano anterior, impulsionadas, sobretudo por datas sazonais como Dia das Mães e Dia dos Namorados. O movimento também foi reforçado pela expansão de unidades físicas e quiosques, que ampliou o efeito das promoções combinadas entre lojas e canais digitais. O resultado reflete um modelo baseado em curadoria cuidadosa de produtos para promoções, cupons exclusivos e estratégia omnichannel, que fortaleceu categorias de itens como combos, cestas especiais e arranjos de ticket intermediário, de R$ 140 a R$ 220.

No recorte por produtos, os descontos tiveram maior efeito sobre categorias já consolidadas no portfólio da empresa. Rosas vermelhas premium seguiram como o principal destaque, enquanto kits e combos, que combinam flores com chocolates, vinhos ou pelúcias, registraram forte adesão. Cestas especiais, coleções românticas e arranjos de ticket intermediário também despontaram entre os mais buscados.

Do lado dos canais, o site manteve o maior volume de conversão, mas o app apresentou o crescimento mais acelerado, impulsionado por cupons exclusivos. Já as redes sociais ganharam tração com campanhas de influenciadores, enquanto o WhatsApp mostrou forte desempenho entre consumidores acima dos 40 anos.

A pesquisa também indica que os descontos contribuíram para fortalecer a fidelização. Consumidores de 25 a 44 anos que aproveitaram cupons em datas de maior demanda, como Dia das Mães e Dia dos Namorados, registraram as maiores taxas de recompra nos meses seguintes, especialmente por meio do app e das campanhas de e-mail marketing. Outro comportamento relevante veio dos clientes que entram pela porta de combos promocionais: esse grupo, atraído por kits e cestas com bom custo-benefício, é o que mais retorna para presentear novamente.

As promoções também revelaram diferenças marcantes no perfil dos consumidores. As faixas etárias entre 25 e 34 anos, mais digitais e altamente responsivas a cupons, lideraram a adesão, seguidas pelo grupo de 35 a 44 anos, que registra tickets mais altos e forte conversão. Do ponto de vista geográfico, Sudeste e Sul concentraram a maior participação nas compras com desconto, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, enquanto o Centro-Oeste apresentou crescimento acima da média no período analisado.

O comportamento por gênero também chamou atenção. Mulheres tendem a utilizar cupons de forma planejada em datas comemorativas, distribuindo as compras ao longo das campanhas. Já os homens concentram as compras em momentos de urgência, especialmente em kits românticos e combos premium, reforçando o peso das promoções de última hora no desempenho do setor.

A combinação de perfis, hábitos e sazonalidade ajuda a explicar por que os descontos, quando aplicados de forma estratégica, continuam ampliando o alcance da marca sem acabar com sua identidade premium. Ao direcioná-los de forma inteligente e controlada, a empresa consegue atrair novos públicos, estimular a recompra e fortalecer sua presença nos canais digitais, preservando, ao mesmo tempo, o valor percebido de seus produtos.

FCamara mostra o impacto da IA na eficiência do varejo e compartilha dicas estratégicas

As vendas de fim de ano continuam a ser um termômetro da maturidade digital do varejo, revelando a distância entre empresas que evoluíram suas estratégias e aquelas que ainda enfrentam limitações estruturais e operacionais. Em um mercado cada vez mais competitivo, investir em tecnologia deixou de ser uma tendência e se tornou requisito básico para garantir desempenho, estabilidade e personalização em escala.

A inteligência artificial (IA) assumiu um papel central nesse avanço. Quando aplicada de forma estratégica, ela permite identificar intenções de compra em tempo real, ajustar preços conforme o comportamento do cliente e entregar ofertas mais relevantes. Entre as aplicações mais transformadoras estão o pricing dinâmico, as sugestões orientadas e os mecanismos de busca apoiados por modelos LLM. 

Para Alexsandro Monteiro, head de Retail da FCamara, multinacional brasileira de tecnologia e inovação, essa combinação está redefinindo a experiência do comprador. “A IA está eliminando o funil tradicional. A jornada, que era linear, virou um sistema contínuo em que cada clique, busca ou interação alimenta o próximo passo e maximiza a conversão”, afirma.

Em grandes operações do setor de consumo acompanhadas pela FCamara, os resultados já são tangíveis. Em um projeto de pricing dinâmico, por exemplo, uma varejista passou a prever elasticidade de preço, esgotamento de estoque e comportamento regional de consumo. Com poucos meses de aplicação, registrou ganho de 3,1% de margem líquida em coleções de fim de estação – o equivalente a R$ 48 milhões em um ano. Em outra operação de e-commerce, soluções de IA aceleraram em 29% o desenvolvimento da plataforma, ampliando a capacidade de resposta durante períodos de alta demanda.

Com base nessas experiências, Monteiro destaca quatro pilares que explicam por que a IA firmou-se como decisiva para incremento de eficiência e rentabilidade no mercado:

  1. Recomendação contextual e aumento do tíquete médio: modelos que interpretam a intenção em tempo real substituem os sistemas tradicionais baseados somente no histórico. A IA lê microssinais, padrões de navegação e relações entre itens, impulsionando a descoberta, expandindo a conversão e elevando o tíquete médio.
  1. Busca com LLM e compreensão semântica: motores de busca apoiados em modelos de linguagem entendem o que o público quer dizer – não apenas o que ele digita. Consultas naturais, como “sapato confortável para trabalhar o dia todo”, passam a gerar resultados mais precisos, diminuindo a fricção e aproximando o usuário da compra.
  1. Assistentes conversacionais com foco em conversão e eficiência: chatbots e copilotos orientados por IA atuam como vendedores digitais. Respondem dúvidas complexas, sugerem produtos compatíveis, oferecem tamanhos e aplicam regras comerciais, ao mesmo tempo em que reduzem custos operacionais ao aliviar o atendimento humano.
  1. A jornada contínua e invisível: a integração entre pricing dinâmico, recomendação contextual, busca inteligente e assistentes conversacionais cria um ecossistema fluido, no qual cada interação retroalimenta a próxima. O resultado é uma jornada contínua, direcionada e praticamente imperceptível ao visitante.

Para Monteiro, esses pilares mostram que a IA saiu da condição de um acelerador operacional para consolidar-se como um diferencial competitivo para o varejo.

“À medida que mais empresas amadurecem suas estruturas de dados e inteligência, surgem mais oportunidades de crescimento sustentado, ganho de eficiência e criação de experiências de compra muito mais precisas – especialmente em períodos críticos como as vendas de final de ano”, acrescenta.

“A evolução agora depende da capacidade das organizações de transformar tecnologia em decisões práticas, conectadas ao negócio e focadas em resultados reais”, conclui Monteiro.

[elfsight_cookie_consent id="1"]