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Pontaltech cria área de inovação

Não faltam oportunidades a serem exploradas no ecossistema de tecnologia e inovação. Porém, se torna complexo, em muitas empresas, ter times voltados, exclusivamente, a explorar esses caminhos, assim como tempo de qualidade para se dedicar a esta tarefa. Pensando nisso, a Pontaltech, empresa de tecnologia especializada em comunicação omnichannel, inaugurou uma área de inovação internamente visando adotar uma postura mais proativa e dinâmica sobre este tema. O departamento ficará sob responsabilidade de Carlos Feist, novo head de inovação da empresa.

Diante de um mercado em constante evolução e atualização, novas tecnologias e tendências despontam a todo o momento, o que torna difícil estabelecer estratégias de operação corporativa pautadas em uma certa previsibilidade e controle. Hoje, vivemos no mundo VUCA, pautado pela incerteza, imprevisibilidade, volátil e ambíguo, o que exige das empresas que saiam de um comportamento mais receptivo, para decisões mais proativas, de protagonismo e ambidestria nesse sentido.

Em dados da Deloitte, como prova dessa importância, a proporção de empresas que investiram em atividades de PD&I em TIC passou de 45%, em 2019, para 69% em 2022 – em um esforço crescente que vem sendo fortemente observado nos últimos anos. “A falta de uma estruturação interna para a inovação é extremamente prejudicial para qualquer negócio, elevando as chances de perderem competitividade para seus concorrentes. Precisamos construir o amanhã hoje, e essa será uma das minhas maiores missões na Pontaltech”, compartilha Feist.

Segundo o head, a ideia é que o time composto, atualmente, por seis profissionais, mantenha o foco e atenção às novas tecnologias que estão surgindo para que, na identificação de possíveis oportunidades a serem exploradas, consigam estabelecer planos estratégicos de forma ágil e veloz, a fim de validar e produtizar as ideias em tempo hábil. “Queremos nos antecipar ao que pode se tornar tendência no mercado, ‘rackeando’ o futuro do nosso segmento e buscando as melhores formas de maximizar nossa oferta de valor aos nossos clientes”, ressalta Carlos Secron, fundador da Pontaltech.

Desde a chegada do head, foi aplicado um processo profundo de Discovery com os clientes da empresa, na missão de compreender suas dores e desafios a fim de construir um radar de inovação internamente. “Os resultados nos ajudaram a enxergar o que estava certo e onde ainda poderíamos melhorar, incorporando essas expectativas em novos produtos ou serviços que atendessem essas necessidades e futuras demandas”, complementa Feist.

Neste mapeamento, os próprios times da empresa não poderiam ficar de fora. Afinal, são eles que também estão diretamente em contato com os processos internos e, dessa forma, possuem uma visão mais nítida do que pode ser aperfeiçoado. Com estas informações em mãos, agora, a nova equipe de inovação já está na etapa de validação destas ideias, estudando o mercado e buscando soluções que sanem essas metas de forma pragmática e com alto valor agregado.

Para assegurar essa missão, os planos incluem a aplicação do radar de inovação internamente a cada três meses, reports mensais de estudos de projetos, além de reuniões mensais com os membros do comitê de inovação a fim de analisarem tudo o que está sendo feito e trocarem ideias do que podem explorar perante a conquista de resultados cada vez melhores.

Vivemos em um mercado fervorosamente competitivo, onde a inovação é a peça-chave rumo ao destaque corporativo. E, nesse cenário, aquelas que souberem se antecipar às tendências do setor, certamente, se posicionarão como verdadeiras referências. “A inquietude é o que faz grandes ideias saírem do papel. Não mediremos esforços para que a Pontaltech se mantenha em constante movimento em relação a produtos e tecnologias, trazendo o que há de mais inovador para dentro e identificando, sempre, as melhores trilhas a serem seguidas”, finaliza o head.

Consultoria financeira é o diferencial para startups que buscam captar investimentos

O Brasil tem se destacado como um dos principais ecossistemas de startups na América Latina, com mais de 13 mil negócios registrados em 2021, segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups). As fintechs, healthtechs e retailtechs ganharam muita popularidade no país. Em 2020 e 2021, elas impulsionaram a liderança da nação no recebimento de venture capital, com bilhões de dólares investidos, de acordo com a Associação Latino-Americana de Private Equity & Venture Capital.

Com os investimentos a todo o vapor, não demorou muito para que o mercado de fusões e aquisições (M&A) se tornasse ativo no Brasil, com um número crescente de operações envolvendo startups. Segundo a PwC Brasil, esse setor aumentou significativamente o número de transações nos últimos anos, especialmente no setor de tecnologia. Grandes operações de M&A, como a aquisição da Linx pela StoneCo por cerca de R$ 6 bilhões em 2020, ilustram o potencial de saída para fundadores no Brasil. Conforme a presença de stakeholders estrangeiros no país o aproxima da internacionalização desse ecossistema, é preciso compreender a urgência de práticas de gestão financeira alinhadas aos padrões de investimentos.

De acordo com Natalia Baranov, especialista em M&A, Controladoria e Gestão Tributária, Planejamento e Análise Financeira, a consultoria financeira pode atuar como um divisor de águas para o sucesso de uma startup, especialmente em fases iniciais. “Muitos negócios inéditos costumam enfrentar desafios comuns, que envolvem equilibrar operações de vendas, tomar decisões sobre novos aportes e lidar com o fluxo de entradas e saídas de clientes e colaboradores. Porém, o papel do consultor é justamente ajudá-los a definir metas a longo prazo, estabelecendo um caminho claro para alcançá-las com eficiência e, sobretudo, realismo”, explica.

Além de auxiliar as corporações a sobreviverem, outra missão desse tipo de serviço é incentivá-las a prosperar de maneira sustentável. Quando um founder busca solidificar a posição da marca e atrair um capital mais significativo, o primeiro passo é encontrar o parceiro ideal para o planejamento estratégico, a gestão de recursos e o preparo para captação de recursos, com o objetivo de garantir que nada afete a saúde monetária do empreendimento.

Sem o apoio necessário, os C-Levels podem facilmente perder o valor e o controle de expectativas e limitações da startup. Com a gestão financeira, por outro lado, os consultores podem utilizar métodos para estabelecer uma base de negociação justa com investidores, além de adequar às conformidades legais exigidas para cada negócio. Por fim, orientados sobre as melhores práticas, os líderes conseguem evitar penalidades e assegurar uma operação transparente dos investimentos, com as ferramentas necessárias para que as expectativas de ambas as partes sejam atendidas.

Com mais de 20 anos de experiência no mercado, Natalia já participou de aquisições de empresas que sofreram mais de R$ 1 milhão de prejuízo pela falta de gestão, sob a liderança do antigo CEO. Portanto, ela observa que muitas startups, focadas apenas no crescimento, negligenciam a importância deste controle e descobrem pontos críticos somente após as negociações, comprometendo os resultados que poderiam ser cumpridos com a visão ampliada da consultoria e relatórios especializados, como o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), o Balanço Patrimonial e o Fluxo de Caixa.

“Startups frequentemente operam com recursos limitados. Então, uma gestão financeira eficaz assegura que cada real seja investido de maneira a maximizar o capital, priorizando gastos que realmente agregam à empresa. Outra função também envolve preparar os C-Levels para processos de due diligence, ajudando-os a apresentar as finanças de forma transparente e atraente para os stakeholders, com a avaliação de valoração da marca e a preparação de pitch decks convincentes. São esses detalhes que garantem o crescimento de uma startup que busca não só o retorno lucrativo, mas principalmente uma responsabilidade com recursos, clientes e investidores”, acrescenta Baranov.

Black Friday 2024: confira 6 boas práticas em logística reversa para o sucesso da data

A Black Friday 2024, marcada para o dia 29 de novembro, promete ser uma das maiores da história. Em 2023, a data movimentou R$ 5,2 bilhões em vendas no Brasil, com 68% dos consumidores participando das promoções, de acordo com uma pesquisa da Opinion Box. Dentre esses, 43% realizaram suas compras exclusivamente online, consolidando o e-commerce como peça central para os negócios. A expectativa para 2024 é que esse número cresça ainda mais, com consumidores planejando gastar entre R$ 600 e R$ 800, em média, de acordo com o relatório da Neotrust.

Esse aumento nas vendas traz consigo um desafio ainda maior: a logística reversa, processo de devolução e troca de mercadorias, é um ponto crítico para a satisfação do cliente no pós-venda. Em 2023, aproximadamente 7% das compras online foram devolvidas ou trocadas, segundo dados do relatório E-Shopper Barometer 2023, Jadlog. Apesar de parecer similar à logística convencional, a reversa opera com diferentes níveis de urgência, profissionais e equipamentos.

“A logística reversa não pode ser tratada como mais do mesmo”, afirma Leandro Santoro, sócio-fundador da Conecta Cargo. “Uma analogia simples é quando comparamos médicos e tratamentos. Imagine que você tenha uma dor de cabeça — precisará de um tipo de médico, um conjunto de exames e uma urgência específica. Mas, se você estiver enfrentando um ataque cardíaco, o nível de urgência, os equipamentos e os profissionais necessários serão completamente diferentes. Não se pode simplesmente chamar tudo de “médico”, embora ambos estejam na mesma categoria”, explica o especialista.

Na reversa, as diferenças são igualmente cruciais. Ela exige profissionais especializados, equipamentos diferenciados e muitas vezes níveis de urgência que a logística normal não tem. Por exemplo, quando se trata da devolução de grandes equipamentos — um foco da Conecta Cargo — é comum que seja necessário agendar a coleta, e atrasos podem gerar uma experiência ainda mais frustrante para o cliente, que já está decepcionado no momento em que pede devolução ou troca. “Além disso, o manuseio desses itens requer cuidados extras, como subir escadas e desmontar produtos. Esses desafios tornam a logística reversa um processo muito mais complexo e específico, demandando antecipação e planejamento”, completa Santoro.

Justamente pela complexidade, e quantidade, de fatores que envolvem o processo, o planejamento antecipado para uma data de grande fluxo de vendas, e consequentemente grande fluxo inverso, é imprescindível. “Deve ser levado em conta o volume de devoluções, planejamento de recursos, integração dos sistemas e processos, treinamento e capacitação das equipes, parcerias, testes, ajustes e planejamento de contingência”, detalha Leandro. 

Preparar a logística reversa com antecedência ajuda a garantir que seja possível lidar com o aumento do volume de devoluções de forma eficiente e sem comprometer a experiência do cliente, ao mesmo tempo que as oportunidades de vendas da Black Friday sejam aproveitadas ao máximo. “Uma estratégia bem planejada não só reduz custos como também fortalece a confiança do consumidor na marca”, ressalta o sócio-fundador da Conecta Cargo, que compartilha algumas boas práticas que devem ser seguidas para atingir esse objetivo:

  1. Desenvolver políticas de devolução claras e transparentes: cerca de 70% dos consumidores verificam essa política antes de concluir suas compras, segundo Pesquisa da Ebit|Nielsen. Implantar uma política de devolução que detalhe o processo, prazos e condições para os clientes. A clareza ajuda a reduzir a confusão, minimizando a frustração e melhorando a experiência do cliente, além de reduzir a probabilidade de devoluções indevidas. “Uma dica é comunicar essas políticas de forma transparente no e-commerce e também durante o processo de checkout”, exemplifica Santoro. “Oferecer várias opções de devolução, tanto online como nas lojas físicas também gera maior conveniência para os clientes”, completa.
  2. Utilizar e integrar tecnologias de rastreamento e automação: adotar sistemas automatizados que gerenciem as devoluções e estejam integrados com sistemas de ERP e CRM é muito importante, pois ajuda a rastrear e processar produtos devolvidos eficientemente, reduzindo erros e agilizando o processo. Segundo o especialista da Conecta Cargo, utilizar ferramentas de análise de dados para monitorar padrões de devolução e prever tendências “permite ajustar políticas e processos para atender melhor às necessidades dos clientes e otimizar a gestão de estoque”. 
  3. Aplicar processos de reintegração e revenda: outro passo importante é a implementação de um processo eficiente para reintegrar produtos devolvidos ao estoque. “Certifique-se de que esses produtos sejam inspecionados e reembalados rapidamente para minimizar o tempo de inatividade”, ressalta Santoro. Considerar canais secundários de venda, como lojas de outlet ou plataformas de e-commerce para produtos recondicionados, também pode gerar receita adicional e reduzir o impacto financeiro das devoluções. “Novamente enfatizo o papel das ferramentas automatizadas nessa etapa, já que agilizam o processo de reabastecimento e reintegração do produto ao estoque”, completa o especialista.
  4. Realizar monitoramento e melhoria contínua: acompanhar indicadores-chave de desempenho, chamados também de KPIs, como tempo de processamento de devoluções, custo por devolução e taxa de reintegração, fazem parte de boas práticas da logística reversa. Segundo Santoro, coletar é indicado coletar o feedback dos clientes sobre o processo de devolução e ajustar as práticas conforme necessário, assim é possível analisar os motivos das devoluções para identificar padrões e corrigi-los. Isso pode incluir desde problemas com a qualidade dos produtos até falhas no transporte ou entrega. “Com essas informações, é possível reduzir a taxa de devoluções futuras, além de aprimorar a qualidade geral dos produtos e serviços”, afirma Santoro.
  5. Implementar soluções automatizadas para o agendamento de coletas domiciliares: para evitar frustrações e aumentar a eficiência da logística reversa, o agendamento prévio das coletas domiciliares é essencial. “Isso garante que o cliente esteja preparado no momento da coleta, reduzindo a taxa de insucesso e aumentando a satisfação. Com a trimBOT, chat desenvolvido pela Conecta Cargo, conseguimos resolver divergências rapidamente e transformar visitas improdutivas em coletas efetivas”, explica o sócio-fundador da empresa. A ferramenta, integrada ao WhatsApp, permite que os clientes agendem suas coletas de forma prática e automatizada, além de oferecer atendimento direto e suporte para motoristas, minimizando falhas no processo. 
  6. Parcerias estratégicas com operadores logísticos: trabalhar com transportadoras e operadores logísticos especializados em devoluções pode acelerar o processo e garantir que o cliente tenha uma boa experiência, mesmo em caso de troca ou devolução de produto. “A prática pode transformar a experiência de devolução para o cliente. Esses parceiros possuem expertise e recursos para gerenciar devoluções de forma mais eficiente, garantindo uma experiência mais fluida e satisfatória”, conclui o especialista.

Caso X: ter um porta-voz é sinônimo de sucesso

O recente posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), reafirmado pelo ministro Flávio Dino, ao manter a suspensão da rede social X (anteriormente Twitter) no Brasil, ilumina um aspecto crucial para as empresas estrangeiras que operam ou desejam operar no país: a nomeação de representantes legais. Esta exigência, frequentemente vista como uma formalidade, é na verdade um pilar estratégico essencial para a conformidade regulatória e a proteção dos interesses empresariais.

O art. 1.134 do Código Civil, em conjunto com as instruções normativas do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (DREI), estipula que empresas estrangeiras devem passar por processos rigorosos de autorização e registro para operar no Brasil. A nomeação de um representante legal é um elemento central neste processo, atuando como intermediário em questões jurídicas e fiscais, e assumindo a responsabilidade de receber notificações e representar a empresa perante a justiça brasileira.

A importância desse “porta-voz” transcende a mera burocracia, pois trata-se de uma obrigatoriedade para assegurar o funcionamento adequado e a segurança jurídica das operações de qualquer companhia estrangeira. Sem a presença de um representante legal devidamente nomeado, as corporações ficam expostas a uma série de riscos legais e regulatórios, o que pode comprometer seriamente a reputação, tanto no mercado local, quanto no cenário global como um todo.

A recente situação da rede social X que, além de retirar a atuação no Brasil, anunciou o fechamento do escritório em resposta a ameaças judiciais, exemplifica as consequências de não se atentar a esse aspecto. O descumprimento das decisões judiciais levou a medidas preocupantes para a organização, incluindo a possibilidade de multas e prisão do responsável pelo escritório. É preciso entender que, quando se trata do universo dos negócios e operações fora do país de origem, o improvável sempre pode acontecer. 

É melhor prevenir do que remediar. Em setores altamente regulamentados, como aviação, telecomunicações e tecnologia, o governo brasileiro tem intensificado o controle e a responsabilidade das empresas. A ausência de um representante local pode resultar em interrupções bruscas no funcionamento, o que se reflete nos resultados e, por consequência, na reputação da companhia. Para aqueles que querem ser bem sucedidos em outros territórios, entender a importância de um embaixador do negócio é sinônimo de garantir a sobrevivência. 

A experiência recente da rede social X deve servir como um alerta. A conformidade com as exigências regulatórias locais e a manutenção de uma representação legal robusta são práticas essenciais para a estabilidade e continuidade da atuação no Brasil. Não se deve visualizar esse esforço como um entrave burocrático, mas uma salvaguarda indispensável para o sucesso.

Após reajuste, preço do frete por quilômetro rodado encerra agosto a R$ 6,36, aponta Edenred Repom

De acordo com o Índice de Frete Edenred Repom (IFR), o preço médio do frete por quilômetro rodado fechou o mês de agosto a R$ 6,36, com aumento de 0,47% ante julho. A variação aparece após atualização dos valores dos pisos mínimos de frete do transporte rodoviário de cargas, realizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na metade de julho. “O reajuste da tabela não impactou muito o preço médio do frete no mês fechado de julho – que variou 0,31% -, mas em agosto já vemos uma variação maior, apesar de o aumento ainda ter sido moderado, diferentemente do previsto”, destaca Vinicios Fernandes, Diretor da Edenred Repom. 

Entre os motivos para a alta no acumulado do mês está o aumento do preço médio do diesel no País, já que ele representa cerca de 40% do custo do frete. Segundo dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o tipo comum do combustível foi comercializado em agosto a um preço médio de R$6,10, após alta de 1%, enquanto o diesel S-10 foi encontrado a R$6,18, depois de aumento de 0,16% ante julho. 

Ainda, com a crise hídrica, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de grãos em 2023/24 está estimada para 298,6 milhões, um recuo de 21,2 milhões de toneladas, ou 6,6%, quando comparada ao volume do ciclo anterior (2022/23). E, a previsão do mês de agosto mostrou uma variação negativa de 0,2% em relação com a pesquisa do mês anterior, conforme a Conab, esse decréscimo se deve ao avanço ou encerramento das operações de colheita das principais culturas. “A alta no preço do frete vem sendo registrada desde maio deste ano e pode se manter nos próximos meses. A redução de grãos produzidos pode resultar em uma menor quantidade de carga a ser transportada, mudança na eficiência de veículos e rotas, que potencialmente, não irão operar em capacidade máxima e afetar a cadeia de suprimentos relacionados aos setores ligados à produção de grãos, que podem refletir no preço do frete”, conclui Fernandes.  

O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição, levantado com base nas 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom. A Edenred Repom, marca da linha de negócios de Mobilidade da Edenred Brasil, há 30 anos é especializada na gestão e pagamento de despesas para o mercado de transporte rodoviário de carga, líder no segmento de pagamento de frete e vale-pedágio com 8 milhões de transações anuais e mais de 1 milhão de caminhoneiros atendidos em todo o Brasil.

Brasil possui os colaboradores menos estressados da América Latina, aponta estudo realizado pela Betterfly

Embora o aumento nos afastamentos por problemas mentais tenha sido de 38% em 2023, segundo o Ministério da Previdência Social, um estudo realizado pela Betterfly, em parceria com a Criteria, detectou que o Brasil é o país menos estressado da América Latina. O Better Work,  que já na sua segunda edição, tem a proposta de analisar o nível de engajamento dos colaboradores na América Latina. A amostra considera mais de 3 mil mulheres e homens, dos 18 aos 65 anos, de empresas com mais de 100 colaboradores do Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru.

No Brasil, foram 805 participantes – 417 mulheres e 383 homens, sendo que 526 das gerações Z e X e 278 das X e Baby Boomers. Entre os países da América Latina, o país marcou 34% de taxa de estresse, abaixo da média de 38%, com Colômbia com 41%; México e Perú com 42%; Equador com 43%; e Chile com o nível mais alto, com 46%. 

O estudo mostrou que o Nordeste do Brasil é 38% mais estressado do que as demais regiões, seguido de Centro-Oeste (35%), Sul (34%) e Sudeste (32%). “Fizemos um recorte específico de São Paulo, que também representa 32% do nível de stress, o nível mais baixo apresentado no Sudeste. Entendemos que isso pode ocorrer por uma questão de característica econômica, já que São Paulo é um polo mais avançado no país – com empresas que aplicam flexibilidade, inclusive com modelos de trabalho que envolvem home office ou híbrido”, comenta Roberta Ferreira, Diretora Global de Brand Experience da Betterfly. 

Neste sentido, os mais jovens são os mais afetados: as gerações Y e Z representam 37%, enquanto os Baby Boomers e Geração X representam 29%. A pesquisa evidenciou que homens são mais estressados que as mulheres, com 36%. 

 Estresse é maior em empresas que não oferecem benefícios

Para a executiva, é óbvio que um bom clima organizacional desempenha um papel fundamental no aumento do engajamento dos funcionários, com respeito mútuo, comunicação aberta e uma cultura de valorização, cria uma base sólida para que os colaboradores se sintam motivados e comprometidos com suas responsabilidades. 

“Quando os colaboradores se sentem valorizados, são mais propensos a investir seu tempo e esforço no sucesso da organização. Também há influência pela oportunidade de crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional”, explica. Em complemento a isso, ela destaca que a pesquisa mostrou que o estresse é maior em empresas que não oferecem benefícios (58%). 

Transtornos mentais estão entre as três principais causas de afastamento do trabalho, conforme dados da Justiça do Trabalho. Portanto, o grande desafio do RH tornou-se não apenas atrair talentos, mas retê-los e promover engajamento. O estudo mostrou que 87% das pessoas engajadas não sofrem com estresse, o que evidencia a importância  da promoção da saúde mental e do bem-estar de seus colaboradores. 

Vale lembrar que, hoje, há o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, de acordo com a Lei 14.831, aprovada em 28 de fevereiro de 2024, que concede o reconhecimento/honraria, pelo governo federal, a empresas que adotem diretrizes, como  implementação de programas de promoção da saúde mental no ambiente de trabalho e o combate à discriminação e ao assédio em todas as suas formas.

Pessoas com um bom ambiente de trabalho relatam níveis mais baixos de estresse: 39% dos que não têm um bom ambiente de trabalho declaram estresse no trabalho, 27% desses têm um ambiente de trabalho muito bom.

Chargebacks e a relação de compra e venda no mercado brasileiro de meios de pagamento

A digitalização das transações de compra e venda está dinamizando o setor de meios de pagamento, um cenário cada vez mais desafiador, apesar de dinâmico e constante. É um panorama que pressupõe o crescimento significativo do comércio, a exemplo do e-commerce, graças às mudanças dos hábitos de consumo da sociedade e da cultura de compra e venda no Brasil.

Em 2024, circunstâncias ligadas a desafios de sobrevivência e de ampliação das operações, diante da quantidade de concorrentes e do aumento das taxas de investimento, foram experienciadas por essa categoria de mercado, com avanço tecnológico significativo, devido às inovações e tendências digitais e às possibilidades de escolha oferecidas ao consumidor quanto aos novos modelos de pagamento.

Crescimento do e-commerce brasileiro

Como um segmento à parte no mercado de meios de pagamento, o e-commerce tem suas particularidades diante das responsabilidades nas operações que efetiva e nas transações que participa, principalmente quando o assunto é cancelamento de compra e chargeback. Augustinho Mariano, Diretor da HPay Meios de Pagamentos Ltda, aponta fatores de grande evolução no e-commerce, mas uma certa preocupação com as taxas das operações online. “Hoje, os responsáveis pelas transações realizadas em negócios online devem se preocupar com custos de investimentos em compliance, tecnologia e ferramentas, para que possam mitigar cada vez mais os riscos relacionados ao cancelamento de compras; no entanto, a grande preocupação ainda é saber calibrar o custo de taxas que é cobrado do cliente final, mitigando parte da operação desses riscos. O fato é que o chargeback é inevitável em uma operação de e-commerce, desde motivos de desistência da transação, até fraudes efetivas”, afirma o executivo.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Google, em parceria com a Euromonitor, até 2025, o e-commerce brasileiro deve crescer 42%. Mariano comenta que, para que as lojas online consigam se proteger dos riscos de fraude, frente a esse crescimento, e evitar possíveis disputas pelo comprador, os adquirentes devem se incumbir de apoiar a descoberta de novas ferramentas antifraude, um investimento que precisa ser realizado pelos adquirentes e fornecido aos seus parceiros ligados diretamente com as suas plataformas, seja um gateway de pagamentos e até mesmo os estabelecimentos comerciais. “As ferramentas antifraude são muito importantes e ficam muito próximas de serem comparadas com uma transação presencial, a exemplo do 3DS. Todas as bandeiras deveriam exigir o investimento em 3DS aos adquirentes e emissores e fornecê-lo ao mercado e às plataformas de e-commerce. Esse é um crescimento inevitável, assim como a busca por mais ferramentas de proteção”, afirma o Diretor da HPay. Quanto ao 3DS, o executivo comenta sobre a importância do investimento nesse protocolo de autenticação, responsável por abranger três domínios essenciais dentro do contexto de meios de pagamento, que são adquirente, emissor, bandeiras e meios de pagamento, para facilitar, em tempo real, a troca de informações, com dados inclusos quanto à transação, ao método de pagamento e ao dispositivo usado para executar a compra.

Quem realmente paga pela contestação de uma compra?

O processo do chargeback, entre recuperação, request, compliance e pré-compliance, é antigo e trazido pela evolução das relações de compra e venda. “Quando há gente definitivamente interessada em resolver o problema do chargeback nas duas pontas, ou seja, o portador interessado em resolver a dor dele de querer cancelar sua compra e apresentar idoneidade nas ações de um lado, e a responsabilidade do emissor em questionar o adquirente, junto ao interesse do adquirente em entrar em contato com o estabelecimento comercial de outro, formará uma rede de acontecimentos idônea que possibilitará encontrar o responsável pelo custo do chargeback”, pondera Mariano.

O executivo acredita que os cinco elementos do processo de cancelamento de uma compra, que são o portador, emissor, adquirente, gateway de pagamento e o estabelecimento comercial, devem estar unidos para encontrar o responsável pelo débito do chageback, mas quando há falhas em um desses elementos, apenas o gateway de pagamento, um serviço que captura as transações com cartão de crédito para transações online, acaba por se responsabilizar, na maioria das vezes, pelo processo. “Quando há idoneidade nas ações de todos os elementos, há a possibilidade de encontrar o responsável pelo chargeback, o que dificulta quando encontramos falhas em alguma ponta, nos cinco elementos”, considera o Executivo.

Recuperação do valor disputado do cancelamento de uma compra para evitar as sobretaxas

De acordo com a ABECS, associação que representa as empresas do setor de meios eletrônicos de pagamento, os brasileiros fazem, em média, 120 milhões de pagamentos por dia. No primeiro semestre de 2024, o uso dos cartões ultrapassou o patamar de 22 bilhões de transações, o maior resultado já registrado para um semestre. São números que delimitam os riscos diários vivenciados pelas empresas, independentemente do mercado em que atuam, a exemplo das contestações de pagamento e do pedido do portador para disputar o valor gasto com a compra que deseja cancelar, delimitando que os custos desses riscos precisam ser controlados e que há um valor a ser recuperado com esse cancelamento. “Só há sobretaxa nas operações quando o nível de chargeback for muito alto. Nesse momento, as bandeiras de cartões analisam o CNPJ do principal responsável no ato da captura da transação na ponta, seja um gateway de pagamento, ou seja, um lojista direto, que tem sua operação própria de ecommerce e constata que ele passou de 0,50% de todo o seu transacional mensal entre limite de cancelamento e chargeback”, explica o executivo. “Para as bandeiras, cancelamento e chargeback são calculados como uma única ação, colocando no mesmo balde de avaliação. Muitas transações canceladas pelo estabelecimento comercial também estão inclusas no processo de chargeback excessivo, que a bandeira usa para monitorar o gateway de pagamento e o próprio estabelecimento comercial”, aponta.

Diariamente, empresas que atuam online correm riscos inúmeros, mas o fato é que esses riscos podem seguir além do cancelamento de uma compra. “O lojista precisa ter 100% de ciência do produto que ele comercializa. O número de riscos de fraude aumenta conforme o valor agregado do produto. Hoje, o adquirente já oferece a oportunidade, dentro da contestação, de apresentação de documentação para o e-commerce, uma possibilidade que o comércio não tinha até há um tempo atrás”, confessa Mariano. “Dentro do processo do chargeback, essa ação ficou muito parecida com as transações presenciais. Para que o lojista consiga mitigar os riscos, ele deve se certificar quanto aos dados do comprador e saber que é ele mesmo quem está comprando o produto, pedindo o maior número de informações possíveis, respeitando, claro, as Leis de Proteção de Dados, por exemplo. A partir do momento em que o lojista optar por conhecer seu produto e não focar apenas em ganhos financeiros, ele passa a criar camadas de dificuldades diante das ocorrências de fraudes, com materiais que comprovem para o adquirente em uma possível contestação que foi o comprador quem fez a compra em si, ao mesmo tempo em que deve manter algumas facilidades, para que ele não perca o cliente idôneo. Dessa forma, ele conseguirá mitigar ainda mais os riscos de seu comércio”, garante o Executivo.

Educação do lojista e do estabelecimento comercial: uma necessidade para a cultura brasileira de meios de pagamento

O executivo defende que é necessário ter uma cultura de educação quanto aos bons costumes que o comércio deve colocar em prática para efetivar a venda de seu produto. “Sempre comento sobre questões relacionadas à cultura de meios de pagamento. A segurança da operação no Brasil é, sem sombra de dúvida, uma das mais eficientes quando se fala em sistema financeiro e meios de pagamento, e na minha visão, uma das melhores do mundo. Quando comento sobre idoneidade, eu falo sobre colocar transações de compra e venda em prática da forma correta. O proprietário do estabelecimento comercial está preocupado com seu negócio, porque ele precisa comprar, vender e lucrar, o objetivo principal, ao mesmo tempo em que ele deve administrar o seu crescimento. É muita informação que antecede a busca por uma cultura de segurança no ato da venda. Muitas vezes, é importante que o lojista passe a confiar ainda mais no executivo de adquirência, responsável por levar o produto de meios de pagamento para ele”, afirma o Diretor da HPay, ao falar sobre a dificuldade de conhecimento de segurança em meios de pagamento, com que comerciantes Brasil afora sofrem no momento de pensar na venda de seu produto por e-commerce. “Diante dos quase 30 anos de experiência no mercado de meios de pagamento que vivenciei, vejo que mais de 90% dos estabelecimentos comerciais brasileiros, ativos há mais de um ano, não têm o hábito de fazer sua conciliação de recebimentos, porque não têm tempo para isso, pois no final do dia ele já está preocupado com o dia seguinte, em trabalhar para que o seu estabelecimento comercial cresça. Quando esses comerciantes possuem alguém para fazer a conciliação, ela acontece de forma manual. É importante que a cultura de meios de pagamento seja gerada junto ao estabelecimento comercial por quem leva o produto de meios de pagamentos até sua porta. ”, finaliza o executivo.

KSK Exceptions Chargeback como um grande gerador de cultura no tratamento digital de exceções

Ao contrário do tratamento manual dos chargebacks e cancelamentos de compra a pedido do portador do cartão, que geralmente são efetivados no Brasil, o produto KSK Exceptions Chargeback oferece ao adquirente a oportunidade de realizar esse tratamento digitalmente e de maneira facilitada. “O KSK Exceptions Chargeback é capaz de tratar de 90 a 105 casos por dia, devolvendo uma média de 75% na automação do tratamento, porque é um produto bem estruturado, assertivo, confiável e consegue controlar os chargebacks”, afirma Luciana Munhoz, especialista em Operações da Kstack, startup especializada e responsável pelo produto KSK Exceptions Chargeback, de tratamento digital do chargeback.

O produto apresenta estratégia positiva de negócios e a maximização de performance do time operacional, concedendo menor impacto em custos, por agir digitalmente, com robustez, e atender tanto as vendas físicas, como as vendas online, e ainda oferece regras automáticas e facilidades para tratar a reversão de um pagamento, mesmo diante do aumento das vendas.

LGPD: bolo, brigadeiro e algumas coisas a comemorar

Quando o assunto é proteção de dados, o Brasil ainda está dando os primeiros passos. Porém, são passos firmes e muito importantes. Se fôssemos comparar a legislação à uma criança, nos próximos dias teríamos festa, bolo e brigadeiro: dia 18 de setembro completa quatro anos da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD (Lei 13.709/2018).

Apenas quatro letras, mas que trouxeram tantos impactos – positivos, diga-se de passagem! Nos últimos anos, o tema “proteção de dados” ganhou relevância no Brasil e vem sendo discutido na mídia, no ambiente corporativo e entre a sociedade em geral. Porém, em muitos países, a segurança da informação é uma realidade presente antes mesmo de a internet se consolidar como ferramenta de trabalho e de entretenimento.

Ou seja, o pensamento brasileiro, individual e corporativo, ainda está engatinhando, enquanto o europeu já desfruta a maturidade dessa cultura. Até porque, em 1981, na Europa, nascia o Tratado Internacional de Proteção de Dados, documento que mais tarde se tornou base para outros regulamentos.

Já são quatro anos da vigência da LGPD no Brasil e uma parcela das empresas foram atrás das ferramentas necessárias para se adequar à lei e evitar passivos e problemas quando o assunto é proteção de dados. Antes disso, no entanto, a grande maioria ignorava o assunto e não tinha políticas estabelecidas que proporcionassem um nível aceitável de segurança às informações pessoais.

No entanto, mesmo depois de tanto debate e tantos episódios negativos, ainda existe um número significativo de corporações que não implementou nenhuma medida técnica e administrativa, como a política de segurança para adequar-se à LGPD. Optou por correr riscos, negligenciando sua base de dados e sua carteira de clientes. Um levantamento do Grupo Daryus mostrou que 80% das empresas brasileiras ainda não estão completamente adequadas à LGPD – 35% afirmaram estar parcialmente adequadas e 24% em fase inicial de adequação.

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), autarquia responsável por regulamentar, fiscalizar e aplicar as disposições previstas na legislação relacionada à proteção de dados pessoais, está ativa e atenta às arbitrariedades cometidas contra os titulares dos dados. Ao contrário do que se pensava até pouco tempo, a internet não é uma terra sem lei.

Em muitos casos, o que impulsiona as organizações a estabelecerem uma estrutura de proteção de dados é o receio das penalidades e sanções previstas na LGPD, bem como para cumprir as exigências contratuais. Porém, o que deveria impulsionar as empresas é o compromisso com a segurança de seus clientes e colaboradores, não apenas a legislação. Além disso, as informações são extremamente valiosas para as empresas. É por meio delas que são conhecidos os hábitos e a forma de consumo de seus clientes, possibilitando antecipar ofertas de serviços e produtos ou mesmo corrigir estratégias.

Enquanto as pessoas começam a compreender que a proteção de seus dados pessoais é um direito previsto em lei, os criminosos aproveitam as vulnerabilidades das empresas e sistemas para roubar essas informações, uma vez que os dados valem muito dinheiro no mercado clandestino. Uma pesquisa da Cybersecurity Venture apontou que os crimes cibernéticos devem causar prejuízos estimados em cerca de US$ 10,5 trilhões, anualmente, até 2025.

Importação da China: Produtos em Alta para Revenda no Brasil

A China mantém sua posição como principal parceiro comercial do Brasil desde 2009, sendo o maior exportador e importador para o país. Em 2023, o Brasil importou mais de US$ 53 bilhões em produtos chineses, representando cerca de 22,1% de todas as importações realizadas no território nacional. Dados fornecidos pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) reforçam essa tendência. Mas, afinal, quais são os produtos mais promissores para importar da China e revender no Brasil?

Rogério Marin, especialista em comércio exterior, diretor da empresa Tek Trade e presidente do Sindicato das Empresas de Comércio Exterior de SC, destaca que há uma crescente demanda por produtos de informática, drones, tecnologias, brinquedos e artigos para pets. No entanto, ele alerta que essa pode ser uma oportunidade lucrativa apenas se o empresário tiver um profundo conhecimento do setor em que está investindo.

Tecnologia e Informática

A China é líder global na produção de tecnologia e eletrônicos, consolidando esses itens como alguns dos mais promissores para importação em 2024. Produtos como acessórios para computadores, drones e dispositivos de realidade virtual estão entre os mais procurados. A constante inovação e o aprimoramento na qualidade dos eletrônicos chineses, aliados aos preços competitivos, proporcionam uma margem de lucro atraente para os importadores.

Brinquedos e Jogos

O mercado de brinquedos e jogos também apresenta oportunidades lucrativas. A China é um grande produtor desses itens, que vão desde brinquedos inovadores e educativos até jogos de tabuleiro e brinquedos de controle remoto. Ao importar esses produtos, é essencial cumprir rigorosamente as normas de segurança e regulamentações. A Tek Trade, por exemplo, opera em conformidade com as diretrizes do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro).

Artigos para Pets

O mercado pet tem mostrado um crescimento constante ao longo dos anos, com uma expansão de cerca de 316% nos últimos seis anos, conforme o Instituto Pet Brasil (IPB). Com a crescente demanda, a venda de artigos para pets representa uma excelente oportunidade, seja no atacado ou no varejo. Nesse contexto, a importação pode se tornar uma grande aliada para impulsionar o negócio.

“A importação da China é uma excelente alternativa para suprir a demanda por produtos que não são produzidos em alta escala no Brasil ou para trazer inovações que ainda não estão disponíveis no mercado nacional. No entanto, é importante ressaltar que isso jamais substituirá o produto nacional. O item de importação pode se tornar um ótimo negócio, desde que o empresário tenha um conhecimento profundo do segmento. Não é possível gerar lucratividade em algo que você não domine. Além disso, é fundamental contar com o acompanhamento de uma empresa especializada em comércio exterior, que cuidará de todo o processo de maneira eficiente e segura”, destaca Rogério Marin.

Com IA AWS, Nextios desenvolve Professor Digital para unidade de negócios educacionais da Positivo Tecnologia

A Nextios, empresa da LWSA, desenvolveu um Professor Digital baseado em IA AWS para o Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação, área de negócios da Positivo Tecnologia. A solução foi apresentada durante a Bett Educar 2024, evento de inovação e tecnologia para a educação, realizado em abril deste ano. O Professor Digital utiliza uma arquitetura baseada em serviços da AWS como Amazon Bedrock, AWS Lambda e Amazon Transcribe. 

O Professor Digital oferece respostas rápidas e eficazes, aprimorando a experiência dos usuários. Além de resumo de aulas e elaboração de provas, a solução tem a capacidade de gerar conteúdo automaticamente. O objetivo é disponibilizar o Professor Digital amplamente para escolas, melhorando a gestão educacional e a experiência de aprendizado.

Experimentando a IA como ferramenta educacional

Além do seu portfólio de produtos que vai desde computadores, smartphones a maquininhas de pagamento, a Positivo Tecnologia tem uma área de negócios focada em desenvolver soluções para educação, como o Hub Educacional. Entre as soluções presentes no Hub, a plataforma Aprimora ganhou no ano passado um assistente de inteligência artificial generativa – a Maria – para ajudar os alunos a compreenderem questões específicas e respondê-las.

Segundo Christiano Grillo Justus, head de Engenharia e Arquitetura do Educacional, a partir daí, em 2023, foram iniciadas as conversas com a Nextios, parceira da AWS, para o uso da IA generativa, chegando ao projeto do Professor Digital, solução integrada ao Hub Educacional. 

O primeiro conceito foi construído no Amazon Bedrock com conteúdo da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e diversos materiais de ensino.  “Nessa etapa, ela aprendeu com esses materiais e, pela idade do usuário, presumia o que ele deveria saber oferecendo informações no tom de voz das escolas associadas ao sistema”, explica Justus.

De acordo com Carlos Alberto Marangon, líder técnico e embaixador AWS na Nextios, as conversas com a AWS levaram ao desenvolvimento de um novo modelo de arquitetura, até então não utilizado. “Surgiu a ideia de usar os Agents do Amazon Bedrock somente na etapa final, para trazer as respostas da base de conhecimento, ao invés de desenvolver toda a solução dentro do serviço”, explica. 

Os times criaram uma arquitetura baseada em serviços como o AWS Step FunctionsAWS LambdaAmazon OpenSearch ServiceAmazon EventBridgeAmazon TranscribeAmazon CloudFrontApplication Load BalancerAWS Certificate Manager e Amazon Simple Storage Service (Amazon S3). Já no Amazon Bedrock, há a utilização do Anthropic Claude-3, Knowledge Bases e AI Agents.

Para Gabriel Leite da Silva, Partner Solutions Architect da AWS, a estratégia de implementação – isolada em tarefas específicas – permitiu o equilíbrio entre informações genéricas, que não deveriam ser utilizadas; e muito específicas, que tornariam a solução similar a chatbots. 

O especialista ressalta o uso de uma técnica chamada prompt chain, que mescla soluções de low code com o envelope de código que permite que a resposta final para o usuário seja feita através de stream, o que permite combinar gestão de fluxo de negócio com respostas muito rápidas do Amazon Bedrock. 

“Essa combinação de serviços é uma quebra de paradigma. Optamos por uma arquitetura serverless e ferramentas AWS que fornecem essa parte de low code, permitindo não apenas entregar rápido, mas dando à Positivo Tecnologia a oportunidade de experimentar diferentes cenários”, afirma. 

“Ela não está somente focada em uma base de conhecimento, podendo chamar uma API sistêmica, entender sua saída e realizar um processamento sistêmico sem a necessidade de código para construir essas chamadas”, afirma, ressaltando ainda a possibilidade de integração com workloads transacionais e analíticos, com baixo uso de código. 

Atendendo demandas e realizando tarefas 

Marangon, da Nextios, reforça que a arquitetura, como foi desenhada, permite atender à demanda e realizar tarefas de diferentes níveis de usuários, com acesso a conteúdos específicos para professores, alunos e gestores. 

O uso do Amazon Transcribe, por exemplo, permite que aulas gravadas sejam salvas e transformadas em resumos pelo Amazon Bedrock que posteriormente poderão ser consultados pelos alunos. “A aula gravada se torna um conteúdo pesquisável pelo aluno”, explica, lembrando que a solução, com esses componentes, viabilizou coisas que não eram visíveis e trouxe uma performance que não era possível antes. 

Justus afirma que a primeira prova de conceito foi desenvolvida em dois meses. Constatado o funcionamento, uma segunda versão foi preparada em 15 dias, permitindo que o Professor Digital fosse apresentado na Bett Educar 2024. Nessa fase, foi incluída a integração com as soluções desenvolvidas por edtechs e oferecidas no Hub Educacional. Dessa forma, quando consultada, a solução indica que materiais podem ser utilizados dentro das soluções existentes no Hub.

“Para apresentar o Professor Digital, criamos um vídeo de uma aula, mostrando que ele pode compreender um vídeo, permitir aos alunos fazerem perguntas e aos professores criarem um plano de estudo mais eficiente com base naquela aula, específico para determinados alunos. Além disso, o aluno poderia fazer perguntas sobre o material e tirar dúvidas sobre a explicação, também com base no conhecimento acumulado pela IA”, explica.

Justus compara uma das funções do Professor Digital com a de um professor assistente. “No futuro, o diretor de uma escola que quiser saber como estão suas turmas, poderá visualizar estas informações e receber sugestões de gestão. É um assistente de ações, feedbacks, dados e material. É para lá que estamos indo”, diz.

O próximo passo, segundo Justus, é apresentar a solução ao time de negócios. O objetivo desse processo é definir o caminho para a entrega do maior valor em menor tempo, levando a solução para escolas que possam testá-las de fato. 

André Amorim, diretor geral da Nextios, reforça que “Este projeto representa o primeiro passo de muitos que estamos dando na construção de soluções com Inteligência Artificial Generativa. O Professor Digital não é apenas um projeto, é um reflexo do nosso compromisso em continuar na vanguarda da tecnologia e de criar soluções usando o que há de mais moderno para os nossos clientes”, afirma. 

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