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US$ 642 milhões: Airbnb é usado para Auto Quitação de Imóveis

O lucro líquido de US$ 642 milhões e a alta de 13% na receita da Airbnb no segundo trimestre de 2025, mesmo em um cenário global de juros altos e instabilidade geopolítica, consolidam uma tendência já percebida por quem acompanha o setor: o mercado de locação por temporada segue forte e resiliente. Só em 2024, o Brasil movimentou cerca de R$ 14,5 bilhões em hospedagens de curto prazo, segundo dados do setor, com alta anual média de 12,3% na procura por imóveis via plataformas como Airbnb. Esse desempenho, aliado à valorização de até 27% ao ano em regiões estratégicas, como São Paulo, Balneário Camboriú e João Pessoa, reforça o potencial do modelo de auto quitação, em que a receita gerada pelo aluguel de temporada é usada para pagar parcelas de imóveis adquiridos com crédito estruturado.

O crescimento do mercado de aluguel por temporada tem atraído atenção de empresas do setor imobiliário e investidores institucionais que já reconhecem o potencial dessa modalidade. Muitas dessas empresas estão cada vez mais atentas ao modelo que combina alta rentabilidade e geração de caixa, transformando o aluguel em uma ferramenta de autofinanciamento. Nesse contexto, a Referência Capital se destaca ao estruturar operações que viabilizam a compra de imóveis no Brasil, com foco em rentabilidade e proteção patrimonial para brasileiros de alta renda que vivem no exterior. “Esses números do Airbnb reforçam a tendência crescente que observamos no mercado. Com imóveis bem localizados, boa curadoria e gestão eficiente, é possível gerar uma receita recorrente capaz de quitar o patrimônio, sem depender de capital próprio mensalmente”, afirma Pedro Ros, CEO da empresa.

A demanda por esse tipo de solução vem crescendo. Somente em2024 a procura por aluguel de residências por temporada aumentou 43% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior, superando o crescimento de 13,5% do aluguel residencial tradicional. O aluguel por temporada se mostra uma alternativa mais rentável e estratégica. O modelo de auto quitação, além de viável financeiramente, permite uma gestão eficiente do risco patrimonial. O retorno mensal pode variar entre 0,8% e 1,4%, superando com folga os aluguéis tradicionais, que giram em torno de 0,4% ao mês. Quando combinados à valorização dos imóveis, que pode chegar a 12% ao ano, o retorno total do investimento ultrapassa os 20% anuais, tornando-se uma das alternativas mais atrativas do mercado imobiliário atual. Para o CEO, o bom desempenho do Airbnb serve como um sinal claro para investidores: “Mesmo com juros altos e volatilidade nos mercados, o aluguel por temporada segue crescendo, porque responde diretamente ao novo comportamento do consumidor. Isso gera oportunidade real, especialmente para quem está fora do país e quer rentabilizar capital com ativos sólidos no Brasil”.

Stripe passa a oferecer Pix no Brasil em parceria com o EBANX

EBANX, empresa global de tecnologia especializada em serviços de pagamento para mercados emergentes, ampliou a parceria de quatro anos com a Stripe, empresa de serviços financeiros programáveis, para expandir a oferta de métodos de pagamento no Brasil. As empresas que usam a Stripe para processar pagamentos internacionais podem agora aceitar pagamentos de clientes brasileiros via Pix e processar as transações em Real, com liquidação disponível na moeda local delas.

“Nossa parceria com o EBANX é importante para ampliar o alcance dos usuários da Stripe no Brasil, o maior mercado da América Latina. No comércio global atual, oferecer as opções de pagamento mais eficazes muitas vezes é tão importante quanto o que está sendo vendido. Os clientes preferem métodos de pagamento que conhecem e confiam, o que impacta diretamente os resultados financeiros. Nossa pesquisa mostrou que empresas que utilizam a Stripe e oferecem pelo menos um método de pagamento relevante além dos cartões aumentaram a receita em 12% e melhoraram a conversão em 7% em média”, afirmou Krishnan Rajagopalan, diretor global de Expansão, Estratégia e Parcerias de Incubação da Stripe.

Uma análise do EBANX baseada em dados da instituição de pesquisa Payments and Commerce Market Intelligence (PCMI), do Banco Mundial e do Banco Central do Brasil, revelou conclusões semelhantes: ao oferecer métodos de pagamento locais em transações internacionais, empresas globais de e-commerce conseguem alcançar duas vezes mais consumidores no Brasil do que exclusivamente com adquirentes internacionais. Dados internos do EBANX também mostram que empresas globais que passaram a aceitar Pix tiveram um aumento de 16% na receita e crescimento de 25% no número de consumidores em apenas seis meses.

“Trabalhar com a Stripe para oferecer Pix foi o caminho natural. São 60 milhões de pessoas no Brasil que não possuem cartão de crédito. Enquanto isso, 93% dos adultos brasileiros usam Pix e, até o final deste ano, a utilização desse método deve superar os cartões de crédito nas compras online, segundo projeções da PCMI publicadas no estudo do EBANX Beyond Borders 2025. Em suma, nossa parceria com a Stripe fortalece a participação dos consumidores e empresas brasileiras na economia global”, afirmou João Del Valle, CEO e Cofundador do EBANX.

Tanto as empresas integradas diretamente com a Stripe quanto aquelas que utilizam plataformas globais de gestão de e-commerce que operam com a infraestrutura da Stripe agora podem oferecer Pix para transações internacionais.

As empresas B2B (business-to-business), que vendem para outras empresas, também se beneficiam ao realizar transações via Pix. O sistema oferece segurança e facilita pagamentos de alto valor. Segundo o estudo Beyond Borders 2025, o Pix já representa 51% do valor das vendas online entre empresas, mais que o dobro das transações de e-commerce para consumidores, que correspondem a 20%. O Boleto Bancário ocupa a segunda posição, respondendo por 25% do valor das transações B2B online no Brasil.

ÚLTIMOS DIAS. Programa gratuito que busca transformar pesquisas em negócios inovadores está com inscrições abertas até 13 de agosto

Encerram nesta quarta-feira, 13 de agosto, as inscrições para a quarta edição do Programa Hangar, iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS (Propesq), em parceria com o Tecnopuc. O programa vai selecionar ideias de projetos, conduzidas por mestrandos e doutorandos dos Programas de Pós-Graduação de instituições de Ensino Superior, e conectá-las ao ecossistema de inovação da PUCRS, buscando explorar oportunidades de negócios a partir da pesquisa. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site do programa.   

A iniciativa visa despertar o olhar empreendedor de mestrandos e doutorandos, oportunizando o contato semanal, durante três meses, com palestras e workshops com profissionais do mercado, networking com empreendedores, atividades práticas e mentorias com acompanhamento individual para cada projeto.  

O programa está dividido em trilhas para auxiliar o pesquisador na trajetória de exploração da oportunidade de negócio da sua pesquisa. As trilhas de desenvolvimento empreendedor são oferecidas como etapas necessárias do programa, consistindo em diferentes métodos utilizados para a compreensão e integração do projeto de pesquisa no contexto da inovação mercadológica. 

O programa terá atividades presenciais e online, com certificado para quem participar de 75% das atividades e apresentar o pitch final. Entre os conteúdos que serão trabalhados no programa estão: Ecossistema de Inovação, Propriedade Intelectual, Acesso à Capital e Modelo de Negócios. 

Para participar da seleção para o Hangar, o participante deverá fazer uma breve descrição da sua ideia de projeto, explicar seu objetivo e avaliar qual seu potencial de aplicação no mercado.  

Premiação  

O mestrando e o doutorando que obtiverem a maior pontuação na apresentação final de seus projetos ganharão inscrição e passagens para participação em evento de empreendedorismo e inovação, participação em programa de desenvolvimento de startups do Tecnopuc e um espaço coworking do Tecnopuc. 

Serviço 

O quê: inscrições no Programa Hangar 2025 

Até quando: 13 de agosto 

Onde se inscrever: site do programa

Poliglota e fluente em gírias: chatbot para delivery aumenta em 76% as vendas do foodservice

A Natural Bot, startup brasileira especializada em inteligência artificial para o setor de foodservice, está revolucionando o atendimento de deliveries com o CoPiloto, um assistente de vendas baseado em IA Generativa que automatiza pedidos, interações e pagamentos via WhatsApp.

Diferentemente dos chatbots tradicionais, o CoPiloto compreende textos, áudios, gírias regionais, abreviações e idiomas estrangeiros tão variados quanto o polonês, por exemplo. “Se alguém pede uma ‘breja’, ele entende como ‘cerveja’ e prossegue com o atendimento”, exemplifica Rafael Coffani, fundador e CEO da Natural Bot.

Dessa forma, o CoPiloto reduz filas virtuais, otimiza o atendimento e torna a jornada de compra mais acessível e fluida. Para o consumidor, isso significa menos espera e mais praticidade. Para os restaurantes, mais vendas com previsibilidade financeira e eficiência operacional, uma vez que a tecnologia também processa pagamentos e emite automaticamente a ordem de serviço.

Com mais de R$2 milhões investidos, a solução já tem mostrado resultados expressivos: os restaurantes que utilizam o CoPiloto registram aumento de até 76% na taxa de conversão, em comparação a sistemas de atendimento convencionais. Segundo Coffani, o CoPiloto resolve um dos maiores gargalos do delivery via WhatsApp: a limitação do atendimento humano. “Sem automação, é difícil manter um padrão de qualidade, escalar vendas e oferecer uma experiência ágil. Mudamos esse cenário com um atendimento humanizado e eficiente”, afirma.

Os aplicativos de delivery dominaram o setor de foodservice nos últimos anos, mas a dependência dessas plataformas vem gerando insatisfação entre empreendedores e donos de restaurantes. As taxas de intermediação, que podem ultrapassar 30% por pedido, somadas à perda de controle sobre a base de clientes têm levado restaurantes a repensar suas estratégias de venda. Nesse cenário, o uso do WhatsApp com inteligência artificial como canal direto e automatizado de atendimento e vendas ganha força.

“Estamos oferecendo uma nova experiência de compra para os consumidores e uma solução escalável para os restaurantes. Nosso foco é impulsionar negócios de forma sustentável. O CoPiloto tem tudo para se tornar o novo padrão no delivery brasileiro”, conclui Coffani.

A meta da Natural Bot é alcançar 1.700 contas ativas até o final de 2025 e ultrapassar 15 mil até o fim de 2026, consolidando a IA conversacional como novo padrão de atendimento e vendas no foodservice.

Como as empresas estão se preparando para combater fraudes e proteger consumidores na Black Friday?

Em 2025, o e-commerce brasileiro deve bater mais um recorde. Mas o que vem junto com essa avalanche de pedidos e cliques também preocupa. Estamos falando sobre o aumento das fraudes digitais.

A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta um faturamento de R$ 224,7 bilhões para o setor este ano, 10% a mais do que em 2024. Serão cerca de 435 milhões de pedidos e 94 milhões de consumidores navegando, comprando e (às vezes) se arriscando nas vitrines virtuais. Tudo isso em um mercado que já cresce ininterruptamente há oito anos.

Datas como Cyber Monday, Dia dos Pais, Natal e até períodos de liquidação contínua exigem, mais do que nunca, plataformas preparadas e seguras. As chamadas “temporadas quentes” do varejo tornam a reta final do ano não só um esquenta estratégico para promoções, como também para tentativas de fraude.

A Black Friday está marcada: 28 de novembro. E se, por um lado, as promoções movimentam a economia digital, por outro, também escancaram as portas para golpistas. Mas o crescimento vem com um custo. E não é só financeiro.

A edição de 2024 já deu sinais do que esperar. Segundo a ConfiNeotrust e a ClearSale, só até o meio-dia do sábado seguinte à Black Friday foram registradas 17,8 mil tentativas de fraude. Valor estimado das tentativas barradas? R$ 27,6 milhões. O ticket médio dos golpes impressiona: R$ 1.550,66, mais que o triplo do valor médio de uma compra legítima.

E os alvos preferidos? Games, informática e instrumentos musicais.

Mesmo com uma queda de 22% no valor total das fraudes em relação ao ano anterior, os especialistas são categóricos: os criminosos digitais continuam ativos, e mais sofisticados.

Enquanto isso, o PIX dispara. Na última Black Friday, as transações com o sistema instantâneo saltaram 120,7% em um único dia. Foram movimentados R$ 130 bilhões, segundo o Banco Central. Um feito histórico. Mas que também preocupa.

Mais velocidade, mais acessos, mais instantaneidade, mais vulnerabilidades. E nem todas as plataformas estão preparadas para isso. Lentidão, instabilidade e brechas de segurança viram a porta de entrada perfeita para quem está do outro lado, fraudadores atentos e oportunistas.

Essas falhas afetam diretamente a experiência do usuário e a reputação das marcas. Um estudo da PwC revela que 55% dos consumidores evitariam comprar de uma empresa após uma experiência negativa, e 8% desistiriam de uma compra após um único incidente desfavorável.

“Segurança digital não é uma etapa final. É um processo contínuo que começa antes da primeira linha de código”, resume Wagner Elias, CEO da Conviso, especialista em segurança de aplicações (AppSec).

Para proteger os softwares de e-commerce, o setor de segurança de aplicações (AppSec) — que deve movimentar US$ 25 bilhões até 2029, segundo a Mordor Intelligence — trabalha para encontrar vulnerabilidades antes que elas virem problemas reais.

O objetivo da AppSec é mapear brechas de segurança antes que elas sejam exploradas por invasores. Elias compara com a construção de uma casa: “É como construir uma casa já pensando nos pontos de acesso: você não espera que alguém tente invadir para depois instalar fechaduras ou câmeras. A ideia é antever os riscos e fortalecer as defesas desde o início”, explica Elias.

E o CEO alerta que o ideal seria as empresas revisarem constantemente suas plataformas para identificar e corrigir possíveis brechas de segurança, criando uma cultura contínua de proteção. “O fundamental é oferecer uma garantia real tanto para o produto quanto para o consumidor, fortalecendo a confiança na plataforma e em todo o processo de compra. E isso só é possível com um preparo que começa meses antes da data”. 

Uma das soluções que podem apoiar os e-commerces nesse processo é o Site Blindado, agora parte da Conviso, empresa de segurança de aplicações e referência em AppSec. O selo de confiança atua em diferentes níveis, atendendo desde lojas virtuais que precisam de proteção básica até aquelas que demandam maior prova de autenticidade, ou mesmo certificações mais rigorosas, como a PCI-DSS, exigida para quem lida com dados de cartão de crédito.

Quem leva segurança a sério colhe resultados. A Visa, por exemplo, bloqueou 270% mais fraudes em 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso só foi possível graças a um investimento robusto: mais de US$ 11 bilhões em tecnologia e segurança nos últimos cinco anos.

A chave? Inteligência artificial, machine learning e análise de comportamento em tempo real. Tudo em milissegundos. Sem atrapalhar o consumidor de verdade, que quer apenas garantir o desconto no checkout.

Prevenção começa na base. Mas como se proteger? As recomendações são claras e envolvem tanto empresas quanto consumidores”, reforça o CEO da Conviso.

Dicas para as empresas:

  • Inclua segurança já na fase de desenvolvimento dos sistemas;
  • Faça testes de penetração (pentests) com frequência;
  • Integre ferramentas de proteção ao seu DevOps sem perder agilidade;
  • Treine times de tecnologia com foco em boas práticas de segurança;
  • Crie uma cultura onde segurança é rotina, e não exceção.

E para o consumidor que vai às compras digitais:

  • Fuja de promoções boas demais para serem verdade;
  • Verifique se o site é confiável (https, selos de segurança, CNPJ, etc.);
  • Dê preferência a plataformas e apps já conhecidos;
  • Evite links recebidos por e-mail ou redes sociais — principalmente de desconhecidos;
  • Ative a autenticação em dois fatores sempre que possível.

“Enquanto o consumidor precisa aprender a reconhecer sinais de risco, as empresas têm o dever de oferecer ambientes blindados. É a combinação dos dois que sustenta a confiança nas plataformas e mantém o mercado saudável”, conclui Elias.

A era dos falsos positivos: quando a prevenção de fraudes atrapalha as vendas legítimas

Imagine tentar comprar um celular novo, uma passagem internacional ou um presente especial — e ter sua transação sinalizada como suspeita e bloqueada por um sistema de prevenção a fraudes, sem qualquer explicação plausível. Esse é o lado negativo das compras online. Embora esses sistemas tenham sido projetados para proteger contra fraudes e garantir uma experiência de compra satisfatória, eles também podem causar frustração e prejuízos.

Com o aumento exponencial da coleta e do compartilhamento de dados, a rápida digitalização dos sistemas e táticas de fraude cada vez mais sofisticadas, o mercado endureceu suas defesas. Mas esse movimento criou um paradoxo: tentar proteger demais está saindo caro — não apenas em receita, mas também em reputação. É o que chamamos de falsos positivos, quando uma transação legítima é identificada erroneamente como fraudulenta.

O custo oculto do excesso de segurança

Fraudadores modernos operam como empresas: são rápidos, organizados e alimentados por grandes volumes de dados. Técnicas como o “phishing como serviço” simulam identidades a partir de informações vazadas e exploram brechas comportamentais nos sistemas. Eles não seguem mais padrões óbvios, tornando modelos tradicionais obsoletos e forçando as empresas a buscar camadas de segurança mais robustas.

Enquanto os fraudadores inovam, muitos serviços financeiros e empresas de varejo ainda dependem de regras fixas para reagir. É um modelo rígido e ineficaz — a experiência de compra é comprometida, as taxas de conversão despencam e a fidelidade do cliente é perdida.

E o impacto vai além: 32% dos consumidores que passam por um falso positivo abandonam o lojista para sempre. Uma única falha no sistema antifraude pode significar a perda definitiva de receita e de reputação. Segundo a Javelin Strategy & Research, esses erros já custam aos varejistas dos Estados Unidos US$ 118 bilhões por ano — 13 vezes mais do que as perdas reais com fraudes. A conta não fecha.

A importância da inteligência em tempo real e da análise comportamental

Para lidar com esse cenário, a nova era da prevenção exige inteligência, e não rigidez excessiva. Isso significa usar uma combinação de inteligência artificial (IA), dados em tempo real e análise comportamental para tomar decisões precisas sem comprometer a experiência do usuário.

Com algoritmos que aprendem continuamente, é possível entender padrões individuais: localização, horário, dispositivo, histórico de compras e método de pagamento. O comportamento fala mais alto do que qualquer regra pré-programada.

Não se trata apenas de dizer “sim” ou “não”, mas de interpretar o contexto. Um mesmo cliente pode comprar algo em São Paulo pela manhã e no Rio de Janeiro à noite. Ele pode trocar de celular, mudar de navegador ou atualizar o sistema operacional do dispositivo. O sistema antifraude precisa entender isso — e não bloquear a transação.

Aplicando técnicas de machine learning, as empresas conseguem criar modelos que aprendem com os dados históricos e reduzem os falsos positivos ao longo do tempo. O objetivo é entender o que é normal para cada usuário e identificar desvios — sem depender apenas de regras pré-definidas. Um estudo do MIT com dados de um banco europeu mostrou que essa estratégia reduziu os falsos positivos em 54%, gerando uma economia equivalente a US$ 220 mil.

O futuro da autenticação invisível

A combinação de IA e perfis de usuário para oferecer recomendações mais precisas — aliada ao uso de dados para equilibrar segurança e conversão — abre portas para novas tecnologias. Uma delas é o identificador vetorial: uma solução capaz de detectar fraudes mesmo quando a tentativa parte de dispositivos com cookies limpos ou em modo anônimo. Mas usuários legítimos também podem agir dessa forma.

E quando tanto fraudadores quanto bons usuários se escondem atrás da mesma máscara, como diferenciá-los? Ao combinar dados vetoriais com a “impressão digital” do dispositivo, o sistema consegue entender o comportamento típico daquele usuário e detectar melhor as anomalias. Isso aumenta consideravelmente a precisão, evitando bloqueios desnecessários sem comprometer a segurança.

Nesse modelo, pequenas variações são tratadas com inteligência contextual — usada para detectar anomalias com base no padrão esperado do usuário. Mudanças sutis (como uma atualização de software) não disparam alertas, mas alterações significativas (como troca de sistema operacional ou mudança de geolocalização) podem ser sinalizadas se estiverem fora do comportamento usual. Essa é a nova fronteira da segurança: atuar nos bastidores, sem atrito. O melhor sistema antifraude é aquele que o cliente nem percebe.

Segurança que impulsiona as vendas, e não o contrário

As empresas tendem a acreditar que é melhor recusar algumas transações legítimas, mesmo que isso reduza um pouco as taxas de conversão, do que sofrer as consequências de uma fraude. Mas elas não precisam adotar essa postura se tiverem as ferramentas certas.

Por isso, adotar uma solução de prevenção a fraudes que equilibre segurança e conveniência é uma real necessidade de mercado. Segurança e experiência do usuário não precisam ser forças opostas — elas devem andar juntas. Para isso, o segredo está na precisão, não na rigidez.

A era dos falsos positivos exige que as empresas invistam em tecnologias inteligentes, como IA, análise comportamental e ferramentas avançadas de detecção de fraudes. Essas inovações reduzem perdas sem sacrificar vendas legítimas — e, o mais importante, sem afastar os clientes.

Segurança e experiência do cliente não são opostos — quando bem feitas, andam de mãos dadas. Oferecer proteção é obrigatório. Mas fazer isso sem comprometer a experiência é o que realmente faz a diferença no mercado cada vez mais competitivo de hoje.

Por Thiago Bertacchini, Head de Vendas da Nethon

Startups brasileiras automatizam o hábito de poupar e ampliam acesso à educação financeira

No país mais endividado da América Latina, onde 67% da população não possui nenhuma reserva financeira para lidar com imprevistos, segundo levantamento da Fiduc, startups brasileiras começam a transformar a relação do consumidor com o dinheiro. Uma das iniciativas que vem ganhando destaque é a SmartSave, fintech acelerada pela Start Growth que automatiza a criação de reservas de emergência a partir do arredondamento de valores em transações cotidianas.

A proposta é simples, a cada compra feita por cartão de crédito, um valor previamente configurado pelo usuário é automaticamente investido em uma espécie de cofrinho digital. “A gente sabe que poupar é difícil, especialmente em um país onde mais da metade da população lida com renda apertada. A SmartSave resolve isso ao eliminar a necessidade de esforço consciente para economizar”, afirma Marilucia Silva Pertile, CEO, cofundadora da Start Growth e mentora de startups.

Com mais de mil pessoas acessando à plataforma, a startup surge como resposta prática a um problema estrutural. Dados do Datafolha reforçam o cenário preocupante: sete em cada dez brasileiros não têm qualquer quantia reservada para emergências. Nesse contexto, soluções automatizadas ganham relevância ao democratizar o acesso ao investimento,  sem exigir conhecimento técnico ou grandes quantias iniciais.

A metodologia se baseia no conceito de microeconomia digital. “É uma forma de fazer o dinheiro trabalhar a favor do usuário sem que ele precise mudar radicalmente seus hábitos”, explica Marilucia. A fintech já captou mais de R$1 milhão em aportes e integra o portfólio da Start Growth, que desde 2014 atua como venture capital e aceleradora de negócios inovadores.

Para a fundadora da Start Growth, o impacto de soluções como essa ultrapassa o campo individual. “Criar acesso à reserva financeira não é só uma questão de disciplina pessoal, mas de justiça econômica. Quanto mais brasileiros tiverem autonomia para enfrentar imprevistos, mais fortalecido será o ecossistema de consumo, crédito e empreendedorismo”, avalia.

Com o app já em funcionamento, a SmartSave fornece integrações e recursos que permitem ao usuário acompanhar, em tempo real, a evolução de sua reserva e as possibilidades de diversificação dos valores guardados, além de configurar valores personalizados para serem guardados automaticamente.

Segmentação e revenda: marca de roupas de crossfit fatura R$ 24 milhões ao ano

Focar em um nicho segmentado, construir uma comunidade sólida com clientes fiéis, mais de 500 revendedores e migrar para uma plataforma estável de varejo online fez com que a PWRD By Coffee, linha de roupas especializada em crossfit e cafés especiais, apresentasse um faturamento anual de R$ 24 milhões. No meio do ano, em junho de 2024, após migrar para a Nuvemshop Next, solução para grandes marcas da plataforma de e-commerce líder na América Latina, o faturamento mensal aumentou em 40%. Somente em março de 2025, a marca vendeu mais de R$ 1,2 milhão.

Uma estratégia que é amplamente utilizada pela marca é o comércio via revendedoras: são mais de 500 espalhadas pelo Brasil e exterior, que adquirem os produtos também pela loja virtual. Ainda em março de 2025, o valor médio gasto por compra, desse público, foi de mais de R$ 2.246,00; no mesmo período, a média do público final ficou em R$ 300,00. Para solidificar a parceria com as revendedoras, a marca não costuma fazer promoções; quando elas ocorrem, como na Black Friday, são um sucesso: mais de R$ 725 mil em vendas para o público final em novembro do ano passado.

“A mudança para a plataforma foi fundamental para nos consolidarmos com o público final. Antes, a conversão de vendas era baixa por conta de problemas de infraestrutura do site e o abandono de carrinhos era muito grande. Hoje, não só as consumidoras se beneficiam de uma página organizada, como também nossos revendedores, que sofriam com a instabilidade de outras plataformas”, afirma Amanda Aliperti, cofundadora e diretora criativa da marca.

Segmentação e marketing de influência

A PWRD By Coffee foi desenvolvida em 2017 por Amanda Aliperti. Sua família era dona da franquia de cafés Inverno D’Itália. Ela participava diretamente das operações das lojas e, como mãe de duas crianças, sofria com horários escassos; veio, então, a ideia de trabalhar com negócios online.

“Já estava inserida nesse nicho do café, então fiz camisetas com frases relacionadas à bebida. Comecei a conversar com influenciadores para que eles veiculassem a marca, até que uma delas topou, mas com a condição que eu fizesse uma aula experimental de crossfit com ela. Fiz, me apaixonei pelo esporte e vi ali um mercado que tinha muita demanda – o de roupas específicas para a prática de uma modalidade que está tão em alta”, explica Amanda.

Para Amanda, os bons números da loja se devem, principalmente, à dedicação da marca em se comunicar com um nicho específico. A escolha do crossfit, além de refletir uma paixão pessoal, é uma escolha estratégica de concentrar seus esforços em uma comunidade muito unida. “Eu pratico o esporte e sou, ao mesmo tempo, mãe e empreendedora; não tenho um corpo idealizado, faço o que posso com o meu tempo, e escolho ser modelo das roupas da PWRD By Coffee justamente para gerar essa conexão com o público – a grande maioria não é atleta e faz o que pode também”, ressalta Amanda.

Além dos pontos de contato com o público, que pode entrar em canais VIPs de transmissão de novidades da marca, a PWRD By Coffee também tem uma rotatividade muito alta de produtos: a cada 40 dias, uma coleção nova é lançada. Nas redes sociais, a estratégia é de impulsionar o conteúdo por meio de parcerias e patrocínios com atletas e influenciadores.

No Instagram, a marca soma mais de 100 mil seguidores e, com a chegada do TikTok Shop ao Brasil, a promessa é expandir também para mais esse canal. “Com os canais de venda – incluindo cinco lojas físicas –, revendedores, eventos do ramo de crossfit, conseguimos manter um negócio sólido, referência no ramo de crossfit. A meta agora é expandir para mais localidades e seguir crescendo”, finaliza Amanda.

AI no chat commerce: como os algoritmos impulsionam as conversões de vendas

Com o avanço da tecnologia nos últimos anos, realizar compras online nunca foi tão fácil. De acordo com dados divulgados pela Mobile Time/Opinion Box, em 2024, o WhatsApp consolidou-se como o principal canal de vendas no Brasil, sendo utilizado por 70% das empresas para comercializar produtos e serviços. Isso porque a IA e os algoritmos potencializam os serviços de chat commerce, oferecendo insights poderosos para que as plataformas sejam mais assertivas na conversão dos usuários, com informações certeiras e personalizadas.

Com grande potencial de transformação de operações, os serviços de chat commerce oferecem soluções automatizadas para a compra e gestão de negócios, como explica Gustavo Soares, COO e Sócio da Bilheteria Express. “A inteligência artificial evoluiu no setor B2B e passou a integrar operações que envolvem o atendimento ao cliente, pagamentos, personalização de experiência do consumidor, logística e até catálogos dentro de um único local”, afirma. 

A IA tem diversas aplicações no setor varejista, podendo ser a chave para impulsionar as vendas online. Devido a sua capacidade de processar grandes volumes de dados e identificar padrões, tem se tornado cada vez mais comum que as organizações utilizem estratégias e se destaquem em um mercado extremamente competitivo. “Os algoritmos conseguem prever as dúvidas dos clientes no atendimento e determinar até mesmo as suas preferências. Isso faz com que cada consumidor tenha uma experiência única, sem esperar por várias horas para terem um retorno. Assim, a satisfação e a conexão com o cliente são fortalecidas”, acrescenta Gustavo.

Além disso, a capacidade de identificar tendências de mercado acelera o tempo de resposta das empresas, que podem reagir às mudanças e realizar previsões para se prepararem para as novas exigências dos consumidores. A partir da compreensão dessas necessidades, a inteligência artificial pode indicar vendas futuras, se baseando em históricos, sazonalidade e até eventos externos. Dessa forma, as corporações tomam decisões que impulsionam o seu crescimento.  

A inteligência artificial também auxilia na criação de conteúdo de marketing, trazendo insights poderosos para campanhas relevantes. Os algoritmos analisam as preferências do público-alvo, possibilitando uma maior interação e o interesse dos clientes. “A tecnologia pode ser uma grande aliada em trazer o consumidor para mais perto, coletando informações para que as marcas os conheçam. Isso facilita na fidelização dos usuários e na conversão de vendas. Essa pode ser a solução para se destacar num mundo cada vez mais digital e competitivo”, finaliza o executivo.

Shopee abre inscrições para programa de trainee

A Shopee, plataforma global de e-commerce pertencente ao Sea Group, está com inscrições abertas para seu novo programa de trainee, o Graduate Development Program. A iniciativa irá contratar, no mínimo, oito jovens profissionais para atuação em São Paulo (SP), em regime CLT e com modelo de trabalho híbrido. São elegíveis candidatos com graduação concluída entre dezembro de 2023 e dezembro de 2025 em diversos cursos de bacharelado e licenciatura. É exigida fluência em inglês.

Os processos seletivos são conduzidos pela Companhia de Estágios, líder em recrutamento e seleção de estagiários, trainees e jovens aprendizes e os interessados podem se inscrever pelo link https://www.ciadeestagios.com.br/vagas/shopee/ até o dia 4 de setembro.

Os benefícios oferecidos pela empresa incluem: Vale-refeição, Vale-alimentação, Vale-mobilidade ou VT, Benefício Flex, Assistência médica e odontológica, Auxílio-academia: TotalPass + Wellhub, Horário Flexível, Seguro de Vida, Auxílio Creche, Ambientes de descompressão: sala de jogos, sala de meditação, TeleMedicina e TeleTerapia, TeleNutrição, Benefícios para filhos: reembolso de van, material e uniforme escola e Bônus.

Entre as áreas da empresa que os futuros trainees irão atuar estão:

Crédito: a Equipe de crédito viabiliza e impulsiona inovações, oferecendo uma gama de produtos e serviços financeiros para pessoas físicas e PMEs em toda a região.

Desenvolvimento de negócios: a equipe de Desenvolvimento de Negócios conecta a Shopee aos vendedores, focando na atração, acompanhamento e crescimento deles na plataforma, fortalecendo relacionamentos e impulsionando seus negócios.

Marketing: a equipe de Marketing impulsiona a visibilidade da Shopee e fortalece o relacionamento com usuários, conduzindo estratégias de mercado e campanhas em diversos canais, desde o online até o offline.

Operações: a equipe de Operações garante a eficiência do pós-venda, gerenciando pagamentos, reembolsos, atendimento ao cliente, qualidade dos anúncios e controle de fraude, além de buscar melhorias contínuas na experiência do usuário.

Logística: o time de Logística otimiza a coleta e entrega de produtos no Brasil, operando com estrutura própria e parceiros para garantir um ecossistema ágil, competitivo e abrangente, alcançando cada CEP do Brasil.

A duração do programa de trainee da Shoppe é de até dois anos, sob o regime de contratação CLT.

Bolsa-auxílio: compatível com o mercado

Prazo de inscrição: 04/09

Link de inscrição: https://www.ciadeestagios.com.br/vagas/shopee/

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