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Eles começaram com um software para lojas de confecções em uma cidade do interior e hoje atendem mais de 70 países

Há quase 50 anos, mais precisamente no final da década de 1970, começou-se a desenvolver em Cianorte, norte do Paraná, a indústria do vestuário. O movimento se intensificou a ponto de o município e outros 13 daquela região se caracterizarem, no início dos anos 2000, em um cluster – ou um arranjo produtivo local (APL) – especializado em moda.

Além das confecções, outras atividades de logística e suporte também se desenvolveram, compondo o tal cluster ou APL. Dentre elas, o setor de tecnologias da informação. É nesse contexto que nasceu, em 2004, o atual Irrah Tech.

De fornecedora de ferramentas inicialmente voltadas àquela cadeia produtiva, a empresa se expandiu, tornou-se um ecossistema de inovação e hoje oferece soluções digitais para empresas de diversas atividades econômicas. De todo o Brasil, e até do exterior. Soluções, inclusive, de inteligência artificial.

O ecossistema Irrah Tech é constituído por cinco soluções, pilares do negócio. São elas a inteligência artificial GPT Maker, lançada em 2024; o Kigi, um software de ERP; o Plug Chat, tecnologia de integração de múltiplos números de WhatsApp em um só meio de contato; o Dispara Aí, de automação de WhatsApp; e o E Vendi, que é uma plataforma de e-commerce. Uma outra marca, o Z-api, também foi desenvolvido pela empresa, e atualmente está sob controle de uma holding norte-americana.

O precursor do Irrah Tech é César Baleco, que em 2004 fundou a Grands Sistemas, para atender principalmente o arranjo produtivo de Cianorte. Um ano depois, associaram-se Miriã Plens e Diego Berteli. Em franca expansão e rompendo fronteiras geográficas, o grupo passou a contar com a sociedade de Mateus Miranda e Felipe Sabadini, em 2018.

O nome Irrah foi incorporado. “É uma palavra que traduz aquele grito de felicidade que soltamos, que brota do coração, quando conquistamos algo, ou somos surpreendidos com alguma inovação, algo especial. É esse brado que expressa o impacto que nosso ecossistema busca gerar”, explicam César Balenco e Miriã Plens.

Ano passado, consolidando o rebranding da empresa, ao nome Irrah foi acrescentada a palavra Tech. Além disso, a organização se estabeleceu não mais como um guarda-chuva a reunir marcas e suas respectivas ferramentas, mas sim em um verdadeiro ecossistema de inovação – em que soluções para funcionalidades específicas se inter-relacionam.

“Continuamos a olhar para cada um dos produtos, no entanto como integrantes de um ecossistema. Um cliente usuário de determinada ferramenta passa a identificar no Irrah Tech não só a fornecedora daquela funcionalidade, mas sim de soluções digitais impulsionadoras do negócio, de um modo geral – vendas, comunicação, gestão -, todas disponíveis na nossa esteira de produtos e serviços”, discorrem os sócios.

Ao rebranding e ao desenvolvimento e aperfeiçoamento das tecnologias, soma-se investimento em gestão de pessoas. Segundo César e Miriã, os diferenciais que o ecossistema Irrah Tech coloca no mercado são frutos de um time qualificado e motivado. Recentemente, a empresa promoveu um bate-papo entre a especialista em gestão de pessoas Luciana Orso e os líderes da empresa.

“A conversa abordou pontos como avaliação de desempenho, planos de desenvolvimento individual e o papel da liderança em impulsionar o crescimento de cada profissional”, descrevem os executivos. “Porque, antes de qualquer código, qualquer processo, qualquer entrega, qualquer algoritmo, somos gente”, sublinham.

ROI em campanhas omnichannel: como mensurar?

Mensurar resultados de marketing e venda em campanhas de canal único costuma ser um processo mais direto: escolher a meta que reflita o desempenho de um canal específico e, a partir dela, calcular o ROI. Mas, e quando o cliente pesquisa um produto no seu site, tira dúvidas com um vendedor na loja física e finaliza a compra pelo aplicativo? No omnichannel, cada ponto de contato conta — e essa integração de canais, embora valiosa para potencializar resultados, torna a mensuração do retorno sobre o investimento muito mais complexa.

No contexto omnichannel, o ROI avalia quanto uma ação que integra múltiplos canais, sejam eles físicos e/ou digitais, gerou de retorno financeiro em relação ao investimento realizado. Todavia, enquanto em campanhas de um único canal é possível correlacionar investimento e retorno de forma direta, quando há diversos canais direcionados, o retorno vem da soma de interações em diferentes pontos de contato, muitas vezes, com jornadas de compra mais longas e não lineares – o que torna essa uma tarefa bastante complexa em muitas empresas.

Além dessa complexidade em avaliar impactos vindos de diferentes canais, também é importante considerar outros desafios importantes dessa jornada: a integração de dados, pois cada canal coleta informações em formatos e métricas diferentes; a visibilidade da jornada completa, uma vez que, muitas vezes, partes da experiência não são registradas de forma rastreável e mensurável; e a sobreposição de resultados que pode acontecer sem uma visão integrada, quando a mesma conversão é contabilizada em mais de um canal, distorcendo, assim, o ROI.

E, quais os prejuízos de não se atentar a esses cuidados, especialmente diante de um mercado altamente digital e conectado? Segundo um levantamento da ILUMEO, cerca de 20% dos investimentos em mídia não apresentam relação estatística significativa com os resultados de negócio, como vendas ou geração de leads. Isso significa que, sem a medição adequada, um quinto do orçamento de marketing pode ser desperdiçado.

Esse dado reforça a importância de centralizar as informações de diferentes fontes em um único canal e padronizar métricas, nomenclaturas de canais e trackings, para que se tenha uma visão 360º da jornada do cliente e, com isso, ter uma visão clara e objetiva de quanto a empresa obteve de retorno em cada campanha estabelecida. E, nesse sentido, claro que não podemos deixar de destacar o quanto a tecnologia pode ser uma aliada valiosa.

Existem diversas ferramentas no mercado capazes de auxiliar com essa mensuração, como CRMs integrados que ajudam a acompanhar todas as interações ao longo do ciclo de vida do cliente e consolidar dados comportamentais, transacionais e de engajamento; além de soluções de BI que contribuem para transformar grandes volumes de dados em dashboards de fácil interpretação. Muitas delas, inclusive, permitem até mapear jornadas e já atribuir peso a cada canal, tornando essa análise ainda mais completa e confiável para embasar futuras tomadas de decisão.

Nesse sentido, não há apenas um único indicador a ser utilizado pelas empresas, tudo dependerá da estratégia adotada e dos objetivos que desejam conquistar. Apesar disso, há alguns indispensáveis de serem priorizados, como o ROI geral da campanha, CAC comparado antes e depois da implementação do omnichannel, LTV (que mede o valor total que um cliente gera ao longo do relacionamento), taxa de conversão por canal e cross-channel (identificando onde os consumidores avançam na jornada), engajamento e taxa de retenção.

Essa análise de dados permite testar hipóteses continuamente, ajustando mensagens, segmentações e formatos para criar experiências mais personalizadas, elevando o engajamento e, consequentemente, esse retorno sobre o investimento. Realize essas verificações frequentemente, pois o comportamento consumidor muda e isso impacta, diretamente, na performance dos canais dentro da estratégia de campanha omnichannel.

O mais importante nisso tudo é garantir a qualidade e a atualização constante desses dados, uma vez que pode comprometer toda a análise de ROI e levar a decisões equivocadas sobre o negócio. O segredo é transformar números em insights acionáveis, já que, ao identificar quais canais têm maior impacto em cada etapa do funil, é possível redistribuir orçamento e esforços de forma mais inteligente e estratégica para elevar a conquista dos resultados desejados.

Respostas rápidas não bastam: atendimento digital em tempo real exige estratégia

A busca por agilidade no atendimento ao cliente virou prioridade no setor de Telecom. Mas, ao contrário do que se imagina, oferecer respostas rápidas não é suficiente. A nova corrida é por qualidade e isso envolve, principalmente, colocar o cliente no centro das decisões.

Segundo Marcos Guerra, CMO e CRO do Grupo Ótima Digital, o verdadeiro suporte digital deve ir além de disponibilizar múltiplos canais de contato. “Estar disponível não é o mesmo que atender bem. O que realmente importa é garantir que o cliente seja bem atendido no canal certo, com o nível de personalização adequado. Só assim conseguimos resolver com eficiência e construir uma relação de confiança”, afirma.

Ele defende que o serviço em tempo real precisa considerar a complexidade de cada solicitação, dividindo o contato em dois contextos: inbound, quando o cliente procura a empresa, e outbound, quando a empresa toma a iniciativa. O autoatendimento funciona bem para demandas simples, como a segunda via de um boleto. Entretanto, problemas mais delicados, como transações bancárias não reconhecidas, exigem escuta ativa e humana. 

Outro fator que precisa ser considerado é o comportamento do consumidor fora do horário comercial. “Hoje, boa parte das interações acontecem depois das 20h. É quando as pessoas têm tempo para resolver as pendências do dia. E isso precisa estar previsto na estratégia de relacionamento com o cliente”, aponta. 

Bots de vendas e IA: o avanço exige equilíbrio

O comércio conversacional, realizado por meio de bots integrados a apps de mensageria, também está em alta. Segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box –  Mapa Bots, 72% dos desenvolvedores já criaram bots de vendas e 63% utilizam análise de sentimentos com inteligência artificial para avaliar a satisfação dos usuários em tempo real.

Para o executivo, esse cenário mostra a maturidade crescente do setor, mas também acende um alerta: “A automação deve facilitar a jornada, não complicá-la. Tem hora que o cliente quer agilidade e resolver tudo com um clique. Mas tem hora que ele quer ser ouvido. Quer falar, quer desabafar. E a empresa que entende isso sai na frente”. 

O suporte ideal é aquele que respeita o momento do cliente, oferece autonomia quando faz sentido e acolhe quando é necessário. O especialista aponta que atender em tempo real não é só estar disponível. É saber diagnosticar a situação e agir com inteligência e empatia. E isso não depende só de tecnologia, mas também de decisão. Na avaliação de Guerra, a verdadeira corrida está diretamente ligada à capacidade das empresas se colocarem no lugar do cliente. 

Para o executivo, uma das barreiras que ainda impedem o avanço de muitos negócios na jornada digital é a ausência de cultura de testes e aprendizado contínuo. “Muita gente acha que vai acertar o fluxo de comunicação na primeira tentativa. Mas se você não analisa os dados e não entende o comportamento real do cliente, não tem como evoluir. Growth não é método, é mentalidade. Tudo melhora com repetição e ajuste”. 

Guerra defende que cada experiência deve ser vista como um experimento, inclusive para quebrar estereótipos: “Quem disse que o cliente 50+ não é digital? É preciso entender melhor o seu público”. A jornada do cliente muda e é imprescindível acompanhar essa mudança com dados, testes e decisões estratégicas. 

Ele finaliza com uma provocação: “O quanto sua empresa está disposta a investir tempo para realmente melhorar o atendimento todos os dias? Porque esse é o jogo”. 

Havaianas lança seu primeiro aplicativo e mira em 100 mil downloads até fim do ano

Nesta quinta (14) chega ao mercado o primeiro aplicativo da Havaianas. A marca que já tem forte presença no varejo físico e online, agora lança mais uma opção de compra para o consumidor, trazendo vantagens exclusivas como acesso a novas coleções em primeira mão e 15% de desconto no primeiro pedido. A novidade visa reforçar a estratégia de digitalização da marca e se aproximar ainda mais de um público jovem e conectado que busca conveniência e exclusividade. E, para estimular o download, a marca fará um “blackout” no seu site a partir das 19h desta quinta (14), com duração de 5 horas, direcionando os consumidores para o aplicativo. Até o fim do ano, a Havaianas espera atingir 100 mil downloads.

O novo app oferece a linha completa de calçados da marca – incluindo chinelos, rasteirinhas e alpargatas – com numerações que vão do 23/24 (infantil) ao 45/46 (adulto). Também estarão disponíveis acessórios, peças de vestuário e itens de lifestyle, com preços que variam de R$ 21,99 a R$ 1.199,99, como as malas de viagem. E para o consumidor aproveitar a novidade com desconto especial, a marca disponibiliza o cupom APP15 para ser usado na primeira compra pelo aplicativo.

“Queremos alcançar quem já tem relacionamento com a marca, incentivando o uso do app como mais uma opção de compra. Além disso, buscamos atrair novos consumidores que valorizam praticidade, benefícios exclusivos e uma experiência digital com a marca. Esse é mais um movimento da Havaianas em direção à digitalização, visando melhorar cada vez mais a experiência de compra do nosso consumidor”, conta Carlos Paschoal, Diretor de DTC e Varejo Havaianas.

O app já está disponível para download nas lojas Apple Store e Google Play, e para celebrar, alguns modelos da nova coleção da marca serão lançados antecipadamente na plataforma.

LWSA acelera crescimento da receita líquida com expansão de margens e forte geração de caixa operacional

A LWSA divulgou os resultados financeiros do 2T25, demonstrando a retomada consistente de resultados e voltando apresentar crescimento de receita de dois dígitos, com destaque para o segmento de commerce, impulsionado tanto pelas receitas de assinaturas quanto pelas de ecossistema.

No período, o  GMV do Ecossistema cresceu 15,1%, perfazendo o total de R$19,4 bi enquanto o TPV avançou 19,1% (R$2,1 bi).  O GMV de Loja Própria avançou 13,3%, atingindo  R$1,5 bilhão.

A Receita Líquida Consolidada cresceu 10,4% no trimestre (R$370,8 milhões). No segmento de Commerce, a receita líquida atingiu o valor de R$266 milhões, no segundo trimestre, 15,4% a mais em comparação com igual período do ano passado. A receita de assinatura de plataforma no segmento de commerce cresceu 17,7%.

O EBITDA Ajustado da LWSA no 2T25 foi de R$ 75,9 milhões, montante 16,1% superior ao 2T24, com a Margem EBITDA Ajustada apresentando expansão de 1,0 p.p. no mesmo período.

O Lucro Líquido do 2T25 foi de R$ 15,8 milhões. Ajustando o resultado pelos efeitos dos planos de opções de ações, amortização de intangíveis de PPA e os ajustes de earnouts de aquisições, além do Imposto de Renda e Contribuição Social Diferido, o Lucro Líquido Ajustado do período foi de R$ 44,2 milhões. Nos seis primeiros meses de 2025, o Lucro Líquido Ajustado foi de R$79,0 milhões (+8,7% vs o 6M24).

No 2T25 a geração operacional de caixa foi de R$102,7 milhões de Fluxo de Caixa Livre – Após Capex, sem aumento na despesa financeira com antecipação de recebíveis na comparação com o trimestre anterior. No semestre encerrado em junho/25, o Fluxo de Caixa Livre – Após Capex foi de R$ 90,6 milhões (ou 12,6% da Receita Líquida).

“Em 2025, temos demonstrado uma trajetória de retomada consistente de entrega de resultados, baseada na disciplina de execução e no compromisso com os direcionadores estratégicos que pactuamos com o Conselho de Administração na construção do orçamento e do Plano de 5 anos”, afirma Rafael Chamas, CEO da LWSA.

Empresa avança com aplicação de IA

No primeiro semestre de 2025, a LWSA acelerou a integração da Inteligência Artificial em seus produtos, operações e canais. Destaques incluem a automação do cadastro de produtos em e-commerce, eliminando milhares de tarefas manuais, e a adoção de recursos inteligentes no onboarding de novas lojas para reduzir churn.

No atendimento, o agente WOZ da Octadesk reduziu em 50% o volume de chamados no segmento Be Online e passou a atuar também em análises de sentimento. A IA generativa foi incorporada a funcionalidades como sugestões de domínio e criação de conteúdo, elevando o tráfego orgânico em até 30%.

Para clientes Enterprise, foi desenvolvido um servidor de múltiplos agentes para automação e personalização, além de melhorias no CRM e app da loja com impacto direto na performance e experiência do usuário. Internamente, a geração de código com IA aumentou a produtividade em alguns casos em até 80% e a LWSA segue comprometida em ampliar o uso da tecnologia com foco em produtividade, escalabilidade e experiência do cliente.

Geração Z vai representar 58% da força de trabalho no mundo até 2030

A Geração Z, que inclui pessoas de 16 a 30 anos em 2025, vem sendo um dos principais fatores de transformação do mercado de trabalho. Essa faixa etária deve representar 58% dos profissionais globalmente até 2030.

É o que aponta um levantamento do Fórum Econômico Mundial. Diante disso, estudos têm surgido para entender as percepções, preferências e preocupações desses jovens, que nasceram em um mundo amplamente conectado e cada vez mais complexo e dinâmico.

Pesquisa indica preferências da Geração Z

Um levantamento da The National Society of High School Scholars (NSHSS) mostrou as prioridades da Geração Z ao procurar emprego. O tratamento justo entre funcionários foi citado por 28% dos entrevistados, enquanto o equilíbrio entre vida pessoal e profissional (25%) e a responsabilidade social corporativa (14%) também se destacam.

O estudo ainda revela que 86% valorizam oportunidades de desenvolvimento profissional no ambiente corporativo. Já 63% consideram o tempo livre remunerado um benefício essencial na relação com as empresas.

Por outro lado, a tecnologia é vista com cautela por esses jovens. Para 59%, a inteligência artificial terá mais impactos negativos do que positivos nos próximos dez anos. Além disso, 62% afirmam estar preocupados com a substituição de postos de trabalho por automação e algoritmos.

Esses dados indicam um perfil profissional que busca equilíbrio e propósito no futuro. A Geração Z, segundo o NSHSS, tende a cobrar das empresas benefícios justos, além de postura ética e responsabilidade social.

Mercado de trabalho se adapta ao cenário atual

De acordo com o Guia Salarial 2025, divulgado pela Michael Page, empresas estão adotando novas estratégias para atrair talentos. Entre as principais, 51% oferecem acesso a oportunidades de aprendizado e desenvolvimento, 44% apostam em pacotes de benefícios e remuneração competitiva, e 38% investem na boa reputação da marca.

O levantamento aponta que reter profissionais continua sendo um grande desafio. A concorrência salarial com outras empresas é o fator mais citado, afetando 66% dos entrevistados.

Outro ponto é a falta de oportunidades de crescimento e desenvolvimento interno. Segundo o estudo, 34% das empresas veem essa limitação como risco para manter as equipes engajadas.

Esses números mostram que cada vez mais empresas buscam oferecer perspectivas reais de evolução na carreira. Ao mesmo tempo, os líderes percebem que reputação e ambiente positivo são diferenciais para atrair profissionais qualificados.

Flexibilidade é um dos focos dos mais jovens

Com o avanço da Geração Z, a busca por um modelo de trabalho temporário tem se tornado prioridade para essa faixa etária. O relatório da NSHSS aponta que horários adaptáveis são um objetivo de 61% desses profissionais.

Esse movimento cria um cenário em que o trabalho remoto, híbrido e com jornadas personalizadas ganha cada vez mais espaço. Para a Geração Z, conciliar múltiplas atividades e preservar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é fundamental.

Essa tendência acompanha um mercado cada vez mais dinâmico e digital. Com a geração prestes a representar a maioria da força de trabalho, empresas que não adotarem modelos flexíveis podem enfrentar maiores dificuldades para atrair e reter talentos.

LGPD completa sete anos: entre avanços e desafios

Nesta quinta-feira  (14), a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) completa sete  anos desde que foi sancionada. Aprovada em 2018, a legislação representa um divisor de águas na consolidação dos direitos fundamentais no ambiente digital brasileiro, assegurando a privacidade, a liberdade e a proteção dos dados pessoais dos cidadãos.

Desde que entrou em vigor, a LGPD passou a regulamentar o tratamento de dados pessoais, incluindo informações sensíveis, como origem racial, convicções ideológicas e dados biométricos, determinando como esses dados devem ser coletados, armazenados e utilizados por empresas, órgãos públicos e organizações. 

De acordo com o Relatório Painel LGPD nos Tribunais, elaborado pelo Centro de Direito, Internet e Sociedade (Cedis-IDP) em parceria com o Jusbrasil e com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD Brasil), houve um aumento expressivo no número de decisões judiciais que mencionam a LGPD. Entre outubro de 2023 e outubro de 2024, foram identificadas 15.921 decisões que citaram a legislação, o que representa um crescimento de 112% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registradas 7.503 decisões. 

A aplicação efetiva das sanções previstas na lei começou em agosto de 2021, após um período de transição iniciado em 2020. Desde então, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), responsável por fiscalizar o cumprimento da norma, tem atuado de forma estratégica. A autarquia já publicou guias técnicos, realizou consultas públicas, analisou incidentes de segurança e aplicou penalidades, incluindo multas significativas.

Com o avanço acelerado da tecnologia e da inteligência artificial, os desafios para a proteção de dados tornaram-se ainda mais complexos. Questões como o consentimento para uso de informações no treinamento de algoritmos, a explicabilidade de decisões automatizadas e a aplicação dos princípios de minimização e segurança da informação têm se tornado centrais para a adequação contínua à LGPD.

O conceito de privacy by design , ou privacidade desde a concepção, ganha destaque nesse cenário, exigindo que as organizações adotem medidas preventivas de proteção de dados desde o início do desenvolvimento de produtos e serviços.

Para a advogada e professora de Direito do Centro Universitário Itaperuna, Dra. Rayla Santos, a data reforça a necessidade de consolidar uma cultura sólida de respeito à privacidade. “A cada aniversário da LGPD, somos lembrados de que não se trata apenas de uma norma jurídica, mas da construção contínua de uma cultura de respeito à privacidade”, afirma. Segundo ela, a lei surge como resposta às transformações sociais e tecnológicas que impactam a forma como os dados são tratados e compartilhados. “A LGPD foi inspirada em legislações internacionais, como o GDPR da União Europeia, mas adaptada à realidade brasileira, representando um avanço significativo na proteção dos direitos individuais.”

Com o avanço da inteligência artificial, Dra. Rayla Santos avalia que a aplicação dos princípios da LGPD  como o consentimento informado, a minimização de dados e a transparência algorítmica, é cada vez mais urgente. Ela ressalta que empresas e desenvolvedores devem adotar práticas éticas no uso de dados para treinar sistemas automatizados, garantindo clareza sobre o tratamento das informações pessoais. A especialista também aponta a necessidade de uma governança de dados sólida, enfatizando que a legislação exige medidas de segurança e boas práticas desde a concepção das tecnologias, em conformidade com os princípios de privacy by design e privacy by default.

Outro ponto enfatizado pela especialista da Afya Itaperunaé o papel das instituições de ensino e pesquisa na formação de profissionais preparados para os desafios da privacidade digital. “Não basta aplicar a LGPD mecanicamente. É preciso compreender seus princípios e espírito. O ensino sobre proteção de dados deve se expandir para além do Direito, alcançando áreas como tecnologia da informação, engenharia e ciências sociais”, defende.

Para os próximos anos, algumas tendências ganham relevância: o fortalecimento institucional da ANPD, a regulamentação específica sobre inteligência artificial em diálogo com a LGPD, a disseminação da cultura de proteção de dados no meio acadêmico e corporativo, e a formação de especialistas capacitados para lidar com os novos cenários da sociedade da informação.

Como as empresas estão utilizando IA para impulsionar seus resultados

Com o avanço da tecnologia e da inteligência artificial, muitas empresas  têm passado  por transformações intensas e mudanças significativas nos seus negócios. De acordo com um levantamento feito pela IBM no seu “Global AI Adoption Index 2024”, a IA está se consolidando como uma parte integrante das operações diárias das organizações. Segundo a pesquisa, em 2024, 72% dos empreendimentos globais já adotaram IA, o que representa um salto significativo em comparação aos 55% registrados em 2023. 

Ao adotar essas inovações, todos os processos das empresas estão sendo otimizados, desde a automação de tarefas rotineiras até a análise preditiva complexa. Assim, setores como o financeiro, varejo, saúde e manufatura estão na vanguarda dessa evolução, colhendo os benefícios de sistemas inteligentes capazes de processar grandes volumes de dados, identificar padrões e tomar decisões estratégicas com velocidade e precisão sem precedentes.

Para Gustavo Caetano, CEO e fundador da Samba, a personalização é um dos maiores trunfos proporcionados pela IA. “Ao analisar grandes volumes de dados em tempo real, as soluções de IA conseguem compreender o comportamento do consumidor e oferecer experiências adaptadas às suas preferências e necessidades. Essa capacidade de personalizar o atendimento em larga escala aumenta as taxas de conversão, além de fortalecer a relação entre marca e consumidor, promovendo fidelização e melhorando a reputação da empresa no mercado”, analisa.

Quando se fala do uso dessa tecnologia no setor de eventos, a abordagem não só otimizou drasticamente o tempo de atendimento, mas também aumentou as taxas de conversão ao oferecer um suporte personalizado e instantâneo. “O chatbot é capaz de entender a intenção do usuário, responder a perguntas complexas sobre eventos, assentos e preços, e guiar o cliente de forma proativa por meio de todo o processo de compra. Dessa forma, a AI permite processar um volume muito maior de transações com maior precisão, resultando em um crescimento nas vendas e na satisfação do cliente”, pontua Gustavo Soares, COO e Sócio da Bilheteria Express, plataforma digital que oferece soluções automatizadas para a compra e gestão de ingressos.

Quando falamos de IA nas empresas, não podemos ignorar o tema Saúde Mental. Com a vigência da NR-1, que estabelece diretrizes para a saúde mental dos trabalhadores, as organizações têm investido em ferramentas como chatbots, que proporcionam um espaço de escuta ativa e personalizada para os colaboradores.  O EmpatIA tem a missão de ser um ponto de apoio real e acessível dentro das empresas. É um lugar onde o colaborador pode falar e ser escutado, sem julgamento, antes que o desgaste emocional escale. A  solução  humaniza relações, ajuda o RH e ainda contribui para o cumprimento das exigências legais, como a NR-1”, afirma Rafael Sanchez, CEO e fundador da Evolução Digital, empresa de tecnologia com soluções de Inteligência Artificial aplicada à eficiência empresarial com automações e assistentes virtuais para PMEs( Pequenas e Médias Empresas), profissionais liberais e redes de negócios.

Outro quesito delicado e de extrema importância é a ética e transparência no tratamento de dados coletados via IA. Nesse sentido, há soluções no mercado que buscam otimizar tarefas e oferecem consultorias de conformidade à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) para empresas dos mais diversos tamanhos e portes. De acordo com Ricardo Maravalhas, CEO e fundador da DPOnet, empresa que tem como propósito democratizar, automatizar e simplificar a jornada de conformidade com a LGPD, a IA veio para ficar. “As empresas querem soluções ágeis e acessíveis. Com as ferramentas de IA, é possível fazer análises em tempo real das necessidades e gargalos. Além do mais, investir em soluções especializadas não só ajudam as empresas a estar dentro da lei e evitar multas, mas também são poderosas para proteger sua reputação”, ressalta o CEO.

A aplicação da inteligência artificial em ambientes corporativos também transformou a forma como reuniões são conduzidas. Hoje, temos assistentes de reunião com IA, que vêm ganhando destaque por automatizar tarefas como a transcrição de falas, identificação de tópicos-chave, resumo de decisões e até mesmo a atribuição de tarefas aos participantes. “Essas soluções permitem que as empresas tenham uma gestão do conhecimento compartilhada de forma assíncrona, e, a partir disso, voltem a ser detentoras do conteúdo que estão entregando para o mercado. Além disso, ferramentas desse tipo ajudam a economizar tempo e garantir que as informações mais relevantes sejam registradas e compartilhadas com precisão”, reflete Rodrigo Stoqui, Country Manager da tl;dv.

Por fim, com a expansão das tecnologias, cresce também a responsabilidade das companhias em garantir a segurança digital. Paulo Lima, CEO da Skynova, empresa especializada em soluções de cloud, e-mail corporativo e segurança digital, explica que a coleta e processamento de dados em larga escala exigem mecanismos robustos para proteger a privacidade dos usuários e evitar vazamentos de informações sensíveis. “Nesse cenário, ferramentas de IA voltadas para a proteção de dados têm ganhado espaço, principalmente por oferecerem diagnósticos rápidos, alertas automatizados e relatórios que facilitam a atuação preventiva”, analisa.

Ataques invisíveis: por que monitorar o tráfego não é mais o suficiente

Querer manter um modelo tradicional de monitoramento de tráfego, baseado na análise de pacotes, detecção de anomalias e inspeção de fronteiras, é desperdiçar um tempo precioso das equipes de TI. Isso acontece porque as técnicas avançadas vêm sendo cada vez mais desenvolvidas para evitar a detecção pelos sistemas clássicos, utilizando brechas que permanecem invisíveis às ferramentas de segurança baseadas apenas no tráfego de rede.

De fato, 72% dos respondentes em uma pesquisa global do World Economic Forum 2025, reportaram aumento nos riscos cibernéticos organizacionais, refletindo como as ameaças evoluem para se esconder das defesas tradicionais. Além disso, ataques fileless têm 10 vezes mais chances de sucesso do que ataques tradicionais de malware baseados em arquivos.

Os cibercriminosos deixaram de agir por tentativa e erro. Hoje, eles agem de forma precisa e que não deixa rastros. Utilizam fortemente ataques fileless, exploram ferramentas legítimas do sistema, como PowerShell e WMI, para executar comandos maliciosos sem levantar suspeita, e se movem lateralmente pela rede de forma silenciosa, como se já pertencessem ao ambiente.

Esse tipo de ofensiva é intencionalmente projetado para parecer legítimo, o tráfego não levanta suspeitas, as ferramentas não são desconhecidas e os eventos não seguem padrões comuns de ameaça. Nesse cenário, ainda de acordo com o relatório do World Economic Forum 2025, 66% das organizações acreditam que a inteligência artificial terá o impacto mais significativo na cibersegurança, tanto para defesa quanto para ataques, refletindo uma mudança de paradigma.

Soluções tradicionais, como firewalls, IDS e sistemas de correlação simples, deixam de oferecer a proteção necessária, especialmente porque 47% das organizações citam avanços adversários alimentados por IA generativa como sua principal preocupação. Somado a isso, 54% das grandes organizações apontam vulnerabilidades da cadeia de suprimentos como a maior barreira para a resiliência cibernética, ampliando a complexidade do desafio.

O papel da visibilidade granular

Diante desse cenário, a visibilidade granular surge como requisito fundamental para uma estratégia de cibersegurança eficaz. Trata-se da capacidade de observar, em detalhes, o comportamento de endpoints, usuários, processos, fluxos internos e atividades entre sistemas, de forma contextualizada e contínua.

Essa abordagem demanda o uso de tecnologias mais avançadas, como EDR (Endpoint Detection and Response), XDR (Extended Detection and Response) e NDR (Network Detection and Response). Essas ferramentas coletam telemetria em diversas camadas, da rede ao endpoint, e aplicam análises comportamentais, inteligência artificial e correlação de eventos para detectar ameaças que passariam despercebidas em ambientes monitorados apenas por volume de tráfego.

Técnicas que exploram a invisibilidade

Entre as táticas mais comuns usadas em ataques invisíveis, destacam-se:

  • DNS tunneling, encapsulamento de dados em consultas DNS aparentemente normais;
  • Esteganografia digital, ocultação de comandos maliciosos em arquivos de imagem, áudio ou vídeo; 
  • Canais criptografados de comando e controle (C2), comunicação segura entre malwares e seus controladores, dificultando a interceptação; 
  • Essas técnicas não apenas burlam sistemas tradicionais, como também exploram falhas na correlação entre camadas de segurança. O tráfego pode parecer limpo, mas a atividade real está oculta por trás de operações legítimas ou padrões cifrados.

Monitoramento inteligente e contextual

Para lidar com esse tipo de ameaça, é essencial que a análise vá além dos indicadores de comprometimento (IoCs), e passe a considerar indicadores de comportamento (IoBs). Isso significa monitorar não só “o que” foi acessado ou transmitido, mas “como”, “quando”, “por quem” e “em que contexto” determinada ação ocorreu.

Além disso, a integração entre diferentes fontes de dados, como logs de autenticação, execuções de comandos, movimentações laterais e chamadas de API, permite detectar desvios sutis e responder a incidentes com mais rapidez e precisão.

O que tudo isso significa

A crescente sofisticação dos ciberataques exige uma reavaliação urgente das práticas de defesa digital. O monitoramento de tráfego ainda é necessário, mas não pode mais ser o único pilar de proteção. A visibilidade granular, com análise contínua, contextual e correlacionada, se torna essencial para detectar e mitigar ameaças invisíveis.

Investir em tecnologia de detecção avançada e em estratégias que considerem o comportamento real dos sistemas é, hoje, a única forma eficaz de enfrentar adversários que sabem como se esconder à vista de todos.

Produtos coreanos ganham destaque no e-commerce brasileiro com força da Hallyu

A cultura sul-coreana, conhecida como Hallyu, já ultrapassou o entretenimento para se consolidar como um fenômeno de consumo no Brasil. E o reflexo disso é claro no e-commerce: segundo a Nubimetrics, plataforma de inteligência de vendas que usa big data e IA transformando dados em insights para sellers e grandes marcas, cresce o interesse por itens coreanos de beleza, alimentação e bebidas. Essa influência é impulsionada principalmente pelos doramas (populares dramas coreanos), e pelas redes sociais, que amplificam tendências e despertam o desejo de consumo de produtos vistos nas telas.

Um dos principais destaques de 2025 são os ramyuns (macarrões instantâneos apimentados típicos da Coreia), que vêm chamando atenção pelo sabor intenso e pelas embalagens coloridas. Produtos como o topokki (bolinho de arroz) também estão entre os preferidos dos consumidores digitais.

Ainda no levantamento da Nubimetrics, a categoria de bebidas, o soju, destilado tradicional frequentemente presente nos K-dramas, se tornou uma das palavras-chave com maior volume de buscas nos marketplaces. A curiosidade cultural, aliada ao apelo visual nas redes, tem impulsionado essa tendência.

A rotina de cuidados com a pele no estilo K-Beauty também não passa despercebida. Esponjas de limpeza em formato de “polvo”, máscaras e séruns estão entre os itens que mais despertam o interesse dos consumidores. Marcas brasileiras vêm ganhando força ao lançar linhas inspiradas nos rituais de skincare coreano.

“Mais do que kpop, a onda da cultura coreana já chegou, virou business, e o e-commerce brasileiro está embarcando nessa viagem. Estar atento às tendências deixa de ser opção e vira estratégia, a questão é: seu e-commerce vai surfar ou ficar na areia?”, finaliza Juliana Vital, Global Chief Revenue Officer da Nubimetrics.

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