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Varejo abraça novas tecnologia e promete se tornar uma plataforma de anúncios até 2030

Segundo o Relatório Global de Tendências de Compradores Online 2024, da DHL, as vendas realizadas pelas redes sociais, o chamado social commerce, devem atingir a marca de US$8,5 trilhões até 2030. Dados como esse mostram que a transformação tecnológica se tornou essencial para as receitas do varejo, que promete se transformar na maior plataforma de anúncios do mercado nos próximos anos.

De acordo com Bruno Belardo, Vice-Presidente de Vendas da US Media, hub de soluções de mídia líder na América Latina, entrar no mundo digital representa uma grande oportunidade para os varejistas. “É um setor que tem um conhecimento profundo do comportamento dos consumidores e, se alinhá-lo a experiências publicitárias personalizadas com resultados comprovados, têm a chance de ser protagonista”, diz.

Novos investimentosAtualmente, muitos varejistas têm investido em big data e na inteligência artificial (IA) para processar e segmentar dados dos clientes em tempo real, de forma que possam desenvolver campanhas publicitárias que atinjam o seu público-alvo. Além disso, existe um forte movimento no setor para incorporar novas ferramentas tecnológicas a processos que respeitem a privacidade dos consumidores, em conformidade com regulamentações como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Belardo acrescenta que datas sazonais como a Black Friday também vêm motivando as empresas a investir em estratégias de mídia qualificadas e eficientes, já que possuem um potencial alto de volume de tráfego e transações. Um estudo realizado pela Wake e a Opinion Box comprovam esse cenário, revelando que o e-commerce é o canal preferido de 58,2% dos shoppers durante o período, com os marketplaces (47,8%) e aplicativos (44,3%) vindo logo atrás. 

“A Black Friday é uma época perfeita para mostrar aos anunciantes o Retorno Sobre o Investimento (ROI) que a publicidade digital pode ter para o varejo”, destaca o executivo. “Se os varejistas mensurarem resultados e rastrearem o funil completo de compras, do início ao fim, cada clique dos usuários poderá ser a origem de uma venda imediata”, completa.

Foco em retail mediaA ascensão do varejo como uma plataforma de anúncios também está impulsionando a sua diversificação de canais publicitários, o que pode ser visto principalmente com o aquecimento do campo de retail media. A Omdia aponta que a estratégia em questão ajudou representantes mundiais do setor a alcançar US$123 bilhões em faturamento entre 2019 e 2023, número que deve aumentar para US$293 bilhões até 2029. 

Belardo explica que o crescimento do formato se deve à sua capacidade de engajar consumidores de várias maneiras, seja em sites e apps ou em canais externos, como mídias Out-of-Home (OOH) e na TV Conectada (CTV). “Os varejistas estão percebendo que a integração entre o físico e o digital pode originar campanhas mais imersivas e disruptivas. O resultado dessas experiências? A ampliação do alcance, relevância e precisão das suas estratégias publicitárias”, conclui.

O que fazer em casos de arrependimento de compras pela internet na Black Friday?

Quando falamos de compras pela internet, muitas vezes, a expectativa de um objeto de desejo cai por terra ao ver a realidade que chega em casa. É comum vermos memes de objetos que foram comprados imaginando-se que teriam utilidades muito maiores do que o produto de fato. Nessas situações restam dúvidas se é possível devolver o produto e ter o dinheiro de volta.

Quanto a isso, a resposta é enfática: sim! Desde que no prazo de sete dias a contar da entrega do produto em casa. Então, assim que a encomenda chega, o indicado é que seja aberta para ter certeza que é isso mesmo que você queria. A devolução é possível para todas as hipóteses, caso você não goste do produto, ele seja diferente do que imaginou ou somente tenha se arrependido de fazer a compra.

Para exercer o seu direito, basta entrar em contato com o site pedindo a devolução, sendo responsabilidade da empresa arcar com o frete. Também é comum a prática da loja querer trocar por descontos em próximas compras ou crédito, contudo, ao se arrepender, se você quiser o dinheiro da mesma forma que você pagou, esse direito é seu.

O prazo para requisitar a devolução e reembolso fica maior caso ele tenha vindo com algum defeito, nessa hipótese, você pode pedir o conserto e, se não der certo, a devolução do valor, isso em um prazo de 30 dias para bens não duráveis e de 90 dias para bens duráveis.

Aqui fica outra dica prática de quem já passou muito por isso: sempre filme a abertura das caixas para comprovar a situação que o produto chegou em casa, principalmente, os mais frágeis. Assim, você terá provas de que não foi você quem fez aquele risco ou amassado.

Nas compras internacionais, em sites como Aliexpress e Shopee, as normas brasileiras também são aplicáveis, assegurando os mesmos direitos.

Caso a empresa se recuse a devolver o dinheiro ou não responda aos seus contatos, há a possibilidade de ingressar em plataformas administrativas para a solução de disputas, são exemplos: Procon e consumidor.gov.br.

Finalmente, se a tentativa amigável não houver surtido efeito, sempre é possível ingressar com uma demanda jurídica. Para facilitar, Juizados Especiais dispensam a necessidade de advogado para ações de até 20 salários mínimos. Acima desse valor, será necessário um patrono para acompanhar o processo. 

Apesar de cenário global desafiador para agenda de diversidade, 63% das empresas fortaleceram apoio à inclusão no Brasil, aponta pesquisa

Em um momento de crescentes incertezas e tensões globais sobre o tema, a Blend Edu lança pesquisa inédita que analisa a posição do Brasil frente à agenda de Diversidade e Inclusão (D&I), destacando avanços e desafios que podem impactar o futuro dessas iniciativas. Apesar da recente decisão da Suprema Corte dos EUA de desincentivo às ações afirmativas em universidades e do aumento de uma articulação anti-ESG no mercado americano, o estudo revelou que 63% das organizações brasileiras aumentaram o apoio à agenda em 2024. Com apenas 4% dos respondentes relatando diminuição nesta frente, os dados apontam um cenário positivo do contexto nacional.

“Nosso objetivo com essa pesquisa é ajudar as empresas brasileiras a enxergarem a realidade sem ilusões: temos avanços e dados tangíveis que mostram uma perspectiva mais otimista do que a prevista, porém estamos expostos a riscos globais que podem influenciar o cenário local nos próximos anos. Queremos garantir que a pauta de D&I seja trabalhada de forma estruturada, mitigando as chances de retrocesso e potencializando o valor estratégico da inclusão para negócios e para a sociedade”, afirma Thalita Gelenske, CEO e fundadora da Blend Edu.

A pesquisa de benchmarking, chamada “Panorama das Estratégias de Diversidade no Brasil em 2024 e Tendências para 2025”, teve a participação de 99 relevantes empresas do cenário nacional e traça um panorama detalhado sobre ações de D&I implementadas no país. “Este ano adicionamos perguntas inéditas para identificar se há um retrocesso real dos esforços de inclusão no Brasil em 2024. Para isso buscamos identificar o nível de alocação de equipe, investimento nas ações, apoio de colaboradores e lideranças, assim como o sentimento das lideranças em relação à diversidade e inclusão para os próximos anos”, explica Gelenske.

O estudo revela que 46% das empresas aumentaram seu orçamento de D&I no ano, sendo que 16% desta fatia afirma ter investido, inclusive, de forma superior a outras áreas e departamentos. Apenas 7% das empresas disseram que o orçamento em 2024 diminuiu na mesma proporção que em outras áreas, indicando um corte geral da companhia.

Apesar do aumento, o orçamento insuficiente ainda se mostrou como o principal desafio para avanços mais expressivos na implementação dos programas de D&I, de acordo com 21,4% das empresas.

Em relação a alocação de equipe de D&I no Brasil, considerando notícias sobre recentes reduções de equipes anunciadas em grandes marcas como a Microsoft e John Deere, a pesquisa mostra que o mercado brasileiro teve um movimento inverso: 37,5% das instituições aumentaram a equipe em relação ao ano anterior e outros 50% mantiveram o time intacto. Apenas 3,6% apresentaram uma redução.

Com isso, o sentimento predominante das lideranças de D&I das empresas participantes do benchmarking é positivo. Ao serem questionados sobre o nível de otimismo em relação à agenda de diversidade no Brasil, 72% afirmaram estar muito otimistas ou otimistas em relação aos próximos 5 anos. Já o nível de pessimismo é de apenas 9% (soma dos que se dizem pessimistas ou muito pessimistas).

“Os dados nos levam a analisar que não estamos vivendo um retrocesso da pauta de D&I no Brasil. Por outro lado, é importante mencionar que esses índices foram observados entre empresas que já possuem uma agenda de D&I estabelecida. Portanto, claro que não podemos descartar a hipótese do contexto global ter gerado um maior receio e consequente desaceleração na adesão de novas empresas à pauta”, analisa Gelenske.

A publicação também apontou tendências relevantes para os próximos anos, incluindo a necessidade de potencializar a integração entre a estratégia de diversidade ao core dos negócios, mostrando como D&I contribui para resultados tangíveis. Segundo Thalita Gelenske, “Esses dados evidenciam o que já observamos na prática: empresas que integram D&I à sua estratégia de negócio têm maior resiliência em momentos de crise e conseguem responder melhor às mudanças do mercado. Queremos que mais empresas entendam esse valor e invistam nele como uma vantagem competitiva sustentável.”

Além disso, a pesquisa destaca outras quatro áreas prioritárias para os próximos anos: a construção de narrativas interseccionais, criação de processos e métricas para tangibilizar a inclusão, investimento em mudanças estruturais que envolvam diferentes departamentos e a promoção do aprendizado contínuo em diversidade. “Diversidade é muito mais do que uma agenda de RH, é uma estratégia que precisa permear todas as áreas da empresa. Quando D&I passa a integrar processos e operações, ela deixa de ser apenas uma pauta e se transforma em uma cultura. Nosso papel é apoiar as empresas, oferecendo dados, soluções e estratégias que sustentem a inclusão mesmo em um ambiente desafiador. A diversidade não é apenas uma demanda de hoje, mas uma construção sólida para o amanhã,” conclui Thalita Gelenske.

Black Friday: Pneustore faz a maior promoção de sua história

A Pneustore, e-commerce de pneus, está promovendo a maior promoção de Black Friday de sua história: a Rota Premiada. Válida entre 1º de novembro a 16 de dezembro, a promoção vai distribuir mais de R$200 mil em prêmios para os seus consumidores. 

Para concorrer basta adquirir um único pneu pelo site da empresa, realizar o cadastro dos dados e nota fiscal no portal www.rotapremiada.pneustore.com.br, que gera os números da sorte. O sorteio será realizado no dia 18 de dezembro, com todas as certificações legais e registrado sob o número de certificado de autorização SPA/ME Nº 04.037564/2024, junto à Loteria Federal. 

Ao todo serão entregues mais de R$ 200 mil em prêmios em cartões de crédito pré-pagos, distribuídos em valores equivalentes a um Volkswagen Nivus 0KM; duas motos, sendo uma Yamaha R15 e uma Yamaha Nmax; um vale de R$ 8.000,00 para uma viagem de cruzeiro com acompanhante; quatro iPhones 15, um PlayStation 5; e 20 vale-combustíveis de R$ 300,00 cada um. Todo o regulamento da campanha e prêmios podem ser encontrados no hotsite da campanha em www.pneustore.com.br/rotapremiada

Além dos prêmios que somam R$200 mil, a maior loja online de pneus do Brasil está com milhares de pneus com preços e condições especiais em todo o site, caracterizando o Mês Roxo PneuStore. Durante todo novembro, o e-commerce promove descontos diferenciados para seus clientes, com as principais ofertas do ano sendo divulgadas na semana da Black Friday. 

Black Friday: 48% dos microempreendedores escolhem o PIX como método favorito para transações

A Black Friday, que ocorre em 29 de novembro, é considerada uma das melhores datas para o comércio brasileiro. Em 2024, a expectativa é de que as vendas cheguem a R$8 bilhões, com um ticket médio de R$738, de acordo com a ABComm. Neste cenário, o PIX se destaca como o meio de pagamento favorito de 48% dos microempreendedores individuais do país, segundo levantamento do Sebrae. O forte crescimento da ferramenta reflete sua praticidade e popularidade, especialmente em momentos de grande volume de transações.

O levantamento ainda revela que 97% dos empreendedores aceitam o Pix como forma de pagamento. Parte da aderência se deve ao imediatismo promovido pela tecnologia. Diferente de métodos tradicionais, que podem levar horas ou dias para finalizar uma transação, o mecanismo faz com que o dinheiro entre na conta do vendedor com apenas um clique, permitindo um fluxo de caixa mais eficiente.

Durante a Black Friday, o PIX se destaca como uma opção de pagamento ágil e sem burocracia, permitindo que os consumidores realizem suas compras de forma rápida e segura. Para os empreendedores, isso significa uma experiência de pagamento mais fluida, com transações instantâneas que ajudam a reduzir o tempo de espera e a aumentar a satisfação do cliente”, afirma João Fraga, CEO da fintech Paag.

Além disso, o meio de pagamento estreita o laço entre o setor comercial e as instituições financeiras. A conexão possibilita que os bancos avaliem o limite de crédito e o risco dos clientes, facilitando o acesso à cotação. Antes, o processo era dificultado pela ausência de informações precisas sobre a realidade financeira dos microempreendedores individuais.

O uso do PIX também oferece uma redução significativa de taxas, em comparação às maquininhas de cartão, que cobram tarifas elevadas. A vantagem é proporcionada pela exclusão de bandeiras e adquirentes, empresas que fazem a ponte entre o banco emissor do cartão e o estabelecimento comercial. Tal fator permite uma maior flexibilidade ao lojista para investir em operações e gerar descontos para atrair clientes.

Muitos processos de transação financeira, como TEDs e DOCs, se tornaram obsoletos com a criação do PIX. A ferramenta trouxe maior agilidade e redução de custos para pessoas físicas e jurídicas. A simples integração ao sistema, com QR Codes e ferramentas de pagamento, tem revolucionado o cenário comercial no Brasil”, complementa Fraga.

A pesquisa “Expectativa para a Black Friday 2024”, realizada pela Rede Milionária, apontou que 83% dos lojistas estão otimistas em relação às vendas deste ano. Além de atrair novos clientes e adotar uma imagem mais competitiva no mercado, a data representa uma oportunidade para os empreendedores de fechar o ano com um crescimento significativo a partir do aumento do volume de comercialização.

Pensando nisso, o educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios selecionou quatro dicas para o empreendedor aproveitar a Black Friday de forma estratégica, sem comprometer a saúde financeira do seu negócio:

Fique atento aos seus preços e descontos: certifique-se de que os descontos oferecidos não afetem negativamente a margem de lucro do seu negócio. Uma estratégia inteligente é oferecer descontos progressivos, pacotes promocionais ou brindes que agreguem valor ao produto sem prejudicar o seu preço original.

Capacite sua equipe: a equipe deve estar bem preparada para atender aos clientes de maneira rápida e eficaz. Um bom atendimento pode ser decisivo para transformar uma venda em fidelização.

Gerencia de forma eficiente seu estoque: a demanda por produtos durante a Black Friday pode ser imprevisível. Por isso, é essencial que o empreendedor mantenha um estoque equilibrado. É importante evitar tanto excessos quanto a falta de produtos, pois ambos podem impactar negativamente o negócio. É válido analisar o histórico de vendas das edições anteriores ou de outras datas comemorativas para prever a demanda dos produtos, evitando compras excessivas e garantindo uma margem de estoque adequada para os itens mais populares. Isso ajuda a evitar a perda de vendas e também reduz os custos com produtos parados.

Monitore os resultados e ajuste as ações: acompanhe o desempenho de suas ações e esteja preparado para ajustar a estratégia, caso necessário. Isso permitirá maximizar os resultados, assim como otimizar o uso dos recursos disponíveis.

“Com o planejamento adequado, o empreendedor pode aproveitar as oportunidades da Black Friday sem comprometer a saúde financeira do seu negócio. O segredo está em manter o equilíbrio entre o aumento das vendas e a sustentabilidade financeira, garantindo que as promoções não se tornem um risco para o fluxo de caixa da empresa”, reitera Lamounier.

Criptorama 2024 discute prioridades do Banco Central: stablecoins e tokenização lideram agenda regulatória de 2025

O Criptorama 2024, maior evento de criptoeconomia do Brasil, destacou a confirmação de que o Banco Central continuará avançando na regulação do mercado de ativos digitais em 2025, com foco prioritário em stablecoins e na tokenização de ativos. O tema permeou os debates em diversos painéis, que reuniram reguladores e especialistas para reforçar a importância de um arcabouço regulatório robusto, capaz de equilibrar inovação e segurança, promovendo um ambiente favorável ao desenvolvimento do setor. 

Já na abertura do evento, Bernardo Srur, CEO da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto), reforçou o papel estratégico da regulação para impulsionar a economia digital no Brasil. “Estamos vivenciando um momento de transformação no mercado financeiro. O debate qualificado sobre regulação e inovação é essencial para garantir a evolução sustentável do setor”, afirmou Srur. 

O evento também trouxe luz aos avanços do Drex, a moeda digital do Banco Central, apontada como um projeto que visa integrar a simplicidade e acessibilidade das criptomoedas ao sistema financeiro tradicional. Segundo Fabio Araújo, coordenador do Drex no BC, a proposta inclui ampliar o acesso a serviços financeiros, possibilitar a tokenização de ativos e criar um ambiente mais inclusivo para investidores e empresas. “O Drex está sendo construído para democratizar o mercado de capitais e simplificar o acesso ao crédito”, destacou Araújo. 

Para Antônio Marcos Guimarães, do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, as stablecoins representam desafios distintos, principalmente devido ao seu impacto na política monetária. Já a tokenização é vista como uma ferramenta estratégica e poderosa para expandir o acesso a investimentos e promover maior inclusão financeira. 

Primeiro dia: regulação e educação como pilares de crescimento 

No painel sobre tokenização no mercado financeiro, especialistas discutiram tanto os desafios quanto as oportunidades que surgem com a inovação. Tatiana Revoredo, cofundadora do The Global Strategy, afirmou: “O Brasil precisa avançar nas estruturas de descentralização de ativos para se alinhar às finanças globais.” Jonatas Montanini, co-CEO da Zuvia, ressaltou a relevância de sandboxes regulatórios como ambiente ideal para testar novos modelos de negócios. 

Outro ponto de destaque foi a tokenização de dívidas e equity crowdfunding, com Daniel Coquieri, CEO da Liqi Digital Assets, destacando o potencial para emissão de dívidas no mercado brasileiro. “A tokenização está amadurecendo e criando soluções práticas para o setor financeiro”, disse. 

Encerrando o primeiro dia, o procurador da República Alexandre Senra trouxe um alerta importante sobre os desafios relacionados aos crimes digitais. “Não existe prevenção mais efetiva do que a educação. Precisamos capacitar os usuários para compreenderem os riscos e tomarem decisões conscientes.” 

Segundo dia: desafios e avanços na regulação do setor 

Como já mencionado anteriormente, o segundo dia apresentou debates fundamentais sobre o Drex, a moeda digital do Banco Central. Fabio Araújo, coordenador do projeto no BC, afirmou que a CBDC brasileira foi desenvolvida para ampliar o acesso a serviços financeiros e fomentar a inclusão. Durante o painel “Drex em 2025: Uma Nova Era em Construção”, Araújo ressaltou: “Nosso objetivo é oferecer um acesso simples e intuitivo para os cidadãos, com soluções práticas que promovam segurança e inovação. Estamos dialogando com o mercado para criar serviços financeiros que beneficiem a população de forma inclusiva.” 

Ele também abordou questões sobre a descentralização do Drex e explicou como o uso de tecnologias avançadas, como as provas de conhecimento zero (ZKP), será fundamental para garantir a privacidade dos usuários, sem renunciar à transparência e segurança nas transações. 

Iniciativas de destaque 

A concessão do Selo ABcripto de Autorregulação PLD/FT foi um dos principais destaques do evento. As empresas BityBank, Coinext, Foxbit, PeerBR, plataforma de investimentos do Grupo GCB, Liqi, Parfin, Ripio, Urban Cripto e Zro Bank foram reconhecidas pelo compromisso com boas práticas e adequação regulatória. Segundo Bernardo Srur, o resultado reforça o papel da entidade no fortalecimento do setor: “Nosso programa tem como objetivo principal garantir que as empresas estejam alinhadas aos padrões exigidos pela regulação, fortalecendo a confiança de investidores e parceiros. A entrega do Selo de Excelência é um reconhecimento às organizações que trilharam esse caminho com compromisso e responsabilidade.” 

Outro marco importante foi o Acordo de Cooperação Técnica entre a ABcripto e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que irá impulsionar iniciativas educacionais, o desenvolvimento de sistemas eletrônicos para ordens judiciais, elaboração de materiais técnicos e workshops voltados para a promoção de boas práticas no mercado nacional e internacional. “Trata-se de um movimento que vai continuar a desafiar o universo jurídico”, disse Atalá Correia, Juiz de Direito no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. 

A principal meta do acordo é a criação de um sistema eletrônico que otimize o cumprimento de decisões judiciais envolvendo criptoativos, além de apoiar o credenciamento do Ministério Público junto a prestadoras de serviços de ativos virtuais (PSAV).  

Encerramento e perspectivas 

O Criptorama 2024 reforçou a relevância do Brasil no cenário global da criptoeconomia, trazendo à tona debates sobre o impacto da tecnologia blockchain, tokenização e inteligência artificial no futuro do mercado financeiro e da sociedade. Segundo Bernardo Srur, “o evento não apenas apontou caminhos para superar desafios regulatórios e de segurança, mas também consolidou o Brasil como um hub de inovação e desenvolvimento no setor cripto.” 

O Criptorama foi realizado pela ABcripto e contou com o apoio de patrocinadores como Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), B3 Digitas, BitGo, Cainvest, CBA Advogados, Chainalysis, Coinext, Foxbit, GCB Investimentos, Itaú, Klever, Liqi, NovaDax, Núclea, Opus Software, PeerBR, Ripio, Ripple, Tether, VDV Advogados, Visa e Zro Bank, além do apoio institucional da São Paulo Negócios. O evento reforçou o compromisso da Associação de promover um mercado mais transparente e inovador, impulsionando o crescimento sustentável do setor no Brasil. 

Red Hat anuncia Sandra Vaz como Country Manager para o Brasil

A Red Hat, empresa mundial de fornecimento de soluções open source, tem uma nova Country Manager para o Brasil. Sandra Vaz, atual Vice presidente do Ecossistema de Partners para a América Latina, assume o posto que foi ocupado na última década por Gilson Magalhães, nomeado Vice-presidente e General Manager para a região em outubro deste ano. Primeira mulher a assumir a direção da companhia no país, Sandra terá a missão de manter o acelerado crescimento da companhia, ampliando o uso de soluções open source para impulsionar projetos inovadores, como o PIX. 

O foco da nova Country Manager estará em impulsionar a incorporação de tecnologias emergentes, especialmente inteligência artificial, virtualização e automação, além de seguir com o trabalho de consolidação de alianças com importantes players. “É uma honra assumir este cargo, ainda mais sendo a primeira mulher à frente das operações da companhia no País”, afirmou Sandra. “A história da Red Hat é escrita por sua natureza disruptiva, mentalidade de vanguarda e cultura colaborativa, marcas que, certamente, não medirei esforços para seguir propagando no contexto local”, completou. 

Com mais de 30 anos de experiência no mercado de TI, Sandra ingressou na Red Hat em 2021 com o desafio de gerenciar e desenvolver canais e alianças estratégicas para promover o crescimento sustentável da Red Hat e parceiros na América Latina. Em sua carreira, acumula passagens em importantes cargos de liderança em empresas do setor como Oracle, onde passou mais de 14 anos, SAP, Bull e Cobra Computadores.

Mercado consolidado

Fundada em 1993 em Raleigh, nos Estados Unidos, a Red Hat chegou à América Latina em 2006, com escritórios no Brasil e na Argentina. Desde então, vem conquistando a confiança de centenas de clientes do setor público e privado em toda a região. Com diversos cases de sucesso em distintas frentes, a companhia se posicionou como principal impulsionadora da nuvem híbrida aberta, com um portfólio robusto de soluções que ajudaram empresas da região a avançar em sua transformação digital. Iniciativas recentes como os cases do PIX, Banco da Amazônia e da base de dados da Prodesp, agência de tecnologia do Estado de São Paulo, corroboram as boas práticas da empresa. 

Uma grande parcela dessa trajetória no Brasil foi liderada por Gilson Magalhães, que ao lado de outros executivos e especialistas alavancou os resultados da região. “Vivenciamos desafios, mas conquistamos grandes oportunidades para impulsionar o código aberto no país. Nossa convicção em um modelo de trabalho aberto e colaborativo nos permitiu liderar a inovação em TI ao longo dos anos, consolidando o nome da Red Hat no País como uma importante parceira de iniciativas públicas e privadas”, ressaltou Magalhães. 

Para o executivo, à frente das operações para a América Latina desde outubro, o escritório brasileiro está em excelentes mãos. “Sandra é uma profissional exemplar, com amplo conhecimento no universo do código aberto e da TI empresarial, além de um largo relacionamento com parceiros e clientes  de todo o setor. Estou seguro que estamos começando a escrever um novo e importante capítulo da Red Hat no Brasil, com resultados que, sem dúvida, continuarão colocando o País como um dos protagonistas mundiais da companhia”, finaliza. 

3 em cada 4 influenciadores buscam agenciamento para representação comercial

Um novo estudo realizado pela Brunch e YOUPIX mostrou que 3 em cada 4 (73,72%) influenciadores digitais buscam um agente ou agência como representante comercial. Embora seja o desejo da maior parte, esta ainda não é a realidade da maioria, já que a mesma pesquisa revela que 74,25% não possui agenciamento na carreira. Um creator anônimo, respondente do levantamento, ressalta o papel de um empresário na carreira digital.

“Ter uma agência que de fato entende do mercado foi uma virada de chave para mim. Não só nas negociações, volume de jobs, e volume de R$, mas também na segurança de ter alguém que sabe o que está fazendo, me representando e falando por mim”, disse. Segundo Fabio Gonçalves, diretor de talentos internacionais da Viral Nation, o agenciamento é fundamental para o crescimento e profissionalização da carreira do influenciador: “Ter um agente que entende o mercado não só facilita negociações e amplia o volume de oportunidades, mas também oferece segurança e a confiança de estar sendo bem representado em um cenário tão dinâmico. Além disso, a agência auxilia na proteção do influenciador, os blindando de contratos maléficos e marcas que agem de má fé. Nosso papel é justamente defender seus interesses e fazer com que o trabalho deles não seja subvalorizado”.

Essa representação não se define por um modelo único, existem algumas vertentes conforme a mesma pesquisa evidencia. De acordo com ela, em 57,89% dos acordos a agência ou agente tem exclusividade para negociar trabalhos no nome do influenciador, enquanto em 42,11% dos casos várias agências podem ofertar o perfil do criador de conteúdo no mercado. 

De acordo com Fabio, a escolha entre exclusividade e não exclusividade na representação comercial dos influenciadores traz tanto vantagens quanto desafios: “Com exclusividade, o criador de conteúdo ganha uma visão integrada do negócio e a confiança de ter um parceiro estratégico no comando das negociações. No entanto, isso pode gerar uma dependência da agência para a tomada de decisões importantes. Já sem exclusividade, o influenciador se beneficia de múltiplos canais de venda e diversas vitrines para expor seu trabalho, mas perde o controle sobre como sua imagem é apresentada no mercado”.

O modelo de negócios das agências com os influenciadores também foi mostrado na pesquisa. Cerca de 9 em cada 10 criadores (90,53%) remuneram seus agentes apenas com a comissão dos acordos, enquanto 8,42% paga um valor fixo mensal pelo serviço mais um percentual por trabalho fechado. Apenas 1% paga um valor fixo por mês independente do faturamento. 

Esses percentuais podem variar bastante de acordo com os negócios fechados. Conforme a pesquisa, 36,04% dos influenciadores pagam menos de 5% de comissão ou nem pagam a empresa pelo negócio fechado. Por outro lado, 26,3% destes creators pagam entre 16% e 20% de comissão e 17% paga entre 21% e 30% de percentual, um número bem elevado para os padrões do mercado. Especialista do mercado de marketing de influência, Fabio explica que essas variações ocorrem devido ao tipo de contrato e ao valor das negociações.

“Quando o faturamento é baixo, os percentuais podem ser menores, ou até inexistir, já que as comissões são baseadas no sucesso das negociações. No entanto, quando os acordos são maiores ou mais complexos, as comissões podem ser mais altas, refletindo o valor e o esforço envolvidos na negociação e na representação do influenciador”, conta. 

Letícia Gomes, influenciadora que viralizou na internet por conta das suas transformações usando apenas maquiagem, é uma das agenciadas de Fabio na empresa canadense Viral Nation. Segundo ela, o representante foi crucial para a guinada da sua carreira digital: “Ele trouxe a confiança necessária para lidar com grandes negociações e ajudou a abrir portas que eu nem imaginava. Com um profissional que entende o mercado, pude focar no meu conteúdo, enquanto ele cuidava de todo o lado comercial. Hoje, minha carreira tem uma dimensão muito maior, e sou grata por ter alguém tão capacitado me representando.”

METODOLOGIA

A pesquisa, realizada pela agência Brunch e pela consultoria YOUPIX, contou com 369 respostas válidas de criadores de todo o país, em um questionário realizado do dia 13 de agosto até 23 de setembro. 

Relatório e plataforma da Twilio apontam como falar com seus clientes nessa Black Friday e Cyber Monday

Estamos nos aproximando da Black Friday e da Cyber Monday. Essa é uma das épocas do ano mais importantes para o comércio, e saber como falar com seus clientes, atendendo às suas preferências, é muito importante para garantir engajamento, fidelidade e, acima de tudo, maximizar as vendas. É por isso que dados mais recentes da Twilio apontam detalhes importantes sobre como essa comunicação deve ser feita, considerando conteúdo da mensagem, aspectos de personalização e canais de preferência.

Em 2023, durante a Cyber Week, a plataforma da Twilio foi responsável pelo envio de mais de quatro bilhões de mensagens e mais de 64 bilhões de e-mails de seus clientes. Como uma plataforma que permite inteligência de negócios, e graças à quantidade de tráfego, foi possível observar algumas boas práticas e destacar insights sobre o impacto dessas comunicações, como o fato de que mensagens mais curtas são mais eficientes em engajar os clientes, dado que após 120 caracteres, percebe-se um declínio acentuado na taxa de cliques. Além disso, os melhores horários para direcionar essas comunicações são de manhã cedo e tarde da noite, e é importante não exagerar no uso de caracteres como pontos de exclamação (!).

“Essas informações são relevantes por apontarem diversos tópicos da direção que precisa ser tomada com relação à estratégia de comunicação das empresas, focando sempre em ser mais eficiente no engajamento. Entender a extensão do cenário e como tirar melhor proveito dele é o que é mais importante para os líderes do varejo nesse período”, explica Vivian Jones, Vice-presidente LATAM da Twilio. “Além disso, é importante ressaltar que a mensagem ainda precisa ser baseada em dados relevantes a respeito do relacionamento do indivíduo com a marca, sendo, acima de tudo, personalizada.”

O Relatório de Preferências do Consumidor, publicado pela Twilio em 2024, mostrou que 86% dos consumidores afirmam que a possibilidade de enviar mensagens em tempo real a uma marca aumenta a probabilidade de concluir uma compra. Além disso, o tempo de resposta também é importante. A maior parte dos consumidores (51%) esperam receber uma resposta das marcas em até uma hora, o que mostra que aperfeiçoar o tempo de resposta pode ter um impacto significativo nos negócios. Para ficar mais evidente, os dados mostram que 40% dos consumidores dizem que fizeram uma compra recorrente e 25% fizeram uma primeira compra de uma marca que respondeu prontamente.

O mesmo Relatório ainda indica que é importante usar os canais de preferência do consumidor. No Brasil, 77% das pessoas preferem o WhatsApp como canal de comunicação com as marcas, a mesma porcentagem do e-mail. No mundo, e-mail e SMS estão à frente desses números, sendo preferidos por 79% e 49% das pessoas respectivamente (o WhatsApp é mais expressivo em países como o Brasil).

“Isso significa que as empresas precisam investir em uma comunicação que atende a todos os critérios de preferência do cliente. Os consumidores estão ansiosos para aproveitar datas como a Black Friday, mas eles querem a facilidade de fazer isso na palma da mão e por meio do diálogo com marcas com as quais já se relacionam bem. O consumidor já gasta parte de seu tempo de lazer nos aplicativos de mensagem de sua preferência, e quando as marcas usam esses mesmos canais e caminhos para se comunicar com eles, tudo se adapta a essa facilidade. É a jornada natural de consumo”, comenta Jones. Para o executivo, essa é uma tendência ligada ao conforto, confiança, facilidade e conveniência para o consumidor em suas experiências diárias. 

Para o especialista, não há substituição dos canais convencionais de venda e marketing, mas é preciso investir em novos focos que estão ganhando a atenção, sobretudo em momentos como esse do fim de ano, em que os consumidores já esperam ofertas, novidades etc. “Vale ressaltar que é importante estar preparado para não apenas anunciar, mas para lidar com os dados dos consumidores, garantindo um atendimento personalizado que o fará estar sempre atento ao que sua marca tem a dizer. Todo o ecossistema está mais complexo, e os consumidores estão no centro da mudança. Lembrando disso, as marcas saberão no que investir e como se preparar”, finaliza Jones.

Vitória inédita: Google é obrigado a bloquear anúncios falsos sobre a Havan e Luciano Hang

A Justiça de Santa Catarina decidiu, nesta segunda-feira, 25, que o Google deve bloquear todos os anúncios pagos que usam de forma indevida o nome, imagem e marca da Havan e do empresário, Luciano Hang, sob pena de multa de R$ 200 mil por anúncio divulgado, limitada ao total de R$ 20 milhões. A medida inédita busca combater golpes que enganam consumidores com promoções falsas, especialmente em uma época movimentada como a Black Friday. 

A juíza Joana Ribeiro, da Comarca de Brusque, responsável pelo caso, destaca que os golpes estão cada vez mais realistas, com auxílio do uso da inteligência artificial e que, mesmo quem é cuidadoso, pode ser enganado. Ela afirma que o Google precisa garantir que apenas anúncios de contas oficiais da Havan ou de Luciano Hang sejam exibidos.

O advogado da Havan e Luciano Hang, Murilo Varasquim, comemora a decisão inédita e diz que ela é um passo importante para evitar que golpistas usem o nome de empresas sérias para enganar consumidores. 

O dono da Havan, Luciano Hang, ressalta que é inaceitável que grandes plataformas ganhem dinheiro com anúncios falsos. “As plataformas precisam ser responsabilizadas, pois além de causar danos à imagem de pessoas e empresas, geram prejuízos incalculáveis para as pessoas”, diz. 

O empresário acrescenta que a ação acontece em um momento de alta atenção aos golpes online. “As pessoas precisam estar cada vez mais atentas e conferir sempre a veracidade nos canais oficiais”.

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