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iFood e Mottu anunciam parceria inédita para ampliar benefícios exclusivos a entregadores

O iFood, empresa brasileira de tecnologia, e a Mottu, maior plataforma de aluguel de motos do país, anunciam uma parceria para ampliar os benefícios aos entregadores no Brasil. A iniciativa reduz barreiras e possibilita que mais pessoas tenham acesso a uma moto para trabalhar no delivery, inclusive aquelas com pendências financeiras. A colaboração reúne vantagens exclusivas para quem entrega pelo iFood e já aluga seu veículo com a Mottu ou deseja iniciar uma locação, com foco em aumento de ganhos, redução de custos e mais suporte no dia a dia.

A partir de setembro, entregadores de todo o País passam a contar com ganhos extras, acesso facilitado a veículos econômicos e com IPVA incluso, além de suporte em caso de roubo, e de mais comodidade. Entre as principais vantagens estão:

  • Aumento de ganhos – Os profissionais que alugam motos pela Mottu e atuam no iFood poderão ampliar sua renda com benefícios exclusivos. A cada desafio concluído, que consiste em realizar uma quantidade específica de corridas em determinados períodos, o entregador pode receber até R$350 extras por mês. Além disso, quem mantém alto nível de ocupação garante até 10% de retorno em Mottu Cash, um crédito convertido a partir do valor pago no aluguel e que pode ser utilizado em casos de despesas. Na prática, isso significa mais receita por entrega e maior potencial de faturamento diário.
  • Descontos – Entregadores novos em ambas as empresas terão acesso facilitado a motos econômicas, com até 20% de desconto na caução e condições especiais para iniciar ou renovar o contrato de aluguel.
  • Comodidade – Algumas oficinas da Mottu estão em fase de testes para funcionar como pontos de apoio aos entregadores. Elas já oferecem serviços de manutenção para motos da marca e espaço de descanso.
  • Economia – Os planos da Mottu garantem previsibilidade de custos e podem gerar economia significativa em combustível (60 km/l, quase o dobro da média das motos convencionais). O modelo, com diárias a partir de R$19, já se mostra competitivo frente a outros custos do dia a dia, oferecendo mais previsibilidade ao entregador e garantindo que o ganho líquido da atividade seja ampliado.

Para ter acesso aos benefícios, é preciso ter mais de 18 anos e cadastro nos dois aplicativos, e ter uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) válida na categoria A. O processo pode ser feito totalmente online. Além disso, as companhias estudam implementar um fluxo de cadastro simplificado para quem quiser participar das duas empresas.

“Nossa prioridade é apoiar quem está nas ruas todos os dias. Por isso, essa parceria busca oferecer soluções práticas, que ajudem os entregadores a ter mais autonomia e melhor rendimento de forma facilitada”, afirma Johnny Borges, Diretor de Impacto Social do iFood.

Rubens Zanelatto, CEO da Mottu, complementa: “Na Mottu, qualquer pessoa que deseja conquistar uma moto encontra um caminho acessível e sem burocracia. Com a parceria com o iFood, além do acesso facilitado às motos mais econômicas do mercado, os entregadores passam a contar com condições especiais e ganhos extras, tornando essa a melhor opção para quem quer trabalhar com delivery”.

O programa é exclusivo para entregadores ativos no iFood e locatários Mottu, o que reforça a posição das plataformas como as melhores opções para quem deseja atuar com delivery no Brasil. Hoje, o iFood conta com cerca de 450 mil entregadores ativos em mais de 1.500 cidades e segue ampliando seus investimentos em soluções que oferecem vantagens únicas para quem trabalha com a empresa.

A parceria fortalece a capilaridade logística do iFood e consolida a Mottu como parceira estratégica na oferta de veículos mais econômicos e suporte técnico aos entregadores. Os veículos disponíveis nas lojas Mottu oferecem isenção de IPVA, licenciamento, suporte em casos de roubo, cobertura para danos a terceiros e assistência 24h.

A parceria com a Mottu fortalece ainda mais o pacote de vantagens do iFood, que vem sendo ampliado de forma consistente para apoiar os entregadores da plataforma em diferentes frentes. A iniciativa se soma ao iFood Super – programa que reconhece os profissionais mais engajados com benefícios financeiros. Essas ações reforçam o compromisso do iFood com a valorização contínua dos entregadores, promovendo mobilidade, economia, suporte técnico e mais oportunidades para quem está nas ruas todos os dias.

Parcerias

O iFood tem avançado na agenda de parcerias com empresas que compartilham a mesma cultura de inovação e tecnologia, e que oferecem soluções para diferentes partes do ecossistema, com foco em gerar valor para entregadores, lojistas e consumidores.

Já em fase piloto, a iniciativa deve envolver mais de 5 mil motociclistas, com acompanhamento próximo dos ganhos e da economia gerada. Atualmente, a Mottu possui mais de 130 mil motos alugadas aptas a participar da parceria com o iFood, além de uma rede de 146 pontos físicos distribuídos em mais de 120 cidades brasileiras.

“O nosso objetivo é firmar parcerias que fortaleçam nossa proposta de valor cada vez mais, com soluções consistentes para os estabelecimentos parceiros, consumidores e entregadores. A gente entende que o benefício nunca é só para o público diretamente atingido, ele se reflete em todo o ecossistema. E é essa a visão do iFood quando traz para perto empresas que estão transformando suas áreas de atuação, como a Mottu”, diz o diretor sênior de Inovação do iFood, Thiago Viana.

Personalidade sob pressão: pesquisa aponta traços de personalidade indicativos de burnout

Desde o fim de maio passado, as empresas brasileiras discutem um novo marco legal sobre saúde mental no ambiente corporativo. A atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), cuja obrigatoriedade de implementação foi adiada para 2026, prevê que as organizações identifiquem e mitiguem riscos psicossociais como estresse, assédio moral e sobrecarga emocional. Nesse contexto, gestores e profissionais de Recursos Humanos precisam compreender, mais do que nunca, as diferenças individuais e condições de trabalho que podem levar ao burnout.

Estudos recentes da Hogan Assessments – uma das maiores editoras de testes psicológicos do mundo, com foco na avaliação da personalidade no trabalho – apontam que determinados traços de personalidade podem levar algumas pessoas a experimentarem o esgotamento profissional mais rápido que outras.

“O burnout não é apenas resultado de características individuais; ele decorre de uma combinação de fatores. Ambientes tóxicos, demandas excessivas e chefias hostis podem levar ao esgotamento até o profissional mais resiliente”, alerta Roberto Santos, sócio-diretor da Ateliê RH, empresa que distribui os assessments Hogan no país.

Maior suscetibilidade ao estresse

A pesquisa da Hogan, feita a partir das respostas dos testes psicológicos da empresa, o que configura uma base de milhares de respostas ao redor do mundo – inclusive no Brasil – aponta que, embora qualquer pessoa esteja sujeita ao estresse crônico, dois traços estão associados a um risco maior de burnout: escores baixos nas escalas Ajustamento e Ambição – medidas utilizadas para se avaliar os traços de personalidade de um indivíduo.

“O traço de Ajustamento refere-se à estabilidade emocional e resiliência a pressões diárias. Pessoas com baixa pontuação nessa escala são mais sensíveis ao estresse e menos resilientes, ficando suscetíveis à exaustão durante longos períodos de tensão. Elas têm elevada autocrítica, sentem-se facilmente sobrecarregadas, preocupadas e inseguras sob pressão, e apresentam dificuldade em “desligar” emoções negativas após o expediente”, explica Santos.

Já profissionais com baixa pontuação em Ambição revelam perfis que se dedicam ao trabalho sem buscar avanço a posições de liderança. Geralmente, não gostam de competir e podem se sentir sobrecarregados quando precisam assumir responsabilidades adicionais ou se comprometer com metas ambiciosas.

A pesquisa da Hogan Assessments também identificou 11 comportamentos do chamado lado “sombra” da personalidade ou “descarriladores de carreira”, comportamentos que podem tirar a carreira profissional dos trilhos. Dois desses traços são indicativos de maior propensão à doença: escores elevados nas escalas Temperamental e Cauteloso.

De acordo com o estudo, profissionais com uma alta pontuação na escala Temperamental são pessoas muitas vezes, apaixonadas pelo que fazem, e bastante enérgicas, porém emocionalmente voláteis – com tendência a oscilar do entusiasmo à frustração rapidamente. Esse mesmo fervor que os impulsiona pode levá-los ao esgotamento, pois costumam ter maior dificuldade em gerenciar emoções negativas por se fustrarem facilmente, o que pode levar ao estresse prolongado.

“Por outro lado, indivíduos com pontuações elevadas em Cauteloso tendem a evitar riscos por medo de falhar. Embora prudentes, hesitam na tomada de decisões em ambientes de alta pressão, paralisando-se diante da possibilidade de erro, o que aumenta a sensação de sobrecarga e exaustão”, alerta o executivo.

Como identificar riscos no cotidiano corporativo

No dia a dia, profissionais com baixa estabilidade emocional (Ajustamento) frequentemente reagem intensamente a contratempos. Pequenas mudanças, conflitos ou cobranças adicionais podem gerar níveis desproporcionais de estresse ou irritação. Esses indivíduos demonstram mudanças de humor frequentes, pessimismo e dificuldade de concentração. Quando também apresentam baixa Ambição, tendem a evitar desafios ou grandes responsabilidades, permanecendo em suas zonas de conforto.

“No curto prazo, isso pode funcionar como mecanismo de proteção. Porém, em cargos de alta demanda, resulta em acúmulo de tarefas, adiamento de decisões importantes e sensação de incapacidade diante de exigências crescentes, levando ao burnout”, explica Santos.

Profissionais com traços Temperamental e Cauteloso deixam claras pistas de risco no cotidiano. Um gestor com alto traço Temperamental inicia projetos com entusiasmo, mas desanima rapidamente frente a obstáculos, tornando-se emocionalmente imprevisível. Essa instabilidade cria insegurança na equipe.

Já o profissional excessivamente Cauteloso mostra relutância em tomar decisões difíceis ou inovar, avaliando excessivamente riscos mínimos. Em ambientes acelerados, essa hesitação pode levar à perda de prazos e oportunidades, acumulando pressão sobre si e colegas. Sua necessidade constante de validações amplifica o estresse e pode afetar o ambiente organizacional.

Burnout como fenômeno sistêmico

O burnout não é apenas um problema individual, mas organizacional e cultural. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica-o como “fenômeno ocupacional”, resultado de estresse crônico no trabalho mal gerenciado.

O esgotamento surge quando há descompasso persistente entre demandas do trabalho e capacidade do indivíduo para supri-las. Embora fatores de personalidade influenciem, o contexto é determinante: em uma cultura saudável e com gestão sustentável, até pessoas predispostas podem evitar o burnout; já ambientes tóxicos prejudicam até os profissionais mais resilientes.

Pesquisas da Gallup mostram que principais causas de burnout estão ligadas ao ambiente e às práticas de gestão: tratamento injusto, cargas excessivas, falta de clareza, ausência de apoio das lideranças e prazos irreais. A conclusão dominante dessa pesquisa é clara: “as pessoas deixam os chefes, não as empresas”.

Uma análise da McKinsey também indica que locais de trabalho hostis, com liderança abusiva ou demandas excessivas, elevam drasticamente as taxas de burnout. Funcionários em ambientes tóxicos têm probabilidade muito maior de se desligar devido ao esgotamento. Demandas crônicas que superam recursos disponíveis, como equipes reduzidas após demissões sem ajustes equivalentes nas metas, causam sobrecarga, jornadas excessivas e estresse exacerbado. Todos esses fatores residem na esfera de responsabilidade das organizações.

Estratégias de mitigação

Enfrentar o burnout exige um olhar integrado. “Compreender quem somos afeta nossa reação às pressões, mas é a cultura e a estrutura ao nosso redor que definem o limite entre desafio saudável e sobrecarga”, ressalta Roberto Santos.

Para profissionais de RH, mapear e gerir proativamente as vulnerabilidades comportamentais das equipes e dos líderes desde a contratação é tão estratégico quanto gerenciar produtividade, orçamento ou inovação.

“A mensagem é clara: o investimento em avaliações que identifiquem essas vulnerabilidades comportamentais não é só uma boa prática, mas uma estratégia essencial para promover ambientes saudáveis e produtivos, especialmente diante da nova exigência da NR-1”, conclui o especialista.

Bitybank lança cadastro via Pix e reduz tempo de abertura de conta para menos de 1 minuto

O Bitybank, banco digital especializado em criptoativos, anuncia o lançamento do Cadastro via Pix, uma solução inédita que permite a compra de Bitcoin e Ethereum de forma instantânea, apenas com o envio de um Pix. A novidade elimina barreiras tradicionais, como baixar um aplicativo ou preencher formulários antes da primeira compra, tornando o primeiro contato com criptomoedas mais simples e acessível.

Para utilizar o serviço, basta enviar um Pix para uma das chaves oficiais do Bitybank: btc@bity.com.br (para Bitcoin), eth@bity.com.br (para Ethereum) ou cadastro@bity.com.br (para depósito em reais). O valor mínimo é de R$10. Assim que a transferência é realizada, o sistema identifica o CPF e o nome do remetente e efetua a operação vinculada a esses dados, criando automaticamente uma conta para esse novo usuário.

O acesso aos ativos ocorre após a conclusão do cadastro no aplicativo, que pode ser feita com calma no futuro, em um momento mais propício para o cliente.

Entre os principais benefícios do Cadastro via Pix estão:

  • Não é necessário baixar o app para começar;
  • Nenhum formulário precisa ser preenchido no primeiro momento;
  • Compra de cripto em poucos segundos, ao enviar um PIX;
  • Operações seguras, vinculadas ao CPF e em uma empresa brasileira, com 7 anos no mercado.

“O Cadastro via Pix é mais do que um produto, é um convite para que qualquer pessoa possa dar seus primeiros passos no mundo cripto sem complicações. Nosso objetivo é reduzir barreiras, oferecer simplicidade e garantir segurança em cada etapa do processo”, afirma Ney Pimenta, CEO do Bitybank.

O lançamento acontece em um momento de expansão do uso do Pix, que já movimenta bilhões de transações por mês no Brasil, e de crescente adoção das criptomoedas. Ao unir esses dois ecossistemas, o Bitybank busca democratizar o acesso ao mercado cripto, reforçando sua posição como referência em inovação no setor financeiro digital.

Como fotos editadas por IA ajudam vendedores brasileiros a vender mais gastando menos?

A imagem ainda vale mais do que mil palavras, especialmente no e-commerce. Consumidores levam em média apenas 50 milissegundos para formar uma primeira impressão sobre um produto online, segundo dados de uma pesquisa Google. Com a popularização de ferramentas de inteligência artificial voltadas à edição de fotos, vendedores brasileiros têm encontrado alternativas mais acessíveis e eficientes para apresentar seus produtos online, sem depender de ensaios fotográficos profissionais, que costumam ser caros e demorados.

Em vez de montar estúdios, contratar fotógrafos ou alugar locações, lojistas que vendem no Mercado Livre, Shopee, Elo7, Instagram Shopping ou plataformas como Nuvemshop e Shopify têm adotado imagens geradas por IA para simular contextos realistas. Uma almofada artesanal pode aparecer em uma sala de estar moderna; um cosmético natural, sobre uma bancada de banheiro iluminado; uma caneca feita à mão, nas mãos de um modelo em uma mesa de café da manhã. Tudo isso feito digitalmente, com base em uma única foto simples do produto, geralmente feita com o celular.

O recurso, conhecido como encenação de produto com IA, utiliza algoritmos para posicionar produtos em cenários que imitam a realidade, ajustando automaticamente luz, sombras, perspectiva, escala e temperatura de cor. Ao contrário das maquetes digitais ou montagens tradicionais, as ferramentas atuais foram treinadas para entender tanto o objeto quanto o ambiente, resultando em imagens que parecem ter sido produzidas em sessões fotográficas reais.

“Antigamente, criar boas imagens de estilo de vida exigia toda uma produção: locação, casting, fotógrafo, direção de arte e edição. Isso custa caro e demanda tempo, um luxo que a maioria dos vendedores simplesmente não tem”, explica Matt Rouif, CEO da Photoroom, startup especializada em edição de imagens com IA. “Hoje, em poucos minutos, é possível gerar uma biblioteca de fotos realistas com qualidade profissional.”

A proposta é simples: com uma imagem limpa do produto, o lojista pode gerar dezenas de variações ambientadas para diferentes canais. Além de páginas de produto, essas imagens são usadas em campanhas de e-mail, redes sociais, anúncios pagos e vitrines virtuais. A flexibilidade visual também permite adaptar as peças para diferentes públicos, por exemplo, posicionando um mesmo tênis, em uma trilha esportiva ou em um ambiente urbano, conforme o perfil da campanha.

Para muitos comerciantes brasileiros, principalmente os que operam sozinhos ou em equipes enxutas, essa tecnologia se tornou um diferencial competitivo. “Os custos para uma sessão de fotos completa com locação, fotógrafos, modelos e edição podem facilmente ultrapassar R$ 5 mil. É inviável repetir esse processo a cada novo lançamento ou campanha promocional. Com IA, resolvemos isso em minutos, com um investimento simbólico”, diz Matt.

Mais do que uma solução prática, as imagens contextualizadas desempenham um papel estratégico ao compensar a ausência do contato físico com o produto durante a jornada de compra online.

Segundo especialistas do setor, esse tipo de narrativa visual desperta interesse imediato, além de gerar maior confiança e conexão emocional. “Se você vende sabonetes artesanais, camisetas estampadas ou bijuterias feitas à mão, mostrar seus produtos no contexto certo pode ser o diferencial entre ser ignorado ou vendido”, acrescenta o CEO da Photoroom.

Além disso, a facilidade na produção de imagens permite às equipes testar rapidamente quais visualizações geram mais valor. Com menos tempo e custo por imagem, é possível realizar testes A/B com diferentes contextos visuais e concentrar esforços nas campanhas e ativos criativos que mais convertem.

“A IA não substitui a criatividade humana, mas multiplica o alcance do que uma pequena equipe consegue produzir. E, no comércio online, onde tudo começa pela imagem, isso faz toda a diferença”, finaliza Matt.

Lockers se tornam aliados estratégicos para pequenos negócios

O ecossistema de pequenos negócios no Brasil está em plena expansão. Entre janeiro e maio deste ano, o país viu a abertura de 2,21 milhões de novas empresas, sendo a grande maioria (97%) composta por microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). Este número representa um aumento de 24,9% em relação ao mesmo período do ano passado e evidencia a força do empreendedorismo autônomo. Para muitos deles, que atuam na venda de roupas, cosméticos ou eletrônicos, a logística de entrega é um dos principais desafios.

Nesse cenário, os armários inteligentes surgem como aliados estratégicos. Os lockers permitem que o vendedor deposite a mercadoria em um ponto seguro para que o cliente a retire no horário que for mais conveniente, sem a necessidade de encontros presenciais ou do pagamento de fretes caros. Essa flexibilidade não apenas otimiza a operação do vendedor, mas também melhora a experiência de compra, fator crucial para a fidelização.

“Nossa missão é democratizar o acesso a uma logística de ponta. O pequeno empreendedor não precisa mais se preocupar em ter um espaço físico ou em conciliar sua agenda com a do cliente para uma entrega”, explica Gabriel Peixoto, CEO da Meu Locker. “Ao usar um armário inteligente, ele oferece um serviço profissional, seguro e disponível 24/7. Isso não apenas resolve um problema logístico, mas também agrega valor à sua marca e o coloca em pé de igualdade com negócios maiores”, conclui.

Top 15: ranking inédito do HypeAuditor revela as marcas mais mencionadas por influenciadores no Brasil

Um levantamento inédito revela quais foram as 15 marcas brasileiras mais mencionadas por influenciadores do país no último ano. O estudo, realizado pelo HypeAuditor, mapeou todas as menções (orgânicas e patrocinadas) feitas por milhares de criadores de conteúdo entre julho de 2024 e julho de 2025 na rede social Instagram. 

A análise reúne dados como as marcas com maior volume de menções (em número de posts), a quantidade de influenciadores únicos que citaram cada marca, o total de interações dos usuários –somando curtidas e comentários – e a estimativa de equivalência publicitária gerada por essas menções.

O Top 15 do HypeAuditor revela um predomínio dos segmentos de beleza e cosméticos (6 marcas), varejo de moda e vestuário (4 marcas) e plataformas de e-commerce multissetorial (2 marcas)   O material oferece um panorama valioso sobre a presença de marca no ecossistema de influência no Brasil — e sobre como os influenciadores ajudam a consolidar e manter a relevância e a reputação de determinadas marcas na percepção do consumidor.

INTELIGÊNCIA DE DADOS

O HypeAuditor é uma plataforma de análises e gerenciamento de marketing de influência, que atua em todas as etapas para otimizar campanhas digitais, passando pela descoberta de criadores, gerenciamento de campanhas e analises e relatórios para marcas e agências em todo o mundo. Com um dos sistemas mais avançados do mercado para a detecção de fraudes, a partir do uso de IA e machine learning para detectar  padrões de comportamento, a plataforma também dispõe de uma base de mais de 200 milhões de influenciadores nas  maiores redes sociais, incluindo Instagram, TikTok, X, YouTube e Twitch. 

DESTAQUES DO RANKING

Entre os destaques do estudo, a Growth Supplements lidera com folga o ranking de menções, com mais de 47 mil posts, feitos por cerca de 7,9 mil influenciadores. Além do volume, chama atenção o alto engajamento: foram mais de 297 milhões de curtidas e 4,2 milhões de comentários. Os números revelam como marcas do setor de saúde e bem-estar têm encontrado espaço para crescer com estratégias de influência digital.

Shein Brasil, em segundo lugar, também impressiona ao reunir o maior número de influenciadores (cerca de 8,8 mil) e manter um engajamento robusto, com cerca de 2,9 milhões de comentários e mais de 102 milhões de curtidas. Já a Netflix Brasil na quarta posição mostra que marcas de entretenimento também sabem usar o poder da influência: mesmo com menos menções do que as líderes, a marca se destaca pelo engajamento acima de 1,2 milhão de comentários, reflexo da conexão emocional com o público.

O setor de beleza e cosméticos também se destaca no Top 15, com marcas como Vòlia CosméticosO BoticárioMundial Impala e Natura. A recorrência dessas empresas reforça o papel dos criadores de conteúdo como catalisadores de tendências de consumo no segmento de autocuidado.

Já no varejo e moda, marcas como Adidas BrasilRenner e a própria Shein demonstram uma atuação consistente. A estratégia parece ser o investimento em parcerias duradouras com influenciadores, promovendo múltiplos conteúdos ao longo do tempo, o que contribui para reforçar a lembrança de marca e gerar um impacto publicitário acumulado relevante.

“Além de oferecer um panorama das marcas mais mencionadas, o estudo revela que a consistência e a escolha estratégica de influenciadores têm mais peso do que simplesmente apostar em grandes volumes de campanhas pontuais. Criadores com histórico de boa performance e alinhamento com os valores da marca são priorizados para colaborações recorrentes, aumentando a eficiência da comunicação.”, afirma Maria Marques, Gerente de Marketing para a América Latina do HypeAuditor.

Top 15 das marcas brasileiras mais mencionadas por influenciadores no Instagram (Clique aqui para acessar todos os dados do ranking do HypeAuditor)

  1. Growth Supplements (Saúde / Suplementos)
  2. Shein Brasil (Varejo / Moda e Vestuário)
  3. Vòlia Cosméticos (Beleza / Cosméticos)
  4. Netflix Brasil (Entretenimento)
  5. O Boticário (Beleza / Cosméticos)
  6. Mundial Impala (Beleza / Cosméticos)
  7. Adidas Brasil (Varejo / Moda e Vestuário)
  8. Shopee Brasil (Varejo / E-commerce multissetorial)
  9. Natura (Beleza / Cosméticos)
  10. Renner (Varejo / Moda e Vestuário)
  11. Risqué (Beleza / Cosméticos)
  12. Ruby Rose Brasil (Beleza / Cosméticos)
  13. C&A Brasil (Varejo / Moda e Vestuário)
  14. Cacau Show (Alimentação)
  15. Mercado Livre (Varejo / E-commerce multissetorial)

E-mail marketing: ultrapassado ou eficaz?

Quantas vezes você já ouviu a frase “o e-mail está ultrapassado”? Em um mundo onde as redes sociais e diversas plataformas de comunicação dominam as estratégias de marketing, é comum ver empresas que descartam a caixa de entrada, a considerando como um cemitério digital, cheio de spans e mensagens esquecidas. Mas, e se essa percepção estiver errada? E se essa ferramenta que muitos consideram antiquada for, na verdade, uma das mais resistentes e benéficas para atrair e fidelizar cada vez mais clientes?

Por mais que o e-mail seja visto como uma ferramenta “antiga” por muitas pessoas, diversas pesquisas mostram que ele continua sendo um pilar fundamental tanto para a comunicação pessoal quanto para o marketing digital. Um estudo da Netexperts, como prova disso, indica que 92% dos brasileiros ainda utilizam esse canal, sendo que, desses, 61% o acessam diariamente. Quanto à sua finalidade, outra pesquisa da MediaPost revelou que 72% dos consumidores o direcionam como seu canal ideal de comunicação com as empresas.

Longe de ser obsoleto, esses dados mostram como essa ferramenta ainda continua fortemente presente no dia a dia da população. Deste modo, quando investido nas estratégias corporativas, é capaz de trazer uma série de benefícios para ambas as partes. Para o consumidor, o e-mail não é visto como spam, mas sim como uma fonte de informação relevante, integrado à rotina para assuntos mais importantes e, até mesmo, comerciais, sendo facilmente acessado nos horários mais apropriados em seu dia a dia.

Para as empresas, além de ser um dos meios com maior custo-benefício do mercado – com várias ofertas disponíveis a serem adaptadas dependendo do projeto desenhado – permite a personalização das campanhas conforme a segmentação e objetivos definidos por cada empresa, criando mensagens customizadas direcionadas ao perfil, histórico e preferências de cada cliente, ao invés de textos padrões e generalizados.

Esses envios podem ser feitos de maneira automatizada e otimizada baseadas em gatilhos e comportamentos de cada pessoa. Isso contribui para que cheguem à caixa de entrada nos dias e horários mais adequados para cada um, aumentando as chances de abertura e conversão. Quanto mais personalizados esses conteúdos forem, melhores serão esses resultados, despertando interesse nos consumidores diante de textos relevantes que façam sentido para suas necessidades.

Afinal, de acordo com estudos da McKinsey, 71% dos consumidores esperam interações personalizadas das empresas, e quando essa expectativa não é atingida, 76% se sentem frustrados. Todos esses cuidados, juntos, somam os ingredientes necessários para uma estratégia de sucesso quanto aos benefícios do e-mail marketing, enriquecendo essa experiência com as marcas e elevando a retenção de cada vez mais clientes.

Entretanto, assim como toda receita, é necessário se atentar a alguns detalhes importantes para que este preparo dê certo, começando por um dos pontos mais cruciais nesses resultados: a base de contatos. Antes de iniciar qualquer disparo, utilize ferramentas de inteligência que higienizem essa lista e garantam sua qualificação, para que tenham certeza de que estão entrando em contato com as pessoas que têm interesse nos seus serviços ou produtos. Essa limpeza já será metade do caminho andado.

A partir disso, foque na personalização do conteúdo, trazendo textos atrativos para cada necessidade. Aproveite essas mensagens para oferecer ao usuário a possibilidade de continuarem sua jornada nos outros meios de comunicação que a empresa tenha, criando uma estratégia omnichannel que permita a cada um se comunicar com a marca em seu canal predileto e proporcionando, com isso, uma maior amplitude de possibilidades para manter esse relacionamento.

Faça, também, testes A/B para analisar se as campanhas estão gerando os resultados esperados, sempre se baseando em objetivos claros estabelecidos através do e-mail marketing. Até porque, dependendo da etapa da jornada que cada cliente estiver, é possível construir uma abordagem específica para direcioná-lo ao melhor caminho, mantendo seu engajamento e interesse. Uma cadência excessiva e não aderente pode levar à insatisfação e perda desse consumidor.

Por fim, não deixe de garantir a empregabilidade dessa ferramenta, tendo profissionais qualificados por trás que auxiliem na manutenção da gestão dessa infraestrutura, o que refletirá não apenas em um design responsivo em todas as plataformas, mas que também mensurem, em tempo real, todas as informações de desempenho dessas campanhas, para que essa estratégia consiga maximizar sua assertividade na conversão e retenção de clientes.

Wilton Farelli é Gerente Operacional da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de VoiceBot, SMS, e-mail, chatbot e RCS.

Lei de Inovação busca aproximar empresas, Estado e instituições científicas para impulsionar o desenvolvimento

Criada em 2004 e reformulada em 2016, a Lei de Inovação (Lei 13.243) tem como principal função criar um ambiente seguro para a colaboração entre empresas, instituições de pesquisa e o poder público. Mais do que apenas um conjunto de regras, a legislação representa uma estratégia para garantir que o Brasil consiga transformar conhecimento em desenvolvimento econômico e políticas públicas mais eficazes. 

Para o consultor jurídico da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag), sócio-fundador de Silva Ribeiro Advogados Associados, doutor e mestre pela PUC/SP e professor de Processo Civil da PUC-SP/COGEAE, Leonardo Ribeiro, a lei permite, de forma sólida e segura, uma parceria entre vários atores, como órgãos públicos, instituições de pesquisa públicas, empresas privadas e organizações do terceiro setor, para que todos possam buscar soluções inovadoras.  

Segundo o advogado, um dos méritos da lei é romper com a ideia, ainda comum, de que contratos com o poder público são sempre desequilibrados e burocráticos. “Há um certo temor das instituições privadas em se aliar ao poder público. A lógica que se tem, e que é equivocada, é que essas parcerias trazem cláusulas abusivas. A Lei de Inovação não parte dessa premissa, pelo contrário, ela cria instrumentos jurídicos que viabilizam uma relação mais equilibrada, mais horizontal”. 

Já, o procurador do Estado de São Paulo, coordenador do Núcleo Temático de Propriedade Intelectual e Inovação da PGE/SP, mestre em Direito Econômico, doutor (Ph.D) em Direito Administrativo, Rafael Carvalho de Fassio, destaca que inovar é mais do que um diferencial competitivo: é uma necessidade. “Inovação não é algo que fazemos porque é bacana. Inovar é uma estratégia de sobrevivência. Para a empresa, é o que permite se manter no mercado; para o Estado, é uma ferramenta de crescimento e desenvolvimento”. 

Fassio lembra que a legislação surgiu diante da percepção de que o direito administrativo tradicional não oferecia mecanismos adequados para parcerias voltadas à inovação. “Quase nada do que está na lei era impossível de ser feito antes. O que ela fez foi facilitar, simplificar e oferecer segurança jurídica, sendo uma resposta à ineficiência das vias tradicionais do Estado”, observa. Para ele, a principal premissa da legislação é justamente a parceria. “Ninguém cresce sozinho. O setor privado precisa do capital intelectual das instituições públicas e o Estado necessita do investimento e da agilidade das empresas. A lei de inovação tenta facilitar esse encontro”. 

Na prática, para uma empresa interessada em inovar, o primeiro passo é identificar qual é a dor que se deseja resolver, seja um produto, um serviço ou um processo. A partir daí, a legislação permite firmar parcerias com instituições públicas ou privadas de pesquisa. “O importante é que todos esses atores estão à disposição e a lei traz os mecanismos para que as parcerias ocorram com segurança”, afirma Leonardo Ribeiro. 

Essas colaborações podem gerar soluções que, além de atender às demandas de mercado, se transformem em propriedade intelectual compartilhada, contribuindo para gerar receita, fortalecer o ecossistema científico e beneficiar a sociedade. 

Controles e segurança jurídica 

Embora traga mais flexibilidade, a Lei de Inovação também prevê mecanismos de controle e acompanhamento. “Ela propõe instrumentos jurídicos de prateleira para formalizar as parcerias. Há o controle jurídico, o controle de execução, durante a vigência da parceria, e, em caso de uso de recurso público, a prestação de contas”, explica Ribeiro. 

De acordo com o procurador, o controle é um tema delicado, especialmente na administração pública. “O gestor público, por medo da responsabilização, muitas vezes evita caminhos inovadores e reproduz práticas já conhecidas. A lei ajuda a reduzir esse receio ao oferecer segurança jurídica para ações mais ousadas”. 

O desafio, segundo os especialistas, é cultural. “É preciso ter humildade intelectual. A empresa precisa reconhecer o valor do conhecimento que está no setor público e o Estado precisa entender a importância do investimento privado para a pesquisa. A Lei de Inovação serve exatamente para viabilizar essas trocas de forma justa, eficiente e segura”, aponta Fassio. 

Inteligência artificial e inovação: uma convergência inevitável 

A recente popularização da inteligência artificial (IA), especialmente com ferramentas como o ChatGPT, tem aproximado o debate sobre inovação para públicos que antes não se viam inseridos nesse contexto. Para os especialistas, esse movimento pode ser decisivo para ampliar o entendimento sobre a importância da Lei de Inovação. 

“A inteligência artificial ficou muito mais próxima da gente. Quando o ChatGPT foi socializado, todo mundo passou a discutir qual seria o impacto dessa tecnologia na saúde, no emprego, no direito, no jornalismo. Esse debate saiu do meio acadêmico e passou a fazer parte do cotidiano. Isso ajuda a aproximar quem não está tradicionalmente envolvido com inovação a compreender o quanto esses avanços impactam diretamente em nossas vidas”, explica Fassio. 

Segundo o procurador, ao perceber que tecnologias como a IA já estão transformando a forma como as pessoas trabalham e tomam decisões, empresas e instituições começam a buscar com mais interesse os instrumentos legais que permitem viabilizar projetos inovadores, e é nesse ponto que a Lei de Inovação cumpre um papel fundamental. 

Leonardo Ribeiro, que também pesquisa o tema em nível acadêmico, compartilha da mesma visão. “Inteligência artificial é inovação na veia. Ela veio para revolucionar a nossa relação com o mundo, com os nossos empregos e com tudo o que fazemos”, afirma. Embora ainda estejamos, segundo o advogado, lidando com o que se chama de “inteligência artificial fraca”, ou seja, sistemas especializados em tarefas específicas, sem autonomia ou consciência, o potencial transformador já é evidente. “Quando avançarmos para uma inteligência artificial forte, aí sim será uma revolução. Hoje, tarefas que levariam dias para um ser humano executar são resolvidas em segundos. Mas é preciso saber utilizar bem essa ferramenta, porque ela, de fato, muda tudo”. 

Na visão dos especialistas, a inteligência artificial não apenas é uma aliada da inovação, mas será cada vez mais central nos processos de pesquisa, desenvolvimento e formulação de políticas públicas. “Ela será um parceiro importantíssimo para quem deseja inovar, tanto no setor público quanto no setor privado”, prevê Ribeiro. 

Propriedade intelectual, segurança jurídica e equilíbrio entre os parceiros 

Um dos temas mais sensíveis quando se trata de inovação é a gestão da propriedade intelectual. Segundo Rafael Fassio, é justamente nesse ponto que a Lei de Inovação promove avanços significativos, oferecendo regras claras para proteger criações e assegurar uma repartição justa dos direitos entre os envolvidos. 

“Quando tratamos de propriedade intelectual, falamos da proteção de uma criação que, muitas vezes, é fruto da colaboração entre duas ou mais partes, sejam instituições públicas, privadas ou ambas. A Lei de Inovação permite estabelecer critérios proporcionais, com base naquilo que cada parte aportou, seja capital financeiro, conhecimento técnico ou infraestrutura”, explica o procurador. 

Além disso, ele destaca que as negociações precisam prever cláusulas de confidencialidade logo no início. “É importante que as partes assinem um termo de sigilo já no começo da negociação. Isso resguarda tanto o público quanto o privado e permite uma conversa mais franca, protegendo eventuais segredos industriais ou estratégicos que possam estar envolvidos no processo”. 

Leonardo Ribeiro reforça que esse tipo de proteção não é apenas legítima, mas necessária, inclusive para o setor público. “Havia um preconceito antigo de que o Estado não podia trabalhar com informações sigilosas, porque tudo o que faz deveria ser público. Mas isso é um equívoco. Quando o poder público se envolve em inovação, é natural que precise proteger dados estratégicos até que o projeto esteja maduro”. 

Outro paradigma que a lei ajuda a romper é acerca da ideia de que o Estado deve sempre deter a maior parte ou a totalidade dos direitos sobre os resultados de uma parceria. A lógica agora é de negociação horizontal, na qual não há uma prevalência automática do Estado sobre o parceiro privado, e cada um recebe na medida do seu esforço. 

De acordo com os especialistas, a legislação permite, inclusive, que a totalidade da propriedade intelectual fique com o parceiro privado, quando isso fizer sentido. “A lei reconhece que cada projeto tem suas particularidades. Ela autoriza que a divisão seja ajustada à realidade da parceria, sem imposições generalistas”, esclarece Fassio. 

A transparência também é um pilar importante para o sucesso dessas colaborações. “Após a criação ser finalizada e levada ao mercado, é indispensável manter uma troca constante de informações entre os parceiros. Afinal, a propriedade intelectual se converte em royalties e todos precisam saber o que está sendo feito com o produto ou tecnologia desenvolvida. Sem isso, as relações podem se desgastar e até resultar em disputas jurídicas complexas”, destaca o procurador. 

Da mesma forma, Ribeiro acrescenta que a Lei de Inovação garante que o pesquisador público também possa receber pelos frutos de seu trabalho. Ela estabelece com clareza a possibilidade de remuneração, divisão de royalties e exploração comercial, tanto para o ente público quanto para o privado. 

A mudança de cultura que a lei estimula, valorizando a confiança mútua, a segurança jurídica e o reconhecimento do esforço proporcional, é, para os especialistas, um passo decisivo rumo a um ambiente mais fértil para a inovação no Brasil. 

Desconhecimento e burocracia ainda travam a aplicação da Lei de Inovação 

Para além dos entraves legais e institucionais, dois obstáculos centrais ainda comprometem a plena efetividade da Lei de Inovação no Brasil: o desconhecimento por parte dos atores envolvidos e a burocracia excessiva que permeia o setor público.  

“Existe um desconhecimento tanto do lado do público, quanto das universidades e instituições de pesquisa. Muitas vezes, quando apresentamos a lei em palestras, as pessoas se surpreendem; ‘nossa, a gente pode fazer tudo isso?’”, conta Fassio. Segundo ele, esse estranhamento revela uma lacuna profunda na comunicação da legislação e na sua apropriação prática pelos agentes públicos. 

A burocracia, por sua vez, também se impõe como uma trava recorrente. O chamado “apagão das canetas”, a paralisia decisória causada pelo medo dos gestores públicos de inovar sem respaldo jurídico claro, faz com que muitas administrações sigam operando com os mesmos instrumentos de sempre, mesmo quando eles se mostram obsoletos. “O gestor prefere usar o que conhece, o que faz há 20 anos, a correr o risco de responder por algo novo”, explica Fassio. 

Para tentar contornar esse cenário, iniciativas como o Toolkit do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, desenvolvido pela Procuradoria do Estado de São Paulo, têm oferecido soluções práticas. Com a proposta de simplificar, o projeto reúne documentos-modelo e orientações passo a passo para a aplicação segura dos instrumentos jurídicos previstos no marco legal, funcionando como uma espécie de “tutorial jurídico” para os gestores públicos. 

“Começamos com 10 documentos em 2021, hoje já temos 12 e vamos ampliar para 15. É um projeto que se tornou referência nacional e tem sido usado por outros estados e instituições”, destaca o procurador. A iniciativa também está sendo internacionalizada com versões bilíngues (português-inglês e português-espanhol), com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Brasil Lab. 

Ainda assim, há entraves estruturais que dificultam a uniformização de procedimentos. Como lembra o advogado Leonardo Ribeiro, há uma disparidade significativa entre os instrumentos utilizados em diferentes esferas de governo. Enquanto o Toolkit é bastante usado em São Paulo, no nível federal ainda prevalecem modelos distintos, mais complexos e que não dialogam diretamente com os estaduais. 

Essa divergência normativa acaba gerando insegurança jurídica para os entes públicos e privados que desejam estabelecer parcerias em ciência, tecnologia e inovação. “Quanto mais modelos pré-aprovados tivermos, melhor. Isso traz segurança tanto para o ordenador de despesas quanto para o empresário que quer investir”, reforça Ribeiro. 

Fundações de apoio como elo estratégico 

Presentes em diversos projetos de inovação, as fundações de apoio, como a Fundepag, cumprem uma função estratégica ao operacionalizar as ações, contratar pessoal e gerenciar recursos de forma mais ágil do que a administração direta. 

“As instituições que têm fundações de apoio são justamente as que mais aplicam a lei. Isso é um dado empírico, não uma opinião”, enfatiza Fassio. A atuação das fundações permite contornar, em parte, a lentidão dos processos administrativos tradicionais, especialmente em áreas como suprimentos e gestão financeira de projetos. 

Apesar disso, tanto os representantes do setor público quanto da iniciativa privada precisam ajustar suas expectativas. “O empresário precisa entender que, ao contratar com o Estado, não é possível impor as regras do setor privado. Existe um conjunto de normas específicas que garantem isonomia e controle”, pondera Ribeiro. Para ele, a busca por um meio-termo, com maior compreensão e flexibilidade de ambas as partes, é necessária para destravar as parcerias. 

Embora os avanços sejam reais, há um longo caminho pela frente. A uniformização de entendimentos jurídicos, a maior disseminação de modelos como o Toolkit e o fortalecimento das fundações de apoio são peças-chave para tornar o Brasil um ambiente mais favorável à inovação. “Inovação é algo rápido. E o poder público, muitas vezes, não tem estrutura para acompanhar essa velocidade. Por isso, quanto mais instrumentos jurídicos prontos e seguros tivermos, melhor para todos os lados”, conclui Leonardo Ribeiro. 

Fórum Inovativos reúne grandes nome da inovação digital

Promover conhecimento, networking e valorizar as melhores iniciativas de inovação digital no país. Essa é a proposta do Fórum Inovativos, um dos principais eventos dessa área no Brasil que busca reconhecer essas práticas, debater estratégias, apresentar cases de sucesso e impulsionar a transformação digital em empresas de todos os portes. A edição deste ano ocorrerá no dia 16 de outubro, em São Paulo. As inscrições estão disponíveis no link: https://foruminovativos.com.br/.

Mais do que um evento, seu propósito é oferecer uma experiência imersiva no cenário da inovação digital nacional, reunindo C-levels, diretores, gestores, empreendedores e especialistas de organizações que estão moldando o futuro dos negócios. “Reunimos importantes líderes do setor privado, público, universidades e associações de classe, com o objetivo de abrir discussões amplas e sistêmicas para mapear desafios e buscar caminhos e soluções para o desenvolvimento do ecossistema, tornando o nosso país ainda mais inovador e competitivo. Esse networking pode se tornar uma força transformadora para impulsionar resultados de impacto, abrindo espaço para um futuro cada vez mais digital e sustentável”, explica Marcos Carvalho, Diretor Geral da plataforma Inovativos.

Além de contar com painéis e debates com esses profissionais, o Fórum apresentará os principais cases de sucesso de inovação digital, reconhecendo esses esforços e fomentando debates estratégicos que impulsionam esse movimento em cada vez mais empresas. Sua programação é guiada por cinco pilares analíticos cruciais para essas iniciativas: tecnologias digitais, centralidade no cliente, cultura organizacional e pessoas, valor para o negócio (ROI), impacto socioambiental e governança.

A expectativa é de que, este ano, reúnam cerca de 300 lideranças e mais de 30 palestrantes, que participarão de momentos estratégicos de conexão. Entre os speakers que estarão presentes, estão Leonardo Castilho, CTO e CXO do Grupo Multi; Leonardo Uno, Gerente Executivo de Compliance em Tecnologia do Banco do Brasil; Edgard Usuy, Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo de Santa Catarina; Ricardo Lagreca, Diretor Jurídico e de Relações Governamentais do Mercado Livre; Harold Schultz, Chief AI Officer da Makeone; Júlia Salgado, CFO da Buser; Rafael Tobara, Diretor de Tecnologia, Digital, Inovação e CX do Grupo Elfa; Thaise Hagge, Managing Director e CTO do Compra Agora; Hamilton da Silva, Diretor do Departamento de Incentivos às Tecnologias Digitais do MCTI do Governo Federal, e Juliana Campos, Vice-Presidente de Operações para a América Latina da Worldpay.

No mesmo dia, será realizada a Cerimônia de Reconhecimento do Estudo e Premiação Inovativos, iniciativa organizada em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV EAESP) e a Accenture. Além de destacar as principais iniciativas de inovação no Brasil, os cases vencedores passarão a integrar a Biblioteca Digital de Cases — um acervo de acesso público que dissemina boas práticas e inspira todo o ecossistema nacional de inovação.

Os projetos de todos os inscritos serão avaliados tanto por especialistas da universidade quanto pela consultoria. Além disso, um Conselho Setorial, formado por representantes de importantes entidades da nossa economia que, neste ano, contará com as participações da Abcomm, ABES, Abfintechs, ABSS, Abranet, Abrarec, IBEVAR, ACSP, FecomercioSP, Ibrac e Pagos, dentre outros.

Inovar não é opcional, mas uma necessidade de sobrevivência no mercado atual, garantindo a escalabilidade e prosperidade das empresas. Para aquelas que quiserem se manter à frente nessa jornada, o Fórum Inovativos é uma oportunidade estratégica. “Acreditamos que, juntos, teremos chances muito maiores de resolvermos desafios e abrir caminhos para um futuro mais digital e sustentável. Por isso, não pouparemos esforços para que este evento seja um momento ideal para decisores e líderes que desejam se atualizar, criar soluções estratégicas e conhecer os cases de inovação digital que estão redefinindo o mercado e que possam impulsionar esse potencial em cada uma das empresas”, finaliza Elis Rosa, Gestora do Prêmio Inovativos.

Serviço:

Prêmio e Fórum Inovativos 2025

Prazo para inscrições: até o dia 05 de agosto

Cerimônia de reconhecimento: dia 16 de outubro, na Unibes Cultural, em São Paulo

Link de cadastro para o Prêmio: https://inscricao.premioinovativos.com.br/awards/

Link de inscrição para o Fórum: https://encurtador.com.br/BjgnE.

Pix e Drex: a revolução silenciosa do dinheiro

O Brasil se tornou referência mundial quando o assunto é inovação no sistema financeiro. O lançamento do Pix em 2020 foi um divisor de águas: permitiu transferências instantâneas, gratuitas e disponíveis 24 horas por dia, substituindo velhos hábitos como o uso de dinheiro em espécie, TEDs ou boletos bancários. Agora, com a chegada do Drex, a versão digital do real emitida pelo Banco Central, nosso país se prepara para mais uma transformação, um pouco mais silenciosa, mas ainda assim com um potencial de impacto gigante em nossa jornada financeira.

O Drex, que está sendo desenvolvido como a moeda digital oficial do Brasil, não é apenas uma “versão virtual” do real, como muitos pensam. Trata-se de uma infraestrutura baseada em tecnologia de registros distribuídos (blockchain), que permitirá contratos inteligentes, mais segurança e novas possibilidades de automação em transações financeiras. Diferentemente do Pix, que apenas transfere valores entre contas bancárias, o Drex permite que o próprio dinheiro tenha regras programáveis, o que abre espaço para inovação em áreas como crédito, seguros, pagamentos condicionais e muito mais.

À medida que o sistema da moeda digital se desenvolve, o Banco Central pretende reforçar políticas de segurança e proteção de dados dos usuários. Essa medida realmente se faz necessária visto que dados apontam que o Drex já movimentou R$ 2 bilhões em transações piloto até dezembro de 2024, com uma adesão inicial de 20 instituições financeiras. Já em 2025, a expectativa é que esse número ultrapasse R$ 50 bilhões, com a participação de mais de 100 bancos e fintechs. De acordo com o levantamento da Swiss Capital, o uso do Drex pode reduzir em até 40% os custos operacionais das instituições financeiras, devido à eliminação de intermediários nas transações e ao uso de contratos inteligentes.

Impacto do dia a dia

Com a integração entre Pix e Drex, o consumidor poderá experimentar uma experiência financeira ainda mais fluida. Imagine pagar o aluguel mensal por meio de um contrato inteligente que transfere automaticamente o valor na data certa, ou então obter um empréstimo instantâneo com garantias programadas via Drex. A burocracia será substituída por automação, e a confiança deixará de depender apenas de instituições intermediárias.

Além disso, acredito que a moeda digital pode ser uma aliada poderosa na inclusão financeira. O Pix já deu os primeiros passos nesse sentido, ao oferecer um meio de pagamento simples para milhões de brasileiros desbancarizados. O Drex pode ampliar ainda mais esse acesso ao permitir que fintechs e outras instituições criem produtos mais acessíveis, personalizados e seguros, aproveitando o potencial dos contratos inteligentes e da descentralização.

Naturalmente, nem tudo são flores. A digitalização completa do dinheiro levanta questões importantes sobre privacidade, vigilância estatal e segurança de dados. Há também o risco de exclusão digital, especialmente para camadas da população com pouco acesso à tecnologia ou à internet. Será fundamental garantir que o Drex seja intuitivo e acessível, e que políticas públicas acompanhem sua implementação com foco na educação financeira e digital.

O Brasil está na vanguarda da transformação no sistema financeiro. Com o Pix já consolidado e o Drex em desenvolvimento, caminhamos rumo a um ecossistema em que o dinheiro será mais inteligente, eficiente e inclusivo. No entanto, o sucesso dessa jornada dependerá da capacidade de equilibrar inovação com responsabilidade, assegurando que os benefícios dessa nova era cheguem a todos.

Renan Basso é co-fundador e diretor de negócios da MB Labs, uma renomada empresa especializada em consultoria e desenvolvimento de aplicativos e plataformas digitais. Com uma sólida carreira no setor de tecnologia. Com uma formação em engenharia da computação pela PUC Campinas e MBA na DeVry Educacional do Brasil, Basso é especialista em tecnologia, engenheiro de software e desenvolvimento de sistemas para grandes companhias. Especialista em construção de tecnologia para as indústrias financeiras e super apps. Com vasta experiência no setor de tecnologia e finanças, com objetivo de impulsionar a inovação e criar soluções para fintechs.

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