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Ebanx prevê Pix automático movimentando US$ 30 bilhões nos dois primeiros anos de operação

O Banco Central do Brasil está prestes a lançar o Pix Automático, uma nova modalidade de pagamento que promete impulsionar ainda mais o crescimento do comércio eletrônico no país. Segundo um estudo divulgado pela Ebanx, empresa especializada em tecnologia para pagamentos, a nova funcionalidade deve movimentar ao menos US$ 30 bilhões nos seus dois primeiros anos de funcionamento, considerando apenas o setor de e-commerce. As informações são da Reuters.

O Pix, lançado em novembro de 2020, já se tornou um sucesso absoluto entre os brasileiros, movimentando mais de R$ 2 trilhões por mês em pagamentos e transferências. Com a chegada do Pix Automático, prevista para junho deste ano, a tendência é que esses números cresçam ainda mais, especialmente no comércio eletrônico.

Eduardo de Abreu, vice-presidente de produto do Ebanx, ressalta a relevância do Pix Automático para segmentos do e-commerce que dependem de receitas recorrentes, como serviços de streaming e empresas de software as a service. “Ele (Pix Automático) tende a ser muito grande e muito relevante”, afirma Abreu.

A nova modalidade permitirá o agendamento de pagamentos com recorrência semanal, mensal, trimestral ou anual, em um serviço gratuito para os clientes e ofertado pelas empresas. Isso difere do Pix Agendado Recorrente, já em funcionamento, que parte dos usuários.

Embora o cartão de crédito seja visto como o principal concorrente do Pix Automático no e-commerce, Abreu acredita que a maior parte do crescimento da nova funcionalidade virá de novos clientes, atualmente sem acesso a cartões ou com limites insuficientes para contratar esses serviços.

O estudo da Ebanx, baseado em dados internos e de outras empresas, aponta que o Pix Automático pode ganhar cerca de US$ 2 bilhões de mercado do cartão de crédito no primeiro ano de operação. Atualmente, o cartão de crédito movimenta aproximadamente US$ 50 bilhões em pagamentos recorrentes anualmente no e-commerce brasileiro.

Alexandre Albuquerque, analista sênior da Moody’s Ratings, acredita que os bancos não serão significativamente afetados pelo Pix Automático, uma vez que possuem receitas diversificadas e têm oferecido benefícios para manter os clientes no cartão de crédito, como programas de cashback.

Contudo, alguns bancos já estão se antecipando para ofertar pagamentos recorrentes via Pix, em uma aparente estratégia de fidelização e atração de empresas antes do lançamento oficial. O Santander Brasil, por exemplo, já possui um produto que permite agendar pagamentos recorrentes via Pix, enquanto Bradesco e Itaú Unibanco planejam lançamentos similares para as próximas semanas.

O Pix Automático representa mais um passo na evolução dos pagamentos digitais no Brasil, oferecendo praticidade, segurança e acessibilidade tanto para consumidores quanto para empresas. Com seu potencial de movimentação bilionária, a nova modalidade deve impulsionar ainda mais o crescimento do e-commerce brasileiro nos próximos anos.

Entrega expressa ajuda a fidelizar cliente e manter padrão de qualidade no e-commerce florista

Manter a entrega expressa de flores representa um grande desafio para as floriculturas online. O serviço é considerado um dos mais valorizados pelos consumidores, que buscam presentes de última hora para o aniversário, a comemoração inesperada ou simplesmente para expressar um gesto de carinho, sendo a agilidade na entrega o diferencial competitivo para fidelizar o cliente.

No entanto, oferecer a entrega expressa eficiente no e-commerce de flores requer superar desafios logísticos em um mercado em expansão e que apresenta grandes oportunidades de crescimento para o negócio.

Qualidade das flores

Flores e arranjos são produtos delicados, que necessitam de cuidados extras no manuseio, embalagem e entrega dos itens para preservar a beleza e o frescor.

Sendo assim, o condicionamento das flores é o que garante a disponibilidade do produto de forma cuidadosa, obedecendo critérios como tempo estimado de entrega, temperatura de armazenamento e índice de umidade no ambiente.

Custos operacionais

Os custos operacionais também estão entre os principais desafios para manter a entrega expressa em floriculturas online. Com a demanda por atividades rápidas e eficientes, a modalidade pode elevar as despesas em regiões mais distantes e em casos com alta demanda de pedidos, o que exige o desenvolvimento de estratégias para as entregas.

Infraestrutura logística

Garantir a infraestrutura logística é o que concede êxito em operações de entrega expressa. Manter uma rede de colaboradores e pontos de distribuição estratégicos resulta em menor custo operacional para a modalidade, que demanda ferramentas de rastreamento em tempo real e comunicação mais assertiva e eficiente com o cliente.

5 fatos sobre a Gen Z no mercado de trabalho que você deve saber

Diante de um mercado dinâmico e em constante mudança, a geração Z (nascidos entre 1995 e 2021) cultiva expectativas e enfrenta desafios muito diferentes de seus líderes millennials e boomers.  “Boa parte dessa ‘galerinha’ já ingressou ou  está se preparando para ingressar no mercado de trabalho”, comenta Mari Galindo, fundadora da Nice House, plataforma de entretenimento com foco em vídeos verticais e geração Z.

“Inclusive, Glassdor apontou que o número de profissionais da Gen Z ultrapassaria o de  boomers (nascidos entre 1945 e 1964) em 2024. Por um lado, enquanto a Gen Z traz em sua bagagem várias habilidades importantes para o cenário econômico atual, sobretudo a fluência digital, ambição por experiência e conhecimento e uma espantosa (no bom sentido) capacidade de adaptação, por outro, sua entrada em peso no mercado de trabalho preocupa gestores e recrutadores de empresas”, explica.

Mitos e verdades sobre a Gen Z no mercado de trabalho

Em janeiro de 2024, o Resume Builder, software que usa inteligência artificial para ajudar pessoas a montarem um bom currículo, publicou dados alarmantes. De acordo com a pesquisa, mais de 30% dos recrutadores simplesmente se recusam a contratar a Gen Z, preferindo candidatos mais velhos; ainda em relação a esse levantamento, 30% dos gestores demitiram seus funcionários mais jovens um mês depois de sua integração à equipe.

A seguir, Mari comenta os principais estigmas que a geração Z enfrenta no dia a dia profissional. Confira:

1. Falta de compromisso com o trabalho

MITO. “A dificuldade de gerir a Gen Z no ambiente de trabalho tem a ver, na maioria dos casos, com mentalidade da geração – tal qual o modo como ela interpreta a carreira profissional e, sobretudo, uma tentativa de quebrar os padrões estabelecidos por gerações passadas, hoje considerados antiquados ou obsoletos”, explica Mari.

2. A educação recebida em casa contribui para certas posturas no trabalho

VERDADE. “Algumas questões comportamentais, durante a entrevista e também no ambiente de trabalho, tanto positivas quanto negativas, vêm da educação que os jovens tiveram em casa. Não necessariamente se tratam de características geracionais”, conta.

3. Os jovens preferem o trabalho 100% remoto

MITO. “A pandemia de Covid-19 acabou impactando a Gen Z de maneira mais severa. Aqueles que já procuravam emprego desde  2020 já estavam sendo apresentados ao modelo home office (ou semipresencial, dependendo do segmento), o que também moldou as expectativas dos jovens em relação ao mercado de trabalho como um todo. Em 2021, por exemplo, o LinkedIn apontou que 70% da geração Z acredita que um distanciamento de colegas de trabalho mais velhos e gestores impacta negativamente a carreira, já que é difícil aprender com eles a distância”, aponta a fundadora da Nice.

4. Flexibilidade entre profissional e pessoal é tudo

VERDADE. “O mesmo estudo do LinkedIn apontado acima também mostrou que 38% dos entrevistados preferem o modelo híbrido de trabalho, justamente porque os ajuda a manter sua rotina pessoal e também trocar experiências com os colegas mais experientes”, complementa.

5. Não dá para mudar a postura da Gen Z no ambiente de trabalho

MITO. “Existem meios de contornar as diferenças geracionais, como apostar em mentorias e outros programas de desenvolvimento para melhorar a etiqueta e o desempenho desses jovens e até mesmo usar suas ambições para criar oportunidades de crescimento e inovação. Essas medidas ajudam não apenas a lapidar esse diamante bruto chamado Gen Z, mas também aprender com ela”, instrui.

Mesmo que, algumas vezes, a contragosto de recrutadores e gestores, é extremamente importante que as empresas invistam nos mais jovens“Ignorar o potencial que eles possuem não é o ideal para nenhuma empresa – em alguns anos, eles serão maioria no ambiente corporativo, ultrapassando até mesmo os millennials em números. Investir na Gen Z vai além dos benefícios para as empresas; ele é o fator principal para que tenhamos, hoje e cada vez mais, um mercado de trabalho mais inclusivo, dinâmico e resiliente”, conclui Mari Galindo.

De motos elétricas a embalagens ecológicas: a nova era do delivery sustentável

No cenário onde a conveniência de receber produtos em casa nunca foi tão valorizada, é impossível ignorar os impactos ambientais dessa prática, especialmente no que diz respeito ao transporte e ao uso excessivo de embalagens. No entanto, uma série de iniciativas está surgindo, buscando mitigar esses efeitos e transformar o delivery em um modelo mais ecológico e responsável.

“Em meio a um processo de transformações que acompanham as novas necessidades dos consumidores, os empreendedores enfrentam também uma crescente pressão por adotar práticas mais sustentáveis. Isso inclui, por exemplo, o uso de transportes não poluentes para reduzir emissões de carbono e a implementação de estratégias para minimizar a geração de resíduos, alinhando seus negócios a uma economia mais verde e consciente”, comenta Vinícius Valle, coordenador de marketing da Gaudium, startup focada nos mercados de mobilidade e logística.

Um dos maiores avanços nesse processo é a adoção de bicicletas e motos elétricas. Veículos movidos a combustíveis fósseis, que poluem o ambiente com emissão de gases nocivos, estão sendo substituídos por opções elétricas, mais eficientes e menos prejudiciais ao meio ambiente. Ao lado das bikes, essas motocicletas não só ajudam a reduzir a emissão de carbono, mas oferecem o benefício de ser mais silenciosas — o que diminui, ainda, a poluição sonora. 

O setor tem investido também em embalagens mais sustentáveis, substituindo o plástico por materiais biodegradáveis ou compostáveis, que se decompõem mais rápido e têm menor impacto ambiental. Além disso, algumas empresas utilizam embalagens reutilizáveis com sistemas de devolução, incentivando a economia circular e reduzindo o desperdício.

Essas transformações estão moldando um novo panorama para o setor, no qual sustentabilidade e inovação andam lado a lado. “Ao adotar práticas mais ecológicas, as empresas não apenas estão atendendo a uma demanda crescente por opções mais responsáveis, mas também contribuindo para um futuro mais sustentável”, finaliza Valle.

Soluções logísticas reduzem impactos das mudanças climáticas na Cadeia do Frio

As mudanças climáticas e o aquecimento global têm imposto novos desafios logísticos à chamada Cadeia do Frio. De acordo com um relatório da Grand View Research, o mercado de produtos refrigerados ou frigorificados deve atingir US$ 892,27 bilhões até 2030, crescendo a uma taxa anual de 19,2% a partir de 2025. Ao mesmo tempo, as oscilações extremas de temperaturas podem comprometer a integridade de itens sensíveis, como alimentos, vacinas e insumos hospitalares.

Esse contexto tem demandado novas soluções tecnológicas, como sensores de monitoramento de temperatura ao longo da cadeia logística, a fim de garantir o controle de qualidade e evitar perdas.

Especialista em gestão de riscos logísticos, a AHM Solution tem parte de sua atuação voltada para a Cadeia do Frio. “Entre as soluções que oferecemos estão sensores que permitem o acompanhamento em tempo real das condições térmicas durante o transporte e o armazenamento, assegurando a conformidade com padrões regulatórios e a integridade dos produtos”, explica Afonso Moreira, CEO da empresa.

Os sistemas fornecidos pela AHM Solution alertam automaticamente os embarcadores das cargas em caso de desvios da temperatura preconizada pelo fabricante, possibilitando ações rápidas para evitar perdas.

“Além disso, os registradores fornecem dados sobre desempenho e histórico de temperatura durante todas as etapas da cadeia logística, auxiliando na tomada de decisões estratégicas, que inclusive podem impactar em mudanças na malha de transporte”, completa Moreira.

Uma das atividades que exigem um rigoroso controle de temperaturas em tempo integral é a logística de doação de órgãos ou de sangue. No caso de órgãos, o transporte precisa ocorrer em uma caixa térmica que mantenha temperaturas entre 2 e 8°C. Se ficar abaixo ou acima disso, o item precisa ser descartado – algo que não é incomum. De acordo com um estudo do Ministério da Saúde e da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), dos 22.824 órgãos disponíveis entre 2014 e 2021, cerca de 60% não foram aproveitados por falta de condições adequadas.

Já no caso das bolsas de sangue, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), entre 10% e 20% são descartadas, principalmente por falhas de conservação e contaminação.

No ano passado, um novo dispositivo indicador de temperatura recebeu certificação da FDA (Food and Drug Administration), agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos. O HemoTemp II conta com um sensor de temperatura irreversível que avisa o usuário quando a temperatura da bolsa de sangue fica acima dos 6°C. No Brasil, esta solução é representada pela AHM Solution.

“O rigoroso controle da temperatura ao longo de toda a Cadeia do Frio não é apenas uma exigência regulatória, mas uma necessidade vital para preservar vidas e evitar desperdícios. Em tempos de aquecimento global, o uso de tecnologias avançadas se torna imprescindível para garantir a eficiência e a sustentabilidade dessas operações”, afirma o CEO da AHM Solution.

Estudo comprova que comércio de alimentos no Brasil está mais dinâmico e diversificado

Poucos setores evoluíram tão rapidamente quanto o varejo de alimentos no Brasil. A combinação de pressão inflacionária, retomada do poder de compra e avanços tecnológicos transformou não apenas o perfil do consumidor, mas também as estratégias das empresas. O impacto é visível em formatos como atacarejos, lojas de conveniência e marketplaces digitais, que hoje moldam as compras de alimentos no país.

De acordo com o estudo State of Grocery 2024 da McKinsey, a participação dos atacarejos no faturamento do setor saltou de 27% para 46% em seis anos. Enquanto isso, os hipermercados perderam espaço, representando apenas 11% do mercado atual. 

Andrea Eboli, estrategista de negócios com mais de 25 anos de experiência, fundadora e CEO da oficina de soluções corporativas EDR, destaca o impacto dessas mudanças. “O varejo está em constante adaptação. A segmentação do consumo é uma resposta às necessidades emergentes: economizar no essencial e investir no que traz conveniência ou prazer”, explica.

Expansão dos atacarejos e seu novo público

Os atacarejos ganharam destaque por combinar preços acessíveis com uma experiência de compra voltada para economia. Hoje, estão também presentes em áreas urbanas, atraindo consumidores das classes média e alta. Redes regionais também têm migrado para esse formato, ampliando ainda mais a presença no mercado.

Segundo Andrea Eboli, a permanência do modelo vai além dos preços. “O atacarejo conseguiu romper com o estigma de ser exclusivo para compras em grande escala. Muitos consumidores o utilizam para reposição, pela percepção de custo-benefício em produtos do dia a dia”, analisa.

Em seu mais recente estudo, divulgado no final de 2024, a McKinsey aponta que a fidelização é o próximo desafio. Para manter o crescimento, as grandes redes estão investindo em programas de pontos, melhorias logísticas e na variedade de produtos.

Redes regionais e gourmetização

As cadeias regionais também mostram força, com um crescimento médio anual de 20% entre os 20 principais varejistas menores. Investindo em personalização, esses grupos têm conseguido atender nichos específicos, equilibrando produtos populares e premium.

“Hoje em dia, os consumidores buscam experiências completas e estoques variados. As redes regionais entenderam a importância de alianças com fornecedores locais para ofertar frescor e exclusividade, o que fideliza os clientes e traz um senso de comunidade, de ajudar o comércio local”, destaca Eboli.

Um exemplo é a crescente demanda por lojas gourmet, com foco em alimentos frescos e categorias premium. Esses espaços têm atraído clientes de perfil mais sofisticado, fortalecendo a participação desse segmento, que já representa 30% do mercado de supermercados.

Conveniência como diferencial competitivo

Outro ponto é o boom das lojas de conveniência, que somaram quase 1.000 novas unidades em 2024, especialmente em regiões metropolitanas. Além de estarem próximas do consumidor, elas se destacam pelo modelo omnichannel, que integra compras presenciais e digitais.

Com a rotina acelerada, a conveniência virou prioridade. Se essa realidade já se fazia presente, ela se tornou ainda mais palpável no pós-pandemia, com os consumidores já acostumados a receber em casa uma gama cada vez maior de produtos. “Pequenas compras resolvem situações como pegar um lanche rápido ao lado do trabalho ou comprar um ingrediente faltante pelo aplicativo do mercado do bairro”, comenta Andrea Eboli. 

Para as empresas, isso evidencia a importância de entender os pequenos intervalos do consumidor e de investir em integrações tecnológicas e geolocalização. “Esses comportamentos mostram que o consumidor valoriza tempo e praticidade, o que abre caminho para inovações em logística e em ofertas segmentadas. Essa é uma visão importante para os gestores que buscam se destacar no mercado”, complementa.

A entrada das lojas em marketplaces e aplicativos de entrega fortalece essa tendência. Redes de supermercados, por exemplo, oferecem opções de retirada rápida ou entrega em minutos, atendendo às urgências do dia a dia. Essa fusão entre loja física e digital está criando experiências que reduzem o tempo gasto pelo consumidor, sem abrir mão de variedade e qualidade.

Integração de canais e futuro do setor

O e-commerce alimentar ainda é pequeno em participação, mas cresce rapidamente. Em 2024, mais de sete milhões de lares fizeram compras online no setor. Redes que investem na omnicanalidade, como ferramentas de pesquisa e entrega personalizadas, aumentam suas chances de liderar o mercado.

Andrea Eboli resume a direção do varejo. “Já foi tempo em que o consumo de alimentos se resumia a compras presenciais. A estratégia vencedora é integrar conveniência, economia e experiência. Cada vez mais, os consumidores valorizam o acesso a diferentes canais, seja na loja, seja pelo celular. Quem investir em entender essas preferências estará preparado para o futuro”, conclui.

2025:o que podemos esperar do setor logístico?

Com a dinâmica acelerada do e-commerce e o aumento das expectativas dos consumidores por entregas rápidas e eficientes, o setor logístico tem sido constantemente desafiado a se reinventar. As demandas por soluções mais ágeis, sustentáveis e tecnologicamente integradas impulsionam transformações profundas, que devem se intensificar em 2025. Avanços como o uso da Inteligência Artificial (IA), a automação e a sustentabilidade estão no centro das previsões para o futuro próximo da logística.

A implementação de IA e machine learning nas operações logísticas está crescendo de forma rápida. De acordo com o relatório DHL Logistics Trend Radar, aproximadamente 50% das empresas já utilizam IA de alguma maneira em suas operações, e essa tendência deve se consolidar ainda mais em 2025. Os avanços permitem maior eficiência na previsão de demandas, na otimização de rotas e na gestão de armazéns, trazendo benefícios tanto para as companhias quanto para os consumidores.

Sustentabilidade em foco

A logística verde é outro ponto importante entre as expectativas para 2025. Os clientes estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das organizações; por isso a área logística tem investido em soluções como otimização de rotas, veículos elétricos e redução de emissões de carbono. O comprometimento com metas de sustentabilidade também fortalece a reputação das empresas, que seguem se alinhando às exigências regulatórias e às expectativas dos consumidores.

Lições da Black Friday 2024

Datas promocionais, como a Black Friday, continuam a ser um grande teste para as companhias. Em 2024, os principais desafios envolveram a gestão de picos imprevisíveis de demanda, congestionamentos urbanos e limitações na base de entregadores. Ainda assim, com planejamento estratégico, muitos desses obstáculos foram superados. Reuniões detalhadas com clientes para projeções de crescimento, preparação das equipes e a ágil resolução de problemas tecnológicos foram fundamentais para garantir a eficiência das operações.

Um destaque positivo foi a capacidade de adaptação às adversidades, como chuvas intensas e competição acirrada por entregadores. Ações como bonificações e a manutenção de um bom relacionamento com os profissionais de entrega ajudaram a resolver os principais problemas.

Datas comemorativas, como Natal e Dia das Mães, também desafiam as empresas de entregas. O crescimento expressivo no volume de envios exige um trabalho de planejamento e estratégias eficazes para manter o fluxo das operações. Uma das principais questões enfrentadas é lidar com a menor disponibilidade de entregadores, que também desejam aproveitar os feriados. Para mitigar os desafios, bonificações e incentivos são frequentemente utilizados, mantendo o comprometimento da equipe.

Já para as entregas de fim de ano, o setor logístico aproveita o ritmo acelerado herdado da Black Friday. Com o time de operação ainda em alta produtividade, a adaptação ao pico sazonal tende a fluir com mais tranquilidade. O planejamento conjunto entre empresas de logística e varejistas é essencial para que os clientes recebam seus produtos em tempo hábil.

Em 2025, o setor logístico deve ser marcado pela adoção crescente de tecnologias como IA, automação e soluções sustentáveis, que visam aumentar a eficiência operacional e atender às demandas de consumidores por entregas rápidas e responsáveis. Desafios sazonais, como os enfrentados na Black Friday, continuarão testando a capacidade de adaptação das companhias, mas o planejamento estratégico e a inovação permanecem como pilares para superar adversidades.

Retenção assume o topo das preocupações de gestão

30ª edição do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH), que entrevistou 387 profissionais responsáveis pelo recrutamento em empresas de todo o Brasil, revelou as principais prioridades de gestão no início de 2025. O estudo destacou que a retenção de talentos tornou-se a maior preocupação dos gestores, seguida de perto por desafios relacionados à produtividade e à lucratividade.

No levantamento anterior, referente ao segundo semestre de 2024, a retenção de talentos ocupava o terceiro lugar no ranking de prioridades. Outro ponto de destaque foi a atração de profissionais, que subiu da sétima para a quarta posição entre os principais desafios. Em contrapartida, temas como bem-estar e carreira perderam relevância, caindo do quarto para o quinto lugar, e da sexta para a oitava posição, respectivamente.

“Não é surpresa que retenção e atração ganhem prioridade em um mercado de trabalho aquecido, com apenas 3% de desemprego entre profissionais qualificados. Nesse cenário de pleno emprego, as empresas enfrentam o assédio de outras organizações para reter seus melhores talentos enquanto competem para atrair novos profissionais. Isso exige estratégias claras por parte das lideranças”, comenta Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

As 10 maiores preocupações dos gestores no início de 2025, segundo o ICRH:

  • Retenção: não perder bons profissionais para o mercado (60%)
  • Produtividade: cumprir obrigações de maneira mais eficiente (56%)
  • Lucratividade: gerar mais valor, gastando menos (54%)
  • Atração: atrair profissionais adequados para a empresa (52%)
  • Bem-estar: promover saúde mental e qualidade de vida (42%)
  • Remuneração: ter salários e benefícios competitivos (42%)
  • Tecnologia: compreender as evoluções e usá-las a seu favor (35%)
  • Carreira: desenvolver e oferecer oportunidades de crescimento (29%)
  • Informações de mercado: impactos da política e economia nos negócios (24%)
  • Modelos de trabalho: adaptar-se e evoluir no modelo adotado (21%)


“Os gestores desempenham um papel central na definição de prioridades e no engajamento das equipes. Empresas que combinam eficiência operacional, valorização de talentos e adaptação às mudanças tecnológicas têm maior potencial de atingir seus objetivos. Promover saúde mental, oferecer salários competitivos e criar oportunidades de crescimento são iniciativas indispensáveis em um mercado tão dinâmico quanto o atual”, conclui Mantovani.

Projeto de IA, desenvolvido pela ApliCap, é reconhecido pela AWS

ApliCap, empresa especializada em capitalização, acaba de ter seu projeto de inteligência artificial (IA) reconhecido pela AWS (Amazon Web Services) como um case de sucesso. Isso significa que a ApliCap está entre as empresas mais inovadoras do Brasil, mostrando que tradição e tecnologia podem andar juntas.

Utilizando o Amazon Bedrock, a ApliCap transformou seu processo de validação de documentos para pagamentos de prêmios de capitalização. Com isso, o tempo de processamento caiu de 24 horas para apenas 1 minuto, enquanto o custo por validação despencou de R$3,20 para R$ 0,01. Essas mudanças resultaram em uma economia anual de R$500 mil, consolidando a eficiência operacional da empresa e aprimorando a experiência dos clientes premiados.

Quando a inovação transforma resultados

A ApliCap é parte integrante de um Conglomerado fundado em 1947 no RS, que sempre buscou inovação para superar desafios. O CIO do grupo, Fabiano Longaray, explica que a operação da ApliCap exigia uma transformação profunda para atender à crescente demanda do mercado.

Atuamos em um mercado altamente regulado, e o processo de validação de documentos era manual, exigindo uma grande equipe. Isso dificultava escalar as operações sem custos elevados”, relata Longaray. O processo tradicional resultava em tempos de aprovação de até 24 horas, o que comprometia a experiência dos sorteados e dificultava o crescimento sustentável da operação.

Para oferecer uma boa experiência aos vencedores de seus prêmios, a ApliCap apostou na inteligência artificial generativa, utilizando o Amazon Bedrock. Segundo Longaray, a escolha foi motivada pela busca constante por excelência. “A principal motivação do projeto foi melhorar significativamente a experiência dos sorteados, acelerando o processo de pagamento do prêmio e garantindo maior eficiência operacional.

Inspiração para o mercado

O reconhecimento pela AWS coloca a ApliCap como uma referência de inovação no mercado brasileiro de capitalização. O projeto é uma demonstração de como a tecnologia pode ser usada para transformar operações e melhorar a experiência do cliente sem comprometer a qualidade e a conformidade exigida pelos órgãos reguladores.

O que é apenas o começo de uma nova era de possibilidades. “Nosso compromisso é continuar inovando para oferecer as melhores soluções aos nossos clientes e parceiros. Este projeto é uma prova de que, com as ferramentas certas, podemos superar desafios e atingir resultados extraordinários”, conclui Diego Zugno, Diretor da ApliCap.

Esse sucesso inspira outras empresas a explorarem o potencial da inteligência artificial para transformar suas operações e criarem valor aos negócios e consumidores.

Dia Internacional da Proteção de Dados: como o PIX, o Open Finance e a LGPD estão transformando o ambiente digital no Brasil

Em 28 de janeiro celebra-se o Dia Internacional da Proteção de Dados, uma data que reforça a importância de garantir a segurança e a privacidade no mundo digital. Esse é um tema que ganha ainda mais relevância com o crescimento do PIX, do Open Finance e do uso de aplicativos financeiros, como PicPay, Nubank e Mercado Pago, que transformam a maneira como nos relacionamos com os serviços digitais.

O PIX, por exemplo, já é o meio de pagamento mais difundido entre os brasileiros. O serviço de pagamento instantâneo, criado pelo Banco Central (BC), é usado por 76,4% da população. Em seguida, vêm o cartão de débito (69,1%) e o dinheiro (68,9%). Os dados estão na pesquisa “O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro”, publicada pelo BC.

O Open Finance, por sua vez, atingiu 37 milhões de consentimentos em outubro de 2024, sendo 99% de pessoas físicas, o que representa um crescimento de 35% em relação aos 27 milhões registrados no mesmo período de 2023, segundo o estudo “Evolução do Open Finance no Brasil”, elaborado pela consultoria internacional BIP.  

Esses avanços são um reflexo da confiança crescente dos consumidores em compartilhar informações de forma estruturada e segura. Contudo, apesar dos benefícios do compartilhamento de dados, ainda há dúvidas sobre como fazê-lo de maneira segura no mercado financeiro, mantendo o equilíbrio entre inovação e privacidade.

“É essencial que tanto empresas quanto consumidores compreendam a importância de proteger dados como nome, endereço, histórico financeiro e hábitos de consumo, garantindo conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)”, menciona o especialista e CEO da Lina Open X, Alan Mareines.

LGPD: 58% das empresas aumentaram seus investimentos em segurança

A LGPD foi criada para regulamentar o uso e a proteção de dados pessoais, promovendo privacidade e segurança. No entanto, um levantamento da PwC revelou que 58% das empresas aumentaram seus investimentos em segurança da informação após a implementação da legislação. Isso demonstra que, apesar de o processo de conformidade estar em andamento, há uma conscientização crescente sobre a relevância de proteger os dados pessoais.

A adequação das empresas brasileiras com a Lei tem avançado, mas ainda enfrenta desafios significativos. De acordo com um estudo da Logicalis, apenas 36% das organizações no Brasil afirmam estar totalmente aderentes à LGPD, enquanto 43% estão em processo de implementação de medidas para se adequar ao código. Notavelmente, 6% das empresas ainda não iniciaram ações específicas para conformidade.

“A adaptação à LGPD traz vários desafios para as empresas, como a necessidade de revisar políticas internas, treinar funcionários e implementar novas tecnologias de proteção de dados. Essas medidas são essenciais para evitar vazamentos de informações e garantir a confiança dos consumidores”, analisa o CEO da Lina Open X, Mareines.

Para Mareines, os consumidores têm um papel vital na proteção de seus dados. “É fundamental estarem cientes de seus direitos, como o direito de acesso, correção e exclusão de seus dados, além de adotarem boas práticas ao compartilhar informações pessoais, como verificar a legitimidade das empresas e utilizar canais seguros”, detalha.

Como compartilhar dados de forma segura?

Para compartilhar informações de forma segura, é essencial adotar práticas recomendadas. Antes de mais nada, certifique-se de que os sites e aplicativos que você utiliza são confiáveis e empregam tecnologias de criptografia. Você pode verificar isso observando se o endereço começa com “https” e se há um ícone de cadeado na barra de navegação. 

Além disso, leia atentamente as políticas de privacidade para entender como seus dados serão coletados, armazenados e usados. Priorize serviços que sejam transparentes e claros em relação a essas práticas.

Ajuste as configurações de privacidade em plataformas e dispositivos para controlar quais informações serão compartilhadas e com quem. Sempre que possível, habilite a autenticação de dois fatores (2FA) para adicionar uma camada extra de proteção às suas contas. Também é importante criar senhas exclusivas e robustas para cada conta e, se necessário, utilizar um gerenciador de senhas para organizá-las de forma segura.

Mantenha seus dispositivos e aplicativos atualizados com as versões mais recentes de softwares e correções de segurança. Evite utilizar redes Wi-Fi públicas para transmitir dados pessoais; opte por conexões privadas ou, caso precise, use uma rede virtual privada (VPN) para garantir uma conexão segura. Revise, regularmente, as permissões concedidas a aplicativos no seu dispositivo, autorizando apenas o acesso às informações indispensáveis para seu funcionamento.

Cuidado com e-mails, mensagens e links que pareçam suspeitos ou solicitem informações pessoais. Sempre confirme a autenticidade do remetente antes de compartilhar qualquer dado. 

Faça backups frequentes de arquivos importantes para garantir que possa recuperá-los em caso de perda ou ataque cibernético. Em determinadas situações, considere utilizar soluções como carteiras digitais ou tokens de autenticação para proteger dados sensíveis.

Por fim, mantenha-se atualizado sobre práticas modernas de segurança e privacidade, acompanhando novas ameaças e vulnerabilidades. “Ao seguir essas diretrizes, é possível compartilhar informações com mais segurança, protegendo a privacidade e reduzindo, significativamente, os riscos de exposição ou uso indevido de dados pessoais”, ressalta Alan.

10 benefícios de compartilhar seus dados de maneira segura

Compartilhar informações pessoais pode oferecer uma série de benefícios tanto para os consumidores quanto para as empresas. Segundo uma pesquisa da Mastercard, enquanto 60% dos executivos acreditam que os consumidores reconhecem vantagens em compartilhar seus dados para obter benefícios, apenas 44% dos usuários realmente enxergam valor nisso.

Para as empresas, os dados fornecem insights valiosos sobre tendências de mercado e áreas de melhoria, o que contribui para o desenvolvimento de produtos e serviços mais inovadores. Já os consumidores podem se beneficiar em diversos aspectos ao optar pelo compartilhamento seguro de suas informações, tais como:

1) Serviços personalizados: dados compartilhados permitem que empresas adaptem produtos e serviços às preferências individuais dos consumidores. Um exemplo prático são plataformas de streaming que sugerem conteúdos com base no histórico de visualização do usuário.

2) Descontos e recompensas: muitas empresas oferecem vantagens como cupons, promoções exclusivas ou programas de fidelidade em troca de informações dos clientes, incentivando sua lealdade.

3) Melhoria da experiência do usuário: dados ajudam as empresas a criar interfaces mais intuitivas e funcionalidades que correspondam às expectativas dos usuários, aprimorando a jornada do cliente.

4) Acesso exclusivo: algumas funcionalidades ou vantagens, como acesso antecipado a lançamentos e eventos exclusivos, estão disponíveis apenas para aqueles que optam por compartilhar suas informações.

5) Recomendações mais relevantes: com base nos dados, empresas conseguem sugerir produtos e serviços que realmente atendam às necessidades dos consumidores, economizando tempo e melhorando a experiência.

6) Aperfeiçoamento de produtos e serviços: feedback e dados de uso ajudam as empresas a identificar falhas e áreas de melhoria, resultando em soluções mais eficientes e adaptadas às demandas dos usuários.

7) Segurança aprimorada: bancos e serviços digitais podem usar dados de comportamento para detectar fraudes rapidamente, além de oferecer processos de autenticação mais seguros e práticos.

8) Suporte personalizado: o compartilhamento de dados permite que as empresas ofereçam suporte técnico mais ágil e eficaz, ajustando soluções às necessidades específicas de cada cliente.

9) Avanços em saúde e bem-estar: na área médica, dados compartilhados possibilitam diagnósticos mais precisos, tratamentos personalizados e monitoramento contínuo, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

10) Incentivo à inovação: dados coletados de forma ética contribuem para avanços em tecnologia e inteligência artificial, gerando benefícios que impactam, positivamente, toda a sociedade.

“Entender a importância do compartilhamento de dados e adotar práticas seguras pode trazer inúmeros benefícios, tanto para consumidores quanto para empresas, promovendo um ambiente digital mais seguro e eficiente”, conclui Mareines.

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