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Apps móveis usam IA e análise de dados para facilitar o comércio eletrônico

O comércio eletrônico tem evoluído significativamente no Brasil, impulsionado pelo crescimento do uso de aplicativos móveis como principal meio de consumo. De acordo com o Relatório Expectativas do Consumidor 2024, da Appdome, 84,5% dos brasileiros realizam compras por meio de apps, superando em 53% a média global. A adesão reflete a praticidade e a eficiência dessas plataformas. O aumento do uso de apps não é apenas uma mudança comportamental de consumo, mas também uma oportunidade para empresas se destacarem em um mercado cada vez mais competitivo. Neste cenário, a Inteligência Artificial (IA) e a análise de dados emergem como ferramentas indispensáveis para criar experiências personalizadas, melhorar a eficiência das operações e fortalecer o relacionamento com os clientes.

Evolução do comércio eletrônico por meio dos apps

Nos últimos anos, os apps se consolidaram como um dos principais canais de vendas online. Além de simplificarem a jornada de compra, eles proporcionam a interação mais direta e personalizada entre marcas e compradores. No entanto, nem todas as companhias conseguem aproveitar o potencial dessas ferramentas. Muitos varejistas ainda lançam versões que funcionam apenas como catálogos digitais, sem funcionalidades que incentivem o acesso contínuo. Para ganhar destaque, um app precisa oferecer mais do que o básico. Grandes varejistas têm investido em integrações que ampliam o valor percebido pelos consumidores, como serviços financeiros embutidos. Esses recursos incluem consulta de faturas, pagamento de contas, programas de pontos e atendimento integrado, criando múltiplos pontos de contato com os clientes e incentivando o uso recorrente.

Personalização e marketing digital

A personalização da experiência do usuário é um dos principais diferenciais oferecidos pelos apps. Por meio da IA e da análise de dados, é possível mapear o comportamento dos users e criar campanhas adaptadas às suas necessidades e preferências. Os apps mais bem-sucedidos utilizam registros como histórico de compras, localização e horários de uso para oferecer recomendações precisas e conteúdos relevantes. Ademais, notificações push personalizadas mantêm os compradores engajados com ofertas específicas e atualizações sobre produtos de interesse. Essa estratégia não só aumenta o tempo médio de uso, como também eleva o valor médio das transações realizadas.

O marketing contextual é outra tendência impulsionada por apps móveis. Ao utilizar informações como a localização atual do usuário e seus padrões de consumo, as marcas podem oferecer promoções georreferenciadas e direcionadas, aumentando as chances de conversão. Porém, é fundamental que essa abordagem respeite a privacidade dos compradores, seguindo as regulamentações da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no Brasil.

A usabilidade é outro fator decisivo. Interfaces intuitivas, carregamento rápido e processos simplificados de checkout são considerados pelos usuários. Além disso, funcionalidades como a sincronização de informações entre dispositivos e o armazenamento seguro de informações de pagamento tornam a experiência mais fluida e conveniente. Apps que facilitam a devolução de produtos e oferecem suporte integrado também se destacam no mercado.

Estratégia omnichannel

Os apps desempenham um papel central na consolidação das estratégias omnichannel. Eles permitem que compradores iniciem a compra em um dispositivo e a finalizem em outro, além de integrarem programas de fidelidade que conectam experiências físicas e digitais. Essa integração garante uma transição suave entre diferentes pontos de contato, fortalecendo a relação do consumidor com a marca. Também fornecem registros valiosos sobre o comportamento dos usuários, como padrões de navegação, momentos de maior engajamento e pontos de atrito na jornada de compra. Tais informações são indispensáveis para otimizar continuamente a experiência do cliente e ajustar estratégias de marketing.

Tendências para o futuro: IA e engajamento social

Chatbots e assistentes virtuais estão se tornando cada vez mais sofisticados, oferecendo respostas naturais e contextualizadas, além de aprendizado contínuo com base nas interações. Já o engajamento social, por meio de avaliações, fóruns e conteúdos gerados pelos usuários, cria comunidades em torno das marcas, fortalecendo a lealdade dos consumidores. Os apps móveis têm o potencial de transformar a maneira como as empresas se conectam com seus clientes, mas o sucesso depende de uma execução estratégica e clara. É fundamental priorizar a usabilidade, a segurança e a simplicidade, ao mesmo tempo em que se oferece personalização e integração eficiente com outros canais de comunicação e venda.

Os aplicativos podem representar uma evolução importante na forma como empresas se relacionam com consumidores, mas apenas quando bem executados e com propósito claro. O investimento em um app precisa ser estratégico e considerar toda a jornada do usuário. À medida que mais consumidores adotam os smartphones como principal meio de acesso à Internet, os apps continuarão sendo um canal relevante para vendas e marketing. As empresas que conseguirem desenvolver aplicações que realmente facilitem a vida de seus usuários, sem excesso de funcionalidades ou comunicações invasivas, tendem a construir relacionamentos mais duradouros com seus clientes.

Zuk e Santander promovem leilão com mais de 230 imóveis em fevereiro

Fevereiro é o mês perfeito para conquistar a nova casa ou ponto comercial, especialmente com o apoio da Zuk e do Santander. Reconhecida no mercado brasileiro de leilões de imóveis, a Zuk, em parceria com o Santander, realizará leilão no dia 11 de fevereiro com mais de 230 oportunidades imperdíveis. Estão disponíveis imóveis residenciais e comerciais em diversos estados do país, com condições de pagamento à vista ou parcelamento em até 420 vezes, além de descontos que chegam a 70%. As vendas serão realizadas de forma totalmente online, por meio da plataforma intuitiva da companhia. 

As ofertas podem ser encontradas nos seguintes estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. 

Os valores variam de R$ 33 mil para um apartamento no bairro Jardim Atlântico, na cidade de Olinda (PE), com 41 metros quadrados, até R$ 3 milhões para uma casa no bairro Vila do Bosque, Salinas (RS), com 367 metros quadrados. O imóvel com o maior desconto (70% off) é uma casa no valor de R$ 91 mil, no bairro Rocha Sobrinho em Mesquita (RJ) 

Para consultar os imóveis você deve acessar o Portal Santander Imoveis e para participar, basta se cadastrar no Portal Zuk, consultar o edital do lote e fazer a oferta pelo imóvel desejado. 

Referência no ramo há 40 anos, com seu portal já consolidado na área de leilão judicial e extrajudicial, o Portal Zuk tem os imóveis como carros-chefe da casa. A empresa tem reconhecimento nacional e preços acessíveis, ajudando milhares de pessoas a realizar o desejo da casa própria ou do negócio dos sonhos. 

Startups de impacto social lideram o recebimento de aportes

O mercado global de venture capital – investimentos em empresas em estágio inicial, de pequeno ou médio porte, geralmente startups – experimenta um momento de expansão no mundo. E o Brasil se destaca, liderando esse mercado na América Latina. Por trás dos milhões de dólares, euros ou reais envolvidos nas rodadas de captação, estão histórias de impacto socioeconômico gerado por tais investimentos. 

Aos números, para se ter uma dimensão do cenário. De acordo com o Venture Pulse 2024, levantamento da organização KPMG, no segundo trimestre deste ano, o mercado global de venture capital somou US$ 94,3 bilhões em investimentos, com maior aumento em relação aos cinco trimestres anteriores. No Brasil, o montante chegou a US$ 816,8 milhões, o maior desde o primeiro trimestre de 2022. 

Segundo o levantamento, startups focadas em inteligência artificial, defesa e segurança cibernética lideram o recebimento de aportes. Mas dados de outras fontes mostram mais segmentos se sobressaindo também – em especial aqueles que trazem impacto social. O Fundo Govtech, gerido pela KPTL e pela Cedro Capital, é um dos que têm se destacado.

O fundo é direcionado a startups com potencial de transformar a prestação de serviços públicos oferecidos pelo governo. Os recursos são aportados em empreendimentos que oferecem tecnologia para áreas como saúde (gestão de recursos hospitalares, telemedicina), educação (processos educacionais, acesso ao ensino de qualidade) e segurança pública (ferramentas de monitoramento e análise de dados), entre outras. 

“O Fundo Govtech foi criado com uma missão clara: investir em empresas de tecnologia que desenvolvem soluções para resolver problemas de natureza pública, enfrentando gargalos de infraestrutura e a burocracia. Em um país como o Brasil, onde milhões de cidadãos enfrentam dificuldades diárias para acessar serviços básicos, o papel dessas startups vai além do retorno financeiro. Elas representam uma esperança para que a administração pública se torne mais ágil, eficiente e transparente”, discorrem as gestoras KPTL e Cedro Capital. 

Os relatos de empreendedores contemplados evidenciam o impacto social. Um dos sócios e fundadores da Colab, Gustavo Maia, explica que a atuação do Fundo Govtech fez a empresa aprimorar sua visão estratégica, “nos ajudando a refinar nossas soluções e a entender melhor as necessidades do setor público”. 

A Colab é a startup responsável pela criação da versão digital do orçamento participativo, hoje em uso pelo governo do Piauí e por vários municípios no Brasil. “Com o apoio do fundo”, diz o empreendedor, “conseguimos expandir nossa atuação em mais cidades, e isso representa uma grande vitória para o cidadão que pode participar de forma mais ativa e colaborativa na gestão pública”. 

A Prosas, uma plataforma de monitoramento e seleção de iniciativas de fomento a ações sociais, como editais de incentivo à cultura, é outra startup contemplada com o fundo de venture capital Govtech. O cofundador da empresa, Thiago Alvim, define como “decisivos” os aportes recebidos para o aprimoramento de ferramentas de gestão de editais e parcerias para o terceiro setor. 

“Mais do que o investimento, o fundo nos trouxe um acesso privilegiado a redes e conhecimentos sobre o setor público, acelerando a transformação social que almejamos”, declara. 

Casos como esses indicam a convergência do mercado de venture capital com dois grandes movimentos importantes: o ESG (ambiental, social e governança) e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Isso porque se tratam de aportes concedidos condicionados a políticas de promoção de critérios socioambientais e de governança, diretamente alinhados a um ou mais ODS, que vão da erradicação da pobreza à ação global contra as mudanças climáticas. 

Para os gestores do Fundo Govtech, esses quesitos devem ser tão ou mais considerados do que as cifras investidas e aquelas de retorno calculado. “O capital de risco pode, sim, gerar impacto positivo na vida das pessoas, promovendo não apenas o crescimento financeiro, mas também uma revolução na forma como os serviços públicos atendem o cidadão. Em última análise, esta é uma das maneiras mais duradouras de mensurar o verdadeiro valor do capital de risco no país: não apenas em cifras, mas em transformações concretas para o bem-estar social e o desenvolvimento sustentável do Brasil”, sublinham.

Volta às aulas impulsiona venda de mochilas e tênis na Netshoes

O período de volta às aulas é sempre movimentado para o varejo, que reforça os estoques para atender às necessidades dos consumidores. A Netshoes, maior e-commerce de artigos esportivos e lifestyle do país, também se preparou para esse momento e ampliou sua oferta de produtos essenciais para a retomada das aulas. Neste ano, as vendas de mochilas e tênis infantis no marketplace da companhia cresceram 11% e 9%, respectivamente, em comparação com 2024, refletindo a alta demanda por itens escolares.

“Além do calendário de eventos importantes para o varejo e do nosso segmento, estamos atentos às oportunidades sazonais que impactam lojistas específicos”, afirma Victor Vaz, gerente de marketplace da Netshoes. “Essa é uma das vantagens de sermos um marketplace multicategorias e multimarcas”.

Os sellers da plataforma também registraram um desempenho positivo na venda de produtos para a temporada. As principais lojas do Grupo Nytron, especialista em mochilas e acessórios, por exemplo, tiveram um aumento de mais de 20% nas vendas em relação ao ano anterior. “Essa sazonalidade é muito importante para nós e a Netshoes nos ajudou a aproveitá-la com espaços estratégicos de destaque no site”, afirma Gabriel Mendes, gerente do Grupo Nytron. “Contar com a audiência dos clientes que visitam e compram na loja faz toda a diferença para impulsionar nossas vendas”.

A Netshoes investe sempre em inovação e no suporte aos sellers, para garantir que lojistas aproveitem ao máximo datas estratégicas, como a volta às aulas, para expandir seus negócios e atender às necessidades dos consumidores com eficiência. Além disso, a companhia mantém uma estrutura preparada para períodos de alta demanda por categorias específicas, como ocorre no início do ano.

Para facilitar a experiência dos consumidores, o e-commerce criou uma seleção dedicada com cerca de 700 opções de produtos a partir de 39,90 reais, incluindo kits de mochilas com personagens variados, tênis juvenil, chuteiras, meias, roupas infantis e muito mais. Acesse: https://www.netshoes.com.br/lst/mi-volta-as-aulas

NRF 2025 traz personalização e IA como tendências para o Food Service

A NRF 2025, realizado na primeira quinzena de janeiro, em Nova York, trouxe um panorama de como o setor está se transformando para atender às expectativas de um consumidor cada vez mais exigente, conectado e consciente. Foi um convite para refletir sobre como o varejo pode ser mais relevante, humano e visionário.

Considerado o maior e mais influente evento do setor, organizado pela National Retail Federation, associação que agrega os varejistas dos Estados Unidos, reuniu gigantes do mercado, startups inovadoras e mentes brilhantes da tecnologia para explorar tendências que estão redesenhando o futuro do varejo e discutir estratégias para reimaginar lojas, integrar tecnologia e, acima de tudo, colocar o cliente no centro de cada decisão.

Para o setor de food service, o recado foi claro: personalização e inovação tecnológica já não são diferenciais, mas sim determinantes.

Eduardo Ferreira, CCO da ACOM Sistemas, empresa de tecnologia  desenvolvedora de softwares de gestão para o setor  de food service, participou da feira e afirma que, “o evento revelou um panorama onde a personalização em escala e a integração de tecnologia, como a IA, irão redefinir a experiência do consumidor”. 

Ele explica que a  tecnologia vem sendo utilizada para criar jornadas de compra mais fluidas e personalizadas, ampliando não apenas a eficiência operacional, mas também a conexão emocional com os clientes.

“A tecnologia não é apenas uma ferramenta, mas um facilitador de experiências que cativam e fidelizam”, enfatizou Eduardo Ferreira. No contexto brasileiro, onde o mercado de food service está em crescimento, a adoção de tecnologias como carrinhos inteligentes e avatares digitais podem ser importantes para atender às expectativas dos consumidores locais, cada vez mais conectados e exigentes.

Com a IA cada vez mais presente na gastronomia mundial, a tecnologia chega como aliada estratégica. Ferreira conta que “um restaurante, por meio da inteligência artificial, pode analisar os hábitos do cliente, sugerir pratos sob medida e ajustar o cardápio em tempo real”. E isso tudo já é uma realidade, em 28% dos estabelecimentos que vem adotando a IA em sua operação, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

“Por meio de algoritmos avançados, a IA tem sido utilizada para prever demandas com maior precisão, reduzindo custos e otimizando o fluxo de produtos. Além de evitar desperdícios e garantir a disponibilidade de itens mais procurados, essa prática aumenta a eficiência operacional, um diferencial competitivo num mercado cada vez mais dinâmico”, complementa o CCO da ACOM.

Especialistas apontam que essa transformação tecnológica não apenas melhora processos internos, mas também redefine a forma como as empresas se posicionam no mercado, promovendo um varejo mais ágil e inteligente.

“O futuro do varejo de alimentos exige adaptação constante. A integração de IA com estratégias tradicionais reflete o futuro da inovação no setor, oferecendo soluções que combinam tecnologia e humanização. As marcas que conseguirem atender a essas demandas estarão mais bem preparadas para prosperar em um mercado em transformação”, destaca Ferreira.

Durante as discussões na NRF, o e-commerce ganhou destaque, impulsionado pelo aumento nas compras de alimentos realizadas online. Segundo a pesquisa E-commerce Trends 2025, realizada pela Octadesk em parceria com o Opinion Box, 88% dos brasileiros fizeram compras online ao menos uma vez por mês em 2024.

Michelle Evans, da Euromonitor International, destacou durante o evento como a inflação e o avanço do e-commerce estão mudando os hábitos de consumo e remodelando o mercado de alimentos. “O conceito de omnichannel evoluiu: não se trata mais apenas de integrar canais, mas de criar uma jornada fluida e personalizada entre lojas físicas, aplicativos e redes sociais. A inteligência artificial não só otimiza a logística, mas também propõe sugestões personalizadas com base em compras anteriores e feedback do cliente”, sublinhou Evans.

Deb Hall Lefevre, CTO da Starbucks, em sua palestra durante o evento, compartilhou a estratégia por trás da transformação digital da marca e como grandes empresas estão aproveitando a tecnologia e dados para revolucionar suas operações e melhorar a experiência do cliente.

Com baristas empoderados por inteligência artificial e operações otimizadas, a Starbucks provou que é possível adotar tecnologia sem perder o toque humano. A lição? O equilíbrio entre inovação e autenticidade é o segredo para conquistar corações e mentes.

“A experiência da Starbucks na transformação digital mostra que o verdadeiro sucesso está em alinhar tecnologia com propósito da empresa. Adotar inovação tecnológica, como inteligência artificial e personalização em massa, só traz resultados quando usada para resolver problemas reais e melhorar a experiência do cliente”, explica Eduardo Ferreira.

Na sessão sobre food service, Peter Hall (Kraft Heinz) e Dennis Hogan (Compass Group) revelaram o papel transformador dos micro-mercados. Esses espaços, localizados em escritórios, universidades e estádios, aliam conveniência e qualidade, atendendo às demandas por experiências rápidas e customizadas. A sessão destacou o papel do Foodservice como um motor de crescimento e inovação para o setor alimentício.

O uso estratégico da tecnologia, combinado com uma abordagem centrada no ser humano, é a chave para enfrentar os desafios do mercado. Eduardo finaliza: “Para as marcas, o aprendizado é evidente: inovação, cultura e personalização não são apenas tendências; são os pilares de um futuro no qual o consumidor é o verdadeiro protagonista”. 

Thiago Finch explica como marcas digitais podem deixar um legado

Criar uma marca que permaneça relevante no mercado digital não é tarefa simples. Em um cenário onde as tendências mudam rapidamente, a chave está em construir algo que vá além do momentâneo e tenha significado para o público. Esse é o segredo para deixar um legado no universo online.

Segundo o estudo “Marketing Trends 2024”, conduzido pela Deloitte, marcas que priorizam a construção de comunidades e apostam em interações significativas com o público têm maior probabilidade de alcançar a sustentabilidade a longo prazo. O relatório destaca que 57% dos consumidores preferem empresas com propósito claro e com valores alinhados aos seus. 

Thiago Finch, CEO da Ticto, reforça a relevância desse cenário para empreendedores digitais. “No mercado atual, não basta vender produtos ou serviços. O público quer se sentir parte de uma história. As marcas que conseguem construir essa conexão genuína se destacam, porque criam um relacionamento que vai além do comercial e passa a ser emocional”, explica o especialista.

Criando um diferencial duradouro

Para Finch, a construção de um legado começa com o entendimento profundo do público. Ele aponta que os negócios digitais precisam ir além do óbvio e buscar maneiras criativas de engajar clientes, usando ferramentas tecnológicas e estratégias bem definidas.

“As empresas que investem em conteúdos relevantes e personalizados conseguem se posicionar como referência em suas áreas. Isso não significa apenas ser visto, mas ser lembrado pela solução que você proporciona. Não é só aparecer, mas ser reconhecido por resolver problemas de forma criativa e prática”, comenta Finch.

Além disso, a criação de produtos que respondam às necessidades reais do mercado é essencial. Thiago Finch destaca que o foco não deve ser apenas vender, mas solucionar demandas de forma prática. “O cliente percebe quando existe um esforço genuíno para atendê-lo. Produtos bem pensados e serviços personalizados são as bases de uma marca que cresce com credibilidade e consistência. Não adianta oferecer algo genérico. Quando a marca se preocupa em entender as necessidades reais e apresentar soluções efetivas, ela passa a ser vista como confiável e indispensável”, afirma.

Relacionamento como base do sucesso

Outro ponto fundamental é o relacionamento com o cliente. No mercado digital, onde a comunicação acontece de forma rápida e direta, é essencial manter o público engajado mesmo após a compra.

“As empresas precisam lembrar que a venda é só o começo da jornada. Um cliente satisfeito pode se tornar o maior embaixador da sua marca. Quando você investe em pós-venda, suporte e comunicação humanizada, cria um ciclo de confiança que beneficia o negócio a longo prazo. O cliente satisfeito é um propagador natural da sua marca. Investir em pós-venda, em um suporte que realmente resolve e numa comunicação mais próxima faz com que ele volte e, muitas vezes, indique a marca para outras pessoas”, observa Finch.

Exemplos disso podem ser vistos em estratégias simples, como envios de e-mails personalizados ou ações de marketing que valorizem a experiência do cliente. De acordo com o especialista, essas iniciativas geram valor e fortalecem a reputação da marca.

Planejamento e consistência são indispensáveis

Para quem está começando, Finch aconselha um planejamento estratégico com metas claras e consistentes. Ele alerta que a ansiedade por resultados imediatos muitas vezes compromete a construção de um legado sólido.

“Entendo a vontade de querer crescer rápido, mas isso não pode acontecer às custas de decisões apressadas. Um legado forte é construído aos poucos, com planejamento, paciência e a habilidade de se ajustar às mudanças que aparecem pelo caminho”, explica Finch.

Ao final, a mensagem do especialista é clara: o legado digital não é apenas sobre tecnologia, mas sobre pessoas e conexões que duram. “Seja no início da jornada ou já consolidado, o foco deve ser sempre no impacto que você quer deixar. Marcas que inspiram e transformam a vida das pessoas têm mais chances de se manter relevantes no futuro”, conclui Finch.

Mercado de brinquedos brasileiro demonstra resiliência para enfrentar os desafios

O mercado brasileiro de brinquedos reforçou sua capacidade de adaptação em 2024, segundo análise da Circana, empresa global de data tech para análise do comportamento de consumo. Com faturamento de R$4.8 bilhões, o setor apresentou uma retração de -1,6% em valor, porém surpreendeu com um crescimento de 6,1% em unidades vendidas, comparado a 2023. Este cenário foi fortemente influenciado pela redução de -8,0% no preço médio dos produtos, refletindo a busca do mercado por maior competitividade.

Ana Weber, diretora de varejo da Circana afirma que a dinâmica dos canais de distribuição revelou movimentos interessantes ao longo do ano. “Enquanto os varejistas generalistas enfrentaram uma redução de -5,2% em faturamento, conseguiram expandir suas vendas em volume, alcançando um crescimento de 6,1% em unidades. O segmento especializado mostrou particular vigor, registrando avanços tanto em faturamento quanto em volume, com 1,8% e 6,5% de crescimento, respectivamente” afirma.

O ano foi marcado por performances notáveis em diversas categorias. O segmento de veículos liderou o crescimento com 10,0%, seguido por uma forte expansão nos jogos e quebra-cabeças com 7,4%. Os blocos de montar mantiveram sua trajetória ascendente com 25,7%, enquanto as pelúcias conquistaram ainda mais espaço nas preferências dos consumidores, crescendo 12,3%. A categoria “outros brinquedos” também contribuiu positivamente, avançando 4,2%.

Por outro lado, alguns segmentos enfrentaram desafios significativos. O mercado de bonecas registrou uma queda de -6,0%, enquanto produtos infantis e pré-escolares viram uma redução mais acentuada de -12,4%. Brinquedos para atividades ao ar livre (outdoor) e eletrônicos juvenis também sentiram o impacto do cenário econômico, com quedas de -16,7% e -5,7%, respectivamente.

Em meio a esse cenário dinâmico, cinco fabricantes se destacaram na liderança do mercado: Mattel, Hasbro, Sunny, Lego e Candide. A força dessas marcas se refletiu especialmente no ranking dos produtos mais vendidos, onde a linha Hot Wheels e Barbie, da Mattel, dominaram com múltiplas presenças entre os dez mais bem-sucedidos do ano.

Top 10 produtos por faturamento:

  • Hot Wheels Singles
  • Hot Wheels pack com 5 carrinhos
  • Barbie Dreamhouse 
  • Boneco Vingadores Marvel
  • Quadriciclo Spider
  • Barbie Fashion Doll
  • Boneco Enaldinho
  • Barbie Color Reveal
  • Veículo da Patrulha Canina com figura colecionável
  • Hot Wheels Monster Trucks

Golpes virtuais e fraudes: como se proteger do estelionato na era digital

O estelionato, crime que envolve fraudes e enganações com o intuito de obter vantagem ilícita, tem se tornado cada vez mais recorrente no Brasil. De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cada 16 segundos, um golpe de estelionato é cometido no país, revelando a gravidade e a rapidez com que os criminosos agem. Este tipo de crime afeta milhares de brasileiros todos os anos, deixando vítimas financeiras e emocionais.

O advogado Rafael Caferati, do Escritório Jobim Advogados, alerta que a crescente utilização de meios digitais e a sofisticação das técnicas de fraudes tornam o estelionato uma ameaça constante, atingindo tanto pessoas físicas quanto jurídicas. Segundo Caferati, “ele se manifesta de diversas formas, como fraudes bancárias, golpes virtuais, falsificação de documentos, e promessas falsas de negócios ou investimentos, as vítimas muitas vezes não percebem que estão sendo enganadas até que o prejuízo já seja real”, ressalta o advogado. 

Com a popularização da internet e a digitalização de serviços financeiros, os golpistas têm explorado plataformas online para aplicar golpes. “A falta de conhecimento sobre as formas de prevenção tem sido um dos principais fatores que alimentam esse tipo de crime”, destaca  Caferati.

O estelionato pode ter efeitos devastadores nas vítimas, tanto do ponto de vista financeiro quanto psicológico. Além de perdas econômicas significativas, muitas pessoas se sentem desprotegidas e inseguras após serem enganadas, o que afeta seu bem-estar emocional.

Dada a frequência e a variedade de golpes em circulação, a população precisa estar atenta e informada para evitar cair em fraudes. O advogado Rafael Caferati recomenda algumas ações preventivas essenciais para proteger-se do estelionato:

Verifique a credibilidade de ofertas: desconfie de ofertas que parecem boas demais para serem verdade. Golpistas frequentemente utilizam promessas de ganhos rápidos ou benefícios extraordinários para atrair vítimas.

Desconfie de solicitações de informações pessoais: nunca forneça dados sigilosos, como números de contas bancárias ou senhas, por telefone ou e-mail, especialmente se o contato for inesperado.

Use plataformas seguras: ao fazer compras online ou realizar transações bancárias, certifique-se de que o site ou a plataforma é confiável e possui medidas de segurança adequadas.

Cuidado com links e anexos: nunca clique em links suspeitos ou baixe anexos de remetentes desconhecidos. Esses são métodos comuns para disseminar vírus e roubar informações pessoais.

Caso uma pessoa se torne vítima de estelionato, é fundamental agir rapidamente para minimizar os danos. O advogado orienta que, “ao perceber que caiu em um golpe, a vítima deve comunicar a fraude às autoridades policiais, caso a fraude envolva transações bancárias ou compras online, é importante informar imediatamente o banco ou a plataforma, que pode tomar providências para bloquear transações ou reverter os valores, além disso, consultar um advogado pode ser fundamental para entender os direitos da vítima e avaliar a possibilidade de buscar reparação”, explica.

Em tempos de digitalização crescente, a conscientização sobre os riscos do estelionato deve ser uma prioridade para todos. A prevenção depende de um esforço coletivo, onde o conhecimento e a cautela podem fazer a diferença entre a segurança e o prejuízo.

Marketing digital impulsiona fidelização de clientes em e-commerce de flores

O marketing digital é uma ferramenta indispensável para as floriculturas online que buscam manter a atenção do consumidor via plataformas de e-commerce. Com a concorrência cada vez mais acirrada no universo digital, estratégias de divulgação e posicionamento de marca bem planejadas podem resultar em campanhas mais assertivas de fidelização de clientes, além de aumentar as vendas do negócio. 

Otimização para mecanismos de busca (SEO) 

A presença da floricultura em mecanismos de busca na Internet representa uma estratégia de posicionamento da marca em plataformas como o Google. Essa atividade é conduzida por regras de SEO que classificam e-commerces e sites de acordo com o uso de palavras-chave, como “comprar flores” ou “entrega de arranjos”. A boa classificação nos motores de busca refletirá em mais visitas ao site, o que pode impulsionar o faturamento. 

Live commerce 

A exibição de produtos em transmissões ao vivo é uma tendência em 2025 para estratégias de vendas em floriculturas online. A apresentação de arranjos e flores em um evento organizado pelas redes sociais amplia as vendas no e-commerce, além de fortalecer o posicionamento da marca e fidelizar clientes. 

Campanhas de mídia paga 

A mídia paga é outro canal de vendas importante para e-commerces como as floriculturas online. Com o uso de Inteligência Artificial (IA) é possível criar campanhas cada vez mais segmentadas e personalizadas para atrair clientes em potencial, o que pode resultar em maior conversão de vendas pela Internet. 

Programas de fidelidade e recomendação 

O conceito de comunidade ganha mais relevância em estratégias de vendas para e-commerces em 2025, com atividades de engajamento e criação de conteúdos exclusivos para usuários que fazem parte da base de clientes recorrentes do negócio. Por meio de programas de fidelidade, afiliados e por recomendação, é possível manter comunidades com alto poder de conversão para vendas. 

Experiências personalizadas 

A personalização de campanhas e de canais de vendas é um diferencial para e-commerces de flores. O gerenciamento de dados dos usuários, como informações sobre compras anteriores, serve para criar experiências únicas que envolvem desde a oferta de produtos ao uso de embalagens criadas para cada perfil. 

A Responsabilidade Civil das Instituições Financeiras por Fraudes no Sistema PIX

O crescimento exponencial das transações via PIX no Brasil tem sido acompanhado por um aumento significativo nos casos de fraudes financeiras. De acordo com um estudo recente da ACI Worldwide, empresa especializada em tecnologia para meios de pagamento, o Brasil pode atingir a marca de R$ 11 bilhões em golpes via PIX até 2028.

A velocidade e a praticidade do PIX, que revolucionaram o sistema de pagamentos no país, também despertam o interesse de fraudadores, que exploram vulnerabilidades do sistema financeiro para a aplicação de golpes, inclusive com o uso de inteligência artificial (IA).

Diante desse cenário, torna-se essencial compreender os limites da responsabilidade das instituições financeiras e os direitos das vítimas de fraudes bancárias.

Normativas do Banco Central e Dever de Segurança das Instituições Financeiras

Resolução nº 147/2021 do Banco Central do Brasil (BCB) estabelece diretrizes para a prevenção e mitigação de fraudes no PIX. Os artigos 39-B e 78-F determinam que, ao suspeitarem de fraude, as instituições financeiras devem bloquear cautelarmente os valores transferidos, seja por iniciativa própria ou mediante solicitação do cliente.

Além disso, o artigo 32, inciso V, da mesma resolução, impõe aos participantes do PIX a obrigação de responsabilizar-se por fraudes decorrentes de falhas nos seus mecanismos de gerenciamento de risco. Isso inclui a inobservância de medidas de segurança, como monitoramento de transações suspeitas e resposta rápida a possíveis fraudes.

As diretrizes do Banco Central deixam claro que as instituições financeiras têm o dever de monitorar continuamente os serviços que disponibilizam, adotando medidas preventivas para evitar a ocorrência de fraudes e golpes. Entre essas medidas, destacam-se:

  • Bloqueio imediato de transações suspeitas;
  • Monitoramento contínuo de movimentações atípicas;
  • Adoção de protocolos rigorosos de segurança e autenticação;
  • Colaboração entre instituições financeiras para compartilhamento de dados de fraude.

Quando as Instituições Financeiras Podem Ser Responsabilizadas?

A responsabilidade das instituições financeiras pode ser configurada nas seguintes situações:

  1. Negligência no atendimento à solicitação de bloqueio: Quando a vítima de golpe comunica imediatamentea fraude ao banco e solicita o bloqueio do valor, mas não é atendida a tempo, permitindo que os valores sejam movimentados pelos fraudadores.
  2. Falhas no sistema de segurança: Se for identificada invasão ao sistema interno do banco, demonstrando vulnerabilidade nos mecanismos de proteção, a instituição pode ser responsabilizada pelos danos causados.
  3. Descumprimento das diretrizes do Banco Central: Caso a instituição não observe os protocolos de segurança estabelecidos, como a ausência de monitoramento adequado ou falha na implementação de medidas preventivas, poderá ser condenada a ressarcir integralmente o usuário lesado.

Uma vez comprovada a omissão ou falha na prestação do serviço, a instituição financeira poderá ser obrigada a indenizar o cliente pelos prejuízos financeiros sofridos.

Medidas de Prevenção para Instituições Financeiras e Usuários

Para minimizar o impacto das fraudes e garantir maior segurança aos clientes, as instituições financeiras devem adotar estratégias preventivas, como:
Definir limites de transação para reduzir o impacto de golpes de grande valor;
Monitorar padrões de comportamento dos usuários para detectar atividades suspeitas;
Investir em tecnologia e inteligência artificial para reforçar os mecanismos de autenticação e segurança;
Compartilhar informações sobre fraudes entre bancos e órgãos reguladores para aprimorar as políticas de combate a golpes financeiros.

Cuidados Essenciais para Usuários do PIX

Por outro lado, os usuários também devem adotar medidas para se proteger contra fraudes, incluindo:
Evitar clicar em links desconhecidos ou fornecer dados bancários a terceiros;
Desconfiar de mensagens suspeitas que solicitam transferências urgentes;
Verificar sempre a autenticidade do destinatário antes de realizar qualquer transação;
Ativar notificações de movimentação bancária para monitorar suas transações em tempo real.

O Que Fazer Caso Seja Vítima de Fraude no PIX?

Caso seja vítima de um golpe via PIX, o usuário deve agir rapidamente para tentar recuperar os valores:

1 – Entrar em contato imediato com a instituição financeira e relatar a fraude;
2 – Solicitar o bloqueio dos valores transferidos por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED);
3 – Registrar um boletim de ocorrência e reunir provas da fraude;
4 – Caso o valor não seja devolvido, buscar assistência jurídica para avaliar a responsabilidade da instituição financeira.

Mecanismo Especial de Devolução (MED) permite a recuperação de valores nos casos em que for comprovada a fraude ou falha no sistema bancário.

Se a instituição financeira não devolver os valores e for constatado que houve descumprimento das normas do Banco Central ou falha na segurança do sistema, a vítima poderá exigir ressarcimento integral dos danos materiais sofridos.

Vitor Henrique Mainardes – Especialista em Direito Civil e Empresarial pela PUC/PR e advogado no escritório Alceu Machado, Sperb & Bonat Cordeiro Advocacia.

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