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Estratégia do “Clique para WhatsApp” reduz abandono de carrinho

Já se foi o tempo em que um bom anúncio precisava convencer o cliente a clicar, abrir um site, preencher um formulário e só então esperar o contato de um vendedor. Hoje, bastam dois toques na tela para começar a negociar, literalmente.

Com a ascensão dos anúncios com o botão “Click to WhatsApp”, ou simplesmente “Clique para WhatsApp”, o canal de mensagens mais usado do Brasil se transformou em uma ponte direta entre o desejo e a compra. Em vez de redirecionar o consumidor para uma página cheia de formulários, o clique em uma campanha no Instagram ou Facebook já inicia uma conversa direta com a marca no WhatsApp. É rápido, simples e altamente eficaz.

“Empresas de todos os portes estão descobrindo um novo atalho para se conectar com seus consumidores, encurtando a jornada de compra e transformando o mensageiro verde no novo balcão de vendas da internet brasileira. É como abrir a porta da loja com um clique. O cliente está ali, te chamando. Cabe a você saber atender”, resume Alberto Filho, CEO da Poli Digital, empresa goiana especializada na automação de canais de atendimento para PMEs.

Funciona assim: ao ver um anúncio no Instagram ou Facebook, o usuário clica e, em vez de ser levado a uma landing page tradicional, é conduzido diretamente para uma conversa no WhatsApp com a marca. E o impacto é real. Segundo a Opinion Box, três em cada dez brasileiros esperam resposta no WhatsApp em até cinco minutos. A HubSpot vai além: responder a um lead em até 5 minutos pode aumentar em até 21 vezes as chances de conversão.

“Essa simplicidade transforma completamente a jornada do consumidor. Você elimina atrito, humaniza a experiência e acelera o fechamento da venda”, resume Alberto Filho.

Na prática, o impacto é mensurável. Durante a pandemia, a Espaçolaser implementou anúncios Click to WhatsApp e, em três meses, registrou aumento de 396% na conversão via WhatsApp e aumento de 137% na receita no canal. Já a marca Reserva relatou melhora significativa no ROI ao integrar mensagens personalizadas, embora o percentual exato não tenha sido divulgado publicamente.

Mas, para dar conta do alto volume de interações que vêm na esteira desse tipo de campanha, é preciso mais do que vontade: “Automação, catálogos integrados, links de pagamento e ferramentas de reengajamento são fundamentais para garantir fluidez no atendimento e continuidade na jornada”, explica Filho. “O WhatsApp permite que você faça pré-venda, venda e pós-venda, tudo no mesmo canal.” No entanto, é importante destacar que essas automações, CRM, sistemas de pagamento e o uso da API de Conversões da Meta só são possíveis por meio de uma plataforma especializada, como a Poli, que opera via API Oficial do WhatsApp fornecida pela Meta aos BSPs (parceiros autorizados).

Além disso, com a API de Conversões da Meta, já integrada à plataforma da Poli, é possível conectar o que acontece no WhatsApp com o painel de anúncios do Facebook. Em outras palavras: se a venda acontece depois do clique, o sistema identifica, envia a informação para o Meta e otimiza as campanhas com base em resultados reais, inclusive offline. Essa integração avançada só pode ser realizada graças ao uso da API Oficial do WhatsApp, disponibilizada exclusivamente para parceiros autorizados como a Poli.

“O que antes era apenas um app de mensagens virou canal de vendas, SAC, CRM e pós-venda. Com taxas de abertura muito superiores às de e-mail e SMS, o WhatsApp se consolidou como o canal preferido do consumidor brasileiro, e o mais eficiente para quem quer vender mais”, diz o CEO da Poli Digital. E reforça que toda essa eficiência e automação só são possíveis graças à utilização da API Oficial do WhatsApp, que permite a integração completa e segura via plataformas especializadas como a Poli.

Para Alberto Filho, o segredo está na estratégia: “Não se trata apenas de colocar um botão. É preciso entender como esse canal se integra a toda a jornada. Testar, medir, ajustar. E, acima de tudo, estar presente onde o cliente já está.” Ele reforça: “Porque, no fim das contas, vender hoje é isso: responder rápido, falar certo e estar disponível no momento exato, com apenas um clique”.

Alexandre de Moraes, censura e YouTube: o que é mito, o que é fato e o que diz a lei

Em meio à intensa polarização política no Brasil e ao crescimento de canais de opinião nas redes sociais, o nome do ministro Alexandre de Moraes voltou ao centro das discussões após rumores sobre possíveis sanções internacionais contra sua atuação no Supremo Tribunal Federal (STF). 

As especulações ganharam força após a divulgação de que uma suposta carta do governo dos Estados Unidos teria sido enviada ao ministro, em tom de advertência, sobre seus “abusos de autoridade”. O caso provocou reações exaltadas de comentaristas políticos e influenciadores, que passaram a prever bloqueios de bens, cancelamento de vistos e até prisão, com base na chamada “Lei Magnitsky”.

Para o advogado Daniel Toledo, especialista em Direito Internacional, doutor em direito Constitucional  e fundador do escritório Toledo e Advogados Associados, é necessário cautela e conhecimento técnico ao abordar o tema. “Muitos vídeos e postagens estão propagando uma série de equívocos jurídicos. A Lei Magnitsky, por exemplo, tem objetivos muito específicos. Ela surgiu nos EUA em 2012 para punir envolvidos em violações graves de direitos humanos e corrupção internacional. Não se aplica de forma automática a qualquer autoridade estrangeira”, alerta.

Toledo destaca que, mesmo nos casos em que sanções são impostas, como ocorreu com autoridades da Rússia durante a guerra na Ucrânia, não há vínculo direto com decisões judiciais internas ou com ações políticas de um país soberano. “É importante lembrar que os Estados Unidos não precisam da Lei Magnitsky para restringir vistos ou congelar ativos. O governo americano já possui meios administrativos para isso. E, até o momento, não há qualquer prova de que essas sanções estejam sendo aplicadas a ministros do STF”, observa.

O papel do YouTube e o debate sobre censura

Parte da controvérsia também envolve decisões do ministro Alexandre de Moraes relacionadas à retirada de conteúdos e perfis em plataformas como o YouTube e o X (ex-Twitter). A discussão se agravou após o empresário Elon Musk desafiar determinações do STF, argumentando que sua empresa não poderia ser penalizada por cumprir a legislação dos Estados Unidos.

Para Toledo, as plataformas que atuam comercialmente no Brasil precisam obedecer à legislação brasileira. “Se uma empresa estrangeira atua em território nacional, oferece serviços e lucra com publicidade dirigida a brasileiros, ela está sujeita às leis locais. Isso inclui, por exemplo, o Marco Civil da Internet e o Código de Defesa do Consumidor. O mesmo vale para obrigações tributárias, representação legal e responsabilidade por conteúdos ilícitos hospedados em seus domínios”, esclarece.

Ele lembra que, embora decisões judiciais possam ser discutidas e eventualmente revistas, ignorá-las pode configurar desobediência e gerar medidas como bloqueios e sanções econômicas. “O impasse com Elon Musk, por exemplo, não é sobre liberdade de expressão, mas sobre jurisdição. O Supremo Tribunal Federal entendeu que a plataforma estava sendo utilizada para disseminar conteúdos que violavam a legislação brasileira, e exigiu providências. Discutir a medida é legítimo. Ignorar completamente, não”, pontua.

Interpretações distorcidas da lei alimentam desinformação

Toledo também critica a forma como influenciadores têm interpretado trechos de leis americanas e brasileiras para sustentar teorias sobre o suposto cerco internacional a Moraes. “É comum ver pessoas sem formação jurídica pegando parágrafos isolados e distorcendo o sentido original das normas. A Lei Magnitsky, por exemplo, não prevê punições automáticas. Ela exige investigações, evidências concretas e um processo criterioso de aplicação”, analisa.

Ele observa que a internet se tornou terreno fértil para o sensacionalismo. “Muitos canais estão mais preocupados em monetizar o engajamento do que em esclarecer juridicamente o que está acontecendo. Com isso, inflamam a população, geram expectativas irreais e contribuem para o descrédito das instituições”, afirma.

Um ponto crítico, segundo Toledo, é que esse cenário de desinformação acaba provocando impactos concretos na vida da população. “Muita gente começa a acreditar que um ministro será preso por uma carta dos Estados Unidos. Outros acham que basta obter dupla cidadania para não responder mais à Justiça brasileira. São visões completamente equivocadas que só alimentam a instabilidade”, destaca.

Ele ainda lembra que, em casos de eventual processo contra um ministro do STF em cortes internacionais, quem arca com os custos da defesa é o contribuinte. “Processos dessa natureza custam caro. Escritórios nos EUA cobram valores altíssimos por hora. Se um ministro brasileiro for processado no exterior por sua atuação funcional, os custos serão cobertos com recursos públicos. É o cidadão quem paga essa conta”, adverte.

Liberdade de expressão não é anonimato

Por fim, Toledo reforça que a Constituição Brasileira garante a liberdade de expressão, mas veda o anonimato. “Qualquer pessoa pode se manifestar livremente, inclusive com críticas às autoridades. No entanto, precisa se identificar e responder por suas declarações. Criar perfis falsos ou páginas anônimas para disseminar acusações sem provas não é liberdade de expressão. É covardia e, muitas vezes, crime”, conclui.

O advogado defende que o debate sobre os limites do Judiciário e da liberdade de imprensa é legítimo, mas deve ser feito com responsabilidade. “É preciso mais educação jurídica e menos espetáculo. A verdade jurídica não cabe em manchetes inflamadas. Ela exige estudo, ponderação e compromisso com os fatos”, finaliza.

Modelo polêmico do “Pagar ou Consentir” da Meta na Europa se aproxima do Brasil

No final de 2023, a Meta (controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp) introduziu na Europa um modelo inédito de escolha para os usuários quanto ao uso de seus dados pessoais em publicidade. Conhecido extraoficialmente como “Pagar ou Consentir”, esse modelo oferece duas alternativas:

Assinatura paga sem anúncios personalizados: o usuário paga uma taxa mensal (cerca de €7,99 por mês) para navegar nessas redes sociais sem publicidade personalizada, o que significa que a Meta se compromete a não utilizar os dados pessoais do assinante para fins de direcionamento de anúncios. Em outras palavras, quem paga tem privacidade extra.

Uso gratuito com publicidade personalizada: o usuário opta por continuar usando as plataformas gratuitamente, porém consente que seus dados pessoais sejam coletados e tratados para que os anúncios exibidos sejam direcionados conforme seu perfil e atividades. Nesse caso, a Meta reúne informações como atividades nas redes, contatos e dados do dispositivo do usuário para segmentar a publicidade exibida.

A assinatura foi lançada inicialmente em novembro de 2023 para usuários da União Europeia, Espaço Econômico Europeu e Suíça. No começo, o preço padrão anunciado era de €9,99 por mês (na versão web) ou €12,99 no iOS/Android, cobrindo uma conta; contas adicionais vinculadas teriam um custo extra mensal. Contudo, em novembro de 2024, após diálogo com reguladores, a Meta reduziu esses valores em aproximadamente 40%, passando a €5,99 (web) e €7,99 (dispositivos móveis) por mês, com €4-5 por cada conta extra. Essa redução visou tornar o serviço mais acessível e responder às preocupações das autoridades europeias.

Por que a Meta adotou essa medida? (GDPR e pressão regulatória)

A implementação do modelo pago na Europa não foi voluntária, e sim motivada por exigências regulatórias rigorosas. Duas normas europeias estão no centro dessa discussão: o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) e a Lei dos Mercados Digitais (DMA). O GDPR, em vigor desde 2018, reforçou a necessidade de consentimento livre, informado e inequívoco para o tratamento de dados pessoais – especialmente para finalidades como publicidade comportamental. Já a DMA, mais recente, impõe obrigações específicas às big techs para promover concorrência e maior proteção aos usuários. Por exemplo, a DMA passou a proibir o rastreamento extensivo de usuários para publicidade direcionada sem consentimento explícito.

Diante do cenário europeu, surge a pergunta: a LGPD brasileira poderia forçar modelo semelhante aqui? 

Embora a Meta ainda não tenha implementado oficialmente no Brasil um programa de assinatura sem anúncios personalizados, há indícios de que isso pode mudar. O principal motor seria justamente a evolução da aplicação da LGPD. Nos últimos anos, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados tem se tornado mais ativa e rigorosa na fiscalização de grandes empresas de tecnologia. Em julho de 2024, por exemplo, a ANPD determinou a suspensão de partes da nova política de privacidade da Meta no Brasil, que permitia usar dados publicados por usuários para treinar sistemas de inteligência artificial, citando indícios de violação à LGPD. Nessa decisão, a autoridade apontou problemas como base legal inadequada, falta de transparência e limitações aos direitos dos titulares, impondo inclusive multa diária por descumprimento.

Embora esse caso específico fosse sobre uso de dados para IA, a mensagem é clara e transbordável para outras frentes: a ANPD não hesita em intervir contra práticas que considere abusivas ou sem amparo legal. Publicidade personalizada poderia entrar na mira futuramente.

Outro fator a considerar é o alinhamento internacional. Empresas globais tendem a buscar certa uniformidade em políticas, até por praticidade operacional. Se a Meta já construiu a infraestrutura de um modelo de assinatura “no ads” na Europa, é plausível que avalie expandi-lo para outras regiões conforme a demanda regulatória. 

Ainda que não haja (até o momento) uma obrigação expressa na LGPD para oferecer versão sem anúncios, a lei impõe sim o dever de transparência total sobre quais dados são coletados e para que finalidade. Se uma rede social utiliza extensivamente dados pessoais para lucro publicitário, isso deve estar muito claro para o usuário, que por sua vez tem direito de não consentir ou de revogar consentimentos dados. A falta de alternativas – isto é, obrigar o usuário a aceitar publicidade dirigida ou então abandonar o serviço – pode ser interpretada como um consentimento inválido (por coação) à luz da LGPD. Nesse sentido, oferecer uma alternativa paga sem coleta de dados pode ser visto como uma forma de validar o consentimento de quem optar por continuar na versão gratuita. Não seria surpreendente ver a ANPD ou mesmo o Poder Judiciário questionando a liberdade do consentimento do usuário brasileiro caso ele não tenha opção real de escolha. A existência de uma assinatura paga, embora potencialmente polêmica (pois envolve cobrar pela privacidade), ao menos materializa uma escolha ao titular – o que pode ser juridicamente defensável.

Então, esse modelo “pagar ou consentir” pode acontecer no Brasil? Em tese, sim, e há argumentos tanto jurídicos quanto estratégicos para acreditar que é apenas uma questão de tempo até vermos algo similar. 

Por outro lado, é preciso notar desafios. O Brasil, diferentemente da UE, não possui um ecossistema regulatório conjunto como GDPR + DMA + DSA; a LGPD atua sozinha no tema. Há também considerações econômicas: o modelo gratuito suportado por anúncios é o que viabiliza o acesso amplo às redes sociais. Cobrar uma assinatura pode não ser bem recebido por grande parte dos usuários brasileiros, e a Meta naturalmente teme perder engajamento (e receita publicitária) num mercado importante. Assim, é possível que a empresa adote uma postura gradual: primeiro, aumentar a transparência e facilitar o opt-out de anúncios personalizados; depois, se necessário, testar uma assinatura sem anúncios com grupos pequenos ou regiões específicas, e só então lançar mais amplamente se houver pressão regulatória concreta.

Em conclusão, a LGPD já traz em si o potencial de transformar a forma como se faz marketing digital no Brasil. Se a “novidade” de pagar €7,99 por mês pela sua privacidade parecia distante, hoje não é mais algo impensável. A União Europeia mostrou um caminho e, ainda que o Brasil não vá simplesmente copiar e colar as soluções de lá, a lógica subjacente é a mesma: dar ao usuário real poder de decisão sobre seus dados. Profissionais de privacidade, compliance e do direito digital devem ficar atentos: talvez em breve tenham  que aconselhar seus clientes ou empresas sobre modelos de assinatura vs. anúncios personalizados também por aqui. E quando isso acontecer, será a confirmação de que a cultura da proteção de dados, impulsionada pela LGPD, de fato mudou as regras do jogo no mercado brasileiro.

Blockchain: a próxima revolução digital já está em andamento

A blockchain se tornou conhecida principalmente por ser a base do Bitcoin e outras criptomoedas, mas ela está ultrapassando os limites do mercado financeiro e de criptoativos. Redes como a Ethereum introduziram o uso de tokens e contratos inteligentes para pagamentos em lojas físicas, postos de gasolina e restaurantes, sinalizando uma adoção mais ampla e cotidiana da tecnologia.

Uma pesquisa da consultoria Grand View Research estima que o mercado da blockchain deve saltar de US$ 31,2 bilhões em 2024 para alcançar 1,4 trilhão em 2030. Isso representa um aumento anual de 90,1%. “Em parte, esta expansão se deve a um crescimento da tecnologia para outras áreas que vão além das finanças devido à escalada de exigência por rastreabilidade e segurança”, explica Cleverson Pereira, head educacional da OnilX, empresa que transforma ativos digitais em liquidez para efetuar pagamentos e transações.

“O sistema de registro descentralizado e imutável da blockchain garante a integridade e transparência das transações, tornando-se especialmente atraente para setores como finanças, saúde e gestão da cadeia de suprimentos. Empresas desses segmentos estão cada vez mais integrando soluções baseadas em blockchain para aumentar a segurança e a transparência em suas operações”, diz o relatório da Grand View em concordância com o posicionamento de Pereira.

Saúde, governo e rastreabilidade: os novos horizontes da blockchain

De acordo com Pereira, a aplicação da tecnologia blockchain em áreas como saúde e serviços públicos já é uma realidade e deve se disseminar cada vez mais. Esses pontos são um reflexo da evolução das chamadas blockchain híbridas e de consórcio – ou seja, que podem ser compartilhadas entre vários entes, dando segurança e rastreabilidade às operações. Mas o que isso significa em outros setores?

– Saúde: permite o compartilhamento seguro de prontuários médicos entre instituições, reduzindo fraudes e garantindo a integridade dos dados de pacientes.

– Cadeia de suprimentos: rastreia a origem de produtos, assegura a autenticidade e combate à pirataria. “Nesse contexto, pode ser aplicada de maneira ampla: da indústria ao agronegócio, especialmente para cumprir exigências de fornecedores em mercados estrangeiros”, ressalta o head educacional da OnilX.

– Direitos autorais: NFTs registradas em blockchain garantem remuneração justa a artistas e controle de propriedade intelectual no meio digital.

– Governos: países como Dubai usam blockchain para registros civis e identificação digital. “Na prática, a blockchain poderia ser usada até em eleições, promovendo transparência e segurança dos pleitos”, avalia Pereira.

Nova lei americana: marco global para as finanças digitais

As perspectivas para a blockchain se ampliaram recentemente também nas finanças digitais e criptoativos, áreas que levaram à criação da tecnologia. A assinatura do Genius Act estabelece um marco regulatório para os ativos digitais e stablecoins – criptomoedas atreladas ao dólar –, exigindo que haja respaldo por ativos líquidos e auditados.

De acordo com Pereira, a nova legislação gera diversos benefícios para o setor. “Entre eles, o estímulo à adoção de stablecoins como meio de pagamento cotidiano, uma maior confiança de bancos, varejistas e consumidores na tecnologia e a expansão da blockchain como infraestrutura de pagamentos internacionais. E, na prática, o maior entendimento e a aplicação da tecnologia fazem com que ela se torne uma presença mais frequente em outros setores e com segurança jurídica”, diz.

Seis estratégias de marketing para atrair clientes em 2025

Em um mercado cada vez mais competitivo e conectado, atrair clientes vai além de promover produtos ou serviços. Segundo estudo global da Boston Consulting Group (BCG), divulgado em dezembro de 2024, quatro em cada cinco consumidores estão confortáveis com experiências personalizadas e esperam que as marcas ofereçam esse nível de atenção. No entanto, dois terços desses consumidores já abandonaram marcas por conta de experiências personalizadas imprecisas ou invasivas, o que torna o desafio das empresas ainda maior.

Para Rico Araujo, CEO da PX/BRASIL, agência de inovação e marketing integrada, o sucesso está em posicionar marcas por meio de estratégias sólidas e integradas. “Hoje, o consumidor compra mais do que produtos: ele compra narrativas, experiências e valores. A comunicação integrada não é só uma tendência, é uma urgência para marcas que querem se manter relevantes em um mercado hipercompetitivo. Conquistar atenção é só o começo. O que garante crescimento é coerência”, afirma.

A seguir, o especialista elenca seis estratégias de marketing que estão ajudando marcas a atrair clientes com mais consistência em um mercado cada vez mais competitivo:

1. Posicionamento com propósito

Marcas autênticas, que comunicam claramente seus valores e causas, criam identificação imediata com públicos que compartilham esses princípios. Não é apenas vender, é mostrar por que a marca existe e o impacto que deseja gerar. Isso constrói uma base emocional sólida que transcende produtos e serviços, fidelizando clientes e atuando como um farol que guia todas as ações e decisões da empresa, gerando maior engajamento.

2. Conteúdo com estratégia

Conteúdo relevante e estratégico guia o cliente na jornada de compra, educa e posiciona a marca como autoridade. Além disso, conteúdos que respondem dúvidas e oferecem soluções criam conexões mais profundas, transformando visitantes em defensores da marca, sendo uma forma de ganhar confiança a longo prazo.

3. SEO com foco em intenção

Otimizar buscas hoje exige entender o que o usuário realmente deseja, em que momento da jornada está e entregar respostas precisas. Adaptar a linguagem e os formatos para cada tipo de busca também aumenta a relevância e a probabilidade de conversão, elevando o desempenho com um engajamento orgânico.

4. Redes sociais como canal de influência

As redes sociais deixaram de ser vitrines para se tornar canais estratégicos de relacionamento. Mostrar bastidores, interagir com o público e contar histórias reais são ações que geram confiança e vendas, como o uso de formatos interativos através de lives e enquetes, que potencializam o engajamento e aprofundam a conexão emocional, criando comunidades fiéis.

5. Audiovisual como ativo de autoridade

Vídeos, podcasts e webinars são ferramentas poderosas para criar conexão emocional e reforçar credibilidade. Mostrar pessoas reais da empresa e depoimentos genuínos fortalece a imagem da marca, possibilitando uma comunicação mais dinâmica e humanizada, que facilita o entendimento e a retenção da mensagem pela audiência.

6. Comunicação integrada como vantagem real

Marcas multicanais que mantêm coerência na identidade visual, verbal e na mensagem em todos os pontos de contato constroem experiências mais sólidas e confiança duradoura com o público. Essa integração evita ruídos e confusões, garantindo que o consumidor tenha uma jornada fluida e memorável, independentemente do canal utilizado.

Para Rico Araujo, o segredo do sucesso está na conexão verdadeira com o público e na capacidade de transformação das marcas. “A verdadeira transformação acontece quando a marca consegue se conectar de forma autêntica com seu público, indo além da venda e tornando-se parte da vida das pessoas. Investir em estratégias integradas não é mais uma escolha, é uma necessidade para garantir relevância e crescimento sustentável.”

Contatos desatualizados: como eles afetam o ROI?

Altos investimentos direcionados a estratégias sofisticadas, textos persuasivos e campanhas criativas nem sempre se convertem nos resultados esperados. Essa frustração, bastante comum no mercado, muitas vezes, não está relacionada à qualidade da execução, mas sim a um elemento frequentemente negligenciado: os contatos desatualizados.

Mais do que apenas um banco de dados, uma base de contatos qualificada, viva e confiável é o verdadeiro alicerce de qualquer campanha corporativa bem-sucedida. Ignorar esse ponto pode comprometer não apenas a entrega das ações, mas também o relacionamento com o público-alvo e, por consequência, o retorno sobre o investimento (ROI).

Gestores e tomadores de decisão reconhecem o valor dos dados como fonte para ações estratégicas. No entanto, de nada adianta ter um grande volume de informações se não há garantia de que esses dados são verdadeiros, válidos e atualizados. Segundo estudo da Validity, 75% dos entrevistados afirmam que abordagens baseadas em dados imprecisos ou desatualizados levam à perda de clientes e dificultam a mensuração real dos resultados das ações.

O problema vai além de cadastros incompletos ou erros de digitação. O verdadeiro gargalo está na falta de acompanhamento da jornada de comunicação. Muitos contatos retornam ao ciclo de relacionamento após um período de inatividade, mas por outros números ou canais. Não reconhecer esse padrão impede a empresa de ajustar suas ações em tempo real e compromete o aproveitamento de oportunidades. Sem uma estrutura de validação contínua e sem a devida integração entre as bases e os canais que consomem os dados, a base rapidamente se torna obsoleta — ainda que aparentemente volumosa.

A ausência de governança sobre os dados e a falta de mecanismos que priorizem o número certo para cada CPF geram impactos diretos: campanhas mal direcionadas, tentativas ineficazes, desperdício de verba, retrabalho operacional, perda de performance e, em casos mais sensíveis, desgaste na relação com o cliente por insistência em contatos errados ou repetidos.

Além disso, a falta de inteligência sobre o comportamento de retorno — como e quando o cliente volta a se engajar — impede a construção de estratégias de reaproximação mais eficazes. O resultado é uma operação que tenta, sem critério, múltiplos números para o mesmo CPF, consumindo recursos, tempo de equipe e correndo riscos legais, como violações à LGPD por contatos indevidos.

Apesar de parecer um problema complexo, esse cenário pode ser revertido com metodologias que priorizam o uso inteligente dos dados. A chave está em direcionar os esforços para o número validado, com maior probabilidade de resposta e alinhado ao histórico de relacionamento com aquele CPF. Ter uma base enriquecida, atualizada e estrategicamente construída é essencial para garantir que a mensagem chegue a quem realmente importa — no telefone certo, pelo canal certo, no momento certo.

Nesse contexto, a tecnologia desempenha um papel central, não apenas como ferramenta de validação pontual, mas como parte de uma estrutura contínua de relacionamento. Modelos baseados em inferência e comportamento, aliados a um sistema de retroalimentação diária, tornam a base de contatos um ativo vivo — capaz de aprender com os dados e melhorar continuamente.

Mais do que identificar se um número está ativo, é fundamental reconhecer qual contato tem maior potencial de gerar resultado. Isso significa reduzir tentativas, aumentar a taxa de efetividade, proteger a imagem da marca e oferecer uma experiência mais relevante ao cliente.

O uso de camadas de decisão orientadas por dados é o que diferencia operações de alto desempenho daquelas que apenas disparam para todos. Por isso, é fundamental que as empresas adotem modelos que não apenas limpem os dados, mas que aprendam com eles. O que funcionou? Quando funcionou? E o que pode funcionar de novo?

Tratar a base de contatos como um ativo estratégico — integrando fontes externas, comportamento histórico, validação de operadora e preferências de canal — é o caminho mais seguro para gerar valor real. Afinal, ninguém gosta de ser impactado por uma comunicação que não faz sentido para seu momento ou perfil. E da mesma forma que o excesso de tentativas prejudica o cliente, também prejudica a empresa.

Evitar esse tipo de desgaste exige consistência, inteligência e estrutura. Uma base viva é aquela que evolui com o tempo, que se adapta ao comportamento do cliente e que entrega valor tanto para quem envia quanto para quem recebe.

Loja Integrada lança agente de vendas com Alfredo Soares e amplia estratégia de IA para lojistas

A Loja Integrada, plataforma de e-commerce inteligente, anunciou nesta terça-feira, 29, o lançamento oficial do Agente de IA Bora Varejo, criado em parceria com Alfredo Soares, empreendedor que é referência nacional em vendas no varejo digital, cofundador e mentor do G4 Educação. A novidade faz parte da Komea, rede de inteligência artificial da Loja Integrada, desenvolvida para oferecer suporte direto aos lojistas, com orientações personalizadas, técnicas de abordagem e dicas práticas para aumentar as vendas com mais eficiência.

O lançamento ocorreu na sede da Vtex, em São Paulo, durante um bate-papo com lojistas que reuniu Alfredo Soares, Lucas Bacic, CEO da Loja Integrada, e Thiago Franco, empresário e Influenciador Oficial do Mercado Livre. No encontro, os participantes discutiram tendências do comércio eletrônico, estratégias de vendas e o papel da inteligência artificial no apoio ao pequeno empreendedor. Após a apresentação do agente, Alfredo fez uma demonstração ao vivo e os lojistas presentes puderam fazer perguntas diretamente aos três convidados.

Voltado exclusivamente para quem possui loja na Loja Integrada, o Bora Varejo é apresentado como um advisor de vendas. A ferramenta combina mentorias, aulas do G4 Educação e conteúdos do ecossistema Bora Vender, utilizando uma linguagem direta, motivacional e prática, que reflete o estilo de comunicação de Alfredo Soares.

Segundo Alfredo, o novo agente foi pensado para aproximar conhecimento e prática de forma acessível. “O Bora Varejo é um agente que carrega minha experiência e visão sobre como vender mais no digital. Ele foi criado para conversar com o lojista, entender suas dores e entregar soluções práticas de forma rápida e acessível”, afirma.

Para Lucas Bacic, CEO da Loja Integrada, o lançamento do Bora Varejo reforça o compromisso da empresa em tornar a inteligência artificial uma aliada prática na rotina dos lojistas. Segundo ele, a inovação está em permitir que a IA aprenda com as necessidades do empreendedor e atue de forma autônoma para otimizar tempo e decisões. “Quando falamos em inovação, estamos falando sobre usar a inteligência artificial para resolver problemas reais do dia a dia do lojista. Hoje, a IA tem o poder de entender o que você precisa e fazer por você, de forma eficiente e assertiva. O Bora Varejo representa exatamente isso: um agente que entrega valor imediato com base em dados, experiência prática e foco no que realmente importa”, afirma.

O Agente Bora Varejo já está disponível em fase beta e pode ser acessado gratuitamente por lojistas por meio de uma landing page dedicada. O pré-cadastro está aberto e pode ser feito pelo site https://landing.lojaintegrada.com.br/agente-bora-varejo

Ads Share é estratégico para performance promocional no varejo

Você sabia que um lápis pode escrever uma linha reta de até 56 km? Que os tubarões entram em coma se ficarem de cabeça para baixo? Que “anatidaefobia” é o medo que um pato esteja observando você? Curioso? Pois aqui vai mais um dado surpreendente: com uma gestão inteligente do Ads Share, é possível impulsionar significativamente o market share da sua marca.

De forma simples, o Ads Share representa a participação das ofertas promocionais de uma marca dentro do total de anúncios da categoria. Por exemplo: se a marca A tem 5% de Ads Share na categoria de iogurtes em um determinado período e região, significa que 5% de todas as ofertas veiculadas nessa categoria foram da marca A.

Qual a relação entre o Ads Share e o Market Share? Vários fatores explicam as variações do market share e uma das alavancas principais é o volume de promoções. Isso é particularmente relevante no mercado de FMCG ou produtos de consumo de alto giro, como alimentos, bebidas, produtos de higiene, beleza e limpeza.

Nesse segmento, em média, de 30% a 35% do que se vende no varejo (supermercados, hipermercados e atacarejos) são através de ofertas. Ou seja, praticamente 1/3 do que se vende nesses canais são produtos promocionados. Em algumas cadeias esse percentual pode chegar a 50% e 60%! São números incrivelmente relevantes.

É sabido que ofertas eficientes geram maior fluxo na loja, além de mais vendas adicionais de outras categorias. É a chamada “elasticidade cruzada”, onde a quantidade de demanda de um ítem/categoria reage a uma mudança de preço de um outro ítem/categoria.

Do ponto de vista do varejo, o ganho é óbvio. Já do ponto de vista do fabricante, isso pode gerar um impacto positivo especialmente para aqueles que tem multicategorias no seu portfólio.

Geralmente a negociação entre varejo e fornecedor nas questões promocionais ocorre sob a ótica de categoria a categoria (e os seus respectivos SKUs). Mas, e se olhasse a interrelação entre as categorias que aquele fabricante trabalha?

Tendo as informações certas, é possível promover uma determinada categoria, relacionando-a com uma outra do seu portfólio. Nesse caso não seria necessário sacrificar a margem de ambas, pois muito provavelmente quando um shopper compra a categoria A, comprará também a categoria B.

Então para que baixar o preço de ambas? Bom, mas daí você pode perguntar: “quem garante que o shopper não vai levar a categoria B do meu concorrente e eu vendo apenas o que promovi?”.

Aqui vai um outro conceito: “Toda promoção é uma oferta, mas nem toda oferta precisa ser uma promoção”. Mas, como assim?  Uma oferta não necessariamente precisa entregar uma vantagem de preço ou quantidade (já a promoção, sim). Ela precisa é ser comunicada de forma eficaz.

Uma das ferramentas é usar de forma inteligente as mecânicas promocionais. Se eu levar, por exemplo, somente o item A, o preço é, digamos, R$ 10. Se eu levar também o item B, o preço do item A passa para R$ 6. O item B mantém o preço regular (mas, não pode ser muito mais caro que a média). Obviamente ambos os itens de um mesmo fabricante. Pois já é sabido que existe uma elasticidade cruzada muito forte entre os itens A e B.

Com isso, esse fabricante alavanca a venda de dois itens, podendo elevar o market share e ainda proteger a margem (para o fabricante e para o varejista). Tudo isso é possível através da colaboração entre o varejo e indústria e também do uso intensivo de dados.

Dados internos dos varejistas (através dos seus CRMs, por exemplo) para entender a elasticidade cruzada, dados de preços do mercado (afinal, o preço de promoção do varejista parceiro não pode estar mais alto que os seus concorrentes diretos), meteorologia (se o seu produto é afetado pela variável tempo/temperatura), definição clara e conhecimento do seu público-alvo para adequar a linguagem e a mídia a ser utilizada para divulgar a oferta/promoção, entre outras informações, são essenciais.

Como dizia Peter Drucker: “O que não é medido, não pode ser gerenciado”. O Ads Share, portanto, torna-se um indicador estratégico de performance promocional. Ele ajuda marcas a entenderem sua exposição relativa e a ajustar ações para ganhar espaço frente aos concorrentes.

No final, a promoção não é só um gatilho de venda — é uma ferramenta de construção de marca e conquista de market share, quando bem pensada, executada com inteligência e medida com rigor.

Magalu lança promoção “Compra Premiada” e distribui experiências gratuitas para clientes

O Magalu acaba de lançar a promoção “Compra Premiada”, uma campanha desenvolvida em parceria com a TLC WorldWide Latam, agência especialista global em recompensas e experiências. A ação é válida exclusivamente para compras realizadas nas 1245 lojas físicas da companhia pelo Brasil. A mecânica é simples e prática: comprou, raspou, ganhou.

“As promoções do tipo ‘compre e ganhe’ continuam sendo uma das formas mais eficazes de engajar o público no ponto de venda. E, quando o prêmio é uma experiência, o vínculo vai além da compra”, afirma Aline Queirantes, diretora de marketing do Magalu. “É sobre criar conexão, gerar lembrança e valor percebido. A parceria com a TLC nos ajuda a amplificar esse impacto, em todas as nossas lojas físicas.”

O diferencial da promoção é que todos os clientes ganham experiências — sem sorteio e sem complicação. A TLC WorldWide Latam oferece uma curadoria exclusiva de recompensas que vão desde momentos de cuidados e bem-estar, até vivências culturais e esportivas, como cortes de cabelo, massagens, aulas de música, idiomas, esportes, cafés, álbuns de memórias impressos, serviços como lava-rápido, entre outros.

Os participantes ainda concorrem a vale-compras de até 700 reais no Magalu, em um total de quase 1,5 milhões de reais distribuídos. Ao realizar uma compra, o cliente recebe acesso à raspadinha digital com duas etapas: a primeira garante uma experiência e a segunda dá a chance de ganhar os cupons. São 12 mil chances de ganhar um vale-compra de 50 reais, 1245 chances de receber um cupom de 100 reais e mais 1245 vale-compras de 700 reais. Todas as regras e condições para participar podem ser conferidas no site da promoção: https://comprapremiadamagalu.com.br/.

“Toda promoção pode ser mais do que uma mecânica comercial, pode ser uma experiência memorável. É isso que estamos fazendo nesta campanha do Magalu. Estamos transformando consumo em recompensa real para todos”, Juliana Pimenta, managing director da TLC WorldWide Latam. “Nosso modelo permite entregar experiências em escala, com curadoria e capilaridade nacional, algo que só nós fazemos hoje no Brasil.”

A promoção é válida por tempo limitado e reforça o posicionamento do Magalu como uma varejista inovadora e próxima do consumidor, ao mesmo tempo que consolida o papel da TLC WorldWide Latam como parceira estratégica em programas de incentivo, loyalty e campanhas promocionais com propósito.

Varejo online tem 84% do tráfego via mobile, mas conversão ainda é maior no desktop

No Brasil, 84% do tráfego no e-commerce já tem origem no mobile, de acordo com dados da Kobe Apps, plataforma de criação e gestão de aplicativos para o varejo. No entanto, apesar da predominância de acessos por smartphones, a taxa de conversão ainda é 1,6 vez maior no desktop. O contraste revela um gargalo crítico: a maioria dos varejistas ainda enfrenta desafios técnicos e de usabilidade no ambiente mobile, especialmente nas versões web responsivas e em aplicativos pouco otimizados.

“A experiência mobile ainda é tratada por muitas marcas como uma extensão adaptada do desktop, o que compromete a performance”, afirma Bruno Bulso, COO e cofundador da Kobe Apps. “Atualmente, 90% do tempo que os brasileiros passam no celular é dentro de apps, mas apenas 15% dos varejistas têm um aplicativo próprio com estrutura adequada. Há uma enorme oportunidade sendo desperdiçada”.

O estudo aponta que obstáculos como tempo elevado de carregamento, navegação pouco intuitiva e inconsistência nos dados de preços e estoques prejudicam a jornada de compra. Segundo Bulso, isso acontece tanto em sites mobile quanto em apps com baixa funcionalidade. “Aplicativos precisam refletir as regras do negócio com arquitetura simples, jornadas integradas entre os canais físicos e digitais, e performance que elimine qualquer atrito”, reforça.

Casos como o da rede de supermercados Festval, que também integra os cupons do Soul Festival Club, mostram que apps eficientes geram impacto direto nas vendas. O Club registrou um aumento de 52,3% na participação digital via app e atraiu 41 mil novos usuários em um único mês. O app Festval ultrapassou 30% de share digital, partindo de uma base de apenas 5%.

Para o executivo da Kobe Apps, os números evidenciam que ter um app próprio e bem estruturado vai além da conveniência: é uma estratégia crucial para a competitividade. “Empresas que priorizam a experiência no mobile colhem resultados expressivos, com maior fidelização, controle da jornada e impacto direto na receita”, conclui Bulso.

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