O Dia dos Pais é a quarta data comemorativa mais representativa em movimentação financeira no varejo brasileiro. No entanto, o período que aquece as vendas também atrai a atenção de criminosos. Um levantamento recente da Serasa Experian revela um cenário preocupante: o Brasil tem registrado mais de 1 milhão de tentativas de fraude por mês, o equivalente a uma a cada 2,2 segundos.
Esse cenário de oportunidade e risco exige que os empreendedores, tanto de lojas físicas quanto online, redobrem a atenção para garantir transações seguras e evitar prejuízos que vão além do valor de uma venda. “O Dia dos Pais é uma celebração que movimenta a economia no segundo semestre. Por isso é importante que o empreendedor foque em proporcionar a melhor experiência para seus clientes, sem se preocupar com golpes. A segurança é um pilar essencial para construir uma relação de confiança e fidelizar o consumidor”, afirma Lourdes Quintana, superintendente de prevenção a atos ilícitos da Getnet Brasil.
Pensando nisso, a Getnet, uma fintech global de pagamentos do grupo Santander, reuniu uma série de orientações de segurança para ajudar os lojistas a proteger seus negócios e vender com mais segurança durante este período, tanto no físico como no digital.
Dicas para lojas físicas:
Atenção ao Pix na maquininha: sempre verifique no extrato ou no aplicativo do seu banco se o valor da transação via Pix realmente foi creditado em sua conta antes de liberar o produto. Não confie apenas no comprovante apresentado pelo cliente, pois ele pode ser falso.
Cuidado com o golpe da troca de maquininha: fique atento para que, em um momento de distração, o seu equipamento não seja trocado por um aparelho do golpista, que passaria a receber os valores das suas vendas.
Desconfie de visitas técnicas inesperadas: instrua sua equipe a não entregar equipamentos para supostos técnicos que aparecerem na loja sem um agendamento prévio ou um contato oficial da empresa de pagamentos.
Dicas para o e-commerce:
Monitore atividades suspeitas: fique de olho em comportamentos atípicos, como um mesmo cliente fazendo várias compras com cartões diferentes em um curto espaço de tempo, ou um volume grande de pedidos para o mesmo endereço de entrega.
Proteja os dados dos seus clientes: utilize plataformas de e-commerce seguras e invista em certificados de segurança (SSL) para proteger as informações de pagamento e os dados pessoais dos consumidores.
Cuidado com o Chargeback no Link de Pagamento: para evitar contestações, confirme se a identidade do comprador é a mesma do portador do cartão antes de enviar o produto. Em caso de contestação e chargeback, o lojista precisará ter provas de que a venda foi realizada para o dono do cartão. Descreva detalhadamente os itens na fatura, guarde os comprovantes de envio e monitore transações com comportamento suspeito.
“Datas de grande movimento como o Dia dos Pais exigem uma operação inteligente e segura. Ferramentas que validam transações em tempo real e protegem o lojista contra fraudes e chargebacks são essenciais. Investir em prevenção é garantir a saúde financeira do negócio e a confiança do cliente, resultando em mais vendas e fidelização.” Finaliza Lourdes.
A transformação digital, que por anos guiou a modernização das empresas, está cedendo espaço a uma nova fase: a era das empresas “AI-First”. Essa mudança não se trata apenas de incorporar novas tecnologias, mas de reimaginar modelos operacionais e estratégicos, colocando a IA no centro das decisões corporativas.
Enquanto a transformação digital focava na digitalização de processos existentes e na implementação de tecnologias para melhorar a eficiência, a abordagem AI-First vai além. Agora, as empresas estão integrando a IA desde a concepção de produtos e serviços, tornando-a um pilar fundamental de suas estratégias de negócio. Essa mudança não se limita às grandes corporações; pequenas e médias empresas também estão adotando a IA para ganhar competitividade e inovar em um mercado cada vez mais dinâmico e exigente. Aqueles que souberem integrar a IA de forma eficaz verão não apenas melhorias operacionais, mas também a abertura de novas fronteiras de crescimento e desenvolvimento.
Na realidade, a pergunta não é mais se a IA vai transformar os negócios – e sim quem vai sair na frente nessa transformação. A mudança só começou e promete ser muito mais profunda do que imaginamos, especialmente com a entrada de novos players na corrida por modelos mais avançados de IA, acelerando ainda mais o desenvolvimento da tecnologia.
Brasil: cenário preocupante?
Uma pesquisa realizada pela SAS no ano passado apontou que o Brasil está na 11º posição no ranking mundial de adoção da IA generativa. Outros levantamentos apontam que as empresas brasileiras têm a tecnologia como foco prioritário, mas não há uma visão clara sobre como ou por onde começar. Os principais entraves são a falta de estrutura tecnológica adequada, qualidade das aplicações e falta de mão de obra especializada.
Outro estudo, elaborado pela Meta em parceria com a Fundação Dom Cabral, apontou que 95% das empresas consideram a IA essencial, mas apenas 14% atingiram a maturidade no uso da tecnologia. A maior parte das organizações prefere focar em soluções mais simples, aplicando a tecnologia em chatbots e em ferramentas de análise preditiva.
Para que as empresas brasileiras – independentemente de porte ou setor – ultrapassem as barreiras iniciais e acelerem a adoção da IA, é crucial investir em três frentes principais: infraestrutura e dados, talentos e cultura organizacional e estratégia de negócios.
O primeiro ponto – relativo aos dados e à infraestrutura – já marca uma mudança considerável em como as organizações no Brasil tratam os dados. É preciso investir em sistemas capazes de coletar, processar e armazenar grandes volumes de informação, e também em políticas de governança de dados que garantam segurança e confiabilidade. Em muitos casos, isso vai requerer a revisão da arquitetura de TI e a adoção da infraestrutura cloud.
O segundo ponto diz respeito a uma dor corrente na área de tecnologia: a falta de mão de obra especializada. Investir em formação continuada, parcerias com universidades e programas de capacitação interna pode ajudar a criar uma base sólida de profissionais aptos a lidar com ferramentas de IA. No entanto, a transformação não se limita aos profissionais de TI: é preciso disseminar a cultura de inovação em toda a organização, fomentando uma mentalidade aberta a testes, erros e aprendizado constante.
Por último, as empresas terão que reestruturar sua estratégia: a IA não deve ser tratada como um “complemento” tecnológico, mas como uma oportunidade de reformular processos e criar novas fontes de receita. As lideranças precisam analisar onde a IA pode gerar o maior impacto – seja no relacionamento com clientes, na automação de processos internos ou na criação de produtos e serviços inéditos – e alinhar esses objetivos ao planejamento estratégico de longo prazo.
Um futuro impulsionado pela IA
Não há dúvida de que a IA já está redefinindo a maneira como trabalhamos, nos comunicamos e criamos valor econômico. A verdadeira transformação empresarial exige que as companhias repensem seu DNA tecnológico e estratégico, questionando modelos de negócio tradicionais e colocando a inteligência artificial como grande propulsora de inovação.
Nos próximos anos, veremos uma convergência cada vez maior entre IA, Internet das Coisas (IoT), 5G e outras tecnologias emergentes. Esse cenário abre espaço para soluções mais integradas, capazes de antecipar tendências, otimizar recursos e criar experiências personalizadas para clientes e colaboradores.
Aqueles que se moverem com agilidade, adotando uma postura ousada e explorando oportunidades de parceria e aprendizado contínuo, sairão na frente. O Brasil, embora ainda enfrentando desafios estruturais, tem um potencial enorme de crescimento e desenvolvimento na área de inteligência artificial. Cabe às empresas, líderes e profissionais unirem esforços para tornar essa nova era uma realidade, transformando a promessa da IA em resultados concretos para os negócios e para a sociedade.
Por Marcelo Mathias Cereto, Head da unidade de negócio Selbetti IT Solutions na Selbetti Tecnologia
A Geração Z cresceu conectada, moldando tendências digitais e interagindo naturalmente com redes sociais, compras online e novas tecnologias. Porém, seus hábitos online estão sendo utilizados como iscas por cibercriminosos para aplicar golpes digitais e para disseminação de malware. Entre os hábitos mais explorados estão: “o medo de perder algo” (FOMO, do inglês “fear of missing out”), o consumo nostálgico de cultura dos anos 2000 e o uso intenso de aplicativos de saúde mental. Para ajudar os jovens e chamar atenção sobre esses riscos e incentivar uma navegação mais segura, a Kaspersky lança o jogo interativo “Case 404” e reúne dicas práticas para ajudar os jovens a navegarem com mais segurança. Confira abaixo.
Compartilhamento excessivo e aumento da pegada digital
Para a Geração Z, compartilhar momentos da vida online se tornou parte do seu dia a dia. As plataformas de redes sociais estão repletas de selfies com marcação geográfica, atualizações diárias e dados pessoais. No entanto, este compartilhamento constante cria uma pegada digital que pode ser usada pelos cibercriminosos para explorar o roubo de identidade ou ataques de engenharia social.
Pesquisa da Kaspersky mostra que 58% dos brasileiros estão preocupados em terem seus dados pessoais vazados e, mesmo assim, ocorre um compartilhamento excessivo de informações no ambiente digital. Isso pode revelar inadvertidamente muitos detalhes sensíveis, como por exemplo as casas dos usuários no fundo das fotografias ou as suas rotinas, tornando hábitos previsíveis. Mesmo conteúdos aparentemente inofensivos, como uma fotografia de um amigo ou do animal de estimação, podem fornecer pistas para perguntas de recuperação de senhas.
1. Medo de Perder Algo (FOMO)
O FOMO refere-se à ansiedade ou desconforto que uma pessoa sente diante da possibilidade de não fazer parte de uma tendência seguida por outros usuários nas redes sociais. O FOMO é um poderoso motor para a Geração Z, alimentado pelas atualizações das redes sociais sobre o lançamento de novos produtos, shows e eventos.
Ver os colegas participarem de eventos, adquirirem novos produtos ou atingirem metas pode levar à sentimentos de exclusão. Quer se trate do lançamento de um novo iPhone, da turnê “The Eras Tour” da Taylor Swift ou de um grande evento esportivo, o FOMO pode levar os usuários a clicarem em links não verificados que prometem acesso antecipado a algum evento ou ofertas exclusivas.
Exemplo de uma página de phishing com oferta falsa do novo iPhone 16 Pro Max
Os cibercriminosos exploram esta urgência através de esquemas de phishing e clickbait, conduzindo os usuários a sites maliciosos que roubam as credenciais de login e distribuem malware. Ingressos falsos para eventos, esquemas de pré-venda de produtos e informações privilegiadas “divulgadas” são apenas algumas das táticas utilizadas para manipular os usuários através deste medo.
2. Nostalgia da moda Y2K e da cultura do início dos anos 2000
Para a Geração Z, que nasceu por volta ou depois dessa época, a moda Y2K representa uma mistura de nostalgia de uma época mais simples, pré-digital, e um desejo de reinventar esses estilos com um toque moderno. O fascínio da Geração Z pela cultura do início dos anos 2000, da estética Y2K aos jogos de infância, reavivou o interesse por títulos retrô como The Sims 2, Barbie Fashion Designer e Bratz Rock Angelz.
Embora estes jogos evoquem nostalgia, a procura de downloads não oficiais conduz frequentemente os usuários a sites que propagam malware. Os cibercriminosos visam este nicho de interesse, incorporando software malicioso em arquivos de jogos falsificados. O que parece ser uma “viagem ao passado” pode resultar em dispositivos comprometidos ou dados roubados.
3. Lojas de Fast Fashion
A Geração Z adora roupas expressivas. Você quer se destacar, em vez de se encaixar, tendo assim um estilo em constante mudança – o que estava na moda há um mês pode não estar mais nas tendências.
Os seus hábitos de perseguição de tendências são apoiados por varejistas de Fast Fashion que oferecem formas acessíveis de mudar. Por exemplo, a grande gigante chinesa da Fast Fashion, a Shein, é adorada pela Geração Z e acrescenta 6 mil novos produtos ao seu site/app por dia.
Esquema de phishing utilizando uma marca de fast shop como isca
Para a Geração Z, as lojas de Fast Fashion são mais do que apenas uma preferência de compra, são um estilo de vida. Marcas como a Shein, a ASOS e a Fashion Nova oferecem preços acessíveis e gratificação instantânea, o que as torna essenciais para esta geração. No entanto, o fascínio por estas marcas tem um lado ruim. Sites de compras falsos, códigos promocionais falsos e anúncios de phishing capitalizam a sua popularidade, utilizando imitações convincentes para levar os usuários a inserirem seus dados sensíveis. Quanto maior for o envolvimento nas compras online, maior é o risco de encontrar sites falsos e esquemas de phishing criados para roubar informações pessoais e financeiras.
4. iDesordem
A geração Z enfrenta um fenômeno chamado iDisorder, uma condição em que a capacidade do cérebro para processar informação se altera devido à exposição excessiva à tecnologia. Esta obsessão pela tecnologia pode resultar em perturbações psicológicas, físicas e sociais, incluindo depressão e ansiedade. Este fato é comprovado pela investigação pública: um em cada três jovens, entre 18 e 24 anos, apresenta atualmente sintomas que indicam que já teve problemas de saúde mental deste tipo.
É por esta razão que as pessoas recorrem cada vez mais a ferramentas digitais, como plataformas de teleterapia e rastreadores de saúde mental, para aliviar o estresse. No entanto, estas plataformas armazenam informações pessoais altamente sensíveis, incluindo estados emocionais, notas de terapia e rotinas dos usuários. Se forem violadas, estes dados podem ser explorados para chantagem ou phishing.
“As tendências podem evoluir rapidamente, mas as ciberameaças permanecem constantes. Quer seja aproveitando a paixão da Geração Z pelas compras online, explorando a urgência criada pelo FOMO ou visando a crescente utilização de aplicativos de saúde mental, os cibercriminosos são rápidos para transformar comportamentos populares em oportunidades de phishing, golpes e violações de dados”, afirma Fabio Assolini,diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina. Ele dá algumas dicas para os jovens se protegeram: “Comece assumindo o controle: verifique os links e os sites antes de inserir qualquer dado, utilize senhas fortes e únicas e ative a autenticação de dois fatores para uma camada extra de segurança. Tenha atenção para o que compartilha online e, mais importante, lembre-se de que estar informado é a sua melhor defesa. A cibersegurança não é apenas uma questão de responder a ameaças, é uma questão de se capacitar para navegar no mundo digital com confiança e segurança”, conclui Assolini.
Para manter a segurança no mundo digital, recomendamos que a Geração Z faça o seguinte:
Conheça o novo jogo online interativo da Kaspersky – “Case 404” – especificamente criado para ajudar a Geração Z a aprender as melhores estratégias de segurança em um mundo online cada vez mais vulnerável.
Pense antes de postar: não compartilhe fotos que revelem sua casa, sua rotina ou seus detalhes pessoais que podem ser usados na recuperação de senhas.
Não caia em ofertas urgentes e verifique descontos, pré-vendas ou links de ingressos apenas através de sites oficiais. Quando fizer compras online e evite ofertas que pareçam “boas demais para serem verdade.
Verifique sempre cuidadosamente os URLs dos sites antes de introduzir informações pessoais. Os cibercriminosos tendem a imitar os nomes de marcas ou utilizarem domínios falsos.
Os aplicativos de saúde mental armazenam dados sensíveis, por isso é importante escolher serviços com políticas de privacidade fortes e não compartilhar informações pessoais.
Utilize uma solução de segurança confiável, como o Kaspersky Premium, para detectar anexos maliciosos que possam comprometer os seus dados.
Garanta navegação e mensagens seguras com o Kaspersky VPN, protegendo o seu endereço IP e evitando vazamento de dados.
Com presença em praticamente todos os celulares no Brasil, o WhatsApp se consolidou como uma ferramenta de trabalho para pequenas e médias empresas em todo o país. O app está instalado em 99% dos celulares no Brasil e mantém 147 milhões de usuários, segundo o estudo Digital 2024: Brazil.
Para especialistas em canais de atendimento, o que antes era apenas um meio informal de contato agora ganha papel estratégico: cada vez mais empresas estão automatizando processos, organizando suas operações e vendendo diretamente pelo aplicativo.
Segundo relatório da Opinion Box, 82% dos brasileiros já utilizam o WhatsApp para se comunicar com empresas, e 60% afirmam já ter feito compras pelo app. Não é à toa que o número de negócios que usam a versão empresarial — o WhatsApp Business — também cresceu: o Brasil é um dos maiores mercados do mundo para a solução. Cerca de 70% das empresas brasileiras já usam o app como parte de suas estratégias de marketing, vendas e relacionamento, segundo o Panorama de Marketing e Vendas 2024, da RD Station.
“Antes, tudo era manual. Hoje, consigo falar com dezenas de clientes ao mesmo tempo, sem deixar ninguém esperando”, diz Gabriel Sávio, diretor de uma loja de móveis em Goiás. Após automatizar o atendimento e vendas pelo WhatsApp, ele afirma ter multiplicado o faturamento por seis. “Organização e agilidade fizeram toda a diferença”. Ele utiliza a plataforma de atendimento da Poli Digital em suas operações, empresa também de Goiás, que possui chatbot, automações e CRM para atendimento de clientes.
“A plataforma atrelada à automação pode ser um verdadeiro motor de vendas de uma empresa. Há uma diferença grande entre atender um pedido e operar um processo comercial inteligente, escalável e eficiente”, afirma Alberto Filho, CEO da Poli Digital.
Casos como o de Gabriel não são isolados. Uma pesquisa da Meta (2023) ouviu 6,5 mil adultos de 13 países, incluindo o Brasil, e mostrou que 81% dos brasileiros disseram achar mais fácil enviar mensagens para uma empresa do que acessar um site para ter esse contato, e 78% afirmam ter mais chance de fechar uma compra quando conseguem resolver tudo por ali — do primeiro contato ao pagamento.
Alessandra Bona, da Burntech Caldeiras Equipamentos Industriais, também cliente da Poli Digital, cita que a possibilidade de responder aos clientes na mesma tela, atendendo diversos canais ao mesmo tempo, facilitou muito o dia a dia. “Permitir ter tudo registrado em um funil de pré-vendas (mensagens e ligações) foi um fator decisório”.
Além de aprimorar as conversas, o WhatsApp também impulsiona as vendas com recursos integrados. Um dos mais utilizados é o Click-to-WhatsApp, que transforma anúncios no Instagram e Facebook em conversas diretas na plataforma de atendimento. Segundo a Meta, mais de 40% dos anunciantes brasileiros já adotaram essa funcionalidade — sinal de que o WhatsApp se tornou um ponto central na jornada de compra.
Outro destaque é o Poli Pay, ferramenta desenvolvida pela Poli Digital que funciona como um sistema de gestão de pedidos direto pelo WhatsApp e Instagram. Ela permite que empresas enviem e recebam cobranças diretamente pelo chat, com catálogo de produtos integrado e carrinho de compras. A funcionalidade movimentou cerca de R$ 7 milhões desde seu lançamento em 2020. A taxa de conversão alcançada com o Poli Pay foi de 46%, o dobro da média dos e-commerces tradicionais.
“Ou seja, com suporte e organização, conseguimos crescer mesmo com uma equipe enxuta. O WhatsApp é o app que já está no bolso, é ágil, direto e conveniente — uma vantagem competitiva enorme”, diz Alessandra Bona.
Ao contrário de soluções robustas criadas para grandes empresas, que muitas vezes são caras e difíceis de implantar, o WhatsApp Business oferece uma porta de entrada acessível para a digitalização das PMEs. “Automatizar o atendimento, registrar históricos de conversa, treinar equipes e integrar pagamento direto pelo chat. Tudo isso já é possível, e não exige grandes investimentos”, afirma Alberto Filho.
Para se conquistar uma gestão inteligente para empresas que atuam com e-commerce e relacionamento multicanal, a organização e o pensamento estratégico é um diferencial. Pensando nesses pontos, a Ativos Capital – ecossistema de inovação com atuação em Martech, Comunicação e Cloud – anuncia o lançamento da EasyCDP, uma plataforma SaaS criada para centralizar dados, otimizar campanhas e transformar interações em resultados reais com apoio de inteligência artificial. O lançamento oficial acontece durante o Fórum E-commerce Brasil, um dos maiores eventos do setor de e-commerce no país, que encerra hoje no Distrito Anhembi, em São Paulo.
A solução tem como missão democratizar o acesso à inteligência de dados, permitindo que empresas de todos os tamanhos operem com a mesma precisão e agilidade de grandes players do mercado. A fundamentação principal da EasyCDP é resolver quatro grandes problemas comuns no marketing digital: fragmentação de dados, dificuldade de integração entre ferramentas, ausência de visão estratégica e alto custo operacional.
“A Easy CDP é uma plataforma pensada para resolver esses gargalos. O grande diferencial é centralizar as informações em um único lugar, com visualização clara. Isso garante que o cliente entenda melhor o negócio e consiga pensar de forma estratégica. A ideia é fazer com que as empresas ganhem eficiência, escalem suas operações e otimizem recursos em tarefas que a IA pode automatizar”, explica Davi Pincinato, CPO da Ativos Capital.
Com a EasyCDP, os dados dos consumidores são unificados em uma base única e viva, permitindo a criação de segmentações dinâmicas, automação de jornadas personalizadas e ações baseadas em comportamento e preferências reais, a exemplo dos canais de comunicação preferidos, horários de compra e produtos mais acessados. “Esses pontos são os principais diferenciais quando falamos das vantagens para nós, consumidores finais. Se os seus clientes de São Paulo respondem melhor no WhatsApp e os do Rio de Janeiro por SMS, a plataforma entende esse padrão e sugere comunicações distintas para cada grupo. É inteligência aplicada à conversão, o que faz aumentar o valor percebido da marca”, completa Pincinato.
Um dos principais diferenciais da EasyCDP está na acessibilidade técnica. Enquanto soluções robustas exigem times de TI e consultorias externas, a Easy foi desenhada para integração simples, em poucos cliques, sem necessidade de programadores. Já no primeiro dia, ao se conectar a uma loja no Shopify, por exemplo, a plataforma importa o histórico de vendas e passa a gerar insights automáticos para ações como recuperação de carrinho ou promoções sazonais.
Sustentação, integração para os negócios
O conceito que sustenta a EasyCDP é o de CDP – Customer Data Platform, uma evolução do CRM tradicional. Enquanto CRMs focam apenas no relacionamento, o CDP conecta dados transacionais, comportamentais e operacionais, oferecendo inteligência de negócio com apoio de IA. “A ideia é que qualquer empresa, mesmo sem estrutura técnica, possa ativar campanhas com base em dados e escalar sua operação de forma eficiente. Isso evita contratações desnecessárias e dá autonomia real às equipes de marketing e vendas”, afirma o executivo.
A EasyCDP já nasce com integração nativa ao Shopify e roadmap para novas conexões com plataformas como Nuvemshop, VTEX, Magazord, além de CRMs e ERPs. Do lado da IA, a evolução da ferramenta prevê recomendações preditivas, construção automatizada de mensagens, análises por contexto de mercado e agentes inteligentes que apoiam a tomada de decisão. A arquitetura também prioriza segurança e autonomia: os dados são processados em infraestrutura própria da Ativos Capital. “Cada empresa acessa apenas os seus dados, e a IA é treinada exclusivamente com base nos padrões do seu próprio negócio”, reforça Davi Pincinato.
Disponível em modelo freemium, com plano gratuito e trial completo de 14 dias sem cartão de crédito, a EasyCDP aposta na estratégia de Product Led Growth para conquistar mercado. “Criamos uma plataforma que mostra valor desde os primeiros minutos de uso. Ela foi feita para gerar resultado real, não apenas relatórios bonitos. É mais um passo dado pela Ativos Capital em busca de experiências estratégicas para fazer o negócio girar e render bons resultados de vendas e também de gestão”, pontua Octávio Carradore, CEO da Ativos Capital.
Fórum E-commerce Brasil
O lançamento oficial da EasyCDP será no Fórum E-commerce Brasil, conhecido por ser o principal evento de negócios do setor de comércio eletrônico na América Latina e o principal do Brasil. A Ativos Capital estará com estande montado na feira, com equipe focada exclusivamente na apresentação da ferramenta. Por lá, o público vai poder conhecer um pouco mais da ferramenta, tirar dúvidas e até fazer uma experiência imersiva. “Será uma oportunidade para conhecer a EasyCDP com todos os detalhes operacionais: implantação, funcionamento e resultados que podem ser extraídos a partir da sua utilização”, completa Giuseppe Pierre, CMO da Ativos Capital.
O Fórum E-commerce Brasil reúne milhares de profissionais e empresas para discutir tendências, inovações e estratégias para o setor. Em sua última edição, o fórum contou com mais de 30 mil participantes e 300 empresas expositoras, além de 300 palestrantes, oferecendo um ambiente para networking estratégico e fechamento de novas parcerias. O evento acontece entre os dias 29 e 31 de julho, no Distrito Anhembi, em São Paulo.
A Diálogo, transportadora do Grupo BBM, especializada em entregas last mile para e-commerce e marketplaces, anuncia um novo aplicativo para os varejistas online de pequeno e médio portes. Trata-se do Diálogo Go, um app desenvolvido para simplificar e otimizar todo o processo de entrega e coleta de produtos.
Para o CEO da BBM Logística, Agapito Sobrinho, a novidade reforça o compromisso da Diálogo em ser um parceiro estratégico para o crescimento das lojas de comércio eletrônico. “O Diálogo Go é a materialização do nosso propósito de simplificar a logística para quem vende online. Criamos uma ferramenta que empodera o lojista, dando autonomia, transparência e controle sobre suas entregas, tudo na palma da mão”, afirma o executivo.
Dentre as funcionalidades do aplicativo estão: contratação de fretes para coletas e entregas; agendamento de retirada de itens, de acordo com o melhor dia e horário para o lojista; rastreamento em tempo real de cada etapa da entrega; acesso a histórico de pedidos e a notificações; atendimento rápido e direto para resolução de ocorrências; e simulação do valor do frete e pagamento direto no app, via cartão de crédito ou Pix.
“O Diálogo Go foi projetado para trazer agilidade e simplicidade às lojas online e marketplaces. De forma rápida e online, os lojistas poderão gerenciar todo o ciclo de suas entregas de forma autônoma e centralizada”, explica Jorcei Chiochetta, diretor de transporte fracionado e e-commerce.
A Diálogo Logística realiza mais de 1,6 milhão de entregas por mês em grande parte do território nacional para grandes empresas do varejo nacional como Amazon, Renner e O Boticário.
Atualmente, a Diálogo oferece aos entregadores parceiros um aplicativo para otimizar o seu trabalho e tornar mais eficiente as entregas para o e-commerce. Dentre outros recursos, o app oferece: rotas inteligentes e flexíveis; visualização de suas entregas do dia; confirmar entregas; e suporte para auxílio às entregas. A ferramenta também fornece informações atualizadas sobre o progresso da entrega, permitindo que o cliente acompanhe o status do seu pedido.
A Amazon Brasil, em parceria estratégica com o Sebrae, realizará um webinar gratuito no dia 15 de agosto, das 17h às 19h (BRT), com o objetivo de promover a digitalização e expansão de PMEs brasileiras. O evento oferecerá conhecimento sobre acesso ao mercado digital e soluções logísticas para empresas que desejam expandir suas operações por meio do marketplace da Amazon.
Essa iniciativa ocorre em paralelo a uma importante expansão do programa FBA – Logística da Amazon, que visa otimizar o tempo de entrega e aprimorar a gestão logística para seus vendedores parceiros. Até o final de 2025, o FBA estará disponível nos Centros de Distribuição de Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará. Além disso, a partir de agosto deste ano, o centro de distribuição em Nova Santa Rita (RS), que já opera o programa desde 2024, passará a atender também vendedores de Santa Catarina e Paraná. Com essa ampliação, vendedores parceiros (Regime Regular ou Simples Nacional) dessas regiões poderão enviar seus produtos diretamente para esses centros, delegando toda a operação logística à Amazon.
“Nosso objetivo é ser o melhor parceiro para empreendedores e PMEs brasileiras. Com a expansão do FBA e iniciativas como o webinar com o Sebrae, estamos oferecendo as ferramentas e o conhecimento necessários para que esses empreendedores digitalizem seus negócios, alcancem novos mercados e prosperem no marketplace da Amazon. É assim que a Amazon investe no sucesso das pequenas e médias empresas, ajudando-as a alcançar mais clientes por meio de programas logísticos, tecnologia e treinamentos gratuitos”, afirma Virginia Pavin, diretora do Marketplace da Amazon Brasil.
O gerente adjunto de Acesso a Mercados do Sebrae Nacional, Ivan Tonet, lembra que as vendas dos pequenos negócios pela internet cresceram mais de 100% nos últimos três anos, segundo dados da Receita Federal. “Isso mostra como o e-commerce se consolidou como um canal indispensável para a competitividade dos pequenos negócios”, reitera. “Estamos falando de um mercado que saltou de R$ 5 bilhões, em 2019, para R$ 67 bilhões em 2024. Precisamos estar lado a lado com o empresário e prepará-lo para atender da melhor forma esse novo comportamento de consumo.”
Durante o webinar, os participantes terão acesso a informações sobre os benefícios de vender na Amazon, introdução ao marketplace, como iniciar vendas, detalhes do programa FBA – Logística da Amazon. Para novos vendedores parceiros, a Amazon oferece um pacote de benefícios que pode chegar a R$ 80.000,00. Entre as vantagens, destacam-se comissão reduzida em 17 categorias, isenção de mensalidade por um ano, R$ 5.000,00 em créditos Amazon Ads e gerenciamento de conta dedicado (acesse ostermos e condições).
Para participar do webinar, inscreva-se no link Link
De tendência, o canal marketplace se consolidou como uma relevante fonte de renda, dados e relacionamento. Hoje, 86% dos consumidores brasileiros já usam marketplaces para compras do dia a dia e, segundo a Mirakl, o volume de compras feitas exclusivamente nesses canais no país cresceu o dobro da média global. Com esse avanço, o retail media também ganhou espaço, entrando na chamada “terceira onda da mídia digital”. Estudo da SEMrush mostra que o tráfego gerado por Amazon, Magalu e Mercado Livre já supera em 135% o do Google nas buscas por produtos. Nesse cenário, as plataformas são mais que vitrines e passaram a exigir uma atuação mais integrada entre conteúdo, usabilidade e performance.
Para estruturar esse avanço, a Unilever contou com o apoio da Cadastra — companhia global especializada em tecnologia, dados, comunicação e estratégia — na reformulação das Brand Pages de Rexona, Dove e TRESemmé. Essas páginas, que funcionam como lojas oficiais das marcas dentro da Amazon, foram redesenhadas para entregar uma experiência mais fluida, informativa e alinhada à intenção de busca do consumidor.
A estratégia unificou práticas de SEO, CRO, conteúdo aprimorado e experiência do usuário, aplicadas em um formato one shot. Coordenado com investimento em retail media, o foco foi em melhorar organicamente a navegabilidade, organização das informações e relevância das páginas — o que se traduziu em ganhos diretos de visibilidade e conversão.
“O conteúdo deixou de ser apenas um complemento. Quando está bem-posicionado e pensado para responder à dúvida do consumidor, ele impulsiona vendas de forma natural, sem depender exclusivamente de mídia paga”, afirma Tiago Dada, SEO & CRO Manager da Cadastra. “Foi uma virada de chave: de simplesmente cadastrar um produto, passamos a criar experiências de marca dentro do e-commerce.”
Como parte do projeto, foi realizado um benchmarking internacional de boas práticas em marketplaces — com foco especial no mercado norte-americano — para entender como grandes marcas estruturam suas presenças digitais em ambientes de alto volume transacional. A Cadastra conduziu o processo de análise e adaptação para o contexto brasileiro, levando em conta comportamentos de navegação, preferências de apresentação de produto e termos com maior volume de busca localmente. O diagnóstico também mapeou intenções de compra ocultas em padrões de pesquisa, o que orientou não apenas a criação de conteúdo aprimorado, mas também a reorganização de categorias, priorização de elementos visuais e arquitetura das páginas. A partir desses dados, foi possível desenvolver uma estratégia de conteúdo conectada à jornada real do shopper no Brasil, com foco em descoberta, confiança e conversão.
“O projeto integra estratégia, tecnologia, marketing e dados, nos apoiando a ter um melhor desempenho ao colocar nossas marcas e consumidores mais próximos no ambiente digital”, resume Daniela Pereira, Líder de Mídia da Unilever Brasil e diretora de Digital e Mídia para a unidade de negócio de Cuidados Com a Casa na América Latina.
A ShopNext.AI, startup especializada em soluções inteligentes para o varejo digital, acaba de anunciar o lançamento oficial de sua plataforma de gestão de catálogo baseada em Inteligência Artificial (IA). Após uma bem-sucedida fase beta iniciada no VTEX Day 2025, realizado em junho, a tecnologia — criada para automatizar e escalar uma das tarefas mais críticas e operacionais do e-commerce — está agora disponível para todo o mercado.
Com foco em resolver gargalos históricos do setor, a solução automatiza o cadastro e a manutenção de produtos, categorização, preenchimento de atributos, geração de descrições e gestão da árvore de categorias. Segundo a empresa, a plataforma pode reduzir em até 98% o tempo gasto com tarefas manuais, liberando as equipes para atividades estratégicas como curadoria, experiência de compra e performance comercial.
“O catálogo é a espinha dorsal de qualquer operação de e-commerce, mas ainda é tratado de forma manual e ineficiente na maioria das empresas. Criamos a ShopNext.AI para mudar esse cenário com uma solução plug-and-play, inteligente e auditável. Queremos que as equipes foquem no que realmente importa: estratégia, conteúdo e conversão — e deixem o trabalho repetitivo com a IA”, afirma Pedro Duarte, CEO da ShopNext.AI.
Mesmo antes do lançamento oficial, a ShopNext.AI já conquistou a confiança de grandes players do varejo nacional, com dezenas de provas de conceito validadas nos últimos dois meses. Varejistas como Privalia (moda), Rede d1000 (farmácia) e Chatuba (materiais de construção) já começaram a operar recentemente com a nova tecnologia em seus fluxos de cadastro e atualização de produtos.
Com um roadmap robusto pela frente, a empresa planeja atingir a marca de 500 clientes ativos até o fim do ano e vai ampliar sua presença em plataformas enterprise até o final de 2025, consolidando-se como referência em automação e eficiência para o setor.
A IBM divulgou hoje seu relatório anual Cost of a Data Breach (CODB), revelando tendências globais e regionais relacionadas ao aumento dos custos de violações de dados em um cenário de ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas e disruptivas. O relatório de 2025 explora o papel crescente da automação e da inteligência artificial (IA) na mitigação dos custos de violação e, pela primeira vez, estudou o estado da segurança e da governança da IA.
O relatório indicou que o custo médio de uma violação de dados no Brasil atingiu R$ 7,19 milhões, enquanto em 2024 o custo foi de R$ 6,75 milhões, um aumento de 6,5%, marcando uma pressão adicional sobre as equipes de segurança cibernética que enfrentam desafios altamente complexos. Setores como Saúde, Finanças e Serviços lideraram a lista dos mais impactados, registrando custos médios de R$ 11,43 milhões, R$ 8,92 milhões e R$ 8,51 milhões, respectivamente.
No país, organizações que adotam extensivamente IA e automação seguras relataram custos médios de R$ 6,48 milhões, enquanto aquelas com implementação limitada apresentaram custos de R$ 6,76 milhões. Para empresas que ainda não utilizam essas tecnologias, o custo médio subiu para R$ 8,78 milhões, destacando as vantagens da IA no fortalecimento da segurança cibernética.
Além de avaliar os fatores que elevam os custos, o Relatório Cost of a Data Breach de 2025 analisou elementos que podem reduzir os impactos financeiros de uma violação de dados. Entre as iniciativas mais eficazes, estão a implementação de inteligência de ameaças (que reduziu custos em uma média de R$ 655.110) e o uso de tecnologia de governança de IA (R$ 629.850). Mesmo com essa redução significativa de custos, o relatório constatou que apenas 29% das organizações estudadas no Brasil utilizam tecnologia de governança de IA para mitigar riscos associados a ataques a modelos de IA. De modo geral, a governança e a segurança de IA estão sendo amplamente ignoradas, com 87% das organizações estudadas no Brasil relatando não possuir políticas de governança de IA em vigor e 61% sem controles de acesso à IA.
“Nosso estudo mostra que já existe uma lacuna preocupante entre a rápida adoção da IA e a falta de governança e segurança adequadas, e agentes mal-intencionados estão explorando esse vácuo. A ausência de controles de acesso em modelos de IA expôs dados sensíveis e aumentou a vulnerabilidade das organizações. Empresas que subestimam esses riscos não estão apenas colocando informações críticas em risco, mas também comprometendo a confiança em toda a operação”, explica Fernando Carbone, Sócio de Serviços de Segurança da IBM Consulting na América Latina.
Fatores que contribuem para o aumento dos custos de violação de dados
A complexidade do sistema de segurança contribuiu, em média, com um aumento de R$ 725.359 no custo total da violação.
O estudo também mostrou que o uso não autorizado de ferramentas de IA (shadow AI) gerou um aumento médio de R$ 591.400 nos custos. E a adoção de ferramentas de IA (internas ou públicas), apesar de seus benefícios, adicionou um custo médio de R$ 578.850 às violações de dados.
O relatório também identificou as causas iniciais mais frequentes de violações de dados no Brasil. Phishing se destacou como o principal vetor de ameaça, representando 18% das violações, resultando em um custo médio de R$ 7,18 milhões. Outras causas significativas incluem comprometimento de terceiros e da cadeia de suprimentos (15%, com custo médio de R$ 8,98 milhões) e exploração de vulnerabilidades (13%, com custo médio de R$ 7,61 milhões). Credenciais comprometidas, erros internos (acidentais) e infiltrados mal-intencionados também foram relatados como causas de violações, demonstrando a ampla gama de desafios enfrentados pelas organizações na proteção de dados.
Outras descobertas globais do relatório Cost of a Data Breach de 2025:
13% das organizações relataram violações envolvendo modelos ou aplicações de IA, enquanto 8% não sabiam se haviam sido comprometidas dessa forma. Das organizações comprometidas, 97% relataram não ter controles de acesso para IA em vigor.
63% das organizações violadas não possuem uma política de governança de IA ou ainda estão desenvolvendo uma. Entre aquelas com políticas, apenas 34% realizam auditorias regulares para detectar o uso não autorizado de IA.
Uma em cada cinco organizações relatou uma violação devido à shadow IA, e apenas 37% possuem políticas para gerenciar ou detectar essa tecnologia. Organizações que utilizaram altos níveis de shadow IA observaram uma média de US$ 670.000 a mais em custos de violação em comparação com aquelas com baixos níveis ou sem IA oculta. Incidentes de segurança envolvendo IA oculta levaram ao comprometimento de mais informações de identificação pessoal (65%) e propriedade intelectual (40%) em comparação com a média global (53% e 33%, respectivamente).
16% das violações estudadas envolveram hackers utilizando ferramentas de IA, frequentemente para ataques de phishing ou deepfake.
O custo financeiro de uma violação
Custos de violação de dados. O custo médio global de uma violação de dados caiu para US$ 4,44 milhões, a primeira queda em cinco anos, enquanto o custo médio de uma violação nos EUA atingiu o recorde de US$ 10,22 milhões.
Ciclo de vida global de uma violação atinge tempo recorde. O tempo médio global para identificar e conter uma violação (incluindo a restauração do serviço) caiu para 241 dias, uma redução de 17 dias em relação ao ano anterior, à medida que mais organizações detectaram a violação internamente. As organizações que detectaram a violação internamente também economizaram US$ 900.000 em custos de violação em comparação com aquelas notificadas por um invasor.
Violações na área da saúde continuam sendo as mais caras. Com uma média de US$ 7,42 milhões, as violações no setor de saúde permaneceram as mais caras entre todos os setores estudados, mesmo com uma redução de US$ 2,35 milhões nos custos em comparação com 2024. Violações neste setor levam mais tempo para serem identificadas e contidas, com um tempo médio de 279 dias, mais de 5 semanas acima da média global, de 241 dias.
Fadiga do pagamento de resgate. No ano passado, as organizações resistiram cada vez mais às demandas de resgate, com 63% optando por não pagar, em comparação com 59% no ano anterior. À medida que mais organizações se recusam a pagar resgates, o custo médio de um incidente de extorsão ou ransomware permanece alto, especialmente quando divulgado por um invasor (US$ 5,08 milhões).
Aumento de preços pós-violações. As consequências de uma violação continuam a se estender além da contenção. Embora em queda em relação ao ano anterior, quase metade de todas as organizações relataram que planejavam aumentar o preço de bens ou serviços devido à violação, e quase um terço relatou aumentos de preços de 15% ou mais.
Estagnação nos investimentos em segurança em meio ao aumento dos riscos da IA. Houve uma redução significativa no número de organizações que relataram planos de investir em segurança após uma violação: 49% em 2025, em comparação com 63% em 2024. Menos da metade das que planejam investir em segurança pós-violação se concentrarão em soluções ou serviços de segurança baseados em IA.
20 anos do custo de uma violação de dados
O relatório, conduzido pelo Ponemon Institute e patrocinado pela IBM, é a principal referência do setor para a compreensão do impacto financeiro de violações de dados. O relatório analisou as experiências de 600 organizações globais entre março de 2024 e fevereiro de 2025.
Nos últimos 20 anos, o Relatório Cost of a Dat Breach investigou quase 6.500 violações em todo o mundo. Em 2005, o relatório inaugural constatou que quase metade de todas as violações (45%) teve origem em dispositivos perdidos ou roubados. Apenas 10% foram devido a sistemas hackeados. Avançando para 2025, o cenário de ameaças mudou drasticamente. Hoje, o cenário de ameaças é predominantemente digital e cada vez mais direcionado, com violações agora impulsionadas por um espectro de atividades maliciosas.
Há uma década, problemas de configuração incorreta da nuvem não eram sequer monitorados. Agora, eles estão entre os principais vetores de violações. O ransomware explodiu durante os lockdowns de 2020, com o custo médio das violações aumentando de US$ 4,62 milhões em 2021 para US$ 5,08 milhões em 2025.
Para acessar o relatório completo, visite o site oficial da IBM aqui.