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Marca x Consumidor: quem define as regras agora?

Nos últimos anos, foi possível ver um crescente aumento no poder de decisão de compra de diversos tipos de produtos pelos consumidores, mais seletivos em escolher marcas que representem o item ou commodity desejado. Diante desta nova autoridade do mercado, será que o poder das empresas nesta relação está caindo? Quem define as regras deste jogo agora? E, de que forma os empresários podem se preparar para tentar ter um pouco mais de autoridade sobre as vendas? 

A relação de compra e venda vem sendo construída em nossa sociedade desde o antigo Egito. Em um artigo intitulado “A Short Story of Branding”, o autor destaca que o primeiro uso comercial das marcas foi como um sinal de propriedade. Ao colocar seu nome ou símbolo em um bem, como o gado, o proprietário podia marcar sua posse. Os antigos egípcios foram os primeiros a usar marcas como sinais de propriedade há pelo menos 5.000 anos. E foi daí, claro, que veio a palavra ‘brand’ (marca). 

Em sua essência, as marcas, atualmente, servem para, literalmente, marcar um tipo de produto e declarar que aquilo pertence a uma entidade. Tal necessidade surgiu quando as civilizações começaram a prosperar e, nessa ideia, itens do dia a dia começaram a ter vários produtores, o que causou a necessidade de uma forma de diferenciar a origem de cada um. 

Porém, no passado, as marcas não possuíam a força e mensagem que começaram a apresentar após a revolução industrial e o crescente número de concorrentes para commodities e produtos cotidianos. Foi necessário algo mais do que apenas um nome que poderia ser sinônimo de qualidade – afinal, os concorrentes poderiam obter os mesmos maquinários e utilizar os mesmos métodos de produção – seja através de uma história da empresa (storytelling), seus pontos de vista, atividades solidárias ou outras estratégias. 

O que era uma atividade única tornou-se um processo contínuo. Hoje, é possível ver que a maioria das empresas busca atingir um público que, por sinal, pode até se tratar de um mesmo nicho para várias delas, contudo, suas estratégias, valores, histórias, formas de atribuir um valor agregado aos seus produtos são diferentes e, portanto, suas abordagens também são. 

Atualmente, no entanto, existem tantas marcas para específicos nichos de mercado que os clientes podem escolher dentre dez, vinte, trinta concorrentes, apenas considerando pontos diferenciais que cada um acha importantes. Basicamente, o consumidor faz uma avaliação comparando vários pontos e analisando se eles conversam com seus ideais.  

Isso vem fazendo, como exemplo, com que várias empresas começassem a se importar mais com causas sociais, valores, responsabilidade social, inovação, personalização, conveniência e agilidade, pós-venda e preço justo, entrando no campo de batalha para tentar se diferenciar de seus concorrentes e atrair os possíveis consumidores com a intenção de fidelizá-los. 

Desde o início da utilização das marcas e da criação do branding, o poder, ou autoridade do consumidor, somente foi crescendo ao longo das evoluções tecnológicas, ganhando cada vez mais autoridade para selecionar os produtos desejados e, hoje, possuem, mais do que nunca, o poder de escolha. 

Diante desse panorama, percebe-se que a autoridade no processo de compra migrou consideravelmente das marcas para os consumidores, que agora desempenham um papel ativo e criterioso na seleção do que consomem. Se antes bastava um nome reconhecido para garantir a venda, hoje é preciso ir além: compreender os desejos e os valores do público, estabelecer conexões autênticas e construir uma presença que dialogue diretamente com suas expectativas.  

Assim, a autoridade das marcas não desapareceu, mas foi redistribuída. Agora, ela precisa ser constantemente conquistada, sustentada e renovada através de estratégias que valorizem não apenas o produto, mas também a experiência, a identificação e o propósito compartilhado com o consumidor.

Corrida das IAs: Deepseek e Gemini ganham força e desafiam a liderança do ChatGPT, aponta Do Follow

O mercado de inteligência artificial (IA) vive uma nova fase de transformação, com o surgimento de concorrentes cada vez mais robustos ao ChatGPT, da OpenAI. Dados do Google Trends analisados pela Do Follow, agência de link building, mostram que o Deepseek e o Gemini são os grandes destaques da corrida da IA nos últimos meses.

Nos últimos 12 meses (início de abril de 2024 a início de abril de 2025), as buscas pelo Deepseek cresceram mais de 700%, enquanto o Gemini registrou um aumento superior a 450%. O ChatGPT, embora ainda líder do mercado, teve um crescimento de mais de 130%, seguido pelos termos “GPT” (+120%) e “Chat GPT” (+90%).

O grande destaque do período recente é o Deepseek. Lançado oficialmente em janeiro de 2025, o buscador chinês experimentou um crescimento de mais de 3.000% nas buscas apenas nos últimos três meses, indicando um verdadeiro boom de interesse global – com um pico de buscas em janeiro (100 pontos de interesse), leve queda em fevereiro e tendência de crescimento a partir de março novamente.

Deepseek ultrapassa ChatGPT em novas visitas mensais

Segundo dados da plataforma especializada aitools.xyz, em fevereiro de 2025, o Deepseek registrou 524,7 milhões de novas visitas, ultrapassando os 500 milhões do ChatGPT. Apesar desse avanço, a ferramenta chinesa segue como a terceira maior plataforma de IA, atrás do ChatGPT e do Canva. A participação de mercado do Deepseek saltou de 2,34% para 6,58% em fevereiro, consolidando sua posição de crescimento acelerado.

Diante dessa ascensão, a OpenAI reagiu anunciando que lançará, nos próximos meses, seu primeiro modelo aberto de IA desde o GPT-2, em um movimento estratégico para competir com o Deepseek e outras soluções emergentes.

Gemini, ChatGPT e DeepSeek: semelhanças e diferenças 

Gemini, ChatGPT e DeepSeek são modelos avançados de inteligência artificial projetados para processar linguagem natural. Todos eles permitem a geração de textos, respostas a perguntas e auxílio em diversas tarefas, utilizando redes neurais treinadas com grandes volumes de dados. Além disso, essas IAs são amplamente aplicadas em automação, pesquisa e criação de conteúdo.

Apesar das semelhanças, cada uma tem características distintas. O Gemini, do Google, se destaca pela integração direta com serviços da empresa, como YouTube, Google Search e Drive, sendo uma opção poderosa para quem já utiliza esse ecossistema. 

O ChatGPT, da OpenAI, é reconhecido por sua flexibilidade e ampla adoção, sendo utilizado em diversas plataformas e permitindo integrações com APIs para diferentes aplicações. Já o DeepSeek, baseado em modelos open-source, se diferencia pelo foco em maior autonomia e personalização, sendo especialmente atrativo para desenvolvedores e pesquisadores que buscam controle sobre os modelos de IA.

Marketing e IA: o impacto das buscas e tendências

O crescimento nas buscas por plataformas de IA não se limita apenas ao Google. Há uma mudança significativa na forma como os usuários acessam informações dentro das próprias ferramentas de IA, influenciando a estratégia de marketing digital. 

“Acompanhar essas tendências é uma prática cada vez mais necessária para empresas que desejam utilizar IA na sua rotina, seja para otimização de conteúdo, análise de dados ou interação com consumidores” explica Carolina Glogovchan, CEO e especialista da Do Follow.

Além disso, um número crescente de usuários tende a substituir as buscas tradicionais no Google por consultas diretas em ferramentas de inteligência artificial. Essa mudança impacta o fluxo de tráfego online e desafia as estratégias convencionais de posicionamento, tornando fundamental que as marcas adaptem a forma como produzem e distribuem conteúdo para manter sua relevância e alcance.

Com concorrência acirrada e mudanças na liderança do setor, a corrida da IA está apenas começando. Os próximos meses prometem ainda mais inovações e disputas por espaço no mercado global de inteligência artificial.

Apps conectam marcas e consumidores e se destacam como ferramentas de marketing digita

Nos últimos anos, o crescimento do mobile commerce e a consolidação dos smartphones como principal meio de acesso à internet transformaram profundamente o modo como consumidores e marcas interagem. Nesse cenário, os aplicativos móveis se tornaram ferramentas centrais nas estratégias de marketing digital, permitindo um relacionamento direto, dinâmico e personalizado com o público.

Segundo levantamento da AppsFlyer, o Brasil está entre os cinco países que mais instalam apps de compras no mundo. Além disso, o tempo médio gasto dentro deles cresceu significativamente, evidenciando um comportamento de consumo cada vez mais orientado à conveniência, à agilidade e à experiência personalizada, características que os apps estão cada vez mais preparados para oferecer.

Em marketing digital, timing é tudo. Por isso, a velocidade de desenvolvimento e atualização de aplicativos tornou-se critério crítico. Surgem, então, modelos de desenvolvimento mais ágeis, baseados em módulos independentes – o que permite lançar funcionalidades específicas sem comprometer todo o app ou depender de grandes atualizações nas lojas. Esse tipo de arquitetura também permite que diferentes times trabalhem em paralelo, com maior segurança e produtividade. Assim, as marcas ganham autonomia para testar novas abordagens e responder de forma eficaz às mudanças do mercado ou do comportamento de consumo.

Comunicação direta e ativa com o consumidor

Em um ambiente digital marcado pelo excesso de informação, capturar e manter a atenção do comprador é um desafio constante para as marcas. Os aplicativos móveis se destacam justamente por possibilitar uma comunicação mais direta, ativa e personalizada. Por meio de funcionalidades exclusivas e estratégias bem estruturadas, as empresas conseguem criar jornadas de relacionamento ricas e relevantes para o usuário. Algumas das principais formas de interação oferecidas pelos apps são:

●   Notificações push personalizadas: com chamadas para ação baseadas em comportamento de navegação ou datas comemorativas.

●   Ofertas e promoções exclusivas: disponíveis apenas no aplicativo, aumentam o tráfego e a conversão.

Conteúdo sob medida: dicas, tutoriais e atualizações de produtos agregam valor à experiência.

●  Programas de fidelidade e recompensas: incentivam a recorrência e o engajamento de longo prazo.

Mais do que apenas disparar mensagens, trata-se de construir um canal que gera valor e estabelece vínculo duradouro com o cliente.

Personalização, integração e agilidade: pilares dos apps de alto desempenho

O consumidor contemporâneo não quer apenas comprar, ele quer ser compreendido. É por essa razão que a personalização se tornou um dos pilares da nova experiência mobile. Apps modernos utilizam dados de navegação, histórico de compras e até variáveis comportamentais para oferecer recomendações personalizadas, adaptar vitrines e até modificar a interface do app conforme o perfil do usuário.

Tecnologias de hiperpersonalização, antes restritas a grandes players globais, estão se tornando mais acessíveis, permitindo que empresas de todos os portes transformem seus aplicativos em plataformas vivas de relacionamento. Essa abordagem melhora o uso e contribui diretamente para o aumento da conversão, da fidelização e da satisfação do cliente.

Outro diferencial está na capacidade de integração com diferentes ferramentas e plataformas. Os apps mais bem-sucedidos são aqueles que funcionam de forma conectada com sistemas de e-commerce, CRM, plataformas de automação de MKT, ferramentas de analytics e bancos de dados. Tal integração garante consistência na comunicação, eficiência no uso dos dados e uma visão mais ampla da jornada do comprador.

A velocidade e a flexibilidade também são fatores decisivos. Com modelos de desenvolvimento modulares, empresas conseguem atualizar funcionalidades de forma rápida e segura, sem comprometer a estabilidade do app. Isso permite

que times de marketing, tecnologia e produto atuem de forma mais autônoma e responsiva às demandas do mercado.

O aplicativo deixou de ser um complemento da estratégia digital para ocupar a posição central. Quando bem estruturado, ele se transforma em uma plataforma dinâmica de interação, onde marketing, tecnologia e experiência do usuário se integram de forma orgânica. As empresas que entendem o mobile como um motor de crescimento e fidelização – e não apenas como mais um canal – têm a chance de gerar resultados consistentes e duradouros. No fim das contas, mais do que vender, o que realmente importa é criar conexões reais e significativas com o consumidor.

Renovação da frota de caminhões no Brasil: desafios e impactos para o setor

A frota de caminhões no Brasil está envelhecida e enfrenta desafios significativos para renovação. Em 2023, a idade média dos caminhões no país era de 12,2 anos, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). O problema se agrava entre os caminhoneiros autônomos, cuja frota possui idade média de 22,3 anos, enquanto nas empresas de transporte a média é de 10,8 anos. 

“Uma realidade compromete a segurança nas estradas, a eficiência logística e contribui para o aumento das emissões de poluentes. E ainda prejudica as indústrias do segmento, como a de implementos rodoviários”, disse Osmar Oliveira, CEO e fundador da 4TRUCK, líder no segmento de implementos rodoviários para linha leve.

Atualmente, circulam aproximadamente 2,2 milhões de caminhões no Brasil, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), com uma idade média de 15 anos. Esse envelhecimento impacta diretamente a competitividade do setor, aumentando custos operacionais com manutenção e consumo de combustível, além de reduzir a segurança viária.

Para o fundador da 4TRUCK, a renovação da frota de caminhões no Brasil exige a implementação de políticas públicas que facilitem o acesso ao crédito e incentivem a modernização do transporte rodoviário. Associações defendem a criação de programas de financiamento com condições mais favoráveis para pequenos e médios transportadores. 

“A adoção de medidas que promovam a aquisição de caminhões novos poderia reduzir os custos operacionais, aumentar a segurança nas estradas e diminuir a emissão de poluentes, contribuindo para um setor de transporte mais eficiente e sustentável”. Oliveira, que é engenheiro civil e atua há mais de 20 anos nos setores de suprimentos e logística, afirma que a falta de linhas de crédito fez crescer o mercado de locação de caminhões, mas ainda não resolve a questão do envelhecimento da frota. 

Dificuldades no acesso a linhas de crédito

A renovação da frota esbarra na dificuldade de acesso a financiamentos. Embora existam opções como o BNDES Finem, que oferece taxas de juros a partir de 1,5% ao ano para empresas, o valor mínimo de financiamento é de R$ 40 milhões, inviabilizando a adesão de pequenos transportadores. As condições de crédito variam conforme a instituição financeira e o perfil do cliente, tornando o financiamento inacessível para muitos caminhoneiros autônomos.

Além das dificuldades de crédito, as taxas de juros elevadas no mercado desestimulam a compra de caminhões novos. O alto custo do financiamento faz com que muitos transportadores optem por manter veículos antigos, agravando ainda mais o problema da frota envelhecida. Especialistas defendem que medidas governamentais, como programas de incentivo à renovação da frota com taxas reduzidas, seriam essenciais para impulsionar o setor.

Por fim, a nova taxa da Selic, prevista para entrar em vigor em 19 de março, promete mexer com o bolso dos brasileiros. Isso porque o aumento da taxa, apesar de reduzir a inflação e melhorar investimentos de renda fixa, encarece o crédito e pode desacelerar a economia, impactando empregos e consumo.

Um setor diretamente afetado é o de crédito. Empréstimo, financiamentos e parcelamentos ficam mais caros, pois os bancos aumentam os juros para compensar o custo maior do dinheiro. Com isso, financiamentos de veículos e imóveis encarecem, desestimulando compras a prazo. 

Produção e vendas de caminhões no Brasil

Apesar dos desafios, o mercado de caminhões apresentou crescimento em 2024, com a produção de 141,3 mil unidades, um aumento de 40,5% em relação a 2023. Para 2025, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta uma produção estável, estimando 169,4 mil veículos comerciais, incluindo caminhões e ônibus.

No que diz respeito às vendas, em 2024 foram emplacados 122.099 caminhões, um crescimento de 17,4% em relação ao ano anterior. Para 2025, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) projeta um aumento de 4,5%, totalizando cerca de 127.593 unidades vendidas.

Quem adquire um caminhão novo tem pressa de fazer a compra se reverter em ganhos. Por isso, a 4TRUCK vai entregar baús de carga seca em apenas cinco dias este ano. Tudo para que o caminhão não fique parado.

“A iniciativa vem em ótimo momento. Com o mercado bastante competitivo e com a alta de taxas e juros, queremos que o motorista autônomo ou mesmo as empresas de transporte contem com seus caminhões prontos o mais rápido possível para que os negócios não parem”, afirma Osmar Oliveira, da 4TRUCK.

Dia das Mães impulsiona crescimento do e-commerce de beleza natural

O Dia das Mães, uma das datas mais importantes do calendário varejista brasileiro, promete movimentar as vendas da Avozon, marca pioneira em dermocosméticos naturais à base de óleo de avocado ozonizado. Com expectativa de crescimento de 15% nas vendas, a empresa aposta na conexão emocional da data para atrair novos consumidores e ampliar o ticket médio.

A campanha deste ano apresenta um olhar sensível e autêntico sobre a relação entre mães e filhas(os), trazendo o autocuidado como símbolo de afeto e cumplicidade. “Nosso objetivo é transformar o presente em uma experiência significativa, que representa o carinho, cuidado e conexão nas relações entre mães e filhos”, destaca Ana Carolina Vieira Colturato, sócia-diretora da Avozon.

Com quatro opções de kits presenteáveis, que variam de R$114,40 a R$269,90, todos com 20% de desconto, a marca pretende fortalecer seu posicionamento como alternativa consciente e afetiva para presentear. Além dos preços promocionais, a campanha inclui brindes exclusivos. Nas primeiras 300 compras de kits, as clientes recebem um espelho de bolsa como mimo. Todos os kits contam ainda com embalagem especial presenteável. 

Com ações estratégicas de marketing digital, assessoria de imprensa e produção de conteúdo voltado para o universo do autocuidado, a Avozon reforça seu diferencial em um setor competitivo, oferecendo não apenas produtos de beleza, mas experiências que refletem propósito e bem-estar.

Magalu capta 130 milhões de dólares junto à IFC, do Grupo Banco Mundial. Recursos serão investidos em tecnologia

O Magalu anuncia hoje a captação de 130 milhões de dólares (aproximadamente 765 milhões de reais) junto à International Finance Corporation (IFC), maior instituição global de desenvolvimento focada no setor privado e em mercados emergentes e membro do Grupo Banco Mundial. Os recursos captados serão utilizados para avanços na área de tecnologia, uma das áreas fundamentais para a execução das estratégias de longo prazo da companhia. Em 2025, o Magalu tem como foco a consolidação de seu ecossistema de negócios, que inclui a plataforma de varejo, serviços de logística, pagamentos e crédito, o Magalu Ads e a Magalu Cloud.

O contrato com a IFC possui prazo de cinco anos e tem incentivos atrelados ao aprimoramento da gestão socioambiental em todo o ecossistema da companhia, com destaque para indicadores de logística reversa e destinação de produtos eletroeletrônicos para reciclagem. “A celebração da operação de captação de recursos fortalece a nossa estrutura de capital e representa um aval importante da IFC para nossas políticas socioambientais”, diz Frederico Trajano, CEO do Magalu. “É um poderoso sinal de que estamos no caminho certo.”

A operação com a IFC também tem como consequência o alongamento do prazo médio de vencimento da dívida da companhia, reforçando a estrutura de capital.

“Nosso investimento na Magalu reforça o compromisso da IFC em apoiar a transformação digital e o desenvolvimento sustentável no Brasil. Ao aprimorar a infraestrutura tecnológica da Magalu buscamos impulsionar o crescimento inclusivo e a sustentabilidade ambiental, além de promover a geração de empregos mais qualificados no setor de varejo brasileiro,” disse Manuel Reyes Retana, Diretor Regional da IFC para América do Sul.  

ESG no Magalu

Ao longo de 2024, o Magalu manteve seu compromisso com a agenda de sustentabilidade e expandiu frentes estratégicas de impacto socioambiental, como diversidade e inclusão, empreendedorismo, melhorias na composição de embalagens, consumo de energia e logística reversa de eletroeletrônicos. 

O programa de logística reversa de eletroeletrônicos conta, atualmente, com 525 lojas físicas no país habilitadas a receber esse tipo de resíduo e que coletaram 31 toneladas de produtos no ano passado. Além desse volume, outras 39 toneladas de lixo eletrônico foram recolhidas em um Mutirão do Lixo Eletrônico realizado em Franca, no interior de São Paulo, sede da empresa. No total, foram destinadas à reciclagem quase 70 toneladas — volume 300% maior do que o registrado em 2023.

O Magalu também trocou o preenchimento plástico das caixas de pedidos entregues aos consumidores por papel, em sua operação da Época Cosméticos. A iniciativa será estendida para toda a operação de Magalu ainda em 2025. Em paralelo, garantiu que a totalidade dos insumos de papel e papelão fossem certificados pelo Forest Stewardship Council (FSC), e reduziu o uso de plástico no armazenamento de produtos nos centros de distribuição.

O Magalu expandiu a rede de geração distribuída de energia que abastece suas operações em cinco estados (Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco e Rio Grande do Sul). Ao todo, a empresa opera com 22 usinas fotovoltaicas e uma pequena central hidrelétrica, que suprem a demanda de eletricidade de 65% das filiais. Para as unidades que não estão aptas a usar esse sistema, o Magalu contratou fonte eólica no mercado livre de energia. Com isso, hoje 100% da energia elétrica consumida na operação tem origem em fontes limpas.

Para fortalecer o terceiro setor no enfrentamento à violência de gênero, uma de suas bandeiras, a companhia criou a Rede Magalu pelas Mulheres, que reúne 38 organizações beneficiárias do Fundo Magalu de Combate à Violência Contra a Mulher. Lançado em 2020, o fundo apoia iniciativas de acolhimento psicológico, orientação jurídica e geração de renda para vítimas de violência doméstica. Até o momento, foram destinados 4,7 milhões de reais a projetos de todo o Brasil.

Internamente, em linha com a Política de Diversidade e Inclusão, a empresa fortaleceu os Grupos de Afinidade, conduzidos por colaboradores em quatro temáticas:  Diversifica (LGBT+), Quilombo (Raça), Para Todos (PcD) e Vozes (Gênero). Em 2024, os grupos reuniram mais de 600 pessoas em agendas semanais e promoveram 68 treinamentos de sensibilização para colaboradores. No desenvolvimento de carreiras, o Magalu lançou o Programa Move +, dedicado a desenvolver mulheres e pessoas negras para ocupar futuras posições de liderança. Em linha com as metas propostas, a companhia fechou o ano com cerca de 42% de mulheres e 41% de pessoas negras em posições de liderança.

Desde 2019, a empresa mantém o Mundo Social, uma seção dedicada à venda de produtos com impacto socioambiental positivo em seu marketplace. Em 2024, a plataforma reuniu 86 sellers e quase 5 000 produtos. Os sellers do Mundo Social, em sua maioria mulheres negras, contam com taxa reduzida para vender na plataforma e têm acesso a programas de desenvolvimento para seus negócios, que oferecem desde mentorias de gestão até apoio na divulgação dos produtos nas redes sociais.

IA no varejo: tecnologia deve influenciar mais de 60% das vendas digitais em 2025

Um estudo divulgado pela National Retail Federation (NRF) prevê que, em 2025, mais de 60% das vendas digitais serão influenciadas por agentes de inteligência artificial (IA). Isso significa que chatbots, assistentes virtuais, sistemas de recomendação e algoritmos preditivos terão um papel fundamental na decisão de compra dos consumidores, redefinindo a experiência do varejo digital.

Essas inovações agilizam o processo de compra, elevando as taxas de conversão e melhorando a experiência do consumidor. De acordo com Paulo Camargo, diretor executivo da iTalents – startup de desenvolvimento tecnológico com foco no varejo – o uso da IA no e-commerce já é uma realidade.

“A personalização da experiência de compra sempre foi um objetivo — e também um desafio — no varejo online. Com o avanço da IA, surgiram novas formas de customizar essa jornada. Sistemas inteligentes agora se conectam às plataformas de e-commerce para analisar padrões de navegação, histórico de compras e preferências, oferecendo sugestões altamente personalizadas por meio de interações conversacionais, o que eleva as taxas de conversão”, explica.

A inteligência artificial não está apenas revolucionando a experiência do consumidor final (B2C), mas também está remodelando o mercado B2B e os marketplaces. Empresas que operam nesse segmento já utilizam soluções de IA para analisar dados, prever demandas e otimizar estoques. As negociações se tornam mais rápidas e precisas, minimizando erros, reduzindo desperdícios e otimizando a eficiência operacional.

“Outro aspecto fundamental da IA no B2B é a automação de processos repetitivos, como a análise de contratos, atendimento ao cliente e gestão das cobranças. Chatbots e assistentes virtuais especializados já são usados para responder dúvidas técnicas, agilizar orçamentos e facilitar negociações complexas. Isso permite que profissionais se concentrem em atividades táticas e estratégicas, enquanto a tecnologia otimiza as tarefas operacionais”, aponta Paulo.

O equilíbrio entre personalização digital e humanização do atendimento será um fator determinante para manter a fidelização dos clientes. Além disso, questões relacionadas à privacidade e segurança de dados continuam sendo uma preocupação central no setor, exigindo regulamentações e boas práticas na implementação dessas tecnologias.

Enquanto as vendas online crescem, tanto nos marketplaces quanto nas lojas online próprias, há uma queda do varejo físico. Segundo o índice do Varejo Stone (IVS), o comércio digital apresentou um crescimento anual de 7,7%, enquanto o físico teve uma queda anual de 2,1%. Esse movimento já é evidente em setores como moda, eletrônicos e até supermercados, onde a experiência digital vem substituindo gradativamente o modelo tradicional.

Apesar desse cenário, o varejo físico não desaparecerá completamente. No entanto, ele precisará se reinventar para acompanhar o novo comportamento do consumidor. Modelos híbridos, como o omnichannel – em que lojas físicas servem como pontos de retirada, centros de experiência ou hubs logísticos –, podem ser a chave para a sobrevivência das marcas, especialmente para os sistemas de franquia de lojas do varejo que também vendem online.

“A IA deve avançar ainda mais no varejo digital, com assistentes de compra e recomendações hiperpersonalizadas elevando a experiência do consumidor. No setor de bebidas, por exemplo, preferências, orçamento e finalidade já influenciam a escolha do produto e canal. O futuro do varejo depende da adaptação das empresas a um cenário cada vez mais guiado por tecnologia e IA, que ampliam personalização e conveniência”, finaliza o diretor da iTalents.

Fórum inédito debate futuro do mercado digital no Brasil

O senso de comunidade digital, acelerado pela pandemia, levou a economia a intensificar a migração para o universo virtual. A prova disso é o salto no crescimento do e-commerce nacional, que saiu de um volume de negócios de R$ 35 bilhões em 2016 para R$ 196,1 bilhões no Brasil, em 2023, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O crescimento apontado pelo órgão é de mais de 460%.

Seguindo a tendência, pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) mostra que o setor faturou R$ 204,3 bilhões em 2024 – crescimento de 10,5% em relação ao ano anterior. A ABComm também projeta que o segmento fature R$ 224,7 bilhões em 2025 – mais um aumento de 10%.

É baseado nesse cenário de mudanças do comércio brasileiro que a Associação Nacional do Mercado e Indústria Digital (AnaMid) realiza a 1ª edição do Fórum do Mercado e Indústria Digital (FIND), que acontece no dia 29 de abril, a partir das 8h, no campus Porto Alegre da Unisinos (Av. Dr. Nilo Peçanha, 1600 – Boa Vista). Ingressos e mais informações no site Link.

O FIND vai reunir grandes nomes do setor do mercado e do marketing digital, como o fundador do Grupo Flow e host do Flow Podcast, Igor Coelho; o CMO e fundador do mLabs, Rafael Kiso; o presidente da Federação Varejista do Rio Grande do Sul, Ivonei Pioner, entre outros, em uma jornada imersiva que vai apresentar tendências e ferramentas para fomentar o mercado virtual e alavancar negócios.

Conceito de Brandformance é foco do evento

De acordo com o presidente da AnaMid-RS, Sebastião Ribeiro, não basta apenas performar, é preciso manter um relacionamento com o público para além da compra. Segundo ele, “o e-commerce aproximou o consumidor de empresas do mundo todo e isso tornou o processo mais exigente e a concorrência, maior”. Por isso, o evento reforça a união entre branding e performance.

“É preciso haver um senso de unidade em todos os momentos do negócio. Não há mais espaço para uma separação entre os setores comercial e de marketing, entre on e offline”, destaca Sebastião Ribeiro.

Fraudes no e-commerce desafiam lojistas e impulsionam uso de automação inteligente

O avanço acelerado do comércio eletrônico no Brasil também tem dado espaço para um crescimento preocupante: o aumento das fraudes digitais. De acordo com uma pesquisa da Equifax BoaVista, as tentativas de golpe no e-commerce aumentaram 3,5% em 2024, comparado com o ano de 2023. 

Seja envolvendo cartões clonados ou fraudes por bots e estornos indevidos via Pix, os prejuízos acumulados por lojistas em decorrência dessas práticas já somam cifras milionárias. Para além do impacto financeiro, tais ações também comprometem a confiança dos consumidores e a credibilidade das plataformas. 

Entre os golpes mais comuns estão o roubo de identidade, a apropriação indevida de contas de usuários (conhecida como account takeover), fraudes em chargebacks e o uso de cupons falsos. A complexidade e sofisticação dos ataques têm exigido das empresas soluções mais robustas para garantir a segurança de suas operações e preservar a jornada do cliente.

No entanto, a automação inteligente integrada ao ecossistema Open tem ganhado destaque como uma ferramenta estratégica de proteção. Segundo especialistas, combinando tecnologias como inteligência artificial, machine learning e análise de big data, esses sistemas conseguem monitorar transações em tempo real, identificar padrões suspeitos e agir preventivamente diante de comportamentos anômalos.

“A automação inteligente permite detectar riscos com maior precisão e reduzir falsos positivos — que muitas vezes barram compras legítimas e afetam a experiência do consumidor”, explica Lígia Lopes, CEO da Teros, plataforma de automação inteligente com base em dados, que complementa: “Além disso, otimizamos recursos operacionais ao tirar tarefas repetitivas das mãos das equipes, redirecionando o foco para decisões estratégicas”.

Conforme a executiva, fraudes que utilizam bots, por exemplo, são cada vez mais comuns em lançamentos de produtos limitados. Ao automatizar o processo de compra, esses softwares conseguem adquirir grandes volumes de itens antes que clientes reais tenham acesso a eles, criando um mercado paralelo e injusto. Já os golpes com Pix frequentemente envolvem a manipulação de comprovantes ou alegações falsas de erro para obter reembolso após o recebimento do produto.

“Outro benefício da automação é a integração com sistemas antifraude baseados em biometria e comportamento digital. Essas soluções aumentam o nível de verificação das transações, ajudando a bloquear ataques sofisticados como phishing ou invasões de contas, que não seriam facilmente detectados por métodos tradicionais”, ressalta Lígia. 

No ambiente do Open Finance, a automação integrada também trouxe ganhos significativos em termos de agilidade e personalização, ainda segundo Lopes. A possibilidade de integrar dados bancários com sistemas de gestão permite realizar conciliações em tempo real, automatizar relatórios financeiros e oferecer serviços como crédito ou seguro durante o checkout — tudo com segurança e transparência no uso dos dados.

“Embora não haja solução única para o problema das fraudes, a combinação entre tecnologia e estratégia é o caminho mais promissor. A digitalização do consumo exige uma postura proativa das empresas e automatizar não é mais uma opção, mas uma necessidade para quem quer se manter competitivo, seguro e relevante no mercado”, conclui a CEO da Teros. 

Revolução no varejo: da multicanalidade ao unified commerce

Historicamente, o varejo evoluiu de forma significativa ao longo dos últimos cem anos. Desde o surgimento das primeiras lojas físicas, que operavam de forma independente e sem a necessidade de integração entre unidades, até o atual cenário dominado pela digitalização e integração em tempo real, o setor enfrenta transformações tecnológicas e comportamentais que alteraram radicalmente a experiência do consumidor.

Nos primórdios do varejo, as lojas físicas funcionavam de forma isolada. Cada unidade tinha controle próprio de estoque, atendimento ao cliente e gestão. O foco principal era a experiência local do consumidor. Tal simplicidade, entretanto, tornou-se insustentável com o crescimento de redes varejistas, das sociedades e das relações cada vez mais complexas entre marcas e consumidores.

A chegada dos sistemas de gestão integrada no início dos anos 90, como os ERPs (Enterprise Resource Planning), foi o primeiro passo para a centralização das operações, permitindo uma nova era de escalabilidade para os negócios.

Além disso, com o advento de novos canais, como telefone, e-mail e plataformas digitais, o varejo passou a operar em um ambiente mais complexo. A multicanalidade surgiu como resposta a essa diversificação de pontos de contato, permitindo que o consumidor interagisse com a marca de diferentes maneiras e por intermédio de múltiplos pontos de atendimento e contato.

Na prática, a multicanalidade possibilitou aos consumidores comprarem online e retirarem na loja, ou mesmo buscarem soluções pós-venda em canais como WhatsApp e redes sociais. Dados recentes apontam que 50% dos consumidores preferem resolver problemas pós-venda pelo WhatsApp, evidenciando a importância de se oferecer opções ágeis, convenientes e que dialoguem diretamente com o consumidor.

Porém, apesar de eficiente, a multicanalidade muitas vezes falha em entregar uma experiência integrada. As operações de diferentes canais na maioria das vezes não conversam entre si, resultando em frustrações para o consumidor e em desafios operacionais para as empresas.

Unified Commerce: a integração total

Diante desse cenário, o Unified Commerce surge como a evolução natural da multicanalidade, oferecendo uma abordagem integrada e centralizada, que une dados, estoques, logística e atendimento ao cliente em um único sistema de orquestração. O objetivo é entregar uma experiência fluida e em tempo real para o consumidor, independentemente do canal utilizado.

O Unified Commerce não trata apenas de conectar canais de venda. É necessário integrar a cadeia inteira de operações, desde o estoque até a logística de entrega, utilizando tecnologias avançadas como Inteligência Artificial e Big Data para antecipar necessidades e personalizar interações. O conceito atende à expectativa dos consumidores por experiências sem fricção, onde não há barreiras entre o físico e o digital. É uma evolução, possibilitada pela tecnologia, do conceito de omnicanalidade, tão falado mas sempre implementado com enorme dificuldade pelas empresas.

Quem lidera essa revolução?

Diversos varejistas já adotaram o Unified Commerce como estratégia central. Exemplos incluem:

Walmart: a gigante do varejo investiu pesadamente em tecnologia para integrar sua operação online e física, permitindo que os clientes comprem de qualquer lugar e recebam os produtos de forma rápida e eficiente.

Amazon: embora seja tradicionalmente uma plataforma digital, a empresa está expandindo sua presença física com iniciativas como Amazon Go, onde a integração de dados e tecnologia elimina filas e simplifica a experiência de compra.

Magazine Luiza: no Brasil, a Magalu é um exemplo de como a integração total pode beneficiar o cliente. A empresa utiliza sistemas que conectam estoque, logística e atendimento, permitindo que o consumidor escolha onde e como receber os produtos.

Desafios e oportunidades

A implementação do Unified Commerce, no entanto, não é simples. Envolve desafios técnicos, como a integração de sistemas legados, e estratégicos, como o treinamento de equipes para operar em um ambiente altamente conectado. Além disso, exige investimentos significativos em tecnologia e infraestrutura, mudanças nos mecanismos de incentivo e recompensa das equipes comerciais, colocar o cliente “de fato” no centro da gestão, e muito mais.

Por outro lado, os benefícios são claros. Empresas que adotam o Unified Commerce conseguem atender melhor às demandas dos consumidores modernos, aumentando a fidelização e impulsionando a eficiência operacional. Em um mercado cada vez mais competitivo, isso pode ser um diferencial decisivo.

Portanto, a transição da multicanalidade para o Unified Commerce representa uma revolução no varejo. Mais que mudança tecnológica, é a transformação cultural que coloca o consumidor no centro de todas as operações. Empresas que abraçam essa mudança estarão mais preparadas para competir em um cenário onde a experiência do cliente é a moeda mais valiosa. A integração total não é um diferencial, mas uma necessidade para quem deseja se manter relevante no mercado atual.

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