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WideLabs aposta em soberania tecnológica e vê o Brasil avançar na corrida da inteligência artificial

A inteligência artificial deixou de ser apenas uma promessa e se tornou um fator determinante de competitividade entre nações e empresas. No Brasil, o avanço é evidente: um estudo da IBM indica que 78% das empresas planejam ampliar investimentos em IA até 2025, e 95% já registram progresso concreto em suas estratégias. O movimento reforça uma mudança estrutural e coloca a soberania digital no centro do debate nacional.

À frente desse processo, a WideLabs emerge como uma das protagonistas da transformação. Fundada durante a pandemia com o propósito de desenvolver tecnologia nacional independente, a empresa adotou um caminho distinto: em vez de depender de soluções estrangeiras, estruturou uma Fábrica de IA Soberana, capaz de entregar todo o ciclo de uma solução de inteligência artificial, desde hardware e infraestrutura até modelos proprietários e aplicações avançadas.

Soberania como estratégia, não como discurso

Para Beatriz Ferrareto, Partner & Chief of Business Development da WideLabs, o mercado brasileiro vive uma transição acelerada, mas assimétrica. “O interesse das empresas cresceu exponencialmente, mas ainda existe uma distância entre querer usar IA e ter condições reais de aplicá-la de forma estratégica, segura e soberana. É nesse vazio que a WideLabs atua”, afirma.

A Fábrica de IA desenvolvida pela companhia reúne um ecossistema completo:

  • Infraestrutura própria de GPUs e modelos soberanos;
  • Pipeline de treinamento, curadoria e alinhamento feito integralmente no país;
  • Soluções sob medida para governos e setores regulados;
  • Operação on-premises, garantindo privacidade e conformidade com leis e padrões locais.

Esse arranjo permite independência tecnológica e reduz a dependência de sistemas estrangeiros, uma preocupação crescente no setor público e em indústrias estratégicas.

Expansão internacional e impacto regional

A visão de soberania também orienta a expansão da WideLabs para fora do Brasil. Em parceria com NVIDIA, Oracle e centros de pesquisa da América Latina, a empresa tem exportado seu modelo de Fábrica de IA para países interessados em diminuir vulnerabilidades tecnológicas.

Um exemplo é o PatagonIA, iniciativa criada no Chile com o Instituto de Sistemas Complexos de Engenharia (ISCI). A solução nasceu a partir da experiência brasileira com o ecossistema Amazônia IA e representa um passo decisivo para consolidar uma IA com identidade latino-americana, treinada com dados e sotaques locais e operada em ambiente 100% soberano.

Tecnologia que reflete cultura, idioma e realidade local

Segundo Nelson Leoni, CEO da WideLabs, o futuro da IA na América Latina passa obrigatoriamente pela autonomia. “Investir em soberania não é um luxo, é uma necessidade estratégica. A região precisa de tecnologias treinadas localmente, alinhadas à nossa cultura, ao nosso idioma e à nossa legislação. Não podemos depender de sistemas que podem ser desligados, limitados ou alterados por interesses externos”, afirma.

Leoni destaca ainda que a Fábrica de IA não é apenas sobre tecnologia, mas sobre governança, transparência e responsabilidade. “A IA pode democratizar o acesso a serviços, reduzir gargalos e melhorar políticas públicas. Mas isso exige ética, supervisão e responsabilidade. Quem dominar esse equilíbrio, entre inovação e impacto social, definirá o futuro competitivo da região.”

Uma infraestrutura nacional para um novo ciclo tecnológico

Com atuação crescente em governos estaduais, federal e em segmentos como saúde, justiça e indústria, a WideLabs se consolidou como uma das principais empresas da nova economia de IA no Brasil. Seu modelo de Fábrica de IA Soberana já é adotado por instituições que representam dezenas de milhões de cidadãos.

A empresa acredita que o país está diante de uma oportunidade histórica: “Se o Brasil quiser liderar a era da inteligência artificial na América Latina, essa liderança passa por independência tecnológica. E é exatamente isso que estamos construindo”, conclui Leoni.

Atualização do Pix e novas regras de segurança ampliam proteção em transações digitais

O Banco Central anunciou na última terça-feira (25) uma atualização no sistema de devolução do Pix, permitindo rastreamento automático de transferências suspeitas e garantindo reembolso em até 11 dias após contestação. A medida, que entra em vigor em fevereiro de 2026, chega em um momento crítico, em que golpes digitais e fraudes financeiras têm se tornado cada vez mais sofisticados, atingindo consumidores e empresas de todos os portes. Especialistas apontam que a rapidez na devolução de valores e o monitoramento automático podem reduzir drasticamente os prejuízos causados por fraudes instantâneas.

Além disso, a transformação da ANPD em agência reguladora, consolidada pela Medida Provisória nº 1.317/2025, fortaleceu a fiscalização sobre empresas que tratam dados financeiros, enquanto novas leis e decretos, como o Estatuto Digital da Criança e do Adolescente (Lei nº 15.211/2025) e o Decreto nº 12.622/2025, passam a exigir práticas mínimas de segurança, documentação e governança em transações digitais. Para o e-commerce, isso significa que a proteção de dados não é mais apenas uma obrigação legal, mas um componente estratégico de negócios.

Matheus Macedo, COO da UnicoPag, gateway de pagamento, ressalta que “checkouts, gateways e sistemas de pagamento não são mais apenas componentes operacionais. Eles se tornaram pontos críticos de confiança. Cada transação envolve informações sensíveis que precisam ser protegidas por múltiplas camadas de segurança. A falha de um único elo pode comprometer tanto o faturamento quanto a reputação de uma marca”.

Para o especialista, o movimento vai além de regulamentação. “Empresas que se antecipam às novas regras demonstram ao mercado que a segurança digital não é apenas um requisito, mas um diferencial competitivo. Transparência e proteção de dados são agora fatores decisivos na relação com o consumidor”, afirma. Macedo reforça que, no ambiente digital, confiança se constrói em cliques, mas pode ser perdida em segundos, e empresas que não se adaptarem correm risco de perder relevância e clientes.

O RH em 2026 unirá o algoritmo à sensibilidade humana

Nos últimos anos, o RH deixou de ser uma área de suporte para se consolidar como um centro de estratégia dentro de algumas empresas que entenderam a sua função no negócio. Em 2026, essa mudança deve se intensificar e a gestão de pessoas passa a ocupar um papel de decisão e impacto direto nos resultados corporativos, com líderes cada vez mais orientados por dados, tecnologia e uma visão integrada do desempenho humano e organizacional.

As transformações que estão em curso se resumem, mas não se limitam, à forma como o RH se posiciona dentro da empresa. O foco não é mais apenas atrair, desenvolver e reter talentos, e sim aprimorar sistemas que antecipem comportamentos, ajustem processos e conectem  a gestão dos recursos ao objetivo do negócio. A área deve deixar de agir de maneira reativa para atuar como um radar estratégico, capaz de prever cenários, propor soluções e medir o impacto das decisões em tempo real.

A tecnologia como motor de uma nova gestão de pessoas

O relatório “O futuro do RH no Brasil”, produzido pela Dell, indica que mais de 70% dos RHs já automatizam processos e 89% pretendem automatizar dentro do futuro próximo. No entanto, 25% das empresas ainda seguem sem utilizar softwares de RH e apenas 42% adotaram IA em algum processo.

Isso só é possível porque a tecnologia abriu novas fronteiras para o RH. A inteligência artificial, por exemplo, já vem sendo utilizada como parceira na seleção, na leitura de dados e até nas conversas de performance, transformando análises que antes eram subjetivas em decisões baseadas em evidências. As ferramentas de people analytics também ganham força, permitindo que líderes entendam o que realmente motiva, retém e desenvolve seus times, sem depender apenas da intuição ou da percepção individual. 

Tecnologia com sensibilidade: o equilíbrio que define 2026

Outro movimento que deve se consolidar é a integração entre tecnologia e sensibilidade humana. Segundo um levantamento da Deloitte, 79% dos líderes de RH acreditam que a transformação digital é essencial para o futuro da gestão de pessoas. Entretanto, a tecnologia por si só não basta, pois é preciso humanizar processos. Nesse contexto, os líderes que se destacarem em 2026 serão aqueles capazes de usar dados para orientar decisões, mas sem abrir mão do olhar genuíno, e, assim, o RH estratégico se fortalece como ponte entre o racional e o emocional.

Modelos de trabalho 

Os modelos de trabalho também entram nessa equação. Os formatos híbrido e remoto vêm se consolidando nos últimos anos como modelos que permitem uma maior flexibilidade. Segundo uma pesquisa realizada pela Gartner em 2023, cerca de 75% dos líderes empresariais pretendem adotar o trabalho híbrido de forma permanente em suas organizações, devido ao aumento da satisfação dos colaboradores e à redução de custos operacionais. 

Apesar dos números favoráveis ao híbrido e ao remoto, é importante reconhecer que cada modelo apresenta vantagens e limitações e que a escolha ideal depende do momento e das necessidades estratégicas de cada empresa. Embora formatos flexíveis tragam benefícios relevantes, o trabalho presencial ainda se destaca como um dos modelos mais eficazes para muitos negócios. Entre suas principais garantias estão a construção mais rápida de vínculos, o estímulo à colaboração espontânea, o fortalecimento da cultura organizacional e a aceleração do aprendizado, especialmente para profissionais em início de carreira.

A geração Z e a pressão por novos modelos de gestão

A chegada da geração Z ao mercado de trabalho também vem acelerando transformações nas empresas. Mais conectados, informados e exigentes quanto a propósito e bem-estar, esses profissionais desafiam modelos tradicionais de liderança e gestão e trazem expectativas de flexibilidade e demandas por ambientes inovadores e tecnológicos. De acordo com o Relatório de Tendência de Gestão de Pessoas 2025, desenvolvido pelo Ecossistema GPTW e Great People, a geração Z foi apontada por 76% dos entrevistados como o maior desafio para a gestão de pessoas, muito à frente dos Baby Boomers (nascidos entre 1945 a 1964), com 8%. 

Do meu ponto de vista, muitas empresas têm se perdido nesse debate. Embora seja fundamental que gestores se comuniquem na mesma linguagem de suas equipes, não acredito que o caminho seja moldar as organizações exclusivamente ao que a Geração Z diz desejar. Existem jovens com perfis, ritmos e formas de trabalhar muito distintas, e o papel da empresa é ter (e dar) clareza sobre suas características e seus atrativos e sustentar isso de forma consistente. 

E essa clareza, aliás, é algo que a própria Geração Z valoriza profundamente. Assim como nas redes sociais, onde se destacam as pessoas que assumem posições, demonstram autenticidade e não têm medo de expor seus pontos de vista, ainda que isso desagrade parte da audiência, no ambiente corporativo acontece o mesmo. Quem se posiciona constrói confiança. Já quem vive “em cima do muro”, apenas seguindo tendências e evitando escolhas conscientes, perde força, relevância e capacidade de atrair os talentos certos. Quando a cultura é transparente, cada indivíduo consegue avaliar se aquele ambiente é compatível com quem é e com o que busca, independentemente da geração a que pertence.

Cultura mensurada, não apenas declarada

A cultura organizacional, por sua vez, deixa de ser um discurso e passa a ser mensurada. Ferramentas de monitoramento de clima, engajamento e comportamento permitirão que líderes compreendam, com precisão, as necessidades reais de suas equipes, criando ambientes cada vez mais propícios ao desenvolvimento humano e à evolução dos times.

O que antes dependia de percepções subjetivas passa a ser apoiado por dados que revelam padrões, desafios e oportunidades de crescimento. Integradas a plataformas que conectam propósito, performance e bem-estar, essas métricas tornam a cultura mais palpável e acionável. Assim, em vez de agir apenas para evitar crises, as empresas passam a usar informação qualificada para fortalecer vínculos, potencializar talentos e promover experiências de trabalho mais coerentes e saudáveis.

Em um cenário de mudanças rápidas e escassez de talentos qualificados, o papel do RH é garantir que a empresa aprenda e se adapte mais rápido do que o mercado. Isso exige líderes capazes de testar, medir, liderar e aprimorar continuamente suas práticas, como qualquer outra área estratégica do negócio. O RH que se destaca em 2026 não é o que adota todas as ferramentas novas, mas o que sabe usá-las de forma inteligente, a serviço de uma cultura viva, humana e de alta performance.

Por fim, o grande salto da área está em deixar de ser mediadora para se tornar catalisadora: impulsionando a inovação, fortalecendo a cultura e criando um ambiente onde o crescimento individual e o crescimento do negócio caminham lado a lado. Em 2026, o RH que fará diferença será aquele que entende que tecnologia não substitui a liderança, mas com certeza amplia o seu alcance.

Graduada em psicologia pela PUC-Campinas, com MBA em gerenciamento de projetos pela FGV, Giovanna Gregori Pinto é fundadora da People Leap e referência em estruturar áreas de RH em startups de tecnologia em crescimento. Com duas décadas de experiência em empresas de cultura acelerada, construiu uma trajetória sólida em gigantes como iFood e AB InBev (Ambev). No iFood, como Head de People – Tech, liderou a expansão do time de tecnologia de 150 para 1.000 pessoas em menos de quatro anos, acompanhando o salto de 10 para 50 milhões de pedidos mensais. Já na AB InBev, como Diretora Global de RH, triplicou o time antes do prazo, elevou o NPS de People em 670%, aumentou o engajamento em 21% e reduziu o turnover de tecnologia ao menor nível da história da companhia.

OLX reforça a segurança de seu marketplace com a SHIELD

A OLX, uma das maiores plataformas de compra e venda online no Brasil, é a mais nova parceira da SHIELD, plataforma de inteligência de fraude focada na identificação de dispositivos. O objetivo é reforçar a segurança no seu marketplace, detectando e bloqueando atividades fraudulentas em tempo real, para proteger ainda mais vendedores e compradores.

Agora, a OLX conta com a tecnologia de Device Intelligence da SHIELD para eliminar contas falsas e atividades fraudulentas pela raiz, prevenindo que golpes como anúncios e avaliações falsasroubo de contas e fraude de conluio sejam conduzidos por fraudadores e causem prejuízos a vendedores e compradores.

“A tecnologia da SHIELD tem nos ajudado a bloquear os fraudadores de acordo com os sinais detectados, garantindo uma experiência fluida para os usuários legítimos. Essa inteligência baseada em dispositivos bloqueia contas falsas com precisão incomparável, protege a privacidade dos usuários e nos dá a confiança para expandir a OLX de forma segura e sustentável”, afirma Camila Braga, gerente sênior de produto do Grupo OLX. 

No centro da solução está o SHIELD Device ID, o padrão global de identificação de dispositivos, com mais de 99,99% de precisão. Ele identifica dispositivos de forma persistente mesmo após resets, clonagem ou falsificação. Combinada com o Fraud Intelligence, cada sessão de dispositivo é continuamente analisada em tempo real para detectar ferramentas maliciosas, como bots e emuladores.

De acordo com a SHIELD, um dos diferenciais da sua ferramenta em relação a outras existentes no mercado é que ela não requer informações de identificação pessoal (PII) e não é baseada em localização, algo que levanta sérias preocupações sobre privacidade, uma vez que a coleta excessiva de dados pode revelar informações sensíveis, como onde os usuários moram ou trabalham. Com a tecnologia privacy by design da SHIELD, a OLX não tem esses problemas.

“Com a SHIELD, a OLX pode crescer com segurança, impedindo que contas falsas e atividades maliciosas afetem seus usuários. Temos orgulho de oferecer uma solução que protege compradores e vendedores enquanto mantém a privacidade e a conformidade no centro da plataforma”, acrescentou Justin Lie, CEO da SHIELD.

Brasil tem taxa de fraude digital acima da média da América Latina, revela TransUnion

O Brasil apresentou uma taxa de suspeita de fraude digital de 3,8%¹ no primeiro semestre de 2025, superando a taxa de 2,8% dos países da América Latina analisados². Segundo o mais recente Relatório de Tendências de Fraudes Digitais da TransUnion, empresa global de informações e insights que atua como DataTech, o país está entre os três mercados da região com taxas acima da média na América Latina, ao lado da República Dominicana (8,6%) e Nicarágua (2,9%).

Apesar da taxa elevada, o Brasil registrou uma queda significativa no percentual de consumidores que disseram ter sido alvo de fraude por e-mail, on-line, chamada telefônica ou mensagens de texto – de 40% quando pesquisados no segundo semestre de 2024 para 27% quando pesquisados no primeiro semestre de 2025. No entanto, 73% dos consumidores brasileiros no primeiro semestre de 2025 disseram que não conseguiram identificar se foram vítimas de tentativas de golpe/fraude, destacando uma lacuna preocupante na conscientização sobre fraudes.

“As taxas elevadas de fraude digital no Brasil evidenciam um desafio estratégico para empresas e consumidores. Não basta monitorar indicadores; é crucial compreender os padrões de comportamento que sustentam esses crimes. Os dados revelam que fraudadores evoluem rapidamente, explorando novas tecnologias e mudanças nos hábitos digitais. Nesse cenário, investir em soluções de inteligência preventiva e programas de educação digital torna-se indispensável para reduzir riscos, proteger a experiência do cliente e preservar a confiança nas transações on-line”, explica Wallace Massola, Head de Soluções de Prevenção a Fraudes da TransUnion Brasil.

vishing – golpe realizado por telefone, em que golpistas se passam por pessoas ou empresas confiáveis para enganar a vítima e extrair informações confidenciais, como dados bancários, senhas e documentos pessoais – continua sendo o tipo de fraude mais relatado entre os brasileiros que disseram ter sido alvo (38%), mas os golpes envolvendo PIX surgem como novidade, ocupando a segunda posição com 28%.

Embora o Brasil tenha uma taxa de suspeita de fraude digital acima da média regional, o cenário latino-americano mostra sinais positivos. De acordo com o relatório, o índice de tentativas suspeitas de fraude digital caiu em quase todos os países da América Latina.

No entanto, mesmo com os esforços das empresas, os consumidores continuam expostos a esquemas fraudulentos, com 34% dos entrevistados latino-americanos relatando já terem sido alvo por e-mail, on-line, chamadas telefônicas e mensagens de texto, entre fevereiro e maio deste ano. O vishing é o vetor de ataque mais relatado nos países da América Latina.

Perdas bilionárias

A edição da atualização do 2º semestre de 2025 da TransUnion para o Relatório de Principais Tendências de Fraude também aponta que os líderes corporativos no Canadá, Hong Kong, Índia, Filipinas, Reino Unido e os EUA afirmaram que suas empresas perderam o equivalente a 7,7% de suas receitas devido a fraudes no ano passado, um aumento significativo em relação aos 6,5% registrados em 2024. Esse percentual equivale a uma perda de D$ 534 bilhões, impactando na saúde financeira e na reputação das empresas.

“Os prejuízos globais com fraudes corporativas ultrapassam cifras bilionárias, comprometendo não apenas a saúde financeira das empresas, mas também o desenvolvimento econômico. Recursos que poderiam ser direcionados para inovação, pesquisa e expansão acabam sendo drenados por esquemas fraudulentos. Para ilustrar a magnitude dessas perdas globais, o montante estimado seria comparável a aproximadamente um quarto do PIB brasileiro. Essa comparação evidencia o impacto econômico expressivo das fraudes no cenário mundial”, destaca Massola.

Entre as fraudes relatadas, 24% da liderança corporativa mencionou o uso de golpes ou fraudes autorizadas (que se utilizam de engenharia social), como a causa mais comum de perda por fraude, ou seja, um esquema que visa enganar uma pessoa para ela forneça alguns dados valiosos, como acesso à conta, dinheiro ou forneça informações confidenciais.
 

Impacto nas relações de consumo

Quase metade, ou 48% dos consumidores globais entrevistados pela TransUnion em todo o mundo, afirmou ter sido alvo de esquemas de fraude por e-mail, online, chamadas telefônicas ou mensagens de texto entre fevereiro e maio de 2025.

Enquanto 1,8% de todos os tipos suspeitos de fraude digital relatados à TransUnion globalmente no primeiro semestre de 2025 estavam relacionados a golpes e fraudes, a invasão de contas (ou account takeover – ATO) teve um dos crescimentos mais rápidos em termos de volume (21%) durante o primeiro semestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024.

O novo estudo também mostra que as contas de consumidores continuam sendo o alvo preferido em ameaças de golpes, fazendo com que organizações reforcem suas estratégias de segurança e pessoas estejam mais atentas aos seus dados, integrando um segundo fator de autenticação como prática preventiva.

O relatório descobriu que a criação de contas é a etapa mais preocupante em toda a jornada do consumidor globalmente. É neste momento que golpistas usam dados roubados para abrir contas em diversos segmentos e cometer todo o tipo de fraude. Só no primeiro semestre desse ano, de todas as tentativas de transações globais de criação de contas digitais, a TransUnion descobriu que 8,3% eram suspeitas, representando um aumento de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O onboarding teve a maior taxa de transações com suspeita de fraude digital no ciclo de vida do consumidor em todos os segmentos analisados no primeiro semestre de 2025, exceto em serviços financeiros, seguros e governamental, para os quais o maior ponto de atenção é durante as transações financeiras. Para estes ramos de atividade, as transações como compras, saques e depósitos tiveram a maior taxa de transações suspeitas.

Fraudes em jogos

O novo Relatório de Tendências de Fraudes Digitais da TransUnion revela que o segmento de jogos eletrônicos/videogames, que inclui jogos on-line e para dispositivos móveis, teve o maior percentual – 13,5% – de suspeita de fraude digital globalmente no primeiro semestre de 2025. Esse número representa um aumento de 28% na taxa de suspeitas em comparação com o mesmo período de 2024. Os golpes e as solicitações foram os tipos de fraude mais relatados pelos clientes desse nicho.

O segmento que se destaca no estudo é o de jogos, como apostas esportivas online e pôquer. De acordo com a rede global de inteligência da TransUnion, 6,8% das transações de jogos digitais entre consumidores brasileiros no primeiro semestre de 2025 foram suspeitas de fraude, um aumento de 1,3% quando comparado o primeiro semestre de 2024 com 2025. O abuso de promoções foi o tipo de tentativa de fraude mais relatado globalmente.

“As estratégias utilizadas pelos fraudadores indicam uma busca por ganhos rápidos e de alto valor, explorando brechas digitais e dados pessoais comprometidos. Esse comportamento reforça a necessidade de mecanismos robustos de proteção de identidade e monitoramento contínuo, especialmente em segmentos como jogos online, onde o crescimento acelerado atrai criminosos em escala global”, ressalta Massola.

Metodologia

Todos os dados deste relatório combinam insights proprietários da rede de inteligência global da TransUnion, uma pesquisa corporativa especialmente encomendada no Canadá, em Hong Kong, na Índia, nas Filipinas, no Reino Unido e nos EUA, e uma pesquisa com pessoas consumidoras em 18 países e regiões ao redor do mundo. A pesquisa corporativa foi realizada de 29 de maio a 6 de junho de 2025. Já com pessoas consumidoras, foi realizada de 5 a 25 de maio de 2025. O estudo completo pode ser conferido neste link: Link


[1] A TransUnion usa inteligência de bilhões de transações originadas de mais de 40.000 sites e aplicativos. A taxa ou porcentagem de tentativas suspeitas de fraude digital reflete aquelas que os clientes da TransUnion determinaram que atenderam a uma das seguintes condições: 1) negação em tempo real devido a indicadores fraudulentos, 2) negação em tempo real por violações da política corporativa , 3) fraudulenta após investigação do cliente ou 4) uma violação da política corporativa após a investigação do cliente – em comparação com todas as transações avaliadas. As análises nacionais e regionais examinaram as transações em que o consumidor ou suspeito de fraude estava localizado em um país ou região selecionada ao realizar uma transação. As estatísticas globais representam todos os países do mundo e não apenas os países e regiões selecionados.

[2] Os dados latino-americanos combinam insights proprietários para fraude digital da rede global de inteligência da TransUnion no Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua e Porto Rico; e uma pesquisa com consumidores no Brasil, Chile, Colômbia, República Dominicana e Guatemala.

Pós-Black Friday: como fidelizar o cliente após o “boom de vendas”

Todos os anos, a Black Friday é um sucesso de vendas na internet. Para se ter uma ideia do sucesso deste ano, de acordo com dados da Confi Neotrust, o e-commerce faturou  cerca de R$4,76 bi. Em dezembro, principalmente por causa do Natal, outra das datas mais fortes do varejo online, não é diferente. Somente no último ano, o e-commerce movimentou R$ 26 bilhões entre os dias 1º e 25 do último mês do ano. 

Mas, após o ‘pico’ de consumo dos internautas, vem o desafio: como evitar a “fuga” dos clientes que compram apenas nessas grandes promoções e desaparecem no resto do ano? O período que sucede a Black Friday e o Natal é decisivo para o varejo digital, pois nesse período de “entressafra”, muitos lojistas veem o movimento desacelerar e deixam de aproveitar o impulso gerado no fim do ano para adotar estratégias e manter o público ativo.

O fenômeno é antigo, mas se intensificou com o avanço do e-commerce e o comportamento cada vez mais volátil do consumidor digital. “Vender bem é importante, mas o verdadeiro diferencial está no pós-venda. É nesse momento que a marca deve usar os dados de compra para oferecer comunicações personalizadas, ofertas relevantes e experiências consistentes. Ignorar esse passo é perder a chance de construir vínculo com quem já demonstrou interesse”, comenta Rodrigo Garcia, diretor executivo da Petina Soluções Digitais, startup especializada em gestão de vendas via marketplaces.

Pensando nisso, o executivo listou estratégias para o lojista adotar nesse período:

Apostar em promoções e comunicaçõesAs promoções constantes e a facilidade de comparação entre lojas fazem com que o cliente se mova de acordo com o preço, e não pela lealdade. Por isso, o pós-venda se tornou um dos pontos mais estratégicos para quem busca sustentabilidade nos resultados”, complementa Garcia. 

É nesse momento que a marca precisa mostrar relevância e construir confiança. Enviar ofertas personalizadas, oferecer benefícios de recompra e manter o diálogo ativo são medidas que fazem toda a diferença”, explica Garcia.

Usar e ‘abusar’ da inteligência de dados
Além de manter o contato, é preciso entender o comportamento do consumidor a partir dos dados coletados durante o pico de vendas. Informações sobre perfil de compra, frequência e ticket médio permitem identificar oportunidades de recompra e personalizar comunicações. Marcas que utilizam essa inteligência conseguem reduzir a evasão de clientes e ampliar o faturamento de maneira contínua.

Aproveitar datas sazonais

As datas sazonais seguem sendo fundamentais para o varejo digital, seja pelas oportunidades de venda ou pela capacidade de manter o consumidor ativo ao longo do ano. O período que sucede a Black Friday e se aproxima do Natal costuma concentrar campanhas mais intensas, assim como a própria Cyber Monday. Mas o calendário não se limita a essas grandes âncoras: ocasiões como Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, volta às aulas, eventos regionais e as datas “iguais”, como 10.10, 11.11 e 12.12, também têm ganhado força por estimularem compras planejadas e ações promocionais específicas.

“As marcas que estruturam o calendário com antecedência conseguem manter um fluxo contínuo de comunicação e ofertas que dialogam diretamente com o comportamento do consumidor, reduzindo a dependência de grandes promoções e fortalecendo a recorrência”, explica Rodrigo.

Investir em retail media
Outro ponto essencial, é o uso da retail media, a publicidade dentro dos próprios marketplaces, que ajuda a manter a marca em evidência mesmo após o período de promoções. Ao segmentar campanhas com base no histórico de navegação e nas preferências do público, o lojista continua visível para quem já demonstrou interesse, reforçando o vínculo construído nas grandes datas.

Experiência pode ser mais decisiva que preço

Com consumidores mais informados e seletivos, a tendência é que a competição pela atenção se intensifique no próximo ano, com a expectativa de que o e-commerce brasileiro siga em expansão. Uma pesquisa feita pela Americas Market Intelligence (AMI) mostra que o setor deve crescer 20% em 2026, chegando a US$ 432 bilhões, considerando compras e pagamentos em diversos segmentos, desde varejo até streaming.

“O preço ainda é um atrativo, mas o que fideliza é a experiência. As marcas que compreenderem isso vão construir relações mais duradouras e saudáveis com seus públicos”, conclui Rodrigo.

Ares Management apresenta Marq para fortalecer a integração da sua plataforma logística global

A Ares Management Corporation (NYSE: ARES) (“Ares”), uma líder global em gestão de investimentos alternativos, anuncia a consolidação das suas plataformas globais de real estate logístico sob uma única marca: a Marq Logistics (“Marq”). A nova marca representará a plataforma logística global verticalmente integrada da Ares, gerenciando no total mais de 55 milhões de metros quadrados nas Américas, Europa e Ásia-Pacífico.

A Marq reúne a plataforma de real estate logístico integrada da América do Norte e Europa, incluindo a Ares Industrial Management, com a plataforma global de real estate logístico da GLP fora da China, incluindo a GLP Brasil. Essa integração é oficializada após a aquisição pela Ares da GLP Capital Partners Limited e de algumas de suas afiliadas, concluída em março de 2025.

Com a Marq, a Ares combina escala, expertise e recursos em real estate para oferecer soluções consistentes e de alto nível aos seus locatários em todo o mundo, posicionando-se como o parceiro de referência de seus clientes.

“A Marq representa um novo e empolgante capítulo para o negócio de Real Estate da Ares, consolidando nossa posição entre as três principais lideranças globais em um dos setores em que mais acreditamos”, afirma Julie Solomon, Co-Head da Ares Real Estate. “Em sua essência, a Marq visa oferecer uma combinação de escala global e excelência operacional local aos nossos locatários do segmento logístico, sustentada por uma missão simples, porém poderosa: ser um parceiro estratégico para o sucesso deles”, complementa.

A Ares Real Estate é uma das maiores e mais diversificadas gestoras imobiliárias verticalmente integradas do mundo, com aproximadamente US$ 110 bilhões em ativos sob gestão em 30 de setembro de 2025.

IA acerta 8 em cada 10 contratações, aponta estudo brasileiro com pesquisador do MIT

Em 79,4% dos casos, a inteligência artificial consegue acertar quais são os candidatos mais adequados às vagas anunciadas, segundo um estudo recente conduzido pela DigAÍ em parceria com um pesquisador brasileiro do MIT.

O levantamento analisou entrevistas realizadas via WhatsApp e comparou as notas atribuídas pela IA com as decisões finais dos gestores. O resultado foi que, em 8 de cada 10 casos, ela classificou como “acima da média” justamente os candidatos que seriam posteriormente aprovados no processo seletivo.

Essa precisão reflete a capacidade da IA de avaliar sinais comportamentais que muitas vezes passam despercebidos pelos recrutadores humanos. Segundo Christian Pedrosa, fundador e CEO da DigAÍ, o objetivo da tecnologia não é “flagrar” o candidato, mas sim traduzir reações que, quando analisadas em conjunto, oferecem uma leitura mais completa e fiel do profissional.

“Esse tipo de leitura ajuda os times de RH a identificar profissionais com maior adaptabilidade, consistência e predisposição à colaboração, qualidades centrais, embora difíceis de capturar, nos processos convencionais”, afirma.

Como funciona o recrutamento com IA

A metodologia combina inteligência emocional computacional, análise de linguagem e modelos estatísticos que identificam padrões de comportamento. No áudio, por exemplo, são observados sinais vocais quase imperceptíveis, que depois são cruzados com bases treinadas para reconhecer características associadas ao desempenho profissional. 

Na prática, esse conjunto de análises permite à DigAÍ avaliar alinhamento cultural, clareza e coerência das respostas, mesmo em situações em que há contraste entre o conteúdo dito e a forma como é dito. Respostas excessivamente decoradas, tom engessado e postura artificial, que sempre foram percebidos por recrutadores experientes, agora se tornam ainda mais evidentes para sistemas de IA.

Por outro lado, nas empresas, a tecnologia representa a chance de reduzir vieses, qualificar decisões e entender candidatos de forma mais precisa, indo além da chamada “sensação” durante a entrevista. 

“A tecnologia amplia o que conseguimos enxergar. Quando cruzamos o que é dito com os padrões de comportamento, conseguimos compreender a qualidade do raciocínio, além da resposta, e a forma como o candidato sustenta aquilo que afirma. É uma evolução que traz transparência e decisões mais justas”, conclui Pedrosa.

Pesquisa global aponta que clientes do Oracle Database estão evoluindo suas estratégias devido a altos custos e desafios de suporte

Rimini Street, provedora global de suporte, produtos e serviços de software empresarial de ponta a ponta, líder em soluções de inovação de ERP com IA Agêntica e em suporte independente para softwares Oracle, SAP e VMware, anunciou os resultados da pesquisa ‘Estratégias de Suporte e Banco de Dados 2025: a Revolução da Diversificação e Descentralização’, um estudo global realizado pela Unisphere Research com mais de 200 gerentes e especialistas de Oracle Database.

Alguns dos principais insights do estudo são:

  • 87% indicaram que a lentidão na resolução de problemas é problemática.
  • 69% consideram o licenciamento da Oracle complexo demais.
  • 63% dos respondentes mencionam altos custos de suporte como um problema significativo.
  • 62% dos respondentes afirmam ser impactados por problemas de performance de banco de dados mensalmente ou mais frequentemente.
  • 52% dos respondentes relatam que não há pessoas qualificadas suficientes para gerenciar iniciativas de IA/ML.
  • 52% dos gerentes de Oracle desejam que seus bancos de dados integrem-se de forma mais próxima a frameworks de IA/ML existentes.

Clientes do Oracle Database enfrentam desafios com custos, qualidade e responsividade no suporte

A maioria dos clientes do Oracle Database entrevistados relata frustrações constantes com a velocidade e a qualidade do suporte fornecido pela Oracle, com 63% afirmando que os custos de suporte são muito altos. Cerca de 87% dos entrevistados dizem que uma resolução lenta é um problema significativo ou pior para suas organizações; apenas 16% afirmam que seu engenheiro de suporte inicial da Oracle é muito qualificado quando solicitam ajuda, o que atrasa ainda mais o tempo de resolução de problemas. Alguns chegam a dizer que “sempre precisam escalar para um engenheiro mais qualificado” para receber o nível de suporte ou atenção necessário.

Adoção crescente de suporte independente como alternativa para reduzir custos alcançar melhor tempo de resposta

A pesquisa revela que mais organizações estão recorrendo ativamente ao suporte independente para reduzir imediatamente os custos com suporte e resolver problemas urgentes e críticos. 25% afirmam que estão atualmente usando um parceiro de suporte, enquanto 30% estão considerando essa opção, principalmente em áreas como gerenciamento de banco de dados em nuvem (37%), migração de dados (36%), otimização de desempenho (34%) e backup e recuperação (32%).

“As organizações que utilizam o Oracle Database dependem da estabilidade do sistema, da velocidade e de uma expertise de suporte em que podem confiar”, disse Rodney Kenyon, VP sênior e gerente de soluções de suporte na Rimini Street. “Com a Rimini Street, além da redução do custo de suporte, clientes como a Hyundai veem em primeira mão como nosso modelo de suporte proativo resolve problemas críticos rapidamente, otimiza o desempenho e redireciona o foco das equipes para inovação e crescimento.”

“Os resultados da pesquisa reforçam o que vemos diariamente no Brasil: as empresas que dependem do Oracle Database enfrentam custos elevados, suporte lento e dificuldade para avançar em iniciativas essenciais como IA e automação. Uma vez que grande parte dos entrevistados relatam problemas de resolução demorada de chamados e mais da metade já busca maior integração com frameworks de IA/ML, fica claro que o modelo tradicional das fabricantes não acompanha as urgências e necessidades do negócio”, explica Manoel Braz, VP da Rimini Street no Brasil.

A maioria dos clientes do Oracle Database está expandindo suas estratégias de banco de dados para além da Oracle

Os clientes Oracle Database estão buscando alternativas de banco de dados para novas aplicações ou aplicações refeitas devido aos altos custos (58%). A maioria (52%) exige integração com estruturas populares de IA/ML. Como resultado, 77% dos entrevistados afirmam que implementaram novas aplicações ou conjuntos de dados em bancos de dados que não são da Oracle nos últimos 36 meses. Juntamente com Oracle, 59% utilizam SQL Server, 45% utilizam MYSQL, 40% utilizam PostgreSQL e 28% utilizam Amazon RDS.

“As organizações estão correndo para utilizar modelos de Machine Learning para impulsionar a automação inteligente, e é possível fazer isso sem incorrer em custos, riscos ou interrupções desnecessárias para os negócios”, disse Robert Freeman, Diretor Sênior e Principal Arquiteto de Banco de Dados da Rimini Street. “Nossa ampla gama de soluções e serviços personalizados para Oracle Database ajuda os clientes a maximizar o potencial de seus investimentos em banco de dados e acelerar a inovação em IA com maior liberdade, agilidade e controle.”

Acesse a pesquisa ‘2025 Database Strategies and Support Survey – The Diversification and Decentralization Revolution’.

E-commerce fatura R$ 4,76 bilhões no dia da Black Friday, alta de 11% em relação a 2024

O faturamento do e-commerce no dia da Black Friday 2025 foi de R$ 4,76 bilhões, alta de 11,2% em relação ao ano passado. O resultado supera em meio bilhão de reais o registrado no ano passado, quando faturou R$ 4,27 bilhões. A análise leva em consideração o acumulado das vendas realizadas de 00h até às 23h59 do dia 28 de novembro e compara com os números de 29 de novembro de 2024, dia da Black Friday do ano passado. Os dados foram extraídos da Plataforma Black Friday Hora Hora da Confi Neotrust, empresa de inteligência de mercado que monitora o e-commerce brasileiro.

O Top 3 de categorias que mais se destacaram no dia da Black Friday 2025 foi formado por TVs (com faturamento de R$ 443,2 milhões), smartphones (R$ 388,7 milhões), e geladeiras/refrigeradores (R$ 273,2 milhões). Entre os produtos com maior faturamento, o ar condicionado Split da Samsung de 12 mil BTUs liderou o ranking, seguido do iPhone 16 de 128 GB de cor preta e da Smart TV de 70 polegadas da Samsung, do modelo Crystal Gaming Hub.

Outro destaque foram os produtos para casa. A soma das vendas de geladeiras, máquinas de lavar e ar condicionado ultrapassou a marca de meio bilhão de reais. O número de pedidos finalizados na data foi 28% superior, com 8,69 milhões de pedidos finalizados contra 6,74 milhões no ano passado. O tíquete médio caiu 12,8%, registrando R$ 553,6 contra R$ 634,4 na Black Friday de 2024.

Léo Homrich Bicalho, Head de Negócios da Confi Neotrust, destaca o aumento do tíquete médio registrado na última segunda-feira (24), de R$ 325, para R$ 554, na sexta (28). “Esse crescimento indica a migração decisiva do consumo para itens de alto valor. Mesmo nesse cenário de tíquetes elevados, a categoria de calçados manteve-se firme no Top 4 com faturamento de R$ 202 milhões, garantindo que o volume transacional continuasse alto em paralelo à receita recorde”, diz.
 

Na comparação com o dia da Black Friday de 2023, que faturou R$ 3,95 bilhões, a alta registrada neste ano foi de 20%. Já em relação à última sexta-feira do mês de novembro de 2022, o crescimento foi de 11,6%. Na série histórica recente, a Black Friday deste ano só perdeu em faturamento para a Black Friday 2021, momento no qual o e-commerce estava sob influência da pandemia de COVID-19, e faturou R$ 5,13 bilhões.

Para Bicalho, a Black Friday 2025 se consolida não apenas pelos volumes transacionados, mas pela sofisticação do comportamento de consumo. “A antecipação das compras ao longo do mês de novembro permitiu que o consumidor dividisse seu orçamento de forma inteligente: garantindo itens de recorrência e moda ao longo da semana (gerando volume) e reservando o capital principal para a ‘compra de desejo’ (TVs e Linha Branca) na sexta-feira oficial. Se 2021 foi um pico anômalo impulsionado pelo isolamento, 2025 estabelece um novo marco de consistência e saúde para o varejo digital em tempos de normalidade, entregando a semana mais forte da história recente do setor”, complementa.

Sobre a plataforma Black Friday Hora a Hora

O estudo foi elaborado com base nos dados extraídos da Plataforma Black Friday Hora a Hora, desenvolvida pela Confi Neotrust, empresa que monitora o e-commerce brasileiro. A plataforma permite aos lojistas personalizar as análises de performance conforme sua visão de negócio e acessar informações que dão um panorama do setor, com atualizações de hora em hora e indicadores estratégicos (faturamento, unidades vendidas, preços praticados e market share) de mais de duas mil categorias e subcategorias do e-commerce, incluindo segmentação por região e estado do país.

Abrangência dos dados

A Confi Neotrust monitora a evolução do cenário do e-commerce, com base nas transações reais de mais de sete mil lojas parceiras, o que oferece análises das compras e do perfil de mais de 80 milhões de consumidores digitais. Os estudos são gerados com base nas informações coletadas continuamente junto a varejistas online de todo o país, abrangendo uma média diária de 2 milhões de pedidos.

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