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Após o Dia dos Solteiros, marcas latino-americanas mostram como propósito e performance podem andar juntos

O Dia dos Solteiros (11/11), conhecido mundialmente por impulsionar o comércio eletrônico principalmente no calendário chinês, vem ganhando cada vez mais relevância na América Latina – o ano de 2025 consolidou essa tendência. Segundo análise de Bruna Nobre, Diretora de Publisher Partnerships da Rakuten Advertising, rede líder global em marketing de performance, as marcas que se destacaram neste ano foram aquelas que uniram propósito, personalização e estratégias orientadas por dados, transformando a data em um laboratório estratégico para a Black Friday. 

“Apoiamos gigantes do e-commerce para trazer o Dia dos Solteiros também à cultura brasileira. Neste ano, por exemplo, um grande varejista, que é nosso parceiro, viu seu ticket médio crescer até três vezes mais na ocasião. Quando comparado o desempenho entre o início do ano e outras sazonalidades — como Dia dos Pais e Dia dos Namorados — observa-se um crescimento na rede de quase seis vezes. Além disso, outros grandes varejistas, mesmo sem criar campanhas específicas para o Dia dos Solteiros, já aproveitam o período para atrair consumidores e antecipar ações da Black Friday, com promoções lançadas desde o dia 1º de novembro”, afirma Bruna.

Com o impacto relevante da data, a especialista reuniu 4 principais aprendizados do Dia dos Solteiros no Brasil:

1. Dados e afiliados impulsionam performance e relevância

Campanhas baseadas em dados e estratégias de afiliados se mostraram mais eficazes em atingir públicos específicos e gerar conversões qualificadas. “A combinação entre segmentação precisa e parcerias com influenciadores e publishers aumentou a visibilidade e a taxa de engajamento, especialmente em categorias como beleza, bem-estar e eletrônicos”, explica a Diretora.

2. Autocuidado e empoderamento seguem como temas centrais

De acordo com a especialista, marcas que exploraram mensagens de autocuidado, independência e amor-próprio se destacaram pela autenticidade. “As campanhas que celebraram o consumo consciente, com foco em experiências e bem-estar, tiveram maior aceitação e engajamento orgânico, principalmente entre consumidores da Geração Z e millennials”, complementa.

3. Pode ser o “ensaio geral” para a Black Friday

A data se consolidou como um termômetro para a Black Friday, permitindo que as marcas testassem criativos, landing pages, formatos de desconto e canais de mídia. “Neste ano, principalmente, empresas que atuaram com antecedência, usando o momento para gerar tráfego e capturar leads, já iniciam novembro com bases de remarketing mais qualificadas”, aponta Bruna.

4. O valor da conexão emocional e da prova social

Para finalizar, a executiva ressalta que a interação com o público, por meio de concursos e plataformas que promovem conteúdos de usuários e avaliações, fortaleceu a confiança e a fidelização. “As companhias que estimularam a criação de conteúdo orgânico conseguiram ampliar o alcance e manter o diálogo ativo com o consumidor mesmo após o pico do dia” , analisa.

“O pós-11/11 mostrou que o marketing de performance está evoluindo para um modelo mais humano, em que dados, tecnologia e propósito caminham lado a lado. A América Latina tem um enorme potencial para transformar o Dia dos Solteiros em uma celebração do consumo inteligente e das novas formas de relacionamento com as marcas”, finaliza Bruna.

A força do made in Brazil: VTEX habilita Lofty Style a escalar internacionalmente

A VTEX, multinacional brasileira de digital commerce, e a Lofty Style, marca de moda feminina reconhecida por seu design minimalista e sofisticado, anunciaram uma parceria estratégica que simboliza a união entre moda, tecnologia e inovação.

Sob a liderança de Camila Ortiz, fundadora e CEO, a Lofty Style dá um passo decisivo em sua expansão internacional, com operações em Portugal, Espanha e Estados Unidos. A partir da plataforma VTEX, a marca adota um modelo cross-border que permite operar com estrutura logística, moeda e idioma locais, mantendo sua essência artesanal e o DNA brasileiro que inspira cada criação.

Mais do que uma estratégia de crescimento, a parceria representa o novo momento do empreendedorismo brasileiro, que une criatividade, tecnologia e propósito para conquistar novos mercados e fortalecer a presença nacional no cenário global.

“Ver a Lofty Style expandir suas fronteiras com o nosso apoio é testemunhar como a tecnologia pode impulsionar marcas ousadas a conquistarem o mundo”, diz Rafaela Rezende, Presidente da VTEX no Brasil. “Na VTEX, oferecemos os recursos necessários para viabilizar tanto a jornada omnichannel quanto a expansão global”. 

Com mais de 60 lojas físicas no Brasil, a Lofty Style segue fiel ao compromisso com a qualidade, o design atemporal e o estilo leve e versátil que traduzem o lifestyle contemporâneo. O anúncio em Lisboa reforça a força e relevância das marcas brasileiras na interseção entre moda e inovação.

Black Friday 2025 deve entrar para a história no varejo brasileiro

A Black Friday 2025 caminha para ser uma das maiores já registradas no país. De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o varejo brasileiro deve movimentar R$ 13,34 bilhões na Black deste ano, consolidando a data como um dos principais motores do consumo no calendário nacional.

Em Santa Catarina, o Koerich, uma das maiores redes varejistas do Estado, saiu na frente e iniciou sua campanha no dia 1º de novembro, antecipando ofertas e ampliando o período de compras. A estratégia já mostra resultados: itens como refrigeradores, aparelhos de ar-condicionado e Smart TVs registram crescimento de até 20% na procura em relação ao mês de outubro.

Com mais de 130 lojas físicas distribuídas em 60 cidades e forte presença no e-commerce, a rede aposta na combinação entre variedade, logística eficiente e condições diferenciadas de pagamento. “As compras realizadas durante a Black Friday podem ser parceladas com início de pagamento apenas em 2026”, destaca Eduardo Koerich, diretor comercial da empresa. Segundo ele, a expectativa é de crescimento de 10% nas vendas em relação ao ano passado.

O otimismo encontra respaldo nos dados estaduais. Levantamento da Fecomércio-SC revela que os catarinenses estão dispostos a gastar mais em 2025. A intenção média de compra chega a R$ 1.659 por consumidor, e o pico de promoções deve acontecer no dia 28 de novembro, última sexta-feira do mês. O estudo, realizado em sete cidades, mostra ainda que a intenção de consumo cresceu 12% frente a 2024. Considerando a inflação, a alta real é de 7%.

Para além das facilidades de pagamento, o Koerich reforça a credibilidade construída ao longo dos anos, especialmente na entrega rápida e segura: fator determinante para quem busca aproveitar a data sem contratempos.

“Nos últimos anos, percebemos que o consumidor está cada vez mais informado e exigente. Antecipar a Black Friday é uma forma de oferecer tranquilidade, preço justo e a segurança de comprar em uma rede que ele confia. Para 2025, nossa projeção é de um dos melhores desempenhos da década, impulsionado por uma operação forte, logística ágil e condições que realmente fazem diferença no orçamento das famílias”, finaliza Eduardo Koerich.

Condominial x Airbnb: o que a Justiça tem sinalizado sobre locações de curta temporada

No último mês, a Justiça de Goiânia proibiu um morador de alugar seu apartamento por meio do Airbnb em um condomínio residencial. A decisão trouxe novamente à tona a discussão sobre a função social da propriedade e os limites do direito individual frente ao interesse coletivo. O magistrado considerou que a prática configurava hospedagem comercial, vedada pela convenção condominial, documento principal que rege a vida em um condomínio, e determinou a suspensão imediata das locações, reforçando o papel desse instrumento como regulador da convivência. O debate ganha relevância diante da expansão do Airbnb no Brasil: em 2024, a plataforma registrou hóspedes em 2.500 cidades, correspondendo a quase 45% do total de municípios brasileiros, segundo dados da própria empresa. 

O entendimento do juiz indica que a convenção condominial tem papel central na vida comunitária, funcionando como uma espécie de “constituição” interna ao estabelecer regras de convivência entre os moradores. Embora não possa se sobrepor à lei, esse documento possui força normativa para disciplinar práticas que impactam a coletividade, incluindo atividades comerciais ou hospedagens que possam comprometer a segurança, o sossego e a salubridade. O Código Civil, em seu artigo 1.336, já impõe limites claros ao uso da propriedade, garantindo ao condômino liberdade sobre sua unidade, desde que não cause prejuízo aos demais. 

Segundo Rafael Verdant, sócio do Contencioso Cível do Albuquerque Melo Advogados, a decisão reforça justamente esse equilíbrio entre direitos individuais e coletivos. “A convenção é o instrumento mais importante para os condôminos se autogovernarem. Ela disciplina o uso das áreas comuns e protege a comunidade de práticas que possam gerar insegurança, excesso de barulho ou desgaste na convivência. É nesse sentido que o interesse coletivo muitas vezes se sobrepõe ao individual”, afirma. 

O especialista lembra que o direito de propriedade não é absoluto. “O Código Civil estabelece que cada condômino pode usar sua unidade livremente, desde que não prejudique os demais. Ou seja, a convivência em condomínio impõe uma condição natural: o interesse coletivo tende a prevalecer sobre o individual em caso de conflito”, acrescenta Verdant. Para ele, esse é o ponto central da decisão de Goiânia, que reforça a prevalência da coletividade sobre a exploração econômica do imóvel em determinados contextos. 

Além da interpretação jurídica, a discussão envolve aspectos práticos do cotidiano do condomínio. Entre os principais riscos apontados pelos moradores em relação às locações de curta temporada estão a entrada frequente de pessoas desconhecidas, a possibilidade de festas e barulho, o desgaste acelerado das áreas comuns e a quebra do senso de comunidade. Esses fatores ajudam a explicar por que, em muitos casos, o coletivo busca impor limites à exploração econômica individual do imóvel. 

O debate ultrapassa os limites de cada prédio. Projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional, como o PL 2030/2025 e o PLP 78/2025, discutem se esse tipo de locação deve ser tratado como aluguel ou como hospedagem, com propostas que exigem autorização expressa dos condomínios e regras mais próximas às aplicadas a hotéis e pousadas. Para Verdant, uma regulamentação equilibrada é necessária. “Não se trata de proibir indiscriminadamente. É preciso reconhecer que essa modalidade é uma realidade econômica e social, mas ela precisa de parâmetros claros. A solução passa por regras internas que exijam, por exemplo, cadastro prévio de hóspedes, limitação de tempo ou frequência das locações e penalidades em caso de descumprimento.” 

A própria plataforma disponibiliza recursos para proteger anfitriões, hóspedes e comunidades, incluindo políticas de verificação de identidade, seguro contra danos e canais de denúncia de comportamentos inadequados. A experiência internacional mostra que a regulação é essencial: na Espanha, o governo intensificou recentemente a fiscalização e aplicou restrições ao aluguel de curta temporada em meio à crise habitacional, evidenciando como políticas públicas podem equilibrar o uso econômico de imóveis com a preservação do direito à moradia e à segurança coletiva. Essa perspectiva reforça a necessidade de regras claras e adaptadas à realidade local, garantindo que os condomínios possam proteger a coletividade sem ignorar a viabilidade econômica do Airbnb. 

O advogado conclui que o grande desafio é harmonizar direitos. “Uma regulamentação eficiente deve garantir o direito de propriedade e de exploração econômica do imóvel, mas também preservar o interesse coletivo, permitindo que os condomínios deliberem sobre restrições e condições. Não existe um modelo único: o que funciona em um prédio de perfil familiar pode não ser aplicável a um condomínio com perfil mais turístico ou comercial”, afirma. 

Cinco formas de usar Inteligência Artificial para vender mais na Black Friday e impulsionar a receita em até 40%

Pequenas e médias empresas estão acelerando a adoção de Inteligência Artificial para melhorar desempenho comercial durante a Black Friday. A adoção de ferramentas de IA já impulsiona o crescimento de receita em até 40% e reduz custos de atendimento em até 60%, segundo a pesquisa State of the Connected Customer 2024, da Salesforce. O relatório “The Economic Potential of Generative AI” da McKinsey (junho de 2023) também mostra que empresas que utilizam IA generativa em operações de marketing e vendas alcançam ganhos de produtividade substanciais, especialmente em áreas como segmentação, personalização e automação de campanhas. 

Autoras do livro “IA para Negócios – Guia para Pequenas e Médias Empresas”, Aline Lefol e Tiene Colins ressaltam que essas tecnologias democratizaram o acesso à alta performance comercial. Segundo Lefol, “quando aplicada com propósito, a IA melhora processos, gera novas oportunidades e fortalece o relacionamento com o cliente”. A obra apresenta ferramentas práticas para empresas que desejam elevar suas vendas, profissionalizar o marketing e modernizar o atendimento. A seguir, as cinco formas de aplicar Inteligência Artificial para vender mais na Black Friday, de acordo com Lefol e Colins:

1. Assistência automatizada e personalizada

Chatbots e assistentes inteligentes integrados a canais como WhatsApp, sites e redes sociais garantem respostas imediatas, coleta de leads e organização das demandas com funcionamento 24 horas por dia. Durante o pico da Black Friday, esse modelo reduz a sobrecarga das equipes internas, mantém a experiência do cliente fluida e acelera etapas de venda que antes dependiam de atendimento humano.”A IA permite que cada cliente seja atendido de forma ágil e personalizada, sem sobrecarregar a equipe, mantendo a qualidade do serviço mesmo nos dias mais movimentados”, explica Aline Lefol.

2. Interação por voz que acelera vendas

Ferramentas de voz permitem que o consumidor interaja com a marca logo após clicar em um anúncio digital, tirando dúvidas, recebendo recomendações e, em alguns casos, finalizando a compra por meio de ligações automatizadas. Essa integração reduz o tempo de resposta, aumenta conversão e cria jornadas mais fluidas em momentos de alto tráfego. “Com a voz integrada, conseguimos criar interações mais naturais e aumentar a probabilidade de conversão logo no primeiro contato”, acrescenta Tiene Colins.

3. Segmentação inteligente e ofertas personalizadas

A análise de comportamento, histórico de navegação e preferências individuais possibilita recomendações altamente personalizadas. Essa segmentação eleva o retorno das campanhas, reduz desperdício de verba e fortalece a recompra, fator decisivo para marcas que precisam se destacar em meio à avalanche de ofertas da Black Friday.”Quando entendemos o comportamento de cada cliente, conseguimos oferecer exatamente o que ele busca, tornando a experiência mais relevante e aumentando vendas”, diz Aline Lefol.

4. Previsão de demanda e gestão de estoque com precisão
Sistemas preditivos ajudam a identificar os produtos com maior probabilidade de venda, evitando rupturas e excessos que comprometem o caixa. A tecnologia também orienta negociações com fornecedores e aprimora o fluxo logístico, permitindo que PMEs operem com mais segurança durante a maior demanda do ano.”A IA nos permite antecipar a demanda e garantir que os produtos certos estejam disponíveis, evitando perdas e insatisfação do cliente”, explica Tiene Colins.

5. Análise em tempo real e otimização automática de campanhas

Ferramentas de IA monitoram indicadores de performance, como cliques, conversões e engajamento, sugerindo ajustes imediatos para otimizar os resultados. Esse acompanhamento contínuo transforma dados em decisões rápidas, essenciais em promoções de curta duração, nas quais minutos podem representar oportunidades perdidas ou ganhos expressivos.”Ter dados em tempo real nos dá agilidade para ajustar campanhas instantaneamente, aumentando conversão e aproveitando cada oportunidade”, completa Aline Lefol.

Soluções plug-and-play têm facilitado a adoção dessas tecnologias, permitindo que pequenos negócios integrem IA sem grandes investimentos ou equipes especializadas. Para Tiene Colins, a Black Friday funciona como um ambiente ideal para testar inovação: “Empresas que incorporam Inteligência Artificial conseguem competir com mais assertividade, reduzir desperdícios e aumentar a performance comercial”, conclui.

Segurança eletrônica deve crescer quase 24% em 2025, Impulsionada pela IA nas centrais de monitoramento

O crescimento das demandas por mais eficiência, precisão e tranquilidade por parte de síndicos e moradores está acelerando a adoção de inteligência artificial nas centrais de monitoramento. Segundo a Abese, a segurança eletrônica movimentou R$ 14 bilhões em 2024 e deve crescer 23,7% em 2025, impulsionada sobretudo pela incorporação de IA, automação e sistemas integrados. Além disso, o relatório AI Video Surveillance Market aponta que o uso de analíticos de vídeo com inteligência artificial pode reduzir falsos alarmes em até 70%.

Para além dos números, a adoção da IA está transformando a lógica de operação das centrais, em que os operadores deixam de atuar apenas como “apagadores de incêndio” e passam a ter uma atuação mais estratégica, com foco no que realmente importa. Além de melhorar a triagem de ocorrências, a IA permite que as centrais ofereçam um serviço mais consultivo, com relatórios preditivos, análises comportamentais e evidências que ajudam síndicos e gestores a tomar decisões mais estratégicas.

De acordo com Lucas CinelliCEO e cofundador da Octosplataforma SaaS de inteligência artificial em nuvem voltada para o setor de segurança eletrônica, a inteligência artificial se tornou o pilar para centrais que querem ser sustentáveis, confiáveis e escaláveis. “A IA não substitui o operador, ela amplia sua capacidade. Ao filtrar ruídos e reduzir falsos positivos, a equipe consegue focar nas situações que realmente exigem atenção”, afirma.

Lucas defende que a tecnologia deve ser acessível inclusive para operações menores, que tradicionalmente não tinham acesso a soluções avançadas de video analytics. Segundo o especialista, o desafio atual não está apenas em detectar intrusões, mas em distinguir o que realmente representa risco. “O excesso de alarmes falsos desgasta operadores, prejudica a confiança do cliente e diminui a efetividade das equipes. Quando a central recebe dezenas de alertas irrelevantes por dia, perde-se o senso de prioridade. A IA resolve isso na raiz”, explica.

Black Friday registra aumento de 66% em fraudes; especialista alerta para cuidados de consumidores e bancos

A Black Friday de 2024 se tornou um campo fértil para golpes financeiros, com fraudes crescendo 66% e prejuízos superiores a R$ 1,2 bilhão, segundo a Febraban. Entre os mais comuns estão o phishing, que é um golpe em que criminosos se passam por empresas ou bancos para obter dados pessoais e senhas, clonagem de cartões, boletos falsos e lojas virtuais fraudulentas, que aproveitam a alta movimentação de compras para enganar consumidores e driblar os sistemas de segurança bancária. O desafio central do período é definir quando o banco deve ressarcir o consumidor e quando a responsabilidade recai exclusivamente sobre a vítima.

O Judiciário enfrenta o desafio de diferenciar falhas nos sistemas bancários da culpa exclusiva do consumidor. Decisões recentes do Superior Tribunal de Justiça e de tribunais regionais reforçam que os bancos só são responsabilizados quando há falha comprovada em seus mecanismos de segurança ou vínculo direto com a fraude, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor e na Súmula 479. Casos como os investigados na Operação Engodo, em Ribeirão Preto, mostram a sofisticação dos golpes: a ação desmantelou uma quadrilha que utilizava contas de laranjas e movimentações via PIX para aplicar fraudes durante a Black Friday, evidenciando a complexidade de atribuir responsabilidades.

Danilo Limoeiro, CEO da Turivius, plataforma especializada em jurimetria, explica que a análise de milhões de decisões judiciais permite identificar padrões de responsabilização dos bancos. “Os tribunais costumam determinar o ressarcimento apenas quando há uma falha comprovada nos sistemas do banco. Isso significa que, na maioria dos casos envolvendo phishing ou outros golpes externos, a responsabilidade acaba recai sobre o consumidor. É um equilíbrio delicado entre proteger o cliente e reconhecer quando o banco atuou corretamente”, afirma.

Segundo Limoeiro, datas como a Black Friday aumentam a complexidade das fraudes, tornando mais difícil para o Judiciário definir os limites entre culpa do cliente e responsabilidade da instituição financeira. “O grande desafio nesses períodos é equilibrar a proteção ao consumidor com a responsabilidade efetiva dos bancos. Nem toda fraude gera obrigação de ressarcimento, mas os clientes esperam segurança máxima em suas operações”, afirma. Ele ressalta que, embora o senso comum pressione os bancos a ressarcirem todo prejuízo, a realidade jurídica exige comprovação de falha nos sistemas de segurança ou vínculo direto com a fraude.

O especialista reforça que o cenário exige atenção redobrada tanto de consumidores quanto de instituições financeiras. “Os bancos precisam investir continuamente em tecnologias de prevenção e reforçar a comunicação com os clientes para alertá-los sobre possíveis riscos. Ao mesmo tempo, os consumidores devem adotar medidas simples, mas eficazes, como autenticação em duas etapas e a conferência cuidadosa de sites e links antes de concluir qualquer pagamento”, finaliza.

Black Friday, TikTok Shop, YouTube Shopping… Fique atento a golpes!

A Black Friday é uma das datas mais esperadas pelos consumidores, mas também uma das que mais atraem golpistas. De promoções falsas a sites clonados, as tentativas de fraude aumentam significativamente no período. Este ano, com a chegada de novas formas de compra como TikTok Shop e YouTube Shopping, o cenário de risco se amplia: produtos virais, anúncios falsos e ofertas irresistíveis são algumas das armadilhas usadas para enganar consumidores. Segundo a LOI, agência global de marketing de influência, o crescimento do social commerce exige atenção redobrada para não transformar a busca por descontos em dor de cabeça.

“Durante a Black Friday, o comportamento do consumidor muda: há uma pressa maior para aproveitar oportunidades e uma redução no senso crítico diante de preços baixos. Os golpistas se aproveitam exatamente desse impulso”, explica Zé Lucas Dias, Analista de Criação da LOI.

Nos últimos meses, fraudes envolvendo plataformas populares, como o TikTok Shop, também acenderam o alerta. Diversos vídeos com milhões de visualizações anunciaram falsamente produtos virais, como os Bobbie Goods, livros de pintura infantil que se tornaram febre entre influenciadores e direcionaram consumidores a sites falsos que imitavam a loja oficial. Segundo a LOI, esse tipo de golpe deve se intensificar durante a Black Friday, quando o número de anúncios e compras impulsivas aumenta.

“Essas armadilhas exploram a confiança gerada por vídeos com aparência legítima e avaliações falsas. Com a Black Friday, a atenção cai e o número de vítimas tende a crescer”, reforça Zé.

Para ajudar os consumidores a se protegerem, o especialista reuniu cinco orientações práticas que ajudam a evitar armadilhas digitais e golpes comuns nessa época do ano.

1. Desconfie de promoções recebidas por mensagens ou redes sociais

Links compartilhados via WhatsApp, SMS ou perfis no Instagram com “super descontos” costumam direcionar para sites falsos. “Um golpe comum é usar páginas com o visual idêntico ao de grandes varejistas, como Amazon, TikTok Shop ou Shopee, para capturar dados de cartão de crédito”, alerta. Prefira sempre digitar o endereço da loja diretamente no navegador.

2. Verifique se o site é oficial e seguro

Antes de inserir qualquer dado pessoal, confira se o site tem o cadeado de segurança (HTTPS) e se o domínio é legítimo. “Fraudadores criam variações sutis, como magazineluizaa.com, para enganar o consumidor apressado”, complementa Zé.

3. Cuidado com ofertas em anúncios de vídeo e perfis falsos

Durante a Black Friday, é comum ver anúncios nas redes com produtos virais, como eletrônicos e brinquedos, a preços muito abaixo da média. Esses vídeos podem usar imagens de influenciadores reais ou marcas conhecidas sem autorização. “Foi exatamente o que aconteceu no caso dos Bobbie Goods no TikTok Shop: anúncios falsos se multiplicaram usando vídeos legítimos para atrair cliques. O consumidor deve sempre confirmar se o link de compra leva à loja oficial”, explica o especialista.

4. Evite pagar por Pix em lojas desconhecidas

Embora o Pix seja rápido e prático, ele é o meio de pagamento preferido em golpes, já que as transferências são instantâneas e difíceis de reverter. Dê preferência a métodos que ofereçam proteção ao consumidor, como cartão de crédito ou carteiras digitais reconhecidas.

5. Use comparadores e monitore preços antes da Black Friday

Fraudadores também se aproveitam da “falsa promoção”, elevando preços dias antes para aplicar descontos fictícios. “Ferramentas como o Buscapé e o Zoom ajudam a verificar o histórico de preços e garantem que o desconto é real”, recomenda Zé.

Segundo o especialista, a principal dica é manter a calma e não agir por impulso. “A Black Friday é uma ótima oportunidade de compra, mas só vale a pena se o consumidor estiver seguro. Informação e atenção continuam as melhores formas de evitar prejuízo”, conclui Zé Lucas.

Dia da Segurança da Informação: treinamentos aumentam a conscientização digital em 89% das empresas

Treinamentos de conscientização já melhoraram a postura cibernética de 89% das organizações, segundo o relatório da Fortinet, mas o elemento humano ainda está presente em 60% das violações, conforme o Data Breach Investigations Report (DBIR) 2025 da Verizon. A proximidade do Dia da Segurança da Informação, celebrado em 30 de novembro, intensifica a mobilização das empresas para reduzir riscos humanos. Nesse contexto, a LC SEC, consultoria especializada em segurança da informação e compliance, amplia sua campanha anual, iniciada em outubro, para reforçar práticas de segurança no dia a dia e acelerar a transformação comportamental dos times.

A campanha, que começou com módulos básicos de conscientização e simulações de phishing nas empresas, evolui agora para treinamentos segmentados por função, sessões interativas e novas métricas de engajamento. A proposta é conectar conteúdo de segurança diretamente às rotinas operacionais e ampliar o impacto das ações internas. A consultoria também passará a entregar relatórios trimestrais de “ponte humana”, reunindo indicadores como taxa de clique em simulações, tempo de reporte de incidentes e participação em treinamentos, parâmetros que ajudam a medir maturidade, exposição ao risco humano e ROI das iniciativas.

O programa inclui treinamentos semestrais personalizados, com conteúdos adaptados à realidade de cada cliente; onboarding de segurança para novos colaboradores; drops mensais de segurança com orientações práticas para o dia a dia; e participação de todos os setores da empresa, não apenas da equipe de TI. Todo o modelo foi desenvolvido para facilitar a aplicação do conhecimento na rotina e apoiar a conformidade com normas como LGPD, ISO 27001 e PCI DSS.

Fundada por Luiz Claudio, especialista em compliance internacional, a LC SEC atua no Brasil e na Europa com um portfólio que inclui Pentest, gestão de riscos, threat intelligence e programas contínuos de conscientização. Para o executivo, o avanço das ameaças exige que as empresas tratem educação digital como um elemento permanente: “As ameaças evoluem mais rápido que os processos internos, e o trabalho híbrido ampliou a superfície de ataque”, explica.

Mesmo com treinamentos básicos, muitos colaboradores ainda mantêm hábitos antigos ou não percebem seu papel no risco cibernético. Luiz Claudio reforça que, especialmente em mercados regulados ou dependentes de certificações, a cultura de segurança deixou de ser requisito técnico e passou a ser requisito estratégico. “Nosso foco agora é transformar mentalidade e reduzir a vulnerabilidade humana, que segue sendo um dos pontos mais críticos das organizações”, pontua.

A tendência é global. A Zion Market Research estima que o mercado de conscientização saltará de US$ 4,3 bilhões em 2023 para US$ 21,12 bilhões até 2032, impulsionado por exigências regulatórias e pela sofisticação crescente dos ataques. A KnowBe4, por sua vez, aponta que programas eficazes podem reduzir em até 65% a probabilidade de vazamentos, reforçando o papel do colaborador como agente de defesa.

Luiz Claudio destaca que a intensificação da campanha marca a virada entre “fazer o curso” e adotar segurança como comportamento cotidiano: “Ainda existe a percepção de que awareness é um checklist, mas isso não funciona mais. A maturidade real só aparece quando cada colaborador entende o impacto das próprias ações. Nosso objetivo é apoiar as empresas nessa mudança cultural”, conclui.

ESPM reúne entidades do mercado e lança o movimento “Marketing & Advertising Review” para pensar os rumos do marketing e da comunicação no Brasil

A ESPM, escola de negócios autoridade em marketing para América Latina com DNA de criatividade, inovação e tecnologia, lança o Marketing & Advertising Review, um movimento coletivo dedicado à revisão crítica e à inovação no setor da comunicação. A iniciativa reúne organizações e associações do mercado em uma plataforma colaborativa para cocriar soluções, debater dilemas reais, antecipar tendências e fortalecer o ecossistema que integra academia, marcas, agências, profissionais e criadores. Entre as entidades que integram o movimentam estão: Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP), Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD), Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), Associação Brasileira de Out of Home (ABOOH), Associação de Marketing Promocional (AMPRO), Associação de Professores de Comunicação e Marketing (APCM), Associação dos Profissionais de Propaganda (APP), Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário (CENP) e Fundação Brasileira de Marketing (FBM). 

“Associar-se ao Marketing & Advertising Review é assumir protagonismo em um ambiente de transformações aceleradas, participando da construção de respostas para temas centrais como a regulação da comunicação em períodos eleitorais, o combate à desinformação, o uso ético da Inteligência Artificial e a valorização da diversidade”, diz Fernando Cesário, CMO da ESPM. “Este é o momento de fortalecer pontes, ampliar vozes e garantir que a visão coletiva do setor seja respeitada e reconhecida.”

O movimento nasce com a proposta de revisitar os fundamentos da publicidade e do marketing à luz das transformações sociais, políticas e tecnológicas que impactam profundamente a área. Seu primeiro desdobramento será o módulo central “As Forças que Redesenham o Marketing e a Comunicação“, desenvolvido e conduzido pela ESPM. Os módulos específicos serão assinados por uma das organizadoras apoiadoras do manifesto, trazendo perspectivas próprias, repertórios distintos e leituras complementares sobre comportamento, consumo, estratégia e criatividade.

Com formato híbrido, o programa – ainda com data de lançamento a ser definida para o primeiro semestre de 2026 – combina aulas online ao vivo com encontros presenciais no campus da ESPM TECH em São Paulo, com foco em práticas de mercado, oficinas interativas e oportunidades de networking. O objetivo é preparar profissionais para os desafios contemporâneos da comunicação, abordando temas como inteligência artificial, mudanças no comportamento do consumidor e novas exigências éticas e regulatórias.

As entidades contribuem com a indicação de especialistas, participação em debates, oficinas e eventos, além do apoio na legitimação e divulgação da iniciativa junto às suas bases. Parceiros também contam com benefícios exclusivos, como bolsas de estudo, descontos para associados e comissionamento sobre matrículas realizadas a partir de suas indicações.

Segundo Caio Bianchi, diretor acadêmico de Graduação, Ecossistemas e Educação Continuada da ESPM, o Marketing & Advertising Review ESPM surge como um movimento que reúne as principais lideranças do setor para repensar o presente e projetar o futuro da comunicação no Brasil. “Um espaço vivo onde academia e mercado se encontram para trocar experiências, questionar caminhos, provocar novas possibilidades e construir conhecimento para uma indústria mais ética, inovadora e sustentável”, diz. 

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