Início Site

E-commerce em alta: como prevenir litígios e proteger a reputação da marca

Segundo dados da Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-Commerce (AbiaCom), o setor movimentou aproximadamente R$ 204 bilhões em 2024, o que representa um aumento de cerca de R$ 18 bilhões em relação ao ano anterior, atingindo mais de 91 milhões de consumidores ativos em todo o país[1], consolidando o comércio eletrônico como um dos principais canais de consumo no país — e um terreno cada vez mais sensível à reputação das marcas.

Esse crescimento, no entanto, vem acompanhado de novos desafios. Em períodos de alta demanda — como a Black Friday e o final do ano, quando o volume de compras cresce de forma exponencial —, a pressão sobre os sistemas logísticos, de pagamento e de atendimento ao cliente tende a se intensificar.

Com isso, eleva-se também o risco de falhas operacionais, como atrasos na entrega, cancelamentos, dificuldades com trocas e devoluções do produto, que podem rapidamente se converter em reclamações públicas e demandas judiciais, atingindo a reputação da empresa.

Hoje, o primeiro reflexo de uma falha raramente ocorre no Judiciário. Ele surge nas telas dos consumidores, os quais costumam se manifesta em plataformas como o “Procon”, “Reclame Aqui” e, principalmente, as redes sociais, que se tornaram os principais canais de formalização de reclamações pelo público, na busca de uma solução célere e menos burocrática para seus problemas.

Logo, tais espaços deixaram de ser apenas meios de registro de demandas e passaram a desempenhar papel decisivo na formação da reputação das empresas. Neles, a resposta rápida — ou a ausência dela — é capaz de definir a percepção pública da marca, impactando diretamente a confiança, a credibilidade e até as vendas futuras.

Quando essas reclamações não são tratadas com eficiência, a escalada é quase inevitável: o conflito extrajudicial se transforma em ações judiciais, ampliando os custos e a exposição negativa da empresa. O litígio, nesse contexto, não representa apenas um desafio jurídico, mas também um custo estratégico e de imagem, uma vez que cada ação judicial representa um registro público de insatisfação, implicando em tempo, energia e recursos, que deixam de ser direcionados à atividade-fim.

Os gastos com custas processuais e condenações se somam aos riscos de decisões desfavoráveis que, além de gerar impactos financeiros, contribuem para o desgaste da imagem e podem servir de precedente para novas demandas. Assim, a empresa passa a enfrentar não apenas o aumento quantitativo do contencioso, mas também um efeito multiplicador de desgaste reputacional.

Diante desse cenário, é essencial que as companhias mantenham atenção redobrada aos procedimentos internos e ao cumprimento das normas previstas no Código de Defesa do Consumidor, especialmente em épocas como a Black Friday e o final de ano, dado o aumento significativo no volume das compras.

Nesse contexto, a clareza das informações, a eficiência no atendimento, o cumprimento de prazos e a efetividade nas trocas e devoluções são medidas indispensáveis.

Empresas que tratam o tema com visão estratégica, integrando as áreas jurídica, de atendimento e de comunicação, não apenas reduzem riscos de litígio, mas constroem valor de marca, transformando desafios em oportunidades de fidelização.

*Rebecca Bissoli Raffa é especialista da área Cível do escritório Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados.

*Fernanda Casagrande Stenghe integra a equipe Cível do escritório Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados.

Black Friday assume a liderança do varejo e transforma o calendário de consumo

Durante anos, o Natal reinou absoluto como o auge do comércio, mas o avanço do digital e a mudança no comportamento de consumo reposicionaram o calendário e hoje, a Black Friday é o evento mais aguardado pelo varejo brasileiro. 

Segundo a Neotrust, as vendas online ultrapassaram 7,1 bilhões de reais em 2023, um crescimento de 15% sobre o ano anterior, e a expectativa para 2025 é de nova expansão, sustentada pela confiança do consumidor e por estratégias cada vez mais sofisticadas de e-commerce.

Mas o fenômeno não é apenas sobre descontos. Trata-se de um novo modelo de antecipação de compras e de relacionamento entre as marcas e os consumidores. “O cliente atual não quer só pagar menos. Ele está bastante consciente das maquiagens nos preços, então busca descontos que realmente valem a pena, ele pesquisa, faz a curadoria e leva em consideração a experiência como um todo, inclusive a idoneidade da empresa”, afirma Daniela Costa, fundadora da Homedock, loja virtual de móveis e decoração. A especialista completa que o período concentra mais de 15% das vendas anuais da empresa. “A Black Friday deixou de ser uma ação promocional e virou uma operação estratégica, com planejamento de meses e integração de toda a cadeia”, diz.

Para os analistas de mercado, de fato, a Black Friday se tornou uma vitrine de eficiência empresarial, marcas que conseguem aliar tecnologia, atendimento e entrega consolidam reputação e ampliam o ticket médio. “É uma data que testa a capacidade de execução das empresas e o nível de confiança do público”, revela Daniela. Na Homedock, o período impulsiona também a fidelização: mais da metade dos clientes que compram na promoção voltam a comprar nos meses seguintes.

Esse movimento consolida um novo ciclo econômico no varejo brasileiro. As empresas estruturam o ano em torno de novembro, concentrando investimentos em marketing, tecnologia e estoque. O Natal, ainda relevante, agora é uma extensão natural da onda de consumo iniciada pela Black Friday porque o calendário mudou, e com ele, a forma de vender e comprar. Hoje, o desconto é apenas o ponto de partida de uma relação que mistura estratégia, experiência e conveniência — os novos pilares do comércio contemporâneo.

“Somos uma empresa que nasceu e se firmou no ambiente digital e fazemos parte da geração que entende o consumo como um processo não apenas emocional, mas racional também. Estamos empenhados com a data e vamos atuar fortemente com coleções sazonais e campanhas baseadas em dados para captar o comportamento do público, um mapeamento que vai permitir calibrar os estoques e direcionar ofertas em 2026 com mais precisão”, finaliza a empresária Daniela Costa. 

Promobit revela qual a melhor hora para comprar na Black Friday

Estudo realizado pelo Promobit, comunidade de ofertas do grupo CASH3, aponta que o período entre as 22h da quinta-feira, 27 de novembro e a 1h da sexta-feira, 28 de novembro deve ser o melhor horário para aproveitar as ofertas durante a Black Friday 2025. O levantamento considerou a quantidade média de ofertas publicadas e a porcentagem de descontos, desde o primeiro minuto da quinta-feira até as 23h59 da segunda-feira seguinte à Black Friday, entre os anos de 2021 e 2024. De acordo com os dados, o período entre 22h de quinta-feira e 1h de sexta-feira se destaca como o de maior volume de ofertas, com picos de 234 ofertas às 22h, 224 ofertas às 23h e 226 ofertas entre 0h e 1h da sexta-feira. Nesses horários, o desconto médio observado foi de 36%, refletindo boas oportunidades para os consumidores que buscam as melhores promoções.

A sexta-feira da Black Friday também garante boas oportunidades de compras para quem não consegue aproveitar a virada. Em média, a plataforma do Promobit recebe, em média 3200 ofertas – volume 400% maior que a média dos outros meses – e desconto de 36%. O dia com maior desconto médio é o domingo, com 37% para 925 ofertas.

Os melhores horários para comprar entre quinta e domingo

Além do período que abrange o final da noite de quinta-feira e o início da madrugada de sexta, que tradicionalmente concentra a maior quantidade de ofertas, a tarde de sexta-feira também oferece grande volume de ofertas aos consumidores, especialmente entre 14 e 17 horas quando a quantidade média de ofertas é de 190 às 14 horas, com desconto de 36% e às 15 horas quando o volume sobe para 201 ofertas e a média de desconto chega a 35%. O início da noite de quinta, entre 18h e 21h também apresenta aumento considerável de ofertas com pico de 195 ofertas e desconto médio de 35%.

“Os dados do nosso levantamento com 480 horas analisadas confirmam que o período da virada, entre 22h de quinta e 1h de sexta, é o ‘horário nobre’ da Black Friday. Naturalmente, é também quando os consumidores estão mais alertas e essa combinação faz com que as melhores promoções se esgotem muito rápido, o que reforça a vantagem dos usuários do Promobit, que recebem alertas automáticos e contam com uma curadoria para encontrar fácil as melhores ofertas e conseguir comprar antes que elas acabem “, explica Daniela Fagundes, CEO do Promobit.


A segunda-feira pós Black Friday, conhecida como Cyber Monday, e que historicamente concentra uma quantidade maior de promoções de produtos tech como eletrônicos e itens de informática, também é relevante quanto à quantidade de oportunidades de compra, com média de ofertas 34% superior à registrada no sábado e domingo. Destaque para as 17h de segunda-feira com média de 119 ofertas e 35% de desconto. Outros horários para os quais o consumidor deve se preparar para aproveitar boas promoções na Cyber Monday são às 15h, com média de 113 ofertas e cerca de 39% de desconto, e às 20h, faixa de horário com o maior desconto médio da segunda, 43%, para 61 ofertas.

Horários com mais ofertas por categoria de produto

O estudo também analisou a quantidade média de ofertas por hora e a porcentagem de descontos das categorias de produtos mais buscadas durante a Black Friday.

  • Roupas e calçados femininos: melhores horários são na quinta-feira, destaque para as 14h com média de 11 ofertas e desconto de 44% e às 22h quando o pico de ofertas volta ao patamar de 11 em média por hora. A sexta-feira também é relevante às 17h com 16 ofertas e desconto de 38%
  • Roupas e calçados masculinos: o pico de ofertas para a categoria acontece das 18h às 19h da sexta-feira com média de 16 ofertas e desconto de 56%. Outro bom horário para aproveitar as ofertas de roupas e calçados acontece entre às 18h e 19h de quinta-feira, com média de 15 ofertas e 48% de desconto.
  • smartphones: O início da noite de quinta-feira é, segundo o levantamento, o horário que concentra a maior quantidade de ofertas, sendo o período de 18h às 19h o pico com 15 ofertas e desconto de 48%, seguido pela primeira hora da sexta-feira, entre 0h e 01h, com médias de 14 ofertas e 32% de desconto.
  • Informática (PCs, notebooks e periféricos e outros): horários de pico vão de 10h da manhã da quinta até 1h da manhã da sexta, sendo a quinta-feira às 22h o melhor horário com média de 35 ofertas e 34% de desconto médio, voltando a ter alta no volume de ofertas entre 00h e 01h da sexta, com desconto médio de 33% para cerca de 28 ofertas.
  • Eletrônicos Áudio e Vídeo (TV, fones de ouvido, caixas de som): a chance de encontrar promoções para essa categoria de produtos é maior entre 10h da manhã da quinta-feira até 1h da manhã da sexta. com picos de ofertas às 22h da quinta feira, (21 ofertas) e às 00h da sexta-feira, 11 ofertas e desconto médio de 26%.
  • Eletrodomésticos: entre 19 e 20 horas de quinta-feira a quantidade de ofertas já cresce, chegando a 12 ofertas em média no período e desconto de 29%. Outro bom horário para comprar de acordo com o levantamento é entre meia noite e 1h da manhã da sexta-feira, 11 ofertas em média e desconto de 26%.
  • Games: na meia-noite da quinta é o melhor horário para encontrar ofertas de games, com média de 20 ofertas e desconto de 66%. O volume de ofertas volta a acrescer entre 00h e 1h de sexta-feira com 17 ofertas e 54% de desconto médio.

Horários com os maiores descontos podem ter menor volume de ofertas

Ao longo dos cinco dias analisados, alguns períodos apresentaram uma porcentagem maior de desconto, mesmo tendo uma quantidade menor de ofertas. Ainda assim são horários que podem ser vantajosos para os consumidores que buscam boas oportunidades de compra de itens menos procurados ou mais de nicho. Um bom exemplo é o início da quinta-feira, à 1h da manhã, quando o desconto médio chega a 43%, porém com média de 47 ofertas.

A quantidade de promoções cai bastante durante o sábado e domingo em comparação à sexta-feira, mas também é possível encontrar descontos agressivos durante o final de semana. No início do sábado, entre 00h e 01h da manhã, o consumidor pode encontrar bons descontos, com média de 43% para cerca de 77 ofertas, enquanto no domingo, às 12h, a relação entre quantidade de ofertas e tamanho do desconto fica mais equilibrada com 73 promoções e um desconto médio de 38%.

“Embora o volume de ofertas caia no fim de semana, os descontos podem ser bastante agressivos. Esses horários alternativos são ideais para as ‘compras de oportunidade’. No entanto, para garantir que essa compra não planejada seja vantajosa, é crucial validar o desconto. Nosso comparativo de preços cumpre exatamente esse papel: ele mostra o histórico do produto e permite ao usuário ter certeza de que aquela promoção é real e vale a pena, mesmo que não tenha sido uma compra planejada anteriormente”, conclui Daniela.

Expectativa do consumidor: produtos mais buscados e a variação de preço

Em complemento à análise de horários, o Promobit também monitorou as intenções de compra dos consumidores, analisando o volume de buscas por produtos em sua plataforma. O levantamento revelou um ranking dos itens mais buscados em outubro de 2025 na plataforma, além de uma comparação com o preço médio praticado até a 1° quinzena de novembro, mostrando que alguns itens já apresentavam queda de preço antes mesmo da Black Friday, enquanto outros sofreram um ligeiro aumento.

ProdutoMédia de preço Out/25Média de preço Nov/25Variação (%)TênisR$ 269,60R$ 282,360,0473iPhoneR$ 4.377,96R$ 3.888,70-11,18%SmartphoneR$ 1.957,27R$ 1.697,54-13,37%Smart TVR$ 2.631,46R$ 2.404,86-8,61%NotebookR$ 3.085,85R$ 3.302,490,0702PS5R$ 3.406,36R$ 3.298,97-3,20%Tênis masculinoR$ 282,02R$ 291,910,0351Ar condicionadoR$ 2.259,00R$ 2.192,30-3,00%PerfumeR$ 229,82R$ 238,750,0388

O levantamento mostra que o Tênis lidera com folga a lista dos produtos mais procurados, totalizando 110.571 buscas em outubro. Em contrapartida, o preço médio do item subiu ligeiramente (4,73%) de Outubro para Novembro, um alerta para o consumidor. Já categorias de alto valor agregado, como iPhone (-11,18%) e Smartphone (-13,37%), já apresentavam quedas significativas de preço médio, indicando uma antecipação de ofertas por parte do mercado.

Média de ofertas e desconto por dia
 

Experiência de compra agêntica: assistentes de IA impulsionam crescimento de 119% no tráfego online do varejo

Impulsionados pelo rápido surgimento de plataformas de IA para consumidores e novos canais onde as pessoas descobrem marcas e produtos, como o ChatGPT, os volumes de tráfego online gerados por assistentes de IA cresceram 119% ano a ano na primeira metade de 2025. De acordo com dados da Salesforce, espera-se que os agentes inteligentes impulsionem também 22% dos pedidos globais durante a Cyber Monday. Essa mudança no comportamento de compra apresenta um duplo desafio para os varejistas: alcançar eficientemente os compradores nesses novos pontos de contato impulsionados por IA, mantendo ao mesmo tempo o valor da marca, a voz e o controle sobre o relacionamento com seus clientes.

Nesse cenário, o Agentforce Commerce surge como a primeira plataforma projetada para dar aos varejistas controle total sobre toda a jornada de compra com agentes de IA, superando soluções pontuais fragmentadas para unificar as experiências de marca e os relacionamentos com os clientes em cada ponto de contato. As inovações da plataforma permitem que as marcas disponibilizem seus catálogos de produtos sem atrito para novos canais de IA para consumidores, como o ChatGPT, para potencializar a captação de clientes, ao mesmo tempo em que oferecem experiências personalizadas com agentes de IA em seus próprios canais para aumentar significativamente a lealdade e o valor do cliente.

Marcas globais líderes como Pandora e Pacsun já estão usando o Agentforce Commerce para criar experiências inteligentes e conectadas que se adaptam aos clientes onde quer que estejam. Para a Pandora, isso significa automatizar consultas rotineiras como “Onde está meu pedido?” e perguntas frequentes sobre produtos, alcançando um aumento de 10% em seu net promoter score, enquanto as recomendações impulsionadas por IA em sua vitrine digital geram mais pedidos, tráfego e maior valor médio por pedido. Por sua vez, a Pacsun está reforçando seu vínculo com a Geração Z e a Geração Alpha usando plataformas como o ChatGPT para oferecer experiências de compra integradas e conteúdos alinhados com este público em todos os seus canais.

O Agentforce Commerce está entregando capacidades novas e transformadoras que abrangem toda a jornada de compra com agentes de IA. Estamos impulsionando essas experiências com agentes em cada ponto de contato com o cliente, desde a descoberta do produto até a finalização do checkout, seja no site da marca, em seu aplicativo móvel, na loja física ou em canais como o ChatGPT. O Agentforce Commerce é a plataforma unificada que conecta todo este processo, permitindo que nossos clientes não apenas participem do futuro agente, mas realmente o liderem e o definam” – Nitin Mangtani, SVP & GM, Agentforce Commerce & Retail.

A Salesforce já oferece um comércio omnicanal, garantindo a interação com compradores no Instagram, TikTok, aplicativos de mensagens e muitos outros. Para liderar a próxima era do comércio, a Salesforce está construindo novas inovações sobre protocolos de agentes abertos e modernos para estender o alcance das marcas diretamente para a nova fronteira da IA voltada para o consumidor e os ecossistemas de pagamentos.

Integração nativa com ChatGPT em um futuro próximo: as integrações com canais de IA para consumidores de terceiros permitirão em breve que as marcas integrem seu catálogo de produtos e seus preços por meio da conectividade sob o Agentic Commerce Protocol (ACP).

A integração do Agentic Commerce Protocol (ACP) com o Stripe permite uma experiência de compra e pagamento instantânea, nativa e impulsionada por IA, para os consumidores diretamente em canais como o ChatGPT.

Aliança com o Google Agent Payments Protocol (AP2), que apoia a integração no protocolo aberto do Google para iniciar e executar pagamentos guiados por agentes entre plataformas de forma segura.

Agentes em canais próprios: o Agentforce Commerce oferece uma experiência de marca integral em todos os pontos de contato próprios, incluindo vitrines online, aplicativos móveis, loja física, merchandising e canais de fulfillment. As marcas agora podem implantar agentes personalizados, treinados completamente com dados da empresa e dos compradores, como pedidos, inventários de produtos e catálogos. Esses agentes ajudam diretamente os clientes com a descoberta, as recomendações de produtos, FAQs complexas e um checkout fluido. Agora, varejistas podem oferecer experiências de “agentes” verdadeiramente personalizadas, garantindo o controle total da marca e a localização em uma escala sem precedentes.

O Guided Shopping impulsiona taxas de conversão mais altas e carrinhos de compra maiores por meio de compras conversacionais guiadas por agentes. A inovação transforma a experiência entre agente e comprador com conteúdo enriquecido nas páginas de produto, carrosséis de imagens interativos e checkout com um clique ao dobro da velocidade. As novas capacidades de localização facilitam conversas em qualquer geografia, em sete idiomas.

O Order Routing for Order Management melhora a eficiência do comerciante por meio da automação “agente” que otimiza a alocação de pedidos, minimizando custos e maximizando a receita por meio de redes de fulfillment complexas.

O Agentforce Actions for Merchandising executa de forma proativa tarefas de merchandising, como impulsionar ou relegar produtos de maneira autônoma para otimizar os resultados de busca e as conversões, com base em dados de catálogo e insights de compra em tempo real.

O Agentforce Actions for POS empodera os gerentes de loja com ferramentas de compra guiada por agentes e clienteling, oferecendo informações contextuais de produto e lealdade para proporcionar experiências altamente personalizadas na loja.

O Agentforce impulsiona toda a experiência de compra impulsionada por agentes de IA, elevando cada experiência de marca e cada interação com o cliente. Com uma base de dados essencial, os varejistas podem aproveitar o Data 360 Zero Copy Access for Commerce para unificar a vitrine de comércio online, marketing e serviço com perfis de clientes em tempo real, melhorando a personalização e as experiências de marca unificadas.

Ao integrar experiências de compra de agentes impulsionadas pela Salesforce em nossos canais digitais, estamos redefinindo a jornada de compra online. Nossos agentes de IA, como Gemma, nos permitirão ter um diálogo real com os compradores, pegando o melhor de nossa experiência na loja, altamente personalizada e de alto contato, e a levando ao ambiente online. Isso é mais do que comércio: trata-se de usar IA confiável e dados unificados para guiar cada cliente, fazendo com que se sinta compreendido, acompanhado e valorizado. Este movimento estratégico diferencia a Pandora e nos posiciona para o futuro do varejo” – David Walmsley, Chief Digital & Technology Officer, Pandora.

O propósito da Pacsun é inspirar a próxima geração de jovens e construir uma comunidade baseada na inovação e na autenticidade em cada canal emergente. Acreditamos que a integração do Agentforce Commerce com a OpenAI representa uma oportunidade poderosa para estender nossos produtos a plataformas de IA como o ChatGPT, transformando conversas em interação significativa e relacionamentos duradouros com nossos clientes da Geração Z e da Geração Alpha” – Shirley Gao, Chief Digital & Information Officer, Pacsun.

Ao construir experiências de IA de agentes com o Agent Payments Protocol (AP2), a Salesforce e o Google estão permitindo que os clientes facilitem transações entre plataformas de forma segura e sem atrito” – Rao Surapaneni, VP & GM, Business Application Platform, Google Cloud. 

Estamos entusiasmados em firmar uma parceria com a Salesforce para ajudar os comerciantes que usam o Agentforce Commerce a prosperar na era do comércio de agentes. Juntamente com a OpenAI, estamos permitindo que as empresas alcancem milhões de novos compradores, ajudando a converter a descoberta de produtos dentro do ChatGPT” – Maia Josebachvili, Chief Revenue Officer, AI, Stripe.

Lojistas podem recuperar 43% das vendas com IA na Black Friday

Transações negadas pelo emissor do cartão, problemas técnicos na comunicação com a adquirente e timeouts na autorização são alguns exemplos de obstáculos que boa parte dos negócios online vivenciará em escala na próxima Black Friday. No setor de pagamentos, esse tipo de perda ainda é tratado como inevitável, e representa bilhões em receita desperdiçada todos os anos. Com uma nova inteligência artificial proprietária integrada à sua infraestrutura de pagamentos, a Barte, fintech que oferece um sistema modular de soluções de pagamento para médias e grandes empresas, pretende recuperar 43% das vendas perdidas por lojistas. 

Lançada oficialmente em setembro deste ano, a ferramenta automatiza um processo do pós-venda que ainda ocorre manualmente no mercado de pagamentos. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o uso de cartões na internet, em aplicativos e outros tipos de compras não presenciais atingiu R$ 979,4 bilhões em pagamentos não presenciais em 2024. Outro dado do ano passado, do relatório da PYMNTS/Spreedly, mostra que mais de 10% das transações online falharam para os ecommerces. Segundo a Barte, a solução é pioneira no Brasil, atua em tempo real e apresenta eficácia 45,5% superior a sistemas próprios usados por alguns clientes, realizando recuperações em até duas horas. 

Quando uma transação é recusada, a IA aciona automaticamente o comprador via WhatsApp, explica o motivo da recusa e orienta sobre como aprovar a compra. A tecnologia também realiza uma ligação automática complementar, quando necessário, aumentando significativamente a taxa de recuperação, tudo de forma natural, rápida e integrada à infraestrutura de pagamento da Barte.

“Produtos baseados em inteligência artificial já respondem por cerca de 10% das nossas receitas. Mesmo tendo uma das maiores taxas de aprovação do mercado (98%), aqui, nosso foco é transformar o pós-checkout em um ativo de negócio. Ao automatizar esse processo, eliminamos fricções que antes pareciam naturais, mas que custam milhões em receita”, afirma Raphael Dyxklay, presidente e cofundador da Barte. 

Após seu lançamento, a solução começou a ser ativada por diferentes empresas e já mostrou eficiência na recuperação de vendas recusadas. Durante novembro, a ferramenta estará disponível sem custo adicional para ativação. A empresa ainda avalia estender a tecnologia para além de sua base atual de clientes. 

Trocafone antecipa Black Friday e traz iPhone 11 com até 60% de desconto, cupons progressivos e parcelamento em 21 vezes

A Trocafone, pioneira no recomércio de eletrônicos e com mais de 2,5 milhões de aparelhos comercializados desde 2014, anuncia sua campanha de Black Friday com até 60% de desconto, frete grátis e parcelamento em até 21 vezes. O destaque da ação é o iPhone 11 de 64 GB, um dos modelos mais procurados pelos brasileiros, que entra na promoção com cupons progressivos exclusivos válidos a partir de 19 de novembro.

A campanha conta com quatro faixas de cupons que garantem descontos adicionais sobre o valor final.

  • R$ 25 de desconto em compras até R$ 999 com o código TR0CA25
  • R$ 50 de desconto em compras acima de R$ 999 com o código TR0CA50
  • R$ 100 de desconto em compras acima de R$ 2.000 com o código TR0CA100
  • R$ 200 de desconto em compras acima de R$ 3.500 com o código TROCA200

Além dos descontos, a Trocafone oferece frete gratuito para pedidos acima de R$ 1.600 e parcelamento em até 21 vezes, ampliando o acesso a dispositivos premium com garantia e procedência verificada.

Mercado de seminovos

O lançamento da campanha ocorre em um momento de expansão do mercado de recommerce no Brasil. Um levantamento da própria Trocafone mostra que 60% dos brasileiros trocam de celular a cada dois ou três anos. O estudo revela também que o comprador de seminovos é cada vez mais digital e criterioso, utilizando o smartphone para trabalho, estudo, lazer e consumo de conteúdo. Esse comportamento impulsiona a procura por modelos como o iPhone 11, que combina desempenho, câmera e design premium com preço mais acessível.

Segundo o CEO da Trocafone, Flavio Peres, a iniciativa reflete o amadurecimento do consumidor e o avanço do mercado de seminovos no país. “Estamos combinando descontos agressivos, cupons progressivos e condições especiais de pagamento. Esse movimento reforça nosso posicionamento em um mercado que cresce rapidamente e que vem sendo cada vez mais valorizado por consumidores que buscam performance e preço justo”, afirma.

Com a confiança de mais de 92 mil consumidores analisados em seu levantamento nacional, a Trocafone pretende reforçar, nesta Black Friday, o propósito de democratizar o acesso à tecnologia com segurança, economia e impacto positivo.

Primeiro e-commerce de locação de equipamentos do Brasil marca avanço na digitalização do setor

A Loxam Brasil lançou o primeiro e-commerce destinado à locação de máquinas e equipamentos no país, movimento que acompanha a tendência de digitalização da cadeia da construção civil e de infraestrutura. A iniciativa marca um avanço no setor, historicamente baseado em negociações presenciais ou por telefone, e que agora passa a contar com uma alternativa totalmente online para contratação de equipamentos.

A digitalização tem sido apontada por especialistas como um dos caminhos para aumentar eficiência, reduzir prazos e ampliar o acesso a pequenas construtoras e profissionais autônomos. Com operação em 9 estados e 25 filiais, a Loxam passou a disponibilizar um sistema que permite ao usuário pesquisar, comparar categorias de máquinas, verificar disponibilidade e concluir a contratação pela internet. A empresa afirma que o processo de locação, que antes dependia de etapas manuais, passa a ser realizado de forma automatizada, com confirmação digital e entrega programada.

“Somos a primeira empresa de aluguel de máquinas no Brasil que efetivamente fecha o negócio pela internet. A contratação pode ser feita em poucos passos, e o cliente recebe o equipamento onde preferir, na obra, na empresa ou em casa. Isso reduz prazos e amplia autonomia para quem precisa de agilidade”, afirma Guilherme Boog, diretor da Loxam Brasil.

A digitalização também busca responder a mudanças no comportamento dos consumidores do setor. Construtoras e profissionais têm demandado mais transparência de preços, previsibilidade na entrega e processos menos burocráticos. 

O projeto faz parte de um pacote de investimentos da Loxam no Brasil, alinhado à estratégia global do grupo, presente em mais de 30 países. A expectativa é de que o canal online contribua para acelerar o ritmo de atendimento e ampliar a capacidade operacional, sobretudo em regiões onde a presença física é menor.

A empresa estima que o e-commerce possa impulsionar o volume de contratações ao longo dos próximos anos, acompanhando a tendência de migração de serviços para o ambiente digital observada também em mercados maduros da Europa e dos Estados Unidos, onde modelos semelhantes já operam há mais de uma década.

O preço certo no momento certo: como a precificação inteligente está redesenhando o varejo

R$ 2,6 trilhões. Esse é o volume que o varejo brasileiro movimenta anualmente, segundo dados recentes do IBGE. Mas por trás desse número monumental, esconde-se um paradoxo: enquanto a escala do setor cresce, a margem de manobra dos varejistas encolhe. Pressionados pela volatilidade do consumo, por uma concorrência agressiva e por clientes cada vez mais sensíveis a preço, muitos ainda baseiam suas decisões comerciais em planilhas manuais, regras fixas e uma intuição que já não acompanha o ritmo do mercado. Em um mercado tão dinâmico, precificar mal não é apenas perder rentabilidade — é correr o risco de ficar para trás.

Para solucionar esse gap, algumas empresas estão olhando para novas tecnologias que tornam a precificação mais inteligente: o uso de tecnologias como inteligência artificial, análise preditiva e automação para ajustar preços de forma dinâmica, baseada em dados reais de comportamento de consumo, concorrência, demanda e até variáveis externas como clima ou sazonalidade. O objetivo é simples, mas ambicioso: tomar decisões mais rápidas, embasadas e lucrativas.

Percepção de preços é estratégia pura

Historicamente, o varejo sempre tratou o preço como um ponto de fricção entre custo e competitividade. Mas a maturidade digital do consumidor e a multiplicação dos canais de compra mudaram o jogo. O cliente compara preços em tempo real, cruza ofertas entre apps e marketplaces, e espera consistência – visão omnicanalidade.

Nesse novo ambiente, o preço deixa de ser apenas um número impresso na gôndola e passa a operar como um instrumento estratégico de posicionamento, margem e fidelização. E isso exige mais do que remarcações semanais ou promoções genéricas. Exige uma engenharia de preços capaz de antecipar variações de demanda, reagir a movimentos da concorrência em minutos e adaptar margens produto a produto, loja a loja, canal a canal.

Estudos da McKinsey indicam que empresas que adotam algoritmos dinâmicos de precificação aumentam a receita entre 5% e 15%, com elevação média de até 5 pontos percentuais na margem bruta. Já a Accenture aponta que a aplicação de inteligência artificial em estratégias de pricing melhora a acurácia de previsão de demanda em mais de 20%, reduzindo rupturas e promoções mal calibradas. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) inclui a inteligência de preços entre os cinco pilares tecnológicos mais relevantes para o varejo nos próximos anos.

O segredo, justamente, está no uso de dados para identificar oportunidades invisíveis aos modelos tradicionais – seja subindo preços onde a elasticidade permite, seja reduzindo em momentos estratégicos para acelerar giro ou enfrentar promoções da concorrência.

O colapso da planilha e o novo ciclo do preço

O grande gargalo para essa transformação ainda é a operação. Muitas empresas tentam aplicar regras de precificação usando planilhas, processos manuais e sistemas fragmentados. O resultado são horas perdidas consolidando arquivos, testando fórmulas, corrigindo erros e recomeçando ciclos de análise — tudo isso num varejo que exige decisões em tempo real.

Com a automação e a inteligência de dados, o ciclo de precificação pode finalmente sair do modo reativo. Plataformas modernas conseguem processar milhões de dados por dia, incluindo comportamento de compra, estoque, indicadores macroeconômicos, histórico de vendas, rupturas e até geolocalização para recomendar, testar e aplicar alterações de preço de forma instantânea e auditável.

A diferença é brutal: o que antes levava dias para ser simulado, agora pode ser recalculado em minutos. E mais do que velocidade, o modelo traz governança: regras claras, parametrização inteligente, rastreabilidade de decisões e consistência entre os canais.

Inteligência artificial como aliada, não substituta

A sofisticação desses modelos é cada vez maior, mas especialistas alertam: precificação inteligente não é delegar o preço a um robô, e sim criar um ecossistema onde dados, algoritmos e análise humana trabalham juntos. A IA traz o cálculo, a escala, a capacidade preditiva. Mas a decisão final – aquela que envolve marca, valor percebido e estratégia de longo prazo – ainda depende de inteligência de negócio.

É por isso que os times comerciais mais maduros têm deixado de operar no Excel para assumir um novo papel: de estrategistas de preço. Eles não mais calculam manualmente o valor de cada produto, eles definem objetivos de margem, faixa de posicionamento, clusters de loja e perfis de consumidor. O sistema executa, testa e retroalimenta o modelo com resultados. A equipe ajusta, interpreta e projeta novos caminhos.

Outro elemento-chave da precificação inteligente está na execução de ponta a ponta. Não basta calcular o preço ideal: é preciso garantir que ele chegue ao ponto de venda com precisão, rapidez e rastreabilidade. Isso significa integração nativa com o ERP, comunicação direta com o PDV, sincronização com etiquetas eletrônicas ou plataformas de e-commerce, e fluxos claros de aprovação.

Empresas que dominam esse fluxo completo conseguem implementar estratégias de microprecificação por região, horário ou perfil de loja, mantendo controle centralizado, consistência nacional e capacidade de reação. Esse nível de agilidade torna o varejista mais responsivo ao mercado, mais assertivo nas promoções e mais eficiente na gestão de margem.

E não se trata apenas de lucro: o impacto aparece também na experiência do cliente, que encontra preços coerentes, transparentes e atualizados em todos os canais. Isso reduz atrito, aumenta conversão e fortalece a confiança na marca.

O futuro: A nova era da precificação

O varejo brasileiro está diante de um divisor de águas. De um lado, os modelos antigos de precificação baseada em histórico, feeling e ferramentas isoladas. Do outro, uma abordagem orientada por dados, que transforma o preço em um organismo vivo — que aprende, se adapta e reage com velocidade e precisão. Para quem lidera o setor, a escolha é clara: preço não é mais custo + markup. Preço é inteligência, timing e contexto.

A adoção de precificação inteligente ainda é desigual entre os players, mas o mercado aponta uma tendência inevitável: quem internalizar essa competência como disciplina estratégica – e não como solução pontual – terá condições de proteger margem, ganhar escala e crescer de forma sustentável. Não se trata apenas de vender mais. Trata-se de vender melhor, com mais inteligência e mais resultado.

E nesse novo jogo, os centavos fazem diferença porque, multiplicados por milhões de transações, são eles que definem quem lidera e quem tenta recuperar o fôlego.

Por Fernando Menezes, Executivo de Precificação Inteligente da Selbetti.

As tendências da publicidade digital no varejo no Commerce Media Days Brasil

Profissionais de diversos segmentos do mercado se reúnem em São Paulo, no próximo dia 3 de dezembro, para discutir as principais tendências, desafios e oportunidades da publicidade no comércio digital, no Commerce Media Days Brasil 2025. A Topsort, plataforma global especializada em Retail Media, participa da edição deste ano apresentando suas soluções baseadas em inteligência artificial e modelos de leilão, que permitem que varejistas e marketplaces monetizem seus espaços de mídia com agilidade, eficiência e total transparência.

Durante o evento, no Novotel do Morumbi, os painéis trarão debates sobre a publicidade digital, o retail media e as novas formas de conectar marcas e consumidores por meio de dados, criatividade e automação.

O Strategic Director da Topsort, Diego Moura, participará do painel “Tendências a seguir em commerce media”, que vai abordar o avanço do alcance offsite, a integração cada vez mais estratégica entre influenciadores, social media e e-commerce, e as inovações em inteligência artificial e novos formatos de anúncios que estão redefinindo o setor.

Diego destaca a importância da participação da Topsort no evento como parte da consolidação do retail media no país.

“Estar aqui significa participar ativamente da construção do futuro do varejo digital. Quando o mercado se reúne para discutir dados, inteligência e experiência, criamos um ambiente onde tecnologia e resultado caminham juntos. O Brasil vive um momento extraordinário no varejo, e esse tipo de encontro acelera ainda mais essa transformação”, afirmou.

O executivo da Topsort reforça que a empresa nasceu com uma arquitetura tecnológica voltada desde o início para escalabilidade e simplicidade operacional.

“Nosso compromisso é aumentar a eficiência. A combinação de IA com modelos de leilão inteligentes permite que os varejistas ativem sua operação de mídia rapidamente, com decisões mais precisas e resultados consistentes. É uma abordagem que coloca performance e transparência no centro de tudo”, completou.

Plataformas de marketing digital: como gerar leads qualificados e não apenas cliques?

Muito se fala em algoritmos e em como as plataformas utilizam inteligência para entregar resultados em campanhas digitais. Mas existe um ponto pouco discutido publicamente. Esses leads que aparecem nos relatórios –nomes, cliques e conversas disparadas para o WhatsApp – realmente significam alguma coisa? A dúvida é se representam potenciais clientes ou são apenas números que incham uma métrica, mas não sustentam nenhum resultado concreto.

Hoje, empresas de todos os portes investem em tráfego pago acreditando que a quantidade de cliques ou conversas iniciadas já indica algum progresso. Só que, na prática, a maioria desses cliques não se converte em nada. Não por culpa do anunciante, nem por problema no anúncio em si, mas porque o próprio algoritmo está sendo treinado de maneira errada. Ele aprende exatamente aquilo que você diz para ele aprender. Se você sinaliza que o objetivo é gerar cliques no WhatsApp, o algoritmo vai entregar pessoas que clicam no WhatsApp. E só isso.

O ponto central da discussão é justamente que as empresas donas das plataformas, como Meta e Google, estão fazendo investimentos expressivos para tornar seus próprios algoritmos cada vez mais inteligentes. De pouco adianta, porém, toda essa dimensão de inteligência se o anunciante limita o algoritmo à superficialidade. As grandes plataformas só conseguem encontrar o perfil de cliente ideal quando recebe informações mais profundas sobre quem realmente tem potencial de compra. Caso contrário, ela se torna especialista apenas em encontrar curiosos.

É aqui que muitas campanhas perdem o sentido. Elas se concentram em gerar volume – mais cliques, mais conversas, mais acessos – mas não oferecem às plataformas a qualidade da informação necessária para que o investimento faça sentido. Seria como comprar a máquina mais tecnológica do mercado, mas usar apenas a função mais básica. Ou como contratar o melhor chefe de cozinha para preparar apenas batata frita.

O funcionamento dos algoritmos parte de uma lógica simples. Eles observam padrões. Se o exemplo enviado é raso, o resultado também será baixo. Quando o anunciante devolve informações qualificadas – como quem avançou em um formulário, quem realmente solicitou um orçamento e demonstrou intenção real de compra, o algoritmo passa a compreender quais características definem um lead valioso. Isso é que permite que se refine a entrega e direcione a campanha para pessoas com maior probabilidade de conversão.

Esse aspecto, embora técnico, tem um impacto direto no cotidiano das empresas. Hoje, o tráfego custa mais e a concorrência é maior. Os leilões dos anúncios nas plataformas ficaram mais disputados. E, diante desse cenário, otimizar campanhas apenas para cliques não faz mais sentido. A inteligência já existe, mas ela precisa ser alimentada com dados que reflitam o que realmente importa. Caso contrário, a empresa continuará pagando muito por resultados que não representam retorno.

Qualificar leads não é um processo abstrato ou complicado. Antes de tudo, é uma mudança de mentalidade. É principalmente sair do critério ‘volume pelo volume’ e entender que uma métrica apenas tem valor quando está conectada a um resultado real. Não adianta atrair cem pessoas ao WhatsApp se nenhuma delas tem intenção, perfil ou condição de compra para produto ou serviço anunciado. E não adianta cobrar das plataformas um desempenho que elas não têm, como, por exemplo, entregar resultados se não receberam os sinais corretos.

A tendência é clara, à medida que os algoritmos se tornam mais sofisticados, cresce também a responsabilidade de quem anuncia no fornecimento de dados compatíveis com essa evolução. Seguramente, as empresas que entenderem essa lógica vão aproveitar melhor o potencial das plataformas. Mas aquelas que continuarem focadas apenas em cliques provavelmente verão seus custos subir sem que isso se traduza em retorno.

Num cenário onde a tecnologia avança mais rápido do que a compreensão dela própria, talvez seja esse o ponto mais urgente a ser discutido. Não basta investir em tráfego pago, é preciso sobretudo ensinar ao algoritmo o que realmente significa um lead qualificado. Sem isso, qualquer número parece grande, mas quase nunca gera resultado.

*Marcelo Freitas é bacharel em Ciência da Computação, consultor de tráfego pago e fundador da Spot-A Marketing. É expert em tráfego pago estratégico para empresas que buscam captar leads e vender através da Internet.

[elfsight_cookie_consent id="1"]