BeginnArtikelMarca x Consumidor: quem define as regras agora?

Marca x Consumidor: quem define as regras agora?

Nos últimos anos, foi possível ver um crescente aumento no poder de decisão de compra de diversos tipos de produtos pelos consumidores, mais seletivos em escolher marcas que representem o item ou commodity desejado. Diante desta nova autoridade do mercado, será que o poder das empresas nesta relação está caindo? Quem define as regras deste jogo agora? E, de que forma os empresários podem se preparar para tentar ter um pouco mais de autoridade sobre as vendas? 

A relação de compra e venda vem sendo construída em nossa sociedade desde o antigo Egito. Em um artigo intitulado “A Short Story of Branding”, o autor destaca que o primeiro uso comercial das marcas foi como um sinal de propriedade. Ao colocar seu nome ou símbolo em um bem, como o gado, o proprietário podia marcar sua posse. Os antigos egípcios foram os primeiros a usar marcas como sinais de propriedade há pelo menos 5.000 anos. E foi daí, claro, que veio a palavra ‘brand’ (marca). 

Em sua essência, as marcas, atualmente, servem para, literalmente, marcar um tipo de produto e declarar que aquilo pertence a uma entidade. Tal necessidade surgiu quando as civilizações começaram a prosperar e, nessa ideia, itens do dia a dia começaram a ter vários produtores, o que causou a necessidade de uma forma de diferenciar a origem de cada um. 

Porém, no passado, as marcas não possuíam a força e mensagem que começaram a apresentar após a revolução industrial e o crescente número de concorrentes para commodities e produtos cotidianos. Foi necessário algo mais do que apenas um nome que poderia ser sinônimo de qualidade – afinal, os concorrentes poderiam obter os mesmos maquinários e utilizar os mesmos métodos de produção – seja através de uma história da empresa (storytelling), seus pontos de vista, atividades solidárias ou outras estratégias. 

O que era uma atividade única tornou-se um processo contínuo. Hoje, é possível ver que a maioria das empresas busca atingir um público que, por sinal, pode até se tratar de um mesmo nicho para várias delas, contudo, suas estratégias, valores, histórias, formas de atribuir um valor agregado aos seus produtos são diferentes e, portanto, suas abordagens também são. 

Atualmente, no entanto, existem tantas marcas para específicos nichos de mercado que os clientes podem escolher dentre dez, vinte, trinta concorrentes, apenas considerando pontos diferenciais que cada um acha importantes. Basicamente, o consumidor faz uma avaliação comparando vários pontos e analisando se eles conversam com seus ideais.  

Isso vem fazendo, como exemplo, com que várias empresas começassem a se importar mais com causas sociais, valores, responsabilidade social, inovação, personalização, conveniência e agilidade, pós-venda e preço justo, entrando no campo de batalha para tentar se diferenciar de seus concorrentes e atrair os possíveis consumidores com a intenção de fidelizá-los. 

Desde o início da utilização das marcas e da criação do branding, o poder, ou autoridade do consumidor, somente foi crescendo ao longo das evoluções tecnológicas, ganhando cada vez mais autoridade para selecionar os produtos desejados e, hoje, possuem, mais do que nunca, o poder de escolha. 

Diante desse panorama, percebe-se que a autoridade no processo de compra migrou consideravelmente das marcas para os consumidores, que agora desempenham um papel ativo e criterioso na seleção do que consomem. Se antes bastava um nome reconhecido para garantir a venda, hoje é preciso ir além: compreender os desejos e os valores do público, estabelecer conexões autênticas e construir uma presença que dialogue diretamente com suas expectativas.  

Assim, a autoridade das marcas não desapareceu, mas foi redistribuída. Agora, ela precisa ser constantemente conquistada, sustentada e renovada através de estratégias que valorizem não apenas o produto, mas também a experiência, a identificação e o propósito compartilhado com o consumidor.

Renan Cardarello
Renan Cardarellohttps://iobee.com.br/
Renan Cardarello ist CEO von iOBEE, einer Beratungsfirma für digitales Marketing und Technologie.
VERWANDTE BEITRÄGE

HINTERLASSE EINE ANTWORT

Bitte geben Sie Ihren Kommentar ein!
Bitte geben Sie hier Ihren Namen ein

AKTUELLE

BELIEBTESTE

We've detected you might be speaking a different language. Do you want to change to:
English English
Português do Brasil Português do Brasil
English English
English (New Zealand) English (New Zealand)
English (South Africa) English (South Africa)
English (Canada) English (Canada)
English (Australia) English (Australia)
English (UK) English (UK)
العربية العربية
Български Български
বাংলা বাংলা
Čeština Čeština
Dansk Dansk
Deutsch (Österreich) Deutsch (Österreich)
Deutsch Deutsch
Deutsch (Schweiz, Du) Deutsch (Schweiz, Du)
Ελληνικά Ελληνικά
Español de Costa Rica Español de Costa Rica
Español de Chile Español de Chile
Español Español
Español de México Español de México
Español de Ecuador Español de Ecuador
Español de República Dominicana Español de República Dominicana
Español de Argentina Español de Argentina
Español de Guatemala Español de Guatemala
Español de Colombia Español de Colombia
Suomi Suomi
Français du Canada Français du Canada
Français Français
Français de Belgique Français de Belgique
简体中文 简体中文
香港中文 香港中文
繁體中文 繁體中文
Українська Українська
Türkçe Türkçe
Português de Angola Português de Angola
Svenska Svenska
हिन्दी हिन्दी
Русский Русский
Lietuvių kalba Lietuvių kalba
한국어 한국어
Italiano Italiano
Português Português
日本語 日本語
Afrikaans Afrikaans
አማርኛ አማርኛ
العربية المغربية العربية المغربية
অসমীয়া অসমীয়া
گؤنئی آذربایجان گؤنئی آذربایجان
Беларуская мова Беларуская мова
Dolnoserbšćina Dolnoserbšćina
Bosanski Bosanski
Català Català
Cebuano Cebuano
Basa Jawa Basa Jawa
Magyar Magyar
Cymraeg Cymraeg
Friulian Friulian
עִבְרִית עִבְרִית
རྫོང་ཁ རྫོང་ཁ
ພາສາລາວ ພາສາລາວ
Bahasa Melayu Bahasa Melayu
Татар теле Татар теле
اردو اردو
هزاره گی هزاره گی
Eesti Eesti
བོད་ཡིག བོད་ཡིག
Nederlands (Formeel) Nederlands (Formeel)
Português (AO90) Português (AO90)
پښتو پښتو
Tiếng Việt Tiếng Việt
ئۇيغۇرچە ئۇيغۇرچە
Close and do not switch language