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Plataformas de marketing digital: como gerar leads qualificados e não apenas cliques?

Muito se fala em algoritmos e em como as plataformas utilizam inteligência para entregar resultados em campanhas digitais. Mas existe um ponto pouco discutido publicamente. Esses leads que aparecem nos relatórios –nomes, cliques e conversas disparadas para o WhatsApp – realmente significam alguma coisa? A dúvida é se representam potenciais clientes ou são apenas números que incham uma métrica, mas não sustentam nenhum resultado concreto.

Hoje, empresas de todos os portes investem em tráfego pago acreditando que a quantidade de cliques ou conversas iniciadas já indica algum progresso. Só que, na prática, a maioria desses cliques não se converte em nada. Não por culpa do anunciante, nem por problema no anúncio em si, mas porque o próprio algoritmo está sendo treinado de maneira errada. Ele aprende exatamente aquilo que você diz para ele aprender. Se você sinaliza que o objetivo é gerar cliques no WhatsApp, o algoritmo vai entregar pessoas que clicam no WhatsApp. E só isso.

O ponto central da discussão é justamente que as empresas donas das plataformas, como Meta e Google, estão fazendo investimentos expressivos para tornar seus próprios algoritmos cada vez mais inteligentes. De pouco adianta, porém, toda essa dimensão de inteligência se o anunciante limita o algoritmo à superficialidade. As grandes plataformas só conseguem encontrar o perfil de cliente ideal quando recebe informações mais profundas sobre quem realmente tem potencial de compra. Caso contrário, ela se torna especialista apenas em encontrar curiosos.

É aqui que muitas campanhas perdem o sentido. Elas se concentram em gerar volume – mais cliques, mais conversas, mais acessos – mas não oferecem às plataformas a qualidade da informação necessária para que o investimento faça sentido. Seria como comprar a máquina mais tecnológica do mercado, mas usar apenas a função mais básica. Ou como contratar o melhor chefe de cozinha para preparar apenas batata frita.

O funcionamento dos algoritmos parte de uma lógica simples. Eles observam padrões. Se o exemplo enviado é raso, o resultado também será baixo. Quando o anunciante devolve informações qualificadas – como quem avançou em um formulário, quem realmente solicitou um orçamento e demonstrou intenção real de compra, o algoritmo passa a compreender quais características definem um lead valioso. Isso é que permite que se refine a entrega e direcione a campanha para pessoas com maior probabilidade de conversão.

Esse aspecto, embora técnico, tem um impacto direto no cotidiano das empresas. Hoje, o tráfego custa mais e a concorrência é maior. Os leilões dos anúncios nas plataformas ficaram mais disputados. E, diante desse cenário, otimizar campanhas apenas para cliques não faz mais sentido. A inteligência já existe, mas ela precisa ser alimentada com dados que reflitam o que realmente importa. Caso contrário, a empresa continuará pagando muito por resultados que não representam retorno.

Qualificar leads não é um processo abstrato ou complicado. Antes de tudo, é uma mudança de mentalidade. É principalmente sair do critério ‘volume pelo volume’ e entender que uma métrica apenas tem valor quando está conectada a um resultado real. Não adianta atrair cem pessoas ao WhatsApp se nenhuma delas tem intenção, perfil ou condição de compra para produto ou serviço anunciado. E não adianta cobrar das plataformas um desempenho que elas não têm, como, por exemplo, entregar resultados se não receberam os sinais corretos.

A tendência é clara, à medida que os algoritmos se tornam mais sofisticados, cresce também a responsabilidade de quem anuncia no fornecimento de dados compatíveis com essa evolução. Seguramente, as empresas que entenderem essa lógica vão aproveitar melhor o potencial das plataformas. Mas aquelas que continuarem focadas apenas em cliques provavelmente verão seus custos subir sem que isso se traduza em retorno.

Num cenário onde a tecnologia avança mais rápido do que a compreensão dela própria, talvez seja esse o ponto mais urgente a ser discutido. Não basta investir em tráfego pago, é preciso sobretudo ensinar ao algoritmo o que realmente significa um lead qualificado. Sem isso, qualquer número parece grande, mas quase nunca gera resultado.

*Marcelo Freitas é bacharel em Ciência da Computação, consultor de tráfego pago e fundador da Spot-A Marketing. É expert em tráfego pago estratégico para empresas que buscam captar leads e vender através da Internet.

FedEx lança serviço de liberação de carga formal de importação e aprimora estrutura em Viracopos

A Federal Express Corporation (FedEx), empresa de transporte expresso, anunciou a ampliação de seu portfólio no Brasil com o lançamento do serviço de liberação de carga formal de importação. Esse novo serviço permite que o desembaraço seja realizado dentro do armazém da FedEx, contribuindo para a redução do tempo de liberação das cargas. O mesmo serviço já é oferecido para cargas expressas, reforçando a empresa como uma fornecedora de logística integrada.

Para operar o novo serviço, a FedEx passou por um processo conduzido pela Receita Federal do Brasil, que atestou a conformidade da operação e da estrutura da filial com as regras de segurança e controle aplicáveis a recintos alfandegados. O armazém foi adaptado para atender às exigências do órgão, incluindo a instalação de tecnologia e equipamentos de grande porte.

A reformulação nas instalações também contemplou medidas de sustentabilidade, com a inclusão de empilhadeiras e paleteiras elétricas. Esses novos equipamentos contribuirão para a redução do impacto ambiental e auxiliarão ainda mais os funcionários a desempenharem suas funções com segurança e eficiência.

“Estamos aprimorando a experiência dos nossos clientes, oferecendo um portfólio ainda mais robusto para atender, com eficiência e previsibilidade, todas as etapas da importação”, afirma Gabriel Kayser, Diretor de Marketing e Experiência do Cliente da FedEx no Brasil.

A operação concentra-se tanto em cargas de importação quanto de exportação. Especificamente para o novo serviço de desembaraço aduaneiro formal de importação, a FedEx pode desembaraçar remessas que não exigem licenças de agências reguladoras como a Anvisa ou MAPA. O processo de liberação pode ser concluído diretamente no armazém da FedEx, sem a necessidade de transferir as mercadorias para instalações externas, oferecendo maior rapidez e segurança. Para utilizar este serviço, o cliente deve escolher a FedEx como seu despachante aduaneiro.

Infraestrutura

A filial da FedEx no aeroporto de Viracopos (VCP) é a principal base de importação e exportação da empresa no Brasil. A companhia tem a certificação OEA (Operador Econômico Autorizado) nas categorias “Custodiante de Mercadorias sob Controle Aduaneiro” e “Segurança para Transporte Internacional”. Por possuir esta habilitação na modalidade especial, a FedEx pode efetuar o recolhimento de impostos para clientes de importação na modalidade de remessa expressa, com possibilidade de recolhimento dos tributos no prazo de até 21 dias subsequente à data de liberação da remessa informada no Siscomex Remessa.

Dados operacionais

  • Área da filial: 10 mil m2
  • 1 avião Boeing modelo B767-300 F
  • 4 voos semanais Memphis -Campinas (VCP)- Memphis
  • Cerca de 360 centros de envio (FASC)
  • 7 FedEx Ship Centers

Portfólio

A empresa oferece uma carteira de serviços expressos (FedEx International First, FedEx International Priority Express e FedEx International Priority) e, com tempo estendido, o FedEx International Economy. Para carga freight (acima de 68 kg), há o FedEx International Priority Freight e o FedEx International Economy Freight.

Jornada do pacote (tempo médio):

  • Do Brasil para os EUA: 1 a 6 dias
  • Do Brasil para a Europa: 3 a 5 dias
  • Do Brasil para a África: 4 a 7 dias
  • Do Brasil para a Ásia: 3 a 5 dias

Após o Dia dos Solteiros, marcas latino-americanas mostram como propósito e performance podem andar juntos

O Dia dos Solteiros (11/11), conhecido mundialmente por impulsionar o comércio eletrônico principalmente no calendário chinês, vem ganhando cada vez mais relevância na América Latina – o ano de 2025 consolidou essa tendência. Segundo análise de Bruna Nobre, Diretora de Publisher Partnerships da Rakuten Advertising, rede líder global em marketing de performance, as marcas que se destacaram neste ano foram aquelas que uniram propósito, personalização e estratégias orientadas por dados, transformando a data em um laboratório estratégico para a Black Friday. 

“Apoiamos gigantes do e-commerce para trazer o Dia dos Solteiros também à cultura brasileira. Neste ano, por exemplo, um grande varejista, que é nosso parceiro, viu seu ticket médio crescer até três vezes mais na ocasião. Quando comparado o desempenho entre o início do ano e outras sazonalidades — como Dia dos Pais e Dia dos Namorados — observa-se um crescimento na rede de quase seis vezes. Além disso, outros grandes varejistas, mesmo sem criar campanhas específicas para o Dia dos Solteiros, já aproveitam o período para atrair consumidores e antecipar ações da Black Friday, com promoções lançadas desde o dia 1º de novembro”, afirma Bruna.

Com o impacto relevante da data, a especialista reuniu 4 principais aprendizados do Dia dos Solteiros no Brasil:

1. Dados e afiliados impulsionam performance e relevância

Campanhas baseadas em dados e estratégias de afiliados se mostraram mais eficazes em atingir públicos específicos e gerar conversões qualificadas. “A combinação entre segmentação precisa e parcerias com influenciadores e publishers aumentou a visibilidade e a taxa de engajamento, especialmente em categorias como beleza, bem-estar e eletrônicos”, explica a Diretora.

2. Autocuidado e empoderamento seguem como temas centrais

De acordo com a especialista, marcas que exploraram mensagens de autocuidado, independência e amor-próprio se destacaram pela autenticidade. “As campanhas que celebraram o consumo consciente, com foco em experiências e bem-estar, tiveram maior aceitação e engajamento orgânico, principalmente entre consumidores da Geração Z e millennials”, complementa.

3. Pode ser o “ensaio geral” para a Black Friday

A data se consolidou como um termômetro para a Black Friday, permitindo que as marcas testassem criativos, landing pages, formatos de desconto e canais de mídia. “Neste ano, principalmente, empresas que atuaram com antecedência, usando o momento para gerar tráfego e capturar leads, já iniciam novembro com bases de remarketing mais qualificadas”, aponta Bruna.

4. O valor da conexão emocional e da prova social

Para finalizar, a executiva ressalta que a interação com o público, por meio de concursos e plataformas que promovem conteúdos de usuários e avaliações, fortaleceu a confiança e a fidelização. “As companhias que estimularam a criação de conteúdo orgânico conseguiram ampliar o alcance e manter o diálogo ativo com o consumidor mesmo após o pico do dia” , analisa.

“O pós-11/11 mostrou que o marketing de performance está evoluindo para um modelo mais humano, em que dados, tecnologia e propósito caminham lado a lado. A América Latina tem um enorme potencial para transformar o Dia dos Solteiros em uma celebração do consumo inteligente e das novas formas de relacionamento com as marcas”, finaliza Bruna.

A força do made in Brazil: VTEX habilita Lofty Style a escalar internacionalmente

A VTEX, multinacional brasileira de digital commerce, e a Lofty Style, marca de moda feminina reconhecida por seu design minimalista e sofisticado, anunciaram uma parceria estratégica que simboliza a união entre moda, tecnologia e inovação.

Sob a liderança de Camila Ortiz, fundadora e CEO, a Lofty Style dá um passo decisivo em sua expansão internacional, com operações em Portugal, Espanha e Estados Unidos. A partir da plataforma VTEX, a marca adota um modelo cross-border que permite operar com estrutura logística, moeda e idioma locais, mantendo sua essência artesanal e o DNA brasileiro que inspira cada criação.

Mais do que uma estratégia de crescimento, a parceria representa o novo momento do empreendedorismo brasileiro, que une criatividade, tecnologia e propósito para conquistar novos mercados e fortalecer a presença nacional no cenário global.

“Ver a Lofty Style expandir suas fronteiras com o nosso apoio é testemunhar como a tecnologia pode impulsionar marcas ousadas a conquistarem o mundo”, diz Rafaela Rezende, Presidente da VTEX no Brasil. “Na VTEX, oferecemos os recursos necessários para viabilizar tanto a jornada omnichannel quanto a expansão global”. 

Com mais de 60 lojas físicas no Brasil, a Lofty Style segue fiel ao compromisso com a qualidade, o design atemporal e o estilo leve e versátil que traduzem o lifestyle contemporâneo. O anúncio em Lisboa reforça a força e relevância das marcas brasileiras na interseção entre moda e inovação.

Black Friday 2025 deve entrar para a história no varejo brasileiro

A Black Friday 2025 caminha para ser uma das maiores já registradas no país. De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o varejo brasileiro deve movimentar R$ 13,34 bilhões na Black deste ano, consolidando a data como um dos principais motores do consumo no calendário nacional.

Em Santa Catarina, o Koerich, uma das maiores redes varejistas do Estado, saiu na frente e iniciou sua campanha no dia 1º de novembro, antecipando ofertas e ampliando o período de compras. A estratégia já mostra resultados: itens como refrigeradores, aparelhos de ar-condicionado e Smart TVs registram crescimento de até 20% na procura em relação ao mês de outubro.

Com mais de 130 lojas físicas distribuídas em 60 cidades e forte presença no e-commerce, a rede aposta na combinação entre variedade, logística eficiente e condições diferenciadas de pagamento. “As compras realizadas durante a Black Friday podem ser parceladas com início de pagamento apenas em 2026”, destaca Eduardo Koerich, diretor comercial da empresa. Segundo ele, a expectativa é de crescimento de 10% nas vendas em relação ao ano passado.

O otimismo encontra respaldo nos dados estaduais. Levantamento da Fecomércio-SC revela que os catarinenses estão dispostos a gastar mais em 2025. A intenção média de compra chega a R$ 1.659 por consumidor, e o pico de promoções deve acontecer no dia 28 de novembro, última sexta-feira do mês. O estudo, realizado em sete cidades, mostra ainda que a intenção de consumo cresceu 12% frente a 2024. Considerando a inflação, a alta real é de 7%.

Para além das facilidades de pagamento, o Koerich reforça a credibilidade construída ao longo dos anos, especialmente na entrega rápida e segura: fator determinante para quem busca aproveitar a data sem contratempos.

“Nos últimos anos, percebemos que o consumidor está cada vez mais informado e exigente. Antecipar a Black Friday é uma forma de oferecer tranquilidade, preço justo e a segurança de comprar em uma rede que ele confia. Para 2025, nossa projeção é de um dos melhores desempenhos da década, impulsionado por uma operação forte, logística ágil e condições que realmente fazem diferença no orçamento das famílias”, finaliza Eduardo Koerich.

Condominial x Airbnb: o que a Justiça tem sinalizado sobre locações de curta temporada

No último mês, a Justiça de Goiânia proibiu um morador de alugar seu apartamento por meio do Airbnb em um condomínio residencial. A decisão trouxe novamente à tona a discussão sobre a função social da propriedade e os limites do direito individual frente ao interesse coletivo. O magistrado considerou que a prática configurava hospedagem comercial, vedada pela convenção condominial, documento principal que rege a vida em um condomínio, e determinou a suspensão imediata das locações, reforçando o papel desse instrumento como regulador da convivência. O debate ganha relevância diante da expansão do Airbnb no Brasil: em 2024, a plataforma registrou hóspedes em 2.500 cidades, correspondendo a quase 45% do total de municípios brasileiros, segundo dados da própria empresa. 

O entendimento do juiz indica que a convenção condominial tem papel central na vida comunitária, funcionando como uma espécie de “constituição” interna ao estabelecer regras de convivência entre os moradores. Embora não possa se sobrepor à lei, esse documento possui força normativa para disciplinar práticas que impactam a coletividade, incluindo atividades comerciais ou hospedagens que possam comprometer a segurança, o sossego e a salubridade. O Código Civil, em seu artigo 1.336, já impõe limites claros ao uso da propriedade, garantindo ao condômino liberdade sobre sua unidade, desde que não cause prejuízo aos demais. 

Segundo Rafael Verdant, sócio do Contencioso Cível do Albuquerque Melo Advogados, a decisão reforça justamente esse equilíbrio entre direitos individuais e coletivos. “A convenção é o instrumento mais importante para os condôminos se autogovernarem. Ela disciplina o uso das áreas comuns e protege a comunidade de práticas que possam gerar insegurança, excesso de barulho ou desgaste na convivência. É nesse sentido que o interesse coletivo muitas vezes se sobrepõe ao individual”, afirma. 

O especialista lembra que o direito de propriedade não é absoluto. “O Código Civil estabelece que cada condômino pode usar sua unidade livremente, desde que não prejudique os demais. Ou seja, a convivência em condomínio impõe uma condição natural: o interesse coletivo tende a prevalecer sobre o individual em caso de conflito”, acrescenta Verdant. Para ele, esse é o ponto central da decisão de Goiânia, que reforça a prevalência da coletividade sobre a exploração econômica do imóvel em determinados contextos. 

Além da interpretação jurídica, a discussão envolve aspectos práticos do cotidiano do condomínio. Entre os principais riscos apontados pelos moradores em relação às locações de curta temporada estão a entrada frequente de pessoas desconhecidas, a possibilidade de festas e barulho, o desgaste acelerado das áreas comuns e a quebra do senso de comunidade. Esses fatores ajudam a explicar por que, em muitos casos, o coletivo busca impor limites à exploração econômica individual do imóvel. 

O debate ultrapassa os limites de cada prédio. Projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional, como o PL 2030/2025 e o PLP 78/2025, discutem se esse tipo de locação deve ser tratado como aluguel ou como hospedagem, com propostas que exigem autorização expressa dos condomínios e regras mais próximas às aplicadas a hotéis e pousadas. Para Verdant, uma regulamentação equilibrada é necessária. “Não se trata de proibir indiscriminadamente. É preciso reconhecer que essa modalidade é uma realidade econômica e social, mas ela precisa de parâmetros claros. A solução passa por regras internas que exijam, por exemplo, cadastro prévio de hóspedes, limitação de tempo ou frequência das locações e penalidades em caso de descumprimento.” 

A própria plataforma disponibiliza recursos para proteger anfitriões, hóspedes e comunidades, incluindo políticas de verificação de identidade, seguro contra danos e canais de denúncia de comportamentos inadequados. A experiência internacional mostra que a regulação é essencial: na Espanha, o governo intensificou recentemente a fiscalização e aplicou restrições ao aluguel de curta temporada em meio à crise habitacional, evidenciando como políticas públicas podem equilibrar o uso econômico de imóveis com a preservação do direito à moradia e à segurança coletiva. Essa perspectiva reforça a necessidade de regras claras e adaptadas à realidade local, garantindo que os condomínios possam proteger a coletividade sem ignorar a viabilidade econômica do Airbnb. 

O advogado conclui que o grande desafio é harmonizar direitos. “Uma regulamentação eficiente deve garantir o direito de propriedade e de exploração econômica do imóvel, mas também preservar o interesse coletivo, permitindo que os condomínios deliberem sobre restrições e condições. Não existe um modelo único: o que funciona em um prédio de perfil familiar pode não ser aplicável a um condomínio com perfil mais turístico ou comercial”, afirma. 

Cinco formas de usar Inteligência Artificial para vender mais na Black Friday e impulsionar a receita em até 40%

Pequenas e médias empresas estão acelerando a adoção de Inteligência Artificial para melhorar desempenho comercial durante a Black Friday. A adoção de ferramentas de IA já impulsiona o crescimento de receita em até 40% e reduz custos de atendimento em até 60%, segundo a pesquisa State of the Connected Customer 2024, da Salesforce. O relatório “The Economic Potential of Generative AI” da McKinsey (junho de 2023) também mostra que empresas que utilizam IA generativa em operações de marketing e vendas alcançam ganhos de produtividade substanciais, especialmente em áreas como segmentação, personalização e automação de campanhas. 

Autoras do livro “IA para Negócios – Guia para Pequenas e Médias Empresas”, Aline Lefol e Tiene Colins ressaltam que essas tecnologias democratizaram o acesso à alta performance comercial. Segundo Lefol, “quando aplicada com propósito, a IA melhora processos, gera novas oportunidades e fortalece o relacionamento com o cliente”. A obra apresenta ferramentas práticas para empresas que desejam elevar suas vendas, profissionalizar o marketing e modernizar o atendimento. A seguir, as cinco formas de aplicar Inteligência Artificial para vender mais na Black Friday, de acordo com Lefol e Colins:

1. Assistência automatizada e personalizada

Chatbots e assistentes inteligentes integrados a canais como WhatsApp, sites e redes sociais garantem respostas imediatas, coleta de leads e organização das demandas com funcionamento 24 horas por dia. Durante o pico da Black Friday, esse modelo reduz a sobrecarga das equipes internas, mantém a experiência do cliente fluida e acelera etapas de venda que antes dependiam de atendimento humano.”A IA permite que cada cliente seja atendido de forma ágil e personalizada, sem sobrecarregar a equipe, mantendo a qualidade do serviço mesmo nos dias mais movimentados”, explica Aline Lefol.

2. Interação por voz que acelera vendas

Ferramentas de voz permitem que o consumidor interaja com a marca logo após clicar em um anúncio digital, tirando dúvidas, recebendo recomendações e, em alguns casos, finalizando a compra por meio de ligações automatizadas. Essa integração reduz o tempo de resposta, aumenta conversão e cria jornadas mais fluidas em momentos de alto tráfego. “Com a voz integrada, conseguimos criar interações mais naturais e aumentar a probabilidade de conversão logo no primeiro contato”, acrescenta Tiene Colins.

3. Segmentação inteligente e ofertas personalizadas

A análise de comportamento, histórico de navegação e preferências individuais possibilita recomendações altamente personalizadas. Essa segmentação eleva o retorno das campanhas, reduz desperdício de verba e fortalece a recompra, fator decisivo para marcas que precisam se destacar em meio à avalanche de ofertas da Black Friday.”Quando entendemos o comportamento de cada cliente, conseguimos oferecer exatamente o que ele busca, tornando a experiência mais relevante e aumentando vendas”, diz Aline Lefol.

4. Previsão de demanda e gestão de estoque com precisão
Sistemas preditivos ajudam a identificar os produtos com maior probabilidade de venda, evitando rupturas e excessos que comprometem o caixa. A tecnologia também orienta negociações com fornecedores e aprimora o fluxo logístico, permitindo que PMEs operem com mais segurança durante a maior demanda do ano.”A IA nos permite antecipar a demanda e garantir que os produtos certos estejam disponíveis, evitando perdas e insatisfação do cliente”, explica Tiene Colins.

5. Análise em tempo real e otimização automática de campanhas

Ferramentas de IA monitoram indicadores de performance, como cliques, conversões e engajamento, sugerindo ajustes imediatos para otimizar os resultados. Esse acompanhamento contínuo transforma dados em decisões rápidas, essenciais em promoções de curta duração, nas quais minutos podem representar oportunidades perdidas ou ganhos expressivos.”Ter dados em tempo real nos dá agilidade para ajustar campanhas instantaneamente, aumentando conversão e aproveitando cada oportunidade”, completa Aline Lefol.

Soluções plug-and-play têm facilitado a adoção dessas tecnologias, permitindo que pequenos negócios integrem IA sem grandes investimentos ou equipes especializadas. Para Tiene Colins, a Black Friday funciona como um ambiente ideal para testar inovação: “Empresas que incorporam Inteligência Artificial conseguem competir com mais assertividade, reduzir desperdícios e aumentar a performance comercial”, conclui.

Segurança eletrônica deve crescer quase 24% em 2025, Impulsionada pela IA nas centrais de monitoramento

O crescimento das demandas por mais eficiência, precisão e tranquilidade por parte de síndicos e moradores está acelerando a adoção de inteligência artificial nas centrais de monitoramento. Segundo a Abese, a segurança eletrônica movimentou R$ 14 bilhões em 2024 e deve crescer 23,7% em 2025, impulsionada sobretudo pela incorporação de IA, automação e sistemas integrados. Além disso, o relatório AI Video Surveillance Market aponta que o uso de analíticos de vídeo com inteligência artificial pode reduzir falsos alarmes em até 70%.

Para além dos números, a adoção da IA está transformando a lógica de operação das centrais, em que os operadores deixam de atuar apenas como “apagadores de incêndio” e passam a ter uma atuação mais estratégica, com foco no que realmente importa. Além de melhorar a triagem de ocorrências, a IA permite que as centrais ofereçam um serviço mais consultivo, com relatórios preditivos, análises comportamentais e evidências que ajudam síndicos e gestores a tomar decisões mais estratégicas.

De acordo com Lucas CinelliCEO e cofundador da Octosplataforma SaaS de inteligência artificial em nuvem voltada para o setor de segurança eletrônica, a inteligência artificial se tornou o pilar para centrais que querem ser sustentáveis, confiáveis e escaláveis. “A IA não substitui o operador, ela amplia sua capacidade. Ao filtrar ruídos e reduzir falsos positivos, a equipe consegue focar nas situações que realmente exigem atenção”, afirma.

Lucas defende que a tecnologia deve ser acessível inclusive para operações menores, que tradicionalmente não tinham acesso a soluções avançadas de video analytics. Segundo o especialista, o desafio atual não está apenas em detectar intrusões, mas em distinguir o que realmente representa risco. “O excesso de alarmes falsos desgasta operadores, prejudica a confiança do cliente e diminui a efetividade das equipes. Quando a central recebe dezenas de alertas irrelevantes por dia, perde-se o senso de prioridade. A IA resolve isso na raiz”, explica.

Black Friday registra aumento de 66% em fraudes; especialista alerta para cuidados de consumidores e bancos

A Black Friday de 2024 se tornou um campo fértil para golpes financeiros, com fraudes crescendo 66% e prejuízos superiores a R$ 1,2 bilhão, segundo a Febraban. Entre os mais comuns estão o phishing, que é um golpe em que criminosos se passam por empresas ou bancos para obter dados pessoais e senhas, clonagem de cartões, boletos falsos e lojas virtuais fraudulentas, que aproveitam a alta movimentação de compras para enganar consumidores e driblar os sistemas de segurança bancária. O desafio central do período é definir quando o banco deve ressarcir o consumidor e quando a responsabilidade recai exclusivamente sobre a vítima.

O Judiciário enfrenta o desafio de diferenciar falhas nos sistemas bancários da culpa exclusiva do consumidor. Decisões recentes do Superior Tribunal de Justiça e de tribunais regionais reforçam que os bancos só são responsabilizados quando há falha comprovada em seus mecanismos de segurança ou vínculo direto com a fraude, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor e na Súmula 479. Casos como os investigados na Operação Engodo, em Ribeirão Preto, mostram a sofisticação dos golpes: a ação desmantelou uma quadrilha que utilizava contas de laranjas e movimentações via PIX para aplicar fraudes durante a Black Friday, evidenciando a complexidade de atribuir responsabilidades.

Danilo Limoeiro, CEO da Turivius, plataforma especializada em jurimetria, explica que a análise de milhões de decisões judiciais permite identificar padrões de responsabilização dos bancos. “Os tribunais costumam determinar o ressarcimento apenas quando há uma falha comprovada nos sistemas do banco. Isso significa que, na maioria dos casos envolvendo phishing ou outros golpes externos, a responsabilidade acaba recai sobre o consumidor. É um equilíbrio delicado entre proteger o cliente e reconhecer quando o banco atuou corretamente”, afirma.

Segundo Limoeiro, datas como a Black Friday aumentam a complexidade das fraudes, tornando mais difícil para o Judiciário definir os limites entre culpa do cliente e responsabilidade da instituição financeira. “O grande desafio nesses períodos é equilibrar a proteção ao consumidor com a responsabilidade efetiva dos bancos. Nem toda fraude gera obrigação de ressarcimento, mas os clientes esperam segurança máxima em suas operações”, afirma. Ele ressalta que, embora o senso comum pressione os bancos a ressarcirem todo prejuízo, a realidade jurídica exige comprovação de falha nos sistemas de segurança ou vínculo direto com a fraude.

O especialista reforça que o cenário exige atenção redobrada tanto de consumidores quanto de instituições financeiras. “Os bancos precisam investir continuamente em tecnologias de prevenção e reforçar a comunicação com os clientes para alertá-los sobre possíveis riscos. Ao mesmo tempo, os consumidores devem adotar medidas simples, mas eficazes, como autenticação em duas etapas e a conferência cuidadosa de sites e links antes de concluir qualquer pagamento”, finaliza.

Black Friday, TikTok Shop, YouTube Shopping… Fique atento a golpes!

A Black Friday é uma das datas mais esperadas pelos consumidores, mas também uma das que mais atraem golpistas. De promoções falsas a sites clonados, as tentativas de fraude aumentam significativamente no período. Este ano, com a chegada de novas formas de compra como TikTok Shop e YouTube Shopping, o cenário de risco se amplia: produtos virais, anúncios falsos e ofertas irresistíveis são algumas das armadilhas usadas para enganar consumidores. Segundo a LOI, agência global de marketing de influência, o crescimento do social commerce exige atenção redobrada para não transformar a busca por descontos em dor de cabeça.

“Durante a Black Friday, o comportamento do consumidor muda: há uma pressa maior para aproveitar oportunidades e uma redução no senso crítico diante de preços baixos. Os golpistas se aproveitam exatamente desse impulso”, explica Zé Lucas Dias, Analista de Criação da LOI.

Nos últimos meses, fraudes envolvendo plataformas populares, como o TikTok Shop, também acenderam o alerta. Diversos vídeos com milhões de visualizações anunciaram falsamente produtos virais, como os Bobbie Goods, livros de pintura infantil que se tornaram febre entre influenciadores e direcionaram consumidores a sites falsos que imitavam a loja oficial. Segundo a LOI, esse tipo de golpe deve se intensificar durante a Black Friday, quando o número de anúncios e compras impulsivas aumenta.

“Essas armadilhas exploram a confiança gerada por vídeos com aparência legítima e avaliações falsas. Com a Black Friday, a atenção cai e o número de vítimas tende a crescer”, reforça Zé.

Para ajudar os consumidores a se protegerem, o especialista reuniu cinco orientações práticas que ajudam a evitar armadilhas digitais e golpes comuns nessa época do ano.

1. Desconfie de promoções recebidas por mensagens ou redes sociais

Links compartilhados via WhatsApp, SMS ou perfis no Instagram com “super descontos” costumam direcionar para sites falsos. “Um golpe comum é usar páginas com o visual idêntico ao de grandes varejistas, como Amazon, TikTok Shop ou Shopee, para capturar dados de cartão de crédito”, alerta. Prefira sempre digitar o endereço da loja diretamente no navegador.

2. Verifique se o site é oficial e seguro

Antes de inserir qualquer dado pessoal, confira se o site tem o cadeado de segurança (HTTPS) e se o domínio é legítimo. “Fraudadores criam variações sutis, como magazineluizaa.com, para enganar o consumidor apressado”, complementa Zé.

3. Cuidado com ofertas em anúncios de vídeo e perfis falsos

Durante a Black Friday, é comum ver anúncios nas redes com produtos virais, como eletrônicos e brinquedos, a preços muito abaixo da média. Esses vídeos podem usar imagens de influenciadores reais ou marcas conhecidas sem autorização. “Foi exatamente o que aconteceu no caso dos Bobbie Goods no TikTok Shop: anúncios falsos se multiplicaram usando vídeos legítimos para atrair cliques. O consumidor deve sempre confirmar se o link de compra leva à loja oficial”, explica o especialista.

4. Evite pagar por Pix em lojas desconhecidas

Embora o Pix seja rápido e prático, ele é o meio de pagamento preferido em golpes, já que as transferências são instantâneas e difíceis de reverter. Dê preferência a métodos que ofereçam proteção ao consumidor, como cartão de crédito ou carteiras digitais reconhecidas.

5. Use comparadores e monitore preços antes da Black Friday

Fraudadores também se aproveitam da “falsa promoção”, elevando preços dias antes para aplicar descontos fictícios. “Ferramentas como o Buscapé e o Zoom ajudam a verificar o histórico de preços e garantem que o desconto é real”, recomenda Zé.

Segundo o especialista, a principal dica é manter a calma e não agir por impulso. “A Black Friday é uma ótima oportunidade de compra, mas só vale a pena se o consumidor estiver seguro. Informação e atenção continuam as melhores formas de evitar prejuízo”, conclui Zé Lucas.

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