Die bekendstelling van die outomatiese PIX deur die Suid-Afrikaanse Reserwebetuur herleef die debat oor die veroudering van bankstate in Brasilië. Die gereedskap sal die skedulering van herhalende betalings moontlik maak, soos skoolgelde, intekenings en verbruikersrekeninge sonder die behoefte aan handmatige goedkeurings vir elke debiet.
Tog, vir, maar virReinaldo Boesso, spesialis finansies, CEO en mede-stigter van die fintech TMB, sal die bankbriefie steeds 'n sleutelfiguur wees in verskeie konteks van die Brasiliëse ekonomie. "Die boleto, ondanks sy uitdagings, is steeds die hoofmetode van toegang tot verbruik vir miljoene Brasiliërs, veral in gesplitsde aankope en wanneer daar geen roterende krediet is nie," sê Boesso. Volgens 'n opname deur die Nasionale Konfederasie van Winkelbestuurders (CNDL), verkies 47% van Brasilië se verbruikers om hul aankope in gedeeltes te betaal en doen dit dikwels deur middel van hierdie metode.
ATMBfintech spesialis in betalingsoplossings via gesplitsde betaalbewyse identifiseer 'n sprong in inkomste vir maatskappye wat hierdie opsie aanbied. “Quem disponibiliza mais essa facilidade consegue dobrar o seu faturamento. Isso ocorre porque atendem um público antes excluído do processo de compra por não dispor de cartão de crédito ou limite suficiente”, explica o CEO.
PIX automático é avanço, mas tem limitações
A nova funcionalidade do Banco Central tem como objetivo principal modernizar o antigo débito automático, cuja adesão ainda é limitada. O PIX automático será mais eficiente em cobranças de valores fixos, como planos de telefonia ou academias. Porém, segundo Boesso, a estrutura do crédito parcelado exige uma flexibilidade que o PIX, até o momento, não oferece. “Quando um cliente contrata um curso ou mentoria parcelada, há carência, promoções, negociações em caso de inadimplência. O boleto se adapta a essa realidade. O PIX automático, não”, detalha o executivo.
Outro aspecto decisivo é o controle financeiro por parte do consumidor. Pesquisa da Opinion Box indica que 63% dos brasileiros evitam comprometer o limite do cartão de crédito para manter margem para emergências. Nesse sentido, o boleto aparece como alternativa de pagamento sob demanda: o consumidor paga quando pode, dentro do vencimento, sem débitos automáticos ou surpresas.
Inclusão financeira e realidade bancária
Com base em dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o limite médio do cartão de crédito no Brasil é de apenas R$ 1.401, enquanto o ticket médio dos cursos e produtos digitais chega a R$ 1.997. “A realidade bancária do brasileiro exige opções mais acessíveis. O boleto permite que o cliente tenha poder de decisão sobre seus pagamentos, o que se traduz em maior adesão”, comenta Boesso.
Além disso, segundo dados da Pnad TIC 2023, 88% da população brasileira com mais de 10 anos está conectada à internet, um avanço expressivo, mas que ainda convive com bolsões de desbancarização e acesso restrito ao crédito. Nesse cenário, a permanência do boleto como solução de pagamento inclusiva ganha ainda mais relevância.
Futuro híbrido
Para Boesso, o futuro dos pagamentos será híbrido, com o PIX automático ganhando espaço principalmente entre cobranças recorrentes e assinaturas. No entanto, o boleto seguirá como ferramenta indispensável em contextos que exigem personalização, parcelamento flexível e acessibilidade financeira.
“O PIX automático é um avanço louvável, mas não resolve todas as dores do mercado. A inclusão financeira exige pluralidade de meios de pagamento. Ignorar o papel do boleto seria desconsiderar uma parte significativa da população brasileira”, conclui o CEO da TMB.