Início Site

vhsys conecta lojas físicas a mais de 70 marketplaces e amplia canais de venda com baixo investimento

A vhsys, plataforma de gestão voltada para micro e pequenos negócios, acaba de lançar uma integração que conecta lojas físicas a mais de 70 marketplaces e plataformas de e-commerce. A novidade promete facilitar a entrada de lojistas físicos no comércio digital, permitindo que o empreendedor controle estoque, preços, pedidos e cadastro de produtos em múltiplos canais, tudo em um só lugar.

De acordo com Reginaldo Stocco, CEO da vhsys, o objetivo é abrir caminho para que pequenos negócios tradicionais vendam online sem precisar de investimentos altos ou conhecimentos técnicos avançados. “Muitos lojistas ainda têm receio de entrar no digital porque não querem ter que aprender a operar várias plataformas diferentes. Nós tornamos isso viável, prático e acessível”, destaca.

A ideia é que o lojista físico transforme sua loja em uma operação multicanal, girando estoque parado e ganhando alcance nacional sem sair do sistema que já usa no dia a dia. “Nosso papel não é prometer resultados irreais, mas dar o primeiro passo junto com o empreendedor. Queremos que ele siga no balcão da loja, mas tenha condições de vender para todo o Brasil com poucos cliques”, completa Reginaldo.

Diferente de soluções tradicionais, o cliente da vhsys não paga por canal conectado nem por volume de produto; o foco é vender mais sem complicar a operação. A ferramenta está disponível por R$ 49,90 por mês, com direito a até 50 pedidos. Acima disso, o lojista paga apenas R$1,50 por pedido extra, sem limite de produtos cadastrados ou de canais ativados — o que inclui nomes como Shopee, Amazon, Magalu, Americanas, Aliexpress, Shein, Casas Bahia, Renner, C&A, Netshoes e outros.

Pequenas empresas na mira da LGPD expõem como o marketing digital em julho amplia riscos jurídicos e reputacionais

Julho, mês tradicionalmente marcado por liquidações de inverno e recesso parcial do Judiciário, se tornou um período de atenção redobrada para pequenas e médias empresas brasileiras. Ao intensificarem campanhas de marketing digital e estratégias de captação de leads, essas organizações também se expõem a riscos crescentes de sanções jurídicas e perdas reputacionais. A advertência é de Edgard Dolata, advogado e especialista em privacidade de dados, professor convidado em programas de educação executiva.

“Mesmo negócios de menor porte estão na mira da ANPD. Em julho, com o aumento das campanhas digitais, cresce também a exposição ao risco jurídico e reputacional. Ignorar a LGPD não apenas coloca a empresa em risco de sanções, mas compromete sua imagem no mercado”, afirma Dolata.

Segundo relatório divulgado em junho pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), houve aumento de 37% nas denúncias por descumprimento do direito de exclusão de dados no primeiro semestre de 2025. O artigo 18 da LGPD assegura aos titulares o direito de solicitar a exclusão de seus dados, e o não atendimento pode resultar em investigações, multas e prejuízos à reputação.

Entre as infrações mais comuns estão o uso indevido de e-mail marketing, disparos para bases de contatos compradas sem consentimento, ausência de políticas de privacidade e falhas no atendimento aos direitos dos titulares. “É comum que empresas, no entusiasmo das vendas, adotem estratégias agressivas sem base legal — como o envio de e-mails promocionais sem autorização —, o que é ilegal”, explica.

Outro ponto de atenção envolve a publicidade jurídica nas redes sociais. Com o crescimento do número de perfis de advogados em plataformas como Instagram, LinkedIn e TikTok, muitos conteúdos ultrapassam os limites estabelecidos pelo Código de Ética da OAB. “A autoridade digital na advocacia precisa respeitar os limites da ética profissional. Em julho, com maior engajamento nas redes, aumentam também os olhos da OAB sobre práticas irregulares. O conteúdo jurídico não pode ser tratado como propaganda”, alerta.

Desde a posse da nova diretoria da ANPD, em março de 2025, a fiscalização tem se intensificado especialmente sobre micro e pequenas empresas dos setores de e-commerce, educação e serviços jurídicos. Em paralelo, também cresceu o número de denúncias feitas diretamente por consumidores, que agora contam com canais simplificados para reportar infrações.

Para reduzir riscos, Dolata recomenda que empresas estruturem suas ações de marketing com base em fundamentos legais e invistam em conteúdo informativo, sem apelos promocionais invasivos. “Estar em conformidade com a LGPD não é apenas evitar multas. É construir uma relação de confiança com o cliente, demonstrando responsabilidade e respeito pelos dados que ele confia à sua marca”, conclui o especialista.

Armazém logístico: como escolher a melhor opção para o seu negócio?

Nos bastidores de qualquer operação logística eficiente, a armazenagem, movimentação e automação são elementos decisivos para garantir a eficiência e eficácia da operação. Muito mais do que um espaço de estocagem, ele é o coração pulsante da intralogística. Um armazém bem estruturado, com processos otimizados e soluções adequadas ao perfil do negócio, impacta diretamente na competitividade da empresa seja pela agilidade nas entregas, pela redução de custos ou pelo ganho em produtividade.

Nos últimos anos, especialmente impulsionado pela ascensão do e-commerce no Brasil, vimos uma transformação acelerada nesse setor. As empresas passaram a enxergar seus centros de distribuição com um olhar mais estratégico, buscando modernização, automação e, sobretudo, eficiência. Mas, diante de tantas possibilidades, como escolher o modelo ideal de armazenagem para cada operação?

  1. Armazenagem própria

Ideal para organizações que desejam total controle sobre a operação. Nesse modelo, a empresa é responsável por toda a gestão — da estrutura física aos processos, layout, tecnologia e equipe. A grande vantagem está na personalização e autonomia: é possível adaptar o armazém conforme a sazonalidade, novas demandas de mercado ou expansão de portfólio.

No entanto, é preciso estar ciente dos custos envolvidos, da necessidade de constante atualização tecnológica e da responsabilidade integral pela performance da operação.

  1. Armazenagem terceirizada

Indicada para empresas que preferem concentrar esforços no seu core business, terceirizando a operação logística. Nesse caso, uma empresa especializada assume a responsabilidade pelo armazenamento, movimentação e controle dos produtos.

A grande vantagem é a agilidade para escalar operações e a redução de investimentos em infraestrutura e pessoal (CAPEX). Mas atenção: é essencial escolher parceiros com know-how comprovado, estrutura sólida e capacidade de atender às particularidades da sua cadeia logística.

  1. Armazenagem contratada

Um modelo híbrido, cada vez mais popular, principalmente com a expansão dos condomínios logísticos no Brasil. A empresa contrata o espaço e a estrutura física, mas mantém a gestão da operação e da equipe sob seu comando.

Esse formato une o melhor dos dois mundos: localização estratégica, infraestrutura moderna e flexibilidade operacional. É uma alternativa interessante para empresas que buscam crescer de forma estruturada, mantendo a gestão sob controle, mas sem os custos de construção e manutenção de um armazém próprio.

Por fim, a logística é o principal diferencial competitivo, e a cada ano a intralogística vem se consolidando como um diferencial estratégico nas empresas que buscam crescer com eficiência e sustentabilidade. A escolha do modelo de armazém logístico é um dos pilares dessa jornada alinhado com um bom projeto de automação.

A próxima onda de sistemas ERP inteligentes

Um Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais (ERP) é o cérebro operacional de uma empresa, centralizando dados e proporcionando transparência e insights em tempo real para decisões estratégicas. Entretanto, sistemas desatualizados transformam essa vantagem em um obstáculo à eficiência, ao crescimento e ao aproveitamento de oportunidades. A migração para plataformas modernas, especialmente baseadas em nuvem, deixa de ser opção para tornar-se imperativa.

A migração do ERP é um processo que envolve mover dados, configurações e fluxos de trabalho de um sistema antigo para um novo. Isso envolve planejamento, limpeza de dados, testes de sistema, treinamento de usuários e suporte para a implementação. O objetivo é aprimorar a funcionalidade, reduzir custos e alinhar o sistema às necessidades atuais do negócio.

O setor de ERP no Brasil experimenta um crescimento robusto. Segundo projeções da ABES (Associação Brasileira de Empresas de Software), o mercado deve alcançar US$ 4,9 bilhões em 2025, representando um crescimento de 11% em relação ao ano anterior. Esta expansão é impulsionada pela migração para a nuvem, com quase 30% dos investimentos direcionados para soluções SaaS (Software as a Service).

Segundo analistas da Gartner, o mercado global de ERP em nuvem atingirá US$ 40,5 bilhões até 2025, evidenciando uma transformação fundamental na forma como as empresas abordam seus sistemas de gestão.

Estratégias para uma migração bem-sucedida

A migração de ERP transcende a simples atualização de software. Trata-se de uma transformação organizacional que requer planejamento meticuloso e execução estruturada. Para desenvolver uma estratégia e um plano de transferência desses dados é importante seguir alguns passos:

– Auditoria e avaliação de dados – identificar redundâncias e inconsistências no legado é crucial. Focar na qualidade e relevância das informações a serem migradas agiliza o processo e garante integridade no novo ambiente;

– Análise de compatibilidade – é preciso garantir que os dados legados sejam compatíveis com os novos requisitos do sistema. Isso inclui a implementação de medidas preventivas contra perda de dados, duplicação e erros de migração;

– Governança e expertise – uma equipe multidisciplinar com conhecimento profundo tanto dos sistemas antigos quanto dos novos é essencial para conduzir a migração com eficiência. Esta equipe deve incluir especialistas em TI, usuários finais e consultores externos quando necessário;

– Testes rigorosos – simular operações e validar dados após a migração é essencial para detectar falhas, garantir desempenho e conformidade antes do go-live.

Benefícios da IA em ERP

A implementação de inteligência artificial em sistemas ERP gera impactos transformadores em múltiplas dimensões operacionais. A automação inteligente permite que processos complexos, que tradicionalmente demandavam intervenção humana constante, sejam executados de forma autônoma e eficiente. Isso inclui desde aprovações automáticas baseadas em regras de negócio pré-definidas até a otimização dinâmica de rotas de entrega, considerando variáveis como tráfego, condições climáticas e prioridades de cliente.

Paralelamente, os algoritmos de Machine Learning revolucionam a capacidade preditiva das organizações ao analisar padrões históricos complexos. Esta análise possibilita a previsão exata de tendências de demanda, a identificação proativa de oportunidades de otimização e a antecipação de problemas potenciais antes que se materializem em impactos operacionais significativos.

Perspectivas futuras

A adoção de ERPs modernos, baseados em nuvem e impulsionados por IA não é mera modernização tecnológica. É uma reestruturação estratégica que gera eficiência operacional tangível, ganhos de produtividade e redução sustentável de custos.

Empresas que dominarem essa transição, com migrações bem planejadas e aproveitamento das capacidades cognitivas da IA, não apenas navegarão pelos desafios do mercado atual, mas conquistarão uma vantagem competitiva decisiva.

Magalu lança “Paitrocine seu pai”, campanha bem-humorada de Dia dos Pais

Para este Dia dos Pais, o Magalu pega carona no “paitrocínio”, uma das principais conversas das redes sociais nesta época do ano, para colocar no ar a sua campanha promocional. Com o mote “Paitrocine seu pai”, a proposta é transformar o bom humor da internet em uma oportunidade de celebrar a data com afeto, presentes e descontos.

“Capturamos o termo “paitrocínio” muito utilizado pelos brasileiros nas redes sociais. Apostamos no tema “PAItrocine seu pai”, porque traz emoção e bom humor para a nossa campanha.” afirma Aline Izo, gerente sênior de marketing, branding e comunicação do Magalu. “Além disso, oferecemos descontos de até 60% e frete grátis para incentivar os filhos a retribuírem todo o apoio dos pais ao longo da vida”

A campanha fica ativa até 10 de agosto, o domingo do Dia dos Pais. Durante esse período, os consumidores encontram ofertas com até 60% OFF em itens selecionados no site, aplicativo e nas quase 1 250 lojas físicas pelo Brasil. O sortimento de produtos vem das mais diversas categorias, como eletrônicos, eletrodomésticos, cuidados pessoais, moda e decoração. 

“O humor é a linguagem dominante nas redes sociais quando falamos sobre paternidade, principalmente no Brasil. Segundo estimativa da Winnin, conteúdos com esse tom já ultrapassam 58 milhões de visualizações e mostram a força dessa abordagem na forma como os pais são retratados online”, diz Fabio Bronco, head de criação e negócios na Ogilvy Brasil. “Mais do que apenas humor, existe uma figura que gira em torno do pai brasileiro caricato: cheio de manias, com costumes muito próprios e um jeito único de se comunicar. Por isso, trouxemos duas famílias diversas em cenas cômicas em um shooting colorido para trazer essa alegria e essa vibração marcante da relação entre pais e filhos”. 

Gerando emoções com IA

O Magalu também aposta em uma experiência interativa e emocional com inteligência artificial no WhatsApp, criada em parceria com a 20DASH. No canal da Lu, bastará o cliente iniciar uma conversa com a influenciadora virtual do Magalu e seguir as orientações. Com base nas fotos enviadas, a IA gera um conteúdo personalizado para homenagear o vínculo entre pais e filhos, como um “encontro impossível no tempo”. A ação acontecerá entre 7 e 10 de agosto. A proposta une tecnologia e emoção, despertando nostalgia e gerando lembranças compartilháveis.

“Nossa tecnologia de inteligência artificial vai unir fotos de pais e filhos, na mesma idade, para gerar vídeos emocionantes de um abraço entre eles e recriar momentos de carinho que nunca aconteceram, mas que tocam o coração”, afirma Daniel Bottas, CCO da 20DASH. “A iniciativa vai além da animação, é um conteúdo personalizado gerado por IA e mostra como a tecnologia pode aproximar gerações e criar memórias cheias de emoção e curiosidade de forma única. Personalizar as campanhas por meio da IA é um desafio que o Magalu nos oferece diariamente.”

A campanha de dia dos pais também terá um time com mais de 100 influenciadores, com foco em divulgações de cunhos institucional e promocional. Entre os nomes estão Matheus Mazzola, Matheus Costa e Diego Cruz.

A ofensiva francesa contra Shein e Temu e o futuro do e-commerce de baixo custo

A França acendeu um alerta global ao aprovar uma legislação que mira diretamente plataformas como Shein e Temu, líderes mundiais no e-commerce de ultra baixo custo. Com um modelo baseado em produção acelerada, publicidade massiva e preços quase imbatíveis, essas empresas conquistaram consumidores, mas também levantaram críticas por práticas ambientais, trabalhistas e comerciais. Agora, o governo francês busca tornar essas operações menos vantajosas, impondo taxas, multas e restrições específicas. O movimento não é isolado: revela um reposicionamento estratégico da Europa frente à crescente influência do varejo digital chinês.

Entre as medidas já adotadas, destaca-se a multa de €40 milhões aplicada à Shein por ofertas enganosas e alegações ambientais sem comprovação, segundo o Wall Street Journal. Além disso, uma nova lei aprovada pelo Senado francês em junho de 2025 prevê taxas ambientais de até €10 por peça vendida até 2030 e proíbe influenciadores de promover produtos de ultra fast fashion. A justificativa oficial é reduzir o impacto ambiental e conter o hiperconsumo, mas especialistas veem também um movimento político para proteger a indústria local e responder à crescente pressão de entidades ligadas ao clima e aos direitos trabalhistas.

A estratégia francesa também atua em outra frente: dificultar o modelo logístico que sustenta a vantagem de custo desses aplicativos. O governo propôs à União Europeia a cobrança de taxas sobre pacotes de valor inferior a €150, atualmente isentos. Como Temu e Shein dependem fortemente de pequenos envios internacionais para escapar da tributação convencional, a medida pode reduzir drasticamente sua competitividade. Paralelamente, o Alibaba, dono da Temu, enfrenta investigações da UE sobre transparência de dados e segurança do consumidor, o que aumenta a pressão regulatória sobre a big tech chinesa.

A questão central é se essas plataformas conseguirão adaptar seu modelo de negócios a um ambiente regulatório mais rígido. Embora a Shein tenha prometido investir €13 milhões em conformidade e segurança, ainda pairam dúvidas sobre sua capacidade de operar com as mesmas margens quando confrontada com regras ambientais, fiscais e comerciais mais duras. Analistas alertam que o sucesso dessas plataformas se baseia, em grande parte, na fragilidade dos sistemas de regulação — e que, quando essas brechas se fecham, a vantagem de preço pode desaparecer.

Segundo Rebecca Fischerco-fundadora e Chief Strategy Officer (CSO) da Divibank, mais do que uma disputa comercial, o que está em jogo é o próprio futuro do consumo digital. “A ofensiva da França sinaliza um desejo de redesenhar as regras do e-commerce global, elevando os custos sociais e ambientais do que antes era vendido como acessível e democrático. Para as marcas chinesas, o desafio é claro: ou reinventam sua operação para atender às novas exigências internacionais, ou verão sua expansão global desacelerar. No fim das contas, o consumidor, atraído por preços baixos, terá que decidir o quanto está disposto a pagar por conveniência — e o quanto exige em responsabilidade”, afirma.

Engajamento autêntico e social commerce moldam nova era da publicidade digital, afirmam mLabs e TikTok

A publicidade digital vive uma transformação sem precedentes. A era dos anúncios interruptivos dá lugar ao conteúdo nativo, envolvente e construído com autenticidade — e essa mudança está redefinindo toda a lógica de engajamento, conversão e construção de marca. O tema foi debatido no episódio mais recente do Papo Social Media, podcast da mLabs, que reuniu Rafael Kiso, fundador e CMO da plataforma, e Bruno Lopes, head de vendas do TikTok Brasil.

Segundo os executivos, o marketing digital está sendo impulsionado por novas dinâmicas que priorizam conexão genuína com o público, e não mais apenas volume de impressões ou alcance superficial. “O TikTok não é apenas mais uma rede social, é um ambiente de descoberta, entretenimento e conexão emocional. As marcas que entendem isso estão colhendo resultados excepcionais”, afirmou Lopes.

A fala é sustentada por números: o TikTok ultrapassou 2 bilhões de usuários globais, com o Brasil entre seus principais mercados, e 87% dos usuários afirmam ter descoberto novas marcas organicamente na plataforma, segundo dados internos.

Métricas tradicionais já não bastam

Um dos destaques da conversa foi a crítica ao uso de indicadores ultrapassados, como alcance (reach) e CPM. “Muitas marcas ainda focam em métricas de vaidade, mas esses números sozinhos não significam nada”, alertou Lopes. Ele citou casos em que campanhas com 1 milhão de visualizações no TikTok geraram mais conversões do que outras com 10 milhões em plataformas tradicionais, graças ao engajamento qualificado.

Kiso complementou: “Performance em marketing hoje não é só sobre otimização de bids ou KPIs de curto prazo. É sobre criar conexões reais. No TikTok, uma campanha bem-feita não apenas vende, mas constrói brand equity e isso é inestimável.”

TikTok Shop e a evolução do social commerce

A ascensão do TikTok Shop também ganhou destaque na conversa. Para Lopes, a ferramenta representa um marco na forma como consumidores compram produtos digitalmente: “Estamos criando um ecossistema completo onde o consumidor descobre um produto, se inspira e compra, tudo em poucos segundos.”

Kiso trouxe exemplos práticos da atuação da mLabs com marcas que têm adotado essa abordagem integrada: “A Sallve, marca de beleza, aumentou suas vendas em 40% com anúncios nativos combinados com o TikTok Shop. Já a Renner, varejista de moda, reduziu seu custo por aquisição em 30% ao unir creators à estratégia de performance.”

Esse avanço está diretamente conectado ao crescimento acelerado do social commerce no Brasil. Segundo o Relatório do Varejo 2025, da Adyen, 55% dos brasileiros já utilizam redes sociais como canal de compras, enquanto 37% afirmam que tendem a adquirir um produto quando ele está em alta nas redes, um comportamento que reforça o papel estratégico do conteúdo na decisão de compra.

Conteúdo relevante como ativo estratégico

A conversa reforçou que as empresas que ainda tratam o TikTok como uma rede social “de jovens” estão perdendo tempo e mercado. “Quem ainda tem essa visão limitada está deixando passar uma das maiores oportunidades de negócios da atualidade”, alertou Lopes. Kiso foi ainda mais direto: “As empresas que investirem em conteúdo relevante, dados e plataformas como o TikTok hoje estarão à frente nos próximos anos.”

CMOs, IA e o desafio de transformar volume em resultado

O marketing vive uma crise de propósito. Em um cenário de orçamentos estagnados, pressões por resultado e jornadas cada vez mais fragmentadas, muitas equipes entraram em modo automático. A resposta para qualquer problema parece ser sempre a mesma: mais campanhas, mais investimento em mídia de performance, mais entregas em menos tempo. Mas os números recentes mostram o limite desse modelo. O Gartner CMO Spend Survey 2025 revela que mais da metade das campanhas executadas globalmente não geraram o retorno esperado em vendas.

Mesmo diante desse alerta, 55% dos CMOs afirmam que vão aumentar o investimento nos canais de performance em 2025. Tudo isso enquanto o próprio ROAS (retorno sobre o investimento em mídia) – o indicador que mede quanto uma empresa ganha para cada real investido em anúncios – se mostra cada vez mais instável. O que antes era uma métrica sólida para orientar decisões virou um termômetro de volatilidade. O comportamento do consumidor está mudando, os canais estão saturados e o modelo de insistir nas mesmas fórmulas começa a gerar mais desgaste do que resultado.

É nesse contexto que a Inteligência Artificial deixa de ser uma promessa e passa a ser uma necessidade estratégica. O levantamento aponta que 41% dos CMOs já utilizam IA para automatizar tarefas-chave e outros 33% estão integrando tecnologias avançadas, incluindo IA, para ampliar a eficiência de suas operações. Mas o ponto mais crítico não é a adoção da tecnologia em si, e sim o que as empresas estão fazendo com esse ganho de velocidade. Sem um salto de qualidade na estratégia e nos entregáveis finais, a IA corre o risco de se tornar apenas um acelerador de mediocridade.

A boa notícia é que existe outro caminho. Quando bem aplicada, a IA pode liberar os times de marketing das tarefas operacionais mais repetitivas, criando espaço para o que realmente importa: pensar, criar e conectar. Aqui, a IA generativa (GenAI) tem um papel cada vez mais decisivo. Não só como ferramenta para analisar dados ou rodar relatórios, mas como uma parceira na criação de imagens, vídeos, textos e peças que cheguem ao público final com consistência, identidade e propósito. Na Pupila, vemos isso de perto todos os dias: a tecnologia está permitindo que as marcas criem em escala, mas sem abrir mão da originalidade.

Mas se tem uma lição que esse momento impõe aos CMOs é a seguinte: eficiência sem empatia não constrói marca. A automação é bem-vinda, mas ela não pode substituir a sensibilidade humana. O desafio agora é usar IA para ganhar agilidade, sim, mas principalmente para abrir espaço para decisões mais humanas. Não basta saber o que o consumidor clicou. É preciso entender o que ele sente, o que move suas escolhas e o que pode, de fato, gerar uma conexão emocional verdadeira.

Enquanto alguns líderes vão continuar perseguindo escala a qualquer custo, os CMOs que entenderem o poder da humanização, com o suporte da tecnologia, e não apesar dela — serão os que vão construir marcas com presença real na vida das pessoas. Porque, no final, marketing continua sendo, acima de tudo, sobre gente falando com gente.

O futuro vai pertencer a quem souber combinar inteligência artificial com inteligência emocional.

Fintalk promove encontro exclusivo sobre o uso de IA na jornada do cliente 

No próximo dia 30 de julho, a Fintalk promove mais uma edição do seu ciclo de encontros voltados à inovação em relacionamento e tecnologia com foco no cliente. O evento, intitulado “Multiagentes: IA que Conecta a Jornada”, acontecerá no Cubo Itaú, em São Paulo, com a presença de cerca de 20 convidados entre líderes de áreas como CX, tecnologia, marketing, dados e transformação digital.

Com um formato intimista e voltado à troca de informações entre executivos, o encontro busca criar um espaço de escuta e construção conjunta sobre os desafios de aplicar inteligência artificial de forma eficaz ao longo de toda a jornada do cliente — do atendimento à cobrança.

O grande diferencial do encontro está na abordagem prática e voltada à realidade dos negócios. “Queremos promover um ambiente onde as lideranças possam compartilhar o que está funcionando e o que não está na implementação de arquiteturas com múltiplos agentes inteligentes. É uma discussão estratégica, que passa pela personalização em escala, aumento da resolução no primeiro contato e redução de esforço para o cliente”, explica Camila Rossi,  Head de Estratégia Comercial e Growth da Fintalk .

IA já impacta toda a jornada do cliente

Segundo uma análise recente da SuperAGI, 78% das empresas já utilizam IA em pelo menos uma função de negócios, e 71% adotam modelos generativos em 2024. Além disso, 70% das companhias aplicam inteligência artificial com foco direto na experiência do cliente, conforme levantamento da Desku.

A orquestração de multiagentes — ou seja, a coordenação entre diferentes instâncias de IA — tem sido vista como um avanço essencial para escalar a personalização sem perder a governança. Casos como o da Microsoft, que economizou mais de US$ 500 milhões em um ano com IA em seus call centers, demonstram o impacto real dessa tecnologia no relacionamento com o cliente.

Além disso, um estudo da Fullview mostra que o retorno sobre o investimento pode chegar a US$ 3,50 para cada dólar investido, com empresas maduras reportando até 8 vezes de ROI. Com isso, o uso de IA já reduz, em média, 13 horas de trabalho por colaborador ao mês, gerando economia de mais de US$ 4.700 mensais por funcionário.

A inteligência artificial como motor de transformação da experiência

O conceito de multiagentes, que é a combinação de diferentes modelos e camadas de IA trabalhando de forma orquestrada, tem ganhado espaço em grandes empresas interessadas em escalar a personalização sem abrir mão da governança. No evento, serão apresentados cases reais de aplicação dessa abordagem, com resultados concretos como: redução de custos operacionais em até 30%, aumento do índice de resolução no primeiro contato (FCR), adoção de arquiteturas de IA compostas por bots especializados por jornada, e automação de interações em canais como WhatsApp, app, e-mail e voz.

Além da exposição dos cases, o encontro contará com debates abertos entre os participantes e momentos de conexão, com café da manhã e recepção realizados no espaço do Cubo. “Não é um evento comercial. É uma conversa entre profissionais que estão enfrentando os mesmos dilemas em suas empresas e querem avançar com mais segurança. Acreditamos que o conhecimento cresce na troca”, reforça Danielle Francis, COO da Fintalk.

O encontro conta com o apoio do Cubo Itaú, um dos principais hubs de inovação da América Latina. A escolha do espaço reflete o posicionamento da Fintalk como ponte entre tecnologia, mercado financeiro e transformação digital, promovendo discussões relevantes para o ecossistema de inovação.

A expectativa é que, após essa edição, novas rodas de conversa sobre IA e jornada do cliente sejam realizadas, mantendo o compromisso da Fintalk com a difusão de conhecimento e a construção colaborativa de soluções.

Serviço

Evento: Multiagentes: IA que Conecta a Jornada

Data: Quarta-feira, 30 de julho de 2025

Horário: 8h30 às 12h30

Local: Cubo Itaú – Alameda Vicente Pinzon, 54 – Vila Olímpia, São Paulo (SP)

Inscrição: https://lu.ma/zd4gcc6e

Organização: Fintalk, com apoio do Cubo Itaú

Agentes autônomos de IA já são realidade no Service Desk

A presença de agentes autônomos baseados em Inteligência Artificial no atendimento de primeiro nível já não é mais uma promessa distante – é uma realidade prática e crescente no Brasil. Diferentemente dos chatbots tradicionais, esses agentes virtuais são capazes de entender contextos complexos, solucionar demandas técnicas com precisão e proporcionar uma experiência de usuário muito próxima à interação humana. Esse avanço tecnológico está redefinindo o papel do Service Desk nas organizações, tornando-o mais eficiente, ágil e estrategicamente relevante.

De fato, projeções indicam que até 2027 os agentes de IA serão o principal canal de atendimento ao cliente em cerca de 25% das organizações, segundo a Gartner

– reflexo de uma tendência global de adoção dessa tecnologia avançada.

Uma das principais vantagens dos agentes de IA generativa é a sua capacidade de compreender o contexto da conversa. Os agentes modernos mantêm na memória os detalhes fornecidos pelo usuário ao longo do diálogo. Isso permite que eles interpretem corretamente a intenção por trás das perguntas e até mudem de tópico sem se perder no contexto – mesmo que o usuário faça digressões ou introduza um assunto diferente no meio do atendimento.

Essa compreensão avançada da linguagem natural reduz drasticamente mal-entendidos e interações frustrantes. Com apoio de modelos de linguagem de grande porte (LLMs), o agente pode analisar a frase do usuário em profundidade, reconhecer gírias ou descrições incomuns de problemas e ainda assim gerar uma resposta coerente e relevante. O resultado é uma conversa muito mais fluida e intuitiva, em que o usuário sente que está sendo realmente compreendido.

Capacidade de resolver questões técnicas mais complexas

Nos Service Desks tradicionais, os chatbots frequentemente limitavam-se a resolver dúvidas simples (como reset de senha ou status de um pedido) e logo transferiam problemas mais complexos para atendentes humanos. Já os agentes virtuais inteligentes conseguem ir além do trivial e atuar em problemas técnicos de maior complexidade.

Por serem treinados em vastos conjuntos de dados e conhecimento, eles podem diagnosticar erros menos comuns, executar procedimentos de troubleshooting guiados e até consultar bases de conhecimento internas para encontrar soluções inéditas. Além disso, essas plataformas de IA se integram a sistemas corporativos e ferramentas de ITSM, podendo realizar ações automatizadas de forma autônoma.

Por exemplo, um bom agente de IA consegue executar fluxos inteiros de atendimento, como desbloquear uma conta de usuário ou reinstalar remotamente um software, sem intervenção humana. Ele reconhece a solicitação do usuário, verifica as informações necessárias (como identidade ou permissões) e então aciona as APIs ou scripts apropriados para solucionar o caso – tudo isso em segundos.

Essa autonomia operacional, combinada com a inteligência generativa, permite lidar desde casos simples até incidentes de TI mais desafiadores, somente envolvendo a equipe humana quando realmente necessário. O impacto é direto na eficiência: tarefas repetitivas são resolvidas em alta velocidade, e os especialistas de suporte ganham tempo para se dedicar aos problemas realmente complexos ou estratégicos.

Experiência do usuário aprimorada

Os novos agentes virtuais oferecem uma experiência muito mais rica e satisfatória. Primeiro, eles estão disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, com respostas imediatas – algo que os bots antigos também prometiam, mas agora essas respostas são mais úteis e contextuais, reduzindo a necessidade de esperar por um atendente humano.

Além disso, a comunicação com um agente de IA generativa tende a ser mais humanizada: a forma de dialogar é menos “robótica”, com capacidade de entender linguagem natural e até personalizar as respostas de acordo com o perfil do usuário.

Outro ponto importante é que esses agentes foram projetados para proporcionar uma transição suave para um humano quando necessário, o que é crucial para a satisfação. Boas práticas indicam que o próprio chatbot deve avisar o cliente que irá conectá-lo a um agente humano caso não possa resolver o problema, e então transferir o atendimento sem rupturas, de modo que o atendente humano dê continuidade de onde o bot parou.

Essa passagem de bastão bem orquestrada evita que o usuário tenha que repetir informações e elimina aquela sensação de ficar “preso” falando com uma máquina. Em resumo, os agentes de IA generativa simplificam e agilizam a jornada do usuário, entregando soluções mais rápidas e interações de melhor qualidade – o que se reflete em maior satisfação e confiança no suporte de TI da empresa.

Longe de substituir completamente a equipe humana, essa nova geração de agentes trabalha em sintonia com os profissionais de suporte: assume as demandas repetitivas e de primeiro nível, com velocidade e precisão incomparáveis, e libera os humanos para focar onde sua expertise é insubstituível – nas situações inéditas ou de alta criticidade. Os profissionais especializados são fundamentais para supervisionar, ajustar e dar suporte aos agentes virtuais, garantindo que a automação inteligente complemente, e não substitua, a expertise humana. Neste contexto, o futuro do Service Desk está claro: equipes humanas e agentes virtuais inteligentes atuando juntos para construir um suporte mais estratégico, eficiente e centrado nas reais necessidades dos usuários.

[elfsight_cookie_consent id="1"]