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Apenas 4 em cada 10 empresas brasileiras usam campanhas automatizadas de WhatsApp, aponta pesquisa

Apenas quatro em cada dez empresas brasileiras usam campanhas automatizadas de WhatsApp, segundo a pesquisa “Panorama do Uso do WhatsApp e Estratégias de Marketing no Brasil”, estudo aprofundado sobre o cenário atual, desafios e tendências do marketing conversacional no país.

A pesquisa, conduzida pela ActiveCampaign, com o apoio da AnaMid (Associação Nacional do Mercado e Indústria Digital), mapeou como as empresas brasileiras utilizam o WhatsApp e outras plataformas de marketing para gerar vendas, além de apontar os principais desafios técnicos e estratégias para os negócios.

“O estudo mostra que o Brasil já consolidou o WhatsApp como ativo indispensável, mas ainda enfrenta desafios de governança, mensuração e diversificação. Para avançar, será preciso dar quatro passos fundamentais: institucionalizar o planejamento orçamentário, profissionalizar a mensuração, expandir os horizontes de canal e avançar em automação inteligente com uso de IA e integrações nativas”, afirma Rodrigo Bidinoto, diretor global de vendas na ActiveCampaign.

Resultados

Do total de empresas, 79,3% já usam o WhatsApp no negócio e 77,6% o enxergam como canal principal de marketing pelo menos para os próximos dois anos, mostra a pesquisa, que confirma que a ferramenta é um dos pilares do ecossistema digital brasileiro. Porém, ela ainda é vista de forma funcional, concentrada em atendimento (90,8%) e suporte pós-venda (66%). Apenas 41,2% exploram campanhas automatizadas.

Rodrigo Neves, presidente nacional da AnaMid, explica que os dados mostram que há um subaproveitamento do potencial conversacional e de automação da plataforma. “A concentração no atendimento confirma o papel do WhatsApp como ferramenta de relacionamento e retenção, mas também expõe uma subutilização do potencial de integração com funis de aquisição e campanhas escaláveis”, afirma.

A pesquisa aponta uma maturidade fragmentada no uso do WhatsApp: 45% das empresas utilizam a API oficial, 41,2% recorrem a soluções não oficiais e 13,9% desconhecem a diferença. Apesar da ampla adoção, 64,3% dizem que as plataformas entregam apenas parcialmente o prometido, 55,5% enfrentam falhas de rastreabilidade e 72,7% já tiveram problemas na aprovação de templates, fatores que revelam fragilidade de governança, custos restritivos e instabilidade regulatória.

“Esse cenário revela um dilema: o WhatsApp é ao mesmo tempo indispensável e limitado. Para empresas, a estratégia passa por equilibrar o uso pragmático do canal com investimentos em integrações inteligentes (CRM, automações, atribuição offline) e governança sobre dados e compliance. Para o mercado, a evolução desse ecossistema será determinante para separar quem apenas ‘atua no WhatsApp’ de quem transforma o aplicativo em uma engrenagem central de relacionamento, vendas e marketing escalável”, afirma Neves.

O WhatsApp aparece como o terceiro canal de marketing utilizado (62,7%), atrás de Meta (77,3%) e Google Ads (68,7%). “O mix de canais é dominado por plataformas de leilão, o que revela uma ‘tática de sobrevivência’ orientada à captura e à conversão rápidas no curto prazo. A adoção relativamente baixa de Tiktok Ads (8,7%), influenciadores (17,3%) e mídia offline (16,7%) limita a criação de demanda nova e a construção de marca fora do duopólio, pressionando CPMs e CAC”, diz o presidente da AnaMid.

Impactos no negócio

O estudo solicitou, também, aos respondentes, para que apontassem a principal mudança que fariam na plataforma com base nas dificuldades enfrentadas. As perguntas, abertas, foram compiladas e as cinco sugestões mais citadas foram, na ordem:

1) Integração mais simples, nativa e sem burocracia (com CRMs, IA, automações e métricas integradas);

2) Redução de custos e maior clareza de preços (especialmente no custo por mensagem e nos planos da API oficial)

3) Mais transparência e flexibilidade nas regras (fim da insegurança de banimentos e revisão da janela de 24h).

4) Dashboards e métricas avançadas nativas (leitura, cliques, conversão e jornada do cliente em tempo real)

5) Suporte mais próximo e humano – atendimento rápido, qualificado e inclusivo para PMEs.

Expectativas e tendências

De acordo com o levantamento, o futuro do setor será guiado por três eixos: inteligência artificial para automação e hiperpersonalização, WhatsApp como hub de marketing e vendas com social commerce e pagamentos, e dados integrados com rastreabilidade em tempo real.

“Em paralelo, formatos emergentes como TikTok Ads, live commerce e comunidades digitais despontam como territórios de experimentação, mas ainda permanecem periféricos diante da centralidade do WhatsApp e das plataformas de leilão”, afirma Neves.
 

A pesquisa contou, ainda com o raio-X do cenário geral do marketing para as empresas, com dados sobre divisão orçamentária, investimento em performance x branding e adoção e desafios de e-commerce, além de uma série de outros dados qualitativos do setor.

Perfil e metodologia

No top 3 de cargos respondentes, aparecem empresários/empreendedores (42%), diretor/gerente de marketing (29,3%) e coordenador de marketing (10,7%). No recorte de atuação, aparecem serviços (53,3%), tecnologia/startups (20,7%) e indústria (8,7%). Na subdivisão de tamanho de empresas, os respondentes aparecem, em ordem, como micros (43,7%), pequenas (33%), médias (13%) e grandes (10,3%).

A pesquisa foi realizada via GoogleForms, e contou com um total de 300 empresas respondentes.

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