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Cinco passos para empresas se adequar à LGPD sem grandes investimentos

O debate sobre privacidade e governança digital ganha relevância entre os negócios de menor porte, que já representam 99% das empresas brasileiras, segundo o Sebrae. Embora muitos empreendedores ainda associem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) a um tema complexo e caro, especialistas alertam que a conformidade pode começar com ações simples e de baixo custo.

De acordo com Edgard Dolata, advogado e especialista em LGPD, professor convidado em programas de educação executiva e sócio da Legal Comply e Dopp Dolata Advogados, a proteção de dados é hoje um requisito de sobrevivência também para os pequenos negócios. “Há uma falsa ideia de que segurança digital é assunto para grandes corporações. Mas as micro e pequenas empresas estão entre as mais vulneráveis a ataques e sanções da ANPD”, afirma.

Dados da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) indicam que o número de denúncias contra empresas de pequeno porte cresceu 37% no primeiro semestre de 2025, impulsionado por falhas em campanhas digitais e ausência de políticas básicas de privacidade. 

Para Dolata, o caminho para evitar multas e preservar a reputação começa pela estruturação mínima de governança. “A conformidade não exige grandes investimentos, mas sim clareza sobre quem acessa as informações, como são armazenadas e qual o destino dos dados após o uso”, explica.

Entre as medidas mais eficazes e econômicas, o advogado recomenda cinco passos iniciais:

  1. Nomear um responsável interno pela privacidade e segurança da informação, mesmo que acumule outras funções.
  2. Criar uma política simples de uso de dados, que oriente colaboradores e parceiros.
  3. Revisar permissões de acesso e implementar autenticação em dois fatores em sistemas críticos.
  4. Realizar backups automáticos e testados, garantindo continuidade do negócio em caso de incidentes.
  5. Treinar a equipe para reconhecer golpes digitais, como phishing e falsos e-mails de fornecedores.

Segundo Edgard Dolata, o maior erro das pequenas empresas é postergar ações por acreditar que a fiscalização não chegará até elas. “Com a transformação digital acelerada e o aumento de denúncias online, a ANPD já monitora setores antes invisíveis, como e-commerces regionais, escolas e escritórios de serviços”, destaca.

A orientação do especialista é clara: investir em segurança da informação é investir na longevidade da empresa. “A proteção de dados não é luxo, é requisito de sobrevivência também para pequenos negócios. Cada senha trocada, cada política escrita e cada colaborador treinado representam um passo concreto para proteger a marca e o cliente”, conclui.

Vendas de cards usados do Pokémon por meio da OLX crescem 130% em 2025

As vendas de cards usados da franquia Pokémon cresceram 130% por meio da OLX entre janeiro e setembro, no comparativo com o mesmo período de 2024. Yu-gi-oh! teve alta de 62% no mesmo período. É o que aponta levantamento do maior marketplace de classificados de produtos usados, autos e imóveis do Brasil, que avaliou quatro marcas famosas de cartas colecionáveis.

“O mercado de cards colecionáveis é um exemplo de como os produtos usados podem continuar gerando valor por meio da economia circular. Para quem compra, é uma oportunidade de encontrar cartas raras e expandir a coleção por preços mais acessíveis. Já para quem vende, é uma forma de transformar itens guardados em casa em renda extra”, afirma Flávio Passos, VP de Autos e Bens de Consumo do Grupo OLX.

Dentre as quatro marcas analisadas, o Pokémon é campeão no ranking de vendas, com 92% de participação. O Yu-gi-oh ocupa o segundo lugar, com 4%, seguido pelo Digimon, com 2%, e pelo Magic: The Gathering, com 1% .

Mais procurados e anunciados

Os cards do Pokémon também foram os mais procurados, com 91% de participação. Em seguida, estão os do Yu-Gi-Oh!, com 6%, os do Magic: The Gathering, com 2%, e os do Digimon, com 1%.

No ranking de mais anunciados, os cartões da franquia japonesa também ocupam a liderança, mas com menor participação do que nos outros rankings, com 83%, seguido pelo Yu-Gi-Oh!, com 13%, Digimon, com 3%, e Magic: The Gathering, com 2%.

Como fazer uma compra online com mais segurança

  • Não divulgue seus dados pessoais nem seu número de celular;
  • Desconfie de preços ou ofertas muito abaixo do mercado;
  • Verifique na plataforma informações sobre o vendedor, como tempo de conta, registro da empresa, se for o caso, e licenças;
  • A OLX oferece a opção Garantia da OLX, serviço pelo qual é possível pagar a compra pela plataforma, sem precisar efetuar transferências para terceiros. Assim que o pagamento é confirmado pela OLX, o comprador recebe uma mensagem de confirmação diretamente no chat do anúncio;
  • Sempre peça a nota fiscal do item que está negociando. Desta forma, há certeza da legalidade da procedência do produto e, caso ainda esteja na garantia, é possível ter acesso à assistência técnica oficial;
  • No caso de uma compra ou entrega presencial, escolha lugares movimentados, como praças, shoppings ou estações de metrô. Se possível, sempre vá acompanhado de outro adulto;
  • A OLX não possui parcerias com aplicativos de mobilidade, como Uber, Rappi e 99. Para vendas e compras com a Garantia da OLX, as entregas funcionam para todo o Brasil via Correios, Jadlog, Clique e Retire, Loggi e R3 Transportes. Verifique sempre, na área logada do site ou app, seu histórico de venda e a forma como seu produto será enviado;
  • A OLX nunca solicita códigos de confirmação ou de segurança, seja por telefone, e-mail, chat ou aplicativos de mensagens. Se você receber algum contato em nome da OLX solicitando qualquer código ou senha, denuncie na plataforma;
  • A OLX não envia e-mails com anexos ou links que redirecionam para fora da plataforma. Caso você receba alguma comunicação do tipo, não baixe nenhum tipo de documento e não clique nos links.

User Generated Content já não lidera engajamento, mas continua relevante para pequenos negócios, aponta pesquisa da Photoroom

Ao longo dos anos, as mídias sociais sempre defenderam a ideia de que User Generated Content, conhecido como UGC, seria a força vital do engajamento digital. A ideia de que clientes reais dariam autenticidade às páginas das marcas e construiriam comunidades fiéis era quase um consenso no marketing. Porém, um novo levantamento da Photoroom, plataforma líder em edição de imagens com IA, revela que essa crença já não se sustenta.

De acordo com a pesquisa, apenas 7% das marcas ainda consideram o UGC um dos principais motores de engajamento nas redes sociais, apesar de quase um terço continuar a utilizá-lo em páginas de e-commerce. O levantamento ainda indica que 77% das empresas incorporam o UGC em algum ponto de sua comunicação, como nas listagens de produtos (30%), em ativos de marketing (21%) e em ambos (26%), mas menos de 10% avaliam que ele contribui de forma significativa para interações nas redes.

Para Matt Rouif, CEO da Photoroom, a percepção das marcas nem sempre corresponde ao impacto real do UGC. “O conteúdo gerado por usuário já foi sinônimo de autenticidade, mas as redes estão saturadas e até fotos amadoras podem parecer roteirizadas. Isso não significa que perdeu valor, e sim que precisa ser usado no contexto certo, com qualidade visual que valorize o produto”, pontua.

A queda de eficácia está ligada à supersaturação de conteúdo e à mudança nas expectativas do público. Consumidores mais jovens, como millenials e Geração Z, são expostos a tantos formatos que deixaram de ver o UGC como algo espontâneo. Além disso, imagens amadoras muitas vezes não mostram os produtos em seu melhor ângulo, criando uma barreira visual que desestimula cliques e interações.

O estudo revela, porém, que o UGC mantém relevância em setores específicos, como beleza e cuidados com a pele, que são categorias em que ele segue impulsionando conversões. Nesses casos, consumidores valorizam ver texturas, cores reais e resultados práticos, ou seja, fatores que fotos de clientes costumam mostrar melhor do que imagens de estúdio. Em contrapartida, nichos como joias e acessórios dependem de imagens profissionais, pois os consumidores exigem alta resolução para avaliar detalhes e acabamento.

Para pequenos varejistas, o UGC segue sendo um recurso estratégico e acessível. Muitos contam com orçamentos reduzidos para fotografia ou campanhas profissionais e aproveitam as fotos enviadas por clientes como ponto de partida para divulgar produtos.

Rouif conta que, segundo relatos recebidos de pequenos lojistas, avaliações com fotos feitas por clientes aumentam o clique e a intenção de compra. Quando combinadas a fotos de estúdio, essas imagens ajudam os consumidores a se verem no produto e contribuem para a conversão. Ele acrescenta que, com editores de fotos baseados em IA, mesmo lojas de menor porte conseguem redimensionar e ajustar a qualidade dessas fotos para garantir consistência visual nas páginas e campanhas.

Entre 2015 e 2020 sabe-se que o Instagram favoreceu imagens mais elaboradas e estéticas, enquanto o TikTok popularizou vídeos curtos e crus, considerados mais autênticos. Durante a pandemia, por exemplo, o uso de UGC cresceu quando as marcas recorreram a ele para suprir restrições orçamentárias e operacionais. Isso mostra que a importância do conteúdo gerado por usuário oscila conforme as plataformas, as tendências culturais e as condições do mercado.

A análise da Photoroom reforça que, mesmo com a perda de protagonismo nas redes sociais, o UGC continua sendo um recurso eficaz para construir confiança, reduzir barreiras de compra e fortalecer marcas menores, especialmente quando combinado com ferramentas de edição de fotos que melhoram a qualidade visual sem comprometer a autenticidade.

Metodologia 

O relatório é baseado em duas fontes de dados: uma pesquisa interna da Photoroom entre os usuários e uma pesquisa externa entre proprietários de pequenas empresas e gerentes do setor. A Photoroom realizou a pesquisa com clientes em um painel de 1.131 usuários nos EUA, no Reino Unido e no Brasil, de 5 de dezembro de 2024 a 13 de janeiro de 2025. A pesquisa externa foi realizada via Centiment em um painel de 1.575 profissionais de 12 de dezembro de 2024 a 31 de dezembro de 2024. 

Consultoria lança guia prático de segurança para blindar empresas antes da Black Friday

Com o avanço do e-commerce e o aumento das campanhas promocionais, a Black Friday se consolidou como um dos períodos mais visados por cibercriminosos. A LC SEC, consultoria especializada em cibersegurança corporativa com atuação no Brasil e na Europa, identificou um crescimento expressivo nas tentativas de phishing, fraudes em anúncios e invasões a sistemas de pagamento nas semanas que antecedem o evento. Para apoiar empresas na prevenção de incidentes, a companhia lança o Guia de Segurança Corporativa para a Black Friday, material gratuito que reúne orientações práticas para reduzir vulnerabilidades e proteger dados sensíveis.

O guia, disponível em formato PDF no site da LC SEC, apresenta 10 práticas fundamentais de segurança corporativa, com linguagem acessível e aplicável a empresas de qualquer porte. O conteúdo aborda temas como conscientização e treinamento de funcionários, autenticação multifator, políticas de senha seguras, backups, monitoramento e resposta a incidentes, além de recomendações alinhadas a normas internacionais como ISO 27001, SOC 2 e LGPD.

Segundo Luiz Cláudio, CEO e fundador da LC SEC, a pressa por aproveitar oportunidades comerciais também impacta as equipes internas. “Durante a Black Friday, é comum que colaboradores e gestores relaxem controles básicos de segurança em nome da agilidade. Nosso objetivo com o guia é ajudar empresas a manterem a performance operacional sem abrir brechas para ataques”, explica o executivo, especialista em compliance e normas internacionais de cibersegurança como ISO 27001, PCI DSS e NIST.

O alerta é justificado. Segundo dados da Visa, o número de transações suspeitas de fraude bloqueadas no Brasil durante a Black Friday de 2024 aumentou 270% em relação ao ano anterior, evidenciando a escalada dos ataques digitais. No mesmo período, a consultoria Redbelt Security detectou 1.296 sites falsos com ofertas da Black Friday criados em apenas três semanas antes do evento, sendo 533 surgidos nos últimos cinco dias da pesquisa. Já o Mapa da Fraude da ClearSale registrou, apenas no primeiro semestre de 2024, mais de 1 milhão de tentativas de golpes em operações online, totalizando R$ 1,2 bilhão em valores potencialmente perdidos.

Além das perdas financeiras, o impacto reputacional é outro risco para as marcas. Um estudo da PwC revelou que 47% dos consumidores deixariam de comprar de uma empresa após uma experiência negativa, e pesquisas de mercado indicam que o percentual pode subir para 48% após um incidente de segurança. “A confiança é um ativo valioso. Um único ataque pode comprometer anos de construção de marca e relacionamento com o cliente”, destaca Luiz Cláudio.

Com mais de uma década de atuação em cibersegurança, a LC SEC vem ampliando seus programas de educação digital, que incluem guias temáticos e treinamentos corporativos voltados à criação de uma cultura sólida de proteção de dados. O Guia de Segurança Corporativa para a Black Friday já foi adotado por fintechs e varejistas parceiros, e integra um plano contínuo de conscientização que também contempla novas edições para o Natal e o início do ano fiscal.

Do Brasil para o mundo: Amazon impulsiona artistas nacionais e consolida indústria criativa brasileira como potência global

Reforçando seu compromisso com o desenvolvimento econômico e cultural do Brasil, a Amazon divulga o Relatório Internacional sobre Indústrias Culturais e Criativas, que destaca o papel da empresa na transformação do cenário criativo brasileiro. O estudo mostra como a Amazon vem auxiliando autores, músicos, cineastas e produtores em todo o país, promovendo acesso, diversidade e novas oportunidades no setor.

Com plataformas como Prime Video, Kindle, Audible e Amazon Music, a Amazon democratiza o acesso à cultura e estimula o consumo de conteúdo em regiões onde o acesso físico a livrarias, cinemas ou teatros é limitado. Essa transformação digital amplia o alcance de artistas e criadores, conectando comunidades e promovendo inclusão cultural para além do próprio país.

Nossa missão é conectar o talento brasileiro ao mundo. Investimos em cultura porque acreditamos no poder transformador da criatividade nacional – não apenas para gerar oportunidades econômicas, mas para projetar nossa identidade globalmente. O Brasil é uma potência criativa e a Amazon está comprometida em ser a plataforma que amplifica essas vozes“, afirma Juliana Sztrajtman, presidente da Amazon.com.br.

Por meio do Kindle Direct Publishing (KDP), milhares de autores independentes vêm conquistando leitores em diferentes países. O sucesso da escritora Jéssica Macedo, nomeada para a lista Under 30 da Forbes Brasil, simboliza esse movimento: com mais de 200 livros publicados e traduzidos para seis idiomas, ela começou na autopublicação digital e teve obras adaptadas para o cinema.

A Amazon também investe no fortalecimento da literatura nacional com iniciativas como o Prêmio Kindle de Literatura, em parceria com o Grupo Editorial Record, TAG Experiências Literárias e Audible; o Prêmio Kindle Vozes Negras, voltado ao reconhecimento de autores negros brasileiros; e o Prêmio Kindle de Literatura Jovem, dedicado ao público Young Adult. Além disso, o Pitching: Audible Original, primeira iniciativa voltada à narrativa em áudio no Brasil, recebeu mais de 200 inscrições e oferece um workshop gratuito com 30 episódios sobre criação de conteúdo em áudio, fortalecendo o mercado de storytelling no país.

No audiovisual, o Prime Video é um dos principais vetores do impacto cultural da Amazon. Desde 2019, foram mais de 35 títulos originais produzidos no Brasil, em parceria com produtoras como O2 Filmes, Conspiração Filmes, Paranoid, Santa Rita Filmes, Floresta Produções e Formata. Entre os destaques está Cangaço Novo, filmado no Nordeste e vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro na categoria Melhor Série Brasileira de Ficção, exemplo de como narrativas regionais podem conquistar o público global.

A iniciativa se soma ao impacto mais amplo da empresa no país. Nos últimos dez anos, a Amazon já investiu mais de R$ 55 bilhões no Brasil, gerando 36 mil empregos diretos e indiretos. Os números reforçam a visão de longo prazo da empresa, voltada à inovação, à digitalização e à criação de oportunidades em diferentes áreas, da tecnologia ao entretenimento.

Relatório Internacional sobre Indústrias Culturais e Criativas pode ser acessado aqui.

Privalia anuncia chegada de Nike, MAC Cosmetics e Clinique ao portfólio fixo e reforça estratégia de expansão de seu marketplace

 A Privalia anuncia um marco significativo em sua estratégia de negócios com a chegada das marcas Nike, operada pela FISIA, e Grupo Estée Lauder, com lojas oficiais da Clinique e MAC Cosmetics, ao seu marketplace, o BrandsPlace. Este movimento faz parte do objetivo da plataforma de expansão desse modelo de negócio, que com apenas dois anos desde o seu lançamento já representa 15% do faturamento da empresa.

Como um complemento do modelo tradicional de outlet da Privalia, o BrandsPlace permite que as marcas operem sua própria vitrine digital dentro da plataforma, com total autonomia para disponibilizar itens de linha e condições exclusivas.

“O lançamento de novas marcas no BrandsPlace é um pilar essencial da nossa estratégia de expansão e crescimento. Marcas icônicas como Nike, MAC e Clinique, do Grupo Estée Lauder, que estão sendo lançadas pela primeira vez em nosso marketplace, onde a marca entra como seller, tem demonstrado ser um grande sucesso, especialmente para as marcas que equilibram a venda de coleções anteriores no outlet com coleções atuais no BrandsPlace. Para nós, esses são os maiores lançamentos do ano, com um impacto significativo tanto para o nosso negócio quanto para o de nossos parceiros”, comenta Mayra Dietzold Palacios, CMO da Privalia.

O lançamento dessas marcas de prestígio no portfólio fixo da plataforma eleva a proposta de valor oferecida aos clientes Privalia. Com uma expectativa de gerar R$ 27,6 milhões em faturamento anual e 20 milhões de impressões, o movimento é impulsionado por condições atrativas. A MAC Cosmetics e a Clinique, do Grupo Estée Lauder, oferecem 10% de desconto no PIX. Já a Nike, operada pela FISIA, complementa o diferencial com 10% de desconto no PIX e frete grátis para as regiões Sul e Sudeste em compras acima de R$ 399, além de porcentagens exclusivas em itens selecionados.

Portfólio

O portfólio da Privalia ganha reforço significativo com a entrada das novas marcas. A estreia da Nike, operada pela FISIA, na plataforma conta com um sortimento robusto, que inclui cerca de 800 SKUs e ultrapassa 7 mil variações de produtos, abrangendo vestuário, calçados e acessórios esportivos. Já o Grupo Estée Lauder, com lojas oficiais da Clinique e MAC Cosmetics, passa a disponibilizar dentro da Privalia um mix de mais de 800 produtos.

Dark kitchens impulsionam expansão do delivery no Brasil

O setor de delivery de comida segue em forte expansão no Brasil e deve atingir uma receita de US$ 21,18 bilhões até o final de 2025, segundo dados do Statista. Com uma taxa de crescimento estimada em 7,05% ao ano, a expectativa é que o segmento alcance US$ 27,81 bilhões até 2029, consolidando o país entre os maiores mercados globais para o consumo de refeições fora do lar via aplicativos.

Esse cenário reforça a ascensão das chamadas dark kitchens, cozinhas voltadas exclusivamente para o preparo de pedidos de delivery. O modelo vem se mostrando ideal para atender à demanda crescente por variedade de cardápios e agilidade operacional, além de reduzir custos fixos em comparação a restaurantes tradicionais.

Entre as empresas que se destacam nesse movimento está a Tastefy, rede multimarcas que nasceu com DNA digital e aposta no formato como estratégia de expansão. “As dark kitchens nos permitem diversificar conceitos gastronômicos, ajustar operações em tempo real e crescer de forma sustentável, acompanhando a velocidade do mercado”, afirma a Victor Abreu, CEO da rede.

A expansão das dark kitchens aponta para um novo desenho do setor de alimentação: negócios mais ágeis, digitais e adaptados às necessidades de conveniência do consumidor urbano, que hoje valoriza tanto a experiência gastronômica quanto a praticidade do delivery.

Raio X:

  • Investimento inicial total estimado: R$299 mil (incluindo taxa de franquia)
  • Faturamento médio mensal: R$240 mil (Operando com os todas as marcas e nos dois turnos)
  • Prazo de retorno: 12 a 24 meses

Varejo tradicional e e-commerce: Mercado Livre e Casas Bahia se unem

O Mercado Livre e o Grupo Casas Bahia anunciaram uma parceria que permitirá a venda de produtos da varejista, como eletrodomésticos, eletrônicos e móveis, diretamente na plataforma de e-commerce a partir de novembro. A iniciativa transforma o marketplace latino-americano no principal canal para esses itens, enquanto a varejista continuará responsável pela logística dos produtos de grande porte.

O movimento une dois modelos de negócio distintos, pois a Big Tech do varejo online atua majoritariamente como hub de comércio eletrônico, conectando vendedores a consumidores, enquanto a empresa fundada por Samuel Klein é, tradicionalmentem uma varejista direta, com controle sobre estoques e logística. A colaboração amplia a experiência digital com produtos de forte apelo de consumo, oferecendo conveniência e confiabilidade, especialmente na entrega de itens volumosos.

Para a Casas Bahia, a aliança representa uma oportunidade de expandir seus canais de venda em um momento de ajustes internos e reestruturação financeira iniciada em 2023. Já para o Mercado Livre, a parceria supre uma lacuna importante: a empresa ainda tem participação limitada no segmento de eletrodomésticos de grande porte, onde busca replicar o domínio conquistado em categorias menores.

O acordo reflete uma tendência mais ampla no varejo brasileiro: a integração entre canais digitais e operações tradicionais. Plataformas de marketplace oferecem escala e alcance, enquanto varejistas consolidadas mantêm expertise logística e relacionamento direto com o consumidor. Essa combinação pode redefinir o comércio de eletrodomésticos e eletrônicos, ao mesmo tempo em que aumenta a competitividade e fortalece a presença digital de marcas já estabelecidas.

Para Rebecca Fischerco-fundadora e Chief Strategy Officer (CSO) da Divibank, a verdadeira transformação do varejo brasileiro vai além da tecnologia e exige um salto cultural, educacional e logístico. “A inovação precisa deixar de ser um projeto de PowerPoint e se tornar uma realidade operacional, inclusiva e escalável”, afirma.

Embora os termos financeiros e projeções de vendas não tenham sido divulgados, a parceria reforça a importância de alianças estratégicas que conciliem eficiência operacional, experiência do cliente e expansão digital, em linha com movimentos semelhantes observados no setor, como a colaboração entre Magazine Luiza e AliExpress no ano anterior.

O Impacto da Inteligência Artificial na Governança Corporativa

A Inteligência Artificial (IA) está redefinindo de forma bastante rápida as práticas de governança corporativa, possibilitando maior precisão, agilidade e segurança na gestão de empresas de todos os segmentos e tamanhos. Ela não substitui a liderança, mas vem se mostrando uma ferramenta com grande capacidade de aprimoramento das decisões de conselhos e executivos, tornando-as mais eficientes, transparentes e informadas.

As diferentes ferramentas disponíveis são capazes de fornecer melhores análises preditiva e de cenários. Com a finalidade de antecipar riscos e identificar oportunidades, algoritmos analisam tendências de mercado, comportamento do consumidor e dados internos. Indicadores corporativos, que servem como forma de monitorar desempenho, podem ser acompanhados em tempo real, alertando conselhos e lideranças de forma ágil sobre possíveis desvios ou necessidades de ajustes.

A IA tem grande velocidade no processamento de dados, sendo capaz de detectar anomalias, inconformidades, fraudes e condutas antiéticas.  Algoritmos de Machine Learning (Aprendizado de Máquina) monitoram transações financeiras, contratos e interações empresariais em tempo real. Documentos e atualizações legislativas são alinhados às normas legais vigentes através de sistemas especializados que aumentam a segurança jurídica.

Tarefas repetitivas e burocráticas podem ser automatizadas, fazendo com que o tempo dos profissionais e integrantes dos conselhos de administração seja melhor aproveitado. Um exemplo disto é a possibilidade de automação documental, com geração e adaptação precisas e consistentes de contratos, atas e outros documentos jurídicos com base em modelos e padrões internos.

Quando utilizada a partir de um olhar ético e responsável, os benefícios da IA são imensos. Porém, é importante que os conselhos e lideranças sejam capazes de criar um framework robusto de governança na área com a intenção de mitigar riscos. É fundamental garantir, através de auditorias regulares, que os algoritmos sejam justos e não perpetuem preconceitos históricos. Todas as decisões devem ser facilmente compreensíveis e auditáveis.

É essencial que ocorra a adoção de protocolos rigorosos de segurança cibernética e que a confidencialidade no uso de dados internos seja garantida, estando em conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). E talvez o mais importante: as diretrizes de implementação da IA devem ser sempre claramente alinhadas com a estratégia, os valores e o apetite de risco da empresa. Se isto for conquistado, os resultados são garantidos e a confiabilidade mantida e ampliada. Vale o investimento!

Integração tecnológica impulsiona a próxima geração dos meios de pagamento

A transformação digital pode ter sido o ponto de partida da revolução que vivemos nas últimas décadas, mas é a tecnologia, em especial a que impulsiona os meios de pagamento, que vem moldando a próxima fase dessa evolução. O modo como compramos, vendemos e movimentamos dinheiro mudou radicalmente com o avanço da conectividade, mobilidade e das soluções financeiras integradas ao cotidiano digital.

Hoje, os pagamentos deixaram de ser uma etapa final das transações para se tornarem parte essencial da experiência do usuário. Plataformas, aplicativos e ecossistemas digitais já nascem com infraestrutura de pagamento embarcada, o que exige que a tecnologia vá além da automação e se torne o elo entre negócios, consumidores e instituições financeiras.

Segundo um relatório da IDC, empresa de consultoria e inteligência de mercado, os investimentos em tecnologia no Brasil devem ultrapassar US$ 65 bilhões até o final de 2025, impulsionados por soluções de inteligência artificial (IA), análise de dados e automação. Esses recursos não se limitam à eficiência operacional, eles estão transformando a arquitetura dos meios de pagamento, que evoluem para atender demandas de velocidade, segurança e personalização em tempo real.

A evolução acelerada dos meios de pagamento

A jornada dos meios de pagamento é um retrato do avanço tecnológico. Em 2014, dinheiro e cartões representavam 97% das compras em pontos de venda físicos, segundo a WorldPay, plataforma global de processamento e tecnologia de pagamentos. Em 2024, esse número caiu para 62%, enquanto os pagamentos digitais subiram para 38%, um crescimento exponencial. No e-commerce, a virada foi ainda mais evidente, 66% das transações já ocorrem em ambientes digitais, e a previsão é que esse número chegue a 79% até 2030.

Esse salto reflete não apenas a adoção de novos hábitos, mas a maturidade tecnológica necessária para sustentar essa operação. Infraestruturas robustas, APIs abertas, sistemas de autenticação biométrica, blockchain e redes instantâneas como o PIX criaram um ecossistema onde segurança, conectividade e conveniência caminham juntas.

A tecnologia como pilar da inovação financeira

Mais do que ferramentas, as tecnologias de pagamento representam produtos tecnológicos de alta complexidade. Links de pagamento, carteiras digitais, QR Codes, pagamentos por aproximação e soluções baseadas em embedded finance são exemplos de como o setor de tecnologia assumiu protagonismo na forma como as transações são concebidas, processadas e analisadas.

O desafio está em integrar esses recursos à operação central de cada negócio. A combinação de software convencional com infraestrutura de pagamento moderna gera ganhos de agilidade, inteligência e escalabilidade. A análise de dados transacionais, por exemplo, se torna um ativo estratégico, já que permite compreender o comportamento do usuário, detectar fraudes e personalizar serviços financeiros sob medida.

No Brasil, esse avanço é ainda mais evidente. O país é reconhecido como um dos líderes mundiais em inovação em meios de pagamento, com soluções amplamente adotadas e reguladas. Apesar dos desafios de segurança e compliance, as empresas de tecnologia nacionais têm mostrado uma capacidade excepcional de adaptação e resposta.

O futuro da integração entre software e finanças

O próximo passo está na integração profunda entre tecnologia e sistemas financeiros, em que cada produto digital já nasce preparado para realizar e processar pagamentos com segurança, escalabilidade e eficiência. Nesse cenário, parcerias estratégicas entre desenvolvedores, provedores de infraestrutura e instituições financeiras se tornam essenciais para garantir conformidade regulatória, proteção contra fraudes e tomada de decisão baseada em dados.

Ao elevar o nível de integração entre sistemas de TI e soluções financeiras, empresas ampliam não apenas o desempenho de suas operações, mas também a confiabilidade de todo o ecossistema. O resultado são transações mais seguras, experiências mais fluidas e negócios mais preparados para crescer em um ambiente cada vez mais digital, onde tecnologia e pagamento se tornam partes inseparáveis do mesmo processo.

Douglas Lopes da Silva é cofundador e CTO da Heronpay, com experiência em ciência de dados, aprendizado de máquina e integração de sistemas financeiros. Doutor pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), atuou em empresas como PicPay e Will Bank, unindo pesquisa avançada e visão prática para desenvolver soluções tecnológicas que impulsionam a inovação em meios de pagamento.

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