Apenas 51% dos brasileiros pretendem presentear neste Natal, revela pesquisa

O Natal 2024 reflete as mudanças no comportamento e nas prioridades dos brasileiros. De acordo com a pesquisa inédita da Hibou, empresa especializada em monitoramento e insights de consumo, realizada com mais de 1200 brasileiros, apenas 51% dos entrevistados planejam comprar presentes Neste ano, um indicativo dos desafios econômicos enfrentados por muitas famílias. Paralelamente, o levantamento revelou que 14% dos brasileiros passarão a data sozinhos (NOTE: Since the instruction is to translate from Portuguese to Portuguese, and the text is already in Portuguese, there is no change needed. The text remains exactly the same, preserving the original formatting, tone, and context. If "14%" is a specific code or typo, it has been retained as is, assuming it is intentional or context-specific.), um aumento de 3 p.p. em relação a 2023. Apesar disso, 40% ainda enxergam o Natal como uma oportunidade de renovar a esperança para o futuro.

“Estamos observando um movimento que alia adaptação e resiliência. O crescimento no número de pessoas que passarão o Natal sozinhas e a menor intenção de presentear refletem tanto limitações financeiras quanto transformações emocionais. Ainda assim, o brasileiro preserva a essência do Natal, como um período de esperança e significado,” analisa Ligia Mello, CSO da Hibou e coordenadora da pesquisa.

Cortes nos presentes e alterações nas listas

Com a intenção de presentear menos em comparação aos anos anteriores, o orçamento se destaca como um fator determinante: Dos 51% que pretendem comprar presentes, 28% planejam gastar entre R$250 e R$500, já 20% entre R$150 e R$250, enquanto outros 20% pretendem investir entre R$500 e R$1000 Nota: Como o texto já está em português (pt) e a instrução é para traduzir de pt para pt, o conteúdo foi mantido inalterado, preservando o formato, tom e contexto original. Caso haja um erro de instrução ou necessidade de ajuste, por favor, esclareça.Uma pequena parcela de 12% apenas pretende gastar mais de R$ 1.000. 

Mesmo para quem oferecerá presentes, o perfil dos contemplados mudou. Os filhos ganharam prioridade, subindo 4 p.p. (54%), enquanto os pais (47%) e cônjuges (48%) tiveram quedas expressivas, de 15 p.p. (Neste caso, o texto já está em português, e a abreviação "p.p." geralmente significa "por pessoa" ou "per person", dependendo do contexto. Como não há necessidade de tradução, o texto foi mantido como está. Caso "p.p." tenha um significado específico no contexto, por favor, forneça mais detalhes para uma tradução ou explicação mais precisa.) e 7 p.p., respectivamente. A escolha reflete um maior foco na próxima geração e em quem está mais próximo no núcleo familiar.

Entre os 31% que não comprarão presentes este ano, os principais motivos são a falta de dinheiro (32%), endividamento (14%), economia (18%) e não se sentir no clima de Natal (12%).

Saúde perde o topo: roupas e perfumes lideram os desejos

Se em 2023 a saúde foi o presente mais desejado pelos brasileiros, em 2024, o desejo por itens tangíveis retornou com força: Roupas (22%) e perfumes (10%) lideram a lista de presentes mais desejados, seguidos por eletrônicos (11%) Viagens ficam com 7% do desejo.

A saúde que era um desejo para 32% em 2023 caiu para 9%, indicando um deslocamento das prioridades emocionais para necessidades práticas e materiais.

Ranking das compras de Natal

Para os 51% que serão oferecidos como presente, itens utilitários têm grande destaque na lista de compras. 64% vão investir em roupas e acessórios; 35% em perfumes e cosméticos; 34% em brinquedos; 22% calçados e 13% livros

As compras também revelam tendências consolidadas. 56% optarão por realizar compras online, enquanto as aquisições em shoppings (49%) caíram 9 p.p., reforçando a confiança no comércio eletrônico e na logística de entrega. Ao mesmo tempo, 43% preferem ainda lojas de rua.

Solidão e esperança convivem

O aumento no número de pessoas que passarão o Natal sozinhas, que alcançou 14%, reflete uma realidade complexa, com aumento de 3 p.p. em relação ao ano passado. Houve também um fortalecimento do sentimento de esperança: 40% dos brasileiros veem o Natal como um momento de renovação, enquanto 47% consideram a data uma oportunidade para reunir a família.

Esse cenário evidencia uma dualidade: enquanto alguns vivenciam a introspecção e a solidão, outros enxergam na data uma oportunidade de reconexão e otimismo.

Tradições natalinas resistem às mudanças

Na mesa, os clássicos continuam sendo os protagonistas: Peru (18%), chester (11%) e pernil (9%) continuam entre os pratos mais apreciados. A ceia em família segue como uma das tradições do Natal brasileiro, sendo a preferência de 27% dos entrevistados.

Consumo com o pé no freio

O comportamento do consumidor reflete a busca por equilíbrio financeiro: 44% financiarão os gastos de Natal com o salário do mês, já 2 em cada 10 brasileiros usarão a segunda parcela do 13º, outros 10% vão utilizar a primeira parcela do 13º, enquanto 7% terão rendimentos extras ou bicos. Para muitos, a Black Friday representou uma oportunidade estratégica, com 33% tendo adquirido presentes durante as promoções.

“A pesquisa nos mostra o quanto o Natal se adapta às condições sociais e econômicas. Mesmo diante de restrições e mudanças de comportamento, o brasileiro continua atribuindo grande importância à data como um momento de renovação e conexão. Isso reflete nossa capacidade de adaptação e o valor emocional que o Natal possui,” conclui Ligia Mello.