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Grupo Wine dobra lucro líquido no 2T25 e registra melhor EBITDA trimestral da história

O Grupo Wine anunciou que fechou o segundo trimestre de 2025 com um lucro líquido de R$ 15,9 milhões, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, representando um crescimento de 107,8%. No acumulado do ano, a companhia reverteu o prejuízo de R$ 12,8 milhões em 2024 para um lucro de R$ 14,3 milhões.

O desempenho reflete a estratégia adotada desde o início de 2025, focada em rentabilidade e geração de caixa, sem abrir mão da excelência operacional e da liderança de mercado. O trimestre foi marcado por um ganho de 1,8 ponto percentual na margem bruta, que passou de 46,1% para 47,9%, impulsionado por ajustes na política comercial e de precificação, além de austeridade nas despesas operacionais, com uma redução de 14,9% nas despesas com vendas.

O EBITDA atingiu R$ 45,4 milhões, o maior já registrado pela companhia, com alta de 8,6% em relação ao 2T24, mesmo diante da retração de 7,4% na receita líquida. A margem EBITDA avançou 3,2 pontos percentuais, chegando a 21,7% no trimestre.

Apesar do aumento da taxa básica de juros (SELIC) para 15% a.a., que elevou os gastos com juros e encargos financeiros sobre empréstimos em 59,3% em relação ao segundo trimestre de 2024, o Grupo Wine apresentou uma melhora de R$ 5,9 milhões no resultado financeiro líquido, beneficiado pela valorização do real frente ao dólar, o que gerou ganhos com instrumentos de proteção cambial.

“Este resultado confirma que estamos no caminho certo. Ajustamos nossa política de preços, otimizamos despesas e seguimos com disciplina para entregar um ganho sustentável de rentabilidade”, afirma Alexandre Magno, CEO do Grupo Wine. 

O executivo assumiu a liderança da empresa em novembro de 2024, em um momento desafiador para o mercado, com taxa de juros e câmbio elevados, por isso colocou em prática um plano focado em eficiência operacional. “Meu primeiro desafio ao assumir a gestão do Grupo Wine foi garantir que 100% da equipe estivesse alinhada e engajada com o mindset de rentabilidade. Agora, o foco é na execução e também extrair ainda mais valor da posição de liderança que consolidamos nos últimos anos. No nosso setor e no mercado brasileiro, ter volume é primordial para gerar ganhos de escala que se traduzem em melhores negociações comerciais com nossos parceiros e, consequentemente, em melhores produtos para nossos clientes”, explica. 

Com mais de 20 anos de experiência, principalmente com o desenvolvimento de negócios e planejamento estratégico nos segmentos B2C e B2B, Magno revela que para os próximos meses o objetivo é dar continuidade ao plano de expansão de capilaridade, abrindo novos clientes, distribuidores e parceiros de B2B, que permitem levar os produtos do Grupo Wine onde quer que o consumidor esteja.   “Também seguiremos com o nosso projeto de marcas autorais, desenvolvendo produtos alinhados às preferências de paladar do consumidor brasileiro e com excelente custo benefício. No último ano, lançamos as marcas Metropolitano, Kaipu e Maraví, essas duas últimas em parceria com a Miolo, com a vinícola Entre Dois Mundos. Esse ano já lançamos Dínamo, um vinho chileno que estamos distribuindo pela Cantu Grupo Wine”, finaliza.

Atualmente, o Grupo Wine possui operações B2C com a marca Wine, responsável pelo e-commerce, lojas físicas e maior clube de assinatura de vinhos do mundo, e B2B com suas importadoras e distribuidoras Cantu Grupo Wine, a casa das grandes marcas representando mais de 40 produtores premiados e reconhecidos no mundo inteiro, e Bodegas Grupo Wine, que atua com inovação na distribuição de vinhos por meio de uma plataforma online de autosserviço B2B.

Novo aplicativo transforma eventos em oportunidades reais de networking

No Brasil, vender continua sendo o maior desafio para micro e pequenas empresas. De acordo com a pesquisa Panorama de Vendas 2025, realizada pela RD Station com apoio da TOTVS, RD Station Conversas, Exact Sales e Lexos, 74% das empresas brasileiras não atingiram suas metas no último ano. O cenário se agrava com o aumento do custo de aquisição de clientes, a queda na qualidade dos leads e a sobrecarga de empresários que, entre tarefas administrativas e operacionais, têm pouco tempo para investir em networking realmente produtivo.

Foi diante desse quadro que surgiu o SinApp, uma plataforma brasileira que conecta participantes de eventos de negócios com base em afinidade, áreas de atuação e demandas específicas. Diferente das redes sociais tradicionais, onde a interação tende a ser superficial e pouco direcionada, o SinApp utiliza inteligência artificial e enriquecimento de dados para indicar, em menos de dois minutos, conexões que fazem sentido para o momento e os objetivos de cada usuário.

O empresário Paulo Motta, sócio da ferramenta, explica que a ideia nasceu a partir de experiências práticas em eventos corporativos. “Você chega lá, tem um monte de gente interessante, mas não sabe quem é quem. Às vezes conversa com alguém que não tem sinergia com o seu momento e perde a chance de falar com um player-chave que estava no mesmo local, o SinApp resolve isso”, afirma.

Na prática, a plataforma funciona como uma vitrine dinâmica. Ao acessar o evento via QR Code, o usuário cadastra um breve perfil e informa o que busca. O algoritmo então apresenta as pessoas mais alinhadas, permitindo filtrar contatos por segmento, localização e interesse, além de sugerir textos de abordagem e agendar follow-ups automáticos. “É como um Tinder de networking, mas com inteligência real por trás”, resume Motta.

O aplicativo também oferece recursos como envio de mensagens em datas estratégicas, automação de abordagens e até um serviço que entra em contato e marca reuniões para o usuário. O modelo de negócios é freemium: a entrada é gratuita e planos pagos dão acesso a funcionalidades avançadas. A empresa projeta alcançar 60 mil usuários ativos até o fim de 2026 e expandir para outros países a partir de hubs regionais testados no Brasil.

Diante de um tempo médio de atenção em interações presenciais de apenas 12 minutos, a precisão das conexões pode determinar o sucesso de um encontro. Para Motta, referência nacional em conexões autênticas, networking não é sobre trocar cartões, mas abrir portas que façam sentido. “Hoje, todo mundo quer agilidade, mas também quer profundidade. Isso só acontece quando você sabe com quem está falando”, reforça.

O SinApp já está em fase de testes em eventos corporativos e rodadas de negócios que reúnem investidores, empresários e lideranças setoriais. A expectativa é que, nos próximos meses, a plataforma incorpore agendamento de reuniões in-app e análise de dados de engajamento durante os encontros. Em um país onde a falta de vendas é uma das principais ameaças à sobrevivência empresarial, soluções que unem tecnologia e estratégia deixam de ser tendência e se tornam uma necessidade para quem busca conexões que geram negócios concretos.

Voice bot: como melhora o pós-venda no varejo?

Você já se sentiu preso em um labirinto telefônico, ouvindo músicas de espera intermináveis apenas para ser transferido diversas vezes, repetindo sua solicitação a cada novo atendente? A experiência no pós-venda pode ser uma verdadeira dor de cabeça para muitas pessoas, ainda mais no varejo, um setor que lida, naturalmente, com um grande volume de demandas. No entanto, em um mercado onde a satisfação do cliente é o principal diferencial, é urgente investir em soluções que melhorem esse atendimento, garantindo a satisfação e fidelização de cada vez mais consumidores – e é aqui que os voice bots se destacam como excelentes apoiadores.

O pós-venda é o momento de ouro para fortalecer o relacionamento com o cliente. Afinal, quando uma marca cuida bem de seu consumidor depois da compra, ela constrói fidelidade, vira referência e ainda aumenta a chance de ser recomendada para outras pessoas – famoso marketing “boca a boca”. No mercado competitivo atual, esse cuidado faz toda a diferença para manter o cliente por perto, mostrando o quanto é valorizado e que a sua relação com a marca não se encerra na transação.

Segundo estudos da Harvard Business School, como prova disso, um aumento de apenas 5% na taxa de retenção de clientes pode levar a um crescimento de lucro entre 25% e 95%, dependendo do setor. Isso porque clientes fiéis tendem a gastar e com mais frequência. Mas, de que forma os voice bots entram nesse assunto?

Eles chegaram para revolucionar o pós-venda com várias funções na palma da mão dos varejistas: atendimento 24/7, o qual permite a resolução ágil de dúvidas usuais como status de pedido, troca ou devolução, a qualquer hora; feedback instantâneo, escutando o que o cliente acha da experiência e ajustando o que for necessário; acompanhamento de solicitações, agendando reparos, trocas ou suportes facilmente; e atendimento personalizado, reconhecendo o cliente pelo nome, verificando seu histórico e direcionando sua jornada de forma bastante parecida como se fosse um humano.

Com a expansão da inteligência artificial, esses agentes de voz vêm se tornando ainda mais precisos e otimizados, aperfeiçoando, constantemente, sua base de conhecimento para auxiliar cada cliente sempre da melhor forma, sendo muito mais ativo e receptivo na resolução dessas demandas. E, quais os resultados de todas essas vantagens? Consumidores mais satisfeitos, fiéis à marca, e com muito mais chance de recomendá-la para outras pessoas.

Afinal, mesmo que haja algum problema com suas compras, é esse posicionamento do varejista em se preocupar em ajudá-los, com agilidade e qualidade, que fará toda a diferença para evitar maiores frustrações e danos à imagem. Entretanto, para que cada lojista consiga redefinir seu pós-venda e usufruir de todos esses benefícios, é claro que alguns cuidados não podem passar despercebidos neste processo de incorporação da ferramenta.

Antes de tudo, entenda, com máxima clareza, quem é seu público, e quais dores costumam ser mais recorrentes com base em seus produtos ou serviços. Assim, além de programar o agente de voz para solucionar essas questões, também conseguirá possibilitar a integração desse agente com outros canais de atendimento, para que cada cliente continue o atendimento em seu meio preferido. Não deixe de ofertar, aqui, a conversa com um ser humano, pois muitos ainda podem optar por conversar com um profissional para ajudá-los.

Personalize e treine o bot sempre que possível, para que conduza o pós-venda com cada mais assertividade. Mantenha, também, a conversa leve, natural e rápida, pensando na melhor experiência do cliente de forma que não percam tempo nessa resolução. Aqui, a gestão de dados em tempo real é crucial, realizando uma curadoria que acompanhe os resultados desses atendimentos visando melhorias contínuas que tragam uma maior eficiência.

Faça uma integração de primeira com seus sistemas internos, assegurando uma jornada fluída ao invés de uma robotizada, e aderente às particularidades do seu negócio. E, sem dúvidas, não há como deixar de lado o investimento na segurança da informação, algo essencial hoje em dia frente às normas regulatórias como a LGPD.

O voice bot não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas uma solução capaz de transformar frustração em satisfação, e compradores casuais em clientes fiéis – sem precisarem mais esperar em uma fila de atendimento ou aguardar um retorno por e-mail. Para o varejo, é uma peça valiosa para construir relações duradouras baseadas em confiança e uma experiência fluída, do primeiro clique até a última interação do pós-venda.

Tendências virais são oportunidade para empreendedores

Do Instagram para o balcão da loja, tendências virais das redes sociais têm se transformado em verdadeiras ondas de vendas para pequenos e médios negócios. Foi o caso do “Morango do Amor”, que em poucas semanas conquistou consumidores e impulsionou faturamentos em confeitarias de todo o país. Para milhares de empreendedores, esse tipo de fenômeno pode ser uma porta de entrada valiosa para novos clientes, desde que aproveitado com planejamento.

Segundo Roger Klafke, especialista em Competitividade do Sebrae RS, acompanhar redes sociais é essencial para identificar movimentos de consumo que possam gerar novas oportunidades. “Essas trends permitem que pequenas empresas e MEIs lancem produtos rapidamente e cheguem a públicos que talvez não conheceriam seus negócios de outra forma. Mas é preciso pensar além da venda pontual e usar esse momento para fortalecer a marca e apresentar o portfólio completo”, explica.

O desafio é garantir que o produto esteja alinhado ao negócio e à capacidade de produção. Isso envolve cuidados com gestão de estoque, seleção de fornecedores, uso de insumos de qualidade e, principalmente, segurança na manipulação de alimentos. Uma boa estrutura de fichas técnicas e controle de desperdício ajuda a manter a rentabilidade, mesmo em momentos de alta demanda.

Outro ponto é a gestão de pedidos e o uso eficiente dos canais de venda. Aplicativos de delivery, Instagram, WhatsApp e outras plataformas ampliam a visibilidade, mas também exigem atenção às taxas e à formação correta de preços. “É importante entender o custo real de cada produto para não perder margem”, reforça Klafke.

Por fim, a organização da produção é determinante. Automatizar processos dentro do possível, padronizar receitas e planejar insumos ajudam a atender picos de vendas sem comprometer a qualidade. E, acima de tudo, é preciso reconhecer que toda tendência tem começo, meio e fim. “O segredo é aproveitar o boom sem ficar com estoque parado quando a onda passar”, detalha.

O sucesso do “Morango do Amor”

Com mais de 10 anos de atuação em Porto Alegre, a Maria Bolaria, localizada no Parcão, foi surpreendida pela tendência do “Morango do Amor”, sucesso nas redes sociais.

Tradicionalmente especializada em bolos caseiros, a confeitaria sempre vendeu bombons de morango, mas em volume modesto. “Tudo mudou de um dia para o outro. No lançamento da novidade, a loja vendeu mais de 500 unidades em apenas um dia”, detalha a proprietária Analisa Simon.

O impacto foi imediato, com aumento expressivo no faturamento, comissões extras para a equipe e um movimento comparável, e até superior, a datas como Páscoa e Natal. O sucesso trouxe também desafios logísticos, como falta de insumos, alta no preço dos morangos e a necessidade de reforçar a equipe. Para aproveitar a tendência, a confeitaria incluiu um mini bolo de cortesia para novos clientes no iFood, apresentando seu produto principal e incentivando a recompra.

O resultado foi a conquista de 90% de novos clientes na plataforma e pedidos recorrentes do próprio morango. Hoje, a Maria Bolaria mantém a qualidade do produto, investe em treinamento e já funciona até a meia-noite, com planos de se tornar a primeira bolaria 24 horas de Porto Alegre. Para Analisa, o “Morango do Amor” veio para ficar: “As pessoas gostaram muito, não foi apenas uma trend da internet. Veio como um furacão e transformou nossa loja”, comemora.

Eles começaram com um software para lojas de confecções em uma cidade do interior e hoje atendem mais de 70 países

Há quase 50 anos, mais precisamente no final da década de 1970, começou-se a desenvolver em Cianorte, norte do Paraná, a indústria do vestuário. O movimento se intensificou a ponto de o município e outros 13 daquela região se caracterizarem, no início dos anos 2000, em um cluster – ou um arranjo produtivo local (APL) – especializado em moda.

Além das confecções, outras atividades de logística e suporte também se desenvolveram, compondo o tal cluster ou APL. Dentre elas, o setor de tecnologias da informação. É nesse contexto que nasceu, em 2004, o atual Irrah Tech.

De fornecedora de ferramentas inicialmente voltadas àquela cadeia produtiva, a empresa se expandiu, tornou-se um ecossistema de inovação e hoje oferece soluções digitais para empresas de diversas atividades econômicas. De todo o Brasil, e até do exterior. Soluções, inclusive, de inteligência artificial.

O ecossistema Irrah Tech é constituído por cinco soluções, pilares do negócio. São elas a inteligência artificial GPT Maker, lançada em 2024; o Kigi, um software de ERP; o Plug Chat, tecnologia de integração de múltiplos números de WhatsApp em um só meio de contato; o Dispara Aí, de automação de WhatsApp; e o E Vendi, que é uma plataforma de e-commerce. Uma outra marca, o Z-api, também foi desenvolvido pela empresa, e atualmente está sob controle de uma holding norte-americana.

O precursor do Irrah Tech é César Baleco, que em 2004 fundou a Grands Sistemas, para atender principalmente o arranjo produtivo de Cianorte. Um ano depois, associaram-se Miriã Plens e Diego Berteli. Em franca expansão e rompendo fronteiras geográficas, o grupo passou a contar com a sociedade de Mateus Miranda e Felipe Sabadini, em 2018.

O nome Irrah foi incorporado. “É uma palavra que traduz aquele grito de felicidade que soltamos, que brota do coração, quando conquistamos algo, ou somos surpreendidos com alguma inovação, algo especial. É esse brado que expressa o impacto que nosso ecossistema busca gerar”, explicam César Balenco e Miriã Plens.

Ano passado, consolidando o rebranding da empresa, ao nome Irrah foi acrescentada a palavra Tech. Além disso, a organização se estabeleceu não mais como um guarda-chuva a reunir marcas e suas respectivas ferramentas, mas sim em um verdadeiro ecossistema de inovação – em que soluções para funcionalidades específicas se inter-relacionam.

“Continuamos a olhar para cada um dos produtos, no entanto como integrantes de um ecossistema. Um cliente usuário de determinada ferramenta passa a identificar no Irrah Tech não só a fornecedora daquela funcionalidade, mas sim de soluções digitais impulsionadoras do negócio, de um modo geral – vendas, comunicação, gestão -, todas disponíveis na nossa esteira de produtos e serviços”, discorrem os sócios.

Ao rebranding e ao desenvolvimento e aperfeiçoamento das tecnologias, soma-se investimento em gestão de pessoas. Segundo César e Miriã, os diferenciais que o ecossistema Irrah Tech coloca no mercado são frutos de um time qualificado e motivado. Recentemente, a empresa promoveu um bate-papo entre a especialista em gestão de pessoas Luciana Orso e os líderes da empresa.

“A conversa abordou pontos como avaliação de desempenho, planos de desenvolvimento individual e o papel da liderança em impulsionar o crescimento de cada profissional”, descrevem os executivos. “Porque, antes de qualquer código, qualquer processo, qualquer entrega, qualquer algoritmo, somos gente”, sublinham.

ROI em campanhas omnichannel: como mensurar?

Mensurar resultados de marketing e venda em campanhas de canal único costuma ser um processo mais direto: escolher a meta que reflita o desempenho de um canal específico e, a partir dela, calcular o ROI. Mas, e quando o cliente pesquisa um produto no seu site, tira dúvidas com um vendedor na loja física e finaliza a compra pelo aplicativo? No omnichannel, cada ponto de contato conta — e essa integração de canais, embora valiosa para potencializar resultados, torna a mensuração do retorno sobre o investimento muito mais complexa.

No contexto omnichannel, o ROI avalia quanto uma ação que integra múltiplos canais, sejam eles físicos e/ou digitais, gerou de retorno financeiro em relação ao investimento realizado. Todavia, enquanto em campanhas de um único canal é possível correlacionar investimento e retorno de forma direta, quando há diversos canais direcionados, o retorno vem da soma de interações em diferentes pontos de contato, muitas vezes, com jornadas de compra mais longas e não lineares – o que torna essa uma tarefa bastante complexa em muitas empresas.

Além dessa complexidade em avaliar impactos vindos de diferentes canais, também é importante considerar outros desafios importantes dessa jornada: a integração de dados, pois cada canal coleta informações em formatos e métricas diferentes; a visibilidade da jornada completa, uma vez que, muitas vezes, partes da experiência não são registradas de forma rastreável e mensurável; e a sobreposição de resultados que pode acontecer sem uma visão integrada, quando a mesma conversão é contabilizada em mais de um canal, distorcendo, assim, o ROI.

E, quais os prejuízos de não se atentar a esses cuidados, especialmente diante de um mercado altamente digital e conectado? Segundo um levantamento da ILUMEO, cerca de 20% dos investimentos em mídia não apresentam relação estatística significativa com os resultados de negócio, como vendas ou geração de leads. Isso significa que, sem a medição adequada, um quinto do orçamento de marketing pode ser desperdiçado.

Esse dado reforça a importância de centralizar as informações de diferentes fontes em um único canal e padronizar métricas, nomenclaturas de canais e trackings, para que se tenha uma visão 360º da jornada do cliente e, com isso, ter uma visão clara e objetiva de quanto a empresa obteve de retorno em cada campanha estabelecida. E, nesse sentido, claro que não podemos deixar de destacar o quanto a tecnologia pode ser uma aliada valiosa.

Existem diversas ferramentas no mercado capazes de auxiliar com essa mensuração, como CRMs integrados que ajudam a acompanhar todas as interações ao longo do ciclo de vida do cliente e consolidar dados comportamentais, transacionais e de engajamento; além de soluções de BI que contribuem para transformar grandes volumes de dados em dashboards de fácil interpretação. Muitas delas, inclusive, permitem até mapear jornadas e já atribuir peso a cada canal, tornando essa análise ainda mais completa e confiável para embasar futuras tomadas de decisão.

Nesse sentido, não há apenas um único indicador a ser utilizado pelas empresas, tudo dependerá da estratégia adotada e dos objetivos que desejam conquistar. Apesar disso, há alguns indispensáveis de serem priorizados, como o ROI geral da campanha, CAC comparado antes e depois da implementação do omnichannel, LTV (que mede o valor total que um cliente gera ao longo do relacionamento), taxa de conversão por canal e cross-channel (identificando onde os consumidores avançam na jornada), engajamento e taxa de retenção.

Essa análise de dados permite testar hipóteses continuamente, ajustando mensagens, segmentações e formatos para criar experiências mais personalizadas, elevando o engajamento e, consequentemente, esse retorno sobre o investimento. Realize essas verificações frequentemente, pois o comportamento consumidor muda e isso impacta, diretamente, na performance dos canais dentro da estratégia de campanha omnichannel.

O mais importante nisso tudo é garantir a qualidade e a atualização constante desses dados, uma vez que pode comprometer toda a análise de ROI e levar a decisões equivocadas sobre o negócio. O segredo é transformar números em insights acionáveis, já que, ao identificar quais canais têm maior impacto em cada etapa do funil, é possível redistribuir orçamento e esforços de forma mais inteligente e estratégica para elevar a conquista dos resultados desejados.

Respostas rápidas não bastam: atendimento digital em tempo real exige estratégia

A busca por agilidade no atendimento ao cliente virou prioridade no setor de Telecom. Mas, ao contrário do que se imagina, oferecer respostas rápidas não é suficiente. A nova corrida é por qualidade e isso envolve, principalmente, colocar o cliente no centro das decisões.

Segundo Marcos Guerra, CMO e CRO do Grupo Ótima Digital, o verdadeiro suporte digital deve ir além de disponibilizar múltiplos canais de contato. “Estar disponível não é o mesmo que atender bem. O que realmente importa é garantir que o cliente seja bem atendido no canal certo, com o nível de personalização adequado. Só assim conseguimos resolver com eficiência e construir uma relação de confiança”, afirma.

Ele defende que o serviço em tempo real precisa considerar a complexidade de cada solicitação, dividindo o contato em dois contextos: inbound, quando o cliente procura a empresa, e outbound, quando a empresa toma a iniciativa. O autoatendimento funciona bem para demandas simples, como a segunda via de um boleto. Entretanto, problemas mais delicados, como transações bancárias não reconhecidas, exigem escuta ativa e humana. 

Outro fator que precisa ser considerado é o comportamento do consumidor fora do horário comercial. “Hoje, boa parte das interações acontecem depois das 20h. É quando as pessoas têm tempo para resolver as pendências do dia. E isso precisa estar previsto na estratégia de relacionamento com o cliente”, aponta. 

Bots de vendas e IA: o avanço exige equilíbrio

O comércio conversacional, realizado por meio de bots integrados a apps de mensageria, também está em alta. Segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box –  Mapa Bots, 72% dos desenvolvedores já criaram bots de vendas e 63% utilizam análise de sentimentos com inteligência artificial para avaliar a satisfação dos usuários em tempo real.

Para o executivo, esse cenário mostra a maturidade crescente do setor, mas também acende um alerta: “A automação deve facilitar a jornada, não complicá-la. Tem hora que o cliente quer agilidade e resolver tudo com um clique. Mas tem hora que ele quer ser ouvido. Quer falar, quer desabafar. E a empresa que entende isso sai na frente”. 

O suporte ideal é aquele que respeita o momento do cliente, oferece autonomia quando faz sentido e acolhe quando é necessário. O especialista aponta que atender em tempo real não é só estar disponível. É saber diagnosticar a situação e agir com inteligência e empatia. E isso não depende só de tecnologia, mas também de decisão. Na avaliação de Guerra, a verdadeira corrida está diretamente ligada à capacidade das empresas se colocarem no lugar do cliente. 

Para o executivo, uma das barreiras que ainda impedem o avanço de muitos negócios na jornada digital é a ausência de cultura de testes e aprendizado contínuo. “Muita gente acha que vai acertar o fluxo de comunicação na primeira tentativa. Mas se você não analisa os dados e não entende o comportamento real do cliente, não tem como evoluir. Growth não é método, é mentalidade. Tudo melhora com repetição e ajuste”. 

Guerra defende que cada experiência deve ser vista como um experimento, inclusive para quebrar estereótipos: “Quem disse que o cliente 50+ não é digital? É preciso entender melhor o seu público”. A jornada do cliente muda e é imprescindível acompanhar essa mudança com dados, testes e decisões estratégicas. 

Ele finaliza com uma provocação: “O quanto sua empresa está disposta a investir tempo para realmente melhorar o atendimento todos os dias? Porque esse é o jogo”. 

Havaianas lança seu primeiro aplicativo e mira em 100 mil downloads até fim do ano

Nesta quinta (14) chega ao mercado o primeiro aplicativo da Havaianas. A marca que já tem forte presença no varejo físico e online, agora lança mais uma opção de compra para o consumidor, trazendo vantagens exclusivas como acesso a novas coleções em primeira mão e 15% de desconto no primeiro pedido. A novidade visa reforçar a estratégia de digitalização da marca e se aproximar ainda mais de um público jovem e conectado que busca conveniência e exclusividade. E, para estimular o download, a marca fará um “blackout” no seu site a partir das 19h desta quinta (14), com duração de 5 horas, direcionando os consumidores para o aplicativo. Até o fim do ano, a Havaianas espera atingir 100 mil downloads.

O novo app oferece a linha completa de calçados da marca – incluindo chinelos, rasteirinhas e alpargatas – com numerações que vão do 23/24 (infantil) ao 45/46 (adulto). Também estarão disponíveis acessórios, peças de vestuário e itens de lifestyle, com preços que variam de R$ 21,99 a R$ 1.199,99, como as malas de viagem. E para o consumidor aproveitar a novidade com desconto especial, a marca disponibiliza o cupom APP15 para ser usado na primeira compra pelo aplicativo.

“Queremos alcançar quem já tem relacionamento com a marca, incentivando o uso do app como mais uma opção de compra. Além disso, buscamos atrair novos consumidores que valorizam praticidade, benefícios exclusivos e uma experiência digital com a marca. Esse é mais um movimento da Havaianas em direção à digitalização, visando melhorar cada vez mais a experiência de compra do nosso consumidor”, conta Carlos Paschoal, Diretor de DTC e Varejo Havaianas.

O app já está disponível para download nas lojas Apple Store e Google Play, e para celebrar, alguns modelos da nova coleção da marca serão lançados antecipadamente na plataforma.

LWSA acelera crescimento da receita líquida com expansão de margens e forte geração de caixa operacional

A LWSA divulgou os resultados financeiros do 2T25, demonstrando a retomada consistente de resultados e voltando apresentar crescimento de receita de dois dígitos, com destaque para o segmento de commerce, impulsionado tanto pelas receitas de assinaturas quanto pelas de ecossistema.

No período, o  GMV do Ecossistema cresceu 15,1%, perfazendo o total de R$19,4 bi enquanto o TPV avançou 19,1% (R$2,1 bi).  O GMV de Loja Própria avançou 13,3%, atingindo  R$1,5 bilhão.

A Receita Líquida Consolidada cresceu 10,4% no trimestre (R$370,8 milhões). No segmento de Commerce, a receita líquida atingiu o valor de R$266 milhões, no segundo trimestre, 15,4% a mais em comparação com igual período do ano passado. A receita de assinatura de plataforma no segmento de commerce cresceu 17,7%.

O EBITDA Ajustado da LWSA no 2T25 foi de R$ 75,9 milhões, montante 16,1% superior ao 2T24, com a Margem EBITDA Ajustada apresentando expansão de 1,0 p.p. no mesmo período.

O Lucro Líquido do 2T25 foi de R$ 15,8 milhões. Ajustando o resultado pelos efeitos dos planos de opções de ações, amortização de intangíveis de PPA e os ajustes de earnouts de aquisições, além do Imposto de Renda e Contribuição Social Diferido, o Lucro Líquido Ajustado do período foi de R$ 44,2 milhões. Nos seis primeiros meses de 2025, o Lucro Líquido Ajustado foi de R$79,0 milhões (+8,7% vs o 6M24).

No 2T25 a geração operacional de caixa foi de R$102,7 milhões de Fluxo de Caixa Livre – Após Capex, sem aumento na despesa financeira com antecipação de recebíveis na comparação com o trimestre anterior. No semestre encerrado em junho/25, o Fluxo de Caixa Livre – Após Capex foi de R$ 90,6 milhões (ou 12,6% da Receita Líquida).

“Em 2025, temos demonstrado uma trajetória de retomada consistente de entrega de resultados, baseada na disciplina de execução e no compromisso com os direcionadores estratégicos que pactuamos com o Conselho de Administração na construção do orçamento e do Plano de 5 anos”, afirma Rafael Chamas, CEO da LWSA.

Empresa avança com aplicação de IA

No primeiro semestre de 2025, a LWSA acelerou a integração da Inteligência Artificial em seus produtos, operações e canais. Destaques incluem a automação do cadastro de produtos em e-commerce, eliminando milhares de tarefas manuais, e a adoção de recursos inteligentes no onboarding de novas lojas para reduzir churn.

No atendimento, o agente WOZ da Octadesk reduziu em 50% o volume de chamados no segmento Be Online e passou a atuar também em análises de sentimento. A IA generativa foi incorporada a funcionalidades como sugestões de domínio e criação de conteúdo, elevando o tráfego orgânico em até 30%.

Para clientes Enterprise, foi desenvolvido um servidor de múltiplos agentes para automação e personalização, além de melhorias no CRM e app da loja com impacto direto na performance e experiência do usuário. Internamente, a geração de código com IA aumentou a produtividade em alguns casos em até 80% e a LWSA segue comprometida em ampliar o uso da tecnologia com foco em produtividade, escalabilidade e experiência do cliente.

Geração Z vai representar 58% da força de trabalho no mundo até 2030

A Geração Z, que inclui pessoas de 16 a 30 anos em 2025, vem sendo um dos principais fatores de transformação do mercado de trabalho. Essa faixa etária deve representar 58% dos profissionais globalmente até 2030.

É o que aponta um levantamento do Fórum Econômico Mundial. Diante disso, estudos têm surgido para entender as percepções, preferências e preocupações desses jovens, que nasceram em um mundo amplamente conectado e cada vez mais complexo e dinâmico.

Pesquisa indica preferências da Geração Z

Um levantamento da The National Society of High School Scholars (NSHSS) mostrou as prioridades da Geração Z ao procurar emprego. O tratamento justo entre funcionários foi citado por 28% dos entrevistados, enquanto o equilíbrio entre vida pessoal e profissional (25%) e a responsabilidade social corporativa (14%) também se destacam.

O estudo ainda revela que 86% valorizam oportunidades de desenvolvimento profissional no ambiente corporativo. Já 63% consideram o tempo livre remunerado um benefício essencial na relação com as empresas.

Por outro lado, a tecnologia é vista com cautela por esses jovens. Para 59%, a inteligência artificial terá mais impactos negativos do que positivos nos próximos dez anos. Além disso, 62% afirmam estar preocupados com a substituição de postos de trabalho por automação e algoritmos.

Esses dados indicam um perfil profissional que busca equilíbrio e propósito no futuro. A Geração Z, segundo o NSHSS, tende a cobrar das empresas benefícios justos, além de postura ética e responsabilidade social.

Mercado de trabalho se adapta ao cenário atual

De acordo com o Guia Salarial 2025, divulgado pela Michael Page, empresas estão adotando novas estratégias para atrair talentos. Entre as principais, 51% oferecem acesso a oportunidades de aprendizado e desenvolvimento, 44% apostam em pacotes de benefícios e remuneração competitiva, e 38% investem na boa reputação da marca.

O levantamento aponta que reter profissionais continua sendo um grande desafio. A concorrência salarial com outras empresas é o fator mais citado, afetando 66% dos entrevistados.

Outro ponto é a falta de oportunidades de crescimento e desenvolvimento interno. Segundo o estudo, 34% das empresas veem essa limitação como risco para manter as equipes engajadas.

Esses números mostram que cada vez mais empresas buscam oferecer perspectivas reais de evolução na carreira. Ao mesmo tempo, os líderes percebem que reputação e ambiente positivo são diferenciais para atrair profissionais qualificados.

Flexibilidade é um dos focos dos mais jovens

Com o avanço da Geração Z, a busca por um modelo de trabalho mais flexível tem se tornado prioridade para essa faixa etária. O relatório da NSHSS aponta que horários adaptáveis são um objetivo de 61% desses profissionais.

Esse movimento cria um cenário em que o trabalho remoto, híbrido e com jornadas personalizadas ganha cada vez mais espaço. Para a Geração Z, conciliar múltiplas atividades e preservar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é fundamental.

Essa tendência acompanha um mercado cada vez mais dinâmico e digital. Com a geração prestes a representar a maioria da força de trabalho, empresas que não adotarem modelos flexíveis podem enfrentar maiores dificuldades para atrair e reter talentos.

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