Em tempos de grana curta, o romantismo ainda dá um jeito? De acordo com a nova pesquisa da Hibou, Instituto especializado em monitoramento e insights de consumo, em parceria com Score Group. 51% dos brasileiros vão gastar menos no Dia dos Namorados deste ano, um aumento de oito pontos percentuais em relação a 2024. Mesmo assim, o clima de celebração não desaparece. 61% dos entrevistados afirmam que vão comemorar a data, adaptando os planos ao bolso, priorizando o afeto e evitando excessos..
Restaurante saiu do roteiro: agora é vinho no sofá
Com o orçamento reduzido a comemoração ganha um tom mais caseiro. 29% pretendem comemorar em casa. 17% dizem que vão produzir algo especial em casa. Apenas 21% planejam sair para jantar. Já 32% ainda não decidiram como vão comemorar.
Tem também uma pequena parcela de pessoas que não querem nem restaurante, nem ficar em casa: viajar aparece como intenção para 7%,com um aumento significativo de 5 pontos percentuais em relação ao ano passado.
A decisão do menu romântico
A comida e a bebida são tradicionalmente as peças centrais da celebração. Entre os destaques espontâneos não podem faltar, vinho lidera com 44% das preferências, seguido por comida japonesa (11%), cerveja (8%), espumante (6%), chocolate (6%), churrasco (5%), massas (5%), queijos (4%), fondue (3%), pizza (3%) e camarão (1%).
Presentes? Sim, mas com criatividade e critério
A maioria dos brasileiros afirmam que intenção e carinho pesam mais do que o preço: 51% dizem que o presente ideal precisa demonstrar afeto, um aumento de 6 p.p em relação ao ano passado. 28% escolhem algo que sabem que o outro deseja com um comparativo de 7 p.p maior do que em 2024. Já 17% priorizam o presente que cabe no bolso. Somente 1% considera que o presente precisa ser caro.
Entre os critérios de compra, qualidade (55%), preço (36%) aumento de cinco pontos percentuais em relação ao ano passado, e facilidade (30%) lideram o ranking. Também ganham peso na decisão de compra avaliações e recomendações (20%) crescimento de 5 p.p comparado ao ano passado, indiretas do parceiro sobre o que querem ganhar (18%), prazo de entrega (14%), promoções (11%) e marca (3%).
Ranking dos presentes: Perfume, chocolate e roupas dominam
Quando o assunto é o que comprar, perfume lidera (50%) com aumento de 8 p.p em relação ao ano anterior, seguido de roupas (48%) diminuiu 3 pontos percentuais nas intenções em comparação a 2024, chocolate (41%) cresceu exponencialmente 12 p.p em relação ao ano passado, viagens (37%), joias (33%), calçados (30%), flores (23%), acessórios (22%), gastronomia (21%), eletrônicos (19%) e produtos de beleza (18%).
Stories, cupons e likes valem mais que loja
As redes sociais influenciam 40% das escolhas, com um crescimento de 4% em relação ao ano passado, enquanto 21% se deixam levar por anúncios digitais, já 20% por recomendações de amigos, 16% por propagandas na TV, 14% pelo Reclame Aqui, 9% por mensagens no WhatsApp e 8% por e-mails promocionais.
“O Dia dos Namorados continua sendo uma data significativa para a maioria, mas adaptada ao momento financeiro e à fase do relacionamento. Para quem está junto há mais tempo, o presente se torna mais simbólico do que material, e o momento compartilhado ganha valor. Há romantismo ainda, mas ele vem embalado em praticidade, economia e afeto mais realista”, analisa Ligia Mello, CSO da Hibou.
Quando e quanto se gasta no amor
33% compram o presente quando encontram o ideal, 19% só compram quando o bolso permite, 12% uma semana antes, 6% na véspera, 9% quando descobre o que o seu parceiro quer ganhar, 1% só depois da data, aproveitando os descontos. A compra será feita principalmente em loja física (30%), pela internet com entrega (23%) ou por meio de experiência, como jantar ou viagem (16%).
O valor investido no presente é bem planejado. Até R$250 para quase metade dos brasileiros (48%). Sendo que destes, 16% pretendem gastar até R$100, 15% entre R$101 e R$150, e 17% entre R$151 e R$250. Acima disso, 16% planejam gastar entre R$251 e R$500, e 6% pretendem investir mais de R$500.
Débito ou crédito? Na forma de pagamento, 31% devem parcelar no cartão de crédito, 23% pagar no débito, 21% à vista no crédito, e 10% via Pix. 29% ainda não pensaram como vão pagar o presente.
“O Dia dos Namorados continua sendo uma oportunidade relevante para marcas que entendem o valor simbólico por trás do presente. O consumidor busca algo que represente afeto, sem necessariamente comprometer o orçamento — e é nesse ponto que as marcas podem gerar conexão real.” analisa Albano Neto, CSO e sócio do Score Group
Data ultrapassada?Entre os que não comemoram o Dia dos Namorados (39%), os motivos variam: 36% não estão em um relacionamento, 32% têm desinteresse na data, 18% afirmam que o parceiro não gosta de comemorar, e 14% mencionam que a relação longa gerou perda do encanto.
Silêncio, playlist ou modão?Na trilha sonora do Dia dos Namorados, o sertanejo lidera com 24%, seguido de perto por MPB (23%), pop internacional (20%), rock (17%), pagode (16%), samba (11%) e funk (5%). Um grupo de 12% diz ouvir qualquer coisa, enquanto 8% preferem não ouvir nada.
Metodologia Pesquisa:
O levantamento, realizado entre os dias 26 e 28 de maio de 2025, ouviu mais de 1.200 brasileiros, com margem de erro de 2,7%.