InícioNotíciasRetenção é o principal termômetro da eficiência digital, aponta especialista

Retenção é o principal termômetro da eficiência digital, aponta especialista

Menos de 4% dos usuários permanecem ativos em um aplicativo 30 dias após a instalação. O dado, alarmante, revela o principal desafio enfrentado hoje por empresas que investem em tecnologia mobile, que é a dificuldade de manter o engajamento do usuário ao longo do tempo. Em um mercado com milhões de aplicativos disponíveis, captar a atenção do consumidor não é suficiente, é preciso desenvolver plataformas capazes de evoluir junto com ele.

Por esse motivo, os aplicativos passaram a ocupar um papel central na estratégia das marcas. Mais do que pontos de contato, eles se tornaram hubs de relacionamento, inteligência de dados e fidelização. “Hoje, a retenção é o principal termômetro da eficiência digital. E a inteligência artificial é a grande aliada nesse processo. Ela permite que o app reaja ao comportamento do usuário em tempo real, oferecendo uma experiência personalizada, fluida e com menor risco de abandono”, afirma Rafael Franco, CEO da Alphacode, empresa especializada no desenvolvimento de soluções mobile personalizadas.

Com a IA no centro da arquitetura dos aplicativos, o processo de desenvolvimento se tornou mais dinâmico e preditivo. Desde a fase de design, algoritmos analisam jornadas anteriores para sugerir fluxos otimizados, enquanto sistemas de testes automatizados simulam milhares de interações antes mesmo do produto ir ao ar. 

Após o lançamento, a própria plataforma continua aprendendo com os dados gerados, ajustando menus, recomendações, linguagem e até promoções conforme o comportamento do público. “Com esse modelo, conseguimos antecipar gargalos de navegação, identificar padrões de abandono e criar microajustes automáticos. O aplicativo deixa de ser estático e passa a evoluir com o usuário, gerando mais engajamento e reduzindo o custo de aquisição por recompra”, explica Franco.

Retenção: da dor à vantagem competitiva

A retenção não se limita a manter o app instalado. Trata-se de incentivar interações recorrentes, aumentar o tempo de permanência e converter visitas em ações estratégicas, como pedidos, compras ou agendamentos. Com IA, é possível prever o momento exato em que o usuário tende a sair e ativar gatilhos de engajamento, como cupons, alertas ou a intervenção de um assistente virtual.

Franco destaca que o comportamento do usuário está diretamente ligado à relevância percebida do aplicativo no dia a dia. “O usuário precisa de um motivo para baixar e outro para manter. A App Store tem milhões de aplicativos todos os anos, e é uma briga por espaço na tela do usuário e no armazenamento, que ele acaba deletando para liberar espaço no celular. Então o aplicativo precisa se mostrar relevante”, diz.

Ele acrescenta que o programa de fidelidade é uma das estratégias mais eficazes para manter o app instalado. “Eu sempre bato na ideia do programa de fidelidade porque quando o cliente tem dentro do aplicativo um programa de fidelidade, ele tem um custo pra deletar. Se você tem, por exemplo, dez reais de crédito ou mil pontos acumulados, é como se deletar o aplicativo custasse esse valor pra você. Isso segura o usuário.”

Grandes marcas como Madero, Domino’s Pizza e China In Box são marcas que já entenderam que a tecnologia no back-end,  onde estão os sistemas de IA, são os motores de personalização junto com as  rotinas de automação. “ Tudo isso é tão estratégico quanto o layout visível no app”, pontua Franco.

Eficiência operacional e escalabilidade

Além de impactar a experiência do usuário, a IA vem reduzindo custos operacionais. A automação de processos como atendimento, testes e análise comportamental permite que as empresas escalem suas operações com menos recursos humanos. Também garante agilidade nas respostas: uma campanha pode ser ajustada em tempo real de acordo com a performance ou feedback de uso, sem necessidade de intervenções manuais.

Para empresas que precisam atuar em múltiplas praças, com picos de demanda e públicos distintos, a IA se torna essencial. “A mesma tecnologia que recomenda uma pizza no almoço pode lembrar o cliente de um programa de fidelidade à noite, ou reordenar os produtos no app conforme a sazonalidade. Isso gera valor real para o negócio”, diz Franco.

A tendência é que os aplicativos deixem de ser apenas vitrines e passem a se comportar como plataformas vivas, em constante atualização e aprendizado. A inteligência artificial não apenas amplia a capacidade de resposta das empresas, mas também cria uma nova camada de diálogo entre marca e consumidor,  mais estratégica, relevante e baseada em dados. “Não basta desenvolver um app bonito e funcional. É preciso pensar em como ele se mantém útil e interessante depois da instalação. Nesse novo ciclo digital, quem consegue reter o usuário leva vantagem competitiva e constrói um ativo valioso para o negócio”, aponta o CEO da Alphacode.

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