Um levantamento de 2024 feito pelo jornal Valor Econômico, mostra que plataformas como UaiRango, Delivery Much, Quero Delivery, Aiqfome e Pede.ai, já estão presentes em cerca de 1.500 municípios — com 16 milhões de clientes e mais de 118 mil estabelecimentos cadastrados, transacionando R$ 2,4 bilhões entre 2024 e início de 2025. O iFood, por sua vez, lidera o mercado nacional, possuindo uma participação variando entre 70% e 80% em entregas de refeições.
Embora nos últimos anos, tenhamos visto a transformação digital ter chegado até os cantos mais remotos do país, nas cidades pequenas, antes esquecidas e vistas como mercados de menor relevância, surgiu um novo movimento: a popularização de aplicativos locais. Essa expansão abre uma janela promissora de oportunidades, mesmo diante da presença dominante de grandes players.
Diferentemente dos grandes centros urbanos, esses municípios, tem características únicas, como relações mais próximas entre comerciantes e consumidores, dinâmicas econômicas mais simples e uma valorização forte da identidade local. Diante disso, justamente, nesse cenário que os apps locais ganham espaço oferecendo soluções sob medida e, consequentemente, gerando um maior engajamento e fidelidade do que plataformas genéricas.
Para Otavio Boari, CEO do UaiRango, um diferencial competitivo importante é a agilidade. “Enquanto algumas empresas, muitas vezes, enfrentam dificuldades para adaptar suas soluções a mercados específicos, conseguimos responder mais rapidamente às demandas do público. Essa flexibilidade, somada ao conhecimento do território, permite a criação de serviços mais personalizados e, claro, com melhor custo-benefício, diz.
A expansão de plataformas locais em cidades pequenas não é apenas viável, mas também estratégica, afinal, é um movimento que reforça a autonomia digital dos municípios, estimula a economia regional e desafia a hegemonia das grandes plataformas, provando que inovação.