Dados extraídos da plataforma Google Trends mostram que a China é o país que mais tem pesquisado sobre as Large Language Models, as LLMs, nos últimos 90 dias. A informação é de um levantamento feito pela Rank Certo, agência de comunicação especializada em Link Building, feito em parceria com a agência Publiup, que aponta que o país atingiu o índice 100 na série relativa ao período.

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De acordo com o estudo, após a nação da grande muralha aparecem Coreia do Sul, Singapura, Hong Kong e Índia. Os Estados Unidos aparecem apenas em último lugar, demonstrando um predomínio asiático nas buscas recentemente.

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O que são LLMs e por que o mercado cresce tão rápido?
Large Language Models, ou LLMs, são modelos de inteligência artificial treinados em enormes conjuntos de texto capazes de gerar, completar e classificar linguagem naturais. Na prática, essas arquiteturas alimentam assistentes de texto conversacional, ferramentas de resumo automático, classificadores e sistemas de geração de conteúdo que já impactam redação, atendimento ao cliente, busca e automação de processos.
O mercado desses modelos tem recebido investimentos robustos em infraestrutura, pesquisa e aplicação comercial. A For Insights Consultancy projeta que o mercado de LLMs saltará de US$ 12,8 bilhões em 2025 para US$ 59,4 bilhões em 2034, o que implica um crescimento anual composto (CAGR) de 34,8% ao longo do período de projeção.
Esses números sinalizam uma transformação rápida do ecossistema digital, com demanda por computação, dados e serviços de integração. Em entrevista, Felipe Cardoso, CEO da Rank Certo e especialista em Relações Públicas , aponta que os LLMs se tornaram uma peça-chave na estratégia de visibilidade.
“LLMs potencializam respostas imediatas e resumos que frequentemente são redistribuídos em canais digitais; empresas que otimizam conteúdo pensando em leitura rápida e intent signals tendem a ganhar mais referências em ambientes controlados por modelos de linguagem”, diz.
Como o Google Trends mede interesse e o que isso significa no mapa global?
Fontes ouvidas pela redação atestam que o Google Trends não entrega contagens absolutas de consultas. A ferramenta normaliza o interesse em uma escala de 0 a 100, onde 100 representa o ponto de maior popularidade do termo na região e no intervalo de tempo selecionados; valores menores representam frações desse pico.
Por isso, quando a China aparece com índice 100 para “LLM”, significa que, proporcionalmente à sua própria série de buscas naquele período, houve o maior pico de interesse. Outros países são mostrados em relação a esse referencial. Essa lógica explica por que países com populações menores podem aparecer em posições elevadas se o volume de buscas local, em termos relativos, for alto.

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Em complementação à explicação estatística, o CEO da Rank Certo comenta um fenômeno internacional: apesar da liderança proporcional de países asiáticos, o inglês continua sendo o idioma predominante nas consultas globais de tecnologia. “Basta ver termos em ascensão como ‘technology news today’, ‘apple news today’ e ‘ai news today’ mostram que grande parte das consultas de alto tráfego continua ocorrendo em inglês”.
Os dados do Google Trends configuram um retrato de interesse relativo que coloca a China no topo das buscas por LLMs nos últimos 90 dias, cenário que converge com projeções de mercado muito agressivas sobre o crescimento do setor. Interpretar esses sinais com precisão exige cruzamento de fontes e atenção às limitações da própria ferramenta.
Para quem comunica e para quem produz conteúdo digital, a mensagem é clara: adaptar linguagem, formatos e métricas para um ecossistema cada vez mais impactado por modelos de linguagem é uma prioridade estratégica.