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Menores porém estratégicas: Como pequenas empresas brasileiras estão se firmando nos EUA e ocupando nichos lucrativos

Segundo o U.S. Small Business Administration (SBA), as pequenas empresas representam 99,9% do total de negócios nos Estados Unidos, empregam 47% da força de trabalho privada e respondem por cerca de 44% da atividade econômica do país. Esse ambiente, marcado por desburocratização e cultura de consumo segmentada, tem favorecido a entrada de companhias brasileiras em busca de estabilidade e oportunidades em nichos de mercado.

A análise é de Alfredo Trindade, economista formado pela PUC-SP, administrador pela Uniban-SP e CEO da Ecco Planet Consulting, consultoria com sedes em Orlando e Miami especializada em internacionalização de empresas. Com mais de 25 anos de experiência e mais de dois mil projetos conduzidos, o especialista afirma que a presença de pequenas e médias empresas brasileiras nos EUA deixou de ser apenas expansão de mercado e passou a ser estratégia de sobrevivência. 

“Mesmo com estruturas enxutas, negócios brasileiros têm ocupado espaços relevantes ao apostarem em produtos personalizados, serviços especializados e experiências culturais adaptadas. O diferencial está em respeitar as particularidades locais e estruturar uma operação sólida desde o início”, afirma o CEO.

Entre os casos acompanhados pela consultoria, Trindade cita empresas familiares que migraram para a Flórida e triplicaram o faturamento após adaptar cardápios e certificações ao padrão norte-americano. Há também exemplos no setor de tecnologia, em que startups brasileiras replicaram metodologias de atendimento digital em hubs como Miami e Austin, ampliando a credibilidade junto a investidores.

Para o especialista, a chave do sucesso está no equilíbrio entre diferenciação e planejamento. “Não basta registrar uma LLC. É preciso estudo de mercado, adaptação cultural, validação do produto e compreensão das regras locais. Cerca de 70% das empresas brasileiras que fracassam nos EUA iniciaram operações sem validar previamente seus modelos de negócio”, alerta.

O movimento de internacionalização também funciona como proteção contra as instabilidades econômicas do Brasil. Operar em dólar e em um ambiente jurídico previsível permite maior planejamento de longo prazo e reduz a exposição a crises internas. “Empreender nos Estados Unidos tem sido, para muitos empresários brasileiros, mais do que uma opção de expansão. É uma forma de blindagem diante das incertezas locais”, aponta Trindade.

Na visão do CEO, os próximos anos devem ampliar o espaço para negócios de menor porte que atuam de forma segmentada. “O mercado americano está cada vez mais aberto a soluções que unem personalização e eficiência. Vemos oportunidades crescentes em áreas como alimentação saudável, serviços digitais especializados, saúde corporativa, educação online e tecnologias ligadas à sustentabilidade”, projeta.

A combinação de consumo diversificado, incentivos estaduais e previsibilidade regulatória cria um ambiente fértil para modelos de negócio enxutos. A tendência é de que setores ligados à digitalização, bem-estar e energias limpas concentrem as maiores oportunidades na próxima década”, conclui o especialista.

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