O YouTube acaba de oficializar a chegada do YouTube Shopping ao Brasil, em parceria com Mercado Livre e Shopee, ampliando a integração entre conteúdo e compra dentro da plataforma. O recurso permitirá que criadores adicionem produtos em vídeos, Shorts e transmissões ao vivo, monetizando por meio das vendas geradas, em um modelo semelhante ao do TikTok Shop e de plataformas asiáticas, como o Taobao Live.
A novidade reforça o avanço do social commerce no país e promete transformar o relacionamento entre marcas, criadores e consumidores. Para Caio Dominguez, CEO da LOI, agência parceira oficial do YouTube, o movimento marca uma virada estratégica no ecossistema digital brasileiro. “O YouTube sempre foi um importante palco de descoberta e consumo de conteúdo. Agora, ele se torna também um ambiente de conversão direta. Essa mudança exige que marcas e creators repensem completamente como constroem narrativas e estimulam a compra dentro da jornada de vídeo”, afirma.
Segundo o executivo, a chegada do YouTube Shopping confirma a tendência global de integração entre conteúdo e performance. “O comportamento de compra já migrou para dentro das plataformas. O usuário não quer mais sair do vídeo para comprar, ele quer resolver tudo em um clique”, complementa.
O programa de afiliados do YouTube no Brasil permitirá que criadores elegíveis indiquem produtos em seus vídeos e recebam comissão pelas vendas. A integração com marketplaces como Mercado Livre e Shopee garante uma experiência de compra fluida, sem necessidade de sair da plataforma.
A proposta é unir três etapas do funil: descoberta, engajamento e conversão, em um único ambiente. Para Caio, esse modelo abre espaço para novos formatos criativos e redefine a relação entre criador e marca. “As marcas terão que pensar menos em mídia e mais em conteúdo que vende. E os creators ganham um papel ainda mais estratégico, porque deixam de ser apenas influenciadores e passam a ser parte ativa da cadeia de venda”.
A LOI tem acompanhado de perto a evolução do social commerce global. No México, a agência estruturou a operação da Lucky Focus Agency, em parceria com a fabricante chinesa Transsion, dentro do TikTok Shop.
O projeto conecta microinfluenciadores a produtos da marca e de parceiros estratégicos, com resultados que comprovam o novo comportamento dos consumidores:
+150 microinfluenciadores contratados no 1º mês (nos segmentos de tecnologia, beleza e lifestyle);
100 creators vinculados ao TikTok Shop nos primeiros três meses;
O que muda para o mercado brasileiro
Segundo a LOI, três movimentos-chave são o destaque para o novo momento:
Conteúdo como ponto de venda – o storytelling e o formato do vídeo se tornam decisivos para a conversão;
Performance criativa – creators precisarão entender métricas de venda, não apenas de alcance;
Integração total – o marketing de influência passa a ter um papel diretamente ligado ao resultado comercial.
“O social commerce não é sobre colocar um botão de compra no vídeo. É sobre transformar o conteúdo em experiência de consumo. E o YouTube tem todas as condições de escalar esse modelo no Brasil”, finaliza Dominguez.