No dia 2 de abril, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, uma data dedicada a ampliar o conhecimento da população sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e, assim, combater o preconceito e a discriminação que ainda cercam as pessoas com o transtorno.
Apesar dos avanços e da ampliação do debate sobre o TEA nos últimos anos, especialmente em novos espaços da sociedade, ainda é necessário lutar por igualdade de oportunidades. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), estima-se que 85% das pessoas com TEA estejam desempregadas no Brasil — um número alarmante que revela a falta de inclusão e o despreparo do mercado de trabalho.
Com o propósito de transformar essa realidade, a SoulCode Academy surgiu durante a pandemia com a missão de desenvolver o letramento digital e democratizar o acesso à capacitação tecnológica para minorias. Desde então, a edtech já formou mais de 800 pessoas com deficiência (PCDs). Entre elas está Alexandre Caus Haddade, diagnosticado com TEA.
“A inclusão ainda está começando no mercado de tecnologia, e oportunidades de capacitação como essa mostram que estamos avançando nessa luta. Uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista não é melhor nem pior do que ninguém, apenas tem uma forma diferente de enxergar o mundo — e isso pode ser muito valioso para uma empresa”, afirma Alexandre.
Por outro lado, é essencial que as empresas estejam realmente preparadas para promover uma inclusão genuína de pessoas diversas — algo que vai muito além do cumprimento da lei de cotas prevista na legislação brasileira. Um exemplo de iniciativa nesse sentido é o trabalho da Mental Clean, empresa pioneira no Brasil em psicologia aplicada à saúde do trabalhador, que desenvolve ações voltadas à saúde mental e à diversidade nas organizações.