No calendário brasileiro, 15 de setembro marca o Dia do Consumidor. A data, muitas vezes lembrada por campanhas de desconto, carrega um significado que vai além da lógica promocional: é também um convite para que empresários revisitem a forma como se relacionam com seus públicos.
Para Paulo Motta, fundador da The Networkers e especialista em networking corporativo, o Dia do Consumidor deve ser entendido como um marco de responsabilidade e estratégia, tanto no varejo quanto nas relações entre empresas. “Consumidor não é apenas quem está diante do balcão. É também a empresa que firma contrato, o parceiro que investe e o cliente que confia em uma entrega. Todos consomem valor e, por isso, todos exigem experiência, transparência e confiança”, afirma.
No universo B2C, Motta destaca que o consumidor final já não se move apenas pelo preço. Experiência de compra, atendimento ágil e propósito são fatores decisivos para fidelizar. Já no B2B, onde contratos envolvem cifras maiores e relações de longo prazo, a credibilidade e a clareza tornam-se ativos inegociáveis. “No fim das contas, a lógica é a mesma: sem confiança, não há relacionamento. E sem relacionamento, não há negócio sustentável”, completa.
A reflexão é especialmente relevante em um cenário em que tecnologia e comportamento se entrelaçam. Do e-commerce às plataformas de investimento, do pequeno varejo à negociação corporativa, a conexão com o consumidor passa por atender expectativas crescentes, respeitar compromissos e inovar na forma de se comunicar.
Mais do que data para aquecer vendas, o Dia do Consumidor se consolida como oportunidade para que empresas repensem prioridades e renovem compromissos com quem sustenta o mercado: o consumidor em todas as suas formas.