A OpenAI está expandindo a atuação do ChatGPT para além da conversa: agora será possível comprar produtos diretamente no aplicativo. A novidade, em fase de testes nos Estados Unidos, transforma o chatbot em um ponto de contato entre marcas e consumidores, oferecendo não apenas recomendações, mas também a possibilidade de concluir transações sem sair da plataforma.
A iniciativa reflete uma tendência mais ampla no mercado digital: a fusão entre comunicação e comércio. Se antes aplicativos de mensagens e inteligências artificiais funcionavam apenas como intermediários para tirar dúvidas ou inspirar escolhas, agora passam a se consolidar como canais completos de consumo. O ChatGPT se insere em um movimento já explorado por gigantes como Meta e TikTok, que também buscam integrar experiências de compra às interações cotidianas de seus usuários.
O diferencial, no entanto, está no formato. Em vez de vitrines digitais ou anúncios direcionados, a proposta é inserir o comércio em diálogos orgânicos. O usuário pode conversar com o ChatGPT sobre ideias de presentes e, em poucos cliques, finalizar a compra de um item sugerido — sem precisar abrir outros aplicativos ou navegar em sites diferentes. A experiência promete reduzir atritos e tornar a jornada de compra mais fluida e intuitiva.
Por trás dessa aposta, está uma disputa pelo futuro do e-commerce, explica Eduarda Camargo, Chief of Growth Officer daPortão 3 (P3). “Se a internet já viveu a era das grandes lojas virtuais e das redes sociais como canais de venda, a próxima fase pode estar nos assistentes de IA. Ao transformar a conversa em espaço de transação, a OpenAI sinaliza que o consumidor do futuro não apenas buscará respostas rápidas, mas também resolverá necessidades práticas (do planejamento de uma viagem à compra de um produto) em um único ambiente, afirma.
Ainda em fase inicial, o recurso será expandido gradualmente, conforme novas parcerias comerciais forem firmadas. A estratégia posiciona o chatbot inteligente como uma vitrine invisível, que se adapta ao fluxo da conversa, e levanta debates sobre privacidade, concorrência e hábitos de consumo. O que hoje começa como um teste pode, em pouco tempo, redefinir a forma como interagimos com marcas e produtos no universo digital
Caso tenha interesse na pauta, basta me avisar que faço a ponte com o executivo.