A camiseta de um clube já é símbolo de pertencimento e paixão. Mais do que um uniforme, essa vestimenta está prestes a se transformar também em um meio de interação, pagamento e engajamento digital com o torcedor. É o que explica Alexsandro Franco, gerente de desenvolvimento de novos negócios Solutions da Avery Dennison para América Latina.
A companhia, que já oferece soluções de personalização e performance usadas por grandes clubes e marcas esportivas ao redor do mundo, por meio de sua linha Embelex – líder global no fornecimento de nomes, números, emblemas e acabamentos especiais – agora avança para um novo patamar: integrar tecnologias digitais como RFID e NFC às peças, criando as chamadas “camisetas inteligentes”.
“O torcedor da geração digital quer participar, criar, compartilhar, fazer parte da história do time. E as camisetas inteligentes são o canal perfeito para isso. Elas permitem que o fã viva essa experiência dentro e fora do estádio, e que os clubes ampliem sua presença e suas oportunidades de receita. Hoje já conseguimos personalizar, automatizar e tornar o processo de produção mais sustentável. O próximo passo é conectar as peças digitalmente, transformando cada camiseta em um ponto de interação direta com o torcedor”, explica o executivo.
Pagamento sem atrito e acesso facilitado
Atualmente, Alexsandro explica que as tecnologias de RFID já são utilizadas por clubes e marcas para controle de estoque e rastreabilidade. Mas o potencial vai além. Nos próximos anos, a empresa aposta que os mesmos recursos permitirão pagamentos e acessos sem cartão em estádios e lojas.
“Em breve, será possível acessar o estádio, entrar em áreas exclusivas ou realizar compras apenas aproximando a camiseta de um leitor. Estamos falando de conveniência e agilidade em um nível inédito. O objetivo é que a peça se torne uma chave única de acesso, mais prática, segura e integrada à jornada do fã”, detalha.
Personalização em tempo real: o que já acontece e o que vem por aí
De acordo com o executivo, soluções como as da Embelex já permitem que torcedores personalizem camisetas e uniformes em tempo real; um serviço presente em lojas oficiais de clubes e arenas esportivas. Entretanto, a tendência é que essa experiência evolua, com processos mais automatizados, integração a plataformas digitais e experiências híbridas.
“Hoje o torcedor já pode criar sua camiseta no ponto de venda, com nome, número e acabamento em minutos. No futuro, essa personalização estará conectada a um perfil digital, permitindo incluir conteúdos exclusivos, benefícios e até itens colecionáveis vinculados à peça. Cada camiseta contará uma história única”, comenta Alexsandro.
Conexão digital além do estádio
Os gatilhos digitais já estão sendo testados em diferentes mercados. Códigos QR e etiquetas NFC aplicados às camisetas permitem que torcedores acessem vídeos, ativações e experiências interativas diretamente pelo smartphone. Nos próximos anos, essa tecnologia deve se consolidar e ganhar novas funções, como programas de fidelidade integrados, acesso a benefícios e produtos colecionáveis digitais.
“O jogo não termina no apito final. Com as camisetas conectadas, o torcedor pode viver a marca em casa, no celular ou nas redes sociais. É um novo tipo de relacionamento, mais emocional e contínuo, que amplia o valor do produto e o vínculo com o clube. São experiências exclusivas e imersivas, construídas em torno de propósito, personalização, comunidade e colaborações empolgantes. Para o torcedor que é fã e apaixonado por essa atmosfera, não há nada mais satisfatório”, afirma o executivo.
Dados e inteligência: o novo campo de jogo
Por trás das camisetas inteligentes, Franco explica que há um ecossistema de dados que transforma cada peça em uma fonte de informação e relacionamento. As etiquetas digitais da Embelex, por exemplo, funcionam como gatilhos físicos (via NFC, QR code ou marca d’água digital), conectados à plataforma de dados atma.io, da Avery Dennison. Essa integração permite rastrear produtos, compreender hábitos de consumo e criar experiências personalizadas.
“Os dados são o coração desse novo modelo. Cada interação gera insights sobre preferências, comportamento e engajamento. Com isso, os clubes e marcas conseguem oferecer conteúdos e serviços sob medida, desde programas de fidelidade até recomendações de compra. A tecnologia deixa de ser apenas estética e passa a ser estratégica”, explica.
Além de inteligência de dados, a plataforma viabiliza aplicações personalizadas para marcas e times — como aplicativos próprios, ativações em tempo real no estádio, experiências imersivas em lojas e campanhas de comunicação com base no momento de decisão do consumidor. “Quando integramos o físico e o digital, criamos um ecossistema vivo, em que cada torcedor é único e cada interação é uma oportunidade de valor. É a união perfeita entre tecnologia, emoção e propósito”, completa o executivo.
Sustentabilidade integrada à inovação
A sustentabilidade já é uma realidade em boa parte das soluções desenvolvidas pela companhia, sobretudo na linha esportiva, que utiliza materiais reciclados, processos de sublimação e corte a laser que reduzem o consumo de recursos naturais e o desperdício em toda a cadeia. O avanço agora está em expandir o uso de materiais de baixo impacto e integrar rastreabilidade via RFID a essas iniciativas, permitindo que marcas e consumidores saibam exatamente a origem, o ciclo e o impacto ambiental de cada peça.
“A inovação não pode caminhar sem responsabilidade. Já conseguimos oferecer soluções de alto desempenho com menor impacto ambiental, e o próximo passo é usar a digitalização para dar transparência a todo esse processo. Queremos que cada camiseta tenha uma identidade única e também um propósito claro”, ressalta Franco.
Conectividade ilimitada, possibilidades infinitas
Com escala global, produção flexível e um ecossistema de inovação em constante expansão, a Avery Dennison já pavimenta o caminho para um novo capítulo da moda esportiva, onde camisetas, clubes e torcedores estarão permanentemente conectados.
“O futuro das camisetas esportivas está em unir tecnologia, propósito e emoção. Elas serão mais do que peças de vestuário; serão plataformas vivas de interação. É nesse horizonte que estamos investindo, com a confiança de que o esporte pode ser o ponto de partida para novas formas de conexão humana”, conclui Alexsandro.
