Segundo o levantamento da Bitso¹, empresa de serviços financeiros baseados em cripto, um investimento de US$ 1.000 em bitcoin teria rendido US$ 1.981 nos últimos 12 meses (correspondente a cerca de R$ 11 mil na cotação do dólar em 21 de julho de 2025), uma valorização de 98,1%, o melhor desempenho quando comparado a outras 15 alternativas de investimentos analisadas no mesmo período.
Em um cenário de instabilidade econômica global, tensões geopolíticas e reavaliações nas políticas monetárias, o bitcoin liderou o ranking de melhor rendimento no último ano entre importantes ativos do mercado, como ações, fundos, commodities, títulos, divisas e outras criptomoedas. Reforçando sua posição como alternativa sólida de diversificação de portfólio, agora em competição direta com opções tradicionais, o bitcoin ficou à frente de ativos como ouro (+39%), prata (+25,3%), café (+21,5%), e também dos principais indicadores da economia brasileira, como o Ibovespa (+11,7%). Já ações como Vale (-14%) e Petrobras (-17%) registraram perdas no período, acompanhadas pelo petróleo (-19%).
A valorização da maior criptomoeda do mundo vem acompanhada de um importante movimento institucional. O BTC, que nos últimos dias bateu um novo recorde histórico (ATH, sigla em inglês), superando os US$ 123 mil, tem sido impulsionado por alguns fatores como a adoção institucional crescente, otimismo regulatório e pela consolidação dos ETFs de bitcoin nos Estados Unidos. “As criptomoedas não são mais uma segunda opção para os investidores. Elas estão hoje no mesmo patamar de grandes ativos tradicionais e, em muitos casos, oferecem desempenho superior, com o diferencial da liquidez global e da descentralização”, comenta Bárbara Espir, Country Manager da Bitso no Brasil.
Regulação brasileira fortalece segurança do investidor
O Brasil vem se consolidando como um dos mercados mais estruturados da América Latina no uso e na regulação de criptoativos. O avanço dos debates sobre as diretrizes do Banco Central para as exchanges, mesmo diante das recentes controvérsias tributárias, têm contribuído para manter a confiança em relação ao fortalecimento da segurança jurídica para empresas e investidores, tanto institucionais quanto de varejo.
Além da estrutura regulatória em expansão, dados da Chainalysis² mostram que 60,7% da atividade cripto no Brasil hoje ocorre por meio de exchanges centralizadas, o que demonstra a confiança dos brasileiros em plataformas que adotam práticas robustas de governança, compliance e alinhamento com o sistema financeiro tradicional. A média global de uso de plataformas centralizadas é de 48,1%, o que posiciona o país acima da média internacional e reflete um mercado mais regulamentado e transparente.
Bitcoin se consolida como peça-chave nas finanças modernas
“Com um desempenho que superou importantes ativos tradicionais no último ano, o bitcoin reforça sua posição como uma peça-chave nas estratégias de investimento atuais. A crescente adesão institucional, a maturidade regulatória, especialmente no Brasil, e o aumento da confiança dos investidores são sinais claros de que os criptoativos não apenas ganharam legitimidade, mas já ocupam um espaço central no futuro das finanças”, complementa Bárbara.
A executiva aponta que, para os próximos meses, a expectativa é de que a combinação entre inovação tecnológica, regulação estável e ampliação do uso cotidiano continue fortalecendo o papel do BTC e de outros ativos digitais nas carteiras de investidores individuais e institucionais.