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Não usar agentes de IA te deixará fora do jogo de vendas em breve

Enquanto muitos ainda desconhecem ou não aplicam o uso de agentes de Inteligência Artificial, os que já utilizam estão tornando o ciclo de venda muito mais certeiro e veloz. Para se ter uma ideia, uma pesquisa feita com 2 mil americanos apontou que 65% deles acredita que a IA conhece os hábitos de consumo deles igual ou melhor que as pessoas mais próximas, e 53% acredita que ela conhece os hábitos de consumo tanto ou até mais que eles mesmos, segundo estudo encomendado pela UserTesting e conduzido pela OnePoll.

Para que as campanhas e ofertas sejam certeiras, os agentes de IA são fundamentais, ainda que, para muitas empresas, principalmente as B2B, o humano na ponta seja indispensável para fechar negócio. A diferença dos agentes começa já na identificação, a tecnologia analisa grandes volumes de dados para identificar mínimos comportamentos de potenciais compradores. Se você é empresário, pense em ter um colaborador disponível 24/7 gerando leads, qualificando, personalizando as abordagens, contatando e ajudando no acompanhamento. 

Tudo começa pela automação básica — aquela que você provavelmente já conhece: captar dados para entender se o lead está dentro do público-alvo, personalizar abordagens com mensagens mais relevantes e agendar reuniões.

Mas o verdadeiro diferencial está além disso: usar IA para analisar grandes volumes de dados, identificar padrões de comportamento e priorizar os leads com maior chance real de conversão. Assim, o time de vendas recebe os contatos certos, no momento certo — e o humano na ponta pode focar no que faz de melhor: fechar negócios.

Nesse novo cenário, o time comercial já acessa bases de dados enriquecidas para identificar até o timing ideal de contato com cada prospect. A IA deixa de ser apenas um recurso pontual — como personalizar uma mensagem — e passa a atuar diretamente no topo do funil, analisando interações, sinais de comportamento e qualificando leads via canais como WhatsApp, de forma contínua e inteligente. “O resultado é uma prospecção cada vez menos intuitiva e mais eficiente. Trata-se de conectar a jornada de compra aos objetivos de receita da empresa”, afirma Arthur Sorelli, CMO da Nuvia, plataforma de inteligência comercial com IA.

Muito se fala sobre como a IA pode aumentar a produtividade gerando mais leads do que um humano seria capaz. Mas pouco se discute o seu real poder: impulsionar a conversão. A questão não é marcar mais reuniões — é marcar as reuniões certas, aquelas em que a chance de fechar negócio é altíssima”, destaca Arthur Sorelli, que antes de cofundar a Nuvia, atuou como Head Global de Marketing na Omnibees, além de passagens por Unilever, LATAM Airlines, Rakuten, entre outras.

Atualmente, segundo estudo da McKinsey, no início de 2025, 72% das empresas B2B globais já haviam adotado ao menos uma ferramenta de automação de vendas. No Brasil, um levantamento da RD Station mostra que 58% dos negócios que investiram em automação de marketing e vendas conseguiram aumentar a geração de oportunidades qualificadas no último ano.

O  executivo acredita que, à medida que mais empresas adotem agentes de IA, a diferença de desempenho em relação às que não utilizam a tecnologia será cada vez mais evidente. “O uso não será inevitável apenas por ser uma tendência do momento. Mas sim porque, quanto mais esses agentes forem utilizados, mais inteligentes e precisos eles se tornam — aprendendo com cada interação, seja ela bem-sucedida ou não. Os resultados vão falar por si”, afirma Arthur.

“Até quando?” Gabriel O Pensador processa lojas virtuais por uso indevido de música e acende alerta no e-commerce

Um dos maiores ícones do rap nacional, o cantor e compositor Gabriel O Pensador ingressou com uma ação na Justiça do Rio de Janeiro contra duas das principais plataformas de e-commerce do país, Mercado Livre e Shopee, além de outras sete lojas virtuais. A disputa gira em torno do uso não autorizado de trechos da canção “Até Quando” em produtos como camisetas, quadros e itens de decoração. Lançada em 1993, tornou-se uma das músicas mais emblemáticas do rap brasileiro.

Quando uma música se torna um hit e conquista o imaginário popular, é comum que empreendedores vejam nela uma oportunidade para lucrar. Porém, esse movimento nem sempre respeita os direitos autorais e de imagem dos artistas. É justamente aí que surgem os riscos jurídicos e o ponto de alerta para quem comercializa sem autorização.

De acordo com Luiz Fernando Plastino, advogado do Barcellos Tucunduva Advogados (BTLAW) e especialista em Propriedade Intelectual, a Lei de Direitos Autorais proíbe o uso de obras intelectuais, salvo mediante autorização ou em situações específicas, chamadas de limitações dos direitos autorais, em que o uso não é uma infração. “A reprodução de trechos de uma música em produtos pode ser proibida por lei se a reprodução não se limitar a pequenos trechos e desde que ela não seja o principal atributo do produto nem cause um prejuízo injustificado ao autor ou dono da música”, explica.

Na visão de Kevin de Sousa, advogado civilista e mestre em Direito da Personalidadesócio no escritório Sousa & Rosa Advogados, a proteção jurídica do artista brasileiro é teoricamente sólida, mas praticamente desafiadora, combinando o artigo 20 do Código Civil – que protege imagem e honra – com os direitos morais do artigo 24 da Lei 9.610/98, criando um escudo duplo.

“Vejo três pilares fundamentais aqui: primeiro, o direito à integridade da obra, que impede sua deturpação; segundo, o direito de paternidade, garantindo o reconhecimento da autoria; terceiro, a proteção contra uso comercial não autorizado que desvirtue o contexto original”, argumenta.

Além disso, o uso indevido de obras artísticas, como a do rapper, vai além do aspecto financeiro. “Particularmente relevante no caso do Gabriel O Pensador, quando uma obra de protesto social vira estampa de camiseta sem contexto, atinge-se não apenas o bolso do artista, mas sua identidade criativa e mensagem política”, defende o advogado.

Responsabilização das plataformas

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu recentemente que plataformas digitais, como os marketplaces, podem ser responsabilizadas por conteúdos ilegais publicados por terceiros, mesmo sem decisão judicial, dependendo do caso. Essa decisão muda o entendimento que valia antes, segundo o qual essas empresas só poderiam ser responsabilizadas se descumprissem uma ordem judicial. Agora, o STF entende que essa regra não dá conta de proteger os direitos das pessoas na internet, especialmente em situações mais graves.

“Além disso, se a plataforma for notificada e não tomar nenhuma providência, ou ainda se estiver lucrando com esses produtos, direta ou indiretamente, ela pode ser responsabilizada pelos danos causados ao artista”, alerta Victória Dias, advogada do Ambiel Bonilha Advogados e especialista em Direito do Entretenimento e Propriedade Intelectual.

“O STF também deixou claro que as plataformas precisam ter regras de moderação, canais de denúncia que funcionem de verdade e relatórios de transparência. Se não tiverem esses mecanismos, isso também pesa contra elas na hora de uma eventual responsabilização”, complementa a advogada.

Dados revelam que o consumidor se antecipa às compras do Dia dos Pais no digital

O Dia dos Pais segue como uma das datas mais relevantes para o varejo digital brasileiro. Em 2024, o setor movimentou cerca de R$6,56 bilhões com a data, segundo a ABComm, um crescimento de 4,9% em relação ao ano anterior. Já o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) aponta que, entre os dias 5 e 11 de agosto, o e-commerce registrou alta de 4% no faturamento em comparação ao mesmo período de 2023. Segundo análise da  Nubimetrics, plataforma de inteligência de vendas que usa big data e IA transformando dados em insights para sellers e grandes marcas, categorias como barbearia, churrasco e tecnologia ganham destaque e exigem preparação prévia para aproveitar da melhor maneira o potencial da data.

Embora o pico das compras tenha ocorrido no próprio domingo comemorativo no ano passado, o aquecimento no online começou antes, e a tendência é que o mesmo ocorra em 2025. “Estudando o comportamento do consumidor em datas como esta constatamos que a movimentação do consumidor no digital em maior volume começa quase um mês antes, reforçando a importância de estratégias antecipadas de divulgação para capturar a atenção do público desde os primeiros sinais de intenção de compra”, destaca Juliana Vital, Global Chief Revenue Officer da  Nubimetrics.

Para aproveitar esse momento ao máximo e conquistar melhores resultados, a informação é a maior aliada. Por isso, a profissional reuniu algumas das principais tendências de presentes que devem se destacar no e-commerce em agosto.

1. Cuidados pessoais em alta: lâminas e kits mais completos

Em 2024, os kits de barbear lideraram a intenção de compra na categoria Barbearia. Mas, ao observar as buscas mais recentes, a especialista revela que é possível notar uma mudança no comportamento do consumidor ao longo dos anos: cresce o interesse por soluções práticas, como as lâminas de barbear. “Para se destacar, a dica é apostar em combos mais completos, que combinem aparadores com óleos ou balms, oferecendo uma experiência mais sofisticada e atrativa para quem vai presentear”, ressalta a especialista.

2. Churrasco: a aposta em acessórios menos explorados

A palavra-chave “kit churrasqueira” está em alta, tanto nas buscas quanto no desempenho dos anúncios, indicando uma forte tração no digital. Para quem deseja escapar da concorrência mais direta, vale apostar em acessórios com menor saturação e boa procura, como: pegadores, aventais personalizados, termômetros de carne ou facas profissionais.

4. Ferramentas: segmento cresce e exige estratégias mais inteligentes

O segmento de ferramentas elétricas vem ganhando cada vez mais força. Só em 2025, essa categoria já registra crescimento de quase 25% no e-commerce, com previsão de atingir seu primeiro pico do ano em agosto. Subnichos como o de parafusadeiras apresentam alta competitividade, especialmente em anúncios com catálogo. “Nesses casos de mais vendedores e marcas comercializando o mesmo tipo de produto, o uso de inteligência artificial para análise de mercado e tomada de decisão se torna um diferencial importante para conquistar relevância e conversão”, explica Juliana.

“Comportamentos como esses reforçam a importância de olhar para os dados de forma estratégica. Com inteligência e planejamento antecipado, marcas e vendedores conseguem aproveitar o Dia dos Pais não apenas como uma data de pico, mas como uma oportunidade para se conectar de maneira mais eficiente com o consumidor e se destacar no digital”, finaliza a especialista.

Live Commerce que Vende: não é só sobre carisma. É sobre estrutura.

O live commerce, ou comércio ao vivo, não é apenas uma tendência: é uma evolução no comportamento de consumo. A combinação de experiência interativa com conveniência e urgência tem transformado transmissões em verdadeiros canais de vendas. Porém, o sucesso de uma live vai muito além da carisma de um apresentador ou da qualidade da imagem — ele depende de uma operação comercial inteligente, integrada e orientada por dados.

Nesse contexto, o papel de Sales Operations (Sales Ops) é essencial para que o live commerce não seja apenas uma ação pontual, mas sim uma estratégia escalável e rentável dentro da jornada comercial. Sales Ops é quem estrutura o planejamento, organiza a engrenagem por trás da operação, acompanha a performance em tempo real e transforma cada live em um ativo de melhoria contínua. Em vez de depender apenas da sorte ou da viralização, a empresa passa a trabalhar com previsibilidade, eficiência e margem.

Este artigo apresenta como quatro frentes importantes da gestão estratégica são  decisivas no live commerce: planejamento estratégico, organização operacional, execução em tempo real e análise pós-live. Em cada parte, trazemos exemplos práticos, aprendizados de mercado e recomendações que ajudam marcas e equipes a vender mais, com menos improviso e mais inteligência.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Toda live de vendas começa antes de ligar a câmera. O planejamento estratégico é o que define se uma transmissão será apenas mais uma ação promocional ou se ela fará parte de uma engrenagem comercial lucrativa e alinhada aos objetivos de negócio. Neste estágio, Sales Ops atua como braço estratégico da liderança comercial, traduzindo metas corporativas em ações claras, metas viáveis e indicadores mensuráveis.

Definir o que será vendido, para quem, com qual proposta de valor e qual resultado se espera não é tarefa intuitiva — é técnica. Sales Ops garante que o planejamento seja feito com base em dados históricos, perfil de clientes, potencial de margem e capacidade operacional da empresa. É o momento de tirar a estratégia do PowerPoint e colocá-la no campo, com foco, direcionamento e propósito.

Objetivos Claros

Antes de definir o roteiro da live, é papel de Sales Ops provocar reflexões estratégicas como:

  • Qual é o principal objetivo da ação? (Conversão imediata, nutrição de leads, escoamento de estoque, branding?)
  • Quais são os KPIs primários? Faturamento? CAC? ROAS?
  • Qual o perfil de público-alvo desta live? Novo, recorrente, promocional ou premium?

Ter clareza nesses pontos é o que diferencia uma live com direção de uma tentativa no escuro.

Estudo de caso 1:
Uma marca de beleza estabeleceu como objetivo gerar leads qualificados para funil de skincare anti-idade. Com isso, optou por uma abordagem mais educativa e ofereceu um e-book gratuito no final da live, captando 1.200 leads segmentados e reduzindo o CPL em 35%.

Estudo de Caso 2:
Uma empresa de eletrônicos precisava liquidar um lote de aparelhos descontinuados, e Sales Ops estruturou a live como “queima relâmpago” com ofertas de tempo limitado e gatilhos de escassez. O estoque zerou em 1h20 de transmissão.

Crie KPIs específicos para lives

Sales Ops tem a responsabilidade de transformar o objetivo da live em indicadores operacionais e táticos para acompanhamento em tempo real.

KPIs recomendados:

  • Vendas por minuto e por produto;
  • Pico de audiência x momento da oferta;
  • Engajamento no chat por bloco de tempo;
  • Abandono de carrinho ao vivo;
  • Taxa de conversão por canal de entrada;
  • ROAS (Retorno sobre Investimento Publicitário) da live.

Estudo de Caso 1:
Durante uma live de moda, o acompanhamento do KPI “vendas por minuto” permitiu ajustar a apresentação dos looks mais vendidos, o que aumentou a taxa de conversão geral em 21%.

Estudo de Caso 2:
Em uma live de brinquedos, a taxa de abandono de carrinho em tempo real disparou após a apresentação de produtos acima de R$ 500. Com base nisso, a equipe introduziu kits promocionais com ticket menor — e recuperou 18% dos carrinhos abandonados ainda durante a transmissão.

PRÉ-PRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA OPERAÇÃO: O “BACKSTAGE” DE VENDAS

Se a live é o palco, o sucesso do espetáculo está nos bastidores. A etapa de pré-produção e organização operacional é onde o Sales Ops brilha ao garantir que todas as engrenagens estejam em perfeita sincronia: catálogo, estoque, logística, atendimento, pagamento, tecnologia e discurso comercial. Sem essa estrutura, a live pode até ter audiência, mas dificilmente terá performance.

Aqui, o papel de Sales Ops é atuar como hub de integração entre as áreas, garantindo fluidez no processo de ponta a ponta. A missão é simples, mas poderosa: tirar fricção do caminho da conversão. Isso inclui prever gargalos, alinhar sistemas, revisar margens, garantir produtos estratégicos no estoque e validar que a operação está pronta para transformar a atenção do público em vendas reais.

Integração entre estoques, canais e plataformas

Evitar rupturas, falhas no checkout ou atraso de entrega começa com integração. Sales Ops deve garantir:

  • Conexão do sistema de estoque com a plataforma de vendas;
  • Sincronização entre meios de pagamento (PIX, link, QR Code, carteira digital);
  • Automatização dos fluxos com CRM, WhatsApp, chatbot e atendimento.

Estudo de Caso 1:
Um pet shop online passou a usar link de pagamento via WhatsApp Business integrado ao ERP. Antes, o link era enviado manualmente. A automação aumentou a conversão no canal direto em 47% e reduziu o tempo médio de atendimento de 6 para 1 minuto.

Estudo de Caso 2:
Uma loja de calçados enfrentava problemas de overselling. Após a integração entre o estoque físico e o e-commerce feita por Sales Ops, as rupturas foram reduzidas em 92% e as reclamações por falta de produto despencaram.

Curadoria comercial + margem

A seleção de produtos não pode ser aleatória. Sales Ops, junto ao time de pricing, deve garantir um portfólio com equilíbrio entre:

  • Margem bruta sustentável;
  • Potencial de giro;
  • Potencial de engajamento (produto que “aparece bem” na câmera);
  • Alinhamento com o tema da live e com o comportamento do público.

Estudo de Caso 1:
Em uma live de utensílios gourmet, produtos com margem superior a 60% foram priorizados. Para manter atratividade, foi criado um kit com bônus (panela premium + avental) que agregou valor percebido, aumentando o ticket médio em 38%.

Estudo de Caso 2:
Uma loja de moda feminina utilizou a matriz BCG para definir os produtos da live. As “vacas leiteiras” foram os carros-chefes com ofertas atrativas, enquanto as “interrogações” foram posicionadas com exclusividade e estoque limitado, gerando FOMO (medo de perder) e disparando as vendas desses itens em 74%.

EXECUÇÃO EM TEMPO REAL: VENDER COM INTELIGÊNCIA AO VIVO

A live começa, e com ela, começa o jogo da performance ao vivo. Não há tempo para achismos. Durante a execução, o papel de Sales Ops é garantir que os dados falem mais alto do que a intuição. É nessa hora que decisões rápidas, baseadas em dashboards, permitem ajustes certeiros que aumentam conversão, recuperam quedas ou ampliam o impacto de uma ação.

Sales Ops acompanha o desempenho da transmissão segundo a segundo: monitorando KPIs como vendas por minuto, engajamento, canal de entrada, cliques no botão de compra e muito mais. A missão é clara: fornecer inteligência em tempo real para que a equipe no front tome decisões embasadas e táticas, como mudar o roteiro, ativar um gatilho ou empacotar uma nova oferta relâmpago. Quem tem dado, não improvisa. Ajusta. Converte. Escala.

Monitoramento dinâmico de performance

Durante a transmissão, o time de Sales Ops deve estar com:

  • Painel de performance por produto;
  • Comparação entre audiência e conversão;
  • Canal de entrada (orgânico, pago, link direto);
  • Mapa de cliques e ações no chat.

Estudo de Caso 1:
Durante uma live de eletrônicos, ao notar queda de conversão após 30 minutos, Sales Ops recomendou um “desconto surpresa por 10 minutos”. A ação recuperou a curva e gerou um pico de vendas 4x maior que a média da live.

Estudo de Caso 2:
Uma marca de cosméticos identificou que a audiência estava mais engajada com trechos de demonstração prática. A orientação em tempo real foi mudar o roteiro, priorizando a aplicação dos produtos ao invés da explicação técnica — o tempo médio de permanência subiu 33%.

PÓS-LIVE: ANÁLISE, MELHORIA E CICLOS ÁGEIS

O encerramento da live não é o fim — é o começo de um novo ciclo de performance. O pós-live é onde o Sales Ops mergulha nos dados, cruza indicadores e transforma aprendizados em decisões práticas para as próximas transmissões. Mais do que reportar o que aconteceu, essa etapa é sobre entender por que aconteceu, o que funcionou, o que pode ser ajustado e como escalar os acertos.

A atuação estratégica aqui envolve aplicar metodologias como PDCA e ciclos de aprendizado contínuo. Com isso, o Sales Ops ajuda a empresa a sair do modo “tentativa e erro” e entrar no modo “execução iterativa com melhoria contínua”. Em resumo: cada live precisa ser melhor que a anterior — não por sorte, mas porque os dados assim mostraram.

Decisões baseadas em dados

Com dados estruturados, Sales Ops entrega análises como:

  • Produtos com alta visualização, mas baixa conversão;
  • Curva de engajamento e abandono por minuto;
  • Performance por canal de aquisição;
  • Rácio de novos clientes vs. clientes recorrentes;
  • Valor de vida útil (LTV) dos leads gerados.

Estudo de Caso 1:
Uma empresa de móveis notou que 65% das compras na live vieram de clientes antigos. Decidiu usar a próxima transmissão para capturar novos leads, criando uma ação exclusiva de boas-vindas com frete grátis. Resultado: 2.500 novos cadastros e base renovada.

Estudo de Caso 2:
Uma marca de alimentos congelados percebeu que clientes que participaram da live tinham LTV 3x maior. Com base nisso, passou a investir mais em remarketing para esse público — aumentando o faturamento mensal em 18%.

Framework de melhoria contínua (PDCA adaptado ao live commerce)

Sales Ops aplica o ciclo PDCA como metodologia de performance escalável:

  • Plan – Com base nas métricas anteriores, cria-se um plano otimizado;
  • Do – Executa a live com foco nos aprendizados anteriores;
  • Check – Compara resultados com as metas e benchmarks;
  • Act – Refina processos, testes e implementa melhorias.

Estudo de Caso 1:
Após uma série de três lives, uma rede de farmácias documentou os aprendizados e criou um playbook de boas práticas para todas as franquias. O padrão elevou a conversão média em 23% na rede.

Estudo de Caso 2:
Em uma marca de decoração, foi testado um novo formato de live com menor duração e foco em um único cômodo por episódio. O engajamento e a retenção aumentaram 50% em relação ao modelo tradicional.

Conclusão

A força por trás de uma operação de live commerce bem-sucedida não está apenas na frente das câmeras, mas no que acontece antes, durante e depois da transmissão. É nesse cenário que o Sales Ops assume um papel protagonista, conectando estratégia e execução, dados e decisão, bastidor e resultado. Sua atuação garante que cada etapa — da escolha do mix de produtos até a análise pós-live — ocorra de forma coordenada, sem improvisos e com foco em performance. Sem essa governança operacional, o crescimento é acidental; com ela, torna-se previsível e escalável.

Complementar a isso, o Sales Enablement entra como o motor de preparo e performance humana. Treinar o time que conduz as lives, garantir domínio do discurso comercial, alinhamento de narrativas, fluência nas ofertas e domínio dos produtos não é um luxo — é pré-requisito para converter atenção em vendas. Enablement eficaz prepara apresentadores, operadores, SACs e áreas comerciais para entregarem a melhor experiência possível, mesmo em situações adversas ou de alta pressão. Em live commerce, quem está no ar precisa estar no ponto.

Para que tudo isso funcione, é fundamental entender que estratégia não é o que se planeja — é o que se entrega de forma consistente. Empresas que tratam live commerce como uma ação isolada ou “moda do momento” tendem a colher resultados inconsistentes. Já aquelas que inserem essa frente dentro de um modelo comercial estruturado, com metas claras, rotinas bem definidas e governança de ponta a ponta, conseguem extrair o máximo potencial do canal e integrá-lo à sua jornada de vendas omnichannel.

Em um mercado cada vez mais competitivo, ter uma estratégia clara, orientada por dados e habilitada por operações inteligentes, não é diferencial — é questão de sobrevivência. Live commerce exige agilidade, mas também exige método. Exige criatividade, mas exige estrutura. O segredo está em combinar os dois mundos: o brilho da vitrine com a precisão dos bastidores. E é aí que Sales Ops, Enablement e inteligência comercial se encontram para transformar audiência em resultado e engajamento em crescimento sustentável.

iFood Move 2025 trará grandes nomes do Marketing para trazer dicas imperdíveis aos donos de restaurantes

Grandes nomes do Marketing vão trazer dicas imperdíveis para empresários durante o iFood Move 2025, evento que se consolida este ano como maior encontro de restaurantes da América Latina que acontece nos dias 5 e 6 de agosto, no São Paulo Expo.

No primeiro dia, Fábio Medeiros, diretor de marketing da Bacio di Latte, vai apresentar os bastidores da empresa e as estratégias que transformaram uma visão empreendedora em um negócio escalável e lucrativo, com foco em operação, vendas e marketing. Com a palestra “Desmarketize-se”, João Branco, ex-VP de marketing do Méqui, vai trazer uma nova visão, mostrando como criar conexões autênticas com o consumidor, humanizar marcas e gerar crescimento com propósito, se destacando de verdade.

No palco da Academia do Delivery, Michael Menezes, especialista em marketing digital, vai apresentar a ciência por trás do conteúdo que vende. Quem acompanhar esta palestra vai descobrir os formatos mais eficazes, técnicas de storytelling e como estruturar um calendário editorial estratégico para seu delivery. Além de sair com ferramentas práticas para transformar suas redes sociais em canais de vendas.

O segundo dia também está imperdível para quem busca aprender mais sobre Marketing. O palco Sucesso & Estratégia de Vendas vai receber Lohran Soares, CEO e fundador da Milky Moo, que vai trazer dados, criatividade e personalização na prática: como estratégias de marketing digital e growth estão impulsionando o crescimento de negócios no foodservice e gerando resultados concretos. Um painel com cases de sucesso e um olhar prático sobre o que realmente funciona no dia a dia.

Outro case inspirador será o da marca Dengo, apresentado por Renata Lamarco, Diretora de Marketing e Canais Digitais da empresa. Neste painel, a palestrante vai apresentar a trajetória de uma empresa que valoriza o cacau nacional, capacita pequenos produtores e transforma a experiência do consumidor em uma poderosa alavanca de crescimento.

Confira a programação completa do iFood Move 2025 aqui

Um evento para transformar o futuro dos restaurantes

Em uma edição ainda mais robusta, o iFood Move 2025 promete mais de 70 horas de conteúdo, com seis palcos simultâneos e mais de 100 palestrantes. Além do palco principal, o evento terá a “Academia de Delivery” expandida, que neste ano contará com dois palcos para aulas práticas. Além disso, também terá uma área de exposição de produtos e iniciativas do setor, como grandes nomes da indústria, para os empresários e uma premiação que reconhece o melhor serviço no delivery: o Prêmio iFood de Super Restaurantes.

Excelência no iFood Move 2025

Além disso, no palco principal do evento, Usain Bolt compartilhará sua jornada empreendedora com aproximadamente 12 mil proprietários de restaurantes. Em uma conversa inédita, o ex-atleta revelará como fez a transição de uma lenda esportiva para um bem-sucedido empresário, discutindo os desafios enfrentados desde a fundação de seu primeiro restaurante até a expansão da marca, conectando sua história de recordes nas pistas à criação de empreendimentos globais. Bolt demonstra que aqueles que aceleram com propósito podem moldar seu próprio futuro.

O iFood Move 2025 também contará com outros grandes nomes que inspiram e compartilham conhecimentos do universo gastronômico, mas principalmente de suas histórias inspiradoras. Entre eles, está Galvão Bueno, que se reinventou, é proprietário da marca de vinhos Bueno Wines, e vai levar sua história como inspiração para donos de restaurantes consolidados e do grande público. Além disso, Galvão trará, por meio de histórias que mostram como a mentoria, a determinação e os grandes sonhos o ajudaram a atingir novos patamares de excelência, tanto no esporte quanto no mundo dos negócios, sempre de forma resiliente.

Outro destaque será Boninho, um dos grandes nomes da TV Brasileira e célebre executivo deste universo. Conhecido por programas líderes de audiência, falará sobre criatividade como forma de inovação e como transformar negócios em ícones de sucesso. Os participantes do iFood Move 2025 também vão contar com as ilustres presenças de Renata Lamarco, diretora de Marketing da Dengo; e João Diamante, premiado chef e fundador do projeto Diamantes na Cozinha.

Os executivos do iFood que novamente marcarão presença e trarão novidades ao público são Diego Barreto, presidente da empresa; Luana Ozemela, vice-presidente de Impacto e Sustentabilidade; Roberto Gandolfo, presidente de Marketplace; Bruno Henriques, presidente do iFood Pago.

Serviço:

Data: 5 e 6 de agosto de 2025

Local: São Paulo Expo, São Paulo, SP

Ingressos: Os interessados podem adquirir ingressos pelo site oficial do evento, www.ifoodmove.com.br.

Soluções logísticas reduzem em 40% os custos com devoluções e evitam emissão de 15 toneladas de CO₂

Clique Retire, referência em soluções logísticas inteligentes, apresenta duas inovações voltadas ao e-commerce: o Smartdrop, que reduz em até 40% os custos com despachos e devoluções, e a Reversa, operação de logística reversa sustentável com impacto ambiental comprovado. Juntas, as soluções aceleram processos, ampliam a eficiência operacional e reforçam o compromisso da empresa com metas ESG. Com integração rápida a ERPs, TMSs e plataformas de e-commerce, elas atendem desde marketplaces até varejistas independentes, cobrindo toda a jornada sem necessidade de estrutura própria. Entre os resultados já registrados estão as devoluções concluídas em menos de 24h (antes levavam até 5 dias), cinco toneladas de CO₂ evitadas em seis meses e cobertura logística completa com redução significativa de custos.

Segundo a empresa, com as margens apertadas e alta rotatividade de pedidos, o e-commerce exige eficiência máxima. Nesse cenário, Smartdrop e Reversa se consolidam como aliadas estratégicas na transformação logística. O uso de smart lockers reduz drasticamente o tempo de ciclo das devoluções, diminuindo o custo por operação e acelerando o retorno do item ao estoque. Já a Reversa permite aos e-commerces mitigar riscos ambientais e operacionais, com processos integrados de coleta, triagem e descarte sustentável, sem a necessidade de estrutura própria. A combinação dessas soluções promove ganhos tangíveis de produtividade, rastreabilidade e compliance.

Desenvolvido pela Clique Retire, o Smartdrop utiliza armários inteligentes instalados em pontos estratégicos, possibilitando devoluções com mais agilidade e economia. Os resultados operacionais já demonstram redução de até 40% nos custos, com o tempo médio de resolução caindo para menos de 24 horas. “Com o Smartdrop, os sellers conquistam ganhos expressivos em agilidade, controle e economia, fatores essenciais para a competitividade nos marketplaces”, destaca Gustavo Artuzo, CEO da Clique Retire.

Já a Reversa se posiciona como parceira estratégica de e-commerces que buscam uma operação de logística reversa completa, eficiente e ambientalmente responsável. A solução cobre toda a jornada da devolução: desde a coleta e triagem até a destinação correta, seja o retorno ao estoque ou o descarte sustentável de itens inutilizados, eliminando a necessidade de investimento em infraestrutura própria. Em 2025, a Reversa já atendeu clientes de diversos setores, consolidando-se como modelo eficaz para empresas com estruturas mais enxutas. “Além de atender às demandas logísticas, a Reversa contribui diretamente para a redução de custos e para o cumprimento das metas ESG dos nossos clientes”, reforça Artuzo.

A arquitetura tecnológica da Clique Retire foi desenhada para integração rápida com ERPs, TMSs e plataformas de e-commerce, permitindo implementação ágil e escalável em qualquer porte de operação. Tanto Smartdrop quanto Reversa operam com painéis de gestão próprios, relatórios customizados e SLAs definidos, facilitando o controle e a tomada de decisão em operações com múltiplos canais. Essa capacidade de integração tem sido um diferencial para sellers e varejistas que precisam adaptar seus fluxos logísticos a contextos de alto volume ou variabilidade.

Segundo dados da EbitNielsen, o comércio eletrônico brasileiro movimentou mais de R$ 185 bilhões em 2024, impulsionado pelo crescimento dos marketplaces e pela mudança nos hábitos de consumo. Entretanto, os custos associados à logística reversa e às devoluções ainda representam entraves relevantes para a rentabilidade e a sustentabilidade do setor. Nesse contexto, soluções como Smartdrop e Reversa tornam-se diferenciais estratégicos em um mercado cada vez mais competitivo. “Acreditamos que aliar eficiência operacional à responsabilidade ambiental é fundamental para o futuro do varejo digital. Com o Smartdrop e a Reversa, entregamos soluções completas e integradas, que atendem às principais demandas do setor e geram valor tangível para nossos parceiros”, conclui Gustavo Artuzo

A crescente pressão por metas ambientais e práticas sustentáveis, vinda de consumidores, investidores e reguladores, transforma soluções logísticas com impacto positivo mensurável em vantagem competitiva. A Reversa, por exemplo, já evitou a emissão de 15 toneladas de CO₂ em apenas seis meses, operando com parceiros homologados em toda a cadeia de descarte. O Smartdrop também contribui para a redução do tráfego urbano e da emissão indireta de poluentes, ao consolidar devoluções em lockers de alta rotatividade. Ao incorporar essas soluções, marketplaces e e-commerces evoluem em suas agendas ESG sem abrir mão da performance operacional.

vhsys conecta lojas físicas a mais de 70 marketplaces e amplia canais de venda com baixo investimento

A vhsys, plataforma de gestão voltada para micro e pequenos negócios, acaba de lançar uma integração que conecta lojas físicas a mais de 70 marketplaces e plataformas de e-commerce. A novidade promete facilitar a entrada de lojistas físicos no comércio digital, permitindo que o empreendedor controle estoque, preços, pedidos e cadastro de produtos em múltiplos canais, tudo em um só lugar.

De acordo com Reginaldo Stocco, CEO da vhsys, o objetivo é abrir caminho para que pequenos negócios tradicionais vendam online sem precisar de investimentos altos ou conhecimentos técnicos avançados. “Muitos lojistas ainda têm receio de entrar no digital porque não querem ter que aprender a operar várias plataformas diferentes. Nós tornamos isso viável, prático e acessível”, destaca.

A ideia é que o lojista físico transforme sua loja em uma operação multicanal, girando estoque parado e ganhando alcance nacional sem sair do sistema que já usa no dia a dia. “Nosso papel não é prometer resultados irreais, mas dar o primeiro passo junto com o empreendedor. Queremos que ele siga no balcão da loja, mas tenha condições de vender para todo o Brasil com poucos cliques”, completa Reginaldo.

Diferente de soluções tradicionais, o cliente da vhsys não paga por canal conectado nem por volume de produto; o foco é vender mais sem complicar a operação. A ferramenta está disponível por R$ 49,90 por mês, com direito a até 50 pedidos. Acima disso, o lojista paga apenas R$1,50 por pedido extra, sem limite de produtos cadastrados ou de canais ativados — o que inclui nomes como Shopee, Amazon, Magalu, Americanas, Aliexpress, Shein, Casas Bahia, Renner, C&A, Netshoes e outros.

Pequenas empresas na mira da LGPD expõem como o marketing digital em julho amplia riscos jurídicos e reputacionais

Julho, mês tradicionalmente marcado por liquidações de inverno e recesso parcial do Judiciário, se tornou um período de atenção redobrada para pequenas e médias empresas brasileiras. Ao intensificarem campanhas de marketing digital e estratégias de captação de leads, essas organizações também se expõem a riscos crescentes de sanções jurídicas e perdas reputacionais. A advertência é de Edgard Dolata, advogado e especialista em privacidade de dados, professor convidado em programas de educação executiva.

“Mesmo negócios de menor porte estão na mira da ANPD. Em julho, com o aumento das campanhas digitais, cresce também a exposição ao risco jurídico e reputacional. Ignorar a LGPD não apenas coloca a empresa em risco de sanções, mas compromete sua imagem no mercado”, afirma Dolata.

Segundo relatório divulgado em junho pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), houve aumento de 37% nas denúncias por descumprimento do direito de exclusão de dados no primeiro semestre de 2025. O artigo 18 da LGPD assegura aos titulares o direito de solicitar a exclusão de seus dados, e o não atendimento pode resultar em investigações, multas e prejuízos à reputação.

Entre as infrações mais comuns estão o uso indevido de e-mail marketing, disparos para bases de contatos compradas sem consentimento, ausência de políticas de privacidade e falhas no atendimento aos direitos dos titulares. “É comum que empresas, no entusiasmo das vendas, adotem estratégias agressivas sem base legal — como o envio de e-mails promocionais sem autorização —, o que é ilegal”, explica.

Outro ponto de atenção envolve a publicidade jurídica nas redes sociais. Com o crescimento do número de perfis de advogados em plataformas como Instagram, LinkedIn e TikTok, muitos conteúdos ultrapassam os limites estabelecidos pelo Código de Ética da OAB. “A autoridade digital na advocacia precisa respeitar os limites da ética profissional. Em julho, com maior engajamento nas redes, aumentam também os olhos da OAB sobre práticas irregulares. O conteúdo jurídico não pode ser tratado como propaganda”, alerta.

Desde a posse da nova diretoria da ANPD, em março de 2025, a fiscalização tem se intensificado especialmente sobre micro e pequenas empresas dos setores de e-commerce, educação e serviços jurídicos. Em paralelo, também cresceu o número de denúncias feitas diretamente por consumidores, que agora contam com canais simplificados para reportar infrações.

Para reduzir riscos, Dolata recomenda que empresas estruturem suas ações de marketing com base em fundamentos legais e invistam em conteúdo informativo, sem apelos promocionais invasivos. “Estar em conformidade com a LGPD não é apenas evitar multas. É construir uma relação de confiança com o cliente, demonstrando responsabilidade e respeito pelos dados que ele confia à sua marca”, conclui o especialista.

Armazém logístico: como escolher a melhor opção para o seu negócio?

Nos bastidores de qualquer operação logística eficiente, a armazenagem, movimentação e automação são elementos decisivos para garantir a eficiência e eficácia da operação. Muito mais do que um espaço de estocagem, ele é o coração pulsante da intralogística. Um armazém bem estruturado, com processos otimizados e soluções adequadas ao perfil do negócio, impacta diretamente na competitividade da empresa seja pela agilidade nas entregas, pela redução de custos ou pelo ganho em produtividade.

Nos últimos anos, especialmente impulsionado pela ascensão do e-commerce no Brasil, vimos uma transformação acelerada nesse setor. As empresas passaram a enxergar seus centros de distribuição com um olhar mais estratégico, buscando modernização, automação e, sobretudo, eficiência. Mas, diante de tantas possibilidades, como escolher o modelo ideal de armazenagem para cada operação?

  1. Armazenagem própria

Ideal para organizações que desejam total controle sobre a operação. Nesse modelo, a empresa é responsável por toda a gestão — da estrutura física aos processos, layout, tecnologia e equipe. A grande vantagem está na personalização e autonomia: é possível adaptar o armazém conforme a sazonalidade, novas demandas de mercado ou expansão de portfólio.

No entanto, é preciso estar ciente dos custos envolvidos, da necessidade de constante atualização tecnológica e da responsabilidade integral pela performance da operação.

  1. Armazenagem terceirizada

Indicada para empresas que preferem concentrar esforços no seu core business, terceirizando a operação logística. Nesse caso, uma empresa especializada assume a responsabilidade pelo armazenamento, movimentação e controle dos produtos.

A grande vantagem é a agilidade para escalar operações e a redução de investimentos em infraestrutura e pessoal (CAPEX). Mas atenção: é essencial escolher parceiros com know-how comprovado, estrutura sólida e capacidade de atender às particularidades da sua cadeia logística.

  1. Armazenagem contratada

Um modelo híbrido, cada vez mais popular, principalmente com a expansão dos condomínios logísticos no Brasil. A empresa contrata o espaço e a estrutura física, mas mantém a gestão da operação e da equipe sob seu comando.

Esse formato une o melhor dos dois mundos: localização estratégica, infraestrutura moderna e flexibilidade operacional. É uma alternativa interessante para empresas que buscam crescer de forma estruturada, mantendo a gestão sob controle, mas sem os custos de construção e manutenção de um armazém próprio.

Por fim, a logística é o principal diferencial competitivo, e a cada ano a intralogística vem se consolidando como um diferencial estratégico nas empresas que buscam crescer com eficiência e sustentabilidade. A escolha do modelo de armazém logístico é um dos pilares dessa jornada alinhado com um bom projeto de automação.

A próxima onda de sistemas ERP inteligentes

Um Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais (ERP) é o cérebro operacional de uma empresa, centralizando dados e proporcionando transparência e insights em tempo real para decisões estratégicas. Entretanto, sistemas desatualizados transformam essa vantagem em um obstáculo à eficiência, ao crescimento e ao aproveitamento de oportunidades. A migração para plataformas modernas, especialmente baseadas em nuvem, deixa de ser opção para tornar-se imperativa.

A migração do ERP é um processo que envolve mover dados, configurações e fluxos de trabalho de um sistema antigo para um novo. Isso envolve planejamento, limpeza de dados, testes de sistema, treinamento de usuários e suporte para a implementação. O objetivo é aprimorar a funcionalidade, reduzir custos e alinhar o sistema às necessidades atuais do negócio.

O setor de ERP no Brasil experimenta um crescimento robusto. Segundo projeções da ABES (Associação Brasileira de Empresas de Software), o mercado deve alcançar US$ 4,9 bilhões em 2025, representando um crescimento de 11% em relação ao ano anterior. Esta expansão é impulsionada pela migração para a nuvem, com quase 30% dos investimentos direcionados para soluções SaaS (Software as a Service).

Segundo analistas da Gartner, o mercado global de ERP em nuvem atingirá US$ 40,5 bilhões até 2025, evidenciando uma transformação fundamental na forma como as empresas abordam seus sistemas de gestão.

Estratégias para uma migração bem-sucedida

A migração de ERP transcende a simples atualização de software. Trata-se de uma transformação organizacional que requer planejamento meticuloso e execução estruturada. Para desenvolver uma estratégia e um plano de transferência desses dados é importante seguir alguns passos:

– Auditoria e avaliação de dados – identificar redundâncias e inconsistências no legado é crucial. Focar na qualidade e relevância das informações a serem migradas agiliza o processo e garante integridade no novo ambiente;

– Análise de compatibilidade – é preciso garantir que os dados legados sejam compatíveis com os novos requisitos do sistema. Isso inclui a implementação de medidas preventivas contra perda de dados, duplicação e erros de migração;

– Governança e expertise – uma equipe multidisciplinar com conhecimento profundo tanto dos sistemas antigos quanto dos novos é essencial para conduzir a migração com eficiência. Esta equipe deve incluir especialistas em TI, usuários finais e consultores externos quando necessário;

– Testes rigorosos – simular operações e validar dados após a migração é essencial para detectar falhas, garantir desempenho e conformidade antes do go-live.

Benefícios da IA em ERP

A implementação de inteligência artificial em sistemas ERP gera impactos transformadores em múltiplas dimensões operacionais. A automação inteligente permite que processos complexos, que tradicionalmente demandavam intervenção humana constante, sejam executados de forma autônoma e eficiente. Isso inclui desde aprovações automáticas baseadas em regras de negócio pré-definidas até a otimização dinâmica de rotas de entrega, considerando variáveis como tráfego, condições climáticas e prioridades de cliente.

Paralelamente, os algoritmos de Machine Learning revolucionam a capacidade preditiva das organizações ao analisar padrões históricos complexos. Esta análise possibilita a previsão exata de tendências de demanda, a identificação proativa de oportunidades de otimização e a antecipação de problemas potenciais antes que se materializem em impactos operacionais significativos.

Perspectivas futuras

A adoção de ERPs modernos, baseados em nuvem e impulsionados por IA não é mera modernização tecnológica. É uma reestruturação estratégica que gera eficiência operacional tangível, ganhos de produtividade e redução sustentável de custos.

Empresas que dominarem essa transição, com migrações bem planejadas e aproveitamento das capacidades cognitivas da IA, não apenas navegarão pelos desafios do mercado atual, mas conquistarão uma vantagem competitiva decisiva.

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