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White Cube anuncia nova fase e reforça posicionamento como consultoria estratégica de Dados e Inteligência Artificial

A White Cube anuncia sua nova fase estratégica, marcada por um reposicionamento que consolida a empresa como uma consultoria especializada em Dados e Inteligência Artificial aplicada a negócios. O objetivo é transformar dados brutos em vantagem competitiva real, acelerar decisões e impulsionar eficiência e crescimento em empresas de médio e grande porte.

Há 15 anos no mercado, e com mais de 300 empresas atendidas, 250 especialistas, 3 milhões de ativos gerenciados e impacto superior a R$ 100 bilhões em receita gerada para clientes, a White Cube dá um passo adiante para acompanhar a maturidade do mercado e a evolução do uso de IA em escala.

“Os dados só têm valor quando se tornam decisões acionáveis. Nossa missão é educar, direcionar e aplicar IA e Dados de forma que líderes possam tomar decisões inteligentes hoje, e não em um futuro distante”, afirma Alexandre Azevedo, CEO da White Cube.

A empresa, que já atende clientes em quatro continentes (América do Sul, América do Norte, Europa e Oceania) e projeta crescimento de 118% em vendas para 2025, utiliza o reposicionamento para dobrar novamente o tamanho da operação até 2026.

Do dado à decisão: a nova lógica de atuação

A nova fase da empresa está organizada em uma jornada completa que conecta estratégia, governança, engenharia e IA aplicada. 

O modelo reforça princípios centrais do posicionamento da marca, como:

  • Dados que se transformam em inteligência acionável
    • IA como motor de eficiência e vantagem competitiva
    • Decisões orientadas por governança, conformidade e qualidade
    • Combinação entre expertise humana e tecnologia
    • Impacto mensurável em produtividade, margens e crescimento

Essa abordagem responde a um movimento do mercado em que organizações acumulam grandes volumes de dados, mas ainda têm dificuldade em convertê-los em valor, previsibilidade e inovação.

Crescimento e presença ampliada

Com forte presença no Sul do país, a White Cube intensifica agora sua expansão para o Sudeste,  região prioritária por concentração de grandes empresas e investimento em dados e IA.

Para sustentar essa nova etapa, a empresa inaugura um escritório três vezes maior no Instituto Caldeira, um dos principais hubs de inovação do Brasil. O espaço, na cidade de Porto Alegre, simboliza a conexão com o ecossistema tecnológico e com iniciativas que impulsionam IA, dados e transformação digital.

“O Instituto Caldeira é onde as grandes conversas sobre tecnologia acontecem. Estar aqui fortalece nossa cultura e acelera nosso impacto no mercado”, explica Azevedo.

Parcerias globais fortalecem a consistência técnica

A White Cube mantém alianças estratégicas com players globais que ampliam sua capacidade técnica e a entrega de projetos de grande escala:

  • Parceria em Data & IA com a Microsoft
  • Parceria em Data Lake com Databricks
  • Parceria em Analytics Cloud na América Latina com a Oracle
  • Parceria em Data & Analytics com a Huawei

Esses acordos permitem operar com padrões internacionais de performance, governança e escalabilidade.

Uma consultoria que molda o futuro dos negócios

A nova marca da White Cube reforça a assinatura que orienta toda a estratégia: Shaping the future of business with Data & IA.

Mais do que uma fornecedora técnica, a empresa assume o papel de trusted advisor, apoiando líderes a tomar decisões mais inteligentes, rápidas e seguras, com impacto real em margens, eficiência operacional e competitividade.

AliExpress inicia vendas globais do REDMAGIC 11 Pro com descontos exclusivos

O AliExpress, plataforma global do Alibaba International Digital Commerce Group, dá início à venda oficial do REDMAGIC 11 Pro novo smartphone gamer da marca REDMAGIC, que estreia mundialmente com uma campanha promocional exclusiva entre os dias 9 e 12 de dezembro.

Reconhecida pelo desenvolvimento de equipamentos voltados ao desempenho em jogos mobile desde 2018, a REDMAGIC apresenta seu novo modelo com foco em performance, eficiência térmica e conectividade. O lançamento amplia a presença global da marca, hoje distribuída em mais de 60 países e regiões.

Destaques do REDMAGIC 11 Pro

O REDMAGIC 11 Pro chega ao AliExpress com especificações desenvolvidas para usuários que buscam alta capacidade de processamento e estabilidade em uso contínuo. Entre os principais recursos:

  • Processador Snapdragon 8 Elite Gen 5, de última geração
  • Sistema de refrigeração líquida, tecnologia inovadora em smartphones da categoria
  • Tela AMOLED de 6,85’’ com taxa de atualização de 144 Hz
  • Opções de até 24 GB de RAM e 1 TB de armazenamento
  • Bateria de 7.500 mAh com carregamento rápido

Durante a campanha, que acontece de 9 a 12 de dezembro, o AliExpress contará com condições exclusivas para o modelo, oferecendo R$ 390 de desconto por meio do cupom BRGS10.

Briga de cachorro grande no delivery muda o mercado

O mercado brasileiro de delivery atravessa neste momento uma mudança estrutural que vai muito além da entrada de novos aplicativos ou da retomada de antigas plataformas. O que acontece é uma reconfiguração profunda nos planos competitivo, tecnológico e comportamental que inaugura o que podemos chamar da era da “hiperconveniência potencializada”.

A dimensão do crescimento desse canal tem uma nova e marcante perspectiva pela conjugação de fatores determinados pela chegada da Keeta, aceleração da 99 e reação do iFood.

Virou briga de cachorro grande com seus impactos indo muito além dos segmentos de alimentação ou foodservice, uma vez que as experiências de um segmento, canal ou categoria ajudam a moldar o comportamento, desejos e expectativas de consumidores de forma muito mais abrangente.

A pesquisa Crest da Gouvêa Inteligência mostra que nos primeiros 9 meses de 2025 o delivery representou 18% das vendas totais do foodservice no Brasil, totalizando R$ 30,5 bilhões gastos pelo consumidor e com crescimento de 8% sobre o mesmo período de 2024, sendo o maior crescimento entre canais deste setor.

Em termos de crescimento médio anual, desde 2019 o delivery tem expansão média de 12% enquanto o foodservice, como um todo, cresceu 1% anualmente. O canal delivery já representa 17% de todo o gasto do foodservice nacional com cerca de 1,7 bilhão de transações em 2024, enquanto nos EUA, só para comparação, sua participação é de 15%. A diferença em parte se explica pela força do take out entre os dois mercados que é significativamente maior nos EUA.

Durante anos o setor conviveu com baixa competição real e poucas alternativas. Isso levou a um modelo eficiente para alguns e limitado para muitos, onde a concentração com iFood pode ser estimada entre 85 e 92%, o que desafia a lógica em mercados mais maduros. Um resultado com méritos próprios do iFood.

Fundado em 2011 como uma startup de delivery, a operação iFood faz parte da Movile e envolve tecnologia com negócios em apps, logística e fintech. Hoje, o iFood se tornou a maior plataforma de entrega de comida da América Latina e expandiu para além de sua proposta original, conectando supermercados, farmácias, pet shops e outros canais, funcionando como um marketplace de conveniência e, de forma mais abrangente, como um ecossistema, pois também envolve serviços financeiros.

Eles mencionam 55 milhões de clientes ativos e cerca de 380 mil estabelecimentos parceiros (restaurantes, mercados, farmácias, etc.) com 360 mil entregadores registrados. E teriam ultrapassado 180 milhões de pedidos por mês. Muito mérito no que foi desenvolvido.

A 99 iniciou suas atividades como aplicativo de transporte e foi comprada em 2018 pela Didi, um dos maiores ecossistemas da China que também tatua com aplicativos de transporte. Encerrou as operações da 99Food em 2023 e retornou agora em abril de 2025 com um ambicioso plano de investimento e captação de operadores oferecendo isenção de comissões, mais promoções e menores taxas para acelerar escala.

Também agora temos a chegada da Meituan/Keeta, ecossistema de origem chinesa que opera em diversos países da Ásia e Oriente Médio e reporta atender perto de 770 milhões de clientes na China, com 98 milhões de entregas diárias. A empresa já anunciou investimentos de US$ 1 bilhão para sua operação de conquista de mercado no Brasil.

Com a chegada agora da Meituan/Keeta, a retomada da 99Food e, sem dúvida, a reação do iFood, além da movimentação de outros players que já estão operando, o cenário muda radical e estruturalmente.

Hoje o setor vive uma fase de concorrência plena, com capital, recursos, tecnologia e ambição em escala suficientes para redesenhar todo o jogo e impactar também outros setores econômicos, além do próprio comportamento dos consumidores.

Essa reconfiguração gera quatro impactos diretos e imediatos:

– Preços mais competitivos e promoções muito mais agressivas – A queda de preço, típica de ciclos de entrada de novos players, reduz a barreira de acesso ao delivery e expande a demanda.

– Multiplicação das alternativas – Mais apps, players e opções significam mais restaurantes, mais categorias, mais rotas de entrega e mais ofertas. Quanto mais possibilidades, promoções e ofertas, maior será a adesão, ampliando o tamanho do próprio mercado.

– Inovação acelerada –  A entrada da Keeta/ Meituan concorrendo com iFood e 99 traz a lógica do “super app chinês” com eficiência algorítmica, velocidade operacional e visão integrada de serviços locais. Isso forçará todo o setor a se reposicionar.

– Mais oferta gera maior demanda –  Com o aumento da oferta, a demanda tenderá a se expandir e ensejará o crescimento estrutural da hiperconveniência.

A tese central aqui é simples e já comprovada em diferentes mercados, pois quando há aumento significativo da oferta com mais conveniência e preços mais competitivos, o mercado cresce, expande e gera impactos, positivos e negativos, para todo mundo. Mas existe um natural e comprovado aumento da atratividade do setor. E tem muito a ver com o efeito multiplicador da conveniência:

  • mais opções e promoções com maior frequência de pedidos
  • preços mais baixos com mais ocasiões de uso
  • mais categorias com expansão de consumo
  • novos modelos logísticos com mais velocidade e previsibilidade

Esse conjunto de fatores determina o que os caracteriza como essa era de hiperconveniência potencializada no mercado brasileiro, quando o consumidor descobre que pode resolver muito mais da vida cotidiana a partir do digital. E não só para comida, mas expandindo para outras categorias como bebidas, medicamentos, saúde, cuidados pessoais, pet e muito mais.

E quando a conveniência atinge esse nível, o comportamento muda. O delivery deixa de ser hábito e se torna rotina. E a nova rotina gera um novo mercado, maior e mais dinâmico, competitivo e potencialmente rentável para quem souber capitalizar.

Operadores ganham com liberdade de escolha e novos modelos

Se por muito tempo restaurantes e operadores reclamaram da dependência de um único aplicativo dominante, agora o cenário se reequilibra. A reconfiguração competitiva trará mais parceiros possíveis com condições comerciais negociáveis, comissões mais equilibradas, mais promoções e ofertas e ampliação da base de clientes

Muito adiante desses aspectos a pressão competitiva acelera a evolução operacional dos operadores com cardápios otimizados, embalagens melhores, logística repensada e novos modelos de dark kitchen, pick-up e operações híbridas. Mas o tema envolve também os entregadores.

A discussão pública muitas vezes enxerga o entregador apenas pela lente da precarização, mas existe uma dinâmica econômica importante, pois nesse cenário são criadas melhores condições de trabalho com um crescente número de profissionais envolvidos na atividade.

Com mais apps e marcas disputando espaço haverá inevitável aumento de número de pedidos, mais alternativas de plataformas, mais incentivos e tudo isso melhorando os ganhos individuais.

Com o mercado reconfigurado pela disputa entre competidores tão estruturados haverá uma aceleração de todo esse processo envolvendo varejistas, restaurantes, entregadores, fintechs, fornecedores logísticos e operações híbridas, além de serviço financeiros.

Nesse contexto ampliado a hiperconveniência deixa de ser tendência e se converte em novo modelo para o mercado reconfigurando.

O delivery inaugura uma fase mais equilibrada, mais plural e mais inteligente para todos os agentes da cadeia com consumidores ganhando mais opções, preços mais competitivos, eficiência operacional, velocidade e alternativas de escolha.

Os operadores passam a ter mais opções, melhores resultados e bases ampliadas, enquanto entregadores têm maior demanda, alternativas e competição saudável entre apps e, como resultado, o mercado como um todo se expande.

Essa é a essência da era da hiperconveniência potencializada pelos ecossistemas com mais players, mais soluções e maiores valores envolvidos, determinando a expansão e o redesenho do próprio mercado.

Quem demorar para perceber a extensão, dimensão, profundidade e velocidade dessa transformação no setor de delivery vai comer… poeira!

Marcos Gouvêa de Souza é fundador e diretor-geral da Gouvêa Ecosystem,  ecossistema de consultorias, soluções e serviços que atua em todas as frentes do setor de consumo, varejo e distribuição. Fundada em 1988, é referência no Brasil e no mundo por sua visão estratégica, atuação prática e profunda compreensão do setor. Saiba mais em: https://gouveaecosystem.com

A nova fronteira da lavagem de dinheiro: influenciadores digitais e o “negócio das rifas”

Durante décadas, o poder econômico e político era medido em cargos, patrimônio e conexões institucionais. Hoje, mede-se também em seguidores, engajamento e alcance digital. Os influenciadores digitais ocupam um papel ambíguo, onde são simultaneamente marcas, ídolos e empresas, mas muitas vezes operam sem CNPJ, sem contabilidade e sem as obrigações fiscais que o restante da sociedade cumpre.

A popularização das redes sociais criou um mercado paralelo, onde a atenção virou moeda e a reputação, um ativo negociável. O problema é que no mesmo espaço em que floresce o empreendedorismo digital, florescem também novos mecanismos de lavagem de dinheiro, evasão fiscal e enriquecimento ilícito, todos fora do alcance imediato do Estado.

Rifas milionárias, “doações” de seguidores, sorteios beneficentes e lives que movimentam milhares de reais são para muitos influenciadores, fontes de renda principais. Em alguns casos, tornaram-se verdadeiros modelos de negócio, mas sem lastro jurídico, compliance e supervisão financeira.

A sensação de impunidade é reforçada pelo poder social, influenciadores são admirados, seguidos e frequentemente blindados por sua popularidade. Muitos acreditam que por viverem no ambiente digital, estão fora do alcance da lei. Essa percepção de “imunidade digital” tem consequências econômicas, jurídicas e sociais.

O ponto cego da legislação brasileira

A legislação brasileira ainda não acompanhou o ritmo da economia da influência. O vazio normativo permite que influenciadores monetizem audiências milionárias sem registro fiscal e sem obrigações empresariais.

Enquanto empresas tradicionais precisam cumprir obrigações contábeis, tributárias e regulatórias, muitos influenciadores movimentam grandes somas por meio de PIX, transferências internacionais, plataformas estrangeiras e criptomoedas, sem qualquer transparência.

Essas práticas violam, direta ou indiretamente, princípios da Lei nº 9.613/1998, que trata dos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, e da Lei nº 13.756/2018, que atribui à Caixa Econômica Federal a competência exclusiva para autorizar rifas e sorteios.

Quando um influenciador promove uma rifa sem autorização da Caixa, ele comete infração penal e administrativa, podendo ser investigado por crime contra a economia popular, conforme o artigo 2º da Lei nº 1.521/1951.

Na prática, essas “ações promocionais” funcionam como mecanismos de movimentação de recursos fora do sistema financeiro tradicional, sem controle do Banco Central, comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e rastreamento fiscal pela Receita Federal. É o cenário ideal para a mistura de dinheiro lícito e ilícito, o combustível da lavagem de capitais.

O entretenimento como fachada

O funcionamento dessas operações é simples e sofisticado ao mesmo tempo. O influenciador organiza uma rifa “beneficente”, muitas vezes usando plataformas improvisadas, planilhas ou até comentários nas redes sociais. Cada seguidor transfere pequenos valores via PIX, acreditando participar de uma ação inofensiva.

Em poucas horas, o influenciador arrecada dezenas ou centenas de milhares de reais. O prêmio: carro, celular, viagem e etc., é entregue de forma simbólica, enquanto a maior parte dos recursos permanece sem lastro contábil, sem registro fiscal e sem origem identificada. Esse modelo é usado, com variações, para fins que vão desde enriquecimento pessoal até lavagem de dinheiro.

A Receita Federal já identificou diversos casos em que influenciadores apresentavam crescimento patrimonial incompatível com suas declarações, e o COAF passou a incluir esse perfil de movimentação como atividade suspeita em comunicações internas.

Casos concretos: quando a fama vira evidência

Nos últimos três anos, diversas operações da PF e do Ministério Público revelaram o uso das redes sociais para práticas de lavagem, rifas ilegais e enriquecimento ilícito:

– Operação Status (2021): ainda que voltada ao narcotráfico, revelou o uso de perfis de “figuras públicas” para ocultar bens e ativos, demonstrando como a imagem digital pode servir de escudo para fluxos ilegais;

– Caso Sheyla Mell (2022): a influenciadora foi denunciada por promover rifas milionárias sem autorização, arrecadando mais de R$ 5 milhões. Parte dos valores teria sido usada para aquisição de imóveis e veículos de luxo;

– Operação Espelho (2023): investigou influenciadores que promoviam rifas falsas em parceria com empresas de fachada. As “premiações” eram usadas para justificar movimentações financeiras de origem ilícita;

– Caso Carlinhos Maia (2022–2023): embora não acusado formalmente, o influenciador foi citado em investigações sobre rifas de alto valor e foi alvo de questionamentos da Caixa sobre a legalidade das promoções.

Outros casos envolvem influenciadores médios que utilizam rifas e “doações” para movimentar recursos de terceiros de forma não rastreável, inclusive políticos e empresários.

Essas operações mostram que a influência digital se tornou uma rota eficiente para a ocultação de patrimônio e a legitimação de capital ilícito. O que antes se fazia por meio de empresas fantasmas ou paraísos fiscais, agora se faz com “sorteios beneficentes” e lives patrocinadas.

A blindagem social: fama, política e a sensação de intocabilidade

Muitos influenciadores são admirados por milhões, possuem laços com agentes públicos e políticos, participam de campanhas eleitorais e frequentam círculos de poder. Essa proximidade com o Estado e com o marketing público cria uma aura de legitimidade que inibe fiscalizações e constrange autoridades.

A idolatria digital se transforma em blindagem informal: quanto mais amado o influenciador, menor a disposição da sociedade e até de órgãos públicos de investigar suas práticas.

Em muitos casos, o próprio poder público busca o apoio desses influenciadores para campanhas institucionais, ignorando o histórico fiscal ou o modelo de negócios que os sustenta. A mensagem subliminar é perigosa: popularidade substitui legalidade.

Esse fenômeno repete um padrão histórico conhecido, o da glamourização da informalidade, que naturaliza a ideia de que o sucesso midiático legitima qualquer conduta. Em termos de governança e compliance, é o oposto da ética pública, é a “zona cinzenta” transformada em show business.

O risco de co-responsabilidade das marcas e patrocinadores

Empresas que contratam influenciadores para promover produtos ou causas públicas também estão expostas. Se o parceiro estiver envolvido em rifas ilegais, sorteios fraudulentos ou movimentações suspeitas, há risco de co-responsabilidade civil, administrativa e até penal.

A ausência de due diligence pode ser interpretada como negligência corporativa. Isso vale para agências de publicidade, assessorias e plataformas digitais.

Ao intermediar contratos, elas passam a ter deveres de integridade e devem comprovar que adotaram mecanismos de prevenção à lavagem de dinheiro, conforme as boas práticas internacionais (FATF/GAFI).

O compliance digital não é mais uma escolha estética, é uma obrigação de sobrevivência empresarial. Marcas sérias devem incluir influenciadores em seu mapa de risco reputacional, monitorando atividades suspeitas, exigindo regularidade fiscal e certificando a origem de receitas.

A fronteira invisível: criptomoedas, lives e transações internacionais

Outro aspecto preocupante é a crescente utilização de criptomoedas e plataformas estrangeiras para recebimento de doações e patrocínios. Aplicativos de streaming, apostas e até sites de “gorjetas” permitem que influenciadores recebam valores em moedas digitais sem mediação bancária.

Essas operações, muitas vezes fracionadas, dificultam a rastreabilidade e facilitam a lavagem de dinheiro. A situação se agrava porque o Banco Central ainda não regula integralmente os fluxos de pagamento em plataformas digitais, e o COAF depende de comunicações voluntárias de instituições financeiras.

A ausência de rastreamento eficiente cria um cenário ideal para a ocultação internacional de ativos, principalmente quando há uso de stablecoins e carteiras privadas, instrumentos que permitem movimentações anônimas. Esse fenômeno conecta o Brasil a uma tendência global: o uso das redes sociais como canais de lavagem.

Casos recentes em países como Estados Unidos, Reino Unido e México revelaram influenciadores envolvidos em esquemas de evasão e financiamento ilícito disfarçados de conteúdo digital.

O papel do Estado e os desafios da regulação

A regulação da economia da influência é urgente e complexa. O Estado enfrenta o dilema de não sufocar a liberdade de expressão, mas ao mesmo tempo impedir o uso criminoso das redes sociais para ocultação de recursos.

Alguns caminhos já são discutidos, como exigir registro fiscal e contábil obrigatório para influenciadores que superem determinado volume de receitas; tornar rifas e sorteios digitais dependentes de autorização prévia da Caixa Econômica Federal; criar regras de transparência para parcerias e patrocínios, com publicação de relatórios anuais; e estabelecer obrigação de reporte ao COAF para plataformas de pagamento digital e streaming.

Essas medidas não visam coibir a criatividade digital, mas nivelar o mercado pela legalidade, garantindo que quem lucra com influência também arque com as responsabilidades econômicas e fiscais.

Influência, ética e responsabilidade social

A influência digital é uma das forças mais poderosas da era contemporânea, já que quando bem utilizada, forma opinião, educa e mobiliza. Mas quando instrumentalizada sem ética, serve como ferramenta de manipulação e crime financeiro.

A responsabilidade é coletiva, onde influenciadores devem entender que ser digital não é estar acima da lei, marcas precisam impor critérios de integridade, e o Estado deve modernizar seus mecanismos de fiscalização. O público, por sua vez, precisa deixar de confundir carisma com credibilidade.

O desafio não é apenas jurídico, mas cultural, transformar a popularidade em compromisso com a transparência.

Em última análise, quem influencia precisa responder também pelo impacto econômico e moral que gera.

Entre o glamour e o risco sistêmico

A economia da influência já movimenta bilhões, mas opera num terreno instável, onde o “engajamento” serve tanto para o marketing quanto para a ilicitude. Rifas, sorteios e doações, quando sem controle, se tornam portas abertas para crimes financeiros e evasão.

O Brasil está diante de uma nova fronteira de risco: a lavagem de dinheiro travestida de popularidade. Enquanto o sistema jurídico não se adapta, o crime digital se reinventa e os heróis das redes podem, sem perceber, transformar a fama em evidência.

Sobre Patricia Punder

Partner e fundadora do escritório Punder Advogados no modelo de negócios “Boutique”, une excelência técnica, visão estratégica e integridade inegociável na advocaciawww.punder.adv.br

– Advogada, com 17 anos dedicados ao Compliance;

– Atuação nacional, América Latina e mercados emergentes;

– Reconhecida como referência em Compliance, LGPD e ESG;

– Artigos publicados, entrevistas e citação em matérias de veículos renomados, como Carta Capital, Estadão, Revista Veja, Exame, Estado de Minas, entre outros, tanto nacionais quanto setorizados;

– Nomeada como perita judicial no caso Americanas;

– Professora na FIA/USP, UFSCAR, LEC e Tecnológico de Monterrey;

– Certificações internacionais em compliance (George Whashington Law University, Fordham University e ECOA);

– Coautora de quatro livros de referência em compliance e governança;

– Autora da obra “Compliance, LGPD, Gestão de Crises e ESG – Tudo junto e misturado – 2023, Arraeseditora.

iugu anuncia integração com a plataforma Cactus e amplia presença no ecossistema de iGaming

A iugu, empresa de tecnologia especializada em infraestrutura financeira, acaba de anunciar sua integração à Cactus, uma das principais plataformas nacionais de iGaming. Reconhecida por seu modelo whitelabel e pela capacidade de conectar operadores, afiliados e provedores de jogo, clientes operadores da Cactus passam a ter acesso direto à tecnologia financeira da iugu.

Dessa forma, será possível contratar serviços de maneira mais rápida, simplificada e com a segurança de um parceiro homologado, autorizado pelo Banco Central e em total conformidade com as exigências regulatórias do setor. A parceria amplia as opções de provedores certificados disponíveis para o ecossistema, enquanto fortalece o alcance da iugu no segmento.

Eleita a melhor plataforma de iGaming no BiS Awards 2025, a Cactus possui relevância nacional e integra algumas das principais operadoras do país, incluindo três das maiores quinze marcas brasileiras.

Para a iugu, o movimento representa a expansão de sua rede de plataformas integradas e a oportunidade de fornecer tecnologia financeira robusta e escalável para marcas líderes do mercado, além de reforçar o compromisso de atuar no mercado regulamentado e com parceiros que tenham o mesmo propósito. A operação já está implementada e em pleno funcionamento. 

“Essa integração reforça nosso compromisso em oferecer tecnologia financeira confiável, especializada e preparada para ambientes de alta transação. Estar homologados na Cactus fortalece nossa presença no ecossistema de iGaming e nos conecta a marcas que lideram a transformação do setor no Brasil”, afirma Ricardo Destaole, Head de Bets da iugu. “Estamos muito satisfeitos em ampliar nossas parcerias estratégicas e contribuir para que mais operadores tenham acesso a pagamentos rápidos, seguros e em total conformidade.”

“Para a Cactus, oferecer operações financeiras seguras e ágeis é fundamental. A integração com a iugu amplia nosso portfólio de pagamentos, trazendo mais flexibilidade, alta disponibilidade e uma experiência de transação sem interrupções para operadores e jogadores”, completa Gustavo Coelho, Diretor de Negócios da Cactus.

Tecnologia criada no noroeste do Paraná chega a 15 países e 650 mil usuários

O grupo Irrah Tech, do Paraná, anunciou que sua plataforma Dispara Aí atingiu a marca de 16 milhões de mensagens por mês, sendo utilizada em mais de 15 países por mais de 650 mil usuários. 

A solução potencializa a comunicação entre empresas e clientes em tempo real, unindo automação inteligente, personalização avançada e mensuração rigorosa de resultados, tudo integrado de forma fluida às operações comerciais.

Para Luan Mileski, head de Produto e Negócios da empresa, “em um mercado competitivo, soluções como a Dispara Aí permitem que empresas mantenham a personalização em larga escala sem perder o toque humano, garantindo interações mais próximas e relevantes com seus clientes”.

Plataformas de marketing conversacional têm se tornado essenciais para que negócios cresçam de forma estratégica. A tecnologia responde dúvidas, qualifica leads, automatiza agendamentos e conduz o cliente durante toda a jornada de compra 24/7. Tudo isso via WhatsApp, canal mais utilizado no Brasil, com 148 milhões de usuários, o que corresponde a 93,4% dos brasileiros online de acordo com dados da Statista. 

Segundo o especialista, a Dispara Aí permite o envio de campanhas ilimitadas e segmentadas. A segmentação depende do usuário e de sua base de dados. Ele pode tanto subir listas manualmente, independentemente de onde tenha sido extraído, como pode enviar mensagens no formato X1 para participantes de qualquer grupo. Com base nesses dados, a plataforma envia mensagens personalizadas via WhatsApp, incluindo lembretes de carrinho abandonado, ofertas especiais e atualizações de status de pedidos.

Outro ponto de destaque é a promoção do suporte ao cliente, que fica mais rápido e eficiente com chatbots e fluxos automatizados no WhatsApp. A integração com sistemas externos, como Chat GPT, RD Station, Activecampaign e outros, via API e webhooks, permite centralizar dados, automatizar tarefas repetitivas e maximizar a produtividade. 

Essa estratégia é uma maneira eficiente, escalável e personalizada de se conectar com clientes. Segundo estudo da Dotcode, a adoção de inteligência artificial (IA) no atendimento ao cliente aumentou de 20% em 2020 para 70% em 2024, evidenciando a crescente busca das empresas por soluções tecnológicas que possibilitem uma comunicação mais personalizada e eficiente com seus clientes.

“Com essa abordagem, a Dispara Aí se posiciona como peça-chave para empresas que querem transformar o WhatsApp em uma verdadeira máquina de vendas e relacionamento, dando um salto em produtividade e qualidade no atendimento, sem abrir mão da segurança e da conformidade regulatória”, reforça Luan.

Alta demanda no Natal expõe empresas ao risco de banimento no WhatsApp

O Natal se aproxima e, com ele, a temporada mais quente do varejo. E, neste ano, um protagonista ganha ainda mais força como o principal campo de disputa pelas vendas: o WhatsApp. De acordo com relatório especializado, produzido em parceria com a Opinion Box, o canal segue como o principal para o contato entre consumidores e marcas no Brasil. O estudo mostra que 30% dos brasileiros já utilizam o aplicativo para realizar compras, enquanto 33% o preferem no pós-venda, superando meios tradicionais como e-mail e telefone.

“Por anos, o WhatsApp foi apenas um aplicativo de mensagens. Hoje, é o balcão mais movimentado do varejo digital brasileiro”, diz Alberto Filho, CEO da Poli Digital, empresa goiana que trabalha com soluções oficiais de comunicação via WhatsApp.

E assim, a pressão para vencer a concorrência e por resultados rápidos nessa época do ano leva muitas empresas a adotarem práticas que violam as políticas da Meta, controladora do WhatsApp. O resultado? Um dos maiores pesadelos para qualquer negócio moderno: ter a conta banida.

“Entender como o sistema funciona e quais são os limites é importante para garantir que a principal vitrine de vendas não feche as portas em plena semana de Natal”, explica Mariana Magre, especialista em atendimento via WhatsApp e Customer Success da Poli Digital.

Ela explica que o crescimento meteórico do WhatsApp Business trouxe oportunidades e riscos. Quanto mais essencial o canal se torna, maior o impacto de seu mau uso. “A expansão atraiu não apenas empresas legítimas, mas também spammers e golpistas, o que levou a Meta a endurecer a vigilância sobre comportamentos suspeitos”, explica.

A Meta Platforms divulgou que, entre janeiro e junho de 2025, foram banidas mais de 6,8 milhões de contas no WhatsApp, muitas delas associadas a operações de fraude, como parte de um esforço mais amplo para reprimir o abuso de seus serviços de mensagens por criminosos.

“O sistema da Meta analisa padrões de comportamento para identificar atividades semelhantes a spam. Entre os sinais de alerta estão o envio de um volume anormal de mensagens em pouco tempo, um alto índice de bloqueios e denúncias, e o disparo para contatos que nunca interagiram com a marca”.

As consequências variam. Um bloqueio temporário pode durar horas ou dias, mas o banimento permanente é devastador: o número se torna inutilizável, todo o histórico de conversas é perdido e o contato com os clientes é interrompido de forma imediata.

Contudo, a especialista da Poli Digital detalha que a grande parte dos bloqueios ocorre por desconhecimento técnico. As infrações mais comuns envolvem o uso de versões não oficiais do WhatsApp, como GB, Aero e Plus, e o disparo em massa via APIs “piratas”. Essas ferramentas não são homologadas pela Meta e são facilmente rastreadas pelos algoritmos de segurança, levando a banimentos quase certos.

Outro erro grave é a compra de listas de contatos e o envio de mensagens para pessoas que não autorizaram o recebimento (sem opt-in). Além de ferir as regras da plataforma, essa prática eleva drasticamente o índice de denúncias de spam.

A ausência de uma estratégia de comunicação estruturada agrava o cenário: o envio excessivo de promoções irrelevantes e o desrespeito às políticas comerciais do WhatsApp comprometem o chamado Quality Rating, métrica interna que mede a “saúde” da conta. “Ignorar essa classificação e insistir em práticas ruins é o caminho mais curto para um bloqueio permanente”, reforça Mariana.

Para atuar de forma segura, é essencial compreender as diferenças entre as versões do aplicativo:

  1. WhatsApp Pessoal: voltado ao uso individual.
  2. WhatsApp Business: gratuito, indicado a pequenos negócios, mas com limitações.
  3. API Oficial do WhatsApp Business: solução corporativa que permite automação, múltiplos atendentes, integração com CRM e, sobretudo, segurança em escala.

É nessa última que está o “pulo do gato”. A API Oficial opera dentro dos parâmetros da Meta, com templates de mensagens pré-aprovados, opt-in obrigatório e mecanismos de proteção nativos. Além disso, garante que toda comunicação siga os padrões de qualidade e consentimento exigidos.

“Na Poli Digital, nós ajudamos as empresas a fazer essa transição de forma segura, centralizando tudo em uma plataforma que integra a API Oficial do WhatsApp ao CRM. Isso elimina o risco de bloqueios e mantém a operação em conformidade”, explica Mariana.

Um exemplo emblemático é o da Buzzlead, empresa que utiliza o WhatsApp em grande escala para notificações e engajamento. Antes da migração, o uso de disparadores não oficiais causava bloqueios recorrentes e perda de mensagens. “Quando a gente começou a enviar grandes volumes, enfrentamos problemas de bloqueio de número. Foi através da Poli que conhecemos a API Oficial do WhatsApp e conseguimos resolver tudo”, conta José Leonardo, diretor da Buzzlead.

A mudança foi decisiva. Com a solução oficial, a empresa passou a operar sem aparelhos físicos, usando templates aprovados e reduzindo drasticamente o risco de banimento. “Os resultados melhoraram bastante, maior taxa de leitura e melhor entrega das notificações”, completa o executivo.

Mariana resume o ponto central: “Migrar para a API Oficial não é apenas uma troca de ferramenta, é uma mudança de mentalidade. A plataforma da Poli organiza os fluxos, garante o cumprimento das regras e monitora a qualidade da conta em tempo real. O resultado é tranquilidade para focar no que realmente importa: vender e se relacionar com o cliente, especialmente no Natal”.

“E, se o Natal é o auge das vendas, a segurança e a conformidade se tornam o verdadeiro presente para quem quer continuar crescendo em 2025”, conclui Alberto Filho. 

PMEs online faturam R$ 814 milhões na Black November 2025

As pequenas e médias empresas do varejo online alcançaram um faturamento de R$ 814 milhões durante a Black November 2025, período de descontos estendido ao longo de todo o mês de novembro e que inclui a Black Friday (28 de novembro). O desempenho representa um crescimento de 35% em relação a 2024, segundo dados da Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder no Brasil e na América Latina e evidencia a maturidade do modelo D2C (Direct-to-Consumer), em que marcas vendem diretamente ao consumidor por meio de seus próprios canais, como loja virtual, sem depender exclusivamente de intermediário.

A divisão por categorias mostra que Moda foi o segmento que mais faturou, alcançando R$ 370 milhões, um crescimento de 35% em relação a 2024. Na sequência aparece Saúde & Beleza, com R$ 99 milhões e alta de 35%; Acessórios, que faturou R$ 56 milhões e cresceu 40%; Casa & Jardim, com R$ 56 milhões e avanço de 18%; e Jóias, com R$ 43 milhões e avanço de 49%.

Os maiores tickets médios foram registrados nos segmentos de Equipamentos e Máquinas, com R$ 930; Viagens, com R$ 592; e Eletrônicos, com R$ 431.

No recorte por estados, São Paulo liderou as vendas com R$ 374 milhões, seguido por Minas Gerais, que alcançou R$80 milhões; Rio de Janeiro, com R$ 73 milhões; Santa Catarina, com R$ 58 milhões; e Ceará, com R$ 43 milhões.

Durante todo o mês, foram vendidos 11,6 milhões de produtos, volume 21% superior ao registrado no ano anterior. Entre os itens mais comercializados estão peças de moda, saúde & beleza e acessórios. O ticket médio foi de R$ 271, 6% acima do ticket de 2024. As redes sociais seguiram como um dos motores de conversão mais relevantes, sendo responsáveis por 13% dos pedidos, dos quais 84% vieram do Instagram, refletindo o fortalecimento do social commerce no país e também a expansão de canais diretos típicos do D2C, conectando descoberta, conteúdo e conversão dentro do ecossistema da marca.

“O mês se consolidou como uma das principais janelas comerciais do varejo digital, funcionando como um verdadeiro “mês de ouro” para PMEs. A distribuição da demanda ao longo de novembro não apenas reduz gargalos logísticos, mas amplia a previsibilidade de vendas e permite que empreendedores planejem campanhas mais agressivas e com maior variação de benefícios. Para operações D2C, essa previsibilidade se traduz em melhor gestão de margem e em estratégias de aquisição e retenção mais eficientes, apoiadas em dados próprios (first‑party data) capturados nos canais direto”, explica Alejandro Vázquez, presidente e cofundador da Nuvemshop.

Report de Tendências: o comportamento do consumidor pelo Brasil

Além dos resultados de vendas, a Nuvemshop preparou um report de tendências nacionais da Black Friday 2026, disponível aqui. O estudo aponta que incentivos comerciais seguem essenciais na Black November pelo Brasil todo: 79% dos lojistas com faturamento superior a R$20 mil mensais utilizaram cupons de desconto, enquanto 64% ofereceram frete grátis, acções que impulsionam particularmente a conversão no início do mês, quando o consumidor ainda compara ofertas. Ofertas relâmpago (46%) e kits de produtos (39%) também ganharam destaque entre os empreendedores de maior porte, ampliando o ticket médio e a recompra.

Para Vázquez, em 2025, o consumidor chega muito mais informado e com expectativas claras sobre descontos prolongados. “O modelo D2C se mostra ainda mais vantajoso nesse cenário, permitindo que as marcas controlem preços, estoques e comunicação, ofereçam ofertas personalizadas e convertam com maior previsibilidade. A extensão das campanhas dilui a pressão da Black Friday e ajuda a construir uma base sólida de clientes, com foco em retenção e fidelização para 2026”, afirma

O relatório também reforça o poder do social commerce: entre os consumidores que passaram pelas marcas dos lojistas Nuvemshop, 81,4% realizaram suas compras pelo celular, sendo que o Instagram foi a principal porta de entrada, concentrando 84,6% das vendas sociais. Além disso, Pix e cartão de crédito seguem como os meios de pagamento mais utilizados, representando 48% e 47% das transações, respectivamente. Esses dados também apontam para transformações importantes no comportamento dos consumidores.

Durante a Black November, a Nuvem Envio, solução de envios da Nuvemshop, se consolidou como o principal meio de entrega dos lojistas, concentrando 35,4% dos pedidos e garantindo que 82% das encomendas nacionais chegassem ao consumidor em até 3 dias úteis.

A análise considera as vendas realizadas pelas lojas brasileiras da Nuvemshop ao longo de todo o mês de novembro de 2024 e 2025.

Especialista aponta dez motivos que fazem de 2026 o melhor ano para empreender no e-commerce

O Brasil já reúne 91,3 milhões de compradores online, segundo a ABComm, e projeções amplamente divulgadas pelo setor indicam que o país deve ultrapassar 100 milhões até 2026. O setor segue em expansão, movimentando R$ 204,3 bilhões em 2024 e com expectativa de atingir R$ 234,9 bilhões em 2025, de acordo com dados da ABComm. Esse crescimento, combinado ao avanço do social commerce e à popularização de ferramentas digitais e de inteligência artificial, reduz barreiras de entrada e torna mais simples transformar ideias em negócios reais, especialmente para quem deseja empreender em 2026.

Para Eduardo Schuler, CEO da Smart Consultoria, empresa especializada em escalar negócios ao unir estratégia, tecnologia e IA, essa convergência inaugura uma janela rara. O executivo afirma que nunca houve tanta capacidade de execução individual, tanto acesso à informação e tanta abertura do consumidor a novas marcas. “O cenário nunca foi tão favorável. A combinação de velocidade, baixo custo e ferramentas poderosas coloca 2026 como o melhor ano da história para quem quer empreender”, destaca.

A seguir, o especialista detalha os dez pilares que fazem de 2026 o melhor ano da história para começar a empreender:

1. Custo inicial de negócios em queda recorde

O barateamento de ferramentas digitais, plataformas de venda e soluções de IA elimina barreiras que antes impediam novos empreendedores. Segundo o Sebrae (GEM Brasil 2023/2024), a digitalização reduziu drasticamente os custos iniciais de operação, especialmente em setores como serviços e varejo digital. Hoje, é possível lançar uma marca com poucos recursos e infraestrutura mínima. “O investimento inicial caiu a um nível que democratiza a entrada no mercado e abre espaço para quem tem boa execução”, afirma Shuler.

2. Inteligência artificial aumentando produtividade individual

Estudos da McKinsey & Company (Relatório Generative AI and the future of work, 2023) indicam que a IA generativa pode automatizar até 70% das atividades hoje executadas por profissionais, permitindo que uma pessoa alcance resultados comparáveis ao trabalho de equipes inteiras. Automações, copilotos e sistemas inteligentes ampliam a capacidade operacional e aceleram lançamentos. “Nunca um indivíduo produziu tanto sozinho”, destaca o especialista.

3. Consumidor brasileiro mais receptivo a novas marcas

Pesquisas da NielsenIQ (Estudo Brand Disloyalty, 2023) mostram que 47% dos consumidores brasileiros estão dispostos a testar novas marcas, impulsionados pela busca de preços melhores, autenticidade e proximidade. Para Schuler, essa abertura reduz o tempo de aceitação de novos produtos. “O brasileiro está mais curioso e menos fiel, o que cria um território fértil para quem está começando”, ressalta.

4. Social commerce consolidado como canal de vendas

Hoje, uma parcela significativa das compras dos brasileiros acontece diretamente dentro das redes sociais. O Brasil é o 3º maior mercado de social commerce do mundo, e o setor deve crescer 36% até 2026, segundo projeções da Statista (Digital Market Insights, Social Commerce 2024). Para Schuler, essa expansão cria o maior atalho da história para vender sem loja física. “É a primeira vez que vender dentro do conteúdo virou norma, não exceção”, pontua.

5. Conhecimento ilimitado e gratuito para aprender e executar

A oferta de conteúdos gratuitos, cursos e tutoriais reduz a distância entre intenção e prática. Em 2023, o Sebrae registrou mais de 5 milhões de matrículas em cursos online, recorde histórico. Para Schuler, essa abundância acelera a curva de aprendizado. “Hoje ninguém começa do zero de verdade; o repertório está ao alcance de qualquer pessoa”, afirma.

6. Simplificação burocrática graças à tecnologia

Pagamentos instantâneos, bancos digitais, assinaturas eletrônicas e automações tornaram a gestão financeira e operacional muito mais ágil. O Mapa de Empresas (MDIC) aponta que o tempo médio de abertura de empresas no Brasil caiu para 1 dia e 15 horas, menor nível já registrado. “Rotinas que antes exigiam longos prazos passaram a ser concluídas em minutos, e isso muda completamente o jogo para pequenos negócios”, analisa.

7. Expansão histórica do e-commerce brasileiro

A previsão de superar 136 milhões de consumidores online até 2026, segundo a Statista (Digital Market Outlook 2024), revela o maior nível de maturidade digital já registrado no país. Para Schuler, isso significa mercado pronto para absorver novas soluções. “Demanda existe, está crescendo e tem espaço para quem quiser construir marca”, afirma.

8. Menor barreira psicológica para quem deseja empreender

O crescimento de criadores, mentores e empreendedores compartilhando seus bastidores tornou o ato de empreender mais comum e menos temido. De acordo com o Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2023/2024, 53% dos adultos brasileiros afirmam ter intenção de abrir um negócio, um dos índices mais altos do mundo. “Quando todo mundo conhece alguém que começou, o medo diminui e a ação aumenta”, comenta.

9. Execução mais rápida e validação imediata

A velocidade atual permite testar ideias, validar hipóteses e ajustar ofertas em tempo real. O relatório Webshoppers 49 (Neotrust/NielsenIQ) indica que pequenas marcas têm ganhado espaço justamente por responder mais rápido ao comportamento do consumidor, aproveitando ferramentas de anúncios inteligentes, automação e testes A/B. “O mercado nunca foi tão ágil, e isso favorece quem precisa ganhar tração rapidamente”, reforça.

10. Convergência inédita entre tecnologia, comportamento e economia

Segundo Schuler, a soma de custos baixos, consumidores abertos, demanda elevada e ferramentas poderosas cria um alinhamento raro. Os dados do Statista, GEM e Sebrae mostram que nunca houve tanta intenção de empreender, tanta demanda digital e tanta tecnologia acessível ao mesmo tempo. “É uma janela de oportunidade que simplesmente não existiu antes. Quem entrar agora terá vantagem histórica”, conclui.

Uappi promove live gratuita sobre inteligência artificial aplicada ao e-commerce 

A Uappi, empresa brasileira de tecnologia especializada em plataformas de e-commerce multimodelos, promove no dia 09 de dezembro, das 10h às 11h30, o Uappi Live 360 | IA aplicada para e-commerce. Um encontro online e gratuito destinado a executivos, tomadores de decisão, lideranças demais interessados que buscam aplicar inteligência artificial de forma estratégica, segura e orientada à performance dentro de suas operações.

Com transmissão pelo YouTube da Uappi, o evento será apresentado por Edmilson Maleski, CEO da Uappi, que recebe Betina Wecker (cofundadora da Appmax e do Max) e Rodrigo Cursi de Carvalho (Co-CEO, CXO e cofundador da Orne.AI e FRN³) para demonstrar como aplicar IA de ponta a ponta na jornada do e-commerce, desde a tomada de decisão até a experiência e retenção.

“A inteligência artificial deixou de ser promessa e passou a ser fator competitivo imediato. As empresas que querem crescer com eficiência e previsibilidade precisam entender como aplicar IA, na prática, e nosso objetivo é traduzir complexidade em estratégia aplicada, mostrando caminhos reais para lideranças que sentem a pressão por resultados”, afirma Edmilson Maleski, CEO da Uappi.

Segundo a Uappi, o mercado vive um novo ciclo em que inteligência artificial redefine processos, eficiência operacional, margem e comportamento de compra. O encontro foi estruturado para oferecer conteúdo prático, acionável e orientado ao negócio, com foco em aumento de eficiência operacional, melhoria da tomada de decisão, redução de atritos e custos, personalização em escala, aceleração de vendas e retenção e previsibilidade e governança.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas através do link. O evento será dividido em duas apresentações, seguidas de abertura e encerramento:

1) IA aplicada ao e-commerce: aprendizados da Black Friday e estratégias para vender mais com inteligência, com Betina Wecker – Cofundadora da Appmax e do Max.

A executiva traz cases e aprendizados recentes da Black Friday 2025, além de estratégias para aplicar IA em diferentes etapas da operação, como prevenção de fraude, recuperação de vendas, personalização e comportamento de compra. Os principais tópicos são o novo comportamento do consumidor, aonde IA gera mais impacto, casos reais e resultados alcançados, estratégias para Natal e fim de ano e o futuro híbrido: humanos + máquinas

2) Case Leveros + Orne.AI: IA para elevar experiência e eficiência no e-commerce, com Rodrigo Cursi – Co-CEO e CXO da Orne.AI.

A apresentação explora o case da Leveros, uma das maiores empresas de refrigeração do país, que está transformando sua operação com IA para reduzir atritos, antecipar necessidades e acelerar decisões mesmo em contextos de alta sazonalidade e logística complexa. Os principais pontos do case são os desafios, porque a IA foi o caminho, a solução e os resultados.

Cronograma

  • 10h00 – Abertura | Edmilson Maleski – Uappi
  • 10h10 – IA aplicada ao e-commerce | Betina Wecker – Appmax e Max
  • 10h40 – Case Leveros + Orne.AI | Rodrigo Cursi – Orne.AI
  • 11h10 – Fechamento | Edmilson Maleski – Uappi
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