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Eu Entrego alcança marca de 9 milhões de entregas realizadas em 2025

A Eu Entrego, plataforma digital fundada em 2016 que conecta varejistas à maior rede de entregadores autônomos do país, anuncia um marco significativo em sua operação: a realização de aproximadamente nove milhões de entregas entre janeiro e agosto de 2025. O volume expressivo consolida a posição da empresa como referência em entregas rápidas, escaláveis e com alto nível de confiabilidade no mercado brasileiro.

Desde a sua fundação, a Eu Entrego tem se dedicado a otimizar a logística de última milha, promovendo eficiência e previsibilidade para seus clientes. A plataforma tem expandido sua atuação, atendendo a uma base de 260 empresas ativas, incluindo grandes varejistas, marketplaces e players de nicho. Nos meses avaliados em 2025, a empresa registrou um crescimento acumulado de 26% em comparação ao mesmo período de 2024, mantendo a trajetória positiva de expansão.

Os principais setores atendidos pela Eu Entrego, entre janeiro e agosto de 2025, foram Moda (30%), Farmácias & Saúde (25%), Pet (15%), Eletrônicos & Tecnologia (15%) e Supermercados & Conveniência (15%). A diversificação da carteira de clientes e a capacidade de adaptação às demandas de diferentes segmentos demonstram a robustez e a flexibilidade da solução oferecida pela empresa.

Com a proximidade de datas sazonais importantes como a Black Friday e o Natal, a Eu Entrego projeta crescimento de mais de 30% no volume de entregas em novembro e dezembro. Para absorver a demanda extra, a empresa está reforçando sua capacidade operacional, garantindo que a qualidade e a agilidade das entregas sejam mantidas.  O objetivo é oferecer cada vez mais eficiência e previsibilidade nas operações logísticas de seus clientes, contribuindo para o sucesso do varejo digital no Brasil.

Lançamento mundial, GoDaddy Airo Site Designer cria sites em WordPress com apoio de IA

A GoDaddy acaba de anunciar o lançamento mundial do GoDaddy Airo® Site Designer, uma nova ferramenta de criação de sites em WordPress que utiliza inteligência artificial para apoiar pequenos empreendedores na construção de sua presença digital.

O recurso chega como resposta a um dos principais desafios identificados pelo GoDaddy Small Business Research Lab: colocar um negócio online com agilidade. A pesquisa mostra que, embora 64% dos empreendedores que já experimentaram IA relatem resultados positivos, 39% ainda não se sentem confiantes em utilizá-la e 35% permanecem pouco familiarizados com a tecnologia. Esse cenário reforça a importância de ferramentas acessíveis, que simplifiquem processos como o de criação de sites.

Com o Airo Site Designer, o usuário pode descrever a ideia do negócio em um comando de texto simples (ex: “Quero abrir um serviço de tosa de cães em domicílio em São Paulo”). A partir disso, a ferramenta gera uma proposta de site em WordPress pronta para ser ajustada e publicada, incluindo textos, imagens, layout e outros elementos necessários. WordPress é reconhecida como a mais robusta, mas nem sempre amigável, plataforma para sites profissionais,

Do conceito à presença digital em menos tempo

O Airo Site Designer pode encurtar o tempo entre a ideia inicial e a publicação de um site WordPress. Ao reduzir a necessidade de selecionar templates, buscar imagens em bancos ou criar textos de exemplo, a ferramenta permite que empreendedores dediquem mais atenção ao desenvolvimento do próprio negócio.

Disponível como parte da oferta de Hospedagem Gerenciada para WordPress da GoDaddy, o Airo Site Designer está integrado a outros recursos do portfólio da empresa, que inclui soluções em domínios, marketing, comércio eletrônico e muito mais.

Apoio também para agências e freelancers

Além de pequenos empresários, a novidade também pode beneficiar agências digitais e profissionais autônomos que atendem múltiplos clientes. O Airo Site Designer ajuda a transformar rapidamente um briefing em rascunhos iniciais, diminuindo tarefas repetitivas e liberando tempo para atividades de maior valor estratégico, como experiência do usuário e planejamento de crescimento.

“Ter um site continua sendo essencial para muitas pequenas empresas, e a inteligência artificial pode ajudar a reduzir barreiras nesse processo, tornando a criação mais acessível e prática”, afirma Luiz D’Elboux, Country Manager da GoDaddy no Brasil.

“Seja para abrir o primeiro negócio ou administrar vários ao mesmo tempo, o Airo Site Designer foi pensado para apoiar empreendedores a colocarem seu site WordPress no ar de forma ágil, sem necessidade de habilidades técnicas em design. É uma ferramenta com IA, simples de usar e preparada para crescer junto com cada cliente”, complementa D’Elboux.

João Kepler cria Hub de Network e atrai Milionários na Faria Lima

O Brasil vive uma onda de expansão do empreendedorismo: 96% das novas empresas abertas mensalmente são pequenos negócios e mais da metade dos empregos formais do país vem desse segmento. Além disso, mais de 47 milhões de brasileiros manifestam intenção de empreender nos próximos 3 anos. Esses números mostram a força da chamada Nova Economia e reforçam a necessidade de criar pontes entre setores que, muitas vezes, operam de forma isolada. É justamente para suprir essa lacuna que a Hub Society em parceria com a Equity Group, holding liderada por João Kepler, e a SME The New Economy, liderada por Theo Braga, realiza hoje, em São Paulo, um encontro com a presença de mais de 30 ecossistemas de negócios, inovação, educação e indústria do Brasil.

“Queremos que este encontro vá muito além de uma troca de cartões. A ideia é criar pontes entre setores que raramente dialogam, como academia, mídia, tecnologia, finanças, para que saiam com projetos concretos”, afirma Eduardo Nunes, idealizador da Hub Society. O investidor destaca que o formato foi cuidadosamente desenhado para garantir representatividade: diretores de bancos, presidentes de hubs de inovação, gestores de startups e executivos de associações estarão no mesmo ambiente. “Conectar quem tem visão de futuro é o caminho mais curto para que negócios aconteçam”, afirma João Kepler, CEO da Equity Group. A proposta é transformar esse encontro em um catalisador de parcerias e iniciativas conjuntas que possam impactar o mercado de forma imediata e duradoura.

A lista de confirmados inclui nomes de peso como Stanford; InovaBra, Cubo Itaú; MIT Tech, XP Educação, Editora Gente, entre outros.  A lógica é simples: cada convidado é um ponto estratégico dentro de seu ecossistema, o que torna possível acessar, em no máximo 2 telefonemas, qualquer contato relevante no Brasil. A lógica funciona como uma rede de atalhos estratégicos. Cada convidado do jantar representa oficialmente um ecossistema, seja um banco, uma associação comercial, uma aceleradora ou um hub de inovação, e tem acesso direto às principais lideranças desse grupo. Isso significa que, se uma startup precisar de apoio para internacionalização, por exemplo, basta acionar o representante presente, que em até 2 telefonemas conecta a demanda a quem pode resolvê-la. O conceito transforma o encontro em uma rede nacional de ecossistemas, onde qualquer contato relevante está a poucos passos de distância, eliminando barreiras tradicionais de acesso e acelerando negócios. O objetivo não é formar um clube de empresários, mas sim uma rede de ecossistemas que se conectam para gerar valor entre si.

Além das conexões empresariais, o jantar terá também um desdobramento social relevante. Os resultados e projetos que surgirem da articulação serão revertidos em um programa de capacitação para 500 jovens universitários em tecnologia e inteligência artificial, iniciativa viabilizada pela Hub Society, patrocinadora do evento, em parceria com a Atria. Dessa forma, o encontro não apenas reúne alguns dos principais hubs de negócios e inovação do país, mas também devolve valor à sociedade, reforçando o papel do ecossistema empresarial como agente de transformação econômica e social.

Mastercard apresenta novas ferramentas e parcerias para impulsionar um comércio inteligente e seguro com uso de agentic

A Mastercard está impulsionando os pagamentos com inteligência artificial por meio de novas ferramentas para desenvolvedores, serviços de consultoria ampliados e uma colaboração ainda mais profunda em todo o ecossistema global de tecnologia e finanças. Esses esforços estão criando a base para experiências de compra mais inteligentes e seguras, com o uso de inteligência artificial e agentic, ao mesmo tempo em que a empresa contribui para definir os padrões de como a IA pode realizar pagamentos de forma segura e confiável.

Construindo o futuro das compras com inteligência artificial

A Mastercard está trabalhando em parceria com líderes em IA e comércio, incluindo Stripe, Google e Antom (da Ant International), para tornar as transações seguras com agentic acessíveis e escaláveis para comerciantes e plataformas em todo o mundo. Até o fim de ano, todos os portadores de cartão Mastercard nos Estados Unidos terão acesso ao programa Mastercard Agent Pay, com expansão global prevista logo em seguida. Antes disso, clientes do Citi e do U.S. Bank com cartões Mastercard serão os primeiros a poder experimentar compras com inteligência artificial, à medida que soluções como o PayOS e outros parceiros do setor começarem a operar.

Novas ferramentas para acelerar a implementação

Além disso, para ajudar desenvolvedores e empresas a começarem rapidamente, a Mastercard está lançando:

– Agent Toolkit: Disponível no Mastercard Developers, o toolkit permite que assistentes de IA e ferramentas com agentic acessem e interpretem de forma integrada a documentação de APIs da Mastercard, utilizando conteúdo estruturado e automático por meio do Model Context Protocol (MCP) server. Isso facilita a integração com plataformas como ClaudeCursor e GitHub Copilot, tornando as APIs da Mastercard mais acessíveis e fáceis de usar em fluxos de trabalho com agentic. A disponibilidade do MCP complementa o protocolo Agent2Agent.

– Agent Sign-Up: Uma maneira simples para quem utiliza o Agent Toolkit identificar seus agentes e acessar produtos e serviços da Mastercard habilitados para IA.

– Insight Tokens: Uma forma segura e controlada para que agentes acessem e utilizem informações autorizadas da Mastercard. À medida que o comércio com agentic evolui, os Insight Tokens permitirão que os consumidores recebam, com seu consentimento, experiências e informações mais personalizadas e úteis. Os Insight Tokens são baseados em tecnologia da Mastercard já compatível com parceiros B2B, como a SAP Concur.

– Agentic Consulting Services: Suporte especializado para ajudar emissores, adquirentes, comerciantes e facilitadores de IA a projetar experiências de compra inteligentes e a implementar essas soluções de forma mais rápida.

Definindo os padrões para o futuro dos pagamentos

A Mastercard está aproveitando sua expertise na definição de padrões globais e interoperáveis de pagamentos digitais, incluindo pagamentos por aproximação e tokenização, para ajudar a estabelecer como os pagamentos devem funcionar em ambientes com agentic. Em parceria com a FIDO Alliance e seu Payments Working Group, a Mastercard e outros líderes do setor estão desenvolvendo um padrão de verifiable credentials para pagamentos, que confirma detalhes da transação, como valor, comerciante e produto. Isso garante que todos os envolvidos na transação tenham a certeza de que ela foi aprovada pelo comprador, abrindo caminho para uma base mais segura, fluida e confiável para os pagamentos com agentic.

Construindo a base para experiências com agentic

“Os pagamentos com inteligência artificial não são apenas uma tendência, eles representam uma transformação”, disse Craig Vosburg, diretor de serviços da Mastercard. “Os pagamentos precisam ser parte integrante da experiência com agentic. Estamos construindo a infraestrutura para uma nova geração de transações inteligentes, em que consumidores e desenvolvedores possam capacitar agentes de IA a agir em seu nome com confiança, transparência e precisão.”

“Estamos trabalhando com parceiros de todo o ecossistema para criar os padrões e ferramentas que vão definir o comércio com agentic”, disse Jorn Lambert, diretor de produtos da Mastercard. “Estamos comprometidos em viabilizar um ambiente confiável para que os pagamentos com inteligência artificial possam se expandir globalmente.”

A infraestrutura e os padrões da Mastercard foram projetados para suportar transações confiáveis com agentic no mundo real hoje e estão prontos para escalar à medida que mais pessoas e empresas os adotem.

7 dicas para ter um bom relacionamento com o cliente e não só vender

Construir uma relação sólida com o cliente é fundamental para garantir não apenas uma venda, mas fidelidade, confiança e boas recomendações. Mais do que oferecer um produto ou serviço, o que permanece é a experiência que ele leva consigo. Veja sete práticas destacadas pelo consultor de negócios Bruno Carvalho dos Santos, CEO da agência AMZMP, que atua com marketing e relacionamento.

1. Ouça com atenção
“O cliente precisa sentir que sua opinião importa. Escutar de verdade evita soluções padronizadas e abre espaço para um atendimento personalizado”, explica Bruno.

2. Seja transparente
Segundo o especialista, prometer além do que pode cumprir gera frustração. “Clareza sobre prazos, preços e resultados fortalece a credibilidade.”

3. Crie vínculo de confiança
O relacionamento deve ir além da transação comercial. Mostrar interesse genuíno pela necessidade do cliente cria laços que se estendem para além da compra.

4. Esteja disponível
Responder com agilidade e estar acessível transmite segurança. “Disponibilidade é um dos maiores fatores de satisfação do cliente”, reforça Bruno.

5. Ofereça soluções, não apenas produtos
Mais do que vender, é preciso mostrar como sua solução impacta positivamente a vida ou o negócio do cliente. Isso agrega valor real.

6. Acompanhe após a venda
“O pós-venda é decisivo. Perguntar se o cliente ficou satisfeito, oferecer suporte e manter contato demonstra cuidado contínuo”, afirma o consultor.

7. Surpreenda com pequenos gestos
Atitudes simples, como agradecer pela preferência ou enviar uma mensagem em datas especiais, reforçam o vínculo e humanizam a relação.

Start Growth cria célula de marketing digital para acelerar startups em estágio inicial

A Start Growth, gestora de venture capital fundada em 2014, está lançando uma nova frente de apoio às startups em estágio inicial: uma operação própria de marketing digital integrada ao programa de aceleração. O objetivo é resolver um gargalo recorrente de empresas que já validaram o produto, mas ainda não conseguiram estruturar estratégias de vendas e atração de clientes.

De acordo com levantamento da CB Insights, 42% das startups encerram suas atividades por falta de mercado e 29% por problemas de capital. No Brasil, dados da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) mostram que 74% das empresas emergentes estão em fase inicial, justamente a etapa mais vulnerável em termos de caixa. É nesse cenário que a Start Growth pretende atuar, oferecendo estrutura de marketing e comunicação já pronta, com custos menores do que montar uma equipe própria.

Segundo Marilucia Silva Pertile, cofundadora da Start Growth e mentora de startups, a decisão foi tomada após observar dificuldades recorrentes no portfólio. “Eu tenho percebido que a maioria das startups que a gente atende, principalmente iniciais, tem o produto pronto, minimamente validado, mas não consegue investir em estrutura básica para vender e crescer”, afirma.

A executiva explica que a proposta é assumir um papel mais ativo dentro das empresas selecionadas. “Nós estamos oferecendo para startups que abrirem o cap table para a gente uma operação de marketing digital dentro da Start Growth, para acelerar isso de forma mais rápida. A startup vai pagar um fee mensal muito menor do que teria com uma estrutura própria, e ao mesmo tempo terá uma equipe dedicada a criar e executar estratégias conosco”, diz.

Na prática, a gestora montará uma equipe especializada em mídia, marketing digital e comunicação, liderada internamente. O modelo difere de uma agência convencional, já que a Start Growth passa a integrar o cap table e, portanto, compartilha o risco e o retorno do negócio. “Nós não queremos ser comparados a uma agência, porque a agência faz tudo empacotado igual para todo mundo. Estando no cap table, faz muito mais sentido brigarmos pelos resultados, para sermos realmente o growth”, afirma Marilucia.

Ela aponta ainda que a solução busca reduzir atrasos comuns em startups que tentam estruturar internamente o marketing. “Recentemente vimos casos em que a startup demorou meses para contratar e treinar uma analista ou para acertar campanhas básicas. Nesse tempo, a boca do funil ficava vazia. Com a nossa equipe, em seis meses já estaremos validando hipóteses, acelerando e trazendo lead qualificado”, destaca.

O peso financeiro da estrutura própria

Um levantamento feito com base em salários médios no Brasil mostra que montar uma equipe interna mínima de marketing digital custa em torno de R$ 25 mil por mês — considerando um analista de marketing pleno (R$ 6 mil), um gestor de performance (R$ 10 mil), um designer (R$ 5 mil) e ferramentas de automação, mídia paga e CRM que somam outros R$ 4 mil mensais. Esse valor não inclui encargos trabalhistas, tempo de treinamento e curva de aprendizado.

Já no modelo anunciado pela Start Growth, as startups selecionadas pagam um fee mensal significativamente menor, com acesso a uma equipe já estruturada e dedicada. O diferencial, segundo a gestora, está no alinhamento de interesses: como a Start Growth passa a compor o cap table, o retorno depende diretamente do sucesso comercial da startup.

Tendência global de aceleração “hands-on”

A estratégia da Start Growth acompanha uma tendência observada em programas internacionais de aceleração. A Y Combinator, no Vale do Silício, criou times de especialistas em growth, produto e tecnologia que atuam diretamente nas empresas investidas, encurtando o tempo de aprendizado. Já no Brasil, aceleradoras como a ACE e a Darwin Startups também têm expandido a oferta de serviços internos, indo além do cheque e oferecendo suporte em vendas, gestão de pessoas e tecnologia.

Esse movimento reflete uma mudança no perfil de investidores early stage. O capital financeiro continua essencial, mas já não é suficiente para diferenciar um programa. Segundo a Global Accelerator Report 2023, mais de 60% das aceleradoras globais passaram a oferecer serviços complementares como marketing, jurídico e operações para aumentar as chances de sobrevivência das startups investidas.

Com a nova célula de marketing digital, a Start Growth se posiciona nesse mesmo caminho, com uma proposta adaptada à realidade brasileira: reduzir custos e acelerar resultados comerciais de startups em estágio inicial, justamente quando o caixa é mais curto e o risco de mortalidade é maior.

A expectativa da gestora é que o modelo aumente a atratividade do batch de aceleração, atualmente com inscrições prorrogadas até 18 de setembro, e fortaleça a capacidade das startups de gerar receita logo após a validação inicial do produto.

Cinco formas de aplicar Inteligência Artificial na experiência do cliente

De acordo com pesquisa global da McKinsey, 65% dos executivos já recorrem à inteligência artificial para fortalecer a relação com clientes, refletindo em ganhos de eficiência e maior fidelização. O estudo aponta que empresas que incorporaram a tecnologia no atendimento registraram até 20% de crescimento na satisfação e 15% de avanço na precisão das respostas no primeiro contato. No Brasil, operadoras de telecomunicações e plataformas digitais relatam quedas de cerca de 30% no tempo médio de resposta, além de liberar equipes para se dedicarem a demandas de maior complexidade.

Os dados reforçam o alcance das mudanças. Para Hygor Lima, especialista em gestão de processos e fundador da consultoria Potencialize Resultados, a adoção deixou de ser tendência e se tornou requisito de competitividade. “A IA permite reduzir em minutos o tempo de atendimento, prever demandas e personalizar ofertas em escala. Quem continuar operando no improviso perderá espaço para concorrentes mais estruturados”.

A personalização é outro ponto em destaque. Soluções de IA analisam histórico de consumo, comportamento em tempo real e preferências, possibilitando recomendações mais assertivas. “A tecnologia amplia a autonomia das equipes e garante uma jornada consistente, sem depender apenas da memória ou do improviso de quem atende. Isso melhora a experiência e fortalece a confiança do consumidor”, observa Lima.

Além de agilizar interações, os sistemas vêm sendo utilizados para antecipar problemas, como alertar sobre contas fora do padrão, oferecer alternativas de pagamento e ajustar estoques de acordo com previsões de demanda. Para o especialista, trata-se de uma mudança estrutural: “A empresa que adota IA deixa de ser apenas reativa e passa a agir de forma preventiva. Essa proatividade transforma a relação com o cliente e aumenta a rentabilidade”, completa.

Desafios

Apesar dos avanços, barreiras ainda existem. Questões de privacidade, integração tecnológica e receio de perda do contato humano estão entre os principais entraves. Mesmo assim, a expectativa é de expansão acelerada. Estudo da McKinsey mostra que 92% dos executivos pretendem ampliar os investimentos em IA nos próximos três anos, com mais da metade projetando aumento de pelo menos 10% no orçamento destinado à tecnologia. “O recado é claro: inteligência artificial não é mais diferencial, é condição básica para empresas que querem manter relevância no mercado”, diz Lima.

Como aplicar IA na experiência do cliente

  1. Chatbots inteligentes: atendimento 24h com linguagem natural, reduzindo o tempo médio de resposta.
  2. Análise preditiva: previsão de demandas, alertas de problemas antes da ocorrência e ofertas personalizadas.
  3. Recomendações em tempo real: cruzamento de dados de consumo para sugerir produtos e serviços mais aderentes ao perfil.
  4. Automação de backoffice: integração de sistemas para diminuir erros e liberar equipes para tarefas estratégicas.
  5. Monitoramento de sentimento: análise de interações em redes sociais e SAC para identificar pontos críticos na jornada.

Entre os segmentos que vão liderar a adoção da inteligência artificial nos próximos anos estão: Telecomunicações, bancos digitais, varejo online e serviços. O especialista da Potencialize Resultados, observa que o receio de perda do contato humano ainda existe, mas, quando bem aplicada, a tecnologia aumenta em até 20% a satisfação e fortalece a confiança do cliente. “A IA deve ser apoio, não substituto, exigindo equipes treinadas para equilibrar eficiência e empatia. Hoje, não é mais diferencial: é condição básica para manter relevância”, recomenda.

Investimento de 10 milhões impulsiona solução de gestão integrada para delivery multicanal e promete reduzir custos do setor de alimentação

O delivery se consolidou como canal estratégico de vendas no Brasil, mas a expansão acelerada trouxe um efeito colateral, trata-se da complexidade operacional para gestores de restaurantes e redes de franquias. Para enfrentar esse cenário, a Alphacode, empresa que é  é responsável por projetos de grande porte como Domino’s Pizza, Madero e China In Box,  anunciou um investimento de R$ 10 milhões no desenvolvimento do AnyFood, plataforma que promete simplificar a operação e reduzir em até 30% os custos ligados ao delivery multicanal.

O sistema centraliza pedidos em uma única tela, sincroniza cardápios automaticamente entre marketplaces e integra dados de estoque e PDV. Além disso, disponibiliza relatórios consolidados que oferecem maior visibilidade sobre a performance do negócio.

Segundo Rafael Franco, CEO da Alphacode, a proposta é criar uma infraestrutura para o futuro do setor. “A dependência exclusiva dos marketplaces pressiona as margens dos restaurantes e aumenta a vulnerabilidade operacional. O AnyFood surge para dar mais controle e eficiência às redes, permitindo que elas foquem no que realmente importa, o cliente”, afirma.

Dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostram que o delivery já representa cerca de 30% do faturamento de muitas redes de alimentação. Ao mesmo tempo, pesquisas de mercado indicam que gestores chegam a gastar horas semanais apenas atualizando cardápios em múltiplos aplicativos, um processo que compromete a tomada de decisão estratégica.

Franco reforça que a centralização das operações é um caminho inevitável para garantir competitividade. “O futuro do delivery é multicanal e integrado. Quem não centralizar sua gestão vai perder eficiência e margem. Estamos falando de um setor que movimenta bilhões todos os meses no Brasil e que precisa de soluções robustas para se manter sustentável”, explica.

O executivo destaca que a ferramenta não deve ser vista apenas como um software, mas como uma infraestrutura que prepara restaurantes e franquias para um cenário cada vez mais digital. “Nosso objetivo é eliminar o caos operacional e oferecer previsibilidade. Quando gestores têm clareza sobre custos, estoque e vendas em tempo real, conseguem tomar decisões mais inteligentes e rentáveis”, conclui.

Black Friday sem improviso exige checklist de tecnologia e marketing para garantir alta conversão

A Black Friday é, há anos, a principal data do calendário do varejo digital brasileiro. Mas transformar o aumento de tráfego em vendas efetivas exige mais do que descontos agressivos: demanda planejamento detalhado, testes técnicos rigorosos e estratégias consistentes de relacionamento com o consumidor.

Para Melissa Pio, CEO e fundadora da TEC4U, agência especialista em performance digital, o processo deve começar muito antes de novembro. Em segmentos como o de importação, mercadorias levam até 90 dias para chegar, o que obriga os lojistas a se prepararem meses antes. Já em setores como calçados esportivos, as negociações podem acontecer com até um ano de antecedência.

“Não existe um momento certo para começar: quanto antes, melhor. O improviso na Black Friday custa caro, seja em perda de margem, falhas de operação ou problemas na experiência do cliente”, afirma Melissa.

A falta de preparação pode comprometer tanto o faturamento quanto a reputação da marca. Entre os erros mais frequentes estão queimar produtos de giro rápido apenas para participar da ação, reagir de forma imediatista aos preços dos concorrentes e falhar na revisão da estrutura de dados e integrações. “Quando a empresa não planeja, ela não surfa a onda, ela é levada por ela. Isso gera instabilidade no site, atrasos nas entregas e perda de informações valiosas de performance”, explica Melissa.

Garantir estabilidade e integração é fundamental para lidar com o aumento de acessos e pedidos. O checklist de tecnologia deve incluir a validação de scripts e eventos no site, revisão das integrações com ERP, CRM e plataformas de e-commerce e testes de infraestrutura em cenários de estresse. “É essencial avisar também os prestadores de serviço sobre a expectativa de aumento de fluxo, para que possam dimensionar suas operações. Black Friday não é o momento de descobrir falhas: tudo precisa estar testado antes”, destaca a CEO da TEC4U.

Outro ponto crucial é a antecipação das estratégias de marketing e relacionamento. Captar leads antes da Black Friday, nutrir esse público com conteúdo relevante e ativá-lo no momento das ofertas aumenta as chances de conversão. “Existe uma disputa pela carteira limitada do cliente. Quem começa antes, chega mais preparado. O funil de conversão precisa ser pensado como uma maratona, não uma corrida de 100 metros”, afirma Melissa.

A facilidade de navegação no site pode ser determinante para manter o cliente. Fluxos de compra simplificados, carregamento rápido e checkout otimizado reduzem atritos e aumentam a taxa de conversão. “Qualquer fricção, como excesso de formulários ou instabilidade no pagamento, é um convite para o consumidor migrar para o concorrente. A Black Friday exige uma jornada de compra limpa e fluida”, reforça Melissa.

Ferramentas de recuperação de carrinhos também são decisivas. Um checkout de alta performance deve ser aliado a soluções de contato direto, como mensagens automáticas via WhatsApp. “O tempo é fator-chave. Quanto mais rápido a loja entrar em contato após o abandono do carrinho, maior a chance de converter. Se for possível usar inteligência artificial já treinada com os dados da loja, o processo se torna ainda mais eficiente”, orienta a CEO da TEC4U.

Para empresas que vão enfrentar a primeira Black Friday com loja própria, a recomendação é clara: planejar, testar e aprender. Isso inclui organizar o estoque, investir na geração antecipada de leads e usar o evento como laboratório estratégico. “O Black Friday é mais do que uma data promocional: é um teste de maturidade digital. Quem entra preparado sai fortalecido para todo o ano seguinte”, conclui Melissa.

O que o comércio digital de alto valor pode ensinar sobre prevenção a fraudes

A fraude digital deixou de ser um evento ocasional — ela se tornou parte da rotina diária do e-commerce. Dados da Nethone mostram que as tentativas suspeitas de fraude permaneceram acima de 400 milhões em janeiro e fevereiro, indicando que fraudadores continuam a mirar usuários mesmo quando o volume de devoluções, reembolsos e reclamações está no auge — tornando a detecção ainda mais desafiadora.

O foco principal dessas ações é o comércio digital de alto valor, como e-commerces que vendem produtos de alto preço e empresas do setor de passagens aéreas. Esses negócios, por serem mais atraentes para criminosos, são forçados a inovar mais rápido que os demais, transformando-se em laboratórios para as tecnologias mais recentes de detecção de fraudes.

O que torna uma transação de alto risco (o chamado “high-risk business”) é a associação com operações de alto valor, liquidez imediata ou grande volume. Estamos falando de:

Plataformas de e-commerce para itens caros, como eletrônicos, e marketplaces de marcas premium, que lidam com produtos facilmente revendidos no mercado informal;

Jogos e apostas online, que permitem movimentação e multiplicação rápida de recursos;

Turismo e passagens aéreas, com valores médios de transação elevados e potencial imediato de revenda;

Criptomoedas e ativos digitais, que possibilitam transações marcadas por anonimato, liquidez e ausência de fronteiras;

Serviços de fintechs, nos quais abertura de contas e interações com clientes são vulneráveis a engenharia social e golpes de account takeover.

Empresas com esse perfil enfrentam ameaças sofisticadas diariamente, o que as obriga a elevar seus padrões de segurança e inovar continuamente. As que estão fora desse grupo devem prestar bastante atenção, porque os riscos enfrentados por esses negócios hoje tendem a se espalhar por todo o mercado em pouco tempo.

Os problemas das abordagens tradicionais de prevenção

A resposta clássica à fraude é o bloqueio com base em dados cadastrais e histórico de transações. Trata-se de um modelo estático, com limitações claras, como o bloqueio excessivo, que aumenta o número de falsos positivos e leva à perda de clientes legítimos. Além disso, o modelo tradicional não acompanha o dinamismo dos ataques, e fraudadores sofisticados já sabem manipular dados estáticos, como números de documentos, endereços e cartões clonados.

No fim das contas, bloquear demais custa vendas; bloquear de menos gera perdas financeiras. É por isso que é tão importante incluir outros elementos na equação, como a análise comportamental. Esse já é um aprendizado dos setores de alto risco, que não limitam mais suas avaliações ao que o usuário informa, mas também analisam como ele se comporta online.

Algumas métricas comportamentais que vêm sendo aplicadas com sucesso incluem:

Velocidade e padrão de digitação;

Geolocalização e discrepâncias com o endereço de cobrança;

Uso de VPNs ou emuladores de dispositivos;

Fluxo de navegação (tempo nas páginas, tentativas repetidas, caminhos de cliques).

Fraudadores podem obter dados cadastrais, mas é muito mais difícil replicar de forma consistente um padrão comportamental legítimo.

Inteligência Artificial na linha de frente

A principal lição que o comércio digital de alto valor pode ensinar sobre prevenção a fraudes é que ela nunca é estática: trata-se de um processo contínuo, que exige atualizações constantes em resposta às técnicas criminosas em evolução.

Todo e-commerce, mesmo os considerados de menor risco, deveria se inspirar nesse ecossistema dinâmico e adotar uma postura proativa, já que reputação, fluxo de caixa e relacionamento com clientes dependem da capacidade de detectar e bloquear ameaças.

O uso massivo de tecnologias como Inteligência Artificial (IA) possibilita a detecção de anomalias em tempo real, algo essencial em setores onde as decisões precisam ser tomadas instantaneamente. Além disso, esses sistemas têm capacidade de aprendizado contínuo — os modelos se aprimoram à medida que identificam novos vetores de ataque, proporcionando respostas mais rápidas e eficazes a comportamentos emergentes.


A IA ainda não substituiu completamente a análise humana, mas potencializa as equipes antifraude ao automatizar volumes massivos de tentativas, criando uma combinação que torna as defesas muito mais robustas.

O que todos os setores precisam entender (e rápido)

Os investimentos e estratégias de segurança dos setores de alto risco devem ser tratados como referência para todo o mercado. Afinal, a evolução tecnológica acontece dos dois lados — defensores e fraudadores — e o que está sendo testado hoje em setores altamente visados pode se espalhar para outros muito em breve.

Como mostram os dados, a fraude está cada vez mais dinâmica, não mais restrita a datas-chave do calendário comercial, e é um erro tratá-la como um “problema da equipe de TI”.

Na prática, isso significa que reforçar defesas apenas em novembro, antes da Black Friday, não é suficiente. Mesmo para setores de risco moderado, o caminho é priorizar o investimento em tecnologia comportamental e IA.

Aqueles que acompanham de perto como os setores de alto risco lidam com a fraude estão mais preparados para os desafios que já batem à porta do mercado como um todo — porque prevenção a fraudes é uma estratégia de negócios, não apenas uma medida de defesa.

Por Thiago Bertacchini, Head de Vendas da Nethone

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