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Brasil atinge recorde de mulheres empreendedoras com 10,4 milhões de brasileiras e setor ganha destaque com negócios de alto impacto

O estudo “Empreendedorismo Feminino – Sob a Ótica da PNAD Contínua”, realizado pelo Sebrae com base em dados do IBGE, aponta que o Brasil atingiu a marca de 10,4 milhões de mulheres empreendedoras em 2024, o maior número da série histórica e que representa um crescimento de aproximadamente 42% em relação a 2012. Apesar do avanço, a participação feminina ainda está aquém do potencial: embora 51,7% da população em idade ativa seja composta por mulheres, elas representam apenas 34,1% dos donos de negócios no país.

Nesse cenário, a trajetória da paulistana Juliana Stephani se destaca como exemplo de como a paixão pode se transformar em oportunidade de negócio e em referência de inovação. Médica veterinária de formação, com especializações realizadas fora do Brasil, Juliana uniu duas de suas maiores paixões, os animais e as viagens para fundar a PETFriendly Turismo, agência especializada no transporte de cães e gatos.

“As mulheres trazem uma visão humanizada, detalhista e inovadora para os negócios. O crescimento do empreendedorismo feminino no Brasil é uma oportunidade para mostrar que podemos ocupar cada vez mais espaços estratégicos e gerar impacto positivo na sociedade” comenta Juliana. 

A empresa oferece soluções completas para famílias que precisam deslocar seus pets dentro e fora do país, atuando desde o planejamento e elaboração de rotas até a emissão de documentos internacionais, passagens aéreas, traslados terrestres, acompanhamento durante o trajeto sem o tutor e a comercialização de itens essenciais, como caixas e bolsas de transporte.

O modelo de negócio tem mostrado resultados expressivos. Em 2024, a PETFriendly Turismo registrou faturamento de R$3,5 milhões, com mais de 7 mil serviços realizados e 1,9 mil clientes atendidos. Atualmente, a agência organiza em média 70 viagens mensais e projeta alcançar a marca de 100 deslocamentos por mês até o final de 2025. Para isso, aposta em um plano de expansão que prevê crescimento de 15% no próximo ano.

O objetivo da fundadora é transformar a empresa em um ecossistema completo, capaz de oferecer tudo o que envolve o transporte de animais de estimação com conforto, bem-estar e segurança. Entre as novas frentes em estudo estão serviços de suporte presencial em aeroportos, emissão de certificações e vistos para tutores, além de aplicativos que facilitem a comunicação com companhias aéreas.

Agentes de IA são a nova revolução do comércio digital

O comércio digital sempre evoluiu em saltos. Marketplaces, meios de pagamento digitais, personalização e automação marcaram fases distintas, mas agora surge uma mudança de patamar. Os agentes de Inteligência Artificial não apenas automatizam tarefas, mas inauguram um modelo de operação contínuo, autônomo e orientado a resultados. Diferente de ferramentas que dependem de comandos humanos, esses sistemas funcionam como colaboradores virtuais que aprendem, decidem e agem em tempo real, 24 horas por dia, conectando dados, contexto e objetivos de negócio em um ciclo de melhoria constante.

O que torna os agentes uma revolução é justamente a autonomia. Eles não aguardam instruções, mas são capazes de detectar padrões de comportamento do consumidor, avaliar estoque, ajustar preços, revisar campanhas de marketing e até propor rotas logísticas mais eficientes. O processo envolve quatro movimentos encadeados que são a definição de metas, interpretação do cenário, execução de ações e aprendizado a partir dos resultados. Esse ciclo permanente transforma o e-commerce em uma operação mais inteligente, responsiva e escalável, algo que antes parecia restrito a laboratórios de inovação, mas já se mostra viável em larga escala.

Os impactos práticos explicam por que a adoção se acelera. Estimativas da McKinsey apontam que a IA generativa pode adicionar até 4,4 trilhões de dólares por ano à economia global, com o varejo digital entre os setores mais beneficiados. A Amazon, por exemplo, utiliza agentes de precificação que ajustam valores a cada minuto, preservando margens e competitividade. A Zalando opera um assistente virtual de moda capaz de montar looks completos, elevando ticket médio e fidelização. Esses exemplos mostram que não se trata de experimentos, mas de uma nova lógica operacional que já movimenta bilhões.

Outra razão que consolida o caráter revolucionário dos agentes está no redesenho da relação entre empresas e tecnologia. O Google já projeta um cenário em que interações não ocorrerão apenas entre humanos e máquinas, mas também entre agentes inteligentes em transações diretas, no modelo Machine-to-Machine e Agent-to-Agent. Isso significa que parte relevante das negociações digitais poderá ocorrer de forma invisível ao usuário, em velocidade e escala impossíveis para qualquer equipe humana. Estar preparado para esse movimento é mais do que uma vantagem competitiva, é condição de sobrevivência no mercado.

A transformação, porém, não se faz de forma imediata. O caminho estratégico começa por identificar uma dor clara e mensurável do negócio, implementar um agente dedicado a resolver esse problema e acompanhar de perto os resultados. Criar comitês internos de IA e estabelecer governança sobre os usos também são passos fundamentais. O ponto central é entender que os agentes não substituem pessoas, mas ampliam a capacidade dos times, liberando-os de tarefas repetitivas para que possam se dedicar a decisões mais complexas e criativas.

Os agentes de IA são a revolução do comércio digital porque elevam o nível de inteligência operacional, introduzem autonomia em larga escala e reconfiguram a forma como o varejo interage com consumidores, concorrentes e até com a própria infraestrutura digital. Estamos entrando em uma era AI First, na qual os negócios que abraçarem essa mudança terão não apenas ganhos de eficiência, mas uma nova forma de competir em um ambiente cada vez mais veloz, complexo e exigente.

Esta startup evitou a perda de R$ 1 bilhão em faturamento de marcas e influenciadores contra sites e perfis falsos

O cenário de fraudes digitais no Brasil atinge patamares alarmantes, com um prejuízo total de R$ 5,8 bilhões em 2023 e uma média diária de 13 mil tentativas de golpe, somando 4,7 milhões de incidentes no ano, segundo dados de levantamentos da Serasa Experian. Nesse ambiente de crescente ameaça, a atuação de empresas especializadas em online brand protection, como a Offertech, tem se mostrado relevante. A startup brasileira já evitou a perda de R$ 1 bilhão em faturamento que seria capturado por criminosos através de sites e perfis falsos usando indevidamente os nomes de marcas e influenciadores digitais.

A necessidade de soluções como a da Offertech é acentuada pela rápida evolução das ameaças digitais. O Brasil, por exemplo, foi o 2º país da América Latina com mais ataques de phishing em 2023, conforme dados da Kaspersky. Além disso, o uso de Inteligência Artificial (IA) para criar deepfakes e perfis falsos ultra-realistas em golpes é uma tendência crescente, com casos notórios de uso de IA para enganar vítimas. Influenciadores digitais, por sua vez, são alvos frequentes de perfis falsos que utilizam sua imagem ou conteúdo indevidamente, gerando prejuízos e danos à reputação.

A Nova Dinâmica da Fraude Digital

“A ‘nova dor’ que a Offertech aborda é uma epidemia de fraudes digitais de um tipo diferente, mais traiçoeiro e enganoso, que se desenvolve de forma sutil e imperceptível, mas com efeitos prejudiciais ou perigosos. Esse fenômeno surgiu com a massificação do e-commerce e das redes sociais. Não se trata mais apenas de um produto falsificado, mas da falsificação completa da identidade e da confiança de marcas e consumidores”, explica Felipe Meirelles, CEO da Offertech. 

Ele complementa, diferenciando a atuação da empresa. “Soluções tradicionais de cibersegurança geralmente focam na proteção de dados e infraestrutura interna de uma empresa, o que é vital, mas não abordam a ameaça externa de sites e perfis falsos que operam fora das redes da empresa. Nossa expertise está em monitorar proativamente o ambiente externo da marca na internet”.

Inteligência Artificial e a Resposta Rápida

A Offertech opera com uma Inteligência Artificial proprietária e altamente especializada, ativa 24 horas por dia, 7 dias por semana. Essa IA utiliza algoritmos avançados de Machine Learning e processamento de linguagem natural, treinados com milhões de incidentes de fraude, para identificar anomalias e tentativas de imitação fraudulenta em tempo real. Essa agilidade permite que a Offertech envie notificações de takedown em menos de um minuto, com remoções efetivadas em poucas horas – uma velocidade que, segundo a empresa, nenhum método tradicional consegue. A Offertech registra 100% de efetividade nas remoções para marcas globais como Adidas, JBL, Motorola e Samsung.

As Consequências da Fraude Digital

Desde sua atuação no mercado, a Offertech já monitorou mais de 25 milhões de anúncios e removeu 10 milhões de incidentes de fraude. O impacto da fraude digital vai além do financeiro, afetando diretamente a reputação e a credibilidade. A confiança em posts de influenciadores na América Latina, por exemplo, caiu de 58,1% em 2022 para 37,7% em junho de 2024, conforme pesquisa da Latam Intersect PR

Empresas globais continuam enfrentando crises de reputação devido a notícias falsas e desinformação, conforme relatórios de gestão de crise como o Edelman Trust Barometer 2024. “O impacto das fraudes digitais estende-se muito além do valor direto que já ajudamos a proteger, corroendo os ativos mais valiosos de uma marca: sua reputação e sua base de clientes leais. Quando um consumidor é enganado por uma fraude associada a ela, a raiva e a frustração recaem sobre a marca legítima, mesmo sendo ela a vítima”, ressalta Meirelles.

O Compromisso com um Ambiente Digital Mais Seguro

O CEO da Offertech reitera o compromisso da empresa que é proteger marcas no ambiente online para tornar a internet um lugar mais seguro para pessoas e marcas. “Na nossa atuação, buscamos não apenas a remoção de fraudes, mas também o empoderamento de seus parceiros. Para isso, utilizamos diversas ferramentas, incluindo um inédito aplicativo de denúncias que permite a parceiros autorizados e usuários estratégicos reportar ilegalidades de forma intuitiva, auxiliando na identificação de novas ameaças”.

Para mais informações sobre as soluções da Offertech e o combate às ilegalidades online, visite www.offertech.com.br/ 

Por que a cibersegurança virou prioridade estratégica no setor de Saneamento

Impulsionadas pela transformação digital, as empresas de saneamento básico no Brasil incorporam cada vez mais tecnologias inteligentes – de sensores remotos e sistemas de telemetria a plataformas de automação integrada – para otimizar suas operações e reduzir perdas. O problema é que esse avanço amplifica a superfície de ataque cibernético, e um setor que tem sido cada vez mais visado por criminosos pode ficar exposto a incursões hackers.

O resultado é que a cibersegurança passou a ser encarada não mais como questão meramente técnica de TI, e sim como uma prioridade estratégica nas companhias de água e esgoto. Concessionárias de água agora lidam com ameaças cibernéticas sofisticadas, muitas vezes direcionadas a derrubar ou manipular sistemas de bombeamento, tratamento ou controle de qualidade.  

Infraestrutura crítica na mira: ataques cibernéticos em alta

As estatísticas confirmam uma escalada global de ataques cibernéticos contra empresas de serviços essenciais, incluindo as de saneamento. De acordo com pesquisa da Check Point, só em 2025 os setores de energia e utilities sofreram em média 1.872 tentativas de ataque por semana por organização no mundo, um aumento de 53% em relação ao mesmo período do ano anterior.  

No Brasil, o setor de utilities registrou cerca de 3.059 tentativas semanais de ataque por organização entre setembro de 2024 e fevereiro de 2025. Um dos motivos é o apelo estratégico desse tipo de infraestrutura: criminosos preferem alvos que podem causar interrupção e prejuízos massivos pois sabem que a sociedade exigirá soluções rápidas – o que muitas vezes se traduz em pagamento de resgate para restaurar serviços.

Muitas concessionárias de água, especialmente aquelas que atendem populações pequenas ou médias, operam com sistemas de controle antigos que jamais foram projetados para enfrentar o cenário atual de ameaças cibernéticas. Redes SCADA, controladores lógicos programáveis (CLPs) e gateways de acesso remoto frequentemente carecem de controles básicos de segurança, como comunicação criptografada ou mecanismos robustos de autenticação.  

Atualizações e correções de segurança são infrequentes ou inviáveis devido à necessidade de manter os sistemas em funcionamento e por questões de compatibilidade. Diante dessa realidade, avaliações de risco específicas para o setor e auditorias de sistemas tornam-se essenciais para entender e mitigar vulnerabilidades.

Impactos reais: interrupção de serviços, contaminação e danos à reputação

Longe de serem riscos teóricos, os ciberataques contra sistemas de saneamento já provocaram efeitos concretos. Um caso emblemático ocorreu em fevereiro de 2021 na cidade de Oldsmar, na Flórida (EUA), quando um invasor conseguiu acesso remoto ao sistema de tratamento de água e tentou aumentar drasticamente a dosagem de hidróxido de sódio (soda cáustica) na água potável – de 100 partes por milhão para 11.000 ppm.  

Se não fosse prontamente detectada pela equipe, essa alteração teria envenenado a água distribuída, causando irritações graves, danos aos pulmões e até risco de cegueira na população. As autoridades felizmente notaram a mudança a tempo e reverteram o ajuste antes que a água contaminada chegasse às torneiras.  

Ataques cibernéticos também podem interromper totalmente o serviço de água ou dificultar sua operação, mesmo sem provocar contaminação. No Reino Unido, em agosto de 2022, a empresa South Staffordshire Water, que abastece uma rede com mais de 1,6 milhão de pessoas, sofreu um ataque de ransomware que afetou seus sistemas de TI. Os criminosos afirmaram ter acessado também a rede de OT, incluindo sistemas de monitoramento de níveis químicos da água.

Mesmo que o ataque não tenha provocado falta d’água imediata, o tempo de resposta consumido e a incerteza gerada foram extremamente danosos. Situações assim acarretam gastos extras operacionais, mobilização de equipes de emergência e abalo na confiança dos consumidores. A percepção pública de que “hackers invadiram a água” pode manchar a reputação de uma concessionária durante anos.

Estratégias de defesa

Para proteger suas operações, as empresas têm adotado estratégias avançadas de cibersegurança. Uma das abordagens mais eficazes é a arquitetura Zero Trust, que parte do princípio de que nenhum acesso — seja de usuários, dispositivos ou aplicações — deve ser confiado por padrão, mesmo que já esteja dentro da rede.

Outro pilar é a segmentação entre as redes de TI (tecnologia da informação) e OT (tecnologia operacional). Separar ambientes industriais do restante da estrutura corporativa dificulta significativamente a propagação de ataques.  

Em muitos casos, entretanto, as empresas precisam fazer uma análise mais profunda na infraestrutura, o que inclui inventário e classificação de ativos e revisão da arquitetura de rede. A partir disso, é possível, além de optar por tecnologias mais avançadas, realizar uma modelagem de ameaças para ambientes OT, e a elaboração de planos de resposta a incidentes. Especialistas externos com experiência específica em sistemas industriais podem oferecer esses serviços sem comprometer a continuidade operacional.

O setor de água e esgoto exerce um papel singular na infraestrutura nacional: é essencial à saúde pública, altamente descentralizado e opera com um ecossistema tecnológico tão diverso quanto complexo. Diante de ameaças cibernéticas em constante evolução, é imprescindível que esse setor também amadureça sua abordagem frente à segurança digital. A expertise técnica independente, antes vista como um apoio complementar, hoje se consolida como elemento indispensável para garantir a continuidade dos serviços, preservar a confiança da população e sustentar a resiliência operacional diante de riscos cada vez mais sofisticados.

Por Eduardo Gomes, Gerente de Cibersegurança na TÜV Rheinland

Solução de self storage alcança marco histórico e amplia expansão sustentável no Brasil

SmartStorage alcança um marco decisivo em sua trajetória ao investir mais de R$ 80 milhões na construção e retrofit de unidades próprias. Esse investimento consolida a empresa como uma das líderes nacionais em self storage e marca o início de uma nova fase: a expansão por meio de franquias, cujo modelo estruturado será lançado ainda em 2025, com planos de crescimento em diferentes regiões do país.

Segundo Francisco Canuto, CEO do SmartStorage, o movimento acompanha as transformações urbanas e a crescente demanda por soluções inteligentes e flexíveis de gestão de espaço. “Nosso objetivo é ampliar o acesso ao self storage sustentável, com acesso via app, mantendo eficiência operacional e reduzindo o impacto ambiental. Estamos prontos para levar esse modelo a todo o Brasil”, afirma.

A estratégia da empresa combina tecnologia, acesso via app e práticas sustentáveis. Atualmente, 80% das unidades já operam com energia solar, contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa. De acordo com a ABSOLAR, a geração distribuída de energia solar no Brasil evitou, até 2024, a emissão de cerca de 64,2 milhões de toneladas de CO₂, o equivalente a retirar milhares de veículos de circulação por um ano. Além disso, empresas podem economizar até 95% nos custos de eletricidade ao adotar essa fonte energética.

Outro diferencial do SmartStorage está no modelo construtivo baseado em retrofit aliado a soluções industriais. Essa abordagem reduz o tempo médio de obra e minimiza impactos urbanos. Estudos publicados na ResearchGate mostram que projetos de retrofit podem reduzir em até 7,3% o consumo de energia e em 22,5% a geração de resíduos sólidos, promovendo maior eficiência no uso de recursos naturais.

O crescimento da empresa acompanha o ritmo acelerado do setor no Brasil. Em São Paulo, milhares de Espaços Box já foram locados por pessoas físicas e empresas, refletindo a alta demanda por espaços versáteis e seguros em áreas de grande densidade populacional. Essa performance garantiu ao SmartStorage um lugar de destaque no ranking da revista Exame de 2025, figurando entre as 40 empresas que mais crescem no país.

Receptividade à publicidade aumenta e Amazon domina espaços preferidos dos consumidores

Pela primeira vez, 57% dos consumidores do mundo afirmam ser receptivos à publicidade em geral, um aumento em relação aos 47% do ano passado. É o que mostra o Media Reactions 2025, da Kantar, empresa líder mundial em dados e análises de marketing.

Na América Latina, esse número permanece em 57%. Os dados da Kantar mostram que as campanhas publicitárias têm sete vezes mais impacto entre públicos mais receptivos, e as pessoas estão mais receptivas do que nunca. “Isso é uma boa notícia para os profissionais de marketing em uma economia difícil, mas não o suficiente para superar a ansiedade com o cenário fragmentado da mídia, com apenas dois terços dos profissionais de marketing confiantes de que estão integrando suas campanhas com sucesso em todos os canais de mídia”, explica Leonardo Pinheiro, diretor de digital e mídia da Kantar Brasil.

Globalmente, o estudo descobriu que três das cinco plataformas de anúncios preferidas dos consumidores são marcas da Amazon. A própria Amazon fica em primeiro lugar, o Twitch (plataforma de streaming de vídeo ao vivo focado inicialmente em videogames) estreia já na quarta posição e o Prime Video em quinto lugar. As outras duas marcas no top cinco de consumidores são o Snapchat em segundo e o TikTok em terceiro. Na América Latina, as três marcas preferidas dos consumidores são Amazon, Google e Pinterest.

Os anúncios do Snapchat são vistos como divertidos e interessantes, e os consumidores sentem que eles são menos intrusivos do que eram em 2024. Enquanto isso, os consumidores elogiaram os anúncios do TikTok por serem particularmente chamativos, divertidos e interessantes. As marcas de anúncios preferidas dos profissionais de marketing são YouTube, Instagram, Google, Netflix e Spotify – a mesma classificação de 2024.

O Media Reactions classifica as plataformas de anúncios com base na receptividade de consumidores e profissionais de marketing, e nenhuma marca está entre as cinco primeiras em ambos os grupos.

“As marcas precisam lutar pela atenção das pessoas, mas os profissionais de marketing nem sempre refletem as preferências de anúncios dos consumidores”, explica Pinheiro. “As propriedades de anúncios da Amazon contrariam a tendência, oferecendo uma variedade de experiências diferentes em seus diversos canais.”

Segundo o executivo, os consumidores confiam nos anúncios do Twitch mais do que em qualquer outro lugar, mas muitos profissionais de marketing presumem que o público apaixonado por jogos e transmissões ao vivo são grupos restritos e de nicho.

A edição de 2025 mostra a ausência do X em ambos os rankings. Cerca de 29% dos profissionais de marketing planejam reduzir seus gastos com X no próximo ano, e quase um em cada oito pretende cortar totalmente seus investimentos.

“Sem conseguir progredir na moderação de conteúdo, os profissionais de marketing classificaram X em último lugar entre todas as marcas globais em termos de confiança pelo terceiro ano consecutivo”, afirma Pinheiro.

Abaixo, as marcas de mídia com melhor classificação por preferência, globalmente

Entre os consumidoresEntre os profissionais de marketingAmazon (-)YouTube (-)Snapchat (+4)Instagram (-)TikTok (-2)Google (-)Twitch (Novo)Netflix (-)Prime Video (Novo)Spotify (-)

Como parte de seu estudo, a Kantar perguntou aos profissionais de marketing sobre seus planos de investimento para 2026 em seus canais de anúncios. Criadores e influenciadores devem se beneficiar, já que 61% dos profissionais de marketing planejam aumentar seus gastos com conteúdo de influenciadores no próximo ano.

“As campanhas para criadores exigem um distanciamento das formas tradicionais de trabalho. Os criadores não são atores que atendem às demandas de uma marca, então a troca de valor é muito diferente”, explica Pinheiro. “Cada dólar gasto com um influenciador é um dólar sobre o qual os profissionais de marketing não têm controle total. As parcerias mais bem-sucedidas e autênticas com criadores dependem da flexibilidade dentro de limites claros em torno dos valores, tom e ativos de uma marca.” Isso coincide com um aumento previsto no investimento em social commerce, no qual 53% dos profissionais de marketing planejam aumentar os gastos.

Já 54% dos profissionais de marketing planejam aumentar seus investimentos em streaming de TV e 19% indicaram que aumentarão seus gastos com merchandising de TV e vídeo online. No entanto, 26% de profissionais de marketing que planejam reduzir seus gastos com TV linear.

Para o diretor, os consumidores confiam na publicidade na TV aberta, e ela ainda gera impacto significativo para a marca, mas o custo de criação de anúncios para TV torna tentador gastar muito para que sejam vistos, o que significa que os profissionais de marketing tendem a investir mais na TV em relação ao seu retorno. “Os profissionais de marketing estão certos em realocar parte desse orçamento para que seu mix de mídia seja mais eficiente, mas o processo criativo precisa começar considerando os pontos fortes de cada plataforma – e não adaptando os ativos ao longo do processo”, diz.

A receptividade do consumidor aos anúncios gerados por IA

As implicações de confiança estão influenciando os consumidores, com o número de pessoas incomodadas por anúncios gerados por IA aumentando ligeiramente para 44%, em relação aos 41% do ano passado, e 57% preocupadas com anúncios falsos da GenAI. Ao mesmo tempo, as atitudes gerais em relação à GenAI estão se tornando mais positivas entre consumidores e profissionais de marketing, embora mais profissionais de marketing usem a tecnologia para trabalhar de forma mais eficiente (70%) do que criativa (53%).

Na América Latina, 60% dos consumidores têm uma visão positiva em relação a inteligência artificial generativa.

Para Pinheiro, a IA é mais valiosa quando também é adotada como uma parceira criativa. “Ela está oferecendo aos profissionais de marketing novas maneiras de explorar ideias, testar o que repercute e tomar decisões mais inteligentes e rápidas. A oportunidade que ela representa é enorme, mas isso só virá de uma mentalidade de curiosidade, e não de cautela”, diz.

Abaixo, a relação dos canais de mídia melhor classificados por receptividade, globalmente:

Entre consumidoresEntre profissionais de marketingAnúncios em pontos de venda (-)1. Anúncios digitais out of home (-)Eventos patrocinados presenciais (+1)*2. Anúncios em vídeo online (+1)Anúncios em cinema (-1)3. Eventos patrocinados presenciais (-1)*Anúncios digitais out of home (+2)4. Anúncios out of home (-)Anúncios out of home (-)5. Anúncios de social commerce (NOVO)Os colchetes indicam a mudança na classificação em relação a 2024*Comparado com “eventos patrocinados” – estes foram divididos como presenciais/digitais pela primeira vez em 2025

Black Friday perde brilho, mas comércio aposta no Natal e abre 118 mil vagas no fim do ano

A Black Friday, antes considerada o grande motor de vendas do varejo brasileiro no segundo semestre, vem perdendo fôlego entre os lojistas. Margens apertadas, custos de promoção elevados e consumidores mais seletivos têm levado parte do setor a reduzir esforços na data e priorizar o Natal, que segue como a principal oportunidade para ampliar o faturamento. Ainda assim, o mercado de trabalho no comércio e serviços deve se aquecer no período: levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil projeta a abertura de 118 mil vagas para o fim do ano, incluindo contratações temporárias, efetivas, informais e terceirizadas.

Segundo o estudo, 33% das empresas já contrataram ou pretendem contratar trabalhadores para o período. Entre elas, metade deve recorrer à temporários, com contratos que duram em média 2,5 meses, chegando a quase três meses nas capitais. A expectativa é que 47% desses profissionais possam ser efetivados ao final da temporada. Vendedores, cabeleireiros, ajudantes, manicures e balconistas estão entre as funções mais demandadas. A remuneração média prevista gira em torno de R$ 1.819,36, com a maioria das empresas pagando entre um e dois salários mínimos.

Para Fernando Lamounier, educador financeiro e sócio diretor da Multimarcas Consórcios: “A instabilidade econômica do país é o agente dificultador de um padrão de vida financeira saudável para o cidadão comum. A alta inadimplência deve-se à situação dos salários baixos e desemprego elevado. É necessário que a educação financeira seja mais incentivada em nossa sociedade e com isso milhares de trabalhadores aproveitam a oportunidade do trabalho nos  meses finais do ano para colocar em dia as contas e ter um fim de ano mais tranquilo”. 

Enquanto isso, lojistas avaliam que a Black Friday já não compensa financeiramente como em anos anteriores. Muitos relatam que, embora a data ainda movimente setores como eletrônicos e tecnologia, o esforço em descontos e campanhas não gera o mesmo retorno que as vendas natalinas. Com a injeção do 13º salário e a busca por presentes, o fim do ano continua a representar a grande chance de equilibrar as contas. Na Black Friday 2024, 83% dos brasileiros compraram antecipadamente e apenas 10% deixaram para comprar no dia, segundo dados da pesquisa realizada pelo Opinion Box. 

Em ambas as edições da Black Friday, 2 em cada 3 consumidores gastaram entre R$ 100 e R$ 1.000, o que reforça a consolidação dessa faixa como o principal patamar de consumo. 67% afirmaram ter comprado um produto que realmente precisavam e que estava com boa promoção, enquanto a lista dos arrependidos aumentou com 14% dos entrevistados confirmando que compraram por impulso, 9% sentiram que pagaram caro e que não compensou e que  7% se arrependeram da compra, confirma a pesquisa. 

Para os consumidores, o especialista considera que é melhor planejar do que comprar por impulso. “Com um planejamento financeiro, é possível aproveitar com tranquilidade o fim de ano. Festas, viagens e compras, poderão fazer parte do orçamento do consumidor desde que este seja seguido à risca para que assim inicie um novo ano sem dívidas”, finaliza o especialista.

Na prática, mesmo diante da perda de força da Black Friday, o varejo brasileiro mantém expectativas positivas para os próximos meses. O reforço de equipes temporárias é visto como essencial para atender a demanda do Natal e também como porta de entrada para milhares de trabalhadores que podem conquistar uma vaga efetiva em 2025.

Black Friday e seu potencial de incremento e fidelização de vendas em marketplace

Que a Black Friday é um sucesso e já se consolidou como uma das datas mais relevantes para o varejo (online ou offline) não é novidade para ninguém. Minha pergunta aqui é: você já pensou nessa data como um trampolim de crescimento sustentável para suas vendas?!

É fato que a BF é um momento de picos de vendas, mas, mais do que isso, é preciso encará-la também como uma oportunidade estratégica para conquistar a confiança de novos consumidores, solidificar relações com clientes antigos e torná-los verdadeiros defensores da marca.

Quero provocar reflexões em você, gestor de marketplace, que se você ainda encara a Black Friday apenas como uma liquidação gigante e uma oportunidade de queimar estoques antigos, está perdendo a chance de construir valor de longo prazo. 

Por outro lado, quem enxerga a Black Friday como uma vitrine para mostrar eficiência, inovação e compromisso com o consumidor está plantando as melhores sementes da fidelização e acabará, impreterivelmente, colhendo resultados bem além das vendas de novembro.

Por isso, gestores podem apostar em alguns pontos sensíveis e cruciais para o período, como:

Experiência do cliente – O consumidor é rei e, portanto, a jornada dele com sua marca é mais do que importante. Portanto, não foque esforços apenas no preço, mas sim em um atendimento ágil, logística eficiente e clareza nas informações são fatores decisivos para que ele volte a comprar.

Dados que geram inteligência – Os algoritmos estão aí e devem ser usados! Portanto, cada clique, cada compra e até mesmo os carrinhos abandonados da Black Friday são dados valiosos. Faça uso (ético e transparente) dessas informações para personalizar campanhas e entender preferências de cada cliente, visando aumentar a retenção no pós BF.

Construção de relacionamento e credibilidade – Por fim, ações de remarketing, programas de fidelidade e benefícios exclusivos para quem comprou na Black Friday ajudam a prolongar a conexão iniciada na data, aumentando à conexão e credibilidade de sua marca ao longo de todo o próximo ano.

Por fim, é claro que a Black Friday é uma ótima oportunidade de vendas, mas, mais do que isso, ela deve ser aplicada como uma estratégia para encantar e engajar o cliente!

Marketplace de clientes? SÓ Multas cria plataforma para compra de leads

Para todo negócio, desafios surgem aos montes. Tratando-se de empreendedorismo, os obstáculos parecem aumentar, principalmente para encontrar clientes. Investidores costumam gastar muito tempo em dinheiro e divulgação de seus produtos, e algumas vezes não têm tanto retorno positivo. Porém, e se fosse criada uma forma de garantir esses leads?

Foi o que projetou a SÓ Multas, franquia especializada em soluções de trânsito. A marca criou o “Bolsa de Leads”, plataforma que permite a compra de leads – contatos de potenciais clientes que já demonstraram interesse nos serviços da empresa – pelos seus franqueados.

Projetado por Clayton Vitor e Junior Seixas, sócios da empresa, a ideia surgiu logo após a pandemia da Covid-19. Com a proposta e com o recente isolamento social, o objetivo era “desenvolver mais valor aos clientes, que eram negligenciados anteriormente”. Ele completa que também visaram “dar tranquilidade aos franqueados sobre como os clientes iriam encontrar a empresa e vice-versa, principalmente porque o nosso home-office ainda não estava tão estabelecido quanto hoje”, afirma Seixas.

A franquia utiliza campanhas de marketing em todo o país (online e presencial) para a captação de clientes qualificados que, posteriormente, serão inseridos na plataforma, em que o franqueado poderá acessar. Clayton classifica que existem duas formas de adquirir os leads.

“Temos o leilão, que permite a disputa de lances entre franqueados por leads específicos; e a compra direta, em que o lead pode ser adquirido na hora por um valor fixo, sem concorrência. Todo o processo acontece em um sistema transparente e fácil de usar, garantindo controle total sobre o fluxo de leads”, explica.

Se piscar, a oferta acaba

A rede ainda estabelece um tempo mínimo para que o franqueado compre o lead a partir do momento em que ele fica disponível. A ideia é fazer com que o cliente esteja “valorizado” na plataforma e, dessa forma, não fique esperando por muito tempo pelo atendimento, o que melhora sua experiência e incentiva as franquias.

Seixas aponta que o ponto principal é ser um facilitador ao trabalho das franquias, já que o acesso direto a clientes interessados e economia de tempo auxiliam na melhora do trabalho do franqueado, que não precisa se preocupar com campanhas publicitárias, por exemplo. Ele ainda revela que a prospecção é realizada pela própria franqueadora, o que permite que as unidades foquem no atendimento e conversão.

A oportunidade de expansão de mercado também se torna um atrativo proporcionado pelo recurso, uma vez que há a possibilidade de adquirir leads de todo o país. Além disso, a tecnologia de ponta que a plataforma oferece garante uma gestão eficiente dos contatos realizados, além de todo o suporte prestado pela franqueadora.

Faturamento crescendo

Atualmente, o Bolsa de Leads é o quarto maior responsável pela captação de clientes para a marca. A expectativa é de que, em quatro anos, o sistema corresponda a metade de todas as vendas da franquia. O ticket médio dos leads é de R$ 28 para os franqueados, que têm a opção de inserirem créditos na plataforma e gastarem nos potenciais contatos – o que Clayton avalia como uma economia para os colaboradores.

“Com o tempo, não vai mais fazer sentido que o franqueado perca muito tempo investindo em campanhas digitais e, ainda, há o crédito que o franqueado coloca em sua conta para concorrer pelos leads. Outro ponto é que, atualmente, qualquer lead que entra na marca passa pelo Bolsa e é oferecido aos franqueados”, completa.

Quem adotou a estrutura do Bolsa de Leads foi Carlos Guilherme, franqueado da marca. Formado em Ciências Contábeis, ele encontrou a SÓ Multas por meio de um amigo e, dessa forma, abriu sua unidade em Patrocínio, no interior de Minas Gerais. Para ele, o sistema para conseguir leads funciona como uma ferramenta a mais no trabalho.

“O Bolsa tem potencial de trazer não só mais clientes para as lojas, mas de ser um potencializador, algo que permite que o trabalho do franqueado seja bem mais facilitado que em uma operação comum. Por ser um mercado bastante diverso, ele pode ser muito explorado. Mas, ao mesmo tempo, pode gerar bastante demanda para as franquias – e é nesse sentido que o sistema entra. Vejo como um forte aliado nesse sentido”, afirma.

Em sua primeira experiência com franquias, Carlos relata que optou por usar o leilão para conseguir alguns leads, muito por conta da maior facilidade e acessibilidade – em comparação à venda direta. Ele também conta que o primeiro mês utilizando a ferramenta foi positivo para o faturamento da franquia.

Além disso, o Bolsa de Leads serve como um estimulador aos franqueados, por meio de premiações – um dos franqueados, por exemplo, recebeu um ano de uso gratuito da plataforma por meio da conquista.

Mobile commerce: o e-commerce na palma da mão

O celular já virou o principal canal de compra para muita gente. Com ele, o consumidor navega, compara, recebe ofertas personalizadas e finaliza o pedido em poucos toques. Esse movimento tem nome: mobile commerce, e a expectativa é que ele represente mais de 60% de todo o e-commerce nos próximos anos. 

O sucesso do canal vem da praticidade. Aplicativos e sites otimizados para celular oferecem navegação rápida, botões intuitivos e recursos que facilitam a vida, como salvar produtos favoritos, acompanhar pedidos, acumular cashback e receber promoções exclusivas. É uma jornada pensada para ser ágil e agradável, e isso faz a diferença nas conversões. Muitos consumidores acabam comprando por impulso ao receber notificações personalizadas ou anúncios certeiros. 

Além de vender mais, o mobile commerce contribui para que as marcas conheçam melhor seus clientes. Cada clique, cada busca e cada compra vira dado valioso para entender hábitos e preferências. Com isso, é possível criar campanhas mais assertivas, aumentar o tempo de relacionamento e até reduzir custos operacionais. 

Várias empresas mostram que investir nesse canal dá resultado. Apps que combinam experiência personalizada, programas de fidelidade, gamificação e realidade aumentada têm registrado saltos significativos nas vendas. Em alguns casos, o aplicativo já é o principal ponto de contato com o cliente, superando até as lojas físicas. 

E o futuro promete ser ainda mais interativo. Tecnologias como realidade aumentada, transmissões ao vivo com venda em tempo real, comandos de voz e integração total entre loja física e online deixarão a experiência mais rica. A personalização deve avançar ainda mais, com sistemas capazes de ajustar ofertas e recomendações no exato momento em que o cliente navega. 

O recado é claro: quem quer se destacar no varejo digital precisa pensar no celular como peça central da sua estratégia. O consumidor já está lá, e espera encontrar uma experiência rápida, personalizada e sem atritos. 

* Thiago Falanga, Executive Director da Corebiz, empresa que faz parte do WPP e é referência na implantação de negócios digitais na Europa e na América Latina. Conta com escritórios no Brasil, México, Chile, Argentina e Espanha, e já executou projetos em mais de 43 países entre as maiores marcas do mercado, com serviços de implantação e crescimento de e-commerce, SEO, mídia, CRM e CRO. – E-mail: corebiz@nbpress.com.br. 

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