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Unilever reformula experiência de compra em marketplace e alavanca vendas de forma orgânica

De tendência, o canal marketplace se consolidou como uma relevante fonte de renda, dados e relacionamento. Hoje, 86% dos consumidores brasileiros já usam marketplaces para compras do dia a dia e, segundo a Mirakl, o volume de compras feitas exclusivamente nesses canais no país cresceu o dobro da média global. Com esse avanço, o retail media também ganhou espaço, entrando na chamada “terceira onda da mídia digital”. Estudo da SEMrush mostra que o tráfego gerado por Amazon, Magalu e Mercado Livre já supera em 135% o do Google nas buscas por produtos. Nesse cenário, as plataformas são mais que vitrines e passaram a exigir uma atuação mais integrada entre conteúdo, usabilidade e performance.

Para estruturar esse avanço, a Unilever contou com o apoio da Cadastra — companhia global especializada em tecnologia, dados, comunicação e estratégia — na reformulação das Brand Pages de Rexona, Dove e TRESemmé. Essas páginas, que funcionam como lojas oficiais das marcas dentro da Amazon, foram redesenhadas para entregar uma experiência mais fluida, informativa e alinhada à intenção de busca do consumidor.

A estratégia unificou práticas de SEO, CRO, conteúdo aprimorado e experiência do usuário, aplicadas em um formato one shot. Coordenado com investimento em retail media, o foco foi em melhorar organicamente a navegabilidade, organização das informações e relevância das páginas — o que se traduziu em ganhos diretos de visibilidade e conversão.

O conteúdo deixou de ser apenas um complemento. Quando está bem-posicionado e pensado para responder à dúvida do consumidor, ele impulsiona vendas de forma natural, sem depender exclusivamente de mídia paga”, afirma Tiago Dada, SEO & CRO Manager da Cadastra. “Foi uma virada de chave: de simplesmente cadastrar um produto, passamos a criar experiências de marca dentro do e-commerce.”

Como parte do projeto, foi realizado um benchmarking internacional de boas práticas em marketplaces — com foco especial no mercado norte-americano — para entender como grandes marcas estruturam suas presenças digitais em ambientes de alto volume transacional. A Cadastra conduziu o processo de análise e adaptação para o contexto brasileiro, levando em conta comportamentos de navegação, preferências de apresentação de produto e termos com maior volume de busca localmente. O diagnóstico também mapeou intenções de compra ocultas em padrões de pesquisa, o que orientou não apenas a criação de conteúdo aprimorado, mas também a reorganização de categorias, priorização de elementos visuais e arquitetura das páginas. A partir desses dados, foi possível desenvolver uma estratégia de conteúdo conectada à jornada real do shopper no Brasil, com foco em descoberta, confiança e conversão.

O projeto integra estratégia, tecnologia, marketing e dados, nos apoiando a ter um melhor desempenho ao colocar nossas marcas e consumidores mais próximos no ambiente digital”, resume Daniela Pereira, Líder de Mídia da Unilever Brasil e diretora de Digital e Mídia para a unidade de negócio de Cuidados Com a Casa na América Latina.

ShopNext.AI lança nova solução baseada em IA que promete revolucionar gestão de catálogos no e-commerce 

A ShopNext.AI, startup especializada em soluções inteligentes para o varejo digital, acaba de anunciar o lançamento oficial de sua plataforma de gestão de catálogo baseada em Inteligência Artificial (IA). Após uma bem-sucedida fase beta iniciada no VTEX Day 2025, realizado em junho, a tecnologia — criada para automatizar e escalar uma das tarefas mais críticas e operacionais do e-commerce — está agora disponível para todo o mercado.  

Com foco em resolver gargalos históricos do setor, a solução automatiza o cadastro e a manutenção de produtos, categorização, preenchimento de atributos, geração de descrições e gestão da árvore de categorias. Segundo a empresa, a plataforma pode reduzir em até 98% o tempo gasto com tarefas manuais, liberando as equipes para atividades estratégicas como curadoria, experiência de compra e performance comercial.  

“O catálogo é a espinha dorsal de qualquer operação de e-commerce, mas ainda é tratado de forma manual e ineficiente na maioria das empresas. Criamos a ShopNext.AI para mudar esse cenário com uma solução plug-and-play, inteligente e auditável. Queremos que as equipes foquem no que realmente importa: estratégia, conteúdo e conversão — e deixem o trabalho repetitivo com a IA”, afirma Pedro Duarte, CEO da ShopNext.AI.  

Mesmo antes do lançamento oficial, a ShopNext.AI já conquistou a confiança de grandes players do varejo nacional, com dezenas de provas de conceito validadas nos últimos dois meses. Varejistas como Privalia (moda), Rede d1000 (farmácia) e Chatuba (materiais de construção) já começaram a operar recentemente com a nova tecnologia em seus fluxos de cadastro e atualização de produtos.  

Com um roadmap robusto pela frente, a empresa planeja atingir a marca de 500 clientes ativos até o fim do ano e vai ampliar sua presença em plataformas enterprise até o final de 2025, consolidando-se como referência em automação e eficiência para o setor.

Relatório da IBM: Custo médio de uma violação de dados no Brasil atinge R$ 7,19 milhões

A IBM divulgou hoje seu relatório anual Cost of a Data Breach (CODB), revelando tendências globais e regionais relacionadas ao aumento dos custos de violações de dados em um cenário de ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas e disruptivas. O relatório de 2025 explora o papel crescente da automação e da inteligência artificial (IA) na mitigação dos custos de violação e, pela primeira vez, estudou o estado da segurança e da governança da IA.

O relatório indicou que o custo médio de uma violação de dados no Brasil atingiu R$ 7,19 milhões, enquanto em 2024 o custo foi de R$ 6,75 milhões, um aumento de 6,5%, marcando uma pressão adicional sobre as equipes de segurança cibernética que enfrentam desafios altamente complexos. Setores como Saúde, Finanças e Serviços lideraram a lista dos mais impactados, registrando custos médios de R$ 11,43 milhões, R$ 8,92 milhões e R$ 8,51 milhões, respectivamente.

No país, organizações que adotam extensivamente IA e automação seguras relataram custos médios de R$ 6,48 milhões, enquanto aquelas com implementação limitada apresentaram custos de R$ 6,76 milhões. Para empresas que ainda não utilizam essas tecnologias, o custo médio subiu para R$ 8,78 milhões, destacando as vantagens da IA no fortalecimento da segurança cibernética.

Além de avaliar os fatores que elevam os custos, o Relatório Cost of a Data Breach de 2025 analisou elementos que podem reduzir os impactos financeiros de uma violação de dados. Entre as iniciativas mais eficazes, estão a implementação de inteligência de ameaças (que reduziu custos em uma média de R$ 655.110) e o uso de tecnologia de governança de IA (R$ 629.850). Mesmo com essa redução significativa de custos, o relatório constatou que apenas 29% das organizações estudadas no Brasil utilizam tecnologia de governança de IA para mitigar riscos associados a ataques a modelos de IA. De modo geral, a governança e a segurança de IA estão sendo amplamente ignoradas, com 87% das organizações estudadas no Brasil relatando não possuir políticas de governança de IA em vigor e 61% sem controles de acesso à IA.

“Nosso estudo mostra que já existe uma lacuna preocupante entre a rápida adoção da IA e a falta de governança e segurança adequadas, e agentes mal-intencionados estão explorando esse vácuo. A ausência de controles de acesso em modelos de IA expôs dados sensíveis e aumentou a vulnerabilidade das organizações. Empresas que subestimam esses riscos não estão apenas colocando informações críticas em risco, mas também comprometendo a confiança em toda a operação”, explica Fernando Carbone, Sócio de Serviços de Segurança da IBM Consulting na América Latina.

Fatores que contribuem para o aumento dos custos de violação de dados

A complexidade do sistema de segurança contribuiu, em média, com um aumento de R$ 725.359 no custo total da violação.

O estudo também mostrou que o uso não autorizado de ferramentas de IA (shadow AI) gerou um aumento médio de R$ 591.400 nos custos. E a adoção de ferramentas de IA (internas ou públicas), apesar de seus benefícios, adicionou um custo médio de R$ 578.850 às violações de dados.

O relatório também identificou as causas iniciais mais frequentes de violações de dados no Brasil. Phishing se destacou como o principal vetor de ameaça, representando 18% das violações, resultando em um custo médio de R$ 7,18 milhões. Outras causas significativas incluem comprometimento de terceiros e da cadeia de suprimentos (15%, com custo médio de R$ 8,98 milhões) e exploração de vulnerabilidades (13%, com custo médio de R$ 7,61 milhões).    Credenciais comprometidas, erros internos (acidentais) e infiltrados mal-intencionados também foram relatados como causas de violações, demonstrando a ampla gama de desafios enfrentados pelas organizações na proteção de dados.

Outras descobertas globais do relatório Cost of a Data Breach de 2025:

  • 13% das organizações relataram violações envolvendo modelos ou aplicações de IA, enquanto 8% não sabiam se haviam sido comprometidas dessa forma. Das organizações comprometidas, 97% relataram não ter controles de acesso para IA em vigor.
  • 63% das organizações violadas não possuem uma política de governança de IA ou ainda estão desenvolvendo uma. Entre aquelas com políticas, apenas 34% realizam auditorias regulares para detectar o uso não autorizado de IA.
  • Uma em cada cinco organizações relatou uma violação devido à shadow IA, e apenas 37% possuem políticas para gerenciar ou detectar essa tecnologia. Organizações que utilizaram altos níveis de shadow IA observaram uma média de US$ 670.000 a mais em custos de violação em comparação com aquelas com baixos níveis ou sem IA oculta. Incidentes de segurança envolvendo IA oculta levaram ao comprometimento de mais informações de identificação pessoal (65%) e propriedade intelectual (40%) em comparação com a média global (53% e 33%, respectivamente).
  • 16% das violações estudadas envolveram hackers utilizando ferramentas de IA, frequentemente para ataques de phishing ou deepfake.

O custo financeiro de uma violação

  • Custos de violação de dados. O custo médio global de uma violação de dados caiu para US$ 4,44 milhões, a primeira queda em cinco anos, enquanto o custo médio de uma violação nos EUA atingiu o recorde de US$ 10,22 milhões.
  • Ciclo de vida global de uma violação atinge tempo recorde. O tempo médio global para identificar e conter uma violação (incluindo a restauração do serviço) caiu para 241 dias, uma redução de 17 dias em relação ao ano anterior, à medida que mais organizações detectaram a violação internamente. As organizações que detectaram a violação internamente também economizaram US$ 900.000 em custos de violação em comparação com aquelas notificadas por um invasor.
  • Violações na área da saúde continuam sendo as mais caras. Com uma média de US$ 7,42 milhões, as violações no setor de saúde permaneceram as mais caras entre todos os setores estudados, mesmo com uma redução de US$ 2,35 milhões nos custos em comparação com 2024. Violações neste setor levam mais tempo para serem identificadas e contidas, com um tempo médio de 279 dias, mais de 5 semanas acima da média global, de 241 dias.
  • Fadiga do pagamento de resgate. No ano passado, as organizações resistiram cada vez mais às demandas de resgate, com 63% optando por não pagar, em comparação com 59% no ano anterior. À medida que mais organizações se recusam a pagar resgates, o custo médio de um incidente de extorsão ou ransomware permanece alto, especialmente quando divulgado por um invasor (US$ 5,08 milhões).
  • Aumento de preços pós-violações. As consequências de uma violação continuam a se estender além da contenção. Embora em queda em relação ao ano anterior, quase metade de todas as organizações relataram que planejavam aumentar o preço de bens ou serviços devido à violação, e quase um terço relatou aumentos de preços de 15% ou mais.
  • Estagnação nos investimentos em segurança em meio ao aumento dos riscos da IA. Houve uma redução significativa no número de organizações que relataram planos de investir em segurança após uma violação: 49% em 2025, em comparação com 63% em 2024. Menos da metade das que planejam investir em segurança pós-violação se concentrarão em soluções ou serviços de segurança baseados em IA.

20 anos do custo de uma violação de dados

O relatório, conduzido pelo Ponemon Institute e patrocinado pela IBM, é a principal referência do setor para a compreensão do impacto financeiro de violações de dados. O relatório analisou as experiências de 600 organizações globais entre março de 2024 e fevereiro de 2025.

Nos últimos 20 anos, o Relatório Cost of a Dat Breach investigou quase 6.500 violações em todo o mundo. Em 2005, o relatório inaugural constatou que quase metade de todas as violações (45%) teve origem em dispositivos perdidos ou roubados. Apenas 10% foram devido a sistemas hackeados. Avançando para 2025, o cenário de ameaças mudou drasticamente. Hoje, o cenário de ameaças é predominantemente digital e cada vez mais direcionado, com violações agora impulsionadas por um espectro de atividades maliciosas.

Há uma década, problemas de configuração incorreta da nuvem não eram sequer monitorados. Agora, eles estão entre os principais vetores de violações. O ransomware explodiu durante os lockdowns de 2020, com o custo médio das violações aumentando de US$ 4,62 milhões em 2021 para US$ 5,08 milhões em 2025.

Para acessar o relatório completo, visite o site oficial da IBM aqui.  

Estratégia do “Clique para WhatsApp” reduz abandono de carrinho

Já se foi o tempo em que um bom anúncio precisava convencer o cliente a clicar, abrir um site, preencher um formulário e só então esperar o contato de um vendedor. Hoje, bastam dois toques na tela para começar a negociar, literalmente.

Com a ascensão dos anúncios com o botão “Click to WhatsApp”, ou simplesmente “Clique para WhatsApp”, o canal de mensagens mais usado do Brasil se transformou em uma ponte direta entre o desejo e a compra. Em vez de redirecionar o consumidor para uma página cheia de formulários, o clique em uma campanha no Instagram ou Facebook já inicia uma conversa direta com a marca no WhatsApp. É rápido, simples e altamente eficaz.

“Empresas de todos os portes estão descobrindo um novo atalho para se conectar com seus consumidores, encurtando a jornada de compra e transformando o mensageiro verde no novo balcão de vendas da internet brasileira. É como abrir a porta da loja com um clique. O cliente está ali, te chamando. Cabe a você saber atender”, resume Alberto Filho, CEO da Poli Digital, empresa goiana especializada na automação de canais de atendimento para PMEs.

Funciona assim: ao ver um anúncio no Instagram ou Facebook, o usuário clica e, em vez de ser levado a uma landing page tradicional, é conduzido diretamente para uma conversa no WhatsApp com a marca. E o impacto é real. Segundo a Opinion Box, três em cada dez brasileiros esperam resposta no WhatsApp em até cinco minutos. A HubSpot vai além: responder a um lead em até 5 minutos pode aumentar em até 21 vezes as chances de conversão.

“Essa simplicidade transforma completamente a jornada do consumidor. Você elimina atrito, humaniza a experiência e acelera o fechamento da venda”, resume Alberto Filho.

Na prática, o impacto é mensurável. Durante a pandemia, a Espaçolaser implementou anúncios Click to WhatsApp e, em três meses, registrou aumento de 396% na conversão via WhatsApp e aumento de 137% na receita no canal. Já a marca Reserva relatou melhora significativa no ROI ao integrar mensagens personalizadas, embora o percentual exato não tenha sido divulgado publicamente.

Mas, para dar conta do alto volume de interações que vêm na esteira desse tipo de campanha, é preciso mais do que vontade: “Automação, catálogos integrados, links de pagamento e ferramentas de reengajamento são fundamentais para garantir fluidez no atendimento e continuidade na jornada”, explica Filho. “O WhatsApp permite que você faça pré-venda, venda e pós-venda, tudo no mesmo canal.” No entanto, é importante destacar que essas automações, CRM, sistemas de pagamento e o uso da API de Conversões da Meta só são possíveis por meio de uma plataforma especializada, como a Poli, que opera via API Oficial do WhatsApp fornecida pela Meta aos BSPs (parceiros autorizados).

Além disso, com a API de Conversões da Meta, já integrada à plataforma da Poli, é possível conectar o que acontece no WhatsApp com o painel de anúncios do Facebook. Em outras palavras: se a venda acontece depois do clique, o sistema identifica, envia a informação para o Meta e otimiza as campanhas com base em resultados reais, inclusive offline. Essa integração avançada só pode ser realizada graças ao uso da API Oficial do WhatsApp, disponibilizada exclusivamente para parceiros autorizados como a Poli.

“O que antes era apenas um app de mensagens virou canal de vendas, SAC, CRM e pós-venda. Com taxas de abertura muito superiores às de e-mail e SMS, o WhatsApp se consolidou como o canal preferido do consumidor brasileiro, e o mais eficiente para quem quer vender mais”, diz o CEO da Poli Digital. E reforça que toda essa eficiência e automação só são possíveis graças à utilização da API Oficial do WhatsApp, que permite a integração completa e segura via plataformas especializadas como a Poli.

Para Alberto Filho, o segredo está na estratégia: “Não se trata apenas de colocar um botão. É preciso entender como esse canal se integra a toda a jornada. Testar, medir, ajustar. E, acima de tudo, estar presente onde o cliente já está.” Ele reforça: “Porque, no fim das contas, vender hoje é isso: responder rápido, falar certo e estar disponível no momento exato, com apenas um clique”.

Alexandre de Moraes, censura e YouTube: o que é mito, o que é fato e o que diz a lei

Em meio à intensa polarização política no Brasil e ao crescimento de canais de opinião nas redes sociais, o nome do ministro Alexandre de Moraes voltou ao centro das discussões após rumores sobre possíveis sanções internacionais contra sua atuação no Supremo Tribunal Federal (STF). 

As especulações ganharam força após a divulgação de que uma suposta carta do governo dos Estados Unidos teria sido enviada ao ministro, em tom de advertência, sobre seus “abusos de autoridade”. O caso provocou reações exaltadas de comentaristas políticos e influenciadores, que passaram a prever bloqueios de bens, cancelamento de vistos e até prisão, com base na chamada “Lei Magnitsky”.

Para o advogado Daniel Toledo, especialista em Direito Internacional, doutor em direito Constitucional  e fundador do escritório Toledo e Advogados Associados, é necessário cautela e conhecimento técnico ao abordar o tema. “Muitos vídeos e postagens estão propagando uma série de equívocos jurídicos. A Lei Magnitsky, por exemplo, tem objetivos muito específicos. Ela surgiu nos EUA em 2012 para punir envolvidos em violações graves de direitos humanos e corrupção internacional. Não se aplica de forma automática a qualquer autoridade estrangeira”, alerta.

Toledo destaca que, mesmo nos casos em que sanções são impostas, como ocorreu com autoridades da Rússia durante a guerra na Ucrânia, não há vínculo direto com decisões judiciais internas ou com ações políticas de um país soberano. “É importante lembrar que os Estados Unidos não precisam da Lei Magnitsky para restringir vistos ou congelar ativos. O governo americano já possui meios administrativos para isso. E, até o momento, não há qualquer prova de que essas sanções estejam sendo aplicadas a ministros do STF”, observa.

O papel do YouTube e o debate sobre censura

Parte da controvérsia também envolve decisões do ministro Alexandre de Moraes relacionadas à retirada de conteúdos e perfis em plataformas como o YouTube e o X (ex-Twitter). A discussão se agravou após o empresário Elon Musk desafiar determinações do STF, argumentando que sua empresa não poderia ser penalizada por cumprir a legislação dos Estados Unidos.

Para Toledo, as plataformas que atuam comercialmente no Brasil precisam obedecer à legislação brasileira. “Se uma empresa estrangeira atua em território nacional, oferece serviços e lucra com publicidade dirigida a brasileiros, ela está sujeita às leis locais. Isso inclui, por exemplo, o Marco Civil da Internet e o Código de Defesa do Consumidor. O mesmo vale para obrigações tributárias, representação legal e responsabilidade por conteúdos ilícitos hospedados em seus domínios”, esclarece.

Ele lembra que, embora decisões judiciais possam ser discutidas e eventualmente revistas, ignorá-las pode configurar desobediência e gerar medidas como bloqueios e sanções econômicas. “O impasse com Elon Musk, por exemplo, não é sobre liberdade de expressão, mas sobre jurisdição. O Supremo Tribunal Federal entendeu que a plataforma estava sendo utilizada para disseminar conteúdos que violavam a legislação brasileira, e exigiu providências. Discutir a medida é legítimo. Ignorar completamente, não”, pontua.

Interpretações distorcidas da lei alimentam desinformação

Toledo também critica a forma como influenciadores têm interpretado trechos de leis americanas e brasileiras para sustentar teorias sobre o suposto cerco internacional a Moraes. “É comum ver pessoas sem formação jurídica pegando parágrafos isolados e distorcendo o sentido original das normas. A Lei Magnitsky, por exemplo, não prevê punições automáticas. Ela exige investigações, evidências concretas e um processo criterioso de aplicação”, analisa.

Ele observa que a internet se tornou terreno fértil para o sensacionalismo. “Muitos canais estão mais preocupados em monetizar o engajamento do que em esclarecer juridicamente o que está acontecendo. Com isso, inflamam a população, geram expectativas irreais e contribuem para o descrédito das instituições”, afirma.

Um ponto crítico, segundo Toledo, é que esse cenário de desinformação acaba provocando impactos concretos na vida da população. “Muita gente começa a acreditar que um ministro será preso por uma carta dos Estados Unidos. Outros acham que basta obter dupla cidadania para não responder mais à Justiça brasileira. São visões completamente equivocadas que só alimentam a instabilidade”, destaca.

Ele ainda lembra que, em casos de eventual processo contra um ministro do STF em cortes internacionais, quem arca com os custos da defesa é o contribuinte. “Processos dessa natureza custam caro. Escritórios nos EUA cobram valores altíssimos por hora. Se um ministro brasileiro for processado no exterior por sua atuação funcional, os custos serão cobertos com recursos públicos. É o cidadão quem paga essa conta”, adverte.

Liberdade de expressão não é anonimato

Por fim, Toledo reforça que a Constituição Brasileira garante a liberdade de expressão, mas veda o anonimato. “Qualquer pessoa pode se manifestar livremente, inclusive com críticas às autoridades. No entanto, precisa se identificar e responder por suas declarações. Criar perfis falsos ou páginas anônimas para disseminar acusações sem provas não é liberdade de expressão. É covardia e, muitas vezes, crime”, conclui.

O advogado defende que o debate sobre os limites do Judiciário e da liberdade de imprensa é legítimo, mas deve ser feito com responsabilidade. “É preciso mais educação jurídica e menos espetáculo. A verdade jurídica não cabe em manchetes inflamadas. Ela exige estudo, ponderação e compromisso com os fatos”, finaliza.

Modelo polêmico do “Pagar ou Consentir” da Meta na Europa se aproxima do Brasil

No final de 2023, a Meta (controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp) introduziu na Europa um modelo inédito de escolha para os usuários quanto ao uso de seus dados pessoais em publicidade. Conhecido extraoficialmente como “Pagar ou Consentir”, esse modelo oferece duas alternativas:

Assinatura paga sem anúncios personalizados: o usuário paga uma taxa mensal (cerca de €7,99 por mês) para navegar nessas redes sociais sem publicidade personalizada, o que significa que a Meta se compromete a não utilizar os dados pessoais do assinante para fins de direcionamento de anúncios. Em outras palavras, quem paga tem privacidade extra.

Uso gratuito com publicidade personalizada: o usuário opta por continuar usando as plataformas gratuitamente, porém consente que seus dados pessoais sejam coletados e tratados para que os anúncios exibidos sejam direcionados conforme seu perfil e atividades. Nesse caso, a Meta reúne informações como atividades nas redes, contatos e dados do dispositivo do usuário para segmentar a publicidade exibida.

A assinatura foi lançada inicialmente em novembro de 2023 para usuários da União Europeia, Espaço Econômico Europeu e Suíça. No começo, o preço padrão anunciado era de €9,99 por mês (na versão web) ou €12,99 no iOS/Android, cobrindo uma conta; contas adicionais vinculadas teriam um custo extra mensal. Contudo, em novembro de 2024, após diálogo com reguladores, a Meta reduziu esses valores em aproximadamente 40%, passando a €5,99 (web) e €7,99 (dispositivos móveis) por mês, com €4-5 por cada conta extra. Essa redução visou tornar o serviço mais acessível e responder às preocupações das autoridades europeias.

Por que a Meta adotou essa medida? (GDPR e pressão regulatória)

A implementação do modelo pago na Europa não foi voluntária, e sim motivada por exigências regulatórias rigorosas. Duas normas europeias estão no centro dessa discussão: o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) e a Lei dos Mercados Digitais (DMA). O GDPR, em vigor desde 2018, reforçou a necessidade de consentimento livre, informado e inequívoco para o tratamento de dados pessoais – especialmente para finalidades como publicidade comportamental. Já a DMA, mais recente, impõe obrigações específicas às big techs para promover concorrência e maior proteção aos usuários. Por exemplo, a DMA passou a proibir o rastreamento extensivo de usuários para publicidade direcionada sem consentimento explícito.

Diante do cenário europeu, surge a pergunta: a LGPD brasileira poderia forçar modelo semelhante aqui? 

Embora a Meta ainda não tenha implementado oficialmente no Brasil um programa de assinatura sem anúncios personalizados, há indícios de que isso pode mudar. O principal motor seria justamente a evolução da aplicação da LGPD. Nos últimos anos, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados tem se tornado mais ativa e rigorosa na fiscalização de grandes empresas de tecnologia. Em julho de 2024, por exemplo, a ANPD determinou a suspensão de partes da nova política de privacidade da Meta no Brasil, que permitia usar dados publicados por usuários para treinar sistemas de inteligência artificial, citando indícios de violação à LGPD. Nessa decisão, a autoridade apontou problemas como base legal inadequada, falta de transparência e limitações aos direitos dos titulares, impondo inclusive multa diária por descumprimento.

Embora esse caso específico fosse sobre uso de dados para IA, a mensagem é clara e transbordável para outras frentes: a ANPD não hesita em intervir contra práticas que considere abusivas ou sem amparo legal. Publicidade personalizada poderia entrar na mira futuramente.

Outro fator a considerar é o alinhamento internacional. Empresas globais tendem a buscar certa uniformidade em políticas, até por praticidade operacional. Se a Meta já construiu a infraestrutura de um modelo de assinatura “no ads” na Europa, é plausível que avalie expandi-lo para outras regiões conforme a demanda regulatória. 

Ainda que não haja (até o momento) uma obrigação expressa na LGPD para oferecer versão sem anúncios, a lei impõe sim o dever de transparência total sobre quais dados são coletados e para que finalidade. Se uma rede social utiliza extensivamente dados pessoais para lucro publicitário, isso deve estar muito claro para o usuário, que por sua vez tem direito de não consentir ou de revogar consentimentos dados. A falta de alternativas – isto é, obrigar o usuário a aceitar publicidade dirigida ou então abandonar o serviço – pode ser interpretada como um consentimento inválido (por coação) à luz da LGPD. Nesse sentido, oferecer uma alternativa paga sem coleta de dados pode ser visto como uma forma de validar o consentimento de quem optar por continuar na versão gratuita. Não seria surpreendente ver a ANPD ou mesmo o Poder Judiciário questionando a liberdade do consentimento do usuário brasileiro caso ele não tenha opção real de escolha. A existência de uma assinatura paga, embora potencialmente polêmica (pois envolve cobrar pela privacidade), ao menos materializa uma escolha ao titular – o que pode ser juridicamente defensável.

Então, esse modelo “pagar ou consentir” pode acontecer no Brasil? Em tese, sim, e há argumentos tanto jurídicos quanto estratégicos para acreditar que é apenas uma questão de tempo até vermos algo similar. 

Por outro lado, é preciso notar desafios. O Brasil, diferentemente da UE, não possui um ecossistema regulatório conjunto como GDPR + DMA + DSA; a LGPD atua sozinha no tema. Há também considerações econômicas: o modelo gratuito suportado por anúncios é o que viabiliza o acesso amplo às redes sociais. Cobrar uma assinatura pode não ser bem recebido por grande parte dos usuários brasileiros, e a Meta naturalmente teme perder engajamento (e receita publicitária) num mercado importante. Assim, é possível que a empresa adote uma postura gradual: primeiro, aumentar a transparência e facilitar o opt-out de anúncios personalizados; depois, se necessário, testar uma assinatura sem anúncios com grupos pequenos ou regiões específicas, e só então lançar mais amplamente se houver pressão regulatória concreta.

Em conclusão, a LGPD já traz em si o potencial de transformar a forma como se faz marketing digital no Brasil. Se a “novidade” de pagar €7,99 por mês pela sua privacidade parecia distante, hoje não é mais algo impensável. A União Europeia mostrou um caminho e, ainda que o Brasil não vá simplesmente copiar e colar as soluções de lá, a lógica subjacente é a mesma: dar ao usuário real poder de decisão sobre seus dados. Profissionais de privacidade, compliance e do direito digital devem ficar atentos: talvez em breve tenham  que aconselhar seus clientes ou empresas sobre modelos de assinatura vs. anúncios personalizados também por aqui. E quando isso acontecer, será a confirmação de que a cultura da proteção de dados, impulsionada pela LGPD, de fato mudou as regras do jogo no mercado brasileiro.

Blockchain: a próxima revolução digital já está em andamento

A blockchain se tornou conhecida principalmente por ser a base do Bitcoin e outras criptomoedas, mas ela está ultrapassando os limites do mercado financeiro e de criptoativos. Redes como a Ethereum introduziram o uso de tokens e contratos inteligentes para pagamentos em lojas físicas, postos de gasolina e restaurantes, sinalizando uma adoção mais ampla e cotidiana da tecnologia.

Uma pesquisa da consultoria Grand View Research estima que o mercado da blockchain deve saltar de US$ 31,2 bilhões em 2024 para alcançar 1,4 trilhão em 2030. Isso representa um aumento anual de 90,1%. “Em parte, esta expansão se deve a um crescimento da tecnologia para outras áreas que vão além das finanças devido à escalada de exigência por rastreabilidade e segurança”, explica Cleverson Pereira, head educacional da OnilX, empresa que transforma ativos digitais em liquidez para efetuar pagamentos e transações.

“O sistema de registro descentralizado e imutável da blockchain garante a integridade e transparência das transações, tornando-se especialmente atraente para setores como finanças, saúde e gestão da cadeia de suprimentos. Empresas desses segmentos estão cada vez mais integrando soluções baseadas em blockchain para aumentar a segurança e a transparência em suas operações”, diz o relatório da Grand View em concordância com o posicionamento de Pereira.

Saúde, governo e rastreabilidade: os novos horizontes da blockchain

De acordo com Pereira, a aplicação da tecnologia blockchain em áreas como saúde e serviços públicos já é uma realidade e deve se disseminar cada vez mais. Esses pontos são um reflexo da evolução das chamadas blockchain híbridas e de consórcio – ou seja, que podem ser compartilhadas entre vários entes, dando segurança e rastreabilidade às operações. Mas o que isso significa em outros setores?

– Saúde: permite o compartilhamento seguro de prontuários médicos entre instituições, reduzindo fraudes e garantindo a integridade dos dados de pacientes.

– Cadeia de suprimentos: rastreia a origem de produtos, assegura a autenticidade e combate à pirataria. “Nesse contexto, pode ser aplicada de maneira ampla: da indústria ao agronegócio, especialmente para cumprir exigências de fornecedores em mercados estrangeiros”, ressalta o head educacional da OnilX.

– Direitos autorais: NFTs registradas em blockchain garantem remuneração justa a artistas e controle de propriedade intelectual no meio digital.

– Governos: países como Dubai usam blockchain para registros civis e identificação digital. “Na prática, a blockchain poderia ser usada até em eleições, promovendo transparência e segurança dos pleitos”, avalia Pereira.

Nova lei americana: marco global para as finanças digitais

As perspectivas para a blockchain se ampliaram recentemente também nas finanças digitais e criptoativos, áreas que levaram à criação da tecnologia. A assinatura do Genius Act estabelece um marco regulatório para os ativos digitais e stablecoins – criptomoedas atreladas ao dólar –, exigindo que haja respaldo por ativos líquidos e auditados.

De acordo com Pereira, a nova legislação gera diversos benefícios para o setor. “Entre eles, o estímulo à adoção de stablecoins como meio de pagamento cotidiano, uma maior confiança de bancos, varejistas e consumidores na tecnologia e a expansão da blockchain como infraestrutura de pagamentos internacionais. E, na prática, o maior entendimento e a aplicação da tecnologia fazem com que ela se torne uma presença mais frequente em outros setores e com segurança jurídica”, diz.

Seis estratégias de marketing para atrair clientes em 2025

Em um mercado cada vez mais competitivo e conectado, atrair clientes vai além de promover produtos ou serviços. Segundo estudo global da Boston Consulting Group (BCG), divulgado em dezembro de 2024, quatro em cada cinco consumidores estão confortáveis com experiências personalizadas e esperam que as marcas ofereçam esse nível de atenção. No entanto, dois terços desses consumidores já abandonaram marcas por conta de experiências personalizadas imprecisas ou invasivas, o que torna o desafio das empresas ainda maior.

Para Rico Araujo, CEO da PX/BRASIL, agência de inovação e marketing integrada, o sucesso está em posicionar marcas por meio de estratégias sólidas e integradas. “Hoje, o consumidor compra mais do que produtos: ele compra narrativas, experiências e valores. A comunicação integrada não é só uma tendência, é uma urgência para marcas que querem se manter relevantes em um mercado hipercompetitivo. Conquistar atenção é só o começo. O que garante crescimento é coerência”, afirma.

A seguir, o especialista elenca seis estratégias de marketing que estão ajudando marcas a atrair clientes com mais consistência em um mercado cada vez mais competitivo:

1. Posicionamento com propósito

Marcas autênticas, que comunicam claramente seus valores e causas, criam identificação imediata com públicos que compartilham esses princípios. Não é apenas vender, é mostrar por que a marca existe e o impacto que deseja gerar. Isso constrói uma base emocional sólida que transcende produtos e serviços, fidelizando clientes e atuando como um farol que guia todas as ações e decisões da empresa, gerando maior engajamento.

2. Conteúdo com estratégia

Conteúdo relevante e estratégico guia o cliente na jornada de compra, educa e posiciona a marca como autoridade. Além disso, conteúdos que respondem dúvidas e oferecem soluções criam conexões mais profundas, transformando visitantes em defensores da marca, sendo uma forma de ganhar confiança a longo prazo.

3. SEO com foco em intenção

Otimizar buscas hoje exige entender o que o usuário realmente deseja, em que momento da jornada está e entregar respostas precisas. Adaptar a linguagem e os formatos para cada tipo de busca também aumenta a relevância e a probabilidade de conversão, elevando o desempenho com um engajamento orgânico.

4. Redes sociais como canal de influência

As redes sociais deixaram de ser vitrines para se tornar canais estratégicos de relacionamento. Mostrar bastidores, interagir com o público e contar histórias reais são ações que geram confiança e vendas, como o uso de formatos interativos através de lives e enquetes, que potencializam o engajamento e aprofundam a conexão emocional, criando comunidades fiéis.

5. Audiovisual como ativo de autoridade

Vídeos, podcasts e webinars são ferramentas poderosas para criar conexão emocional e reforçar credibilidade. Mostrar pessoas reais da empresa e depoimentos genuínos fortalece a imagem da marca, possibilitando uma comunicação mais dinâmica e humanizada, que facilita o entendimento e a retenção da mensagem pela audiência.

6. Comunicação integrada como vantagem real

Marcas multicanais que mantêm coerência na identidade visual, verbal e na mensagem em todos os pontos de contato constroem experiências mais sólidas e confiança duradoura com o público. Essa integração evita ruídos e confusões, garantindo que o consumidor tenha uma jornada fluida e memorável, independentemente do canal utilizado.

Para Rico Araujo, o segredo do sucesso está na conexão verdadeira com o público e na capacidade de transformação das marcas. “A verdadeira transformação acontece quando a marca consegue se conectar de forma autêntica com seu público, indo além da venda e tornando-se parte da vida das pessoas. Investir em estratégias integradas não é mais uma escolha, é uma necessidade para garantir relevância e crescimento sustentável.”

Contatos desatualizados: como eles afetam o ROI?

Altos investimentos direcionados a estratégias sofisticadas, textos persuasivos e campanhas criativas nem sempre se convertem nos resultados esperados. Essa frustração, bastante comum no mercado, muitas vezes, não está relacionada à qualidade da execução, mas sim a um elemento frequentemente negligenciado: os contatos desatualizados.

Mais do que apenas um banco de dados, uma base de contatos qualificada, viva e confiável é o verdadeiro alicerce de qualquer campanha corporativa bem-sucedida. Ignorar esse ponto pode comprometer não apenas a entrega das ações, mas também o relacionamento com o público-alvo e, por consequência, o retorno sobre o investimento (ROI).

Gestores e tomadores de decisão reconhecem o valor dos dados como fonte para ações estratégicas. No entanto, de nada adianta ter um grande volume de informações se não há garantia de que esses dados são verdadeiros, válidos e atualizados. Segundo estudo da Validity, 75% dos entrevistados afirmam que abordagens baseadas em dados imprecisos ou desatualizados levam à perda de clientes e dificultam a mensuração real dos resultados das ações.

O problema vai além de cadastros incompletos ou erros de digitação. O verdadeiro gargalo está na falta de acompanhamento da jornada de comunicação. Muitos contatos retornam ao ciclo de relacionamento após um período de inatividade, mas por outros números ou canais. Não reconhecer esse padrão impede a empresa de ajustar suas ações em tempo real e compromete o aproveitamento de oportunidades. Sem uma estrutura de validação contínua e sem a devida integração entre as bases e os canais que consomem os dados, a base rapidamente se torna obsoleta — ainda que aparentemente volumosa.

A ausência de governança sobre os dados e a falta de mecanismos que priorizem o número certo para cada CPF geram impactos diretos: campanhas mal direcionadas, tentativas ineficazes, desperdício de verba, retrabalho operacional, perda de performance e, em casos mais sensíveis, desgaste na relação com o cliente por insistência em contatos errados ou repetidos.

Além disso, a falta de inteligência sobre o comportamento de retorno — como e quando o cliente volta a se engajar — impede a construção de estratégias de reaproximação mais eficazes. O resultado é uma operação que tenta, sem critério, múltiplos números para o mesmo CPF, consumindo recursos, tempo de equipe e correndo riscos legais, como violações à LGPD por contatos indevidos.

Apesar de parecer um problema complexo, esse cenário pode ser revertido com metodologias que priorizam o uso inteligente dos dados. A chave está em direcionar os esforços para o número validado, com maior probabilidade de resposta e alinhado ao histórico de relacionamento com aquele CPF. Ter uma base enriquecida, atualizada e estrategicamente construída é essencial para garantir que a mensagem chegue a quem realmente importa — no telefone certo, pelo canal certo, no momento certo.

Nesse contexto, a tecnologia desempenha um papel central, não apenas como ferramenta de validação pontual, mas como parte de uma estrutura contínua de relacionamento. Modelos baseados em inferência e comportamento, aliados a um sistema de retroalimentação diária, tornam a base de contatos um ativo vivo — capaz de aprender com os dados e melhorar continuamente.

Mais do que identificar se um número está ativo, é fundamental reconhecer qual contato tem maior potencial de gerar resultado. Isso significa reduzir tentativas, aumentar a taxa de efetividade, proteger a imagem da marca e oferecer uma experiência mais relevante ao cliente.

O uso de camadas de decisão orientadas por dados é o que diferencia operações de alto desempenho daquelas que apenas disparam para todos. Por isso, é fundamental que as empresas adotem modelos que não apenas limpem os dados, mas que aprendam com eles. O que funcionou? Quando funcionou? E o que pode funcionar de novo?

Tratar a base de contatos como um ativo estratégico — integrando fontes externas, comportamento histórico, validação de operadora e preferências de canal — é o caminho mais seguro para gerar valor real. Afinal, ninguém gosta de ser impactado por uma comunicação que não faz sentido para seu momento ou perfil. E da mesma forma que o excesso de tentativas prejudica o cliente, também prejudica a empresa.

Evitar esse tipo de desgaste exige consistência, inteligência e estrutura. Uma base viva é aquela que evolui com o tempo, que se adapta ao comportamento do cliente e que entrega valor tanto para quem envia quanto para quem recebe.

Loja Integrada lança agente de vendas com Alfredo Soares e amplia estratégia de IA para lojistas

A Loja Integrada, plataforma de e-commerce inteligente, anunciou nesta terça-feira, 29, o lançamento oficial do Agente de IA Bora Varejo, criado em parceria com Alfredo Soares, empreendedor que é referência nacional em vendas no varejo digital, cofundador e mentor do G4 Educação. A novidade faz parte da Komea, rede de inteligência artificial da Loja Integrada, desenvolvida para oferecer suporte direto aos lojistas, com orientações personalizadas, técnicas de abordagem e dicas práticas para aumentar as vendas com mais eficiência.

O lançamento ocorreu na sede da Vtex, em São Paulo, durante um bate-papo com lojistas que reuniu Alfredo Soares, Lucas Bacic, CEO da Loja Integrada, e Thiago Franco, empresário e Influenciador Oficial do Mercado Livre. No encontro, os participantes discutiram tendências do comércio eletrônico, estratégias de vendas e o papel da inteligência artificial no apoio ao pequeno empreendedor. Após a apresentação do agente, Alfredo fez uma demonstração ao vivo e os lojistas presentes puderam fazer perguntas diretamente aos três convidados.

Voltado exclusivamente para quem possui loja na Loja Integrada, o Bora Varejo é apresentado como um advisor de vendas. A ferramenta combina mentorias, aulas do G4 Educação e conteúdos do ecossistema Bora Vender, utilizando uma linguagem direta, motivacional e prática, que reflete o estilo de comunicação de Alfredo Soares.

Segundo Alfredo, o novo agente foi pensado para aproximar conhecimento e prática de forma acessível. “O Bora Varejo é um agente que carrega minha experiência e visão sobre como vender mais no digital. Ele foi criado para conversar com o lojista, entender suas dores e entregar soluções práticas de forma rápida e acessível”, afirma.

Para Lucas Bacic, CEO da Loja Integrada, o lançamento do Bora Varejo reforça o compromisso da empresa em tornar a inteligência artificial uma aliada prática na rotina dos lojistas. Segundo ele, a inovação está em permitir que a IA aprenda com as necessidades do empreendedor e atue de forma autônoma para otimizar tempo e decisões. “Quando falamos em inovação, estamos falando sobre usar a inteligência artificial para resolver problemas reais do dia a dia do lojista. Hoje, a IA tem o poder de entender o que você precisa e fazer por você, de forma eficiente e assertiva. O Bora Varejo representa exatamente isso: um agente que entrega valor imediato com base em dados, experiência prática e foco no que realmente importa”, afirma.

O Agente Bora Varejo já está disponível em fase beta e pode ser acessado gratuitamente por lojistas por meio de uma landing page dedicada. O pré-cadastro está aberto e pode ser feito pelo site https://landing.lojaintegrada.com.br/agente-bora-varejo

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