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Retail media network: o varejo como protagonista da publicidade digital no Brasil

O mercado brasileiro de Retail Media – redes de publicidade apoiadas em ativos de varejistas – vive um boom de crescimento. O mercado alcançou o número de R$ 3,8 bilhões o ano passado, um salto de 42,3% sobre 2023 – avançando em um ritmo que é o dobro da média global, de 20,3%. Ainda que represente cerca de 0,6% do mercado mundial, hoje o Brasil tem a maior taxa de expansão do mundo na categoria.

E esse movimento tem acontecido justamente porque varejistas e a indústria estão abraçando essa tendência com velocidade – tanto é que a expectativa é que esse canal de mídia encerre 2025 com um crescimento significativo em relação a 2024. Isso demonstra que o varejo nacional está decidido a se tornar protagonista na publicidade digital, surfando na “terceira onda” da mídia online – como as redes retail media têm sido chamadas. Em outras palavras, há um consenso crescente de que varejistas se tornarão potências publicitárias, com papel central na conexão entre marcas e consumidores.

Ao menos 64% das grandes marcas brasileiras já trabalham com retail media, de acordo com a pesquisa Retail Media Insights, de 2024. Do lado dos varejistas, 55% afirmam já operar sua própria rede de mídia – de supermercados a farmácias e marketplaces, diversos segmentos estão criando estruturas para monetizar suas audiências.

O poder de segmentação do Varejo

Por trás da ascensão das redes retail media está um ativo valioso do varejista: os dados primários (first-party data) de seus consumidores. Diferentemente de outros veículos, o varejo detém informações ricas sobre o comportamento de compra – histórico de transações, itens visualizados, frequência de visitas, preferências e até dados de programas de fidelidade. Essas informações permitem uma segmentação extremamente precisa do público. Varejistas podem alavancar os insights de compra de seus clientes para oferecer soluções de publicidade hiper segmentadas, atingindo o consumidor certo com a mensagem certa e no momento mais oportuno.

Essa capacidade de segmentação baseada em dados próprios ganha importância estratégica num contexto de maior restrição ao uso de cookies de terceiros e demanda por privacidade. Os varejistas, atuando como “donos da audiência”, conseguem entregar para as marcas audiências qualificadas e intencionadas, algo difícil de encontrar em outras mídias na mesma escala.

Por exemplo, uma rede de farmácias pode segmentar anúncios de vitaminas apenas para clientes que compraram produtos de saúde recentemente, ou um supermercado online pode promover alimentos orgânicos para consumidores que buscam por itens fitness. O uso inteligente do histórico de compras, buscas e perfil demográfico torna os anúncios muito mais relevantes para o consumidor, elevando as vendas e a fidelização à marca. Estudos destacam que o retail media oferece justamente essa possibilidade de personalização em massa, combinando alcance com conteúdo sob medida para cada cliente.

Além disso, a qualidade dos dados do varejo permite métricas de desempenho mais robustas. Como as redes retail media operam dentro dos sistemas do próprio varejista, é possível atribuir diretamente o resultado de uma campanha às vendas realizadas, fechando o ciclo completo da mensuração. Essa atribuição “closed loop” – em que se consegue conectar a impressão do anúncio à transação no caixa – é um grande diferencial. A riqueza dos dados de compra e a capacidade de atribuir o retorno sobre o investimento diretamente tornam o retail media uma estratégia muito valorizada pelas marcas.

Para os anunciantes, isso significa que investir no canal do varejo não é um salto no escuro: ao contrário, os resultados em vendas podem ser comprovados com rapidez e precisão, facilitando a justificativa do investimento e a otimização de campanhas em tempo quase real.

Integração entre digital e offline: impacto direto no PDV

Um aspecto importante das redes retail media é a integração entre os mundos online e offline. Alguns dos maiores varejistas operando no Brasil contam com uma base enorme de clientes tanto no online, quanto no offline. Isso permite que essas empresas façam uma combinação única de canais para engajar o consumidor em múltiplos pontos de contato durante sua jornada de compra.

Outro exemplo: um cliente pode ser impactado por um banner de produto no aplicativo móvel do supermercado e, ao visitar a loja física, se deparar com uma oferta personalizada em uma tela digital na gôndola ou perto do caixa. Essa sinergia on–offline leva a mensagem publicitária até a “última milha” do processo de decisão, literalmente quando o consumidor está com o produto em mãos. Não à toa, especialistas veem a retail media como uma maneira de influenciar a escolha do consumidor no instante crítico da compra – um potencial antes restrito a materiais de PDV tradicionais.

Dentro das lojas, a mídia digital in-store vem ganhando espaço como extensão das redes de varejo. Telas inteligentes, totens interativos, painéis eletrônicos de prateleira (ESLs) e até monitores no carrinho de compras se tornam inventário publicitário. Varejistas podem posicionar estrategicamente essas telas próximas aos checkouts ou corredores de alta circulação para estimular compras de última hora.

É lógico que, do ponto de vista operacional, a integração entre o online e offline exige um esforço tecnológico de mensuração: unificando os dois meios. Isso ainda tem sido um desafio para os varejistas, cuja solução tem sido a personalização por meio de campanhas de fidelidade cada vez mais aprimoradas. Mesmo que ainda haja questões tecnológicas, a direção é clara: o futuro da mídia de varejo está em oferecer uma experiência omnichannel coesa, onde pouco importa se a interação aconteceu no mundo virtual ou no mundo físico – ambos os ambientes se complementam para engajar o consumidor e gerar resultado para as marcas.

Mudança de paradigma: de canal de vendas a canal de mídia

O surgimento das Retail Media Networks representa uma mudança de paradigma na forma como se enxerga o papel do varejo no mix de marketing. Historicamente, varejistas eram vistos apenas como canais de distribuição e pontos de venda, enquanto a construção de marca e a publicidade ficavam a cargo de veículos de mídia tradicionais, ou mais recentemente das plataformas digitais. Com a virada para retail media, essa separação se desfaz: o varejo agora é também um veículo de comunicação de massa, passando a concorrer por budgets publicitários que antes iriam para outros meios.

Na prática, grandes redes de varejo tornaram-se verdadeiros publishers, monetizando seus websites, aplicativos e lojas assim como um portal de notícias vive de anúncios ou uma emissora de TV vende espaço comercial.

Para as marcas anunciantes, isso representa uma reconfiguração das estratégias. Uma parte do investimento que antes era destinada a ações de trade marketing no ponto de venda físico migra para ações de mídia nas propriedades digitais do varejista. Outra parcela, que iria para mídia de massa genérica, pode agora ser alocada de forma mais focalizada via retail media, atingindo exatamente o shopper no “momento da verdade” da compra.

Essa convergência faz com que marketing e trade se unam, exigindo que gestores pensem de forma integrada: vender e comunicar viraram facetas de uma mesma jornada do consumidor. Como resultado, grandes anunciantes globais já estão reorganizando times e orçamento para contemplar esse novo pilar. Há quem chame esse movimento de “mediafication” do varejo – ou seja, o varejo deixando de ser apenas distribuição e se tornando também mídia.

Se antes os supermercados, farmácias e lojas de departamento eram apenas palco para as estratégias de outras mídias, agora eles têm holofotes próprios. Esse modelo redefine não só fluxos de investimento, mas também exige novas abordagens de todos os players do mercado. Marcas precisam ser mais data-driven e orientadas a performance, agências precisam incorporar novos conhecimentos e habilidades, e os varejistas assumem responsabilidades de media companies, zelando pela experiência do consumidor também em termos de conteúdo e relevância de anúncios.

O ecossistema de publicidade se expande e se complexifica – porém, no centro dessa transformação, há uma lógica clara: quem estiver mais próximo do consumidor na jornada de compra ganha voz e valor no jogo da mídia. O varejo, com suas plataformas próprias, provou estar no lugar certo e na hora certa para capitalizar essa dinâmica. Resta às demais peças do mercado se adaptarem a esse novo paradigma, integrando o retail media em suas estratégias para não ficarem para trás nessa evolução que, ao que tudo indica, veio para ficar.

Lealdade à prova de inflação: estratégias para o varejo reter clientes em um cenário de preços altos

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 5,48% em 12 meses. No ano, até abril, o avanço é de 2,48%.Com a inflação elevada, o poder aquisitivo do público diminui, os gastos com jogos digitais aumentaram (R$ 30 bi por mês, segundo o BC) e a sensibilidade ao preço aumenta, forçando as empresas a repensarem as estratégias de retenção de clientes. E os consumidores cada vez mais mudam o comportamento para se adaptar ao aumento de custos de diversos produtos e serviços. 

Nesse cenário, o varejo enfrenta uma grande pressão para manter a base de consumidores fiel, mesmo diante da concorrência física e online crescente e das dificuldades econômicas. As marcas precisam estabelecer um novo tipo de relação com o shopper, já que este busca mais praticidade, preços justos e experiências personalizadas no contexto atual. 

É necessário inovar para criar relacionamentos de longo prazo com os clientes. Explorar o universo tecnológico é a única forma de garantir competitividade diante dos desafios contemporâneos, especialmente no Brasil. 

Monetização de dados

Para atingir um consumidor cada vez mais exigente e que possui uma gama de opções à frente, é preciso entender as suas preferências e interesses. É aqui que a ciência de consumo, apoiada por tecnologia e inteligência de dados entra como grande aliada das empresas, visto que tem o potencial de transformar essas informações em estratégias rentáveis.

O CRM (sigla em inglês para “Gestão de Relacionamento com o Cliente”) é uma grande prova disso. Essa ferramenta permite que as empresas coletem, organizem e analisem dados sobre hábitos de consumo e histórico de compras, tanto de clientes atuais quanto potenciais. Isso possibilita a criação de experiências mais personalizadas para cada shopper, garantindo que este receba ofertas e comunicações alinhadas às suas necessidades.

Os programas de relacionamento são bons exemplos de ações derivadas do uso do CRM. O varejista pode implementá-los pensando em uma estrutura que atinja consumidores com um menor poder aquisitivo, que priorizam preços menores – como acontece com frequência em épocas de pico de inflação. Seja por meio de descontos, prêmios ou outras vantagens, é possível manter essa pessoa satisfeita, o que tende a promover a sua fidelização.

Físico e digital integradosA transformação dos ambientes físicos das marcas também se tornou relevante, principalmente no que se refere à interação com o digital. Uma experiência significativa para os clientes modernos implica totalmente na integração dessas duas esferas.

Nesse sentido, podemos ver muitos varejistas entendendo essa dinâmica quando apostam em estratégias de retail media e parcerias comerciais. Com isso, podem criar espaços publicitários em plataformas online, permitindo que marcas invistam em anúncios diretamente para consumidores qualificados.

Ou ainda podemos pensar nas gôndolas estendidas, que surgem como uma solução inteligente para que o varejo amplie a oferta sem precisar investir em mais espaço físico ou estoque. Nesse modelo, o cliente acessa um catálogo digital dentro da própria loja ou via canais online, podendo comprar produtos que não estão fisicamente disponíveis na unidade, mas que serão entregues diretamente por centros de distribuição ou pela indústria. Ou seja, as vendas são maximizadas ao entregar ao consumidor o produto desejado e os custos operacionais tradicionais ainda são cortados.

Outras vantagens de estratégias de fidelizaçãoMais do que o aumento do faturamento em si, buscar ações para reter clientes traz outras vantagens, que podem fazer uma grande diferença em períodos econômicos complicados. A redução de gastos é uma das principais, uma vez que manter uma base de consumidores antigos tem um custo menor do que atrair novos. 

Outro benefício é que clientes fidelizados tendem a divulgar espontaneamente a loja por conta da experiência positiva. Ou seja, a imagem e a percepção do público sobre a empresa é desenvolvida organicamente, mostrando que ali é um ambiente de consumo saudável mesmo em épocas desafiadoras. 

Uma vantagem leva a outra. Acompanhar as mudanças do mercado e dos consumidores por meio da inovação não é só uma questão de sobrevivência, mas de manter o negócio relevante olhando para o seu próprio potencial.

Feira Brasileira do Varejo em Porto Alegre reforça laços entre transporte e varejo

Com o objetivo de posicionar estrategicamente o transporte rodoviário de cargas como elo essencial da cadeia varejista e gerar oportunidades concretas de negócios para seus associados, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (SETCERGS) confirma presença na 11ª edição da Feira Brasileira do Varejo (FBV), que acontece de 21 a 23 de maio de 2025, no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre.

A iniciativa integra o plano da entidade de ampliar a visibilidade do setor em eventos multissetoriais e, principalmente, levar suas transportadoras associadas para dentro de ambientes estratégicos de networking e conexão com potenciais embarcadores. Serão disponibilizados, gratuitamente, espaços rotativos no estande institucional do SETCERGS, com vagas limitadas para três empresas associadas por dia, oferecendo a elas presença ativa na principal feira do varejo do Sul do país — segmento que depende fortemente de operações logísticas ágeis, seguras e integradas.

Além da geração de valor direto para as transportadoras participantes, o SETCERGS utilizará o espaço para reforçar sua campanha institucional “Tudo Gira Sobre Rodas”, que evidencia a importância do segmento de transporte no desenvolvimento econômico e no dia a dia da sociedade. O estande também será palco para ações de relacionamento institucional, apresentação do Hub do Embarcador e mobilização de público para a TranspoSul 2025, a maior feira de transporte e logística do Sul do Brasil, que acontecerá de 23 a 26 de setembro, também no Centro de Eventos FIERGS.

Serviço:

Evento: 11ª Feira Brasileira do Varejo
Data: 21 a 23 de maio de 2025
Horário: Das 10h às 19h
Local: Centro de Eventos FIERGS, Porto Alegre, RS
Inscrições: www.feirabrasileiradovarejo.com.br
Para mais informações sobre a participação do SETCERGS na FBV e sobre a campanha “Tudo Gira Sobre Rodas”, visite o site oficial do SETCERGS: www.setcergs.com.br

Tráfego pago oferece ROI 3x maior que orgânico e já capta 62% dos orçamentos de marketing digital

Visualize uma competição acirrada em um circuito automobilístico, onde cada carro é uma empresa disputando a atenção do consumidor. No centro dessa corrida, o tráfego pago é como um turbo que impulsiona os veículos para a frente, proporcionando a velocidade necessária para superar os concorrentes. Sem essa injeção de energia, as chances de destaque diminuem, e a meta de conquistar o público-alvo se torna uma tarefa mais desafiadora. No universo do marketing digital, aqueles que utilizam, de maneira estratégica, a mídia paga não apenas aceleram sua presença no mercado, mas também se posicionam como líderes, alcançando rapidamente os clientes ideais.

Os números não mentem: 51,7% das empresas planejam aumentar os investimentos em mídia paga em 2025, segundo uma pesquisa da Conversion. O motivo? O retorno sobre investimento (ROI) que esse canal proporciona. De acordo com um levantamento da HubSpot, empresas que investem em tráfego pago veem um crescimento médio de 40% na geração de leads qualificados. Além disso, o Google Ads, sozinho, gera um ROI médio de 200% para anunciantes, segundo dados da WordStream. Esse crescimento não é à toa. Em um cenário digital saturado, não basta apenas estar presente; é preciso ser visto.

E ainda: Segundo o relatório anual de ROI da Kantar em parceria com o MMA Global (2024), campanhas pagas demonstraram retorno médio 3 vezes superior às estratégias orgânicas. O estudo CMO Survey 2023 da Duke University apurou que 62% dos orçamentos de marketing digital estão sendo alocados para tráfego pago.

Para João Paulo Sebben de Jesus, proprietário da PeakX, assessoria de marketing digital especializada em soluções personalizadas, já se foi o tempo em que bastava publicar um post e torcer para que ele alcançasse o público certo organicamente. “Hoje, o tráfego pago é a bússola que direciona a mensagem ao usuário ideal, no momento perfeito e com a oferta mais relevante. Seja no Google Ads, onde captamos a intenção de compra, ou no Instagram e TikTok, onde o conteúdo gera desejo, cada plataforma tem seu papel estratégico”.

João Paulo explica que o Google Ads é ideal para conversões diretas, captando consumidores que já estão buscando um produto ou serviço específico, normalmente de necessidade, já que o nível de consciência é alto a respeito da solução que buscam. “O Meta Ads (Facebook e Instagram) é excelente para construção de marca, engajamento e para trabalhar produtos que despertam desejo, nos dando a oportunidade de segmentar nosso público para despertar esse desejo. Até para produtos de necessidade é interessante, já que conseguimos trabalhar conteúdos persuasivos, evidenciando um problema, sua implicação e a necessidade de solução. O TikTok Ads é poderoso para alcançar um público segmentado, gerar viralização e vendas, e o LinkedIn Ads é a melhor opção para empresas B2B que querem alcançar tomadores de decisão.”

Assim, a escolha da plataforma é decisiva para os resultados das campanhas. “Buscamos sempre um equilíbrio entre alcance e engajamento para fortalecer a marca, custo-benefício e retorno sobre investimento. Unir as plataformas estrategicamente como Meta Ads (Facebook e Instagram), TikTok Ads e Google Ads é ideal para criar um ecossistema que se alimenta, cercando o possível cliente de várias formas, respeitando as características dessas frentes e criando comunicações complementares para levar a pessoa do topo ao fundo do funil, transformando-a em um lead extremamente qualificado.”

Cada uma dessas ferramentas permite que empresas segmentem seus anúncios de forma extremamente precisa, considerando idade, localização, interesses, intenção de compra e até mesmo comportamento online.

Um exemplo prático: imagine uma loja de roupas esportivas que quer vender mais tênis de corrida. Com o tráfego pago, ela pode segmentar anúncios para: pessoas que pesquisam por “melhor tênis para corrida” no Google; impactar no Instagram usuários que demonstraram interesse no tipo de produto; e pessoas que interagiram recentemente com conteúdos sobre esportes no TikTok.

Essa precisão aumenta drasticamente as chances de conversão, garantindo que cada real investido gere retorno real.

Com o mercado de publicidade digital projetado para atingir US$ 870 bilhões até 2027, segundo a Statista, a pressão para que as empresas se adaptem e adotem estratégias de tráfego pago só tende a aumentar.

Mas não se engane: não é só sobre gastar mais, é sobre investir melhor. As empresas que saem na frente não são necessariamente as que têm os maiores orçamentos, mas sim aquelas que usam dados, testes A/B e inteligência artificial para refinar campanhas continuamente.

A segmentação bem aplicada permite que as empresas compreendam melhor seu público-alvo, identificando suas dores, desejos e gatilhos de decisão. Isso resulta em uma comunicação mais eficaz e persuasiva, aumentando a conversão de clientes. De acordo com uma pesquisa da Ebit/Nielsen, 70% das lojas virtuais já utilizam IA para análise de dados e automação de processos.

O uso da IA permite otimizações avançadas, como testes A/B inteligentes, ajuste dinâmico de orçamentos e reconhecimento de público. “Aplicamos tecnologia em diversas etapas, desde a criação de landing pages otimizadas até a análise preditiva de comportamento. Isso garante que cada mensagem seja entregue ao público certo no momento ideal”, destaca.

A PeakX vê essa tecnologia como uma grande oportunidade para otimizar campanhas. “O futuro do tráfego pago está na fusão entre dados e criatividade. De um lado, algoritmos analisam comportamentos, otimizam lances e ajustam anúncios em tempo real. Do outro, estratégias criativas garantem que cada visual, cada copy e cada chamada para ação sejam irresistíveis”, explica João Paulo.

“No fim das contas, o que realmente importa não é apenas quantos cliques foram gerados, mas sim quantas conversões, quantos novos clientes e, acima de tudo, quanto crescimento real foi alcançado”, finaliza.

Gastos de brasileiros no Dia das Mães sobem 15,46% em 2025, aponta Getnet

A Getnet, empresa de tecnologia para soluções de pagamento do grupo PagoNxt, do grupo Santander, divulga os resultados de vendas no Brasil durante a semana do Dia das Mães, comparando o período de 2024 a 2025. O faturamento de varejistas teve um crescimento de 15,46%, impulsionado especialmente pelo aumento no comércio digital, que registrou um crescimento de 21,71%, e pelo aumento de 13,99% nas vendas físicas.
 

O comércio físico continua sendo responsável por mais de 90% do total de compras. Embora não tenha havido crescimento em volume, o varejo físico registrou um aumento de 16,9% no ticket médio.
 

Entre os setores que mais se destacaram no aumento de consumo, o de perfumes, cosméticos e produtos de beleza liderou com uma alta expressiva de 19,08%, refletindo a busca por presentes mais personalizados e sofisticados. Já o segmento de calçados registrou um aumento de 9,19%, indicando uma valorização de itens de moda e utilidade no momento da escolha dos presentes.
 

” O crescimento de 15,46% nos gastos dos brasileiros durante a semana do Dia das Mães em 2025 reflete uma combinação de fatores econômicos e comportamentais. O Dia das Mães continua sendo uma das datas mais importantes do varejo nacional, com forte apelo emocional, o que estimula os consumidores a investirem mais em presentes, experiências e celebrações”, afirma Rodrigo Carvalho, superintendente de analytics da Getnet.

Use a IA para aprimorar suas habilidades nos negócios

A tecnologia é uma ferramenta que usamos a nosso favor para vencer dificuldades ou inovar. Diante de um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, quem deseja ser bem-sucedido nos negócios precisa buscar novas formas de aprender e evoluir. A Inteligência Artificial (IA) pode ser uma poderosa aliada, quando usada com sabedoria.

Uma das formas é a otimização do tempo que a IA oferece. Por exemplo, é possível processar muitas informações em poucos segundos, identificando padrões de comportamento do consumidor, tendências de mercado e até pedir sugestões de melhorias. Isso pode contribuir para decisões mais seguras, reduzindo riscos e aumentando as chances de sucesso.

É também uma grande porta para o conhecimento. A informação nunca esteve tão acessível. Por meio de pesquisas, é possível não só aprender, como também personalizar a sua busca por melhores respostas. Pode-se pedir recomendações de cursos, artigos, vídeos e mentorias de acordo com o seu interesse. Use isso para desenvolver competências específicas, como liderança, gestão financeira, inovação e marketing.

Outra possibilidade fabulosa é pedir para a IA avaliar uma apresentação, um pitch ou um modelo de negócio. Há a possibilidade ainda de criar um prompt para testar ideias mais rapidamente, desenvolver protótipos com custos menores e adaptar seus serviços com agilidade. Startups e grandes corporações já estão utilizando esta ferramenta para criar soluções inéditas em saúde, educação, finanças, transporte e diversos outros setores.

A IA também é uma ferramenta valiosa no desenvolvimento de habilidades interpessoais. Há aplicações que simulam interações com clientes, treinam discursos e oferecem feedbacks sobre postura, linguagem e clareza de comunicação. Imagine você poder treinar seus vendedores ou atendentes com mais eficácia e ainda apontar onde seu time pode melhorar?

Por mais que a tecnologia seja algo de grande valor, ninguém conseguirá substituir a criatividade, empatia ou mesmo a visão humana. São qualidades que só as pessoas têm. Por isso, devemos encarar a IA como uma ferramenta para potencializar nossas qualidades e oferecer novas ideias. Quem souber integrar esta ferramenta ao cotidiano terá mais agilidade, precisão e capacidade de adaptação diante dos desafios do mercado.

Pequeno negócio, grandes riscos: 5 legislações que sua empresa precisa cumprir e talvez você nem saiba

Muitas vezes, o sonho de empreender no Brasil se choca com uma realidade dura: a complexidade da legislação. Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), desde a promulgação da Constituição Federal de 1988 até 2024, foram editadas mais de 7,8 milhões de normas, sendo 517 mil apenas sobre matéria tributária — o que equivale a uma nova norma tributária a cada 25 minutos. Para pequenos empresários, que normalmente não contam com um departamento jurídico ou de compliance estruturado, esse desafio pode significar prejuízo financeiro ou até o encerramento das atividades. 

É o que alerta Gleison Loureiro, CEO e fundador do AmbLegis, que atua há 22 anos com  gestão de requisitos e compliance legal, apoiando empresas de todos os portes e segmentos através do software desenvolvido por sua equipe de especialistas. “Existe uma falsa impressão de que, por serem menores, essas empresas estão isentas de uma série de exigências. Mas a verdade é que muitas leis se aplicam a todos, independentemente do porte”, afirma. 

Entre as exigências legais frequentemente ignoradas por pequenas e médias empresas o especialista cita cinco: 

  1. DEFIS (Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais): obrigatória para empresas do Simples Nacional, deve ser entregue anualmente à Receita Federal;
  2. Normas Regulamentadoras (NRs): determinam padrões de segurança e saúde no trabalho, mesmo em operações pequenas, exigindo documentos, treinamentos e controles específicos;
  3. LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados): impõe regras rígidas para coleta, armazenamento e uso de dados pessoais, inclusive para microempresas;
  4. Licenças ambientais e sanitárias: mesmo negócios de baixo impacto precisam estar regularizados junto aos órgãos competentes;
  5. ECD e ECF (Escrituração Contábil/Fiscal Digital):obrigatórias para empresas fora do Simples Nacional, com regras detalhadas e prazos rígidos.

Ignorar essas obrigações pode sair caro. As penalidades vão desde multas milionárias, como as previstas na LGPD (até 2% do faturamento, limitadas a R$ 50 milhões por infração), até interdições, processos trabalhistas ou cíveis, além de dificuldades para obter crédito, participar de licitações ou fechar parcerias. “Para um pequeno negócio, qualquer impacto imprevisto no caixa pode ser fatal”, ressalta o CEO.

Além das consequências legais, o descumprimento também pode afetar a imagem da empresa. “A reputação é um ativo valioso. Problemas com consumidores, vazamento de dados ou denúncias por más condições de trabalho podem minar a confiança do mercado”, completa Loureiro.

A tecnologia como aliada

Com tantas exigências em jogo, o controle manual se torna praticamente inviável. É aí que entra a tecnologia como aliada do pequeno empreendedor. “O AmbLegis realiza um levantamento totalmente personalizado da legislação aplicável, automatiza o mapeamento, o monitoramento e a atualização das obrigações legais, emitindo notificações periódicas s conforme o status de cada cliente e atendimento no que diz respeito a prazos, atualizações legislativas e pendências”, detalha o CEO. “Nosso objetivo é democratizar o acesso à gestão legal e ao compliance. Com tecnologia, mesmo uma empresa pequena pode operar com o mesmo nível de controle e segurança de uma grande corporação”, explica Loureiro.

Além de evitar riscos, o uso de ferramentas automatizadas permite acompanhar com mais agilidade as mudanças constantes na legislação – o que é essencial, especialmente diante de novidades que já começam a valer nos próximos meses. Entre as legislações mais recentes que exigem vigilância redobrada estão a própria LGPD, cuja fiscalização vem se intensificando, a atualização da NR 1, e mudanças previstas para 2025 no Simples Nacional, como a obrigatoriedade do Código do Regime Tributário (CRT 4) nas notas fiscais eletrônicas emitidas por MEIs.

“Empreender já é um desafio. Mas ignorar a legislação pode transformar um bom negócio em uma dor de cabeça. Estar em dia com as obrigações é, antes de tudo, uma forma de proteger o futuro da empresa”, finaliza o CEO do AmbLegis.

Com soluções de mensageria focadas em PMEs, CM Mobile inicia operação no Brasil

A CM Mobile, referência na América Latina em soluções de mensageria, anuncia o início de suas operações no Brasil. Com um portfólio que já atende mais de 5 mil clientes em 12 países, a empresa apresenta uma plataforma omnichannel robusta e intuitiva – agora adaptada para atender de forma assertiva as demandas do varejo e, em especial, das pequenas e médias empresas.

“Existem soluções deste tipo no Brasil, mas a maioria é direcionada ao mercado enterprise. Identificamos uma lacuna no atendimento às PMEs do varejo, que necessitam de tecnologias de chat certificadas pela Meta, seguras e financeiramente acessíveis. É nesse nicho que pretendemos marcar a diferença”, analisa Pólen Kuhnen, Country Manager da CM Mobile no País.

Fora do Brasil, onde a empresa é conhecida como Concepto Movil, a plataforma registrou em 2024 mais de 6 bilhões de mensagens trafegadas, destacando-se em mercados como México, Colômbia, Peru e América Central. Para o cenário brasileiro, o objetivo é conquistar 2 mil clientes até 2030 e contar com uma equipe de 30 colaboradores em até três anos, fortalecendo o atendimento ao varejo que ainda encontra muitas oportunidades de crescimento tecnológico.

Portfólio de Soluções

As soluções da CM Mobile, 100% disponibilizadas em português, oferecem uma administração integrada de todas as interações entre empresas e seus clientes. O sistema possibilita tanto o atendimento por agentes humanos quanto por meio de canais automatizados, utilizando menus interativos e bots equipados com IA Generativa – recursos que se adaptam às necessidades específicas de cada varejista.

Os bots personalizados aprendem com cada interação, aprimorando continuamente a qualidade do atendimento e garantindo um toque único para diferentes tipos de e-commerce ou serviços. Cada base de conhecimento é gerida de forma individualizada, respeitando a identidade e os processos de cada cliente, com destaque para as operações no varejo.

Para a operação brasileira, o foco inicial recai sobre o WhatsApp – ferramenta que, junto à Índia, lidera o uso global deste aplicativo. “Facilitar o uso do WhatsApp para a geração de negócios é prioridade, principalmente considerando o grande potencial do aplicativo entre nossos clientes e o desafio de consolidar transações seguras no varejo”, destaca Kuhnen.

Entre as soluções oferecidas estão:

  • VentaChat: Plataforma que permite a integração de vendas diretamente pelo WhatsApp, com atendimento em tempo real, catálogo interativo e funcionalidades que agilizem os pedidos de compra. O selo de verificação oficial da Meta, por sua vez, reforça a segurança das transações e minimiza riscos de fraudes – um ponto crucial para varejistas e consumidores.
     
  • Broadcaster Bot: Essa ferramenta automatiza e personaliza a comunicação em canais como WhatsApp Business, Messenger, RCS, Apple Business Messages, entre outros, respondendo a perguntas frequentes e oferecendo suporte imediato, seja por meio de robôs ou agentes humanos.

Expansão e Perspectivas

Kuhnen afirma que a CM Mobile parte para o mercado brasileiro com ousadia e otimismo. “O Brasil detém o maior mercado da América Latina, mas ainda há uma fatia significativa de varejistas sem acesso a soluções inovadoras e acessíveis. Confiamos no potencial das nossas tecnologias para transformar essa realidade e impulsionar negócios de pequenas e médias empresas”, conclui.

Geração Z vai representar 58% da força de trabalho no mundo até 2030, mas têm exigido mudanças nas empresas e elegeu outras prioridades

A Geração Z define aqueles que nasceram entre o final dos anos 1990 até o início da década de 2010 e é caracterizada por quem já cresceu conectado. Diversos fatores influenciam o comportamento dela, como o uso massivo das redes sociais (Whatsapp, TikTok e Instagram) e eventos históricos marcantes, sejam as mudanças climáticas ou a pandemia de Covid-19. Obviamente, esses fenômenos transformam a maneira como essas pessoas se comportam, se comunicam, aprendem e trabalham. Quando o foco é o mercado de Tecnologia, que envolve Computação e IA, isso se torna ainda mais complexo.  

De acordo com o relatório Career Interest Survey conduzido pela The National Society of High School Scholars (NSHSS) no ano passado, a Geração Z tem demonstrado maior interesse em carreiras na área da saúde (46%) do que na área de Engenharia (18%), Ciências (15%), Tecnologia (10%) ou Matemática (5%). Além disso, 59% acredita que a IA terá um impacto mais negativo do que positivo nos próximos 10 anos, sendo que 62% se sente preocupada com o possível desemprego causado pela IA. Contudo, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, a Geração Z vai representar 58% da força de trabalho no mundo até 2030, por isso, tentar decifrá-la e refletir sobre como atraí-la é essencial para o sucesso dos negócios. 

“A cada chegada de uma nova geração de talentos, passamos por transformações profundas nos nossos modos de vida, porque somos convidados a refletir sobre as problemáticas trazidas por aquela geração, apontamentos esses que não éramos capazes de identificar antes. Percebo que, desta vez, a Geração Z está disposta a questionar os padrões e condutas do mercado de trabalho, pois está mais interessada no crescimento pessoal, no bem-estar e em um modo de vida mais equilibrado entre trabalho e lazer”, sugere Ana Letícia Lucca, que é especialista em Gestão Estratégica de Carreiras e CRO da Escola da Nuvem.  

Os dados confirmam essa tese: para a Geração Z, os fatores mais importantes na hora de escolher um lugar para trabalhar são o tratamento justo entre os funcionários (28%), o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (25%) e a responsabilidade social corporativa (14%). Oportunidades de desenvolvimento profissional são bastante relevantes (86%), assim como tempo livre remunerado (63%) – que podem ser férias, dia de folga no aniversário, emenda de feriados, entre outros – e horários flexíveis (61%), segundo o relatório da NSHSS.  

“É nossa responsabilidade entendermos como funciona e o que diz essa geração, pois eles serão os trabalhadores do futuro. Ao invés de questioná-los, podemos motivá-los a desenvolver as próprias habilidades para crescer na carreira. Se eles estão ávidos por mudanças, devemos dar oportunidade a eles para mostrarem o próprio potencial. A criatividade e proatividade são bastante valorizadas no universo dos negócios e percebo que há bastante sede nesta geração para demonstrar suas aptidões”, comenta Ana Letícia.  

A pesquisa “Gen Z e Millennial de 2024: Viver e trabalhar com propósito em um mundo em transformação” mostrou que 6 em cada 10 funcionários da Geração Z acreditam que têm o poder de impulsionar a mudança em suas organizações. Além disso, de acordo com o estudo da NSHSS, as qualidades que eles mais valorizam em uma gestão é uma comunicação clara (48%), honestidade e integridade (33%). Quando feito um recorte para a área de Tecnologia, as empresas em que essa geração mais deseja trabalhar são, em ordem, Google, Amazon, Apple, Microsoft, Netflix, Tesla, IBM, Intel e Samsung, segundo o relatório da The National Society of High School Scholars. 

O Guia Salarial 2025, elaborado pela Michael Page, trouxe apontamentos interessantes sobre como as empresas enxergam o mercado de trabalho, pensando nele como um todo, não somente na Geração Z. As principais estratégias usadas pelas organizações para atrair talentos incluem o acesso a oportunidades de aprendizado e desenvolvimento (51,1%), pacotes de benefícios e remuneração competitiva (43,7%), e apostar na boa reputação da empresa (38,4%).  Para elas, o maior desafio para a retenção de profissionais continua sendo a concorrência salarial com outras empresas (66,3%), assim como a falta de oportunidades de crescimento e desenvolvimento interno (34,4%). 

“Quando pensamos especificamente no mercado de TI, os desafios para efetivamente acolher os profissionais são muitos. Percebo que a falta de programas seletivos focados em diversidade e algum grau de déficit educacional são determinantes. A falta de redes de contato, o desconhecimento das oportunidades no setor, a insegurança relacionada ao ambiente corporativo e a escassez de representatividade no setor de TI também influencia alguns grupos. Por isso, penso que devemos conectar esse anseio do jovem por maior responsabilidade social por parte das empresas com a criação de oportunidades reais. Muitos enfrentam barreiras financeiras e dificuldades de adaptação ao ritmo acelerado e exigente da indústria tecnológica. A volta ao trabalho presencial também é um dificultador para pessoas residentes em locais com menos oportunidades de trabalho”, explica Ana. 

De fato, de acordo com o relatório da Michael Page, 44,7% dos candidatos acreditam ser mais produtivos trabalhando em casa, sendo que eles preferem modelos de trabalho mais flexíveis para alcançarem melhor gestão de tempo e redução do estresse, principalmente o relacionado ao tempo de deslocamento. “O papel das empresas é o de oferecer oportunidades reais de contratação, além de proporcionar um ambiente de trabalho inclusivo e de aprendizado contínuo para todos. Elas devem atuar como mentoras, dando suporte para o desenvolvimento com programas de integração, treinamento e feedback constante. Para se tornarem mais inclusivas, podem adotar programas de recrutamento específicos para esse fim, fazer parcerias com ONGs e proporcionar mentorias focadas em inclusão, assim como no desenvolvimento de políticas internas que promovam a diversidade. Além disso, criar um ambiente de trabalho acolhedor é essencial para reter esses talentos, assim como ter planos de carreira claros, que incentivem o crescimento dentro da empresa. O acompanhamento contínuo é fundamental para garantir que os profissionais se sintam apoiados”, finaliza a especialista.

Mais de 70% dos consumidores consideram que o e-commerce carece do “fator surpresa” 

As compras online parecem não ter mágica e se tornaram um processo mecânico e previsível. O novo relatório da Criteo, empresa global de commerce media, intitulada “The Spark of Discovery – Reigniting The Emotion of E-commerce”, revelou que 76% dos consumidores acreditam que as compras online não têm emoção, com quase um terço dos entrevistados (29%) descrevendo-as como algo trabalhoso. À medida que os varejistas online priorizam a eficiência, as marcas correm o risco de perder os momentos de descoberta que impulsionam a lealdade e o engajamento dos consumidores e corroem as oportunidades de uma conexão emocional.

Comércio eletrônico é eficiente mas não tem emoção 

A emoção de pesquisar, achar algo inesperado e fazer uma compra por impulso está desaparecendo rapidamente. Hoje, 61% dos consumidores recorrem às compras online apenas por conveniência, enquanto um terço (36%) lamenta a perda de “achados inesperados” – um fator chave da alegria do varejo. Os consumidores anseiam por mais do que apenas velocidade e eficiência. Eles querem surpresa, espontaneidade e conexão emocional em suas experiências de compras digitais. Quando se trata de comemorar grandes marcos da vida, apenas 18% dos consumidores optam por fazê-lo por meio de compras online. Em vez disso, eles preferem marcar ocasiões memoráveis com experiências pessoais que as compras online ainda não conseguiram reproduzir.

As marcas estão causando um impacto duradouro? 

Algumas marcas têm dificuldade em construir conexões genuínas com os consumidores. Mais de um terço (39%) dos consumidores dizem que anúncios envolventes os fazem se sentir melhores em relação a uma marca, mas quando se trata de relacionamentos mais profundos com a empresa, algumas estratégias de marketing digital poderiam ser revisadas. Ao se envolver diretamente com uma marca, 41% se sentem entusiasmados ao ler uma avaliação positiva ou uma discussão em fóruns, provando que o endosso de terceiros é um poderoso impulsionador da confiança na marca. Os clientes também querem que as marcas entendam o contexto das compras, já que 43% dos compradores online esperam que as marcas usem seus dados para criar experiências personalizadas.

O varejo online deve competir pela atenção do consumidor 

As empresas estão se esforçando para se destacar em uma jornada do consumidor fragmentada. Quase 4 em cada 5 (79%) consumidores sentem que as compras online são solitárias e 78% dizem que estão sobrecarregados com muitas opções de produtos. E, ainda, apenas 50% consideram as compras online relaxantes e agradáveis.

55% dos líderes das marcas acreditam que influenciadores direcionam tráfego, mas apenas 29% dos consumidores dizem que o conteúdo de influenciador os faz se sentir positivos em relação a uma marca. Em vez disso, 73% dos consumidores dizem que visitar o site de uma marca contribui para sua empolgação, destacando o papel das experiências digitais em impulsionar o engajamento e a confiança pela marca e destacando uma oportunidade vital para as marcas se conectarem com os compradores.

A descoberta é a chave para o crescimento da marca 

Apesar da clara demanda do consumidor por experiências de compra mais envolventes, quase todos os líderes das marcas (98%) acreditam que suas estratégias de descoberta são eficazes e 80% afirmam que sua abordagem contribui para o crescimento da marca. 

Embora 79% das empresas reconheçam que as preocupações com a privacidade de dados prejudicam a capacidade de refinar as estratégias de descoberta, isto também apresenta uma oportunidade clara. Quase metade (43%) dos compradores online estão abertos às marcas que usam dados quando isso leva a experiências melhores e mais personalizadas, desde que seja feito de forma transparente e com confiança. 

Mais de quatro em cada cinco (83%) marcas estão preparadas para se apoiar em ferramentas de IA para melhorar a experiência do usuário. Além de que o uso de dados comerciais vitais podem criar imagens precisas do comportamento do cliente para experiências personalizadas. Com isso, o setor de comércio eletrônico está em um ponto de virada.

“Marcas que não transformam a jornada de compra em uma experiência alegre, memorável e envolvente correm o risco de desaparecer na memória dos compradores e se tornar uma experiência transnacional somente.”, diz Tiago Cardoso, Diretor Executivo da Criteo para a América Latina. “Mas há uma oportunidade clara: com a combinação certa de narrativa emocional e dados em tempo real, as marcas podem criar momentos inesperados que parecem pessoais e intuitivos, proporcionando a magia do ‘achado perfeito’, mesmo quando os consumidores não estão procurando ativamente por ele.”

Segundo o executivo, a IA e as estratégias orientadas por dados podem elevar a descoberta para além de apenas visar o público certo no momento certo; elas devem criar momentos de inspiração. “Os consumidores estão nos dizendo que querem que as marcas os entenda além de seu histórico de compras. Aquelas que criarem experiências que pareçam empolgantes e imersivas – em vez de apenas eficientes – serão as que irão captar a atenção, promover a fidelidade e, por fim, impulsionar o crescimento a longo prazo.”, completa.

Metodologia do estudo 

A Criteo fez uma parceria com a Vitreous World, especialista em relações públicas e pesquisa de mercado de Harvard, para realizar uma pesquisa online global representativa com uma amostra de 6000 consumidores e 600 líderes de marca em seis mercados – Reino Unido, EUA, França, Alemanha, Japão e Coreia do Sul.

A pesquisa explorou o tema da descoberta e alegria nas compras. Todos os pontos de dados referenciados são números globais. A pesquisa com consumidores foi realizada de 7 a 17 de fevereiro de 2025 e o estudo B2B de 10 a 27 de fevereiro de 2025.

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