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Amazon Brasil celebra ‘Natalversário’ em sua campanha e traz cupons especiais

A Amazon Brasil anuncia o retorno de sua campanha de Natal, o “Natalversário”, após o grande sucesso do ano passado. A iniciativa desembarca nas redes sociais para abordar de forma leve e divertida a situação peculiar de quem faz aniversário em dezembro e, muitas vezes, acaba ganhando apenas um presente. Para ajudar os ‘natalversariantes’ a receberem tanto um presente de aniversário quanto um de Natal, a Amazon oferece um cupom especial que permite desconto na compra de dois produtos, além de milhares de ofertas para facilitar essa dupla celebração.

O sucesso da campanha no ano passado foi tanto que recebemos pedidos diretos dos clientes para trazê-la de volta. Essa resposta nos motivou a retornar com o ‘Natalversário’, agora com ainda mais criatividade e conexão com o público“, afirma Lillian Dakessian, diretora de Marca e Comunicação da Amazon no Brasil. “O ‘Natalversário’ é uma realidade para muitos brasileiros — uma situação que, apesar do humor, carrega uma certa frustração. Nossa proposta é transformar essa experiência, garantindo que cada ‘natalversariante’ se sinta verdadeiramente celebrado em dobro, com presentes especiais para cada uma das ocasiões.”

Desenvolvida pela AlmapBBDO, a campanha “Natalversário” será veiculada entre os dias 8 e 21 de dezembro, com uma estratégia totalmente digital que contará com a participação de influenciadores de destaque no cenário brasileiro. Nomes como TET, Larissa Gloor, Rangel, e Láctea estarão engajados em gerar conteúdos originais e com muito humor. A criadora de conteúdo Bárbara Coura, que protagonizou o filme do ano passado, retorna este ano com uma introdução especial, dando o tom para a nova fase da campanha. Os conteúdos produzidos pelos influenciadores destacarão as diferentes possibilidades do Natal de Ofertas, com destaque para a temática do Natalversário e as vantagens exclusivas do 12/12.

Durante o Natal de Ofertas Amazon, os clientes encontrarão uma ampla seleção de produtos com descontos de até 60% para presentear a si mesmos e a quem amam. Membros Amazon Prime contam com uma experiência de compra ainda mais completa, com benefícios exclusivos, como frete grátis, além da possibilidade de parcelamento em até 21x sem juros usando o Cartão Amazon Prime, que não possui anuidade.

Natalversariantes merecem dois presentes. Depois de levantar essa bandeira ano passado, Amazon abraça definitivamente a missão em 2025, instigando as pessoas a compartilharem a indiretinha com a família”, comenta Thiago Bocatto, diretor de Criação na AlmapBBDO.

Além disso, para quem quer fornecer um toque especial no presente, a Amazon.com.br oferece a opção de embrulhar para presente e enviar uma mensagem especial para a pessoa. Se você ainda não conhece esse serviço de presente, é muito simples utilizá-lo. Na hora de finalizar sua compra, basta procurar a opção de embalagem para presente na parte inferior da página de checkout, junto com as opções de pagamento e endereço de entrega. Saiba mais aqui.

Para mais informações sobre a campanha Natalversário e as ofertas de fim de ano, visite o site.

Juntos Somos Mais registra recorde de resgates e movimenta vendas em marketplace de materiais de construção na Black Friday

A Juntos Somos Mais, plataforma digital que conecta indústrias e varejistas do setor de materiais de construção, registrou novos picos de atividade durante a Black Juntos, sua campanha de Black Friday voltada ao público B2B. A ação, que integra marketplace e programa de fidelidade, movimentou 20,9 milhões de pontos resgatados, recorde histórico desde o lançamento da plataforma e 2 mil pedidos realizados em um só dia.  

O desempenho retrata o avanço do uso de ferramentas digitais em um setor tradicionalmente marcado por compras presenciais e negociações manuais. 

“Os resultados desta edição mostram que o varejo de materiais de construção está acelerando sua digitalização. O volume de resgates e o engajamento da base revelam que os lojistas estão incorporando cada vez mais soluções digitais ao seu dia a dia, e a Black Juntos é um termômetro dessa mudança”, afirma Eros Canedo, CEO da Juntos Somos Mais. 

Criada por Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre, a Juntos Somos Mais opera como marketplace B2B e programa de fidelidade voltado ao varejo de materiais de construção. A empresa reúne mais de 100 mil lojas cadastradas e se consolidou como um dos principais canais digitais do segmento, oferecendo vantagens comerciais, cupons, programas de pontos e integração direta com fabricantes. 

Neste ano, a companhia iniciou um período de aquecimento em outubro, com cupons, ofertas e ações de engajamento para preparar a base de lojistas. O encerramento ocorreu com a live no dia 26 de novembro, quando concentrou benefícios e intensificou o tráfego na plataforma. 

Para o setor, o recorde de resgates simboliza o avanço da digitalização no varejo de materiais de construção, em um momento em que pequenos e médios lojistas ampliam o uso de soluções digitais para ganhar margem, planejar estoque e fortalecer o relacionamento comercial. O movimento também simboliza o engajamento crescente de balconistas e vendedores, que adotaram a plataforma no dia a dia e passaram a resgatar benefícios para uso pessoal, indicador direto de adesão e relevância na ponta.

Pix Automático: saiba em quais situações o MEI pode utilizar para melhorar sua gestão financeira

Uma pesquisa realizada pela MaisMei revelou que o Pix é o método de transação mais utilizado por microempreendedores individuais (MEI), sendo o principal meio para cerca de 60% dos entrevistados. Recentemente, a ferramenta se tornou uma aliada ainda mais importante para a organização financeira dos microempreendedores, através do Pix Automático. Criado pelo Banco Central para substituir boletos e débitos automáticos, ele é usado para pagamentos recorrentes, como as contas de luz, água, fornecedores e até serviços mensais. No caso dos MEIs, o Pix Automático serve como auxílio para aqueles com maior dificuldade de gerir suas receitas: organizando pagamentos, reduzindo atrasos e melhorando a previsibilidade do fluxo de caixa. 

“A ideia surgiu para dar maior praticidade tanto ao consumidor quanto ao microempreendedor, mas para o segundo caso o Pix Automático cumpre um papel ainda mais importante pois, historicamente, observamos um cenário em que muitos pequenos empreendedores enfrentam dificuldades para colocar as contas em dia. E isso, dependendo do caso, pode gerar grandes prejuízos financeiros, devido às multas por atraso”, explica Kályta Caetano, contadora especialista em MEI da MaisMei, que auxilia a gestão para microempreendedores por meio de um SuperApp 

Outra vantagem, para o próprio MEI, é a garantia de que seus clientes pagarão em dia. “O dinheiro cai na conta do mês, na data combinada. Especialmente para aqueles que atuam com serviço e, normalmente, possuem demandas recorrentes, essa funcionalidade tem oferecido maior segurança ao microempreendedor”, ressalta Kályta Caetano. 

Entre os exemplos práticos, estão o MEI que atua como cabeleireiro e oferece pacotes semanais ou diaristas mensalistas que utilizam esse regime de tributação . 

O processo de adesão ao Pix Automático é simples, sendo necessário apenas que o MEI solicite ao cliente, e este faça a autorização por meio do aplicativo do seu banco. É possível estipular o valor máximo por transação, garantindo maior controle do que entra e sai da conta. A partir dessas definições, os pagamentos acontecem automaticamente, sem necessidade de repetir o processo. 

Pix Automático serve para o imposto do MEI?

Apesar dessa nova funcionalidade ter se tornado um grande avanço para a gestão do microempreendedor individual, ela não permite que o responsável pelo CNPJ MEI faça o pagamento recorrente automatizado da guia de contribuição mensal (DAS), uma das obrigações mais importantes para esta modalidade de tributação. “O Pix Automático funciona apenas entre particulares, necessitando de uma autorização por parte de quem paga ou recebe. No caso do DAS, vale lembrar que se trata de um tributo regulamentado, com um boleto novo todo mês. Por esta razão, o Governo não recebe Pix Automático, pois não é um pagamento de recorrência contratual, como uma assinatura de serviço, por exemplo”, explica a contadora da MaisMei.

Kályta lembra, porém, que esta é uma possibilidade para o futuro. “O Banco Central já declarou que órgãos públicos podem aderir ao Pix Automático no futuro, mas isso depende exclusivamente de regulamentação do próprio Governo. Portanto, não há previsão”, lembra.  

Para quem deseja facilitar o cumprimento dessa obrigação e evitar atraso no DAS, a própria MaisMei oferece, em seu SuperApp, a automatização de grande parte desse processo:  além de lembretes automáticos, o MEI pode gerar DAS sem precisar entrar no portal oficial do Governo todo mês. Em casos de atrasos e possíveis irregularidades, também existe a ferramenta gratuita “Diagnóstico MEI”, para a consulta automática de todas as pendências existentes no CNPJ, com apenas um clique. A empresa também oferece auxílio na regularização. 

Plataforma anuncia inovações no LinkedIn Events e destaca a integração total do funil como resposta para acelerar negócios e gerar resultados no B2B

Em um mercado cada vez mais desafiador, com orçamentos reduzidos e processos de compra mais lentos, o LinkedIn revela um novo dado: 64% dos profissionais de marketing B2B afirmam que estão levando mais tempo para concluir uma venda. O número faz parte do estudo Global B2B Marketing Outlook 2025, conduzido com mais de 7 mil profissionais em 14 países, incluindo o Brasil, que acaba de ser apresentado no B2Believe, evento global de marketing B2B da plataforma, realizado em Londres.

Nesse cenário, a plataforma destaca que a resposta para enfrentar o prolongamento dos ciclos de compra está na confiança e na integração total do funil. Estratégias que combinam construção de marca e geração de demanda – com conteúdo relevante, eventos de marca e publicidade orientada por dados – têm se mostrado essenciais para acelerar decisões e impulsionar resultados. No LinkedIn, marcas com presença consistente junto a audiências qualitativas registram até 10% mais conversões, e conteúdo de marca multiplica a efetividade de campanhas de leads em 1,4x.

Estamos diante de uma nova realidade no marketing B2B, onde a capacidade de gerar confiança define quem fecha negócios. Ao integrar marca e performance com inteligência de dados, entregamos eficiência real em cada estágio do funil. No LinkedIn, nosso compromisso é empoderar os profissionais com soluções completas e seguras para navegar esse novo contexto. Com as novas funcionalidades do LinkedIn Events, damos um passo além ao integrar dados, mídia e conteúdo para gerar conexões mais relevantes e resultados tangíveis”, afirma Ana Moises, Diretora de Soluções de Marketing do LinkedIn Brasil.

Eventos como motor de crescimento

Os dados mostram que 96% dos profissionais consideram os eventos presenciais como uma das táticas mais eficazes para vendas diretas. Foi pensando nisso que novas funcionalidades foram desenvolvidas para o LinkedIn Events, que facilitam a gestão, ampliação de audiências e medição de impacto:

  • Visibilidade ampliada: integração com ON24, plataforma de webcasts corporativos, permite gerenciar eventos diretamente do LinkedIn e impulsionar a divulgação em momentos estratégicos.
  • Segmentação com alta precisão: sincronização com dados de participantes da Cvent cria audiências personalizadas para retargeting e expansão.
  • Conversão orientada por dados: novo objetivo de geração de leads em campanhas de evento com integração direta aos CRMs via ON24 ou Integrate, ferramenta que conecta dados de leads com plataformas de automação de marketing.

Campanhas com Event Ads no LinkedIn já apresentam até 31 vezes mais visualizações e aumento expressivo na taxa de conversão.

Medir melhor para investir com inteligência

Com 78% dos CMOs dizendo que provar ROI cresceu em importância, o LinkedIn também amplia suas soluções de mensuração. A plataforma agora oferece relatórios de atribuição de receita, testes de impacto e dados de inteligência por empresa, permitindo que os profissionais acompanhem o impacto das campanhas em cada estágio da jornada.

Com ciclos mais longos e múltiplos decisores envolvidos, não basta mais acompanhar métricas superficiais. O futuro do marketing B2B exige uma mensuração conectada ao que realmente impulsiona resultados – combinando dados, criatividade e, acima de tudo, confiança”, conclui Ana Moises.

Metodologia

Global B2B Marketing Outlook: a pesquisa foi conduzida pela Censuswide com 7.000 profissionais de marketing B2B (com idades entre 18 e 77 anos, em cargos de média gerência ou superiores) no Reino Unido, Austrália, França, Alemanha, Índia, Estados Unidos, Espanha, região MENA (Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos), Países Baixos, Brasil, Itália, Suécia, Irlanda e Cingapura, entre os dias 3 e 15 de julho de 2025. A Censuswide segue os princípios da ESOMAR e é composta por membros da Market Research Society. Também é associada ao British Polling Council.

Pesquisa de Sentimento dos Profissionais de Marketing B2B 2025: o LinkedIn encomendou à Censuswide a realização de uma pesquisa com 3.251 profissionais de marketing B2B (com 18 anos ou mais) no Reino Unido, EUA, França, Alemanha, Espanha, Brasil, Emirados Árabes Unidos, Países Baixos, Cingapura, Índia, Austrália, Itália e Suécia. Os dados foram coletados entre 22 de abril e 6 de maio de 2025. A Censuswide segue o código de conduta da Market Research Society (MRS), os princípios da ESOMAR e é membro do British Polling Council. Todas as afirmações de concordância referem-se à soma das respostas “concordo totalmente” e “concordo parcialmente”.

Pesquisa sobre o Impacto do ROI no B2B: o LinkedIn encomendou à YouGov uma pesquisa com 1.014 profissionais de marketing B2B em cargos de liderança (até o nível de CMO) atuando em grandes empresas com mais de 250 funcionários, nos mercados do Reino Unido, EUA, França e Índia. O trabalho de campo foi realizado online entre os dias 29 de novembro e 20 de dezembro de 2024.

Nota: o impulsionamento de eventos e as integrações com Cvent e ON24 estão disponíveis globalmente. A opção de geração de leads como objetivo para anúncios de evento, bem como a integração com a plataforma Integrate, estão atualmente em fase beta.

Veste S.A. impulsiona vendas no WhatsApp com o Whizz, agente de IA da OmniChat

 A Veste S.A., companhia brasileira de vestuário e acessórios de alto padrão, detentora das marcas Le Lis, Dudalina, John John, Bo.Bô e Individual, consolidou o WhatsApp como um dos principais canais de vendas e relacionamento com o cliente. O movimento se deu após a implementação do Whizz, agente de inteligência artificial da OmniChat, plataforma líder em chat commerce e WhatsApp Business Solution Provider (BSP). A solução otimizou a operação de atendimento da companhia, unificando a comunicação, reduzindo o tempo de resposta e ampliando significativamente as conversões.

Com 175 lojas próprias e presença em milhares de multimarcas, a Veste S.A. é reconhecida por proporcionar experiências de compra premium. Com a aceleração da digitalização durante a pandemia, o WhatsApp passou a ser um ponto estratégico de contato com o consumidor. O desafio era expandir o atendimento sem perder o toque humano característico das marcas. Antes da parceria com a OmniChat, cada loja se comunicava de forma independente com os clientes, os processos eram descentralizados e de difícil mensuração. Além disso, o tempo médio de espera superior a cinco minutos fazia a taxa de conversão cair de 15% para apenas 2%.

“O grande desafio era estruturar um canal que fosse rápido, escalável e, ao mesmo tempo, preservasse a identidade das nossas marcas. Foi aí que o Whizz se mostrou a solução ideal”, explica Pedro Corrêa, diretor de tecnologia, CRM e e-commerce da Veste S.A.

Com o Whizz, a companhia passou a oferecer atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana, capaz de lidar com milhares de interações simultaneamente, preservando o tom de voz específico de cada marca. A integração com a plataforma VTEX reforçou a estratégia omnichannel, unindo e-commerce e loja física em uma experiência fluida. Entre janeiro e março de 2025, os resultados foram expressivos: a marca John John, registrou mais de 1.600 interações com taxa média de conversão de 26%

A implementação de chatbots inteligentes complementou o trabalho das equipes, otimizando etapas operacionais e aumentando a eficiência. Na Dudalina, por exemplo, o volume de atendimentos manuais caiu 20%, enquanto a produtividade do time cresceu entre 30% e 40%, e a nota de satisfação dos clientes aumentou em 5%. Os bots criados com o Whizz respondem dúvidas frequentes, enviam notas fiscais automaticamente e informam o status de pedidos, liberando tempo para que os vendedores dediquem a atendimentos personalizados.

Outro destaque é a estratégia de recuperação de carrinhos abandonados via WhatsApp, para a John John, que apresentou desempenho superior ao e-mail marketing, com aumento de 8% na taxa de abertura e 15% no índice de conversão. Entre outubro e dezembro de 2024, as campanhas automatizadas via OmniChat recuperaram milhares de reais em receita, reforçando o papel da IA como alavanca de crescimento.

Em apenas um ano de operação com o Whizz, a Veste S.A. obteve 40% de aumento na escalabilidade do atendimento, 200% de crescimento na satisfação dos clientes e operações de vendas totalmente automatizadas em marcas-chave. “O Whizz tem o calor humano, o tom da voz e a forma de se comunicar de cada marca. Isso foi essencial para elevar a satisfação dos nossos clientes e impulsionar as vendas”, destaca Risoneide Silva, Gerente de Operações e Relacionamento da Veste S.A.

Para Rodolfo Ferraz, head de Vendas da OmniChat, o sucesso do Grupo Veste reflete o verdadeiro potencial da inteligência artificial quando aplicada com propósito e estratégia. “O caso do Grupo Veste mostra exatamente o poder da IA quando implementada de forma humanizada. O Whizz não é apenas uma ferramenta de automação, mas um agente inteligente que entende o cliente, respeita a identidade de cada marca e transforma conversas em vendas reais. A Veste conseguiu escalar sua operação sem perder o toque humano, e esse é o futuro do varejo digital”, afirma.

Para a Geração Z, a compra virou conversa: Zenvia explica como isso muda o varejo

A Geração Z está mudando a lógica do varejo: de uma transação pontual para uma conversa contínua. Para consumidores entre 18 e 26 anos, descobrir, avaliar e comprar um produto precisa seguir um fluxo tão natural quanto falar com amigos.

E, em um momento em que tudo parece ser automatizado por IA, esse público deixa claro: eles querem relacionamento, não apenas automação.

A Zenvia, empresa com mais de 22 anos listada na Nasdaq, destaca que a virada não está em abrir mais canais, mas em integrar a jornada em uma experiência conversacional única, onde atendimento, vendas e pós-venda fazem parte do mesmo fluxo.

Compra como conversa: o comportamento que redefine a jornada

A Geração Z cresceu com mensagens instantâneas, redes sociais e creators como curadoria de consumo. Segundo dados da PwC, 44% dos jovens brasileiros preferem resolver dúvidas com marcas por mensagens, não por ligações. E o WhatsApp segue dominante — o Brasil é o segundo maior mercado do app no mundo, com mais de 120 milhões de usuários, segundo a Anatel.

O resultado é direto: a conversa virou o ponto decisivo da compra. É ali que o consumidor Gen Z compara, pede opinião, busca desconto, confirma estoque e continua — ou interrompe — a jornada.

Para esse público, o atendimento não é uma etapa isolada: é parte essencial da experiência de compra. E a fricção não é negociável.

O erro mais comum do varejo: focar na vitrine, esquecer o diálogo

Mesmo com a digitalização acelerada, muitos varejistas ainda estruturam suas estratégias como se o cliente percorresse uma linha reta: anúncio → clique → compra. Mas a jornada real da Gen Z é circular, fragmentada e guiada por trocas de mensagens.

A Zenvia identifica três pontos de  atrito frequentes para esse público:

Ritmo errado: a Geração Z abandona conversas quando a resposta demora mais que poucos minutos.

Falta de personalização contextual: ofertas genéricas são ignoradas; o cliente espera que a marca saiba quem ele é e o que já procurou.

Diálogo mecânico: interações robotizadas reduzem engajamento e travam a conversão.

A consequência é clara: não é o preço que derruba a conversão — é a experiência.

Por que o WhatsApp virou o novo “corredor de loja” da Gen Z

Além de ser multitarefa, visual e instantâneo, o WhatsApp concentra comportamentos que definem a rotina da Geração Z: compartilhar links, enviar prints, pedir opinião, criar listas, reagir com emojis, negociar e comprar.

De acordo com a Meta, mais de 1 bilhão de usuários globais se comunicam com empresas pelo WhatsApp e Instagram mensalmente — e o Brasil está entre os líderes desse movimento.

Isso faz do app um espaço que combina descoberta, consideração, negociação, compra e suporte em um único fluxo, sem mudar de tela.

Como o varejo deve responder a essa mudança

A Zenvia destaca três ajustes urgentes para marcas que querem competir pelo interesse da Geração Z:

  1. Conversas como base da jornada

Chatbots de IA devem atuar como facilitadores da interação, não como barreiras. Linguagem natural e contextual é essencial.

  1. Personalização em tempo real

A Gen Z espera que a marca reconheça histórico, preferências e intenção enquanto ela conversa — não depois.

  1. Jornada contínua

O cliente pode começar no Instagram, continuar no WhatsApp e finalizar no e-commerce. Para ele, tudo isso é uma única conversa, não três atendimentos diferentes.

Quando o varejo trata cada contato como parte de uma conversa única, a experiência deixa de ser funcional e passa a ser relevante. A venda deixa de ser consequência e vira continuidade.

O que está por vir

Para a Zenvia, o varejo que dominar essa lógica conversacional — personalizada, fluida e contínua — será o que conquistará não só a Geração Z, mas o novo padrão de consumo. 

As empresas que insistirem em jornadas rígidas ou atendimentos engessados ficarão invisíveis para um público que não tolera fricção.

A compra virou conversa. E quem não aprender a conversar vai perder mercado — não por preço, mas por desconexão.

White Cube anuncia nova fase e reforça posicionamento como consultoria estratégica de Dados e Inteligência Artificial

A White Cube anuncia sua nova fase estratégica, marcada por um reposicionamento que consolida a empresa como uma consultoria especializada em Dados e Inteligência Artificial aplicada a negócios. O objetivo é transformar dados brutos em vantagem competitiva real, acelerar decisões e impulsionar eficiência e crescimento em empresas de médio e grande porte.

Há 15 anos no mercado, e com mais de 300 empresas atendidas, 250 especialistas, 3 milhões de ativos gerenciados e impacto superior a R$ 100 bilhões em receita gerada para clientes, a White Cube dá um passo adiante para acompanhar a maturidade do mercado e a evolução do uso de IA em escala.

“Os dados só têm valor quando se tornam decisões acionáveis. Nossa missão é educar, direcionar e aplicar IA e Dados de forma que líderes possam tomar decisões inteligentes hoje, e não em um futuro distante”, afirma Alexandre Azevedo, CEO da White Cube.

A empresa, que já atende clientes em quatro continentes (América do Sul, América do Norte, Europa e Oceania) e projeta crescimento de 118% em vendas para 2025, utiliza o reposicionamento para dobrar novamente o tamanho da operação até 2026.

Do dado à decisão: a nova lógica de atuação

A nova fase da empresa está organizada em uma jornada completa que conecta estratégia, governança, engenharia e IA aplicada. 

O modelo reforça princípios centrais do posicionamento da marca, como:

  • Dados que se transformam em inteligência acionável
    • IA como motor de eficiência e vantagem competitiva
    • Decisões orientadas por governança, conformidade e qualidade
    • Combinação entre expertise humana e tecnologia
    • Impacto mensurável em produtividade, margens e crescimento

Essa abordagem responde a um movimento do mercado em que organizações acumulam grandes volumes de dados, mas ainda têm dificuldade em convertê-los em valor, previsibilidade e inovação.

Crescimento e presença ampliada

Com forte presença no Sul do país, a White Cube intensifica agora sua expansão para o Sudeste,  região prioritária por concentração de grandes empresas e investimento em dados e IA.

Para sustentar essa nova etapa, a empresa inaugura um escritório três vezes maior no Instituto Caldeira, um dos principais hubs de inovação do Brasil. O espaço, na cidade de Porto Alegre, simboliza a conexão com o ecossistema tecnológico e com iniciativas que impulsionam IA, dados e transformação digital.

“O Instituto Caldeira é onde as grandes conversas sobre tecnologia acontecem. Estar aqui fortalece nossa cultura e acelera nosso impacto no mercado”, explica Azevedo.

Parcerias globais fortalecem a consistência técnica

A White Cube mantém alianças estratégicas com players globais que ampliam sua capacidade técnica e a entrega de projetos de grande escala:

  • Parceria em Data & IA com a Microsoft
  • Parceria em Data Lake com Databricks
  • Parceria em Analytics Cloud na América Latina com a Oracle
  • Parceria em Data & Analytics com a Huawei

Esses acordos permitem operar com padrões internacionais de performance, governança e escalabilidade.

Uma consultoria que molda o futuro dos negócios

A nova marca da White Cube reforça a assinatura que orienta toda a estratégia: Shaping the future of business with Data & IA.

Mais do que uma fornecedora técnica, a empresa assume o papel de trusted advisor, apoiando líderes a tomar decisões mais inteligentes, rápidas e seguras, com impacto real em margens, eficiência operacional e competitividade.

AliExpress inicia vendas globais do REDMAGIC 11 Pro com descontos exclusivos

O AliExpress, plataforma global do Alibaba International Digital Commerce Group, dá início à venda oficial do REDMAGIC 11 Pro novo smartphone gamer da marca REDMAGIC, que estreia mundialmente com uma campanha promocional exclusiva entre os dias 9 e 12 de dezembro.

Reconhecida pelo desenvolvimento de equipamentos voltados ao desempenho em jogos mobile desde 2018, a REDMAGIC apresenta seu novo modelo com foco em performance, eficiência térmica e conectividade. O lançamento amplia a presença global da marca, hoje distribuída em mais de 60 países e regiões.

Destaques do REDMAGIC 11 Pro

O REDMAGIC 11 Pro chega ao AliExpress com especificações desenvolvidas para usuários que buscam alta capacidade de processamento e estabilidade em uso contínuo. Entre os principais recursos:

  • Processador Snapdragon 8 Elite Gen 5, de última geração
  • Sistema de refrigeração líquida, tecnologia inovadora em smartphones da categoria
  • Tela AMOLED de 6,85’’ com taxa de atualização de 144 Hz
  • Opções de até 24 GB de RAM e 1 TB de armazenamento
  • Bateria de 7.500 mAh com carregamento rápido

Durante a campanha, que acontece de 9 a 12 de dezembro, o AliExpress contará com condições exclusivas para o modelo, oferecendo R$ 390 de desconto por meio do cupom BRGS10.

Briga de cachorro grande no delivery muda o mercado

O mercado brasileiro de delivery atravessa neste momento uma mudança estrutural que vai muito além da entrada de novos aplicativos ou da retomada de antigas plataformas. O que acontece é uma reconfiguração profunda nos planos competitivo, tecnológico e comportamental que inaugura o que podemos chamar da era da “hiperconveniência potencializada”.

A dimensão do crescimento desse canal tem uma nova e marcante perspectiva pela conjugação de fatores determinados pela chegada da Keeta, aceleração da 99 e reação do iFood.

Virou briga de cachorro grande com seus impactos indo muito além dos segmentos de alimentação ou foodservice, uma vez que as experiências de um segmento, canal ou categoria ajudam a moldar o comportamento, desejos e expectativas de consumidores de forma muito mais abrangente.

A pesquisa Crest da Gouvêa Inteligência mostra que nos primeiros 9 meses de 2025 o delivery representou 18% das vendas totais do foodservice no Brasil, totalizando R$ 30,5 bilhões gastos pelo consumidor e com crescimento de 8% sobre o mesmo período de 2024, sendo o maior crescimento entre canais deste setor.

Em termos de crescimento médio anual, desde 2019 o delivery tem expansão média de 12% enquanto o foodservice, como um todo, cresceu 1% anualmente. O canal delivery já representa 17% de todo o gasto do foodservice nacional com cerca de 1,7 bilhão de transações em 2024, enquanto nos EUA, só para comparação, sua participação é de 15%. A diferença em parte se explica pela força do take out entre os dois mercados que é significativamente maior nos EUA.

Durante anos o setor conviveu com baixa competição real e poucas alternativas. Isso levou a um modelo eficiente para alguns e limitado para muitos, onde a concentração com iFood pode ser estimada entre 85 e 92%, o que desafia a lógica em mercados mais maduros. Um resultado com méritos próprios do iFood.

Fundado em 2011 como uma startup de delivery, a operação iFood faz parte da Movile e envolve tecnologia com negócios em apps, logística e fintech. Hoje, o iFood se tornou a maior plataforma de entrega de comida da América Latina e expandiu para além de sua proposta original, conectando supermercados, farmácias, pet shops e outros canais, funcionando como um marketplace de conveniência e, de forma mais abrangente, como um ecossistema, pois também envolve serviços financeiros.

Eles mencionam 55 milhões de clientes ativos e cerca de 380 mil estabelecimentos parceiros (restaurantes, mercados, farmácias, etc.) com 360 mil entregadores registrados. E teriam ultrapassado 180 milhões de pedidos por mês. Muito mérito no que foi desenvolvido.

A 99 iniciou suas atividades como aplicativo de transporte e foi comprada em 2018 pela Didi, um dos maiores ecossistemas da China que também tatua com aplicativos de transporte. Encerrou as operações da 99Food em 2023 e retornou agora em abril de 2025 com um ambicioso plano de investimento e captação de operadores oferecendo isenção de comissões, mais promoções e menores taxas para acelerar escala.

Também agora temos a chegada da Meituan/Keeta, ecossistema de origem chinesa que opera em diversos países da Ásia e Oriente Médio e reporta atender perto de 770 milhões de clientes na China, com 98 milhões de entregas diárias. A empresa já anunciou investimentos de US$ 1 bilhão para sua operação de conquista de mercado no Brasil.

Com a chegada agora da Meituan/Keeta, a retomada da 99Food e, sem dúvida, a reação do iFood, além da movimentação de outros players que já estão operando, o cenário muda radical e estruturalmente.

Hoje o setor vive uma fase de concorrência plena, com capital, recursos, tecnologia e ambição em escala suficientes para redesenhar todo o jogo e impactar também outros setores econômicos, além do próprio comportamento dos consumidores.

Essa reconfiguração gera quatro impactos diretos e imediatos:

– Preços mais competitivos e promoções muito mais agressivas – A queda de preço, típica de ciclos de entrada de novos players, reduz a barreira de acesso ao delivery e expande a demanda.

– Multiplicação das alternativas – Mais apps, players e opções significam mais restaurantes, mais categorias, mais rotas de entrega e mais ofertas. Quanto mais possibilidades, promoções e ofertas, maior será a adesão, ampliando o tamanho do próprio mercado.

– Inovação acelerada –  A entrada da Keeta/ Meituan concorrendo com iFood e 99 traz a lógica do “super app chinês” com eficiência algorítmica, velocidade operacional e visão integrada de serviços locais. Isso forçará todo o setor a se reposicionar.

– Mais oferta gera maior demanda –  Com o aumento da oferta, a demanda tenderá a se expandir e ensejará o crescimento estrutural da hiperconveniência.

A tese central aqui é simples e já comprovada em diferentes mercados, pois quando há aumento significativo da oferta com mais conveniência e preços mais competitivos, o mercado cresce, expande e gera impactos, positivos e negativos, para todo mundo. Mas existe um natural e comprovado aumento da atratividade do setor. E tem muito a ver com o efeito multiplicador da conveniência:

  • mais opções e promoções com maior frequência de pedidos
  • preços mais baixos com mais ocasiões de uso
  • mais categorias com expansão de consumo
  • novos modelos logísticos com mais velocidade e previsibilidade

Esse conjunto de fatores determina o que os caracteriza como essa era de hiperconveniência potencializada no mercado brasileiro, quando o consumidor descobre que pode resolver muito mais da vida cotidiana a partir do digital. E não só para comida, mas expandindo para outras categorias como bebidas, medicamentos, saúde, cuidados pessoais, pet e muito mais.

E quando a conveniência atinge esse nível, o comportamento muda. O delivery deixa de ser hábito e se torna rotina. E a nova rotina gera um novo mercado, maior e mais dinâmico, competitivo e potencialmente rentável para quem souber capitalizar.

Operadores ganham com liberdade de escolha e novos modelos

Se por muito tempo restaurantes e operadores reclamaram da dependência de um único aplicativo dominante, agora o cenário se reequilibra. A reconfiguração competitiva trará mais parceiros possíveis com condições comerciais negociáveis, comissões mais equilibradas, mais promoções e ofertas e ampliação da base de clientes

Muito adiante desses aspectos a pressão competitiva acelera a evolução operacional dos operadores com cardápios otimizados, embalagens melhores, logística repensada e novos modelos de dark kitchen, pick-up e operações híbridas. Mas o tema envolve também os entregadores.

A discussão pública muitas vezes enxerga o entregador apenas pela lente da precarização, mas existe uma dinâmica econômica importante, pois nesse cenário são criadas melhores condições de trabalho com um crescente número de profissionais envolvidos na atividade.

Com mais apps e marcas disputando espaço haverá inevitável aumento de número de pedidos, mais alternativas de plataformas, mais incentivos e tudo isso melhorando os ganhos individuais.

Com o mercado reconfigurado pela disputa entre competidores tão estruturados haverá uma aceleração de todo esse processo envolvendo varejistas, restaurantes, entregadores, fintechs, fornecedores logísticos e operações híbridas, além de serviço financeiros.

Nesse contexto ampliado a hiperconveniência deixa de ser tendência e se converte em novo modelo para o mercado reconfigurando.

O delivery inaugura uma fase mais equilibrada, mais plural e mais inteligente para todos os agentes da cadeia com consumidores ganhando mais opções, preços mais competitivos, eficiência operacional, velocidade e alternativas de escolha.

Os operadores passam a ter mais opções, melhores resultados e bases ampliadas, enquanto entregadores têm maior demanda, alternativas e competição saudável entre apps e, como resultado, o mercado como um todo se expande.

Essa é a essência da era da hiperconveniência potencializada pelos ecossistemas com mais players, mais soluções e maiores valores envolvidos, determinando a expansão e o redesenho do próprio mercado.

Quem demorar para perceber a extensão, dimensão, profundidade e velocidade dessa transformação no setor de delivery vai comer… poeira!

Marcos Gouvêa de Souza é fundador e diretor-geral da Gouvêa Ecosystem,  ecossistema de consultorias, soluções e serviços que atua em todas as frentes do setor de consumo, varejo e distribuição. Fundada em 1988, é referência no Brasil e no mundo por sua visão estratégica, atuação prática e profunda compreensão do setor. Saiba mais em: https://gouveaecosystem.com

A nova fronteira da lavagem de dinheiro: influenciadores digitais e o “negócio das rifas”

Durante décadas, o poder econômico e político era medido em cargos, patrimônio e conexões institucionais. Hoje, mede-se também em seguidores, engajamento e alcance digital. Os influenciadores digitais ocupam um papel ambíguo, onde são simultaneamente marcas, ídolos e empresas, mas muitas vezes operam sem CNPJ, sem contabilidade e sem as obrigações fiscais que o restante da sociedade cumpre.

A popularização das redes sociais criou um mercado paralelo, onde a atenção virou moeda e a reputação, um ativo negociável. O problema é que no mesmo espaço em que floresce o empreendedorismo digital, florescem também novos mecanismos de lavagem de dinheiro, evasão fiscal e enriquecimento ilícito, todos fora do alcance imediato do Estado.

Rifas milionárias, “doações” de seguidores, sorteios beneficentes e lives que movimentam milhares de reais são para muitos influenciadores, fontes de renda principais. Em alguns casos, tornaram-se verdadeiros modelos de negócio, mas sem lastro jurídico, compliance e supervisão financeira.

A sensação de impunidade é reforçada pelo poder social, influenciadores são admirados, seguidos e frequentemente blindados por sua popularidade. Muitos acreditam que por viverem no ambiente digital, estão fora do alcance da lei. Essa percepção de “imunidade digital” tem consequências econômicas, jurídicas e sociais.

O ponto cego da legislação brasileira

A legislação brasileira ainda não acompanhou o ritmo da economia da influência. O vazio normativo permite que influenciadores monetizem audiências milionárias sem registro fiscal e sem obrigações empresariais.

Enquanto empresas tradicionais precisam cumprir obrigações contábeis, tributárias e regulatórias, muitos influenciadores movimentam grandes somas por meio de PIX, transferências internacionais, plataformas estrangeiras e criptomoedas, sem qualquer transparência.

Essas práticas violam, direta ou indiretamente, princípios da Lei nº 9.613/1998, que trata dos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, e da Lei nº 13.756/2018, que atribui à Caixa Econômica Federal a competência exclusiva para autorizar rifas e sorteios.

Quando um influenciador promove uma rifa sem autorização da Caixa, ele comete infração penal e administrativa, podendo ser investigado por crime contra a economia popular, conforme o artigo 2º da Lei nº 1.521/1951.

Na prática, essas “ações promocionais” funcionam como mecanismos de movimentação de recursos fora do sistema financeiro tradicional, sem controle do Banco Central, comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e rastreamento fiscal pela Receita Federal. É o cenário ideal para a mistura de dinheiro lícito e ilícito, o combustível da lavagem de capitais.

O entretenimento como fachada

O funcionamento dessas operações é simples e sofisticado ao mesmo tempo. O influenciador organiza uma rifa “beneficente”, muitas vezes usando plataformas improvisadas, planilhas ou até comentários nas redes sociais. Cada seguidor transfere pequenos valores via PIX, acreditando participar de uma ação inofensiva.

Em poucas horas, o influenciador arrecada dezenas ou centenas de milhares de reais. O prêmio: carro, celular, viagem e etc., é entregue de forma simbólica, enquanto a maior parte dos recursos permanece sem lastro contábil, sem registro fiscal e sem origem identificada. Esse modelo é usado, com variações, para fins que vão desde enriquecimento pessoal até lavagem de dinheiro.

A Receita Federal já identificou diversos casos em que influenciadores apresentavam crescimento patrimonial incompatível com suas declarações, e o COAF passou a incluir esse perfil de movimentação como atividade suspeita em comunicações internas.

Casos concretos: quando a fama vira evidência

Nos últimos três anos, diversas operações da PF e do Ministério Público revelaram o uso das redes sociais para práticas de lavagem, rifas ilegais e enriquecimento ilícito:

– Operação Status (2021): ainda que voltada ao narcotráfico, revelou o uso de perfis de “figuras públicas” para ocultar bens e ativos, demonstrando como a imagem digital pode servir de escudo para fluxos ilegais;

– Caso Sheyla Mell (2022): a influenciadora foi denunciada por promover rifas milionárias sem autorização, arrecadando mais de R$ 5 milhões. Parte dos valores teria sido usada para aquisição de imóveis e veículos de luxo;

– Operação Espelho (2023): investigou influenciadores que promoviam rifas falsas em parceria com empresas de fachada. As “premiações” eram usadas para justificar movimentações financeiras de origem ilícita;

– Caso Carlinhos Maia (2022–2023): embora não acusado formalmente, o influenciador foi citado em investigações sobre rifas de alto valor e foi alvo de questionamentos da Caixa sobre a legalidade das promoções.

Outros casos envolvem influenciadores médios que utilizam rifas e “doações” para movimentar recursos de terceiros de forma não rastreável, inclusive políticos e empresários.

Essas operações mostram que a influência digital se tornou uma rota eficiente para a ocultação de patrimônio e a legitimação de capital ilícito. O que antes se fazia por meio de empresas fantasmas ou paraísos fiscais, agora se faz com “sorteios beneficentes” e lives patrocinadas.

A blindagem social: fama, política e a sensação de intocabilidade

Muitos influenciadores são admirados por milhões, possuem laços com agentes públicos e políticos, participam de campanhas eleitorais e frequentam círculos de poder. Essa proximidade com o Estado e com o marketing público cria uma aura de legitimidade que inibe fiscalizações e constrange autoridades.

A idolatria digital se transforma em blindagem informal: quanto mais amado o influenciador, menor a disposição da sociedade e até de órgãos públicos de investigar suas práticas.

Em muitos casos, o próprio poder público busca o apoio desses influenciadores para campanhas institucionais, ignorando o histórico fiscal ou o modelo de negócios que os sustenta. A mensagem subliminar é perigosa: popularidade substitui legalidade.

Esse fenômeno repete um padrão histórico conhecido, o da glamourização da informalidade, que naturaliza a ideia de que o sucesso midiático legitima qualquer conduta. Em termos de governança e compliance, é o oposto da ética pública, é a “zona cinzenta” transformada em show business.

O risco de co-responsabilidade das marcas e patrocinadores

Empresas que contratam influenciadores para promover produtos ou causas públicas também estão expostas. Se o parceiro estiver envolvido em rifas ilegais, sorteios fraudulentos ou movimentações suspeitas, há risco de co-responsabilidade civil, administrativa e até penal.

A ausência de due diligence pode ser interpretada como negligência corporativa. Isso vale para agências de publicidade, assessorias e plataformas digitais.

Ao intermediar contratos, elas passam a ter deveres de integridade e devem comprovar que adotaram mecanismos de prevenção à lavagem de dinheiro, conforme as boas práticas internacionais (FATF/GAFI).

O compliance digital não é mais uma escolha estética, é uma obrigação de sobrevivência empresarial. Marcas sérias devem incluir influenciadores em seu mapa de risco reputacional, monitorando atividades suspeitas, exigindo regularidade fiscal e certificando a origem de receitas.

A fronteira invisível: criptomoedas, lives e transações internacionais

Outro aspecto preocupante é a crescente utilização de criptomoedas e plataformas estrangeiras para recebimento de doações e patrocínios. Aplicativos de streaming, apostas e até sites de “gorjetas” permitem que influenciadores recebam valores em moedas digitais sem mediação bancária.

Essas operações, muitas vezes fracionadas, dificultam a rastreabilidade e facilitam a lavagem de dinheiro. A situação se agrava porque o Banco Central ainda não regula integralmente os fluxos de pagamento em plataformas digitais, e o COAF depende de comunicações voluntárias de instituições financeiras.

A ausência de rastreamento eficiente cria um cenário ideal para a ocultação internacional de ativos, principalmente quando há uso de stablecoins e carteiras privadas, instrumentos que permitem movimentações anônimas. Esse fenômeno conecta o Brasil a uma tendência global: o uso das redes sociais como canais de lavagem.

Casos recentes em países como Estados Unidos, Reino Unido e México revelaram influenciadores envolvidos em esquemas de evasão e financiamento ilícito disfarçados de conteúdo digital.

O papel do Estado e os desafios da regulação

A regulação da economia da influência é urgente e complexa. O Estado enfrenta o dilema de não sufocar a liberdade de expressão, mas ao mesmo tempo impedir o uso criminoso das redes sociais para ocultação de recursos.

Alguns caminhos já são discutidos, como exigir registro fiscal e contábil obrigatório para influenciadores que superem determinado volume de receitas; tornar rifas e sorteios digitais dependentes de autorização prévia da Caixa Econômica Federal; criar regras de transparência para parcerias e patrocínios, com publicação de relatórios anuais; e estabelecer obrigação de reporte ao COAF para plataformas de pagamento digital e streaming.

Essas medidas não visam coibir a criatividade digital, mas nivelar o mercado pela legalidade, garantindo que quem lucra com influência também arque com as responsabilidades econômicas e fiscais.

Influência, ética e responsabilidade social

A influência digital é uma das forças mais poderosas da era contemporânea, já que quando bem utilizada, forma opinião, educa e mobiliza. Mas quando instrumentalizada sem ética, serve como ferramenta de manipulação e crime financeiro.

A responsabilidade é coletiva, onde influenciadores devem entender que ser digital não é estar acima da lei, marcas precisam impor critérios de integridade, e o Estado deve modernizar seus mecanismos de fiscalização. O público, por sua vez, precisa deixar de confundir carisma com credibilidade.

O desafio não é apenas jurídico, mas cultural, transformar a popularidade em compromisso com a transparência.

Em última análise, quem influencia precisa responder também pelo impacto econômico e moral que gera.

Entre o glamour e o risco sistêmico

A economia da influência já movimenta bilhões, mas opera num terreno instável, onde o “engajamento” serve tanto para o marketing quanto para a ilicitude. Rifas, sorteios e doações, quando sem controle, se tornam portas abertas para crimes financeiros e evasão.

O Brasil está diante de uma nova fronteira de risco: a lavagem de dinheiro travestida de popularidade. Enquanto o sistema jurídico não se adapta, o crime digital se reinventa e os heróis das redes podem, sem perceber, transformar a fama em evidência.

Sobre Patricia Punder

Partner e fundadora do escritório Punder Advogados no modelo de negócios “Boutique”, une excelência técnica, visão estratégica e integridade inegociável na advocaciawww.punder.adv.br

– Advogada, com 17 anos dedicados ao Compliance;

– Atuação nacional, América Latina e mercados emergentes;

– Reconhecida como referência em Compliance, LGPD e ESG;

– Artigos publicados, entrevistas e citação em matérias de veículos renomados, como Carta Capital, Estadão, Revista Veja, Exame, Estado de Minas, entre outros, tanto nacionais quanto setorizados;

– Nomeada como perita judicial no caso Americanas;

– Professora na FIA/USP, UFSCAR, LEC e Tecnológico de Monterrey;

– Certificações internacionais em compliance (George Whashington Law University, Fordham University e ECOA);

– Coautora de quatro livros de referência em compliance e governança;

– Autora da obra “Compliance, LGPD, Gestão de Crises e ESG – Tudo junto e misturado – 2023, Arraeseditora.

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