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Dr. Jefferson Medeiros palestra sobre o poder dos podcasts nichados no Summit Podcast Experience

O Dr. Jefferson Medeiros, médico oncologista de cabeça e pescoço, palestrante e principal referência de podcast da região Norte, estará presente pelo segundo ano consecutivo no Summit Podcast Experience, maior encontro de podcasters do país, que ocorrerá em São Paulo no dia 19 de outubro, reunindo os maiores nomes do setor. O evento celebra o Dia Nacional do Podcast (21/10) e é uma oportunidade para hosts, estúdios, profissionais do audiovisual e pessoas que desejam iniciar no formato se reunirem e trocarem experiências.

Com uma carreira médica de 20 anos, Dr. Jeff, como é conhecido, comandará a palestra “Nicho e networking: o poder de um podcast lucrativo”, revelando o potencial dos podcasts nichados. O médico lançou o Jeff Podcast em 2022, com foco em saúde e qualidade de vida. O canal já acumula mais de 140 episódios com especialistas renomados de todo o país.

“Dividir com outros podcasters, especialistas e entusiastas no tema o case do Jeff Podcast é uma honra. Quero mostrar as diversas possibilidades de transformar o canal em uma rede de conexões e negócios”, conta o médico que também é autor do livro Comunicação: o remédio que a medicina não prescreve. 

Para mais informações visite os perfis @odrjeff e @podcastexperience no Instagram. 

Serviço
3ª Edição Summit Podcast Experience
Data: 19/10 (sábado)
Hora: Das 8h às 18h
Local: São Paulo – SP
Ingressos: www.podcastexperience.com.br

Dicas de CEO: líderes revelam 19 conselhos para quem está começando a empreender no Brasil

Com 42 milhões de empreendedores, segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil se destaca como um dos países com mais pessoas envolvidas no universo dos negócios.  Empreender ocupa o terceiro lugar na lista dos maiores desejos dos brasileiros, ficando atrás apenas de viajar pelo país e adquirir a casa própria. No entanto, transformar esse sonho em realidade não é tarefa simples. Os desafios vão desde a alta carga tributária e a burocracia até a obtenção de crédito, a criação de propostas inovadoras e o desenvolvimento de habilidades de gestão e capacitação profissional.

Para apoiar quem está iniciando sua trajetória ou buscando dar um novo impulso aos negócios, CEOs e cofounders de empresas e startups líderes em seus segmentos compartilham recomendações valiosas. Confira as dicas e aprenda com quem já trilhou esse caminho:

1. Valide sua ideia rapidamente

Diego Daminelli, fundador e CEO da Branddi, empresa especialista no combate à concorrência desleal no ambiente digital, lista seus 2 conselhos, indica que testar a sua ideia o mais rápido possível no mercado real é fundamental para coletar feedbacks. “Não espere pela perfeição. Aprenda com os primeiros clientes e ajuste o produto com base nas necessidades reais.”

2. Seja resiliente

Ele ainda alerta que empreender envolve desafios constantes e a habilidade de se adaptar é uma estratégia que precisa ser considerada. “Desenvolva a capacidade de se adaptar a obstáculos e fracassos”, afirma. 

Guilherme Maia, Co-Founder da EmCash, fintech as a service especializada em crédito corporativo, também reforça a importância da resiliência para quem está empreendendo. “Não desista diante das dificuldades. Adote uma mentalidade positiva e persistente no dia a dia, ajustando as estratégias sempre que necessário”, comenta.

3. Conheça bem o seu mercado

Maia ainda destaca como dica o conhecimento do mercado. “É fundamental entender quem são seus concorrentes, seu público-alvo e as tendências do setor. Realizar pesquisas e estar atento às movimentações do mercado permite que o empreendedor se antecipe às mudanças e ajuste sua estratégia. Incorpore a prática de análise de mercado regularmente para tomar decisões informadas”.

Zhang Shuzong, CEO da Finvity, plataforma que oferece soluções escaláveis e sob medida para planejamento financeiro, patrimonial e sucessório, também fala do conhecimento sobre o público-alvo como um pilar essencial. “Realizar pesquisas para identificar as necessidades e desejos, seja através de redes sociais e/ou feedbacks diretos, ajudará a personalizar ofertas e a criar uma conexão mais forte com seus clientes”, afirma o executivo.

4. Defina metas claras, específicas e alcançáveis

Para Zhang, “ter objetivos definidos, dentro da realidade de cada negócio, ajuda a direcionar esforços e medir seu progresso”. 

E definir objetivos em diferentes prazos também pode fazer muita diferença para quem está começando seu negócio. Juliano Dias, fundador e CEO da Meetz, Startup que oferece soluções de prospecção e de sales engagement de ponta a ponta para negócios B2B, explica que “saber onde quer chegar é algo complexo de fazer com segurança, mas não deixe de pensar nisso e de montar um plano simples e ajustável. Paralelamente, elabore planos de ação de curto prazo para alcançar metas rapidamente, tendo em mente que cada passo dado deve levar você no sentido do objetivo de longo prazo. Esse equilíbrio permite manter o foco no futuro enquanto gerencia efetivamente as operações diárias. Não esqueça: faturamento é ego, mas o caixa é rei.”

5. Começar Vendendo

O executivo da Meetz também aponta que a esperar a perfeição logo no início não pode ser um fator determinante para não iniciar logo suas vendas. “Não espere que tudo esteja perfeito antes de lançar seu produto ou serviço. Inicie as vendas o quanto antes e entenda que isso serve para validar sua ideia no mercado real, além de te dar insights sobre como o cliente quer de fato receber o que comprou, e como você gera valor com isso. Com cada ciclo de venda e entrega, aprenda e ajuste seu negócio para crescer de forma contínua. Como sempre digo: se nasceu pronto, nasceu tarde”, recomenda Dias.

6. Não tenha medo de errar

Gustavo Costa, fundador e CEO da LGL Case, agência de marketing e de experiência em eventos, destaca também o medo de errar como algo que deve ser deixado de lado. “Entender que o erro é parte do processo de crescimento é fundamental para qualquer empreendedor. A diferença se faz, na sua atitude perante ao erro. Você pode sentar e esperar ventos favoráveis, ou arregaçar as mangas e de forma ágil, corrigir as velas do seu navio. Sobre trabalhar duro, esse sempre foi meu lema de vida. Trabalhar duro significa entregar mais, superar expectativas e fomentar experiências incríveis aos nossos clientes. O mundo está cheio de pessoas nota 10, mas que se contentam com 6. Aos empreendedores, seja o exemplo daquilo que você espera de seus colaboradores”.

7. Aprendizado contínuo

Costa ainda ressalta sobre a relevância de ter uma equipe melhor que você, que está empreendendo. “Contrate pessoas melhores que você. Por mais efetiva que seja sua gestão, sempre existirão especialistas que poderão somar diferentes expertises e visões ao seu negócio. Ache esses talentos. As motive. As prepare para dias de alegria, mas também para os de guerra. Torne sua empresa apta a processos de aprendizado contínuo. Fomente inovação, permita-se às novas ideias. O mundo nunca foi tão veloz. Sua empresa precisa, ao menos, imprimir ritmo semelhante”.

8. O conceito da ilha

Eduardo Abichequer, fundador e CEO da Yuool, startup de tênis confortáveis e sustentáveis, afirma que empreender é uma das atividades mais desafiadoras que se pode realizar, “especialmente em um país que, muitas vezes, impõe mais obstáculos do que oferece apoio aos empreendedores”. Nesse contexto,o executivo acredita firmemente no conceito da “ilha”: “ao se comprometer com um empreendimento, deve-se “queimar os barcos”, ou seja, eliminar qualquer possibilidade de recuo, garantindo que a única alternativa seja o sucesso. Essa mentalidade tem sido crucial ao longo da nossa jornada, pois, apesar dos desafios recorrentes e das situações que, por vezes, parecem impossíveis, a determinação em encontrar a solução prevalece”.

9. O não, eu já tenho

Abichequer também reforça que “pensar grande” é um bom caminho para quem está iniciando. “Parto do princípio de que o “não” já é a resposta garantida se não houver uma tentativa. Por isso, busco sempre explorar caminhos, por mais difíceis que sejam, onde todas as partes envolvidas possam se beneficiar do sucesso da tarefa. Acredito que essa abordagem não apenas amplia as chances de sucesso, mas também fomenta parcerias e oportunidades que, de outra forma, poderiam passar despercebidas”.

10. Foco no produto

Fábio Napchan, fundador e CEO da Quality24, healthtech que oferece soluções de apoio à gestão hospitalar de forma integrada, acredita em dois pontos essenciais para o sucesso, o primeiro deles é focar no produto. “Minha primeira dica é focar, desde o início, no cliente. É muito comum, no começo da jornada, o empreendedor olhar somente para o produto, seja por inexperiência comercial ou por paixão pela ideia —  sendo muito importante, mas, muitas vezes, pode “cegar” o empreendedor. É fundamental priorizar a validação rápida do seu produto ou serviço com clientes reais, mesmo que em versão simplificada —  isso economiza recursos valiosos e permite ajustes cruciais baseados em feedback genuíno. O foco no cliente deve ser um exercício recorrente – o que significa dizer que deve fazer parte de um processo contínuo dentro da empresa. Para isso, é fundamental criar uma rotina semanal, quinzenal ou mensal (dependendo dos recursos da empresa) para realizar entrevistas, pesquisas e touchpoints com clientes, coletando feedbacks que ajudem a refinar o produto ou serviço”. 

11. Mentores são essenciais

Já o segundo é o apoio de pessoas mais experientes no mercado. “A segunda dica é cultivar uma rede de mentores e outros empreendedores do seu setor; esse networking não só abre portas para grandes oportunidades, mas também oferece aprendizados preciosos através das experiências compartilhadas por quem já enfrentou desafios similares. Para isso, é importante participar de eventos de networking como feiras, simpósios, podcasts e quaisquer outros meios de encontro e discussão relativos ao seu setor, além de estar sempre aberto a ajudar outros empreendedores que estejam enfrentando desafios similares aos seus”, conta Napchan.

O CEO e fundador da Monest, Thiago Oliveira, também reforça essa dica, ressaltando que encontrar as autoridades do seu nicho é um ótimo caminho para aprender com os melhores. “Com certeza eles já passaram por diversos desafios que você ainda vai passar e podem te auxiliar nesses primeiros passos que são os mais difíceis. Provavelmente o setor que você está inserido tem uma comunidade com diversos profissionais onde você pode encontrar muito apoio”, destaca Oliveira.

12. Decida quem são os seus parceiros

Ainda nessa linha de mentores, Alex Tabor, fundador e CEO da Tuna, fintech que oferece múltiplas combinações de provedores de pagamentos e antifraude, personalizando seus serviços conforme as necessidades de cada cliente, indica que o apoio do time da formação dos produtos também é relevante para o sucesso do negócio. “Para quem está começando a empreender, há dois principais objetivos: decidir quais produtos criar, e com quem fazer. Gosto mais de decidir com quem primeiro, pois com um time forte a probabilidade de alcançar sucesso aumenta muito, e com o time formado, você consegue definir os produtos conforme a capacidade da equipe de devolver esse produto melhor do que outros times, que teriam características diferentes. Idealmente, o time deve ser composto por duas ou três pessoas inteligentes e dedicadas, que tenham uma ótima sinergia cultural com você, além de ter fortalezas que complementam as suas. Por exemplo, um pode ser muito forte em TI, e o outro em vendas e marketing”.

13. Ao criar o produto, pense nos possíveis erros

Ele ainda reforça que “uma vez que você tem uma ideia de um produto que talvez gere valor, é mais ágil pensar nos motivos que podem não funcionar na prática e ir tentando mostrar, com testes, o que não funcionaria por determinados motivos. Por exemplo, se quer vender algo na internet, pode ser que o seu produto não seja algo que as pessoas buscam no online, o que dificultaria angariar clientes. Nesse caso, pode comprar anúncios no Google para as palavras que tem a ver com o produto. Mas, se você vê que tem um bom volume de buscas, esse motivo de não funcionar já foi descartado. Depois, passe para o próximo motivo e repita o exercício. Se testar todas as hipóteses com testes reais e nenhum resultado mostrar que não funcionará, você já tem um produto mínimo viável no ar funcionando”, aponta Tabor.

14. Faça da tecnologia uma aliada do seu negócio

Fernanda Clarkson, Sócia Fundadora e CMO da SuperFrete, plataforma que impulsiona o ecossistema de comércio eletrônico, ao conectar empreendedores, por meio de dados e tecnologia aos melhores fretes, indica a tecnologia como uma aliada. “Invista em plataformas que centralizem suas operações, desde a gestão financeira até o controle de estoque e logística para e-commerce. Essas ferramentas ajudam a economizar tempo, reduzir custos e aumentar a eficiência, liberando você para focar em estratégias de crescimento.”

15. Diversifique suas opções de frete

Além disso, para quem atua com e-commerce, Clarkson recomenda “oferecer diversas opções de frete e entrega, como frete expresso e econômico é essencial para atender diferentes perfis de consumidores. Isso permite maior flexibilidade, melhora a experiência do cliente e pode aumentar as taxas de conversão no seu site.”

16. Desenvolvimento regional

Ricardo Ferreira, CEO da Rethink, consultoria de tecnologia, design e estratégia focada no desenvolvimento de serviços e produtos digitais, reforça que para aqueles que estão fora do eixo Rio-São Paulo, é importante valorizar e investir no ecossistema local. “O potencial de inovação pode surgir em qualquer lugar, independentemente da localização. O suporte da comunidade em que estamos inseridos nos fortalece e nos dá novas oportunidades de expansão, especialmente em mercados menos explorados. Hoje, aconselho empresas a investirem nas conexões locais, porque o crescimento pode vir de onde menos se espera”. 

17. Busque conhecimento constantemente

Ferreira ainda recomenda a busca constante de novos aprendizados. “Na minha opinião, a principal habilidade que um profissional deve buscar, independente da área de atuação, é o aprendizado contínuo. Por meio dele, é possível se adaptar a novas tecnologias, processos e métodos de trabalho, bem como desenvolver a capacidade de compreender o outro e se relacionar bem com pares, líderes e parceiros”. 

18. Cuide da sua saúde física e mental

Um negócio de sucesso não pode existir se seus líderes não tiverem uma saúde que permita o investimento de tempo e energia na dedicação para a empresa. Por isso, Henrique Flôres, cofundador da Contraktor recomenda que os novos empreendedores façam exercícios físicos regularmente e tenham uma alimentação saudável. “Inclua uma rotina de mindfulness no seu dia, durma 8h por dia. Ajude ao próximo, pois a generosidade melhora o humor, gera mais disposição e aumenta a confiança. Cuide bem da sua saúde física e mental, elas serão fundamentais para você resistir ao sem-número de obstáculos sobrevindos em uma longa maratona de construção de um negócio.”

19. Seu empreendimento demanda seu tempo

Atrelado a isso, Rafael Teixeira, CEO da Clínica da Cidade, alerta que “empreender não significa trabalhar menos, muito pelo contrário. Suas responsabilidades e a carga de trabalho aumentam significativamente. Por isso, é fundamental ter um propósito claro e forte naquilo em que se investe tempo e dinheiro”.

Tokenize 2024: reflexões sobre o uso de Blockchain em infraestruturas dominam os painéis da tarde

O que é mito e o que é verdade sobre o uso de Blockchain em Infraestruturas de Mercado Reguladas? Quais as aplicações práticas da Blockchain nesse setor e os desafios de implementação? As respostas foram discutidas entre especialistas e representantes de empresas e entidades na tarde de hoje durante o Tokenize 2024, organizado pela Núclea, referência em soluções de infraestrutura em transações digitais e inteligência de dados, e pela Febraban. 

A importância da governança do segmento foi debatida no evento, com reflexões sobre riscos, redução de custos, intermediação na cadeia, soluções, segurança e regulação. 

No painel 4, que abriu a tarde com tema “Mitos e realidade sobre o uso de Blockchain em infraestruturas de mercado reguladas”, Guto Antunes, Head of Digital Assets do Itaú Digital Assets, declarou que a tecnologia traz para o mercado uma funcionalidade diferente, para ter um mercado mais eficiente, “mas, ao mesmo tempo, ouvimos muito que estão tentando centralizar o mercado. Quando você tenta descentralizar até certo ponto, você fecha, não abre, porque gera insegurança e precisa ter os controles. Precisamos parar de falar muito de descentralização e pensar na escalabilidade, que é o ponto que está hoje”, reflete o executivo. 

Jochen Mielke, CEO da B3 Digitais, analisou que o ambiente DLT é um jogo de colaboração. “O Brasil, de uma forma geral, tem assumido a dianteira não somente pelo trabalho das instituições, mas também pelo dos reguladores. Para funcionar, tem que ter os canais abertos, processo colaborativo, evitar a criação de diversas sub-redes e elementos que acabam criando algum tipo de fricção no sistema e sempre tendo em mente as três perguntas: vai ter menos fricção? Vai ser mais barato? E vai ser mais seguro?”. 

Para Leandro Sciammarella, especialista em blockchain e tokenização da Núclea, há uma confusão em achar que devemos fazer tudo all chain, uma vez que há partes que não estão presentes nessa estrutura. “Acredito ainda muito no modelo híbrido, temos que colocar Blockchain ou DLT onde agrega valor”, defende. Sciammarella ressaltou ainda a importância de pensar sobre o campo da desintermediação, formado por vários outros campos. “Falta uma segunda etapa, que é ir fundo nos cenários. Há uma cobrança de usar logo a tecnologia, mas temos que tomar cuidado para não desintermediar tudo, mas encontrar os pontos de evolução.”

George Marcel Smetana, especialista em inovação do Bradesco, ressalta que “existe uma falácia no mundo do blockchain: a intermediação”. O executivo sublinha que primeiro é preciso pensar nos requisitos, e depois nas soluções tecnológicas. “Não é uma questão de ter um depositário central ou não, penso mais na questão da responsabilização do que na infraestrutura tecnológica”. Smetana aponta como grande incômodo do mercado atual a percepção de valor, lembrando que concorrência é responsável por reduzir preço.

No quinto painel do dia, “Aplicações práticas de blockchain no mercado regulado e desafios de implementação”, a sócia e Head de Infraestrutura de Mercado da BEE4, Paloma Sevilha, trouxe a experiência da empresa para explicar os potenciais benefícios dessa inovação. “Temos uma oportunidade de otimização com essa nova tecnologia. A conciliação que, antes era feita no dia, com a blockchain, isso é feito em tempo real, então a cada transação que eu tenho, estou impactando a posição de cada wallet individualizada, de cada comitente. Você não precisa esperar até o fim do dia para fazer esse processamento, você pode, ao longo do dia, já perceber alguma disparidade, isso já traz eficiência e reduz riscos”.   

Já o mediador, Cesar Kobayashi, Superintendente de Tokenização e Novos Ativos da Núclea, destacou que o sistema financeiro é ‘all about’ integração e conectividade. “E naturalmente a blockchain traz um paradigma tecnológico de fazer isso de uma forma diferente – e através dessa forma diferente também colocar outros benefícios, como a programabilidade e a automação”, destacou. 

A Diretora da CVM, Marina Copola, explicou que processos de inovação acontecem com alguma frequência no mercado financeiro de capitais – isso vem em ciclos, como está acontecendo agora. “O lado bom disso é que não é a primeira vez em que os reguladores estão lidando com um ciclo de inovação. Então, como passar por esse ciclo recepcionando essas vantagens, benefícios, com segurança, transparência, privacidade, mas sem abrir mão daqueles que são os pilares orientadores da regulamentação do mercado de capitais desde sempre?” 

Ainda ocorreu a assinatura do Acordo de Cooperação entre CVM e Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) sobre inovação – o intuito da parceria é ter novas iniciativas de laboratórios experimentais. 

No encerramento, a Vice-presidente Finanças, RI e Jurídico da Núclea, Joyce Saika, destacou a importância da integração dos órgãos nesse avanço da legislação. “Precisamos dessa comunidade para a gente continuar discutindo, porque essa colaboração é muito importante para o avanço regulatório no Brasil, sendo uma referência global na adoção dessas novas tecnologias”. 

“É um privilégio participar de um evento tão relevante para mercado, não por acaso na sede da CVM, abordando aspectos tão importantes sobre uso de DLT em infraestruturas e participantes regulados. Os painéis deram espaço para discussões sobre o potencial das aplicações, considerando os desafios de implementação de forma técnica e pragmática, considerando a dinâmica de funcionamento do mercado e conceitos regulatórios”, diz Patricia Stille, cofundadora e CEO da BEE4, como balanço do evento. 

O Tokenize 2024 – “Blockchain em infraestrutura de mercados regulados: desafios e oportunidades” é um evento da Núclea, referência em soluções de infraestrutura em transações digitais e inteligência de dados, em conjunto com a Febraban e apoio institucional da CVM.

Programação
Durante a manhã, o evento iniciou com o presidente da CVM, João Pedro Nascimento, seguido do primeiro painel, “Regulação de Ativos Digitais: Como estabelecer padrões para o futuro?”, pelo próprio e com Joaquim Kavakama (Núclea), Luis Vicente de Chiara (Febraban) e Carlos Ratto (Safra), com moderação de Antônio Berwanger (SDM). 

Em seguida, aconteceu o painel “Blockchain no Mercado de Capitais Propostas de Valor que justificam decisões estratégicas”, moderado por Rodrigo Furiato (Núclea) e com a participação de André Daré (Núclea), Daniel Maeda (CVM), Antônio Marcos Guimarães (Banco Central do Brasil), Eric Altafim (Itaú) e João Accioly (CVM). 

A discussão que seguiu foi sobre “Transição das bolsas para D+1 e o potencial do DREX na liquidação de valores mobiliários”, com Patricia Stille (BEE4) como mediadora e André Portilho (BTG Pactual), Marcelo Belandrino (JP Morgan), Margareth Noda (CVM) e Otto Lobo (CVM) de painelistas. 

De tarde, aconteceu o painel “Mitos e Realidade sobre o uso de Blockchain em Infraestruturas de Mercado Reguladas”, com Felippe Barretto (CVM) como mediador e Leandro Sciammarella (Núclea), George Marcel Smetana (Bradesco), Guto Antunes (Itaú Digital Assets) e Jochen Mielke (B3 Digitais).

No quinto painel, o tema foi “Aplicações práticas de blockchain no mercado regulado e desafios de implementação”. Cesar Kobayashi (Núclea) mediará a conversa entre Márcio Castro (RTM), Paloma Sevilha (BEE4), Marina Copola (CVM) e André Passaro (CVM). 

Para fechar o evento, a discussão de encerramento foi sobre a “Agenda regulatória para acelerar a inovação e o desenvolvimento do mercado”, com Joyce Saika (Núclea), Alexandre Pinheiro dos Santos (CVM) e Luis Vicente de Chiara (Febraban).

Serviço 
TOKENIZE 2024 – “Blockchain em infraestrutura de mercados regulados: desafios e oportunidades” 
Realização da Núclea e Febraban e apoio institucional da CVM 
Data: 10 de outubro 
Horário: 9h às 17h 

Debate sobre regulação de ativos digitais e uso da blockchain no mercado de ações reforçam que tokenização veio para ficar nesta manhã do Tokenize

Com a presença internacional do Head de Pesquisa da Federação Mundial de Bolsas de Valores (World Federation of Exchanges), Pedro Gurrola, os painéis da manhã do evento Tokenize 2024, organizado pela Núclea, referência em soluções de infraestrutura em transações digitais e inteligência de dados, e pela Febraban, trouxeram discussões sobre como os mercados financeiro e de capitais estão adotando soluções de blockchain e tokenização. A importância da governança do segmento foi debatida no evento, com reflexões sobre riscos, redução de custos, intermediação na cadeia, soluções, segurança e regulação.  

Na abertura, o Presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento, destacou que o evento é um momento de tirar os pontos positivos e analisar o que já é feito no mercado de capitais.

No primeiro painel “Regulação de Ativos Digitais: como estabelecer padrões para o futuro?”, Nascimento afirmou que o mercado está cada vez mais integrado, com uma convergência internacional da tecnologia, que conta com entidades globais. “O mundo foi escolhendo países menos regulados que não são aderentes a regulações internacionais – diferentemente do Brasil, que é referência global de aderência a regulações internacionais.”

Já Joaquim Kavakama, consultor da Núclea, destacou a importância de uma governança para analisar a evolução desse mercado. “Se não tivermos [uma governança] forte para conseguir auditar e permitir que seja colocado em uma rede, podemos cometer a falha de não colocar o controle adequado e acontecer uma fraude. É importante seguir um padrão, é importante a gente olhar para os riscos e como mitigá-los.”

No segundo painel, sobre “Blockchain no Mercado de Capitais: Propostas de Valor”, mediado por Rodrigo Furiato, da Núclea, a explanação do consultor do Banco Central, Antonio Marcos Guimarães, destacou que, no mercado de crédito, a evolução tecnológica não ocorre do dia para a noite, mas envolve uma série de avanços regulatórios e tecnológicos. Um processo que incluiu, por exemplo, o surgimento das duplicatas estruturais, a regulação das registradoras e depositárias, o processo de desmaterialização de títulos de crédito (por exemplo, com os novos títulos do agronegócio) e, mais recentemente, a tokenização de ativos, sendo que, em breve, essa evolução deverá incluir o uso de Inteligência Artificial (AI). Segundo Guimarães, o principal argumento em favor da tokenização é o fato de que os tokens incorporam tanto os dados quanto os modelos de negócios. Além disso, há uma facilidade de agregar novos sistemas e negócios aos incumbentes. Ele apontou, por fim, uma questão ligada à segurança jurídica para uma maior adoção da tokenização. Guimarães explicou que o órgão regulador tem, hoje, muitas dúvidas de agentes de mercado sobre se determinados modelos cabem na regulação da CVM, do Bacen ou ainda infralegais. Essa é uma questão a ser endereçada.

Daniel Maeda, da CVM, avaliou que o regulador teve duas visões diferentes em relação à abordagem da criptoeconomia, sendo, a primeira, agregando valor em situações que já existem (e, portanto, não cabe uma regulação) e, na outra mão, com propostas disruptivas, caso das criptomoedas – situação em que cabe regulação, com proteção ao consumidor. Ele explicou que, após a aprovação da lei tratando do tema, a CVM elaborou um parecer sobre criptoeconomia, com o racional de que, se um token está lastrado em um determinado ativo, o que vale, por analogia, é a aplicação da norma que trata desse ativo. Por exemplo, se um token está lastreado em uma debênture, como debênture será tratado. Ele avaliou que a tokenização vai funcionar, não para todos os produtos, mas que resolverá a situação de alguns temas específicos.

Já o CEO da Núclea, André Daré, destacou que o sandbox regulatório da CVM relativo a iniciativas ligadas à tokenização foi fundamental para o surgimento, por exemplo, da BEE4 – ambiente de negociação de ações de empresas com faturamento anual de até R$ 300 milhões e que tem a Núclea como investidora. Hoje, a BEE4 já conta com quatro empresas que realizaram emissões e duas corretoras conectadas. “O papel do regulador foi fundamental nesse processo.” Daré coloca, entre os principais desafios nesse processo, o custo de setup para a tokenização. Segundo ele, na prática, colocar as corretoras para negociar no mundo de DLT (sigla para “Distributed Ledger Technology” ou tecnologia de ledger distribuído) não é tão simples, considerando que essas corretoras possuem sistemas legados. Ele destacou, no entanto, que, hoje, a instituição vem avaliando, com base na legislação existente, quais as iniciativas e evoluções possíveis no universo da tokenização, com uma série de possibilidades no sentido de apoiar e simplificar processos.

A manhã trouxe, ainda, o já mencionado keynote speaker (principal palestrante do evento) Pedro Gurrola, apresentando uma perspectiva global do processo tecnológico e falando de estruturas monopolistas globais. Gurrola enfatizou quatro pontos importantes: a diferença entre ativos e suas características e benefícios; os diversos elos e processos da cadeia de valor; a dificuldade de implementar os benefícios para todos e a importância da participação dos órgãos reguladores.

Ele destacou, também, o crescimento do mercado. “Houve uma forte evolução nos últimos 10 anos, talvez não o ‘big bang’ que era esperado, mas um significativo progresso entre o que estamos discutindo hoje e o que discutíamos antes. Já vemos importantes players do mercado oferecendo soluções importantes baseadas em blockchain. Pensando no mundo das bolsas, vemos progressos; a tokenização e os ativos digitais deixaram de ser assunto de fronteira, marginal e se tornaram mainstream. Em termos globais, há um grande interesse e vemos uma velocidade de adoção ao redor disso”, declara.    

No Painel 3, moderado por Patricia Stille, cofundadora e CEO da BEE4, fechou a manhã com o tema Transição das bolsas para D+1 e o potencial do Drex na liquidação de valores mobiliários. “É um privilégio participar do evento e fomentar discussões tão importantes sobre inovações e suas aplicações, com destaque para o DREX e seus desdobramentos para o futuro mercado financeiro e economia brasileira”, diz Patricia Stille, cofundadora e CEO da BEE4.

Margareth Noda, gerente de Acompanhamento de Mercado da CVM, analisou as mudanças iniciadas há cinco anos, apresentando desafios para o controle de transações. “Não tínhamos muitas mudanças, já que nosso trade ocorria após a identificação dos investidores. Mas ficamos muito próximos da mudança na infraestrutura do mercado, dos operadores, para saber o que estava acontecendo e tomar decisões que possam tornar esse processo mais fácil para seus participantes.”

Já Marcelo Belandrino, Head de Produtos da JP Morgan, destacou o papel da moeda tokenizada brasileira para a redução de prazos. “Para ir para o D+1, tem de entender o cenário para lidar com investidores estrangeiros, de forma que já tenham ativos no Brasil – ou o Banco Central terá de fazer a liquidação da moeda no mesmo dia e, para isso, será necessário mudar o prazo, pois a janela terá que ir até 22h”, analisou.

O Tokenize 2024 – “Blockchain em infraestrutura de mercados regulados: desafios e oportunidades” é um evento da Núclea, referência em soluções de infraestrutura em transações digitais e inteligência de dados, em conjunto com a Febraban e apoio institucional da CVM.

Programação da tarde do Tokenize 2024
Às 15h, acontece o painel “Mitos e Realidade sobre o uso de Blockchain em Infraestruturas de Mercado Reguladas”, com Felippe Barretto (CVM) como mediador e Leandro Sciammarella (Núclea), George Marcel Smetana (Bradesco), Guto Antunes (Itaú Digital Assets) e Jochen Mielke (B3 Digitais).

No quinto painel, às 15h30, o tema é “Aplicações práticas de blockchain no mercado regulado e desafios de implementação”. Cesar Kobayashi (Núclea) mediará a conversa entre Márcio Castro (RTM), Paloma Sevilha (BEE4), Marina Copola (CVM) e André Passaro (CVM). 

Para fechar o evento, às 16h30, a discussão de e encerramento será sobre a “Agenda regulatória para acelerar a inovação e o desenvolvimento do mercado”, com Joyce Saika (Núclea), Alexandre Pinheiro dos Santos (CVM) e Luis Vicente de Chiara (Febraban).

Serviço 
TOKENIZE 2024 – “Blockchain em infraestrutura de mercados regulados: desafios e oportunidades” 
Realização da Núclea e Febraban e apoio institucional da CVM 
Data: 10 de outubro 
Horário: 9h às 17h 
Local: transmissão online  
Link para acompanhar o evento ao vivoTOKENIZE 2024: Blockchain em infraestrutura de mercados regulados: desafios e oportunidades – YouTube

Zuk e Itaú Unibanco promovem leilões com mais de 60 imóveis em outubro

A Zuk, empresa referência no mercado brasileiro de leilão de imóveis, em parceria com o Itaú Unibanco, está promovendo leilões com mais de 60 imóveis residenciais. Esta é uma excelente oportunidade para quem busca a casa própria ou deseja fazer um investimento com potencial de bom retorno. Os leilões principais acontecem nos dias 14, 27 e 30 de outubro, mas há ofertas durante todo o mês, com descontos que podem chegar a 56%. A forma de pagamento é à vista, e alguns imóveis têm desconto de 10% no ato da compra. Outros itens estão abertos à proposta, tudo para facilitar o processo de venda para os compradores interessados. 

As vendas acontecem de maneira totalmente on-line, na plataforma intuitiva da companhia. As oportunidades abrangem os seguintes estados: Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. 

Os valores variam de R$ 42 mil para um apartamento no Conjunto Esperança, Bairro Maré, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), com 34 metros quadrados, até R$ 12.609.438,00 milhões para uma fazenda no município de Brasilândia do Tocantins (TO), com 2.966,06ha. O imóvel com maior desconto (56% off) é uma casa de 153 mil no bairro Jardim Residencial Araretama , em Pindamonhangaba / SP, de 262 metros quadrados. 

Para participar, basta se cadastrar no Portal Zuk, consultar o edital do lote e fazer a oferta pelo imóvel desejado. 

Referência no ramo há 40 anos, com seu portal já consolidado na área de leilão judicial e extrajudicial, o Portal Zuk tem os imóveis como carro-chefe da casa. A empresa tem reconhecimento nacional e preços acessíveis, ajudando milhares de pessoas a realizar o desejo da casa própria ou do negócio dos sonhos. 

Influenciadores digitais: ferramenta gratuita usa IA para prospectar parcerias e monetizar audiência

O Brasil é líder em influenciadores digitais e, dado o cenário complexo para estabelecer colaborações e a necessidade de análises manuais para definir a monetização em campanhas, as ferramentas tecnológicas podem ser utilizadas para facilitar esse processo. Pensando nisso, a Airfluencers, plataforma especializada em conectar influenciadores digitais a grandes marcas, anuncia o lançamento de uma solução de Mídia Kit gratuita, que promete transformar a forma como criadores de conteúdo se apresentam ao mercado. Atualizado automaticamente a cada 24 horas, o recurso permite que influenciadores compartilhem métricas de alcance, visualizações e engajamento em tempo real, facilitando a prospecção de novas parcerias de forma profissional e eficiente.

Diferente dos modelos tradicionais, que exigem atualizações manuais e muitas vezes se tornam obsoletos, o Mídia Kit da Airfluencers garante que os influenciadores estejam sempre prontos para apresentar dados precisos. “Nosso objetivo é fornecer uma ferramenta indispensável para influenciadores que desejam se apresentar de forma profissional e atualizada, sem o ônus de ter que atualizar manualmente as métricas a todo momento”, afirma Rodrigo Soriano, CEO da Airfluencers.

Um dos principais diferenciais é a possibilidade de contato direto entre marcas e influenciadores, sem a necessidade de intermediários, o que torna o processo de negociação mais rápido e transparente. O acesso à ferramenta é simplificado por meio de um link intuitivo (https://airkit.to/login), que facilita o compartilhamento e impulsiona a visibilidade dos criadores de conteúdo.

A ferramenta faz parte de um sistema de gamificação que classifica os influenciadores em três níveis: bronze, prata e ouro. No nível bronze, basta criar a conta na plataforma. No nível prata, o influenciador completa o perfil com informações como localização e formas de negociação. Ao atingir o nível ouro, conectando a conta do Instagram, o influenciador desbloqueia o Mídia Kit e passa a ter maior destaque na plataforma, além de ganhar visibilidade extra com as marcas por meio da geolocalização. A solução está disponível para perfis com mais ou menos de 500 mil seguidores. 

O Mídia Kit também conta com a inteligência artificial Aira, que analisa os comentários da audiência e gera insights valiosos sobre o comportamento dos seguidores. Essas análises oferecem ao influenciador uma visão aprofundada do desempenho, ajudando a ajustar estratégias e aumentar o valor percebido por potenciais parceiros. “O uso da IA Aira permite transformar feedback direto da audiência em insights estratégicos, tornando o influenciador ainda mais atrativo para marcas”, complementa Soriano.

Com a nova solução, a Airfluencers não só resolve um dos maiores desafios do mercado – a manutenção e apresentação de dados confiáveis dos criadores de conteúdo digital – como também empodera influenciadores a monetizarem a audiência de forma otimizada. O Mídia Kit já está disponível e pode ser acessado por meio da plataforma. Para mais informações acesse https://airkit.to/login.

Mercado de Machine Learning Operations crescerá 45% ao ano até 2030

O mercado global de MLOps (Machine Learning Operations), soluções que auxiliam cientistas de dados a simplificar e otimizar processos de implantação de machine learning, terá um crescimento médio anual de quase 45% até 2030. A projeção foi feita pela empresa de pesquisas Valuates Reports, que estima um salto na valorização do segmento de US$ 186,4 milhões, alcançado em 2023, para US$ 3.6 bi. Uma das principais razões para o aquecimento deste mercado pode estar na redução de prazo para o desenvolvimento de modelos preditivos. A avaliação é de Carlos Relvas, Chief Data Scientist da Datarisk, empresa especializada no uso de inteligência artificial para gerar valor no conceito “decision as a service”.

Segundo ele, para desenvolverem sistemas semelhantes com os métodos tradicionais, as organizações levam uma média entre duas a três semanas, dependendo da complexidade do setor.  

“Em contrapartida, ao usar o MLOps o cientista de dados consegue automatizar todo o processo de criação. Primeiro ele faz toda a parte de treinamento do modelo por meio de um machine learning automático que testa algoritmos para ver qual deles funciona melhor. Neste momento, o cientista também consegue, se quiser, subir um código que ele já tenha próprio e salvar todos os documentos e todos os códigos, garantindo assim a proteção da documentação de todas as bases de dados. O sucesso do MLOps se deve ao fato de ele eliminar todas essas etapas com o próprio criador do modelo sendo ele mesmo responsável e tendo em mãos tudo o que precisa para ir do começo ao fim do projeto”, afirma.

Em 2024, a Datarisk lançou ao mercado uma solução MLOps focada em atender empresas protagonistas em atividades como concessão de crédito, risco de fraudes, propensão a mudança de trabalho, produtividade no agro, entre outras. Somente durante o primeiro semestre deste ano, a ferramenta foi utilizada para a realização de um volume superior a 10 milhões de consultas e, entre os benefícios obtidos pelos usuários desta tecnologia, um dos maiores destaques foi justamente a redução de tempo. Com o MLOps da startup, o prazo médio de três semanas caiu para uma questão de horas.

Carlos Relvas explica ainda que, depois que esse primeiro treinamento está construído, entra uma segunda etapa dentro da própria plataforma MLOps da Datarisk que é a parte na qual o cientista pode automaticamente, ele mesmo, criar uma API para o modelo passar a ser usado em ambientes externos. A terceira etapa, segundo ele, é a gestão da solução. Nesta fase, o objetivo é garantir que esse modelo que foi desenvolvido, treinado e está sendo usado continue tendo uma boa performance ao longo do tempo. “A ferramenta consegue monitorar tanto o uso de suas aplicações quanto o funcionamento das APIs para garantir não somente que está tudo operando conforme o programado, mas também permitir a aferição da qualidade do modelo. A solução viabiliza a verificação, por exemplo, se tem alguma variável que tenha mudado ao longo do tempo e emite alertas para o usuário final caso o modelo esteja perdendo performance”, afirma.

 A receptividade do mercado e as prospecções que a Datarisk tem feito permitem à empresa projetar um crescimento superior a cinco vezes o volume de uso desta solução até o final de 2025.

O Cofundador e CEO da Datarisk, Jhonata Emerick, explica que ao se tornar pioneira na oferta de soluções no conceito MLOps no Brasil, a startup está colocando em prática a estratégia de amadurecer e aperfeiçoar suas principais teses de negócios. “Entendemos com maior profundidade as carências do mercado e agora estamos preparados para oferecer soluções capazes de transformar de uma maneira absolutamente relevante a realidade da ciência de dados no país”, diz.

De acordo com Emerick, no caso específico do desenvolvimento de modelos preditivos, as soluções MLOps surgem como resposta a processos internos morosos desenhados para uma época na qual as empresas não precisavam gerir uma área de dados com a agilidade que é exigida atualmente.

“Geralmente são adotados os sistemas de filas de TI nas quais a área de data science termina de fazer um modelo e passa para a área de engenharia criar uma API. Essa, por sua vez, vai demorar um tempo significativo para fazer sua parte, quando então passará o projeto para o time de motor de crédito, por exemplo, para que ele finalmente implemente essa API, o que vai levar a outros prazos. O resultado é que, quando o modelo é implementado, a situação já é outra. Por isso a solução MLOps se torna tão efetiva no quesito otimização”, conclui.

Pesquisa revela que apenas 25% das empresas brasileiras possuem certificações de práticas ESG

Segundo levantamento da Bloomberg, o setor de ESG deve movimentar US$53 trilhões até 2025. As implementações de práticas ESG vêm crescendo consistentemente nos projetos e operações da Bermo Válvulas e Equipamentos Industriais, que faz parte do grupo alemão ARI-Armaturen. Tanto na gestão interna quanto nas soluções oferecidas aos clientes, a empresa adota estratégias que integram ações ambientais, sociais e de governança. 

Segundo a pesquisa realizada pela consultoria de inovação TEC Institute, em parceria com a MIT Tech Review Brasil, 75% das empresas do Brasil não possuem certificações ESG. Este cenário coloca a Bermo em uma posição de referência no mercado. 

Um dos pilares de atuação da empresa é a eficiência energética. De acordo com Bruno Abreu, diretor de Vendas e Marketing da Bermo – ARI Armaturen, a empresa desenvolve sistemas de válvulas e equipamentos que reduzem o consumo de energia, ajudando os clientes a cortarem custos operacionais e diminuírem sua pegada de carbono. “A escolha de materiais também segue essa linha, priorizando componentes de menor impacto ambiental em todas as fases do ciclo dos produtos, da produção ao descarte. Além disso, investimos de maneira recorrente em pesquisas e inovações, para garantir que suas tecnologias atendam a rigorosos padrões ambientais”, explica. 

Políticas internas da Bermo atendem ao ESG

Internamente, a Bermo implementa iniciativas como reciclagem de materiais, uso de energia renovável e práticas para reduzir emissões de carbono, buscando eficiência operacional e redução de impactos ambientais.

Abreu destaca que no campo social, a empresa promove condições de trabalho justas, e investe no desenvolvimento de seus colaboradores. “Além disso, participamos de iniciativas voltadas para a comunidade, reforçando nosso compromisso com a responsabilidade social. Com relação à economia, no ano passado, por meio de práticas de ESG, economizamos mais de 100 mil gigajoule em energia; mais de 7 mil toneladas de CO² a menos emitidos; mais de 97 mil m² de água e R$8 milhões economizado”, revela. 

Práticas ESG fazem parte do apoio aos clientes

As práticas ESG também são estendidas aos clientes da Bermo. A empresa oferece consultorias especializadas para orientar outras organizações na adoção de práticas sustentáveis, ajudando-as a se adaptar às crescentes demandas do mercado. “Nós buscamos manter constantemente um diálogo constante com seus stakeholders, incluindo clientes, fornecedores e comunidades, o que permite integrar suas expectativas nas estratégias de ESG, fortalecendo parcerias”, aponta Abreu. 

50% dos jovens brasileiros gostam de interagir com chatbots

Sempre conectada por aplicativos e, principalmente, avessa a conversas pelo telefone, a Geração Z, que corresponde aos jovens nascidos entre 1997 e 2010, é a mais adepta a uma das ferramentas mais utilizadas pelas empresas para comunicação com clientes. Foi o que revelou uma pesquisa da Infobip realizada em todas as regiões do Brasil. Segundo o estudo da plataforma global de comunicação em nuvem, 50% dos respondentes entre 18 e 24 anos disseram gostar de interagir com os famosos chatbots. 

As outras gerações não ficam atrás quando a preferência é conversar com robôs, com é o caso dos Millennials, nascidos entre 1981 e 1996. 46% dos entrevistados entre 25 e 34 anos gostam de interagir com chatbots, assim como 48% dos respondentes entre 35 e 44 anos. “As facilidades que os chatbots oferecem são inúmeras e têm conquistado todas as gerações. Rapidez no atendimento, disponibilidade 24 horas por dia, sete dias por semana e a resolução de pequenos problemas são alguns dos atrativos desta tecnologia”, explica Bárbara Kohut, especialista de produtos Latam da Infobip. 

Já quando o assunto é o canal favorito para comunicação com as empresas, o WhatsApp está no topo dos queridinhos. O aplicativo de mensagens, famoso no país, é o mais usado por 81% da geração Z e também se mostrou muito presente entre gerações anteriores, como a X e os Baby Boomers. 89% dos entrevistados entre 45 e 54 anos preferem o WhatsApp a outros meios de comunicação, como o email, que ficou em segundo lugar, e 82% daqueles com mais de 55 anos também. 

“É essencial que as empresas conheçam bem as preferências do seu público, especialmente entre as diferentes faixas etárias, para tornar a jornada do cliente mais satisfatória. Desta forma é possível fidelizar consumidores mais antigos e também conquistar novos”, detalha Bárbara. “Um dos pontos de mais atenção que tem sido exigido por todas as gerações na hora de fazer compras é a personalização”, completa 

Tendência global

Segundo dados do Relatório de Tendências de Mensagens Geracionais realizado pela Infobip no Brasil, Reino Unido, EUA, Indonésia, Índia e França, 86% dos entrevistados esperam comunicações direcionadas e relevantes, que devem ser personalizadas de acordo com a geração de cada cliente. 

O relatório mostrou que os Millennials são os mais abertos a novos canais de comunicação, com 60% demonstrando estar dispostos a fazer compras por meio de chatbots. Já 83% da Geração Z espera que as marcas os entendam como indivíduos, com 65% querendo um diálogo de mão dupla com as empresas. “Nossa pesquisa mostra que a maioria dos consumidores, independentemente da idade, deseja que as marcas interajam com eles como um amigo por meio de canais conversacionais, e dizem que isso aumentará sua lealdade”, pontuou Ivan Ostojić, Chief Business Officer da Infobip. 

No Brasil, as mensagens, sejam por WhatsApp, e-mail ou via redes sociais, têm sido o principal canal usado pelas marcas para convencer os clientes a efetuarem suas compras. 65% dos respondentes da pesquisa entre 18 e 24 anos já realizaram uma compra após receber ofertas de uma marca por meios digitais. As porcentagens também são altas para as outras gerações, como os Millenials, com 69% e 73% para aqueles entre 25 e 34 anos, e entre 35 e 44 anos, respectivamente, e para a Geração X e os Baby Boomers, com 66%, para as pessoas entre 45 e 54 anos, e com 60% para as pessoas com mais de 55 anos. 

“Neste contexto, a inteligência artificial tem ganhado cada vez mais destaque. Com a aplicação correta da tecnologia, é possível melhorar a oferta de promoções direcionadas para os gostos do cliente, facilitar etapas da jornada de compra para torná-la mais fluida, e até mesmo oferecer produtos personalizados para o que o cliente busca”, comenta Bárbara. O estudo da Infobip apontou que 33% de todos os entrevistados veem na IA um recurso útil para recomendações de lista de produtos personalizada para seus gostos e necessidades. 

“Independente da geração, os clientes estão se tornando mais adeptos à tecnologia. Seja com a utilização da IA ou dos chatbots, as empresas e marcas precisam estar atentas às novidades do mercado para prover a melhor experiência para seu público-alvo, que já não gosta de ser importunado por ligações”, finaliza. 

Metodologia

A pesquisa, encomendada pela Infobip e conduzida pela Broadminded, abrangeu todas as regiões do Brasil. O estudo entrevistou 1071 pessoas. Seu objetivo foi investigar o comportamento dos consumidores com relação a interações por meio de mensagens, e-mails e outros mecanismos utilizados para a comunicação com o cliente. Outros tópicos da pesquisa incluíram a utilização da inteligência artificial para a melhoria das tecnologias de atendimento. A pesquisa foi conduzida por meio de um painel online em julho de 2024.

O uso de dados ajuda no crescimento de usuários em apps de e-commerce e fintech?

A análise de dados vem desempenhando um papel fundamental no crescimento de aplicativos de e-commerce e fintechs. Por meio de insights detalhados sobre o comportamento dos usuários, as empresas conseguem segmentar seu público com precisão, personalizando interações e otimizando a experiência do cliente. Essa abordagem não apenas facilita a aquisição de novos usuários, mas também contribui para a retenção e expansão da base já existente.

Um estudo recente da Juniper Research, *Top 10 Fintech & Payments Trends 2024*, destacou que empresas que utilizam análises avançadas experimentam melhorias significativas. A personalização baseada em dados pode aumentar as vendas em até 5% em empresas que implementam campanhas direcionadas. Além disso, a análise preditiva permite otimizar os gastos com marketing, aumentando a eficiência de aquisição de clientes e reduzindo custos.

O impacto dessa abordagem é claro. O uso de dados nos proporciona uma visão abrangente do comportamento do usuário, permitindo ajustes em tempo real para melhorar a experiência e a satisfação. Isso se traduz em campanhas mais eficazes e em um aplicativo que evolui de acordo com as necessidades do usuário. A coleta e análise de dados em tempo real permitem identificar oportunidades e desafios de forma imediata, garantindo que as empresas estejam sempre à frente da concorrência.

Personalização e retenção com base em dados

A personalização é um dos maiores benefícios proporcionados pelo uso de dados. Ao analisar o comportamento dos usuários, é possível identificar padrões de navegação, compras e interações, adaptando as ofertas ao perfil de cada cliente. Essa abordagem aumenta a relevância das campanhas, resultando em maior conversão e fidelização.

Ferramentas como Appsflyer e Adjust ajudam a monitorar campanhas de marketing, enquanto plataformas como Sensor Tower fornecem insights de mercado para comparar o desempenho com concorrentes. Ao cruzar esses dados com informações internas, as empresas conseguem tomar decisões mais embasadas para impulsionar o crescimento.

Com dados em mãos, conseguimos oferecer a recomendação certa para o cliente certo, no momento certo, o que aumenta o engajamento e torna a experiência do usuário mais rica. Isso eleva as taxas de retenção e mantém os usuários ativos e interessados.

Tecnologias de machine learning e IA aceleram o crescimento

Tecnologias como machine learning (ML) e inteligência artificial (IA) estão ganhando espaço na estratégia de crescimento de apps de fintech e e-commerce. Elas possibilitam a previsão de comportamentos, a automação de marketing e até a detecção de fraudes em tempo real, resultando em maior eficiência e segurança.

Essas ferramentas ajudam a antecipar ações dos usuários, como a probabilidade de abandono ou predisposição à compra, permitindo intervenções antes que o cliente se desengaje. Isso garante a implementação de estratégias mais eficazes, como o oferecimento de promoções ou recomendações personalizadas no momento certo. Além disso, a IA automatiza processos de marketing, otimizando campanhas e maximizando o retorno sobre investimento.

Segurança e privacidade: desafios no uso de dados

O uso de dados em apps de fintech e e-commerce, embora benéfico, também traz desafios relacionados à privacidade e segurança. A proteção de informações sensíveis e o cumprimento de regulamentações como a LGPD e a GDPR são essenciais para garantir a integridade dos dados e a confiança dos usuários.

O desafio vai além de proteger os dados. As empresas também devem garantir que os usuários entendam como suas informações são utilizadas, sendo a transparência fundamental para construir essa confiança. Práticas de segurança robustas e o gerenciamento cuidadoso de consentimentos são indispensáveis para assegurar o crescimento contínuo e seguro das plataformas.

Equilíbrio entre dados e inovação

Apesar da importância da análise de dados, é crucial equilibrar o uso de insights quantitativos com uma abordagem qualitativa. O foco excessivo em dados pode, por vezes, sufocar a inovação, e a interpretação incorreta pode resultar em decisões equivocadas.

Portanto, é essencial combinar a análise de dados com uma compreensão profunda das necessidades dos usuários. Isso permite decisões mais assertivas e inovadoras, garantindo que as estratégias acompanhem as tendências do mercado e se mantenham adaptáveis.

Com esse equilíbrio, o uso de dados torna-se não apenas uma ferramenta de crescimento, mas uma base sólida para inovação e diferenciação competitiva.

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