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Logística reversa: setor de eletroeletrônicos avança com rastreabilidade auditada

Central de Custódia, primeira empresa brasileira habilitada pelo Ministério do Meio Ambiente como verificadora de resultados do sistema de logística reversa, firmou uma parceria estratégica com a ABREE – Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos. O objetivo é elevar os padrões de rastreabilidade, credibilidade e combate ao greenwashing no setor, em consonância com as mais recentes diretrizes governamentais.

A introdução da verificação de resultados de logística reversa no Brasil surgiu em 2022, atualizado para o Decreto Federal nº 11.413/2023, tornando-se o primeiro país no mundo a adotar a verificação independente como padrão governamental. A medida estabelece padrões para a rastreabilidade por meio de entidades homologadas, assegurando transparência, isenção e combate à prática de propaganda ambiental enganosa.

A Central de Custódia é detentora do maior sistema de dados de rastreabilidade da logística reversa do País e se torna a pioneira com sistema desenvolvido para eletroeletrônicos. “Essa parceria reforça nosso compromisso com a rastreabilidade de toda a cadeia de logística reversa e com a veracidade dos dados. O combate ao greenwashing exige ferramentas robustas e independentes, e o Brasil está à frente ao regulamentar esse modelo de verificação inédito no mundo”, afirma Fernando Bernardes, CEO da Central de Custódia.

A ABREE possui 52 associados que representam 173 marcas e atua em parceria com cerca de 3,5 mil pontos de recebimento espalhados por todo o território nacional. Apesar dos avanços, o setor ainda enfrenta desafios importantes, como engajar o consumidor na realização do descarte ambientalmente adequado nos pontos de recebimento e combater a informalidade no processamento de resíduos. Nesse contexto, a rastreabilidade e a verificação independente emergem como elementos-chave para garantir a integridade das operações.

“A transparência e a rastreabilidade são pilares fundamentais para o avanço da logística reversa no Brasil. A parceria com a Central de Custódia fortalece esse compromisso, ao oferecer uma base sólida de dados verificados que assegura a credibilidade dos resultados. Com esse apoio técnico, ampliamos nossa capacidade de mensurar impactos, identificar oportunidades de melhoria e garantir que cada equipamento descartado corretamente contribua, de fato, para um ciclo ambientalmente responsável”, destaca Robson Esteves, Presidente da ABREE.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), em2022 foi produzido um total de 62 milhões de toneladas de resíduos eletroeletrônicosEntretanto, apenas cerca de 22,3% da massa anual de resíduo eletroeletrônico foi coletada e reciclada adequadamente. O Brasil, como o principal gerador de resíduos na América do Sul, contribuiu com 2,4 milhões de toneladas para o total global.

A parceria entre as instituições permitirá que os dados de logística reversa sejam auditados em conformidade com os critérios estabelecidos pelo Ministério do Meio Ambiente. Isso também garante segurança jurídica aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes que integram o sistema coletivo de logística reversa da ABREE.

Lealdade à prova de inflação: estratégias para o varejo reter clientes em um cenário de preços altos

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 5,48% em 12 meses. No ano, até abril, o avanço é de 2,48%.Com a inflação elevada, o poder aquisitivo do público diminui, os gastos com jogos digitais aumentaram (R$ 30 bi por mês, segundo o BC) e a sensibilidade ao preço aumenta, forçando as empresas a repensarem as estratégias de retenção de clientes. E os consumidores cada vez mais mudam o comportamento para se adaptar ao aumento de custos de diversos produtos e serviços. 

Nesse cenário, o varejo enfrenta uma grande pressão para manter a base de consumidores fiel, mesmo diante da concorrência física e online crescente e das dificuldades econômicas. As marcas precisam estabelecer um novo tipo de relação com o shopper, já que este busca mais praticidade, preços justos e experiências personalizadas no contexto atual. 

É necessário inovar para criar relacionamentos de longo prazo com os clientes. Explorar o universo tecnológico é a única forma de garantir competitividade diante dos desafios contemporâneos, especialmente no Brasil. 

Monetização de dados

Para atingir um consumidor cada vez mais exigente e que possui uma gama de opções à frente, é preciso entender as suas preferências e interesses. É aqui que a ciência de consumo, apoiada por tecnologia e inteligência de dados entra como grande aliada das empresas, visto que tem o potencial de transformar essas informações em estratégias rentáveis.

O CRM (sigla em inglês para “Gestão de Relacionamento com o Cliente”) é uma grande prova disso. Essa ferramenta permite que as empresas coletem, organizem e analisem dados sobre hábitos de consumo e histórico de compras, tanto de clientes atuais quanto potenciais. Isso possibilita a criação de experiências mais personalizadas para cada shopper, garantindo que este receba ofertas e comunicações alinhadas às suas necessidades.

Os programas de relacionamento são bons exemplos de ações derivadas do uso do CRM. O varejista pode implementá-los pensando em uma estrutura que atinja consumidores com um menor poder aquisitivo, que priorizam preços menores – como acontece com frequência em épocas de pico de inflação. Seja por meio de descontos, prêmios ou outras vantagens, é possível manter essa pessoa satisfeita, o que tende a promover a sua fidelização.

Físico e digital integradosA transformação dos ambientes físicos das marcas também se tornou relevante, principalmente no que se refere à interação com o digital. Uma experiência significativa para os clientes modernos implica totalmente na integração dessas duas esferas.

Nesse sentido, podemos ver muitos varejistas entendendo essa dinâmica quando apostam em estratégias de retail media e parcerias comerciais. Com isso, podem criar espaços publicitários em plataformas online, permitindo que marcas invistam em anúncios diretamente para consumidores qualificados.

Ou ainda podemos pensar nas gôndolas estendidas, que surgem como uma solução inteligente para que o varejo amplie a oferta sem precisar investir em mais espaço físico ou estoque. Nesse modelo, o cliente acessa um catálogo digital dentro da própria loja ou via canais online, podendo comprar produtos que não estão fisicamente disponíveis na unidade, mas que serão entregues diretamente por centros de distribuição ou pela indústria. Ou seja, as vendas são maximizadas ao entregar ao consumidor o produto desejado e os custos operacionais tradicionais ainda são cortados.

Outras vantagens de estratégias de fidelizaçãoMais do que o aumento do faturamento em si, buscar ações para reter clientes traz outras vantagens, que podem fazer uma grande diferença em períodos econômicos complicados. A redução de gastos é uma das principais, uma vez que manter uma base de consumidores antigos tem um custo menor do que atrair novos. 

Outro benefício é que clientes fidelizados tendem a divulgar espontaneamente a loja por conta da experiência positiva. Ou seja, a imagem e a percepção do público sobre a empresa é desenvolvida organicamente, mostrando que ali é um ambiente de consumo saudável mesmo em épocas desafiadoras. 

Uma vantagem leva a outra. Acompanhar as mudanças do mercado e dos consumidores por meio da inovação não é só uma questão de sobrevivência, mas de manter o negócio relevante olhando para o seu próprio potencial.

White label é para todas as empresas? Veja como a tecnologia pode ser a chave para expandir negócio

A tecnologia white label é uma solução comumente utilizada por empresas que buscam crescimento e inovação sem precisar investir milhões no desenvolvimento de plataformas próprias. Esse modelo permite usar sistemas prontos, mas personalizados com a identidade de cada organização, garantindo rapidez na implementação e foco total na experiência do cliente. Mas será que essa ferramenta é a melhor opção para todos os modelos de negócio?

Empresas de diversos setores já adotam essa abordagem. Fintechs, por exemplo, lançam bancos digitais e carteiras virtuais sem precisar construir toda a infraestrutura bancária do zero. O mesmo acontece no varejo. “Algumas plataformas oferecem lojas online completas, adaptadas às necessidades de cada marca, e conseguem fornecer softwares de gestão com a identidade visual de seus clientes, sem que eles precisem desenvolver um novo sistema”, comenta Zoltan Schwab, executivo da vhsys, empresa de tecnologia especializada em soluções de gestão empresarial online.

Se tempo é dinheiro, contar com uma solução pronta e confiável pode acelerar a entrada no mercado e evitar dores de cabeça com desenvolvimento e manutenção. Em vez de gastar meses ou anos construindo um sistema, uma empresa pode lançar novos serviços rapidamente e concentrar os esforços na diferenciação e no crescimento. Os custos iniciais também são significativamente menores, uma vez que a tecnologia já está validada e em pleno funcionamento.  

Além disso, com a chegada da Reforma Tributária, muitas empresas estão revendo seus modelos de operação para ganhar eficiência fiscal e se adaptar às novas exigências legais. Para isso, soluções white label ganham ainda mais relevância ao oferecerem agilidade e flexibilidade, permitindo que as empresas se ajustem rapidamente às mudanças no ambiente regulatório.

Análise cuidadosa

Apesar das vantagens, é importante analisar algumas questões antes de prosseguir com a contratação de um sistema white label. Uma das principais é a dependência do fornecedor; é indispensável escolher um parceiro confiável para garantir que a plataforma continue evoluindo e que a empresa não fique presa a uma tecnologia defasada.

Outro ponto de atenção é a diferenciação; se várias organizações usam a mesma solução, como garantir que uma se destaque? “A resposta está na personalização e na experiência oferecida ao cliente”, continua Zoltan. 

O custo-benefício também precisa ser avaliado a longo prazo. Embora o modelo white label reduza os gastos iniciais, algumas soluções trazem taxas recorrentes que podem se tornar um peso financeiro ao longo dos anos. Além disso, nem sempre é possível customizar a plataforma exatamente como desejado, o que pode ser um problema para empresas que precisam de funcionalidades muito específicas.  

No fim das contas, a tecnologia white label pode ser um grande trunfo para negócios que querem crescer rápido e com menos riscos. “Mas, antes de embarcar nessa estratégia, avalie se esse modelo faz sentido para seus objetivos e se o parceiro escolhido oferece flexibilidade e suporte adequados. Se bem planejada, a abordagem pode ser a chave para expandir sua empresa e consolidar a marca no mercado, sem precisar reinventar a roda”, finaliza Zoltan.

Tecnologia na gestão: benefícios e desafios para as empresas

A tecnologia deixou de ser apenas uma ferramenta de apoio para se tornar protagonista no cotidiano das empresas. Sua presença tem remodelado a forma como os negócios são conduzidos, influenciando tanto os processos internos quanto a maneira como líderes e equipes se relacionam com o trabalho. Essa transformação traz uma série de benefícios, mas também apresenta desafios importantes, e compreender esse equilíbrio é essencial para o sucesso organizacional.

Entre os principais ganhos está a digitalização das tarefas, que trouxe mais velocidade e eficiência para atividades que antes demandavam tempo e recursos. Além disso, novas plataformas e sistemas surgem constantemente, permitindo que o trabalho seja feito com mais precisão, agilidade e qualidade, o que possibilita entregas ainda mais rápidas, com maior qualidade e foco nos resultados esperados.

Outro aspecto que merece bastante destaque é a automação. Delegar tarefas repetitivas às máquinas libera os profissionais para focarem em decisões mais estratégicas. Afinal, com menos esforço dedicado a rotinas operacionais, os times conseguem ampliar a visão e capacidade de análise, tomando decisões mais embasadas e eficazes. Como resultado, há uma redução nos custos operacionais e maior fluidez nos processos internos.

A tecnologia também tem sido uma aliada dos gestores nessa era dos dados que vivemos, já que esses profissionais precisam lidar com uma grande quantidade de informações em tempo real. Com as ferramentas certas, é possível filtrar o que é realmente importante e priorizar o que é considerado relevante, deixando de lado o improviso e o “achismo”, o que consequentemente traz mais segurança e consistência para a gestão.

A comunicação corporativa também foi profundamente impactada. Algumas ferramentas de comunicação como o Meet, por exemplo, possibilitaram a colaboração entre equipes mesmo à distância, promovendo integração, agilidade e uma troca mais transparente. Isso tem sido essencial para resolver problemas com mais rapidez, impulsionando a inovação e favorecendo uma resposta rápida diante dos desafios diários.

Nesse contexto, diferentes modelos de trabalho como o híbrido e o home office, que se tornaram a realidade de muitos profissionais durante a pandemia, ganharam cada vez mais espaço e se mostraram viáveis. Para os gestores, esses dois formatos fazem com que seja necessário a adoção de novas formas de liderar e acompanhar a produtividade, mesmo à distância, algo totalmente possível com as ferramentas e práticas adequadas.

Claro que nem tudo são flores. A tecnologia traz desafios importantes para uma gestão: riscos relacionados à segurança da informação, necessidade de qualificação constante e o perigo da dependência excessiva de sistemas. Além disso, mudanças tão rápidas exigem flexibilidade, algo que pode ser mais difícil para aquelas empresas com estruturas mais rígidas, sendo preciso ter uma estrutura consolidada previamente.

No fim das contas, a tecnologia pode e deve ser vista como uma parceira estratégica da gestão empresarial. Quando implantada com critério, planejamento e foco na capacitação da equipe, potencializa resultados e fortalece a competitividade. As organizações que souberem alinhar inovação com uma gestão sólida estarão mais preparadas para prosperar em um cenário de mudanças constantes.

O futuro do marketing: inovação ou vício disfarçado?

Falar de futuro do marketing sem falar de saúde mental é fazer futurologia com venda nos olhos. 

Há muitas projeções sobre o que será o futuro do marketing. Talvez já estejamos nele. Fala-se muito em tendências imediatas, inteligência artificial, automação, hiperpersonalização… Tudo para manter as empresas um passo à frente da concorrência. 

Claro, tudo isso importa. Mas há algo que importa mais — e que é constantemente ignorado: os efeitos do marketing digital sobre os consumidores. Ou melhor: os “usuários”, como se convencionou dizer nesta indústria. 

Há estudos, artigos e livros que alertam para os impactos desse sistema sobre a saúde mental e física. Jonathan Haidt, por exemplo, mostra como as redes sociais têm alimentado uma epidemia silenciosa de ansiedade, comparação e vício. 

Enquanto empresas disputam entre si por atenção, pouca gente se pergunta: Por que clicamos no que clicamos? Por que sentimos prazer e culpa ao mesmo tempo? Por que compramos sem pensar — ​​e depois nos arrependemos? 

É sobre isso que deveríamos estar falando quando falamos em “futuro do marketing”. Será um futuro de oportunidades, conexões e consciência? 

Ou será um sistema automatizado onde robôs direcionam humanos robotizados a comprar o que não precisam, enquanto chamamos isso de “engajamento”? 

Vale a reflexão: o que estamos fazendo com o nosso marketing?

Mais da metade das pessoas com deficiência ainda enfrentam barreiras na web, revela novo estudo da Hand Talk

No Brasil, mais da metade das pessoas com deficiência ainda encontra dificuldades para acessar sites e plataformas digitais. É o que aponta a nova edição do Panorama de Acessibilidade Digital, estudo conduzido pela Hand Talk, startup pioneira no uso de inteligência artificial para acessibilidade digital, em parceria com o instituto Opinion Box. Segundo a pesquisa, apenas 39% das pessoas com deficiência afirmam que os sites atendem às suas necessidades. 

Realizada com participantes de três perfis — pessoas com deficiência, profissionais da área de acessibilidade e usuários da web —, a pesquisa traz uma leitura aprofundada sobre a realidade da acessibilidade digital no Brasil. De acordo com o levantamento, ajustes simples, como aumento de fonte e contraste, ainda são as principais necessidades apontadas — e, ao mesmo tempo, as mais negligenciadas. “É essencial capacitar quem desenvolve sites para identificar e implementar melhorias. Isso exige investimento em tecnologia, educação e mudança de mentalidade dentro das empresas”, destaca Ronaldo Tenório, CEO e cofundador da Hand Talk. “A acessibilidade digital não pode ser tratada como um ‘extra’, mas como uma estratégia de base.”, completa.

Empresas começam a mudar, mas enfrentam barreiras internas

Apesar de 49% das empresas declararem ter iniciativas de acessibilidade digital, 27% dos gestores enfrentam dificuldades para convencer outras áreas sobre sua importância. E mesmo após a implementação, 28% relatam que as barreiras culturais são o maior entrave para manter essas iniciativas. O estudo também aponta que 54% dos profissionais da área sentem uma mudança cultural positiva nas empresas, o que pode indicar o início de um processo mais estruturado de transformação.

Outro dado relevante é que 42% dos entrevistados percebem um aumento nas vagas afirmativas para pessoas com deficiência. No entanto, a inclusão ainda é limitada quando os recursos digitais necessários para o trabalho ou o acesso ao processo seletivo não são acessíveis. Além disso, 31% dos consumidores com deficiência consideram o atendimento via SAC insatisfatório, mostrando que a experiência digital como um todo ainda carece de ajustes fundamentais.

Tecnologia e inclusão caminham juntas

A Hand Talk é uma empresa que ajuda a quebrar a barreira de comunicação por meio da tecnologia. É premiada internacionalmente como Melhor Aplicativo Social pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pioneira no uso de inteligência artificial para acessibilidade. Em 2024, atingiu a marca de 3,3 bilhões de palavras traduzidas. Companhias como Chevrolet, Hershey ‘s, LG, Sodexo, Samsung e PwC fazem parte da carteira de clientes da startup. No início de 2025, foi adquirida pela Sorenson, líder global em soluções de comunicação para pessoas surdas e com deficiência auditiva e uma das maiores empresas de tradução do mundo.

Desde 2014, com o lançamento do Hand Talk Plugin — solução de acessibilidade para sites de empresas que conta com diversos recursos assistivos —, a empresa vem desenvolvendo soluções baseadas em inteligência artificial para tornar a web mais inclusiva. A primeira edição do Panorama de Acessibilidade Digital aconteceu em 2024, considerando dados de 2023. Agora, em 2025, com informações referentes a 2024, a Hand Talk expande o debate sobre o tema.

“Mais do que oferecer soluções inovadoras, estamos comprometidos em fomentar o diálogo, promover o aprendizado contínuo e colaborar com instituições para ampliar a acessibilidade em todos os aspectos. Este estudo representa um passo na direção de um futuro mais inclusivo, em que a tecnologia e a inteligência artificial atuem como aliadas na garantia da participação plena de todas as pessoas”, conclui Tenório.

O estudo completo está disponível gratuitamente. Interessados também podem acessar o curso gratuito Liderando Iniciativas de Acessibilidade Digital, oferecido pela empresa para capacitar profissionais e gestores sobre o tema.

Como lidar com a era da inteligência operacional em redes

Com o avanço acelerado da digitalização e o crescimento exponencial de dados corporativos, as redes deixaram de ser apenas infraestrutura técnica para se transformar em centros vitais da operação e da estratégia das empresas brasileiras. Dados recentes do Gartner indicam que até 2027, mais de 70% das grandes organizações no Brasil dependerão diretamente de inteligência operacional aplicada às redes para manter sua vantagem competitiva e segurança operacional.

Nesse contexto, o uso inteligente de automação, aprendizado de máquina e análise em tempo real torna-se não apenas um diferencial, mas uma exigência estratégica para empresas que buscam resiliência, agilidade e crescimento sustentável. E esse movimento abre caminho para a era da Inteligência Operacional (IO) – um cenário em que decisões e ajustes ocorrem em tempo real, guiados por dados abrangentes e automação inteligente dentro das redes corporativas.

Inteligência Operacional: decisões em tempo real

Originalmente aplicado à esfera de TI – acompanhando métricas de servidores, tráfego de rede, aplicações e segurança –, o conceito de IO se estende, hoje, a praticamente qualquer atividade operacional da empresa, graças à proliferação de sensores, dispositivos conectados e fontes de dados diversas.

O principal benefício dessa inteligência em tempo real é a agilidade na resposta: problemas e oportunidades podem ser abordados no exato momento em que surgem – ou até mesmo antecipados, como no caso de manutenção preditiva. Ou seja, em vez de reagir a incidentes de rede somente depois que eles impactam usuários ou operações, as empresas passam a atuar de forma preventiva e orientada por dados.

Essa postura diminui tempos de indisponibilidade, melhora a experiência dos usuários e evita prejuízos operacionais. Por exemplo, em uma rede corporativa guiada por IO, um pico súbito de latência em um link crítico pode gerar um alerta imediato e até acionar ajustes automáticos de roteamento antes de se tornar um problema maior. Da mesma forma, padrões de uso anômalos podem ser detectados continuamente – indicando necessidade de capacidade extra ou possíveis ameaças de segurança –, permitindo ações corretivas instantâneas.

Esse conceito se alinha ao que o mercado de TI tem chamado de AIOps (Artificial Intelligence for IT Operations), integrando IA e automação para otimizar operações de TI e redes de forma integrada e autônoma.

IA, machine learning e automação na gestão de redes em tempo real

A integração de IA e machine learning à automação de redes permite que a infraestrutura corporativa se torne mais inteligente e autônoma, ajustando parâmetros em tempo real para otimizar desempenho e segurança.

Com a IA, a automação de rede atinge um novo patamar de sofisticação. As redes dotadas de algoritmos inteligentes conseguem otimizar o próprio desempenho, detectar falhas de forma preditiva e reforçar a segurança de modo automatizado. Ferramentas de IA analisam o volume de dados de tráfego e ajustam configurações dinamicamente para maximizar a eficiência, sem necessidade de intervenção humana direta.

Isso significa, por exemplo, calibrar larguras de banda, prioridades de tráfego ou rotas alternativas conforme as condições da rede, garantindo alta performance mesmo em momentos de pico. Ao mesmo tempo, sistemas inteligentes conseguem identificar antecipadamente indícios de falha – um aumento atípico de perda de pacotes ou um comportamento anômalo em um roteador – e agir antes que o problema afete os usuários, seja reiniciando um equipamento, isolando um segmento da rede ou alertando as equipes de suporte com um diagnóstico preciso.

A segurança também é amplificada pela IO e pela automação inteligente. Soluções com IA monitoram ameaças cibernéticas em tempo real, filtrando tráfego malicioso e aplicando medidas de mitigação automaticamente quando detectam comportamentos suspeitos.

Projeções indicam que até 2026 pelo menos 30% das empresas vão automatizar mais da metade das atividades de gerenciamento de rede – um salto considerável frente a menos de 10% que faziam isso em 2023. Esse avanço reflete a percepção de que somente com automação inteligente será possível administrar o crescente grau de complexidade das redes modernas e atender às demandas do negócio em tempo real.

Desafios de implementação

Apesar dos benefícios claros, implementar e sustentar a inteligência operacional em larga escala traz desafios significativos para grandes empresas. Um dos principais entraves é de natureza tecnológica: a falta de integração de dados entre sistemas e ferramentas legadas. Muitas organizações ainda lidam com “silos” de dados isolados, o que dificulta obter uma visão unificada das operações da rede.

Integrar sistemas heterogêneos e unificar fontes de dados é um passo obrigatório na jornada da inteligência operacional. Outra barreira evidente está na escassez de mão de obra especializada. As soluções de IA, machine learning e automação exigem profissionais com competências técnicas avançadas – desde cientistas de dados capazes de criar modelos preditivos até engenheiros de rede aptos a programar automações complexas. De acordo com estimativas de mercado, ao menos 73% das empresas no Brasil não possuem equipes dedicadas a projetos de IA, e cerca de 30% atribuem essa ausência diretamente à falta de especialistas disponíveis no mercado.

Outro aspecto que torna sua implementação bastante complexa é a heterogeneidade dos ambientes corporativos, que podem incluir múltiplas nuvens (pública, privada, híbrida), uma proliferação de dispositivos da Internet das Coisas (IoT), aplicativos distribuídos e usuários conectando-se de vários locais e redes (especialmente com o trabalho remoto e híbrido).

Integrar plataformas de IO a esse ambiente fragmentado requer não só investimento em ferramentas compatíveis, mas também planejamento arquitetural cuidadoso para conectar fontes de dados diversas e garantir que as análises reflitam a realidade completa da rede.

Resiliência e evolução impulsionadas por inteligência operacional

Diante de tudo isso, fica claro que a inteligência operacional não é apenas mais uma tendência tecnológica; se tornou um pilar essencial para a resiliência e a evolução das redes corporativas.

Em um ambiente de negócios onde interrupções de serviço podem gerar prejuízos milionários, e onde a agilidade e a experiência do cliente são diferenciais competitivos, a capacidade de monitorar, aprender e reagir em tempo real desponta como fator estratégico de grande peso. Ao adotar análises em tempo real, automação e IA de maneira coordenada, as empresas podem elevar suas operações de rede a um novo nível de inteligência e resiliência.

Esse é um investimento que reforça a capacidade de adaptação contínua da organização: diante de novas demandas de mercado, de avanços como 5G, ou de eventos inesperados, a rede inteligente consegue evoluir e se recompor rapidamente, sustentando a inovação em vez de freá-la. Em última análise, lidar com a era da inteligência operacional em redes não é apenas uma questão de eficiência técnica, mas de garantir que a infraestrutura digital da empresa seja capaz de aprender, se fortalecer e guiar o negócio rumo ao futuro, com robustez e agilidade.

O que muda no e-commerce brasileiro com a chegada do TikTok Shop

A chegada do TikTok Shop ao Brasil marca um novo capítulo no comércio eletrônico nacional. Mais do que uma simples funcionalidade, trata-se de uma transformação significativa na forma como marcas, criadores de conteúdo e consumidores se relacionam. Pela primeira vez, a jornada de compra pode começar sem que o usuário precise sair da rede social.

Enquanto o objetivo da big tech chinesa é que os consumidores também finalizem as compras por lá, alguns canais de vendas já estão consolidados entre os brasileiros. Além de grandes marketplaces, empresas acreditam no modelo de venda direta, em portal proprietário, com códigos de desconto rastreáveis e distribuídos por influenciadores.

Matheus Mota, CEO da B4You, plataforma brasileira que conecta marcas a criadores de conteúdo com foco em performance e vendas, aponta que o verdadeiro diferencial competitivo não estará apenas no uso de tecnologias como o TikTok Shops, mas na capacidade das empresas de gerenciar de forma estratégica suas parcerias com creators e entender com precisão o perfil dos produtos mais adequados para esse ambiente. “Não basta adicionar um link de compra a um vídeo; é preciso contar uma história, construir autoridade e despertar desejo, tudo isso em poucos segundos”.

Nesse contexto, a escolha dos criadores certos se torna peça-chave. Mais do que números de seguidores, vale o engajamento real, o alinhamento com os valores da marca e a capacidade de influenciar decisões de compra. É justamente aí que muitas empresas ainda encontram dificuldades.

Com a chegada do TikTok Shop, o mercado de creators tende a aquecer ainda mais. A demanda por influenciadores com poder real de conversão deve crescer exponencialmente, e plataformas como a B4You serão fundamentais nesse processo de profissionalização e sofisticação do setor – por oferecerem formas de fazer a gestão completa dos criadores de conteúdos e campanhas.

A aposta do TikTok

Fora do Brasil, o modelo adotado pelo TikTok Shop já se mostrou eficaz, principalmente entre os mais jovens, acostumados a consumir entretenimento e produtos ao mesmo tempo. Por aqui, a tendência encontra terreno fértil em um ecossistema digital dinâmico, criativo e altamente engajado. Mas, apesar do entusiasmo, uma questão permanece: o consumidor brasileiro está preparado para essa nova experiência de compra?

Segundo relatório assinado pelo Santander, a expectativa é que o TikTok Shop capture entre 5% e 9% do comércio eletrônico no país até 2028, o que pode representar até R$ 39 bilhões em volume bruto de mercadorias (GMV). Moda e beleza despontam como os segmentos com maior potencial de tração dentro da plataforma, impulsionados pelo apelo visual e pelas decisões de compra por impulso típicas do ambiente de social commerce.

“O público vai sentir o que está por vir. O próprio usuário vai demorar para acostumar a usar o TikTok Shop. Esse primeiro ano será um ano de hype, porém ao mesmo tempo de adaptação. A Geração Z vai confiar de primeira, mas as outras tendem a ter um pouco de resistência à plataforma”, afirma Matheus Mota, CEO da B4You.

O TikTok Shop inaugura, portanto, uma nova era onde conteúdo e comércio caminham lado a lado. Para as empresas, trata-se de uma oportunidade única, mas também de um desafio concreto. A corrida já começou, e quem souber conectar narrativas, pessoas e produtos com estratégia e inteligência sairá na frente.

Bitcoin comemora Pizza Day com novo recorde de preço

O Bitcoin, a famosa criptomoeda criada por Satoshi Nakamoto em 2007, deixou de ser uma curiosidade digital para se consolidar como um ativo financeiro global. Cotado hoje a cerca de 111 mil dólares, a criptomoeda passou por anos de amadurecimento, impulsionado por avanços tecnológicos, regulação e adoção institucional.

Um marco significativo que mudou a história do bitcoin para sempre aconteceu em 22 de maio de 2010, no estado da Flórida, Estados Unidos. Nesse dia, o programador Laszlo Hanyecz realizou a primeira transação comercial com bitcoin ao pagar 10 mil BTC por duas pizzas. Naquele momento, isso equivalia a cerca de 41 dólares. Desde então, a data é celebrada como o Bitcoin Pizza Day — símbolo do início da utilização do bitcoin no mundo real.

“O Bitcoin Pizza Day é mais do que uma curiosidade histórica. Ele representa o quanto a criptoeconomia evoluiu em uma década. No Brasil, vemos esse movimento de amadurecimento muito claramente: investidores mais sofisticados, regulação avançando e um ecossistema cada vez mais preparado para o futuro das finanças. O bitcoin, que já foi usado para comprar uma pizza, hoje é uma ferramenta de diversificação e inclusão financeira real”, destaca Bárbara Espir, Country Manager da Bitso no Brasil.

O que se poderia comprar com 10.000 BTC em 2025?

Se você está pensando no que poderia comprar com essa fortuna – aproximadamente 969 milhões de dólares –, estes seriam alguns dos bens que poderia adquirir hoje ao redor do mundo. Isso está muito longe dos 41 dólares que custaram aquelas duas caixas de pizza do Papa John’s em 2010:

  • O time de futebol inglês Manchester United¹, avaliado em cerca de 789 milhões de dólares. Ele está entre os 10 mais valiosos do mundo e já ganhou 6 títulos da UEFA Champions League.
  • H3 da Oceanco², um iate de luxo de 105 metros, considerado o mais caro do mundo, custando cerca de 310 milhões de dólares. Originalmente, foi construído para a família real do Catar.
  • A mansão Xanadu 2.0 do Bill Gates. Ela tem mais de 6 mil metros quadrados, está localizada em Washington e é avaliada em cerca de 130 milhões de dólares.
  • Ilha de Kaibu , situada em um arquipélago de Fiji, no Oceano Pacífico, está à venda por 79 milhões de dólares e é considerada uma das mais caras do mercado.
  • Um Rolls Royce ‘La Rose Noire Droptail’, o carro mais luxuoso do mundo, por cerca de 34 milhões de dólares.

Avanços recentes do Bitcoin e do mercado cripto no Brasil

O ano de 2024 marcou uma nova fase de consolidação para o bitcoin e para o mercado cripto global. A capitalização de mercado da criptomoeda praticamente dobrou, saltando de 840 bilhões de dólares para impressionantes 1,9 trilhão de dólares, o que posicionou o ativo como o sétimo mais valioso do mundo. Entre os marcos que impulsionaram esse desempenho está a aprovação dos primeiros ETFs de bitcoin nos Estados Unidos. O fundo da BlackRock, por exemplo, ultrapassou os 50 bilhões de dólares em ativos sob gestão, superando até o tradicional ETF de ouro, avaliado em 33 bilhões de dólares.

No aniversário de 15 anos dessa data, o bitcoin se recuperou novamente e se manteve acima dos 110 mil dólares. A criptomoeda parece ter se juntado à celebração e já quebrou um novo recorde. O ativo superou hoje seu preço máximo histórico (ATH), e na manhã do dia 22 de maio, chegou a ser cotado a 111.861 dólares.

Na América Latina, o Brasil teve um papel central nesse cenário de amadurecimento. Segundo a 3ª edição do relatório Panorama Cripto na América Latina, o país continua sendo um dos principais mercados da Bitso na região. Em 2024, a base de usuários cresceu 6% no país, alcançando 1,9 milhão de clientes. Além disso, o perfil do investidor brasileiro evoluiu: houve maior diversificação de portfólios e aumento no uso de ferramentas avançadas de trading. Pela primeira vez, as stablecoins (USDC e USDT) superaram o bitcoin nas compras, somando 26% dos ativos adquiridos, enquanto o BTC representou 22% — uma provável resposta à volatilidade do real e à busca por mais estabilidade.

Mais do que uma celebração da primeira compra com criptomoedas, o Bitcoin Pizza Day se fortaleceu como símbolo do avanço de um ecossistema que hoje representa acesso, inovação e inclusão financeira. Ano após ano, a data mobiliza uma comunidade global cada vez mais engajada, que vê nas criptos um motor de transformação rumo à digitalização da economia.

Estudo realizado por consultoria revela por que programas de liderança fracassam nas empresas

Os programas de desenvolvimento de liderança são ferramentas fundamentais para o crescimento e sucesso das empresas, mas muitos deles ainda falham em alcançar seus objetivos. De acordo com o estudo “A Nova Era do Desenvolvimento de Liderança”, realizado pela Innoscience, consultoria especializada em inovação, cinco problemas recorrentes comprometem a eficácia dessas iniciativas: treinamento isolado, desalinhamento com a realidade da empresa, estrutura organizacional engessada, falta de envolvimento da alta liderança e ausência de oportunidades práticas para aplicação do aprendizado.

A pesquisa aponta que, quando o aprendizado não é alinhado ao contexto da empresa e não permite aplicação prática, transferência de conhecimento é comprometida e os resultados esperados não se concretizam. Além disso, o estudo destaca que estruturas hierárquicas rígidas e a falta de patrocínio da alta liderança contribuem para a estagnação dos programas. Sem apoio direto dos líderes seniores, os participantes tendem a se desengajar e a enxergar o desenvolvimento como uma formalidade, e não como uma prioridade estratégica para a organização.“É comum vermos treinamentos focados apenas em conteúdo teórico, sem conexão com a realidade do negócio ou com chances reais de experimentação. Isso gera líderes despreparados para lidar com os desafios do cotidiano corporativo”, afirma Maximiliano Carlomagno, sócio da Innoscience.

Para superar esses desafios, a Innoscience defende uma abordagem mais integrada, adaptada à realidade de cada empresa. “É fundamental personalizar os programas de desenvolvimento de liderança e garantir que eles estejam conectados com os objetivos estratégicos da organização. Somente assim será possível formar líderes capazes de gerar impacto real”, conclui Carlomagno. O estudo também apresenta caminhos práticos para transformar o desenvolvimento de líderes em uma vantagem competitiva. Entre as soluções propostas, destacam-se personalização do aprendizado com IA, trilhas sob medida, adaptadas ao perfil e aos desafios reais de cada líder, promovendo maior engajamento e aplicabilidade. Aprendizado imersivo com uso de metodologias como realidade virtual e bootcamps de liderança para simular situações reais e acelerar a prática de competências críticas.

Outras analises também reforçam a Integração com a rotina e a estratégia do negócio – os programas deixam de ser eventos pontuais e passam a ser parte do fluxo de trabalho, com foco em resultados mensuráveis. Mentorias e aprendizado social, incentivo ao peer learning e à criação de comunidades internas de líderes para troca de experiências e aceleração do desenvolvimento. Medição contínua de impacto, com uso de KPIs e modelos de ROI para avaliar a transformação gerada pelos programas em comportamento, performance e resultados organizacionais.

Essas abordagens, já adotadas por empresas como Google, Unilever e Microsoft, mostram que é possível reinventar a forma como as organizações formam seus líderes, e que os resultados podem ser tangíveis. Todos os insights, estão disponíveis no link. 

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