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CIO como catalisador da IA: da experimentação ao impacto nos resultados

Tenho acompanhado de perto a transformação provocada pela inteligência artificial no mundo dos negócios. No centro dessa revolução, o papel do CIO tem evoluído rapidamente. Não basta mais viabilizar tecnologia. É preciso liderar a mudança. E é aqui que mora a diferença entre um CIO operacional e um CIO verdadeiramente transformador.

O CIO que atua apenas como viabilizador técnico da IA perde a parte mais importante da equação: o impacto nos negócios. Claro, segurança da informação, arquitetura de dados e compliance são temas fundamentais, mas não suficientes. A verdadeira transformação ocorre quando a IA é pensada para mudar a forma como a empresa opera, e isso exige a compreensão profunda do modelo de negócio.

Hoje, grande parte do valor da IA generativa está na orquestração de soluções multiagentes, capazes de automatizar processos, tomar decisões em tempo real e mudar a maneira como áreas inteiras trabalham. Para isso, o CIO precisa ir além da TI. Precisa dominar design estratégico, experiência do usuário, jornada de serviço. Só assim é possível alinhar tecnologia com propósito e impacto.

Tal alinhamento ainda é uma barreira para muitos. Segundo o estudo Gartner CIO Agenda 2025, 72% dos CIOs em todo o mundo afirmam que a inteligência artificial está entre as prioridades estratégicas da área de tecnologia. No entanto, apenas 24% conseguem comprovar que estão gerando valor tangível com as iniciativas. Isso evidencia um gap entre intenção e execução, reforçando a necessidade de um papel mais ativo e estratégico do CIO na jornada da IA.

Três competências-chave para sair do laboratório

Se você é CIO e ainda está preso à fase da experimentação, minha sugestão é clara: desenvolva três competências fundamentais para virar o jogo e entregar valor real.

  1. Design estratégico e de serviços: Entender como os fluxos de trabalho e as experiências se conectam é essencial para construir soluções de IA que façam sentido dentro do negócio.
  2. Experimentação ágil: Nada substitui a capacidade de testar rápido, errar rápido e aprender mais rápido ainda. Modelos como Scrum, Lean e Design Sprint são grandes aliados.
  3. Adaptabilidade: A IA muda todo dia. Novos modelos surgem, APIs se transformam, regulações aparecem. O CIO e seu time precisam estar preparados para reconstruir sempre que for necessário. Isso faz parte do jogo.

Inclusive, um estudo recente da MIT Sloan Management Review em parceria com a BCG aponta que apenas 11% das empresas analisadas conseguiram obter retorno financeiro positivo com IA. O que elas têm em comum? Uma forte integração entre tecnologia e estratégia de negócio, além de governança clara e foco em valor desde o início.

Como tenho aplicado isso na prática

Na empresa onde atuo como CIO, nós tomamos a decisão de democratizar o acesso à IA desde o início. Construímos uma plataforma interna, um verdadeiro hub de IA, que conecta diferentes modelos (incluindo as principais LLMs do mercado) em uma única interface, acessível a todos os 900 colaboradores.

A medida evita dois erros comuns: o uso descontrolado de ferramentas públicas (que pode comprometer dados sensíveis) e a limitação do uso da IA a nichos isolados. Aqui, todo mundo tem acesso, do atendimento à liderança.

Além disso, criamos um roadmap público de inovação, atualizado duas vezes por semana, que mostra claramente os projetos em andamento, suas fases, entregas e próximas etapas. Isso gera transparência, engajamento e accountability.

Outra frente são os workshops mensais sobre IA, com temas como agentes autônomos, engenharia de prompts, comparação entre LLMs, entre outros. Mais de 400 pessoas participam ativamente. E o mais importante: temos um conselho de C-Levels que prioriza as iniciativas de IA com base no retorno para o negócio.

Esse tipo de estrutura e iniciativa está cada vez mais presente no Brasil. A IDC Latin America AI Spending Guide 2025 estima que as empresas brasileiras devem investir mais de US$ 1,9 bilhão em soluções de inteligência artificial neste ano. Os principais focos são automação de processos, atendimento ao cliente, análise de dados e suporte à decisão. Ou seja, o mercado local já entende a IA como pilar estratégico, não mais como um experimento isolado.

IA não é mais laboratório — é plataforma de valor

Se eu pudesse dar um conselho a outros CIOs, seria: parem de tratar a IA como um experimento em laboratório. Escolha casos de uso pequenos, com alto impacto potencial e rápida implementação, e coloque-os em produção. Mesmo que imperfeitos, esses testes em campo vão trazer feedback valioso para melhorar a solução.

O verdadeiro salto ocorre quando a equipe de desenvolvimento e os usuários finais trabalham juntos. A colaboração contínua entre tecnologia e negócio gera soluções mais relevantes, eficazes e duradouras.

No fim das contas, IA boa é IA que funciona no mundo real. E o CIO que entende isso, que constrói junto com os usuários, deixa de ser apenas gestor de tecnologia para se tornar protagonista da transformação do negócio.

Netshoes Run SP reunirá mais de 8.500 atletas na Marginal Pinheiros; saiba como retirar os kits

A Netshoes Run, corrida de rua do maior e-commerce de artigos esportivos e lifestyle do país, vai reunir 8.500 atletas na Marginal Pinheiros, em São Paulo, no dia 24 de agosto. Essa será a maior prova já realizada pela companhia e acontece pela terceira vez na capital paulista, com ingressos esgotados desde meados de julho. A retirada dos kits será realizada na loja outlet da Netshoes, nos dias 21 e 22 de agosto, das 10h às 20h, e no dia 23 de agosto, das 10h às 18h.

A largada da maior distância, a meia maratona, será às 5h30. A corrida terá cinco categorias: infantil, 5 km, 10 km, 15 km e a estreia do percurso de 21 km. O caminho pela Marginal Pinheiros é conhecido por ser plano e ideal tanto para iniciantes quanto para corredores experientes que buscam melhorar seu tempo.

Neste ano, a prova conta com patrocínio da adidas, parceria da Soldiers, e apoio das marcas Lindoya, Believe, Frooty e Powerade, que promoverão ativações especiais no pós-prova. Em parceria com o Spotify, o DJ e influenciador Rapha Lima será responsável por animar os corredores durante o evento, além de trazer playlists de corridas exclusivas disponíveis na plataforma

Ação social e retirada de kits

Um dos destaques da Netshoes Run é o kit do atleta, disponível nas versões básico, intermediário e premium, além da opção infantil. As camisetas, desenvolvidas em parceria exclusiva com a adidas, acompanham no kit básico o número de peito, medalha, ecobag e adesivos. Já o kit intermediário inclui, além desses itens, uma meia e uma viseira, enquanto o premium acrescenta ainda um corta-vento e uma garrafa.

Aqueles que adquiriram os kits poderão retirá-los na loja da Netshoes, localizada na Rua Amazonas da Silva, 27, no segundo andar. O período de entrega começa  na quinta-feira, 21, às 10h e se encerra no sábado, 23, às 18h. 

Assim como na etapa de Brasília, os corredores poderão participar de uma ação social: quem levar um par de tênis usado, em bom estado, poderá trocá-lo por uma pochete personalizada da marca. Os calçados arrecadados serão doados para uma ONG.

Alta de 10% no e-commerce até 2025 exige galpões mais eficientes, apontam dados

O crescimento do e-commerce brasileiro segue em ritmo acelerado. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as vendas online devem atingir um faturamento de R$ 224,7 bilhões em 2025, um avanço de 10% em relação a 2024. A projeção acompanha o aumento no volume de pedidos, na diversificação dos canais de venda e na exigência dos consumidores por entregas rápidas e precisas. Esse cenário pressiona toda a cadeia logística, especialmente os galpões e centros de distribuição, que se tornam peças-chave na engrenagem do varejo digital.

Com mais movimentações, turnos estendidos e alta rotatividade de produtos, os centros logísticos precisam operar com máxima eficiência. Um dos pontos críticos é a iluminação: a qualidade da luz impacta diretamente a produtividade das equipes, a segurança no manuseio de cargas e a visibilidade para leitura de códigos, etiquetas e sensores.

Eficiência energética e segurança operacional

De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Iluminação (Abilux), a substituição de sistemas antigos por soluções mais robustas e eficientes pode gerar economia de até 60% no consumo de energia elétrica dos galpões. Além disso, ambientes com iluminação deficiente têm 20% mais chances de registrar acidentes de trabalho, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Nesse contexto, fabricantes e operadores logísticos têm apostado em tecnologias como luminárias LED de alto rendimento, sensores de presença, sistemas automatizados de controle de luz e luminárias com proteção IP para áreas com poeira ou umidade. A expectativa é que, até 2026, mais de 75% dos centros de distribuição do país estejam totalmente adaptados com soluções de iluminação inteligente, conforme projeção da consultoria Markets and Markets.

A escolha de luminárias para galpões envolve critérios como potência, durabilidade, resistência a impactos e facilidade de manutenção. Modelos de alta performance ajudam a otimizar o layout dos espaços, reduzir pontos cegos e manter o conforto visual para os operadores. Em regiões com maior exposição à poeira ou variações térmicas, como galpões no interior ou próximos a áreas industriais, o uso de carcaças seladas e materiais anticorrosivos é fundamental.

Logística de alta performance exige planejamento

Com a previsão de que mais de 435 milhões de compras sejam realizadas no comércio eletrônico brasileiro em 2025, os desafios logísticos vão além da armazenagem. A rapidez no picking, a rastreabilidade e a redução de perdas dependem de operações fluidas, e isso passa por ambientes bem iluminados, com visibilidade total dos produtos e sinalização eficiente.

Empresas que apostaram em retrofit de galpões, substituindo lâmpadas fluorescentes ou vapor metálico por sistemas LED automatizados, conseguiram reduzir em até 40% o tempo de separação de pedidos em grandes volumes.

A modernização da infraestrutura também permite alinhamento com as metas ESG, uma vez que sistemas eficientes contribuem para a redução de emissões e desperdício energético. Além disso, muitas empresas estão integrando a iluminação inteligente com seus sistemas de gestão predial (BMS), permitindo monitoramento em tempo real do consumo, falhas e necessidade de manutenção preventiva.

Investimento com retorno garantido

Embora a modernização da iluminação logística exija investimento inicial, o retorno costuma ser rápido. De acordo com a Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia), projetos de eficiência luminosa em ambientes industriais têm payback médio de 12 a 18 meses.

Diante do aumento da concorrência e da pressão por prazos menores de entrega, a iluminação, muitas vezes negligenciada, tem se tornado um dos diferenciais para players que atuam com grande volume no e-commerce. Em 2025, ela deve ganhar ainda mais relevância nas decisões estratégicas de empresas que buscam escala, eficiência e segurança em suas operações.

70% dos Millennials não verificam a veracidade de suas ligações, revela Kaspersky

Segundo o relatório Reality Check da Kaspersky, 70% dos Millennials verificam ocasionalmente a autenticidade de suas ligações e 64% alegam já ter encontrado alguém online que acreditam ter deturpado ou distorcido sua verdadeira identidade. O estudo também revela ainda uma ingenuidade no comportamento digital dos Millennials. Sendo a primeira geração a crescer com as redes sociais, eles se orgulham das suas vivências e conquistas tecnológicas: 71% acreditam ser os membros com mais conhecimentos digital em suas famílias.

Ainda de acordo com o estudo, 14% dos Millennials alega já ter utilizado um nome falso, criou um perfil fictício ou fingiu ser outra pessoa nas redes sociais. Esta estatística destaca uma tendência preocupante: a falsificação digital não é apenas o domínio criminosos, mas um comportamento adotado por algumas pessoas da geração.

Quando confiamos somente em nossos próprios conhecimentos digitais, podemos acabar ignorando a possibilidade de que os outros não sejam tão inocentes vritualmente como imaginamos. Em alguns casos, pessoas com fortes traços narcisistas, psicopatas ou maquiavélicos exploram essa confiança por meio de catfishing e outras tácticas enganosas”, afirmaRuth Guest, Ciberpsicóloga e Fundadora do Jogo de Segurança nas redes sociais Sersha.

Os resultados destes comportamentos são evidentes, com 38% da geração relatarem experiências negativas devido à perda de confiança online e 68% afirmarem que são menos propensos a confiar e a estabelecer relações online. Talvez o mais surpreendente seja o fato de, apesar de tudo isto, 44% dos entrevistados afirmarem que ainda confiam nas informações compartilhadas através de comunidades virtuais.

“Como principais administradores digitais nos lares de todo o mundo, cabe aos próprios millennials identificar e resolver o problema da ingenuidade e da confiança indevida da sua geração. O seu papel vai para além da sua própria utilização, influenciando a comunidade online em geral através da gestão da vida digital dos outros”, afirma Marc Rivero, Investigador Principal de Segurança da Equipa de Investigação e Análise Global (GReAT) da Kaspersky.

“Tomando medidas proativas, como a verificação de identidades, a gestão de dados pessoais e a informação sobre ciberameaças, os Millennials podem manter o controle sobre a sua segurança online e reduzir o risco de engano. Os hábitos digitais que cultivam não só protegem a sua própria segurança, como também criam um maior cuidado para gerações mais jovens e para pessoas menos tecnologicamente experientes, reforçando uma cultura de vigilância num panorama em linha cada vez mais enganador”, acrescenta Rivero.

As recomendações abaixo podem ajudar os millennials, suas famílias e amigos a enfrentar riscos que possam encontrar nas interações digitais:

  • Verifique identidades: realize pesquisas de imagens invertidas, verificação cruzada de perfis e videochamadas para confirmar que uma pessoa corresponde às fotos publicadas.
  • Cruzamento de informações: verifique se existem fontes confiáveis que mostrem as informações compartilhadas para evitar espalhar ou se relacionar com desinformação.
  • Cuide de informações pessoais: limite o que pode ser visto e compartilhado. Tenha cuidado com o que está a mostra e ajuste as definições de privacidade para limitar o acesso aos dados sensíveis.
  • Tenha cuidado com a localização: a publicação de locais visitados com frequência pode revelar involuntariamente padrões de comportamento. Quando for utilizar tags de localização, opte por locais amplos ou não específicos.
  • Tenha atenção aos dados alheios: quando compartilhar informações que envolvam outras pessoas, obtenha sempre o consentimento deles. Cuide desses dados com o mesmo nível de cuidado e respeito que os seus.
  • Mantenha-se informado sobre golpes digitais: esteja sempre informado sobre os golpes online mais comuns e seus sinais de alerta, garantindo sempre uma maior vigilância. O blog Kaspersky Daily oferece sugestões atualizadas para isso.
  • Utilize senhas fortes: soluções de segurança de confiança, como o Kaspersky Password Manager geram senhas protegidas e únicas para cada conta. Resista à tentação de reutilizar a mesma senha para mais de uma conta.
  • Instalar atualizações: mantenha aplicativos e softwares atualizados para corrigir vulnerabilidades de segurança e garantir a segurança ideal para todos os dispositivos. Além disso, utilize software antivírus como o Kaspersky Premium para se proteger contra ameaças como ligações maliciosas e roubo de identidade em tempo real.

Para acessar o relatório, acesse o link.

Queda nas ações do Airbnb impulsiona setor hoteleiro

O avanço das restrições ao aluguel de curto prazo em diversas cidades pode favorecer o setor hoteleiro tradicional, e marcas de hospitalidade tradicionais já se preparam para atender a essa demanda, ao menos é o que apostam gigantes do mercado, como a rede Hyatt.

Nos últimos anos, plataformas como o Airbnb transformaram o mercado de viagens, impactando preços, turismo, hospitalidade e infraestrutura nos destinos mais desejados. Essa nova forma de hospedagem transformou a maneira como nós viajamos, mas também trouxe desafios à vida nos grandes centros urbanos. O impacto das locações de curto prazo vai além do turismo, agravando a escassez de moradias e os preços em cidades como Barcelona, Berlim e Nova York.

Para conter os impactos do crescimento dos aluguéis de curta duração, diversas cidades têm adotado restrições e novas regras, o que tem gerado controvérsias entre moradores, proprietários e investidores. Nesse contexto, o setor de hospitalidade tradicional tem buscado reforçar seus diferenciais para conquistar esse público.

A pressão regulatória já se reflete no mercado: as ações do Airbnb caíram mais de 6% após a teleconferência de resultados, acumulando perda superior a 7% desde a divulgação do balanço.

Diante dessa mudança, hotéis vêm se posicionando de forma estratégica, destacando atributos que contrastam com as fragilidades das hospedagens alternativas, muitas vezes associadas a riscos, falta de padrão e instabilidade. Embora o aluguel por temporada ainda atraia investidores, ele traz desafios como alta carga de trabalho, barreiras legais e renda imprevisível. Já os hotéis oferecem vantagens consolidadas, como segurança, limpeza, atendimento 24h e opções de lazer, capazes de atrair consumidores cada vez mais exigentes. Evidenciar esses pontos torna-se crucial em meio à crescente frustração de viajantes com as limitações do modelo alternativo.

O cenário atual também é uma chance para hotéis atraírem nômades digitais e turistas corporativos, que buscam estabilidade e infraestrutura profissional. Muitos já evitam aluguéis por temporada devido à imprevisibilidade e preferem hotéis para estadias longas, segundo pesquisa da Morning Consult, que mostra que 61% dos viajantes corporativos preferem hotéis a aluguéis por temporada quando a estadia ultrapassa sete dias. 

Se antes o Airbnb se destacava por oferecer uma certa “autenticidade”, agora os hotéis também passaram a investir em experiências mais locais e personalizadas para atrair os hóspedes, um exemplo disso é a Hyatt Inclusive Collection a linha de resorts all-inclusive da Hyatt. “Nos resorts da nossa linha, passamos a investir em experiências locais, firmando parcerias com pequenos negócios e valorizando a gastronomia regional, sem abdicar da tecnologia, com soluções como check-in digital e serviços personalizados” explica Antonio Fungairino, Head de Desenvolvimento das Américas da Hyatt Inclusive Collection.

Hotéis podem investir mais em estadias prolongadas, com gestão terceirizada por operadores especializados, tornando o modelo mais prático e rentável. Hospedagens de longa duração têm ocupação mais estável e fluxo de caixa previsível. Operar várias unidades permite economias de escala e maior lucratividade.

Investir em múltiplas unidades em hotéis de estadia prolongada ajuda a diluir riscos e enfrentar instabilidades. De olho nesse mercado, algumas redes lançaram novas marcas focadas nesse modelo, apostando em maior resiliência e rentabilidade. Com a pressão sobre o Airbnb pelo impacto em bairros, hotéis podem se reposicionar como líderes do turismo sustentável, gerando empregos e contribuindo para a economia local.

WhatsApp Business cresce no Brasil com 70% das empresas usando para vendas, aponta estudo

Com presença em praticamente todos os celulares no Brasil, o WhatsApp se consolidou como uma ferramenta de trabalho para pequenas e médias empresas em todo o país. O app está instalado em 99% dos celulares no Brasil e mantém 147 milhões de usuários, segundo o estudo Digital 2024: Brazil.

Para especialistas em canais de atendimento, o que antes era apenas um meio informal de contato agora ganha papel estratégico: cada vez mais empresas estão automatizando processos, organizando suas operações e vendendo diretamente pelo aplicativo.

Segundo relatório da Opinion Box, 82% dos brasileiros já utilizam o WhatsApp para se comunicar com empresas, e 60% afirmam já ter feito compras pelo app. Não é à toa que o número de negócios que usam a versão empresarial — o WhatsApp Business — também cresceu: o Brasil é um dos maiores mercados do mundo para a solução. Cerca de 70% das empresas brasileiras já usam o app como parte de suas estratégias de marketing, vendas e relacionamento, segundo o Panorama de Marketing e Vendas 2024, da RD Station.

“Antes, tudo era manual. Hoje, consigo falar com dezenas de clientes ao mesmo tempo, sem deixar ninguém esperando”, diz Gabriel Sávio, diretor de uma loja de móveis em Goiás. Após automatizar o atendimento e vendas pelo WhatsApp, ele afirma ter multiplicado o faturamento por seis. “Organização e agilidade fizeram toda a diferença”. Ele utiliza a plataforma de atendimento da Poli Digital em suas operações, empresa também de Goiás, que possui chatbot, automações e CRM para atendimento de clientes.

“A plataforma atrelada à automação pode ser um verdadeiro motor de vendas de uma empresa. Há uma diferença grande entre atender um pedido e operar um processo comercial inteligente, escalável e eficiente”, afirma Alberto Filho, CEO da Poli Digital.

Casos como o de Gabriel não são isolados. Uma pesquisa da Meta (2023) ouviu 6,5 mil adultos de 13 países, incluindo o Brasil, e mostrou que 81% dos brasileiros disseram achar mais fácil enviar mensagens para uma empresa do que acessar um site para ter esse contato, e 78% afirmam ter mais chance de fechar uma compra quando conseguem resolver tudo por ali — do primeiro contato ao pagamento.

Alessandra Bona, da Burntech Caldeiras Equipamentos Industriais, também cliente da Poli Digital, cita que a possibilidade de responder aos clientes na mesma tela, atendendo diversos canais ao mesmo tempo, facilitou muito o dia a dia. “Permitir ter tudo registrado em um funil de pré-vendas (mensagens e ligações) foi um fator decisório”. 

Além de aprimorar as conversas, o WhatsApp também impulsiona as vendas com recursos integrados. Um dos mais utilizados é o Click-to-WhatsApp, que transforma anúncios no Instagram e Facebook em conversas diretas na plataforma de atendimento. Segundo a Meta, mais de 40% dos anunciantes brasileiros já adotaram essa funcionalidade — sinal de que o WhatsApp se tornou um ponto central na jornada de compra.

Outro destaque é o Poli Pay, ferramenta desenvolvida pela Poli Digital que funciona como um sistema de gestão de pedidos direto pelo WhatsApp e Instagram. Ela permite que empresas enviem e recebam cobranças diretamente pelo chat, com catálogo de produtos integrado e carrinho de compras. A funcionalidade movimentou cerca de R$ 7 milhões desde seu lançamento em 2020. A taxa de conversão alcançada com o Poli Pay foi de 46%, o dobro da média dos e-commerces tradicionais.

“Ou seja, com suporte e organização, conseguimos crescer mesmo com uma equipe enxuta. O WhatsApp é o app que já está no bolso, é ágil, direto e conveniente — uma vantagem competitiva enorme”, diz Alessandra Bona.

Ao contrário de soluções robustas criadas para grandes empresas, que muitas vezes são caras e difíceis de implantar, o WhatsApp Business oferece uma porta de entrada acessível para a digitalização das PMEs. “Automatizar o atendimento, registrar históricos de conversa, treinar equipes e integrar pagamento direto pelo chat. Tudo isso já é possível, e não exige grandes investimentos”, afirma Alberto Filho.

IA já é usada por cerca de 70% das empresas no Brasil para frear fraudes digitais, que continuam crescendo

As fraudes digitais avançam em ritmo acelerado e desafiam a confiança no sistema financeiro global. No Brasil, golpes cada vez mais sofisticados passaram a fazer parte da rotina dos consumidores. Entre as práticas mais comuns estão a abertura de contas bancárias com documentos falsos, compras online em nome de terceiros, invasões de contas de pagamento, clonagem de cartões e até o uso de vídeos manipulados por tecnologia de deepfake para enganar familiares, amigos e empresas.

De acordo com o relatório “The Future of Finance 2025” da Veriff, empresa líder em verificação de identidade que recentemente abriu um hub tecnológico em São Paulo, o número de tentativas fraudulentas cresceu 21% no período de um ano, entre 2024 e 2025. No Brasil, 69,5% das companhias já utilizam inteligência artificial para combater fraudes, enquanto 16,5% estão em processo de implementação — mas o cenário ainda é preocupante. Segundo um levantamento recente da Serasa Experian, o país registrou mais de um milhão de tentativas de fraude pelo segundo mês consecutivo em 2025, o que reforça a urgência de investimentos em soluções mais rigorosas de verificação de identidade e prevenção de riscos.

Os serviços financeiros permanecem entre os principais alvos de criminosos. Ainda segundo a pesquisa da Veriff, somente no último ano, uma em cada vinte tentativas de verificação envolvia alguém tentando se passar por outra pessoa, um tipo de golpe que, sem o apoio de uma tecnologia adequada, pode gerar prejuízos milionários para empresas e consumidores. Nos Estados Unidos, 35% das empresas do setor reportaram perdas financeiras, sendo que 13% indicaram impacto de até 20% da receita anual. No mesmo período, 47,5% dos consumidores relataram ter sofrido algum tipo de fraude online. 

Kaarel Kotkas, fundador e CEO da Veriff, um dos 25 jovens empreendedores mais influentes do Norte da Europa, explica que o setor financeiro continua sendo o principal alvo dos criminosos por conta do retorno financeiro rápido e adianta que, para prevenir crimes, é preciso se antecipar. “Nossa missão é garantir que pessoas reais tenham acesso a serviços, enquanto criminosos são barrados de forma inteligente e escalável, mesmo diante de ameaças cada vez mais sofisticadas.”

IA como ameaça e solução

A inteligência artificial, entretanto, aparece como um divisor de águas nesse cenário. Ainda que esteja mais presente nos ataques — 60,5% dos entrevistados relataram um aumento no uso de IA em golpes e 31,94% dos americanos já foram alvo de fraudes com uso de deepfake —, a tecnologia também se tornou uma das principais aliadas na prevenção de riscos. Soluções como verificação de identidade digital e biometria já são realidade em 83% das empresas, e outras 81% planejam expandir o uso dessas tecnologias.

Confiança digital como vantagem competitiva

Para Andrea Rozenberg, general manager da Veriff no Brasil,  a confiança digital se tornou fator determinante para a competitividade, especialmente em setores de alto risco, como o financeiro, de pagamentos e de criptomoedas, que apresentam índices de fraude quase duas vezes acima da média global. “O futuro dos serviços financeiros será definido pela capacidade das empresas de protegerem seus clientes em um ambiente cada vez mais digital. A biometria é uma ferramenta poderosa, mas ela não pode atuar sozinha. A autenticação precisa combinar múltiplas camadas de verificação e inteligência de risco para realmente proteger o ecossistema financeiro global. A combinação de verificação por IA, biometria e autenticação contínua é essencial para construir experiências seguras e confiáveis”, afirma.

Atualmente, já existem soluções capazes de identificar imagens manipuladas, realizar análises biométricas avançadas, detectar padrões anormais de comportamento e reforçar a autenticação de usuários em tempo real, tornando a inteligência artificial o principal escudo contra fraudes. “Com a crescente sofisticação dos ataques, a expectativa é de que, nos próximos anos, tecnologias como detecção de deepfake, autenticação contínua e verificação de identidade em tempo real se tornem ainda mais estratégicas para proteger empresas e consumidores”, reforça Andrea.

Optichannel apresenta novo caminho para a personalização da experiência do cliente

A inovação tecnológica tem transformado a execução de modelos de negócios e atividades em áreas como marketing e vendas. Novas estratégias, como o optichannel, surgem como uma forte tendência dentro dessa reformulação do mercado, impulsionada pelo avanço de soluções digitais como a Inteligência Artificial (IA).

A transformação provocada pela popularização da internet trouxe desafios ainda maiores para a conquista e fidelização de clientes no ambiente digital. Com isso, oferecer uma experiência cada vez mais personalizada e eficiente tornou-se essencial para negócios com forte atuação em canais digitais, como e-commerces e sites de serviços.

Do omnichannel ao optichannel

O modelo optichannel representa uma evolução estratégica do conceito omnichannel, no qual as empresas integram seus canais de comunicação e vendas — sejam eles digitais, físicos ou híbridos. A diferença é que, no optichannel, o foco não é apenas estar presente em todos os canais, mas sim identificar e priorizar o canal mais eficiente para cada cliente, com base em seu perfil e em sua jornada de compra. Essa personalização estratégica redefine a forma como as marcas interagem com seus consumidores.

Mapeamento e inteligência de dados

A base do optichannel é a análise de dados avançada, utilizando ferramentas como IA e machine learning. Essas tecnologias permitem mapear o perfil de cada consumidor, identificando comportamentos, preferências, histórico de compras e padrões de engajamento.

Com essas informações, o negócio escolhe o canal certo, na hora certa e com a mensagem certa — seja via e-mail, WhatsApp, redes sociais, aplicativos ou até mesmo no atendimento presencial.

Futuro da personalização com eficiência econômica

O modelo optichannel representa o futuro da personalização na experiência do cliente. No entanto, personalizar por personalizar pode ser caro e não necessariamente gerar um aumento significativo nas vendas. O segredo é personalizar de forma economicamente eficiente, garantindo que cada interação personalizada gere valor real, tanto para o cliente quanto para a empresa.

Nesse contexto, vale entender o ecossistema digital como um bioma, onde diversos elementos interdependentes cooperam para manter o equilíbrio e promover o crescimento sustentável. Assim como em um bioma, é preciso:

1. Nutrir a fertilidade: garantir que o ambiente digital esteja preparado para sustentar a aquisição e retenção de clientes.

2. Definir limites: entender claramente qual é o público-alvo e o posicionamento estratégico da marca.

3. Cultivar a biodiversidade: explorar diferentes perfis e jornadas, sem apostar todas as fichas em um único tipo de consumidor.

4. Construir resiliência: preparar o ecossistema para lidar com mudanças de comportamento, novas tecnologias e crises de mercado.

5. Facilitar trocas: garantir que os fluxos de dados, feedback e interações entre marca e cliente sejam contínuos e transparentes.

Com esse olhar sistêmico e estratégico, o optichannel vai além de uma simples personalização e se torna uma ferramenta para crescimento sustentável e eficiente, equilibrando experiência superior e rentabilidade para o negócio.

*Galba Junior é VP de vendas LATAM da Corebiz, empresa que faz parte do WPP e é referência na implementação de negócios digitais na Europa e na América Latina. Conta com escritórios no Brasil, México, Chile, Argentina e Espanha, e já executou projetos em mais de 43 países entre as maiores marcas do mercado, com serviços de implantação e crescimento de e-commerce, SEO, Mídia, CRM e CRO – corebiz@nbpress.com.br – corebiz@nbpress.com.br

Canais do Whatsapp se transformam em nova central de empregos

Se antes o cenário era imprimir muitos currículos, colocar uma roupa bonita e ir de porta em porta entregando o documento com a esperança de conseguir uma vaga de emprego, isso mudou.

A maioria absoluta das grandes empresas concentram suas oportunidades em agências de RH e estas abrem suas inscrições online. Ou seja, agora o ato de “procurar emprego” pode acontecer em casa e de pijamas.

Nessa nova realidade, uma das maneiras que os RHs estão encontrando para divulgar suas vagas, além das redes sociais, é o Whatsapp. Os chamados “Canais” já se refletem como propulsores dessa divulgação.

Karina Pelanda, Gerente de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA, uma das maiores empresas do segmento do Brasil, conta que com a difusão de redes sociais, o avanço das conexões das pessoas online, há muitas posições que não são fechadas simplesmente porque as pessoas não sabem que elas existem:

“Sempre estamos em busca de avisar as pessoas sobre as vagas disponíveis, nesse ínterim, o Canal de vagas no Whatsapp atende as pessoas em uma rede presente em 100% dos celulares dos brasileiros”.

A gerente conta que desde que foi implantado, o canal de vagas da empresa no aplicativo de mensagens, houve um aumento significativo nos cadastros, gerando assim a possibilidade de recolocação profissional;

“Nosso canal, por exemplo, divulga nossas oportunidades com links direto para a candidatura. Não é preciso instalar um novo aplicativo, você recebe a notificação da vaga, acessa o link e se candidata. O processo foi bastante simplificado” finaliza Pelanda.

Segundo dados divulgados pela pesquisa We Are Social e Meltwater em 2024, o aplicativo passou a ser a rede social mais usada do Brasil. A pesquisa aponta que 93,4% dos usuários de internet brasileiros, de 16 a 64 anos, usam o WhatsApp, equivalendo a 169 milhões de usuários.

Pix e redes sociais impulsionam e-commerce, mas orquestração de pagamentos é o próximo passo

O comércio eletrônico no Brasil deve atingir um faturamento de R$ 224,7 bilhões em 2025, aponta projeção da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), indicando crescimento de cerca de 10% em relação ao ano anterior. O avanço confirma a tendência de expansão observada desde a intensificação da digitalização durante a pandemia de COVID-19.

Um dos principais motores desse crescimento é a consolidação do Pix como método de pagamento. De acordo com a pesquisa “Pagamentos em Transformação: Do dinheiro ao Código”, realizada pelo Google, o Pix respondeu por 47% do volume total de transações em 2024, superando o cartão de crédito (34%) e outros métodos (18%). O sucesso do sistema se explica pela aprovação instantânea das operações, ausência de tarifas para o consumidor e altos níveis de segurança.

Além disso, plataformas digitais como Instagram e TikTok têm se consolidado como vitrines virtuais estratégicas, capazes de influenciar diretamente o comportamento de compra dos consumidores. O relatório “Estado do Marketing de Influência no Brasil 2025” da HypeAuditor revela que o país já possui 3,8 milhões de influenciadores ativos, superando Estados Unidos e Índia, o que representa 15% do total global.

O crescimento do comércio digital também se reflete no aumento do volume de pedidos. Segundo a ABComm, em 2025 serão realizadas 435 milhões de compras on-line, alta de 5% sobre o ano anterior. Especialistas destacam que, embora Pix e redes sociais impulsionem o setor, os resultados poderiam ser ainda melhores com uma orquestração eficiente dos pagamentos. Integrar diferentes métodos, otimizar o checkout e gerenciar transações de forma unificada poderia elevar as vendas em até 5%, cerca de R$ 12 bilhões adicionais, ao reduzir fricções e melhorar a experiência de compra do consumidor.

O avanço do Pix e das redes sociais não apenas facilita a experiência de compra, mas também promove maior inclusão financeira e engajamento de pequenos e médios empreendedores. “A competição é cada vez maior, e apenas aqueles que investirem em inovação, experiência do usuário e qualificação digital terão chances reais de prosperar nessa nova era. O varejo mudou para sempre e, agora, a questão não é mais se a empresa deve estar online, mas como ela vai se diferenciar para continuar relevante nesse cenário altamente competitivo”, afirma Rebecca Fischer, co-fundadora e Chief Strategy Officer (CSO) da Divibank

Com o mercado em expansão, empresas e plataformas digitais precisam se adaptar rapidamente às mudanças de comportamento do consumidor e às novas tecnologias, consolidando o Brasil como um dos principais polos de e-commerce da América Latina.

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